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EDIÇÃO PDF Terça-feira, 08-09-2015 Edição às 08h30

Directora Graça Franco Editor Raul Santos

Papa quer saber porque é que os jovens abandonam a Igreja em Portugal Sócrates coloca-se "ao lado do PS, ao lado de António Costa pela vitória eleitoral" Morais Sarmento nunca pensou que Governo pudesse disputar vitória eleitoral

Porto. Legionella obriga ao internamento de cinco pessoas

Europa pode Mais de 1.600 sancionar quem funcionários recusar refugiados públicos deixaram ADSE num ano

Empresas condenadas por despedimento ilegal de grávidas perdem subsídios

Syriza ou Nova Miguel Veloso e o Democracia? Sondagem mostra golo tardio. "A bola veio ter comigo" gregos divididos

FC Porto. Apoio aos refugiados elogiado pela UEFA

SELECÇÃO NACIONAL


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Sócrates coloca-se "ao lado do PS, ao lado de António Costa pela vitória eleitoral" Declaração de José Sócrates ao "Jornal de Notícias". O antigo primeiro-ministro está desde sexta-feira em prisão domiciliária, em Lisboa, depois de nove meses e meio de prisão preventiva em Évora.

Marquês" que ainda estava na cadeia, foi anunciada na sexta-feira pelo Tribunal da Comarca de Lisboa. Os advogados de defesa de Sócrates já afirmaram ser "insuficiente" esta alteração na medida de coação imposta ao ex-primeiro-ministro e anunciaram que vão recorrer da decisão.

Morais Sarmento nunca pensou que Governo pudesse disputar vitória eleitoral Em entrevista à Renascença, o antigo ministro social-democrata comenta o possível impacto do caso Sócrates na campanha e afirma Marcelo Rebelo de Sousa já marcou “dois golos extraordinários” na questão das presidenciais.

José Sócrates deixa prisão e chega a casa (4/09/2015). Foto:Joao Relvas/Lusa

O antigo primeiro-ministro José Sócrates diz que está ao lado do PS e de António Costa pela vitória eleitoral nas legislativas de 4 de Outubro. "Há um tempo para tudo. Neste momento, o que mais me importa é que todos aqueles que se batem por uma alternativa política de mudança saibam que estou do seu lado. Ao lado do PS, ao lado de António Costa pela vitória eleitoral", disse José Sócrates, numa declaração divulgada esta terça-feira pelo Jornal de Notícias (JN). Quatro dias depois de ter deixado a prisão em Évora, o antigo primeiro-ministro deixou uma palavra aos amigos e às mensagens de solidariedade que recebeu desde que foi detido preventivamente a 21 de Novembro de 2014. "Desejo agradecer aos inúmeros amigos e cidadãos as mensagens de apoio e de solidariedade que me fizeram chegar. Em particular, agradeço aos militantes e simpatizantes do PS o apoio e o companheirismo sem falhas que sempre me dispensaram e que tanto me sensibilizaram", disse. José Sócrates está desde sexta-feira em prisão domiciliária, em Lisboa, depois de nove meses e meio de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, no âmbito da chamada Operação Marquês. O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito. A decisão de alterar as medidas de coacção do antigo primeiro-ministro, o único dos arguidos da "Operação

Nuno Morais Sarmento nunca pensou que o Governo de coligação PSD/CDS pudesse disputar a vitória nas eleições legislativas de 4 de Outubro. “Se nalguma legislatura eu pensei que o Governo, no seu términus, não teria condições de disputar eleições com possibilidade de vitória era esta, mas chegados aqui não é assim. Isto é o ganho político que a coligação teve”, afirma o antigo ministro socialdemocrata em entrevista à Renascença. Outra questão com “valor” e que “inverteu o quadro político”, defende, é o facto de o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho “passar a ter uma história com princípio, meio e fim”. “A última vez que nós tivemos politicamente em Portugal uma história com princípio, meio e fim foi com Aníbal Cavaco Silva. Já não nos lembramos. Tirando isso, não houve nenhuma. Guterres, Barroso…”, argumenta Nuno Morais Sarmento. Uma questão que pode marcar a campanha para as eleições legislativas de 4 de Outubro é o caso de justiça que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que deixou a cadeia de Évora e aguarda o desenrolar do processo em prisão domiciliária. Morais Sarmento considera que ainda falta provar que o caso Sócrates vai prejudicar a campanha do Partido Socialista e beneficiar a coligação. E também que haja dissonâncias graves entre o ex-primeiro-ministro e António Costa. “Os pressupostos deste processo Sócrates são: primeiro, o processo prejudica o Partido Socialista e António Costa. Em princípio será, mas estou a dizer por intuição, não há aqui nenhuma base cientifica e, como já aconteceu em Portugal, isto pode de repente não ser tão verdade assim. Segundo, que as intervenções concretas de José Sócrates sejam em flagrante dissonância com António Costa e, portanto, todos evoluem no raciocínio dizendo: ‘agora que José Sócrates saiu, agora que tem uma situação diferente,


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vai continuar a intervir e de forma dissonante, contrária a António Costa’. Não sei”, refere o comentador. Nesta entrevista à Renascença, Morais Sarmento considera que Paulo Rangel foi “infeliz” ao dizer que José Sócrates, provavelmente, não seria investigado se o PS estivesse no poder. “Conheço, sou amigo e converso com Paulo Rangel. Por acaso, sobre este ponto em concreto nunca falei. Eu acho que é infeliz no sentido e nas leituras que pode permitir. É uma coisa que eu não teria dito. Repetindo Paulo Portas, o que não é meu costume, eu não teria dito ou feito aquilo.” Em relação às eleições presidenciais de Janeiro do próximo ano, Morais Sarmento considera que Marcelo Rebelo de Sousa está a ditar os tempos e até já marcou “dois golos extraordinários”. “O primeiro [golo] é o congresso do PSD. Tenho algum treino político, conheço o meu partido e poucos terão percebido completamente, a não ser Marcelo, que o percebeu, antecipou-o, foi lá e matou o pinto no ovo. O segundo golo é o de fazer alinhar um país inteiro por um calendário de presidenciais que é o calendário que ele, desde o princípio, tinha fixado e achava que lhe fazia sentido, que é o calendário das presidenciais depois e em função do 4 de Outubro. Até aqui, no fundo, naquilo que importa, em termos presidenciais, existe uma pessoa, que é Marcelo Rebelo de Sousa”, conclui Morais Sarmento.

Papa quer saber porque é que os jovens abandonam a Igreja em Portugal "Onde é que escondemos Jesus?", perguntou Francisco aos bispos portugueses, em Roma. "Hoje, a nossa proposta de Jesus não convence" os jovens.

Foto: EPA

por Francisco. "A juventude deixa porque assim o decide? Decide assim porque não lhe interessa a oferta recebida? Não lhe interessa a oferta, porque não dá resposta às questões e interrogativos que hoje a inquietam?", perguntou o Papa. Francisco adianta a resposta: "Não será simplesmente porque, há muito, deixou de lhe servir o vestido da Primeira Comunhão, e mudou-o? É possível que a comunidade cristã insista em vestir-lho?" É que Jesus, entretanto, também cresceu, recorda o Papa aos bispos portugueses. "Que Ele está, não há dúvida; mas onde é que O escondemos?" Elencando uma série de outros problemas que segundo o Papa afectam as dioceses e paróquias portuguesas, Francisco pediu coragem aos bispos para os enfrentar. "Não percais a coragem perante situações que suscitam perplexidade e vos causam amargura, tais como certas paróquias estagnadas e necessitadas de reavivar a fé baptismal, que acorde no indivíduo e na comunidade um autêntico espírito de missão; paróquias por vezes centradas e fechadas no 'seu' pároco às quais a carência de sacerdotes, para além do mais, impõe abertura a uma lógica mais dinâmica e eclesial na comunhão." O Papa referiu ainda a questão de "sacerdotes que, tentados pelo activismo pastoral, não cultivam a oração e a profundidade espiritual, essenciais para a evangelização", bem como "um grande número de adolescentes e jovens que abandonam a prática cristã, depois do sacramento do Crisma; um vazio na oferta paroquial de formação cristã juvenil pós-Crisma, que muito poderia obstar a futuras situações familiares irregulares". "Enfim, necessidade de conversão pessoal e pastoral de pastores e fiéis até que todos possam dizer com verdade e alegria: a Igreja é a nossa casa", concluiu o Papa. Francisco lembra ainda que não há motivo algum para uma pessoa – seja ela quem for – se auto-excluir do olhar terno de Deus e que, por isso mesmo, os catequistas e comunidades devem passar do modelo escolar a um percurso global e não apenas do conhecimento cerebral, mas apostando no encontro pessoal com Jesus. "Hoje, a nossa proposta de Jesus não convence. Eu penso que, nos guiões preparados para os sucessivos anos de catequese, esteja bem apresentada a figura e a vida de Jesus; talvez mais difícil se torne encontrá-Lo no testemunho de vida do catequista e da comunidade inteira que o envia e sustenta, apoiada nas palavras de Jesus: 'Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.'" Tantos jovens desocupados e o Reino à "míngua de operários" Num discurso longo e programático, Francisco elogiou a Igreja portuguesa e o zelo pastoral dos seus responsáveis, incentivando-os a não desanimarem porque também os apóstolos e o próprio Pedro "eram homens fracos".

Por Aura Miguel, em Roma, e Filipe d'Avillez

Os jovens estão em "debandada" da Igreja e o Papa Francisco está preocupado. "Hoje, a nossa proposta de Jesus não convence" a juventude, disse aos bispos portugueses, que foram recebidos esta segunda-feira

Terminando numa nota de esperança, Francisco sublinhou aquilo de que a Igreja precisa mesmo: "A Igreja em Portugal precisa de jovens capazes de dar resposta a Deus que os chama, para voltar a haver


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famílias cristãs estáveis e fecundas, para voltar a haver consagrados e consagradas que trocam tudo pelo tesouro do Reino de Deus, para voltar a haver sacerdotes imolados com Cristo pelos seus irmãos e irmãs." "Temos tantos jovens desocupados e o Reino dos Céus à míngua de operários e servidores… Deus não pode querer isto. Que se passa então? 'É que ninguém nos contratou' (Mt 20, 7). Precisamos de conferir dimensão vocacional a um percurso catequético global que possa cobrir as várias idades do ser humano, de modo que todas elas sejam uma resposta ao bom Deus que chama: ainda no seio da mãe, chamou à vida e o nosso ser assomou à vida; e, ao findar a sua etapa terrena, háde responder com todo o seu ser a esta chamada: 'Servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor' (Mt 25, 21)", referiu o Papa. A visita "ad limina" deve realizar-se de cinco em cinco anos, permitindo um contacto mais directo entre o Papa e as dioceses locais, mas devido a vários atrasos esta realiza-se com três anos de atraso.

Papa pediu aos bispos portugueses para olharem a sociedade em "chave familiar" Os bispos portugueses receberam de Francisco indicações para fazer novas propostas aos jovens e, segundo o Patriarca, um renovado apelo ao acolhimento dos refugiados.

D. Manuel Clemente e os restantes bispos da Conferência Episcopal Portuguesa foram recebidos esta segunda-feira por Francisco. Foto: Lusa

O Papa Francisco recebeu esta segunda-feira os bispos portugueses no contexto da sua visita "ad limina" a Roma. Já depois do encontro com o Papa Francisco, D. Manuel Clemente falou aos jornalistas na praça de São Pedro. O cardeal patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal resumiu em três pontos o que diz serem as indicações do Papa, mas também as

preocupações dos bispos portugueses. E tudo começa com a prioridade às famílias, explica D. Manuel. "Olhar a pastoral e olhar a sociedade em chave familiar tem enormes consequências. Para a organização de uma paróquia, de uma comunidade cristã, para a catequese, para a formação dos adolescentes e dos jovens, para a relevância da formação para a vida matrimonial." Em segundo lugar, de acordo com o Patriarca, o Papa pediu novas propostas para cativar os jovens. "Dada a desinstitucionalização generalizada que notamos nas sociedades europeias, acompanhar os jovens indo ao seu encontro e proporcionando-lhes encontro que se revela muito satisfatório, quer eclesiais – de grandes massas – quer mais pequenas, experiências missionárias e de oração." Este assunto, e o trabalho já efectuado em Portugal a este respeito, mereceram entretanto elogios do Papa, diz D. Manuel: “O Papa frisou algo que ele nota muito positivamente e que nós em Portugal felizmente já temos, que são aquelas missões em que os jovens participam, quer missões entre os períodos escolares, em que vão grupos de jovens para determinadas localidades e acompanham a vida das paróquias e das populações, quer depois as missões fora do territorio do país, em tempo de férias. O Papa referiu que isto é muito importante porque proporciona uma integração de base que as antigas instituições numa sociedade e numa cultura como a nossa já não proporcionam tanto." Por fim, sublinha o cardeal, Francisco realçou "a necessidade de acolher e de apoiar, a curto-médio prazo, todas estas populações que nos procuram", uma referência clara à crise dos refugiados que chegam diariamente à Europa. Os jovens estão em "debandada" da Igreja e o Papa Francisco está preocupado. "Hoje, a nossa proposta de Jesus não convence" a juventude, disse aos bispos portugueses, que foram recebidos esta segunda-feira por Francisco. [Notícia actualizada às 15h45]


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Cinco frases do Papa Francisco aos bispos portugueses O Papa elogiou a "serena" Igreja portuguesa e mostrou-se preocupado com a "debandada da juventude".

D. Manuel Clemente: “As palavras, gestos e atitudes de Francisco são uma contínua provocação” Bispos portugueses foram recebidos esta segunda-feira pelo Papa durante a visita “ad limina” em Roma.

Foto: Maurizio Brambatti/EPA

Os bispos portugueses reuniram-se esta segunda-feira com o Papa, em Roma, no âmbito da tradicional visita "ad limina" que inclui encontros com responsáveis de congregações e conselhos pontifícios. O Papa elogiou a "serena" Igreja portuguesa e mostrouse preocupado com a "debandada da juventude". A Renascença selecciona cinco frases que o Papa disse aos bispos portugueses. - "Vejo com esperança crescer a sinodalidade como opção de vida pastoral nas vossas igrejas particulares." - "A Igreja que vive em Portugal é uma Igreja serena, guiada pelo bom senso, escutada pela maioria da população e pelas instituições nacionais, embora nem sempre seja seguida a sua voz." - "Exorto-vos a prosseguir no caminho de uma constante e metódica evangelização, bem convictos de que uma formação autenticamente cristã da consciência é de extrema e indispensável ajuda também para o amadurecimento social e para o verdadeiro equilíbrio do bem-estar de Portugal." - "Não pode deixar de nos preocupar a todos a debandada da juventude (…) Perguntemo-nos: a juventude deixa, porque assim o decide? Decida assim porque não lhe interessa a oferta recebida? Não lhe interessa a oferta porque não dá resposta às questões e interrogativos que hoje a inquietam?" - "Precisamos de conferir dimensão vocacional a um percurso catequético global que possa cobrir as várias idades do ser humano, de modo que todas elas sejam uma resposta ao Deus que chama."

Foto: Mario Cruz/Lusa Por Aura Miguel, no Vaticano

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, disse ao Papa que "as palavras, gestos e atitudes de Francisco são uma contínua provocação para os bispos e também para os católicos de Portugal". Os bispos portugueses foram recebidos esta segundafeira pelo Papa Francisco durante a visita "ad limina" em Roma. Os bispos foram levar o retrato das suas dioceses. Depois das reuniões por grupos de províncias eclesiásticas, houve um encontro conjunto que contou com a presença do cardeal patriarca de Lisboa, na qualidade de presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. D. Manuel Clemente disse ao Papa que as suas acções são "um estímulo para apostar mais na evangelização de todos os portugueses, cada vez mais presentes no mundo, e também perante as grandes dificuldades que atravessam". O patriarca recordou ainda a anterior visita "ad limina" dos bispos portugueses, então com o Papa Bento XVI. A partir daí, os bispos "investiram numa autêntica iniciação cristã e também numa reflexão entre todas as dioceses sobre a pastoral do país". "O magistério de Francisco", disse D. Manuel Clemente, "é agora um novo apelo para a conversão missionária de todos, bispos e comunidade eclesial". As palavras de Francisco vão ser distribuídas por escrito num discurso entregue em mão, como é habitual nas visitas "ad limina".


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Taxistas manifestam-se contra a Uber em Lisboa, Porto e Faro Tribunal Central de Lisboa aceitou providência cautelar interposta pela ANTRAL e proibiu os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal.

mesma forma" que trabalhava antes da decisão do tribunal.

Europa desbloqueia 500 milhões para ajudar produtores de leite Manifestantes pegaram fogo a caixotes do lixo e atiraram objectos à polícia numa manifestação esta segunda-feira, precisamente para pedir ajuda para enfrentar a crise.

Foto: DR

Taxistas realizam esta terça-feira um protesto no Porto, em Lisboa e em Faro, com a realização de marchas lentas a partir das 8h30 contra o transporte de passageiros por condutores ligados à aplicação eletrónica Uber. Em Lisboa, a concentração está marcada para o Parque das Nações e o percurso da marcha lenta percorre diversas artérias do centro da cidade, para terminar na Praça do Comércio, junto ao Ministério da Justiça. No Porto, a marcha parte e termina na Praça Gonçalves Zarco e, em Faro, à concentração no Parque das Cidades (Estádio do Algarve) segue-se o desfile até ao Parque de São Francisco. "A razão do protesto visa alertar para os efeitos da violação da lei, do não-acatamento de decisões judiciais, constituindo neste caso crime", e protestar contra a "tolerância dos decisores" e a "inacção dos fiscalizadores, no uso das competências e obrigações a que estão vinculados", explicou, em comunicado, a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL). Os taxistas pretendem entregar um dossiê explicativo das suas razões ao presidente do instituto da Mobilidade Terrestre e à ministra da Justiça, em Lisboa. Numa nota, a PSP informa que existirão elementos policiais a proceder ao desvio do trânsito devido aos previstos condicionamentos da circulação rodoviária e aconselha os cidadãos a utilizarem preferencialmente os transportes públicos para deslocações na cidade de Lisboa. O Tribunal Central de Lisboa aceitou a 28 de Abril deste ano uma providência cautelar interposta pela ANTRAL, e proibiu os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal, decisão que foi confirmada pelo mesmo tribunal em Junho. A ANTRAL acusa a Uber de "continuar a trabalhar da

Leite e chamas em Bruxelas. Manifestantes protestam contra a diminuição dos preços do leite. Foto: Twitter

A Comissão Europeia desbloqueou uma ajuda de emergência de 500 milhões de euros para ajudar os produtores de leite, confrontados com uma grave crise devido à descida dos preços no sector. Milhares de agricultores encontram-se na Praça Schoeman, em Bruxelas, para protestar contra estas dificuldades, agravadas pelo embargo russo. Alguns dos manifestantes pegaram fogo a caixotes de lixo e rebentaram petardos, lançando ainda foguetes e atirando ovos, pacotes de leite e outros objectos contra as dezenas de polícias de choque. Até ao momento, as forças policiais não intervieram, para além da utilização pontual de canhões de água para dispersar e neutralizar algumas das provocações mais ostensivas, como quando vários agricultores utilizaram uma máquina agrícola para fazer chover palha sobre os polícias. O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal, Luís Mira, é um dos portugueses que se encontra em Bruxelas para acompanhar esta manifestação, e explica à Renascença quais são as duas principais reivindicações dos produtores: "O preço de intervenção no mercado do leite está num valor que não é mexido há oito anos, tem de ser elevado." Defende que "a distribuição do valor entre a produção, a transformação e a distribuição tem de ser mais equilibrada, tem de haver regras para que não haja uma desvantagem tão grande para a produção, que fica


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apenas com cerca de 12,5% a 15% do valor total".

Mais de 1.600 funcionários públicos deixaram ADSE num ano Sindicato diz que que a maioria das desistências teve a ver com o aumento das contribuições para 3,5%. Mais de 1.600 funcionários públicos optaram em 2014 por deixar a ADSE, o que contribuiu para a redução do número de beneficiários do regime de protecção da administração pública, que se fixou nos 1,2 milhões de beneficiários. De acordo com o relatório de actividades da ADSE de 2014, a que a agência Lusa teve acesso, renunciaram à ADSE 1.614 trabalhadores, o que, consequentemente, levou à renúncia de 1.351 familiares que beneficiavam do sistema. No total, renunciaram à ADSE (Direcção Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública) 2.965 beneficiários, mas o relatório desvaloriza o impacto dessa redução salientando que apenas os beneficiários titulares contribuem financeiramente para a ADSE. O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, diz que que a maioria das desistências teve a ver com o aumento do encargo mensal pois os trabalhadores descontavam 2,25% e passaram a descontar 3,5%, ao mesmo tempo que têm reduzido as comparticipações. No final de 2014 o número de beneficiários da ADSE era de 1.275.356, enquanto no ano anterior esse número era de 1.290.816. Nos mesmos períodos os titulares no activo eram 508.100 e 523.234, respectivamente. A quebra registada no número de beneficiários/contribuintes da ADSE não parece ter afectado os resultados financeiros da entidade, que ultrapassaram os 132 milhões de euros em 2014. Em 2013 a ADSE tinha tido um resultado liquido de 5,2 milhões. A ADSE depende em termos orçamentais do Ministério da Saúde mas é tutelada pelo Ministério das Finanças.

Costa admite que eleições são desafio "muito difícil", mas confia na vitória PSD e CDS "mentiram na campanha eleitoral e falharam no Governo e por isso não merecem confiança", defende líder socialista.

Foto: Miguel Pereira da Silva/Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa, admite que as eleições legislativas do dia 4 de Outubro são um desafio "difícil", mas manifesta "toda a esperança e confiança" na vitória do seu partido. "Eu sei que o que temos pela frente é muito difícil, sei que o que temos pela frente é muito duro, mas era o que faltava fugir da dureza, fugir do que é difícil, porque é difícil, e o que é duro é que é desafiante. E é por isso que estamos aqui, e é por isso que vamos ganhar estas eleições legislativas", afirmou. António Costa falava na Guarda, depois de o cabeçade-lista pelo círculo eleitoral local, Santinho Pacheco, ter afirmado que a vitória do PS nas eleições legislativas é o desafio da vida do secretário-geral e candidato a primeiro-ministro. Nesta deslocação à Guarda, o líder socialista, que falava num jantar com a presença de 1.400 pessoas, segundo a organização, disse que nas eleições legislativas os portugueses farão a escolha entre "quem merece e quem não merece confiança para Governar Portugal". "De um lado temos a coligação de direita, uma coligação que ganhou as últimas eleições, jurando que não cortava as pensões que depois cortou; que ganhou as eleições a jurar que não aumentaria os impostos que depois aumentou", observou. Disse ainda que a coligação comprometeu-se "com dois objectivos fundamentais no Governo - de fazer crescer a economia e reduzir a dívida". No entanto, apontou que a coligação "chega ao final desta legislatura com a economia ao nível de 2002 e com a dívida maior que alguma vez o país já teve". "Eles [PSD/CDS-PP] mentiram na campanha eleitoral e por isso não merecem confiança, eles falharam no Governo e por isso não merecem confiança", referiu. Acrescentou que o PSD e o CDS/PP "apresentam-se nestas eleições com um programa escondido, porque querem omitir dos portugueses qual é o seu verdadeiro


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programa". "E o seu verdadeiro programa, que nós temos de dar a conhecer a todos os portugueses, é muito simples: em primeiro lugar, continuar pelo mesmo caminho da austeridade, impondo agora um novo corte de pensões de 600 milhões [de euros] aos nossos pensionistas, como se não fosse suficiente tudo aquilo que já lhes tiraram", comentou António Costa. O líder socialista disse ainda na sua intervenção que a alternativa à coligação de direita é a alternativa representada pela candidatura do PS, que apresenta um programa com "compromissos escritos" e com palavra "que terá que ser honrada".

Porto. Legionella obriga ao internamento de cinco pessoas Bactéria foi identificada em seis torres de arrefecimento de edifícios já encerrados e desinfectados. Desde a última semana de Julho foram notificados 16 casos.

Foto: DR

O director-geral da Saúde revelou que estão internadas cinco pessoas com a doença do legionário na região do Grande Porto. Apresentam uma "evolução clínica favorável". Em conferência de imprensa no Porto, Francisco George explicou que desde a última semana de Julho foram notificados 16 casos, dois dos quais foram contraídos durante viagens ao estrangeiro, ou seja, com incubação da doença fora de Portugal. São mais oito casos do que em 2014. "Foi possível identificar em seis equipamentos de torres de arrefecimento a existência da bactéria, em locais que produzem aerossóis. Esses equipamentos foram de imediato encerrados e sujeitos a tratamento de desinfecção", revelou, sem querer identificar quais os edifícios públicos em causa. O director-geral da Saúde deixou ainda bem claro que "esta situação é totalmente diferente daquela que se verificou em Vila Franca de Xira" no ano passado, onde em poucos dias surgiu "uma epidemia explosiva com 402 casos confirmados".

Podem surgir mais casos nos próximos dias Francisco George acrescentou que quatro dos 14 casos incubados no Grande Porto surgiram desde sexta-feira e que apesar de as fontes identificadas terem sido encerradas, tratadas e desinfectadas, poderá acontecer, "atendendo ao período de incubação, que ao longo dos próximos 10 a 12 dias surjam outros casos". "À luz do princípio de precaução e perante a identificação de colonização com bactérias naquelas torres, elas foram imediatamente encerradas e foram sujeitas a tratamento de acordo com os procedimentos que estão previstos para este fim. Não sabemos ainda se este aglomerado de doentes que estão nas camas hospitalares do Porto têm uma bactéria correspondente aquela que foi identificada", observou. Apesar da insistência dos jornalistas, o director-geral da Saúde não quis dizer quais os edifícios em causa "por razões de protecção dos interesses", mas garantiu que "em termos de saúde pública já foram encerradas as torres e os edifícios" e por isso "já não há exposição a esse risco". Para além desta situação, o responsável esclareceu a questão que se prende com o hotel Boa-Vista, evidenciando que se trata de "dois campos distintos, dois problemas diferentes, apenas coincidentes no tempo e no Porto. A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares. Um surto registado a partir de 7 de Novembro do ano passado causou 12 mortos e infectou 375 pessoas. Saiba como evitar a legionella [notícia actualizada às 20h33]


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Campanha. Aquela radiografia velha pode ajudar alguém Raios X antigos podem ser entregues até 29 de Setembro nas farmácias de todo o país. Fundos revertem para as obras da Assistência Médica Internacional.

Prémio Champalimaud distingue três instituições que trabalham em África O Kilimanjaro Centre for Community Opththalmology (KCCO), a Seva Foundation e a Seva Canada são os vencedores desta edição.

Foto: DR

A campanha de reciclagem de radiografias da Assistência Médica Internacional (AMI) arranca esta terça-feira. A organização não-governamental pede a entrega de exames mais antigos. As radiografias com mais de cinco anos ou sem valor de diagnóstico podem ser entregues até 29 de Setembro nas farmácias de todo o país, explica a AMI, em comunicado. Desde 1996, a iniciativa totalizou mais de 1.500 toneladas de radiografias recolhidas e recicladas, das quais 60 toneladas em 2014. A entrega das radiografias permite que os seus materiais sejam reciclados e evita o envio para o lixo de produtos que ficariam sem utilização. "A venda da prata extraída permitirá à AMI gerar financiamento para fazer face ao constante aumento das necessidades sociais", salienta a organização. A iniciativa permite angariar fundos equivalentes ao custo de um dos 17 equipamentos e respostas sociais da AMI em Portugal. A organização tem neste projecto "uma das suas fontes estratégicas de angariação de fundos, demonstrando que, independentemente das dificuldades financeiras de cada um, todos podem contribuir sem custo".

Presidente da República entregou o galardão. Foto: Lusa

O Prémio António Champalimaud de Visão 2015, no valor de um milhão de euros, foi atribuído a três instituições que trabalham em África no combate à cegueira e à pobreza e na promoção económica e social das populações. O Kilimanjaro Centre for Community Opththalmology (KCCO), a Seva Foundation e a Seva Canada são os vencedores desta edição. O projecto "reúne três áreas: combate à pobreza, combate à cegueira e promoção económica e social das populações através de programas de microcrédito e microfinanciamento". "Estes programas de microcrédito abrem novas perspectivas e dão um novo sentido a actividades tradicionais, como o artesanato, pondo o resultado destas actividades ao serviço das populações e garantindo a estas comunidades esquecidas uma nova forma de vida e desenvolvimento sustentável", segundo a Fundação. Na cerimónia, o Presidente da República elogiou "o trabalho humanitário admirável" dos vencedores do Prémio Champalimaud de Visão 2015 e sublinhou "o contributo ímpar" que, a partir de Portugal, este galardão tem dado para combater a cegueira no mundo inteiro. O Projecto Kilimanjaro actua num dos cenários mais dramáticos de África, num território devastado pela pobreza extrema, pelos flagelos naturais, pela doença e pela cegueira, que atingiu nesta área números inimagináveis. Em declarações à agência Lusa, o director do KCCO, Paul Courtright, sublinhou que o trabalho desta organização não se limita à assistência clínica: "Temos


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de envolver toda a comunidade, saber onde estão os doentes. Muito do nosso trabalho é focado em busca de capacidades" junto as populações. O Prémio António Champalimaud de Visão 2015 reconhece "o esforço de organizações que, com poucos meios, ultrapassaram dificuldades desenvolvendo um combate cujos resultados já são visíveis", segundo a fundação. Foi lançado em 2006 e conta com o apoio do programa «2020 - O direito à Visão» da Organização Mundial de Saúde (OMS). [notícia actualizada às 00h54]

Gulbenkian quer evitar 50 mil novos casos de diabetes nos próximos cinco anos Portugal é o país da Europa com mais diabéticos e cerca de metade desconhece que sofre da doença. A Fundação Gulbenkian propõe-se a atingir a meta de evitar 50 mil novos casos de diabetes nos próximos cinco anos, com um projecto que é lançado esta segunda-feira e conta com a colaboração das autarquias. Portugal é o país da Europa com mais diabéticos e cerca de metade desconhece que sofre da doença. O director clínico da Associação Protectora de Diabéticos de Portugal, João Raposo, avança que se pretende rastrear 80% da população portuguesa adulta. Os questionários vão estar disponíveis nos centros de saúde e hospitais, nas farmácias, nas autarquias, nas empresas e na internet.

igual ao aplicado numa consulta de especialidade. No início de Agosto, o Ministério da Saúde avançou à agência Lusa que decidiu "dar seguimento a um parecer da Direcção-geral da Saúde, no sentido de a taxa moderadora, a ser cobrada, vir a corresponder ao valor de uma consulta de especialidade", ficando isentas os restantes procedimentos associados à interrupção. "Tendo em conta o objectivo de promover o planeamento familiar e proteger a saúde da mulher grávida, a taxa moderadora para a IVG é apenas referente ao ato de interrupção da gravidez", explicou o Ministério. No passado dia 22 de Julho, a maioria PSD/CDS-PP aprovou a introdução de taxas moderadoras para a IVG, assim como a obrigatoriedade de aconselhamento psicológico e social e de consultas de planeamento familiar às mulheres que recorrem a este ato e o fim do registo dos médicos objectores de consciência. Entre 2008 e 2013 houve um decréscimo de 1,6% do número de abortos por opção da mulher e, em 2014, manteve-se a tendência decrescente - menos 9,5% em relação ao ano anterior.

Empresas condenadas por despedimento ilegal de grávidas perdem subsídios Criado mecanismo para protecção das trabalhadoras grávidas e lactantes. Setenças de tribunais vão ser comunicadas à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.

Taxa moderadora do aborto entra em vigor em Outubro O valor para interrupção voluntária da gravidez (IVG) vai ser de 7,75 euros, igual ao aplicado numa consulta de especialidade. O pagamento de taxas moderadoras para interrupção voluntária da gravidez (IVG) entra em vigor a 1 de Outubro, segundo legislação publicada esta segundafeira em “Diário da República”. A lei, promulgada a 26 de Agosto pelo Presidente da República, Cavaco Silva, prevê "o pagamento de taxas moderadoras na interrupção de gravidez quando for realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez". Segundo o Ministério da Saúde, o valor da taxa moderadora para a IVG vai ser de 7,75 euros, valor que é

Foto: DR

Há novas normas para protecção das trabalhadoras grávidas e das mulheres que estão a amamentar. A lei foi publicada em “Diário da República” esta segundafeira. As empresas que tenham sido condenadas por despedimento ilegal, até dois anos antes da candidatura, perdem o direito a subsídios e subvenções


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estatais. O diploma determina que os tribunais vão ter comunicar à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego as sentenças transitadas em julgado. A comissão fica responsável pelo registo de todas as sentenças condenatórias transitadas em julgado por despedimento ilegal de grávidas e lactantes saídas no território nacional. As entidades que procedam à análise de candidaturas a subsídios ou subvenções públicos ficam obrigadas a consultar a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego sobre a existência de condenações transitadas em julgado por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes relativamente a todas as entidades concorrentes. Esta comissão, sempre que consultada no âmbito de procedimento de eventual atribuição de subsídios ou subvenções públicos, irá elaborar e remeter informação escrita contendo o resultado da pesquisa no registo das sentenças no prazo de 48 horas. Lei é insuficiente para os sindicatos As centrais sindicais dizem que é insuficiente a legislação publicada. Lina Lopes, da UGT, afirma que para além da penalização deveriam ser criados mecanismos para beneficiar as empresas que apoiam a natalidade. Também Fatima Messias, da CGTP, considera que a norma fica aquém das reais necessidades do país. A sindicalista defende que todas as empresas denunciadas deveriam ser sinalizadas, pois na sua perspectiva o número de condenações em Portugal por ilegalidades no âmbito na maternidade e paternidade é diminuto.

Seis bombeiros de Fafe feridos em despiste de autotanque

disse à Renascença o comandante Gilberto Gonçalves. A viatura acidentada tombou para uma ravina, na freguesia de Queimadela, quando seguia para o combate a um incêndio. "Numa estrada mais estreita, cruzaram-se com um tractor, tiveram que se chegar mais junto da berma e a berma acabou por ceder e eles foram pela ribanceira abaixo", explica Gilberto Gonçalves, comandante dos Bombeiros de Fafe. O autotanque da corporação transportava duas mulheres e quatro homens e o alerta foi dado pelas 15h15. Dois bombeiros já tiveram alta hospitalar e o mesmo deverá acontecer aos restantes nas próximas horas, refere o comandante Gilberto Gonçalves. No local estiveram as viaturas médicas (VMER) de Famalicão e de Guimarães, a viatura de suporte imediato de vida (SIV) de Fafe, duas ambulâncias dos Bombeiros de Guimarães, três ambulâncias dos Bombeiros de Fafe e o desencarcerador de Fafe. Quatro feridos foram transportados para o Hospital de Guimarães e dois para o Hospital de Braga. [notícia actualizada às 19h54]

Fogo que destruiu parte do passadiço de Arouca está dominado Incêndio de grandes dimensões ainda lavra numa frente, mas não há casas em risco.

Viatura acidentada, que tombou para uma ravina, transportava duas mulheres e quatro homens. O alerta foi dado pelas 15h15. Passadiço junto ao rio Paiva prolonga-se por oito quilómetros. Foto: DR

Foto: Lusa

Seis bombeiros da corporação de Fafe ficaram feridos esta segunda-feira, sem gravidade, na sequência de um acidente de viação do autotanque em que seguiam,

O incêndio que deflagrou esta segunda-feira no concelho de Arouca foi dominado na zona do passadiço de Paiva mas, ao início da madrugada, ainda tinha uma frente activa, indica o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro. “Os passadiços foram tocados em alguns pontos, porque o incêndio fez um percurso junto ao leito do rio Paiva onde se encontram os passadiços”, disse à Renascença o comandante José Bismarque. O passadiço de Paiva vai ser encerrado ao público até que o piso seja reposto, o que deverá acontecer logo depois de o incêndio ser extinto, avança o presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves.


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O passadiço de Paiva prolonga-se por oito quilómetros, entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca. A autarquia prevê prolongá-lo, até 2017, por mais 12 quilómetros ao longo de dois afluentes daquele curso de águas bravas: os rios de Frades e Paivô. A frente que continua activa consome uma zona florestal e não há casas em risco. As chamas estão a ceder, mas vai ser preciso “mais algumas horas de trabalho”, sublinha o comandante José Bismarque, do CDOS de Aveiro. As principais dificuldades dos bombeiros no combate a este fogo são a falta de limpeza e de acessos numa zona de relevo, explica a mesma fonte. O alerta foi dado às 13h26 de segunda-feira. A combater as chamas estão 287 operacionais, que contam com o apoio de 84 viaturas. Durante o dia vários meios aéreos participaram no ataque ao fogo.

Europa pode sancionar quem recusar refugiados Neste noticiário: Comissão Europeia pode sancionar países que recusem refugiados; Renascença visita campo de refugiados na Hungria; Sócrates dá primeira entrevista desde que está em prisão domiciliária; taxistas manifestam-se contra Uber; incêndio destrói parte dos passadiços do Paiva; selecção nacional a um ponto do Europeu de 2016.

portuguesa para ajudar. Segundo o Patriarca de Lisboa, os bispos estão “completamente disponíveis. E foi muito bom que lhe tivéssemos feito essa referência, porque ele depois esclareceu: ‘Quando eu digo o acolhimento paroquial, quero dizer que o ideal seria que em cada paróquia uma família tomasse conta de uma família imigrante. Não quer dizer pô-la na sua casa ou levá-la para a residência paroquial, mas sim garantir condições de alojamento e de acompanhamento, família a família.” “No que diz respeito às nossas famílias católicas faremos todo o possível para estar com elas nesse sentido”, garante D. Manuel Clemente. As declarações do Papa aos bispos portugueses foram feitos no contexto da visita ad limina a Roma, que se realiza, supostamente, de cinco em cinco anos. Francisco falou esta segunda-feira a todos os bispos, a quem alertou para a necessidade de a Igreja portuguesa fazer mais para cativar os jovens.

Portugal deve acolher refugiados "dentro das suas possibilidades", diz Cavaco Presidente da República manifesta "profunda solidariedade" em relação às pessoas que fogem da guerra e deixa um apelo à Europa.

Por Edição de Marília Freitas

Bispos portugueses “completamente disponíveis” para acolher refugiados Aos bispos portugueses Francisco esclareceu que não se espera que as famílias recebam outras nas suas casas, mas que se responsabilizem por elas ajudando a garantir alojamento e condições de vida. O Papa pretende que em cada paróquia, pelo menos, uma família cristã se possa responsabilizar por uma família de refugiados, com o objectivo de acompanhar a sua integração. O desejo de Francisco foi explicado, esta segunda-feira, aos bispos portugueses que recebeu no Vaticano. O acolhimento dos que procuram refúgio na Europa foi um dos temas abordados no encontro, em que os bispos transmitiram a total disponibilidade da Igreja

Foto: José Sena Goulão/Lusa

Portugal deve manifestar "profunda solidariedade" acolher dentro das suas possibilidades os refugiados que fogem da guerra, defende o Presidente da República. "Aos que buscam a Europa fugindo da guerra, Portugal deve manifestar a sua profunda solidariedade e, dentro das suas possibilidades, criar condições para o seu acolhimento, para que, com as suas famílias, possam recomeçar uma vida nova", afirmou Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de entrega do Prémio Champalimaud de Visão, que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa. Deixou ainda um "veemente apelo" para que "a


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Europa, face à tragédia que se abate sobre milhares de pessoas, se destaque, uma vez mais, pela defesa dos valores e os princípios da dignidade humana". "Trata-se de um imperativo ético, que nos caracteriza como cidadãos da Europa e que devemos preservar em nome de um mundo melhor", sublinhou. De acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Internacional para as Migrações, perto de 365.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.700 morreram. Mais de 245.000 chegaram à Grécia e mais de 116.000 à Itália. Na semana passada, o Governo português decidiu criar um grupo de trabalho para estudar a estratégia para receber os refugiados em Portugal, coordenado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Além do SEF, integram este grupo representantes do Instituto da Segurança Social, Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), Direcção-Geral de Saúde, Direcção-Geral da Educação e Alto Comissariado para as Migrações. Portugal irá acolher cerca de 1.500 migrantes e será o grupo de trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações que irá estudar esse acolhimento e o plano de ação. O grupo de trabalho vai proceder "à aferição da capacidade instalada e à preparação de um plano de acção e resposta", em "matéria de reinstalação, relocalização e integração dos imigrantes, devendo apresentar um relatório das actividades desenvolvidas, suas conclusões, propostas e recomendações". Portugal, através do SEF, já está a colaborar com peritos da Grécia, Bulgária e Itália em diversas acções e projectos, destacando a colaboração de um perito no Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo. CRÓNICA

Os refugiados querem tudo o que queremos para os nossos Chegam cansados e assustados da longa viagem. Falam mal inglês e custa entendêlos. Mas a linguagem universal mais utilizada por estes dias é outra: a da solidariedade. Com gestos, quase tudo se entende. Por João Cunha, na Hungria

O desespero não conhece barreiras. Este ano, perto de 150 mil refugiados – a maioria sírios – passaram pela Hungria, a caminho maioritariamente da Alemanha. Quase o triplo das entradas de refugiados e/ou imigrantes registada nos primeiros oito meses do ano passado. E são esperados mais. Muitos deles passam por aqui, pela estação ferroviária de Keleti, em Budapeste. Entre eles, há também muitos cidadãos afegãos, paquistaneses, líbios, iraquianos e eritreus. Chegam cansados e assustados da longa viagem. Falam mal inglês e custa entendê-los.

Mas a linguagem universal mais utilizada por estes dias é outra: a da solidariedade. Com gestos, quase tudo se entende. Com compaixão e amor ao próximo, tudo se resolve. E assim, lá vão conseguindo pedir água, alimentos, roupa e cobertores a quem por aqui os ajuda. Não é ninguém ligado a qualquer organismo governamental. Não é nenhuma organização nãogovernamental. São cidadãos residentes em Budapeste que não conseguiram, como esta manhã verifiquei, ficar indiferentes quando, por exemplo, saem do metropolitano ou dos comboios e atravessam a estação de Keleti. A maioria parece nem reparar na miséria em que se encontram estes refugiados, ali encostados a caixas de cartão e muitos cobertores, que os ajudaram a passar a noite a dormir ao relento. É todo um interface de transportes que se transformou numa imenso albergue. Passam literalmente ao lado de quem, às primeiras horas da manhã, está de pacote de leite na mão e um pedaço de pão com manteiga ou doce, a tomar o pequeno-almoço. Sentado no chão. De filhos pequenos ao colo, embrulhados em mantas, enquanto as crianças mais velhas já jogam à bola. Mas há quem repare e se organize na ajuda a estes refugiados. Organizaram-se no que preferem que se chame um movimento, a que deram o nome "Migration Aid", que recolhe e entrega tudo o que estes refugiados precisam. Água, leite, comida, roupas, mantas e produtos para a higiene. São na sua maioria jovens, entre eles alguns portugueses, que sem se intimidarem pelo medo que alguns tentaram incutir na sociedade húngara, devido à entrada destes refugiados, não hesitaram em fazer o possível para melhorar a passagem pelo país destes refugiados. Chegaram a ir atrás deles, literalmente, na passada sexta-feira. Fartos da passividade das autoridades húngaras, decidiram fazer a pé, por auto-estrada, o caminho até à fronteira. Ultrapassaram-nos e, mais à frente, no alcatrão, deram-lhes água e comida. Chegaram a ser em maior número do que os refugiados, estes voluntários, porque já são muito menos os estrangeiros, para além dos turistas, os que por aqui estão. A medo, lá seguem viagem de comboio até à Áustria. Receosos porque souberam o que aconteceu, nos primeiros dias, a muitos refugiados. Enganados pelas autoridades húngaras (não há outra forma de o dizer), entraram no comboio, mas saíram pouco depois, à força, para serem levados para um campo de refugiados. Não querem que lhes aconteça o mesmo, porque, dizem, é a pior condição humana a que podiam estar sujeitos. É o corte radical na esperança e vontade que os levou a ganhar a força necessária para sair dos seus países de origem apenas com o que tinham no corpo. Para tentarem uma vida melhor. Para eles e para os seus. No fundo, tudo o que queremos também para os nossos. Sem que seja necessário fugir a guerras, repressões e conflitos sectários.


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Angelina Jolie. "Os sírios fogem de bombas, armas químicas, violações e massacres" Num texto publicado num jornal britânico, a enviada especial do ACNUR lembra que os refugiados correm perigo de vida.

de acordo com os dados actualizados pela Organização Internacional para as Migrações. Mais de 245 mil chegaram à Grécia e mais de 116 mil à Itália. Na "rota dos Balcãs", os migrantes passam pela Grécia, Macedónia e Sérvia, antes de entrarem na Hungria, o primeiro país da União Europeia onde chegam e a partir do qual desejam prosseguir viagem para países como a Alemanha ou Suécia.

Ajuda à Igreja que Sofre pede oração mais intensiva pela paz na Síria Desta segunda a quarta-feira a imagem peregrina de Fátima devia estar em Damasco, mas a visita foi cancelada por falta de condições de segurança. A oração, porém, é mara se manter. Por Ana Lisboa

Foto: ACNUR

Milhares de pessoas estão desesperadas para entrar na Europa e encontrar refúgio, mas há uma distinção importante a fazer, alerta a actriz e activista de direitos humanos Angelina Jolie: uma coisa são aqueles que fogem da guerra, outra os que procuram uma vida melhor. "Devemos ter consciência da distinção entre migrantes económicos, que estão a tentar escapar de uma situação de pobreza extrema, e os refugiados que fogem pois a suas vidas correm perigo", pode ler-se no editorial publicado no "The Times" britânico e assinado pela norte-americana e por Arminka Helic, uma antiga refugiada bósnia e parlamentar britânica. Os refugiados que fogem dos conflitos devem ser "salvos imediatamente do perigo e da perseguição" e uma triagem mais eficaz na chegada à Europa pode ajudar, pode ler-se no texto publicado esta segundafeira. Angelina Jolie, de 40 anos, é enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e é conhecida pelo seu trabalho humanitário. "Os sírios fogem de bombas, armas químicas, violações e massacres." A vaga de pessoas vai continuar até a comunidade internacional encontrar ajudar a encontrar uma resposta - ao nível diplomático - para a guerra na Síria, refere Angelina Jolie e Arminka Helic. "Não podemos apenas fazer doações. A crise também não se resolve apenas porque se recolhe refugiados." A declaração faz ainda uma crítica global à incapacidade mundial de resolução de conflitos. "Nada nos diz mais sobre o estado do mundo que a migração das pessoas através das fronteiras." Perto de 365 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.700 morreram,

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) pede a intensificação de oração pela paz na Síria ao longo destes dias, até quarta-feira. A fundação já tinha decidido que durante este mês haveria orações em conjunto com a Igreja da Síria, para coincidir com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Damasco, mas devido ao cancelamento dessa visita, por razões de segurança, foi tomada a iniciativa de rezar o terço por esta intenção. Catarina Martins, directora da delegação nacional da AIS, afirma que “em particular nestes três dias, em que era suposto a imagem de Nossa Senhora de Fátima estar na Síria, vamos rezar pela paz” neste país do Médio Oriente e explica que “quando houve este cancelamento, percebemos que fazia ainda mais sentido estarmos unidos em oração por este povo tão martirizado e que tem sofrido tanto nos últimos anos”. “O que nós temos estado a pedir é que cada um na sua paróquia, no seu grupo de amigos, em casa, se organize de forma a poder estar unido em oração nestes três dias”, diz a responsável pela Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal. Em seu entender, “o mais importante era que a paz fosse restabelecida na Síria, para depois as pessoas poderem viver uma vida sem esta violência diária, que tem sido constante nos últimos quatro anos e meio, uma vez que a guerra começou em Março de 2011”.


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França pronta para bombardear posições do Estado Islâmico Presidente já mandou realizar voos de reconhecimento, mas para já descarta uma intervenção terrestre, considerando-a inconsequente e irrealista.

Dinamarca bloqueia travessia a migrantes a chegar da Suécia Chefe da diplomacia da europeia sublinha estar prevista uma proposta de sanções aos estados-membros que não apliquem as medidas de apoio aos refugiados.

Força Aérea francesa preparada para atacar posições do Estado Islâmico. Foto: DR

A França está pronta para bombardear posições do autoproclamado Estado Islâmico, na Síria. O anúncio foi feito esta segunda-feira por François Hollande, em conferência de imprensa, no palácio do Eliseu. O Presidente francês disse que os voos de reconhecimento, com o objectivo de lançar eventuais ataques aéreos, arrancam esta terça-feira. “Pedi ao Ministro da Defesa que a partir de amanhã se realizem voos de reconhecimento, sobre a Síria, para recolher informação que permita atacar alvos do Estado Islâmico, preservando a nossa autonomia de decisão e de acção”, afirmou. Para já, Hollande descarta uma intervenção militar terrestre, considerando-a inconsequente e irrealista. Estas declarações foram feitos, esta manhã, numa ocasião em que Hollande aproveitou também para explicar que medidas vão ser tomadas para acolher refugiados. A França vai acolher 24 mil refugiados no âmbito do plano de quotas da União Europeia, que vai distribuir 120 mil pessoas pelos 28 Estados-membros. O governante gaulês anunciou ainda que quer realizar em França uma conferência internacional sobre a crise dos refugiados. O grupo terrorista controla parte do Iraque e da Síria. Desde Setembro do ano passado que uma coligação internacional com cerca de duas dezenas de países, liderada pelos Estados Unidos, leva a cabo vários ataques aéreos contra alvos da organização. Em Junho de 2014, o grupo anunciou a restauração de um califado e nomeou al-Baghdadi califa, o que faz dele, aos olhos do grupo, o líder político e espiritual de todos os muçulmanos no mundo. O Estado Islâmico é acusado de massacrar civis, violações, destruição de património cultural classificado pela UNESCO e perseguição de minorias étnicas e religiosas. O que é o Estado Islâmico?

A Ponte Oresund que liga Malmö, na Suécia, a Copenhaga, capital dinamarquesa. Foto: DR

A polícia dinamarquesa encerrou durante a madrugada de segunda-feira a auto-estrada que faz fronteira com a Suécia a várias dezenas de refugiados. Os migrantes, sobretudo oriundos da Síria, chegaram no domingo ao principal ponto de travessia de ferry entre a Alemanha e a Escandinávia, com a intenção de chegar à Suécia através da ponte que liga Copenhaga a Malmö. O trajecto não pode ser feito a pé por motivos de segurança, alegam as autoridades. Enquanto isso, a Comissão Europeia admite vir a penalizar todos os estados-membros que recusem receber refugiados. Bruxelas começa a analisar e a apresentar aos países as propostas para responder à crise humanitária. Em entrevista à CNN, a chefe da diplomacia da europeia, Federica Mogherini sublinha estar prevista uma proposta de sanções. “Poderá surgir uma proposta para aplicar sanções aos estados-membros que não estejam a aplicar as medidas adoptadas. A Comissão vai assumir decisões na reunião de Estrasburgo que depois serão apresentadas no Parlamento. Obviamente, é necessário o apoio político de toda a União Europeia.” As equipas de acolhimento aos refugiados na Suécia alertam que, todas as semanas, chegam ao país, em média, 700 crianças sem os pais. Muitas delas chegam com ferimentos, em alguns casos resultantes de situações de violação. São sobretudo rapazes adolescentes, vítimas de maus-tratos por parte dos traficantes de seres humanos. O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, já apelou à distribuição de pelo menos 200.000 refugiados, defendendo que todos os estados-membros deviam ter a obrigação de participar neste programa.


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Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou aos Estados-membros da União Europeia (UE) para aceitarem pelo menos 100 mil refugiados, de modo a aliviar a pressão nos países da chamada "linha da frente".

Syriza ou Nova Democracia? Sondagem mostra gregos divididos Partido de Alexis Tsipras tem vindo a perder gás nas últimas semanas. Eleições estão marcadas para 20 de Setembro.

Foto: EPA

O Syriza e a Nova Democracia estão separados por apenas meio ponto percentual, indica uma sondagem divulgada esta segunda-feira, a 13 dias das eleições legislativas antecipadas na Grécia. O partido do antigo primeiro-ministro Alexis Tsipras tem uma curta vantagem. O Syriza regista 27% das intenções de voto, de acordo com o estudo da Pulse para o site de informação bankingnews.gr. No segundo lugar nas preferências dos gregos aparece a Nova Democracia, com 26,5%. O partido de direita confirma a tendência de crescimento. Com 6,5%, o partido de extrema-direita Aurora Dourada aparece na terceira posição. Os Gregos Independentes, que fizeram parte do último Governo de coligação, alcançam 2,5%, abaixo dos 3% necessários para conseguir entrar no Parlamento. De acordo com a sondagem divulgada esta segundafeira, cerca de 35% dos inquiridos defendem uma coligação entre o Syriza e a Nova Democracia, um cenário que tem sido rejeitado por Alexis Tsipras. Duas sondagens publicadas no fim-de-semana também davam uma vitória por curta margem ao Syriza, que tem vindo a perder vantagem nas últimas semanas. Duas outras sondagens divulgadas na semana passada chegam mesmo a dar a vitória à Nova Democracia. As eleições legislativas na Grécia estão marcadas para 20 de Setembro. Portugal vai a votos a 4 de Outubro.

Vírus gigante descoberto na Sibéria Cientistas alertam que descoberta deve levantar questões sobre o risco potencial de alguns destes vírus gigantes acordarem um dia, caso se comecem a agitar porões muito profundos do Ártico em busca de minerais valiosos ou petróleo. Uma equipa de cientistas franceses e russos encontrou um novo vírus gigante na Sibéria, baptizado "Mollivirus sibericum", que tem cerca de 30 mil anos e foi descoberto em "permafrost", um terreno de gelo permanente. Esta descoberta mostra que os vírus gigantes "não são incomuns e são muito diversificados", disse à agência de notícias AFP Jean-Michel Claverie, um dos coordenadores do estudo publicado esta segunda-feira na revista "Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (PNAS)". Com a revelação do "Mollivirus sibercum", passa para quatro o número de famílias de vírus gigantes identificados desde 2003, incluindo dois já encontrados no "permafrost", disse Jean-Michel Claverie, professor de Medicina na Universidade de Aix-Marseille e diretor do Laboratório do Genoma e Informações Estruturais de Marselha. Segundo o cientista, esta descoberta deve levantar questões sobre o risco potencial de alguns destes vírus gigantes acordarem um dia, caso se comecem a agitar porões muito profundos do Ártico em busca de minerais valiosos ou petróleo. Os vírus gigantes, que têm um diâmetro maior do que 0,5 micron (0,5 milésimo de um milímetro) são facilmente visíveis com um microscópio óptico simples, ao contrário dos outros vírus, podendo ser facilmente confundidos com uma bactéria. Os investigadores "acordaram" o vírus num laboratório usando amebas, um organismo unicelular, como as células hospedeiras com a intenção de verificar se são ou não patogénicos para o homem ou rato. No ano passado, a equipa tinha conseguido reavivar um outro tipo de vírus gigante mantido na mesma amostra de "permafrost", chamando-o de "Pithovirus". O mundo científico, que sempre pensou que os vírus eram necessariamente muitos pequenos e compostos apenas por um punhado de genes, passou a denominar vírus gigantes após uma descoberta em 2003 de um vírus composto por mais de mil genes, com o nome "Mimivírus", da família de "Megavirus chilensis". A análise do ADN contido na amostra `permafrost` confirmou a presença de genoma intacto "Mollivirus" embora com uma concentração extremamente baixa. O aquecimento global tem libertado o gelo nas zonas polares, fornecendo o acesso à Sibéria Oriental e do Norte por rotas marítimas, que antes não existiam. "Se não tivermos cuidado, corre-se o risco de acordar um vírus como a varíola, considerada erradicada",


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observou o Jean-Michel Claverie.

Descoberto monumento cinco vezes maior que o Stonehenge A estrutura do Neolítico, que está disposta em forma de c, tem 4.500 anos e pode ter sido utilizada para ritos religiosos e rituais ao solstício.

Portugal candidata "As Mil e Uma Noites" aos Óscares Filme do realizador Miguel Gomes conta a história de um país "socialmente desesperado, onde predomina o descontentamento".

Miguel Gomes candidato a candidato à estatueta dourada: Foto: DR

Um grupo de arqueólogos britânicos descobriu 90 monólitos enterrados junto ao popular Stonehenge, que pode ser o maior monumento neolítico construído no Reino Unido. Os investigadores da Universidade de Bradford localizaram as 90 pedras, alinhadas e de grandes dimensões, algumas com cinco metros, numa construção cinco vezes maior que o Stonehenge. O monumento pré-histórico Stonehenge é um dos mais visitados do mundo e está localizado no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra. As novas pedras ficam a menos de três quilómetros de Stonehenge. A estrutura do Neolítico, que está disposta em forma de C e num vale, tem 4.500 anos e pode ter sido utilizada para ritos religiosos e rituais ao solstício. Vince Gaffney, perito em ciências arqueológicas e um dos líderes do projecto, disse que foi descoberto um dos maiores monumentos da Europa e que esteve "à frente dos nossos narizes" durante 4.000 anos. "Acreditamos que era um espaço para rituais de algum tipo", assegurou Gaffney, sublinhando que se tratava de um espaço para impressionar e impor e uma ideia de autoridade a vivos e mortos. Os investigadores acreditam que o monumento terá sido construído pelas mesmas pessoas que fizeram o Stonehenge, mas não considera existir uma relação directa entre ambos.

O filme "As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado", do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro. De acordo com um comunicado da Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, o filme da trilogia de Miguel Gomes foi escolhido para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares da Academia Americana de Cinema. O Volume 2 conta com as interpretações dos actores Joana de Verona, Teresa Madruga, Gonçalo Waddington, Crista Alfaiate, João Pedro Bénard, Xico Xapas e Luísa Cruz nos papéis principais. O filme integra uma trilogia baseada no conto persa "As Mil e Uma Noites", no qual a rainha Xerazade entretém o rei com histórias fantásticas para preservar a própria vida. "As histórias contadas são sobre um país socialmente desesperado onde predomina o descontentamento. Esse país é Portugal", sublinha o comunicado da Academia sobre o filme. O júri da Academia que seleccionou o filme foi composto por Paulo Trancoso (produtor), Lauro António (realizador), André Szankowski (director de fotografia), Pedro Melo (director de som) e Miguel Monteiro (actor). A estreia da longa-metragem de Miguel Gomes "As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado", está marcada em Portugal para o dia 24 de Setembro. O primeiro volume de "As Mil e Uma Noites", intitulado "O Inquieto", estreou em Portugal no final de Agosto, e somou 3.756 espectadores no fim de semana de estreia. A 88ª gala de entrega dos Óscares está agendada para o dia 28 de Fevereiro de 2016 em Los Angeles, na Califórnia. Nascido em Lisboa, em 1972, Miguel Gomes


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concretizou a trilogia "As Mil e Uma Noites" três anos depois de ter sido distinguido no Festival de Cinema de Berlim com os prémios da Inovação e da Crítica pelo filme "Tabu". Depois disso estreou, no Festival de Veneza, em 2013, a curta-metragem "Redemption", inspirada em personagens da actualidade - os políticos Pedro Passos Coelho, Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e Sílvio Berlusconi. É autor de várias curtas-metragens e das longasmetragens "A cara que mereces" (2004) e "Aquele querido mês de Agosto" (2008).

Fernando Santos não deixará de se socorrer da experiência de alguns jogadores a entrar já numa certa veterania, mas lançando também mão de muitos jovens que se vêm afirmando como o garante da continuidade do prestígio do futebol português.

REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Miguel Veloso, o homem do dia

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Está quase Ressalta a ideia de que Fernando Santos não deixará de se socorrer da experiência de alguns jogadores a entrar já numa certa veterania, mas lançando também mão de muitos jovens que se vêm afirmando.

A selecção de Portugal, comandada por Fernando Santos, deu ontem um passo importante, quiçá decisivo, rumo ao Campeonato da Europa que a França vai receber no próximo ano. As dúvidas a esse respeito raramente existiram ao longo dos doze meses que já dura a fase de apuramento, tão evidente parecia a superioridade da nossa representação, mas em boa verdade o acesso à fase final até deveria ter sido garantido mais cedo. Desta vez não fomos traídos pelo futebol de uma equipa matreira, que foi capaz de nos surpreender no estádio de Aveiro há um ano, e mercê de um golo em período em que poucos já acreditavam nessa possibilidade, eis-nos agora embalados para uma viagem até França onde Portugal repetirá mais uma presença numa grande competição internacional. Comodamente instalada no lugar de comando do seu grupo, à selecção comandada por Fernando Santos restam agora dois jogos a disputar em Outubro com a Dinamarca, em Braga, e frente à Sérvia, três dias depois, em Belgrado. Estão, portanto, reunidas condições para celebrarmos uma repetida conquista, a partir da qual o seleccionador terá de fazer uma ampla e prolongada reflexão sobre o que fazer nessa cimeira de 32 nações que vai ter início no dia 9 de Junho do próximo ano. Pelo que se viu até aqui e das lições que foi possível extrair dos seis jogos realizados, ressalta a ideia de que

Miguel Veloso está nas primeiras páginas dos desportivos, por força do golo marcado na Albânia, que deu a vitória à selecção nacional. "É já aqui", titula o Record, sublinhando que o objectivo do apuramento ficou muito próximo. A Bola escreve "Vive la France", sublinhando que Portugal está "quase no Euro". O Jogo mostra Veloso com Quaresma e escreve "Passe de gigante", sublinhando a assistência de canto do estremo do Besiktas. Noutras frentes, O Jogo antecipa um duelo de irmãos no Arouca-FC Porto do fim-de-semana. O portista Maicon vai defrontar o irmão Maurides, que joga em Arouca, e quem fala é um terceiro irmão, Muller, que joga no Gondomar. "Platini aplaude ideia de Pinto da Costa" é um destaque na primeira página do Record, que destaca a decisão portista de doar parte da receita de bilheteira do FC Porto-Chelsea para o apoio ao acolhimento de refugiados.


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QUALIFICAÇÃO EURO 2016

Um pequeno passo para Veloso, mas um salto gigantesco para a Selecção Albânia 0-1 Portugal. Golo de uma opção que até há pouco tempo era preterida por Fernando Santos coloca a Selecção Nacional a um passo do Euro 2016. Primeira parte de classe e segunda metade de menor qualidade coroadas com cabeçada certeira de Miguel Veloso, aos 92'. Quinas a um ponto de rumar a França.

de seleccionador. Portugal ganhou em qualidade de posse de bola, em transições mais rápidas e no abastecimento ofensivo para a referência ofensiva, Cristiano Ronaldo. Disposta em campo num inesperado 4x1x4x1, a Selecção desbaratava as marcações rígidas dos albaneses, comandados pelo "catenaccio" de Giovanni de Biasi. Ronaldo, que voltou a ficar em branco, colocou à prova Berisha por duas ocasiões e ainda enviou uma bola ao poste, enquanto Bernardo Silva, que chegou a encher o campo, com qualidade de passe e desequilíbrio assinaláveis, ficou igualmente perto de algo que, passasse o tempo que passasse, seria inevitável. Compensação para acabar com a "brincadeira" A equipa das quinas entrava para a segunda parte a queixar-se de si própria, tal era a superioridade sobre os albaneses. O domínio, inconsequente e com ineficácia nacional, começou a pesar no subconsciente de alguns jogadores, desgastados pela iniciativa constante que imprimiam no desafio. A etapa complementar deu a Portugal menos bola, por força da redução de ritmo imposta pela própria Selecção Nacional. Os albaneses aproveitaram e ainda enviaram uma bola à trave, com felicidade à mistura. Voltemos à Dinamarca. Foi o primeiro jogo oficial de Fernando Santos como seleccionador. O golo da vitória chegou, na altura, em cima do apito final. No Norte da Europa, foi Ronaldo a decidir. Hoje, foi Miguel Veloso, que com o sacrifício colectivo plasmado no rosto, ganhou fôlego, argumentos e uma nova vida para continuar a ser chamado aos "AA". SELECÇÃO NACIONAL

Veloso, braço levantado, patente alta e carácter decisivo na cabeçada fulminante para a baliza da Albânia, aos 92'. Foto: Armando Babani/EPA Por José Pedro Pinto

A teimosia de adiar o inevitável é uma coisa feia. Mas não há sentimento idêntico ao de solucionar um problema em cima do fim. Aconteceu na Dinamarca, com Ronaldo a selar a vitória nos instantes finais. Voltou a acontecer hoje, frente à Albânia, com o golo que colocou Portugal a um dedo de distância do Europeu de França a surgir aos 92'. Do outro lado da bola, o cabeceamento certeiro, fulminante, soberbo, eficaz e de raiva do herói improvável. Miguel Veloso saltou para a glória, no meio dos centrais albaneses, na sequência de um canto de Quaresma (uma vez mais, ele, na assistência, tal como em Copenhaga). Sem ficar a depender de resultados de terceiros, a equipa das quinas pode carimbar o passaporte rumo ao Euro 2016 já a 8 de Outubro, recebendo a Dinamarca. Um empate perante a cidade de Braga coloca a equipa do Engenheiro no grupo restrito de selecções que irão directamente para a fase final do campeonato da Europa a realizar em solo gaulês. Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo. E ainda Bernardo Silva Adrien Silva e João Mário, bem como Éder, saltaram da titularidade frente à França para o banco de suplentes. Em sentido contrário, Veloso, Bernardo Silva e Danny "pularam a cerca" e apresentaram-se no onze com vontade de fazer estragos a um adversário que há um ano tinha ferido o orgulho luso e motivado, até, a troca

Miguel Veloso e o golo tardio. "A bola veio ter comigo" Miguel Veloso, Eliseu e Danilo Pereira analisam importante vitória sobre a Albânia. Portugal está a um ponto da entrada directa no Euro 2016.

Miguel Veloso celebra golo dramático da vitória de Portugal. Foto: Armando Babani/EPA

Miguel Veloso entrega ao destino e à fortuna o golo decisivo que apontou pela Selecção Nacional frente à Albânia (0-1), que garantiu a vitória portuguesa em Elbasan, esta segunda-feira e que deixou a equipa das


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quinas a um ponto do apuramento directo para a fase final do Euro 2016. "Este jogo é que contava, este grupo está de parabéns, demos tudo até ao último segundo. O golo? Estava a pensar que a bola ia sobrar para mim e felizmente a bola veio ter comigo. Tentei dar o meu melhor e é sempre importante ganhar, o grupo mereceu e penso que o resultado é justo", afirmou o médio do Dínamo Kiev, em declarações à RTP, logo após o final do desafio. Eliseu e o lance em que atirou "ao lado" "O lance em que atirei ao lado? Foi muito rápido, sabia que o Cristiano Ronaldo arrasta muita gente e quando vi o guardaredes a sair, só pensei em levantar a bola. A Albânia corre muito, é um por todos e todos por um, foi difícil. Estamos quase, mas vamos encarar a Dinamarca para ganhar, foi o que fizemos neste jogo", analisou o lateral-esquerdo do Benfica, igualmente à RTP. Danilo: "Não foi um jogo nada fácil" "Felizmente, conseguimos marcar nos últimos minutos. Não foi um jogo nada fácil. Qualificação frente à Dinamarca? Sim com certeza. Oxalá ganhemos", disse Danilo, por seu turno, também aos microfones da RTP.

Engenheiro já é recordista na Selecção

triunfos seguidos. Humberto Coelho (Euro 2000) e Paulo Bento (Euro 2012) também têm cinco vitórias consecutivas. Junta-se-lhes agora Fernando Santos, de 60 anos. O ex-treinador de FC Porto, Sporting e Benfica, que orientou também a selecção da Grécia e os helénicos do Panathinaikos, AEK e PAOK Salónica, foi confirmado como sucessor de Paulo Bento a 23 de Setembro de 2014. De há quase um ano a esta parte, Portugal venceu os cinco jogos que disputou na caminhada rumo ao Euro 2016: Dinamarca, Arménia (por duas ocasiões), Sérvia e, esta segunda-feira, a Albânia, selecção com a qual havia perdido na ronda inaugural do Grupo I de apuramento.

FC Porto. Apoio aos refugiados elogiado pela UEFA Organismo que tutela o futebol europeu apoia iniciativa levada a cabo pelos azuis e brancos, que pretendem doar parte da receita de bilheteira dos primeiros jogos da Champions para auxílio aos milhares de refugiados que procuram asilo na Europa.

Humberto Coelho e Paulo Bento alcançados por Fernando Santos no "ranking" de técnicos com mais vitórias consecutivas em fases de qualificação para campeonatos da Europa: cinco.

Iniciativa do clube presidido por Pinto da Costa elogiada pela UEFA. Foto: DR

Fernando Santos com motivos para sorrir à saída da Albânia. Foto: Armando Babani/EPA

Cinco jogos, cinco vitórias. Uma mão cheia de sucessos que colocam a Selecção Nacional às portas do Europeu de França, agendado para daqui a um ano. Denominador comum: Fernando Santos. O número é redondo e demonstra a nova era de ausência de facilitismo em que entrou a equipa das quinas, elevando o nome do actual seleccionador ao "corredor da fama", em jogos de apuramento para fases finais de campeonatos da Europa. O Engenheiro iguala o registo dos outros dois seleccionadores que detinham o recorde máximo de

A UEFA apoia por completo a iniciativa solidária levada a cabo pelo FC Porto, no sentido de doar um euro por cada bilhete vendido nos primeiros jogos em casa da Liga dos Campeões para ajuda aos milhares de refugiados que têm vindo a procurar asilo na Europa. "Foi com agrado que a UEFA viu a iniciativa do FC Porto e encorajamos os outros clubes a apoiar também esta causa", comentou o director de comunicação do organismo, Pedro Pinto, em declarações à Agência Lusa. O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, escreveu à UEFA na passada sexta-feira [4 de Setembro], anunciando a doação de um euro por cada ingresso vendido do jogo da Champions frente ao Chelsea, da segunda jornada do Grupo G, convidando os outros 31 clubes participantes a aderir à ideia. Além de apoiar a iniciativa do FC Porto, a UEFA está também a trabalhar num projecto adicional, no qual as


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doações serão feitas através da sua fundação, acrescentou ainda o director de comunicação da entidade que tutela o futebol europeu. Perto de 365.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.700 morreram, de acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Internacional para as Migrações.

Pesado. UEFA suspende João Mário por três jogos

2015 acaba mais cedo para o exausto Usain Bolt Velocista jamaicano, campeão olímpico e mundial dos 100m e 200m, faz pausa nos treinos. Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, já estão na mente do "Relâmpago".

Em causa a expulsão do médio do Sporting nos instantes finais da segunda mão dos "playoff" da Champions, frente ao CSKA Moscovo. Médio internacional português falha primeira volta da fase de grupos da Liga Europa.

Usain Bolt vai mesmo descansar. Foto: Diego Azubel/EPA

João Mário falha os três primeiros jogos do Sporting na fase de grupos da Liga Europa. Foto: DR

O Comité de Controlo e Disciplina da UEFA suspendeu João Mário por três jogos, na sequência da expulsão do médio do Sporting nos instantes finais do jogo da segunda mão dos "playoff" da Liga dos Campeões, frente ao CSKA Moscovo. O organismo que superintende o futebol europeu decidiu ter mão pesada sobre o caso do médio leonino, expulso com vermelho directo aos 92', após uma entrada dura sobre Musa. O árbitro do desafio, o checo Pavel Kralovec, considerou que houve agressão do internacional português. Desta forma, João Mário desfalcará a equipa comandada por Jorge Jesus nas três primeiras partidas da fase de grupos da Liga Europa, frente a Lokomotiv Moscovo (casa), Besiktas (fora) e Skenderbeu (casa).

Usain Bolt deu por terminada a época desportiva de 2015. O velocista, campeão olímpico e mundial dos 100 e 200 metros e detentor de três títulos mundiais conquistados recentemente em Pequim, anunciou esta segunda-feira que irá de férias mais cedo, no sentido de começar a preparar-se para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano. "Depois dos acontecimentos das últimas semanas nos Mundiais de Pequim [foi campeão dos 100, 200 e 4x100 metros] decidi não voltar a correr em 2015. Estou já a pensar no próximo ano e nos Jogos do Rio, onde tentarei defender os meus títulos nos 100, 200 e 4x100 metros. Vou aproveitar uma curta pausa do treino para recuperar, antes de voltar aos treinos no próximo mês", explicou o jamaicano, através das redes sociais, confirmando a ausência no Meeting de Bruxelas, já na sexta-feira. O atleta refere que competiu muitas vezes na capital da Bélgica, uma pista rápida e com casa sempre cheia, mas que fica feliz em optar por "terminar a época sem lesões e pronto para 2016". Com a temporada antecipadamente encerrada, será dada a oportunidade ao "sprinter" Justin Gatlin, compatriota do "Relâmpago", assumir o protagonismo nas provas de velocidade. Gatlin, de resto, é vicecampeão mundial dos 100 e 200 metros.


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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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