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A ascensão e queda das redes sociais
As redes sociais têm sido um dos principais fenômenos culturais das últimas duas décadas. Plataformas como Facebook, Twitter, Instagram e TikTok transformaram a forma como nos comunicamos, nos conectamos e consumimos informações.
No entanto, nos últimos anos essa curva de sucesso tem se invertido, ganhando mais destaque o debate sobre a responsabilidade delas para a disseminação de desinformação e aumento de problemas de saúde mental entre seus usuários. Além da desconfiança de usuários, as plataformas também têm sido alvos de uma avalanche de ações judiciais que cobram delas seus efeitos terríveis em algumas pessoas, como depressão, insônia, distúrbios alimentares, cyberbullying, ou até mutilações e tendências suicidas.
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Aliás, elas também têm enfrentado um outro desafio: a redução de seguidores e de suas receitas em venda de publicidade. É o que acontece no Twitter, que vê seu número de usuários diminuírem constantemente desde que Elon Musk assumiu o controle da rede, ou no Facebook e Instagram, que saíram de moda entre os mais jovens. E apesar de sua enorme popularidade, até o TikTok também vem sofrendo com as ameaças de retirada do ar em alguns países, além do fato de atrair apenas aqueles que se sentem à vontade em conversar com uma câmera.
No intuito de proteger seus consumidores, governos ao redor do mundo tem buscado, cada um à sua forma, regular esse mercado. A Austrália, por exemplo, aprovou uma lei para resguardar a remuneração de empresas jornalísticas pela publicação de seus conteúdos, enquanto Reino Unido, França e EUA estão bastante focados no efeito das redes sobre obem-estar de crianças e adolescentes. No Brasil, o pano de fundo em discussão no Congresso é a disseminação de fake news e os discursos de ódio, tentando-se aprovar uma lei de responsabilização sobre a sua divulgação.
Apesar de toda a pressão, poucos apostam no fim das redes sociais. A história sempre mostrou que o mundo digital segue caminhos estranhos e inesperados. Ainda assim, a mudança é inevitável.
Para sobreviver elas precisam responder ao dilema que resguarda opluralismo de ideias e liberdade de expressão, e também levar em conta questões como a saúde e a segurança de sua comunidade. A sociedade medirá os prós e contras das redes sociais e encontrará um caminho de equilíbrio, saudável e duradouro, que contribua para a construção de uma coletividade digital não só mais conectada e divertida como sempre foi, mas também responsável, inclusiva, tolerante e diversa.