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CONCESSÃO O Parque da Água Branca pode ser privatizado.
a DE comu NID
Mudanças no Parque?
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O espaço verde mais visitado por moradores e visitantes na zona Oeste, principalmente famílias, está em processo de concessão para a iniciativa privada. Dia 16 de outubro, moradores e frequentadores promoveram um abraço ao parque pedindo mais transparência ao processo.
O Parque Fernando Costa, ou Parque Água Branca, foi criado em 1929, para ser um recinto de exposições e provas zootécnicas. Quando inaugurado, a região era pouco habitada e as estradas eram de terra. Em 1979, as exposições foram transferidas para o Recinto de Exposições da Água Funda. Em 1996, o parque foi tombado como bem cultural, histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e paisagístico, pelo Condephaat. São 136 mil m² de área e é administrado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do governo paulista. pandemia, 2,9 milhões de visitantes por ano. Aqui se encontram árvores típicas da mata atlântica e exemplares de pau-brasil, ipês, cedro e outras espécies. Abriga nascentes de água e uma fauna que circula livremente pelo parque para a alegria dos visitantes: tanques de peixes, galos, galinhas, pavões, gansos e pássaros que encontram aqui alimentação e abrigo. Tem uma feira de orgânicos e aqui são promovidos vários eventos durante o ano, suspensos durante a pandemia. Com a flexibilização voltou a receber os visitantes que vêm de todas as partes da cidade. Mas é preciso seguir os protocolos de saúde
e usar máscara e não se aglomerar. Entre as 70 edificações existentes no parque, destaque para a sede do Fundo de Solidariedade do Estado presidido pela primeira-dama do Estado, Bia Doria.
A SIMA recentemente abriu processo de concessão por 30 anos para a iniciativa privada administrar os parques da Água Branca, Candido Portinari e Villa Lobos. A proposta do Estado prevê, no caso do Água Branca, que o concessionário mantenha as características históricas da área e requalifique o aquário e centro de educação ambiental, conhecido como Museu Geológico. O concessionário deverá manter também o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade. A concessão prevê também outras melhorias e a implantação de serviços e atividades para cultura e lazer previstas no projeto original.
A SIMA prorrogou, pela segunda vez, “o prazo para a população fazer contribuições à consulta sobre concessão desses parques, localizados na capital. A sociedade tem até o dia 2 de novembro para enviar sugestões. Posteriormente as contribuições serão analisadas para aprimoramento do edital”, informa a nota da SIMA.
Para muitos moradores e frequentadores do Parque da Água Branca, falta transparência. Esse foi um dos motivos do evento que reuniu centenas de pessoas para um abraço simbólico ao parque no sábado, 16 de outubro. As pessoas presentes pediram “não à descaracterização do parque e não à concessão. Todos os presentes usavam máscara de proteção e vestiram branco. As principais exigências do grupo pedem à SIMA: ampliar o prazo de consulta pública, promover mais audiências públicas específicas para cada parque, simplificar o formulário para que a população possa participar, manter os animais na área, incluindo o gatil e garantir cuidados e bem estar aos animais e além de garantir a presença ativa do conselho de frequentadores e voluntários para que haja um diálogo entre a população e o futuro concessionário em nota nas redes sociais.
Outros “abraços” estão sendo agendados pelas redes sociais e está em curso no Avast a campanha “Não queremos o fim do Parque da Água Branca” que pretende reunir 3 mil assinaturas que serão encaminhadas ao governador João Doria. (GA)

Abraço no Parque no dia 16 de outubro Foto: Celso Marques/Facebook
Parque da Água Branca Avenida Francisco Matarazzo, 455 Telefone 3803-4200



