PDF livro José Marquez

Page 39

Stadium3, com uma colagem de várias fotos ao centro, nas páginas 8 e 9, com o longo título: Os 160 quilómetros da “Taça de Preparação Olímpica” foram ganhos por José Marquês, após uma prova formidável, de inteligência e serenidade, tendo o “record” sido batido por 5 minutos. – A equipa do Benfica, homogênea e integrada no verdadeiro espírito da corrida, venceu com indiscutível merecimento, conquistando definitivamente a Taça.

Segue o texto da reportagem:

JOSÉ MARQUEZ • um campeão do ciclismo

A corrida de domingo teve acentuado brilhantismo, mas ficou estragada em grande parte, por causa de um engano da guarda mais avançada da equipa do Sporting, depois do Cadaval. Até esse ponto, em que os três corredores da frente “leonina” se afastaram do percurso oficial, a luta do Sporting era mais contra o tempo da prova e pela vitória individual, do que propriamente contra as outras equipas concorrentes, devido a ser mais forte e homogênea. E o trio do Sporting ia correndo bem, naquela altura. Foi realmente pena que os corredores se enganassem. Mas é de notar que o facto se deu precisamente num desvio em que as estradas tinham placas indicativas da sua sinalização. Depois do engano, as coisas mudaram por completo. José Marquês ficou, desde logo, vencedor incontestado da corrida, visto que deixara já a equipa, em busca de uma posição individual que correspondesse ao seu valor, apenas levando na sua roda Militão Antunes. E a equipa dos “vermelhos” passou a ter as melhores probabilidades de vitória na galopada final, por isso que estava a correr bem e continuava com os seus corredores de maior categoria – Nicolau, Aguiar da Cunha e Aguiar Martins. Entre eles – Marquês a acelerar a marcha e o Benfica a manter a mesma harmonia – destacou-se ainda um outro

3

Stadium: revista portuguesa de todos os sports. Lisboa, 1932-1951. Direção: Carlos da Silveira et al. Edição: J. D. Santos. “O primeiro número da Stadium foi lançado numa quarta-feira, em 17 de Fevereiro de 1932, apresentando no cabeçalho o subtítulo de ‘Revista Portuguesa de Todos os Sports’ e custando um escudo. Sob direcção de Carlos da Silveira e propriedade da Sociedade Stadium, Lda., a nova publicação semanal (saía à quarta-feira, mudando para a segunda-feira no ano seguinte) apresentava uma elevada qualidade gráfica, quer ao nível do design quer da qualidade do papel e da impressão. Foi sob todos os aspectos uma revista inovadora, não só para o jornalismo desportivo, mas para a imprensa em geral. O seu sucesso seria marcante, levando mesmo em 1938 a adoptar, como subtítulo, a frase: ‘O Maior Semanário Desportivo da Península’”. In: PINHEIRO, Francisco. “Imprensa desportiva portuguesa: do nascimento à consolidação (1893-1945)”. Ler História 49, 2005. p. 171-190. Ou: http://www.ceis20.uc.pt/ ceis20/site/UserFiles/Image/FranciscoPinheiroLerHistoria49.pdf, p. 176. Acesso: 15/11/2011.

28


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.