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espaço aberto

Editorial

Lixo arrebentado

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Os moradores da Lapa e Vila Leopoldina reclamam da falta de conservação dos cestos de lixo da região. Com estrutura de metal, muitos deles estão enferrujados e com o fundo arrebentado. Com isso, o lixo jogado acaba indo para o chão e sujando as calçadas.

Artigo

Lúcia HeLena Oliveira editora

Uma decisão sensata

A cidade de São Paulo abriga o maior entreposto de abastecimento de alimentos da América Latina – e um dos maiores do mundo -, a Ceagesp. Localizada em um terreno de mais de 600 mil metros quadrados de área, na Vila Leopoldina, a central comercializa, por ano, quase 3,1 milhões de toneladas de alimentos e flores, movimentando um volume financeiro anual de R$ 9 bilhões. Pela Ceagesp circulam, diariamente, 12 mil veículos e mais de 47 mil pessoas, o equivalente à população da cidade de Diamantina, uma das mais importantes de Minas Gerais.

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Nesta semana, a Prefeitura realizou a manutenção e troca de diversos cestos de lixo na região, entre os quais nas ruas Brentano e Paulo Franco, na Vila Leopoldina.

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Obviamente, por sua dimensão atual, o entreposto ‘não cabe’ mais dentro do bairro da Leopoldina. Se um dia ele foi fundamental para o desenvolvimento da região, hoje, sem dúvida, atrapalha o desenvolvimento urbano de toda essa área, causando problemas que vão do fluxo intenso de caminhões à sujeira e adensamento de moradores de rua usuários de drogas no entorno da Avenida Gastão Vidigal.

Por isso, a autorização, pelo Governo de São Paulo, da abertura de acesso na Rodovia Ayrton Senna (SP-070) para a instalação de um entreposto de alimentos no município de Itaquaquecetuba, na região do Alto Tietê, é muito bem-vinda. Essa liberação inédita, assinada na se-

DIRETOR: Ubirajara de Oliveira

REDAÇÃO E REPORTAGEM: Lúcia Helena Oliveira

SISTEMAS E INTERNET: William Mastrangi mana passada pelo governador Tarcísio de Freitas, abre espaço para descentralizar o sistema de entrepostos de abastecimento na cidade, desviando seu foco de uma região central fortemente adensada para o entorno da capital, ocupando áreas ao longo da malha rodoviária que sai da cidade.

Assim, espera-se que um salto importante tenha sido dado para que, finalmente, a Ceagesp – ou parte dela – saia da Leopoldina. Com uma concepção mais moderna, o novo entreposto, que será construído no Km 41 da Rodovia Ayrton Senna, vai garantir mais eficiência no escoamento de alimentos, além de ter impacto significativo na redução do trânsito na capital. O mesmo deve acontecer caso o projeto NESP – Novo Entreposto São Paulo se concretize, com a construção de uma grande central de abastecimento no bairro de Perús, cujo acesso se dará pela Rodovia dos Bandeirantes.

Com a diversificação de entrepostos de abastecimento, construídos em áreas de fácil acesso ao transporte rodoviário, não só a cidade ganha, mas também os produtores e os comerciantes, que terão mais opções de locais para vender e comprar alimentos. Dentro de uma política de desenvolvimento urbano que se pretende sustentável, essa parece uma solução sensata e inteligente!

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Thiago Alan e

William Mastrangi

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Priscila Bello e Silvana Baia

DISTRIBUIÇÃO: Marcelo Secco

Catástrofe anunciada

Liberar construções que aumentem o nível de impermeabilização do solo resulta em gravíssimas consequências para a cidade como um todo, a começar por enchentes e instabilidade das construções. Isso pode ser facilmente demonstrado pela própria história da implantação dos bairros Jardins, tombados em 1986, e por conceitos fundamentais do urbanismo.

No início no século passado, quando praticamente não existiam normas urbanísticas em São Paulo, foi preciso criar regras especiais e restrições de uso desenhadas para respeitar a fragilidade do lugar. As limitações do solo não mudaram, continuam as mesmas. O que mudou é a visão estreita e imediatista que ameaça a qualidade de vida da cidade inteira. Trata-se de uma campanha orquestrada por um pequeno grupo de interessados em vender seus imóveis pelo maior preço, no mais curto prazo.

Mesmo sendo um conceito fundamental, ensinado reiteradamente nas escolas de urbanismo, o respeito às condições físicas do solo tem sido violado por interesses econômicos e políticos. É essa a causa das tragédias e catástrofes decorrentes de intervenções construtivas. A catástrofe, portanto, é a própria elaboração de regras permissivas que atendem a interesses imediatistas.

IMPRESSÃO: OESP GRÁFICA. Av. Celestino Bourroul, 100, Limão. Tel: 3856-3536

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