Agosto de 2021

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Ano 22 | Nº 260| Agosto 2021

Alcançar alta produtividade e rentabilidade em uma safra requer atenção a muitos fatores. Para ajudar o produtor na tomada de decisão, o Jornal Cotrijal traz nesta edição uma profunda análise sobre o que fazer para conquistar uma "safra de peso" e a opinião de associados como Walter Barth, que investe no planejamento e no cuidado com o sistema de produção.


2 Expediente Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial Rua Júlio Graeff, nº 01 Não-Me-Toque/RS - CEP: 99470-000 Fones: (54) 3332-2500 / 3191-2500 Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein, Inézia Toso Meira, Jair Paulo Kuhns, Luiz Roberto Gobbi, Marcelo André Van Riel e Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler, José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) e Mateus Tonezer Região Dois: Cristiano Ulrich, Délcio Reno Beffart, Fabiana Venzon, Girlando Neiss, Jackson Berticelli Cerini, João Caetano da Rosa Neto e Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Conselheiros Fiscais Titulares Heitor José Palharini, Vilmar José Sartori e Eliar Winter Conselheiros Fiscais Suplentes Eldon Matias Lampert, Gervásio Francisco Bins e Edemir Rosso Jornal da Cotrijal Publicação mensal editada pela Unidade de Marketing da Cotrijal Gerente responsável Benisio Rodrigues Jornalista responsável Mariliane Elisa Cassel Textos e fotos Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Foto Choks Colaboração: Maiquel Rosauro Projeto Gráfico Plano Comunicação Ltda. Fone: (55) 98127.9339 Impressão Tapejarense Indústria Gráfica Fone: (54) 3344.1214 Comercialização Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda - Fone: (11) 5092.3305, Guerreiro Agro Marketing Fones: (44) 99180.4450/3026.4457 e Prisma Produções Gráficas - Fones: (54) 3045.3489 /99233.3170

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Opinião

Cooperativismo com foco no resultado "O começo de tudo é o planejamento. É ele que orienta o caminho a seguir, que dá condições de avançar com segurança e sustentabilidade." Manter-se entre as cooperativas mais sólidas do país, que ano a ano crescem e levam crescimento a todos a ela ligados, é motivo de orgulho. Mas, acima de tudo, é uma grande responsabilidade. Primeiramente com os associados e suas famílias. Também com os colaboradores e suas famílias e com a comunidade onde a cooperativa está inserida. A história construída até aqui precisa ser preservada e ter sequência, para que a geração atual e a futura continuem se desenvolvendo economicamente e socialmente. Pensar na longevidade da Cotrijal é pensar na sustentabilidade não apenas da cooperativa, mas das milhares de famílias a ela vinculadas. Entendemos isso de forma muito clara e nesse sentido focamos nosso trabalho diário, tanto diretoria quanto superintendentes, gerentes e demais colaboradores. Nos 365 dias do ano, a meta é buscar melhores resultados, sejam eles financeiros ou sociais. O começo de tudo é o planejamento. É ele que orienta o caminho a seguir, que dá condições a avançar com segurança e sustentabilidade. Isso vale para a cooperativa e também para o produtor. É por isso que temos uma equipe robusta, em todas as áreas, que pensa a cooperativa e a propriedade diariamente. Dentro da porteira, o produtor já tem muitas decisões a serem tomadas. Enquanto defensora dos seus interesses, é papel da cooperativa pensar no que está fora da porteira, como buscar oportunidades de negócios, informações, tecnologias e soluções necessárias para que o produtor

tenha melhor resultado. Acreditamos que temos conseguido, juntos, alcançar esse objetivo. Mas isso só é possível mediante a participação efetiva do associado na cooperativa e a consciência do seu importante papel dentro da organização. Dono e ao mesmo tempo usuário, o associado é responsável por seu destino e também da sua cooperativa. A diferença é que, na cooperativa, é preciso pensar no todo, e não de forma individual. Neste momento em que estamos nos aproximando do início da implantação de mais uma safra de verão, é com essa perspectiva que trabalhamos junto ao produtor. O planejamento já foi feito, os insumos já foram comprados, temos uma semente de qualidade na mão, tudo com o menor custo de produção dos últimos anos, para quem aproveitou as campanhas da Cotrijal. Felizmente, a adesão ao seguro agrícola vem crescendo, proporcionando segurança para o produtor e a cooperativa. Agora é hora de fazer bem-feito no campo, investir em boas práticas agrícolas, para garantir a melhor produtividade, seja no milho ou na soja. Nossas equipes estão bem preparadas para auxiliar o produtor nessa missão. Neste mês, também iniciamos uma aliança estratégica de intercooperação com a Coagrisol, cooperativa de perfil semelhante à Cotrijal, com área de atuação geograficamente localizada próximo à nossa. Ao longo da história da Cotrijal, muitas outras oportunidades de parcerias surgiram, mas sempre avaliamos com cautela. Esta

parceria com a Coagrisol entendermos que vai gerar ganhos para ambas as cooperativas. Seremos mais competitivos em termos de negócios, compartilharemos informações e capacidade operacional, beneficiando de forma direta os nossos associados e os associados da Coagrisol. Este mês também lançamos um novo projeto voltado aos nossos jovens: o Supernova Cotrijal. Estamos otimistas com o andamento das aulas. A expectativa é de que o projeto vai fortalecer o vínculo dessa geração com o cooperativismo. Com estes e outros avanços em andamento, temos certeza de que 2021 será um ano de grandes resultados. Nei César Manica Presidente da Cotrijal

Espaço do Leitor Detec em campo A foto registra momento de visita do engenheiro agrônomo Ricardo Müller à propriedade do associado Leonísio Henn, em Lagoa dos Três Cantos. Além de avaliar a lavoura de trigo, que aparece ao fundo, Ricardo aproveitou para conhecer o projeto de diversificação implantado na propriedade, através da produção de morangos. Na foto, feita pela agrô-

noma Aline Rambo, está também o filho de Leonísio, Jardel Henn, estagiário na Cotrijal.

Pergunta do leitor “Como funciona a organização das cooperativas dos Estados Unidos?” Pergunta feita pelo associado e líder de núcleo da Cotrijal Ricardo César Tomazoni, de Vista Alegre,Colorado,duranteencontrovirtualdirecionadopara a liderança da cooperativa. “Assim como no Brasil, as cooperativas americanas atuam como empresas. A maior cooperativa dos EUA é a CHS, voltada para a produção de grãos, com forte presença no mercado. Eu ouso dizer que o engajamento e esse sentimento de pertencimento à cooperativa é maior no Brasil. Aqui está mais voltado para o negócio. E é um mercado competitivo, o que exige uma presença diferenciada dessas cooperativas”. Jornalista Joana Colussi, especialista em Agronegócio, durante sua palestra no 19ª Seminário de Líderes Cotrijal

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Parceria

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Dirigentes das duas cooperativas e da FecoAgro oficializaram a parceria em coletiva de imprensa, dia 25 de agosto

Cotrijal e Coagrisol firmam aliança estratégica de intercooperação Potencializar o desempenho de ambas as organizações, mantendo a atuação conjunta em negócios, tecnologias e conhecimento. É com este foco que a Cotrijal, com sede em Não-Me-Toque, e a Coagrisol, de Soledade, firmaram aliança estratégica de intercooperação, que foi oficializada em evento realizado no dia 25 de agosto, em Passo Fundo.

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sta parceria vai possibilitar melhores negociações na aquisição de insumos agrícolas e pecuários, otimizar a logística por meio do compartilhamento mútuo da capacidade operacional, assim como agregar valor às suas produções agropecuárias, com aperfeiçoamento dos processos administrativos e operacionais. Também compartilhamento de informações, estudos, sistemas e demais ferramentas, a fim de formalizar negócios em conjunto. O quadro social de ambas as cooperativas será mantido inalterado. Da mesma forma, esta parceria de negócios garante a manutenção da identidade da

Coagrisol e Cotrijal. Cada uma segue com seu planejamento, mas, a partir de agora, vão compartilhar negócios, processos e aprendizados. José Luiz Leite dos Santos, presidente da Coagrisol, assinala que a estruturação de parcerias e alianças está desenhada no planejamento estratégico da cooperativa, elaborado em 2019. “Estamos muito felizes em formalizar esta aliança que irá garantir impulsionarmos as duas cooperativas, beneficiando tanto os cooperados da Coagrisol como da Cotrijal”, garante. A aliança estratégica de intercooperação inicia em 26 de agosto. “Passamos a caminhar juntas em uma série de movimentos, sempre com foco em alavancar o cooperativismo e o agronegócio. Tenham certeza que muitos frutos vão surgir desta promissora parceria”, finaliza o presidente da Coagrisol.

Cooperativas fortalecidas Nei César Manica, presidente da Cotrijal, esclarece que diferentes modelos de parcerias foram estudados e, em comum acordo, se consolidou o modelo de Aliança Estratégica. “São duas cooperativas consolidadas e com um grande potencial. Por isso, estudamos, debatemos com nossos Conselhos e chegamos a esta estruturação”, observa. Ele acrescenta ainda que este movimento será um case de muito sucesso. “O cooperativismo será fortalecido e, acima de tudo, vamos poder atender melhor os nossos cooperados, clientes e comunidades onde estamos

inseridos, qualificando cada vez mais a entrega de nossos negócios”, conclui. Para o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, é um passo importante, pois vai possibilitar que se amplie a escala dos negócios. “Intercooperação é um dos princípios do cooperativismo e nessa parceria estabelecida vamos ganhar em competitividade. Estamos otimistas e felizes porque Conselhos e líderes de núcleo apoiam essa aliança, que não exigiu nenhum investimento da cooperativa”, avalia. Marco para o cooperativismo O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul, Paulo Pires, participou do evento em que foi anunciada a parceria e classificou o momento como um “marco para o cooperativismo”. “São duas cooperativas com crescimento extraordinário e que serão fortalecidas por essa aliança que vai beneficiar os seus associados”, afirma. O evento foi acompanhado também pelo vicepresidente da Coagrisol, Luis Carlos Machado, e pelos superintendentes da Cotrijal e diretores da Coagrisol. Escaneie o QR Code e confira a coletiva de imprensa em que foi oficializada a aliança estratégica.

As cooperativas

A Cotrijal promove o agro inovador, seguro e sustentável e hoje é a maior cooperativa do Rio Grande do Sul. Em 2020, fechou com faturamento histórico de R$ 2,4 bilhões, registrando um crescimento médio de 19% nos últimos 5 anos. Fundada em 1957, está presente em 32 municípios do Norte e Nordeste

gaúcho, contando com 55 unidades de recebimento de grãos, com mais de 875mil toneladas de capacidade de armazenamento, além de Unidade de Beneficiamento de Sementes, Fábrica de Rações, Transportes, TRR e um complexo de 21 lojas, nove supermercados e um atacado. Atualmente, são mais de 8 mil associados e 2 mil colaboradores. É a cooperativa promotora da Expodireto Cotrijal, grande feira agrodinâmica e de negócios, de caráter internacional.

Fundada em setembro de 1969, a Coagrisol está em 28 municípios gaúchos, conta com estruturas próprias e arrendadas para recebimento, secagem e armazenagem de cereais e comercialização de insumos, representada por um complexo de 33 unidades, com capacidade de armaze-

nagem de 315,6 mil toneladas. Também possui 6 unidades de supermercados, 10 lojas de material de construção, móveis, eletrodomésticos e agropecuárias, 3 centros de distribuição, transportadora com 17 veículos de carga, 3 unidades operacionais, centro administrativo e TRR. Atualmente, são mais de 14,7 mil associados e um quadro de colaboradores com cerca de 500 funcionários. Em 2020, a cooperativa teve faturamento de R$ 871 milhões.


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Safra de peso começa pelo planejamento Comprar insumos, escolher a cultivar, contratar o seguro, manejar o solo corretamente, lidar com ervas daninhas, alcançar boa produtividade e vender no melhor momento. São inúmeros fatores que influenciam a safra e merecem atenção. Para ajudar na tomada de decisão, o Jornal Cotrijal traz nesta edição uma profunda análise, desde o planejamento da semeadura à comercialização da colheita.

O

agricultor Walter Barth, de Victor Graeff, está animado com a próxima safra de soja. Sócio da Cotrijal desde 1973, ele sabe como poucos que não pode faltar planejamento. O produtor espera iniciar a semeadura após o dia 20 de outubro. No inverno, ele investiu em trigo e cobertura de aveia já pensando no plantio de milho e soja. “A expectativa é a melhor possível, a gente vem se programando desde abril, comprando semente certificada, para começar bem a semeadura”, explica Barth. Todos os insumos já foram adquiridos. Outro investimento foi em seguro. “Não dá para arriscar. O custo da lavoura é elevado e temos que garantir que não haverá prejuízo”, reflete. Ano passado, Barth plantou 50 hectares de soja. A seca acabou prejudicando e a produtividade e a média fechou em 67 sacas por hectare. O produtor comercializou o lote futuro a R$ 90, o que parecia um bom negócio à época. Porém, o preço teve forte alta nos meses seguintes. “Eu até brinquei lá na Cooperativa: não me avisem mais quando tem lote! Mas fiz o cálculo e agora vendi a lote novamente. Achei bom. A gente nunca sabe se o preço vai subir ou cair, tem que fazer uma média e garantir que não terá prejuízo”, analisa. Experiente, o produtor sabe que para ter sucesso ao longo dos anos é preciso produzir bem e ter rentabilidade em anos

O produtor Walter Barth (ao centro), o filho Rafael Jorge e o neto Saimon estão atentos às orientações do técnico da Cotrijal, Gunter Barth (à direita). Planejamento é fundamental para evitar surpresas ao longo da safra

favoráveis para estar preparado para os anos mais difíceis. Em todos os momentos, ele sabe onde buscar a orientação correta. “A Cooperativa tem assistência técnica que acompanha a gente direto, sementes de qualidade e insumos à disposição. Isso faz toda diferença. A Cotrijal é a minha segunda família, faço tudo 100% com a Cooperativa”, afirma.

Lima explica que, além do capricho no campo, é fundamental gerenciar os riscos inerentes à atividade, com foco no clima e mercado. “O montante de dinheiro hoje envolvido na atividade agrícola é muito alto. As margens tendem a ser mais reduzidas. Imagina ter um revés fortíssimo em uma lavoura de soja ou milho. Quantas safras de sucesso tenho

Excelência na produção (eficiência conjunta nos fatores que envolvem a produção cultivar, solo, rotação e manejos)

Gestão da propriedade Barth relata que na década de 1970 a produção de soja já era forte na região, porém a produtividade era bem diferente dos dias atuais. “Naquela época, quando colhia 30 ou 40 sc/ha, era uma baita safra. “O pulo grande foi bem mais para frente, quando se começou investir em cobertura de solo, calagem, variedade de sementes e, depois, plantio direto. A principal diferença é em relação ao solo, que era bem degradado com muito capim-barba-de-bode e campo bruto”, relembra Barth. Na safra 2020/21, a média de produtividade na região da Cotrijal ficou em 65,4 sc/ha, superior à média gaúcha (confira no quadro). Para o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, para se manter produtivo não basta apenas plantar bem em um ano, mas ter foco na gestão da propriedade.

que ter para conseguir uma rentabilidade líquida para voltar ao patamar em que estava?”, questiona. Para que os agricultores evitem sobressaltos, Lima destaca três pilares que o produtor não pode esquecer de colocar em prática: excelência na produção, gestão do negócio e bom comportamento financeiro (confira abaixo).

Bom comportamento financeiro – atenção especial ao endividamento (quitar dívidas e compromissos assumidos e fazer seguro da lavoura)

Pilares para a safra cheia

Produtividade da soja Safra Cotrijal 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21

Gestão do negócio – atenção especial aos custos (racionalizar custos, ou seja, torná-los coerentes com o tamanho da propriedade)

Rio Grande do Sul

70,6 sc/ha 67,4 sc/ha 67,3 sc/ha 44,3 sc/ha 65,4 sc/ha

56,4 sc/ha 53,8 sc/ha 56,3 sc/ha 32,3 sc/ha 57,2 sc/ha

*Média geral na área de abrangência da Cotrijal


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Semente de qualidade é a chave do sucesso da lavoura Divulgação

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emente de qualidade é fundamental para que o produtor comece e termine bem a safra. E na Cotrijal os associados têm a certeza de que estão adquirindo sementes com origem comprovada, alto poder germinativo, alto vigor, sanidade e purezas físicas e varietal. A Cooperativa possui uma Área Experimental de três hectares, onde são realizados testes com soja, trigo, aveia, cevada e triticale. Estes ensaios permitem avaliar inúmeras cultivares de sementes, que, com segurança, serão posicionadas para os agricultores e Detec. “Também desenvolvemos, em conjunto com a empresa GDM, um ensaio de cultivares em rede, onde são testadas em média 60 linhagens de soja, a partir dos quais as obtentoras Brasmax e Don Mario definem os lançamentos para próxima safra e, na Cotrijal, disponibilizados em primeira mão aos associados e clientes”, explica o coordenador de difusão da Cotrijal Sementes, Rodrigo Feron. Para garantir que as sementes cheguem a campo com alta qualidade, há um rigoroso processo de escolha das

Mais de 20 mil testes no ano • 109 testes de pré-colheita • 5.220 testes de monitoramento no Laboratório de Análise de Sementes • 9.841 testes no monitoramento da Qualidade Assegurada (UBS) • 700 testes em canteiros de solo • 3.915 testes para emissão de boletim de análise de sementes, totalizando 20 mil amostras no ano

áreas de multiplicação. São selecionados produtores que se destacam pelo capricho na condução dos campos e é feito um acompanhamento integral, além de vistorias oficiais exigidas pelo Ministério da Agricultura para produção de sementes certificadas. “Antes de ser colhido o campo, é feita uma amostragem para avaliar vigor, viabilidade, danos por umidade e insetos, em uma criteriosa análise, na qual conseguimos saber a qualidade dessas sementes quando elas ainda estão no campo. A partir desses testes liberamos a colheita para sementes”, afirma a responsável técnica da Cotrijal Sementes, Marcela Lange Schiochet. Uma novidade nesta safra é que todos os lotes de soja produzidos chegarão ao campo somente depois de passarem por um novo processo que se beneficia da inteligência artificial para tornar ainda mais assertiva a seleção das melhores sementes. O equipamento é eletrônico e seleciona as sementes indesejadas em lotes beneficiados. Essa identificação acontece de várias maneiras, com análise de cores, deformidades causadas por

Na Área Experimental são testadas dezenas de cultivares para avaliar quais produzem melhor nos campos da região. A foto é do Dia de Campo Cotrijal Sementes, realizado em fevereiro de 2020

fungos e outros danos.

Rastreabilidade Ao adquirir sementes da Cotrijal, o produtor tem acesso a um QR Code, impresso na embalagem da Semente, que permite a leitura com o celular ou via site da Cooperativa. Desta forma, é possível

acessar a “história do lote”, que indica quando o lote foi beneficiado, qual é a germinação e vigor, data e dosagem do TSI, resultado do teste a canteiro e ainda sugestão de disco e anel recomendado, além da calculadora de plantabilidade, que auxilia no cálculo de sementes por hectare.

Além da legislação O Controle de Qualidade Cotrijal Se- • Setor de Qualidade Assegurada locamentes realiza várias etapas considera- lizado dentro da UBS, onde realiza mais das essenciais para assegurar a qualida- de 10.000testes no momento exatoque de das sementes e que vão além do que a semente está passando por determié exigido em legislação. nado processo de produção. • Teste em cada campo de semente para • Acompanhamento e monitoramento avaliação e aprovação. do processo de secagem e armaze• No momento do recebimento na UBS, nagem. são realizados mais de 10 testes, carga • Monitoramento com mais de 11 testes a carga, para aprovação e internaliza- rápidos, lote por lote, durante o proção do produto. cesso de beneficiamento.

• Monitoramento nas mesas de gravidade durante o beneficiamento. • Controle de temperatura e umidade relativa do produto armazenado. • Acompanhamento do tratamento industrial de sementes. • Acompanhamento no processo de expedição. • Teste de canteiros de solo em todos os lotes quesãoproduzidospelaCotrijalSementes.

Como escolher a cultivar mais adequada? Divulgação

Cesar Poletto, líder de Negócios da GDM Brasil

Conhecer o ambiente produtivo da área e buscar a variedade com as características necessárias para obter a melhor produtividade é essencial para a construção de uma safra cheia. A avaliação é do líder de Negócios da GDM Brasil, Cesar Poletto. “Por exemplo, existem cultivares mais adaptadas para plantio no momento de ‘abertura de plantio’. Já outras para um fechamento de plantio próximo a dezembro. Há variedades que somente podem ser plantadas em áreas de alta fertilidade e outras tolerantes à menor fertilidade ou compactação de solo, ou as TF (tolerância à ferrugem) para situações em que o produtor sofre com pressão de ferru-

gem”, comenta Poletto. Para acertar na escolha, é fundamental também a troca de informações com o assistente técnico para posicionar corretamente cada cultivar em cada talhão. Adquirir uma semente de qualidade e procedência é outro item básico para ter maior segurança de implantação e maximizar o rendimento. “Quando o agricultor compra semente certificada, ele está investindo em pesquisa. E essa pesquisa vai retornar ao produtor os melhores produtos e assim cria-se um círculo virtuoso saudável. Sem semente certificada não existe recurso para pesquisa”, explica Poletto.

Genética do futuro O líder de negócios da GDM Brasil aponta que o melhoramento genético está em plena evolução e utilizando cada vez mais tecnologias para oferecer as melhores soluções. A meta da GDM é elevar a produtividade em 10% nos próximos cinco anos. “Para isso, aumentamos a escala de ensaios a campo e utilizamos as mais modernas técnicas de melhoramento, como a genotipagem, que permite saber se as linhagens possuem genes de resistência de interesse sem precisar testar a campo, ou fenotipagem que é a coleta de características agronômicas através de robôs”, avalia Poletto.


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Solo precisa ser protegido durante todo o ano Divulgação

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semeadura é um dos principais momentos para o sucesso da produção, quando o potencial genético da lavoura, representado pela semente, é depositado no solo. O gerente de pesquisas da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Geomar Corassa, ressalta que o solo é a base do processo

Gerente de pesquisas da CCGL, Geomar Corassa, salienta que investimentos no solo trazem retorno rápido ao produtor

produtivo e que todos os investimentos focados na melhoria da sua qualidade serão traduzidos em retorno ao produtor de forma muito rápida. “O investimento em plantas de cobertura, diversificação de espécies e de sistemas radiculares, associados a um solo protegido o ano todo (365 dias), é imprescindível. As plantas de cobertura favorecem a qualidade química, física e biológica do solo, reduzem os riscos de erosão e tornam o sistema produtivo menos suscetível às estiagens”, afirma Corassa. Além disso, o investimento em análise de solo, seguido das correções químicas necessárias - especialmente calagem - tem sido apontado como um dos principais precursores de produtividade. Naturalmente, somam-se a isso outros fatores que o produtor jamais deve abrir mão, como o uso de sementes de qualidade e o manejo fitossanitário adequado (plantas daninhas, pragas, doenças).

Na propriedade do associado Walter Barth, em Victor Graeff, cuidar do solo é prioridade. Na foto, área com trigo

“Estes fatores combinados e associados ao capricho na hora das operações

são a chave para uma lavoura de sucesso”, garante Corassa.

Pontos de atenção antes da semeadura

Pontos de atenção durante a semeadura

• Entender os níveis de fertilidade da favorece o controle de plantas daninhas. lavoura (análise de solo) para que as • Cuidado com o tráfego intenso de adubações sejam realizadas de modo máquinas em momentos em que o solo equilibrado, buscando atender a de- está com umidade elevada. Isso famanda da cultura. vorece a compactação do solo, fator que • Investimento em cobertura de solo é reduz a infiltração da água da chuva e fundamental. Manter o solo protegido penaliza consideravelmente a produo ano todo reduz os riscos de erosão e tividade.

• Posicionar as cultivares de acordo com as replantio. condições de solo (químicas e físicas) em • A semeadura com velocidade adecada talhão. Cultivares de alto potencial quada é fundamental para o revolgeralmente toleram menos condições vimento mínimo do solo, bom feadversas. chamento do sulco e para uma dis• Realizar a semeadura com o solo em tribuiçãodesementesuniformeeequicondições adequadas de umidade e distante, evitando espaços falhos ou temperatura. Isso evita problemas com plantas duplas.

Não menospreze a regulagem das semeadoras! Deixar a regulagem das semeadoras para a última hora coloca em risco o trabalho de um ano inteiro. “Se o produtor tiver uma semeadora de soja com problema no sistema de corte de palha, vai perder em torno de 2 sc/ha, enquanto algum problema na regulagem da dosagem (distribuição) de semente tem impacto maior e pode gerar perdas de cerca de 6 sc/ha”, informa o coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal, Leonardo Kerber. A dica para evitar problemas é realizar, primeiro, uma inspeção visual para notar se faltam componentes, algum parafuso ou folga excessiva. Depois, é aconselhável uma inspeção manual, forçando um pouco os componentes para avaliar se ainda há folga em algum rolamento ou necessidade de apertar algum parafuso. A meta é fazer com que o sistema ande da melhor forma possível.

Fique atento! • Semeadora mecânica Escolha o disco e o anel em função do tamanho do grão para acomodar adequadamente a semente. No caso de a cultivar ser um pouco maior, será necessário um anel com rebaixamento (o mau uso pode provocar danos mecânicos, má distribuição de sementes e comprometer o sistema dosador durante a semeadura). Atente também para o uso do grafite, que pode roubar produtividade (a dosagem recomendada em plantadeiras a disco é de 3 g/kg a 5 g/ kg).

• Semeadora a vácuo Devem ser vistoriados os mesmos pontos de inspeção visual da semeadora mecânica. A diferença está em verificar os discos adequados do sistema e a pressão a vácuo. Também atente à dosagem do grafite.

O futuro já chegou Não é exagero afirmar que, hoje, o produtor tem a gestão de sua propriedade via smartphone. A plataforma SmartCoop, baseada na união de 31 cooperativas, promove a digitalização da propriedade e possibilita novas estratégias e ganhos em competitividade. O coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal, Leonardo Kerber, aponta que o diferencial da ferramenta é a personalização dos dados. “Tem foco em propriedades pequenas, médias e grandes, funcionando como uma ferramenta gerencial”, aponta. Mas a SmartCoop, disponível na versão desktop ou aplicativo, não é a única novidade em inovação que a Cotrijal vem trabalhando para facilitar a vida dos associados e contribuir para a construção de uma safra cheia, tanto em produtividade quanto em rentabilidade. A Cooperativa possui dez estações meteorológicas localizadas em diferentes municípios da região, com informações dispo-

níveis via Portal do Produtor. A tecnologia auxilia o produtor na tomada de decisão, informando, por exemplo, a temperatura do solo, dado essencial para a aplicação de defensivos. As estações meteorológicas também emitem alertas como velocidade do vento e umidade relativa do ar. Outro produto próprio da Cotrijal para instalar na lavoura, que está sendo desenvolvido pela Cooperativa e uma startup, visa monitorar,24 horas por dia,a intensidade da ferrugem na soja. A informação será repassada ao técnico e ao produtor para que eles executem a melhor estratégia, seja de prevenção ou de cuidados curativos. “Baseado nas variações climáticas, poderemos dizer com alta segurança qual será ou qual está sendo a intensidade do ataque da ferrugem. A tecnologia fortalecerá a relação técnico-produtor”, avalia Kerber. A Cotrijal também está avançando na modelagem do mofo branco, que possui relação com as variáveis climáticas.



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Como proteger o potencial produtivo Divulgação

A eficiência nos manejos fitossanitários é essencial para proteger o potencial produtivo que as sementes carregam. O controle de plantas daninhas, pragas e doenças feito de forma adequada resulta em mais sacas por hectare ao final da safra. E para manter tudo sob controle, mais uma vez entra em cena o planejamento.

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produtor Luis Sergio de Souza Silva, de Muitos Capões, investe na dessecação antecipada para a cultura da soja. A técnica vem gerando excelente resultado em sua propriedade. Entre as vantagens de se fazer a dessecação antecipada está evitar o aumento da infestação de plantas daninhas. O processo é feito cerca de 35 a 40 dias antes do plantio. “E, se for preciso, dessecamos de novo para evitar alguma buva”, revela Luis Sergio. A preocupação do produtor faz sentido, uma vez que uma planta adulta de buva pode produzir até 200 mil sementes. Se não é adotado esse cuidado especial,

O agricultor Luis Sergio de Souza Silva e o técnico da Cotrijal, Diego de Oliveira Pinto (à esquerda), monitoram o campo em Muitos Capões

os custos de produção e a dificuldade de controle aumentam, reduzindo a rentabilidade da propriedade. O monitoramento da área é realizado com o apoio do técnico Diego de Oliveira Pinto. “Com a assistência técnica personalizada da Cotrijal e com o monitoramento constante nas áreas, foram recomendados produtos necessários para a realidade da propriedade também

no controle de pragas e doenças”, informa o técnico. O resultado é visto na prática, com menor impacto das plantas daninhas, doenças e pragas no rendimento da cultura da soja. Na safra 2019/20 foram plantados 300 hectares, com produtividade média de 74 sc/ha. “Estou muito satisfeito com a parceria estabelecida com a cooperativa”, aponta o produtor.

Plantas daninhas: livre-se delas! O banimento do Paraquat gerou um cenário complexo, sobretudo em relação ao controle de plantas daninhas de folha estreita. O manejo está inserido dentro de um sistema e não pode ser pensado apenas no momento de implantar uma cultura. O professor e pesquisador Anderson Luis Nunes, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), cita como exemplo o controle da buva na soja, que se faz dentro da cultura de inverno. “A buva, mesmo com um fluxo menor durante o inverno, se apresenta muito grande para seu controle na dessecação pré-semeadura. Por isso, o manejo está inserido

dentro de um sistema”, explica Nunes. De acordo com o professor, todos os trabalhos de pesquisas e casos de sucesso de manejo de plantas daninhas de difícil controle têm um ponto em comum: combate ao banco de sementes, fundamental para o sucesso a longo prazo. Quando o problema surge é fundamental o apoio da assessoria técnica, que irá sugerir uma série de ações para mitigar a situação. Sempre é preciso ter em mente a questão do controle preventivo, uso de herbicidas pré-emergentes e fazer uso de boas práticas agrícolas. A Cotrijal, através de sua Área Experimental, validou herbicidas e estratégias

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visando auxiliar o produtor a ter eficiência no controle. “É importante esse alinhamento conjunto, entre produtor e técnico, para sermos mais assertivos”, ressalta o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Nowicki.

Cuidado com a deriva - A coordenadora de Tecnologia de Aplicação da Cotrijal, Mariah Dupont Mattei, orienta os produtores a fazerem o check-list de seus equipamentos neste período de présemeadura, o que pode incluir uma manutenção geral. O objetivo é evitar um problema recorrente, a deriva dos herbicidas auxínicos, que acabam afetando

Professor do IFRS, Anderson Luis Nunes

cultivos alheios que não deveriam receber a molécula do produto. Atenção especial deve ser dada às pontas de pulverização.

Atenção às pragas e doenças Divulgação

Pesquisador Carlos Augusto Pizolotto

Para proteger a soja do ataque inicial de pragas e doenças, o primeiro passo é o tratamento de sementes. Outro ponto importante, segundo o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Nowicki, em caso de presença de lagartas e percevejos na área antes da semeadura, é fazer o controle junto com o manejo de plantas daninhas. O pesquisador em entomologia da CCGL, Glauber Stürmer, alerta para a necessidade de cuidado especial nas áreas de trigo e cevada. “A praga pode ficar escondida embaixo da palhada”, explica.

Também é fundamental ter em mãos um histórico da área válido para todos os cenários. Desta forma, é possível entender se existe algum talhão mais problemático. Em áreas com problemas recorrentes com fungos de solo, além do tratamento de sementes, é necessário investir em outras estratégias, como a utilização de plantas de cobertura com diferentes sistemas radiculares e de milho em rotação com a soja. “A ocorrência de fungos é mais comum em áreas compactadas e com menor teor de matéria orgânica”,

ressalta o pesquisador em fitopatologia da CCGL, Carlos Augusto Pizolotto. Sobre os tratamentos necessários ao longo do desenvolvimento da soja, trabalhos na Área Experimental da Cotrijal comprovaram a importância da aplicação de fungicidas de maneira antecipada, no estádio vegetativo (V4-V5), para reduzir os problemas com fungos necrotróficos remanescentes na palhada da soja do ano anterior, que causam as doenças de final de ciclo. “Podemos evitar a perda de 5 a 16 sacas de soja por hectare com essa ação”, alerta Nowicki.



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Jornal COTRIJAL | Agosto de 2021

Qual é o segredo para diminuir o custo de produção? Divulgação

O

produtor Mateus Signori, de Colorado, ficou atento aos sobressaltos do mercado e travou o custo de produção em setembro de 2020. Em fevereiro deste ano, ele adquiriu os defensivos e não foi afetado pela inflação dos insumos nos meses seguintes. Mas qual é o segredo para fazer bons negócios? Segundo Signori, todos os anos ele monta seus custos de forma que fique fácil observar a variação dos preços. Também acompanha as notícias sobre o mercado e o sobe e desce do dólar. “A fórmula de adubo que comprei custou 13,78 sacas de soja por tonelada. Hoje, deve estar em torno de 25 sc/t, a mesma fórmula”, estipula o produtor. O momento certo para fazer as compras, indica Signori, é orientado pela Cotrijal. “Geralmente, o Comercial da Cotrijal está atento e disponibilizando os melhores preços para favorecer os produtores. Eu, geralmente, travo meus custos na época da campanha que a Cooperativa faz a venda de insumos”, explica. A tendência é de que os produtores que anteciparam a aquisição dos insumos tenham menor custo de produção. Atualmente, não há perspectiva de baixa nos preços dos produtos em razão da pandemia (confira no quadro algumas curiosidades).

Campanhas As campanhas de vendas da Cotrijal são baseadas em três pilares: disponibilidade de insumos, preço atrativo do grão (proporcionando boa relação de troca) e, o mais importante, a percepção do produtor pelo momento ideal. De acordo com o gerente Comercial Insumos da Cotrijal, Diego Wasmuth, as campanhas não possuem uma data fixa. “Sempre temos um cuidado muito grande nas campanhas. Não podemos simplesmente antecipar o mercado. Precisamos estar genuinamente convencidos que é um bom momento. Justamente por isso que não temos um calendário fixo da campanha ao longo do ano. No AgroCast Cotrijal, confira os episódios do Prosa de campo, com conteúdo complementar a esta reportagem, entrevistas com produtores e especialistas

Produtor Mateus Signori (à esquerda) é orientado pelo engenheiro agrônomo Ezequiel Kaiper

Precisamos entender o mercado e agir. Estamos sendo muito assertivos, mas é sempre um desafio e responsabilidade”, afirma Wasmuth. Escalonamento A valorização da saca da soja deixou os produtores ressabiados. Hoje, segundo dados da Cotrijal, menos de 15% da safra 2021/2022 está travada em virtude do ano passado, quando boa parte dos agricultores fechou a comercialização a R$ 90 e o preço na colheita chegou a R$ 160. Ou seja, o produtor entende que não fez o melhor negócio. E agora, um ano depois, o que fazer? Os especialistas têm um conselho: escalonamento. Em julho, o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, participou do AgroTalks Cotrijal e UPL e foi logo questionado se, na condição de produtor, venderia seu estoque físico da soja com o preço atual. “Se eu tivesse 80% da minha safra na mão, ficaria com 20%. O grande movimento de alta do preço da soja já aconteceu. Os preços são muito bons”, respondeu Molinari. Sugestão semelhante tem o gerente Comercial Grãos da Cotrijal, Luís Cláudio Gomes, que orienta os produtores a escalonarem a venda antecipada, o que proporciona a melhor média de vendas. “Um exemplo, eu colho mil sacas e quero travar 400 sacas de forma antecipada. Então, faço isso em quatro momentos. O produtor vai notar que a média vai ser boa, pois no fim

Curiosidades sobre o mercado de insumos • A China, hoje, é o maior fornecedor de ma-

• O governo chinês está adotando uma rígida

téria-prima de defensivos, seguida pela Índia. Esses dois países foram fortemente impactados pela pandemia, com a paralisação das atividades portuárias.

legislação ambiental, fechando diversas fábricas que não estavam enquadradas ambientalmente. Estima-se que, hoje, somente 20% das empresas de matéria-prima de defensivos estão operando normalmente, mas a capacidade de produção não diminuiu nessa proporção, pois as empresas que fecharam foram as menores, que não mostravam tanta representatividade.

• US$ 60 mil a US$ 70 mil dólares é o custo de

um navio parado no porto. • Os fretes marítimos ficaram duas a três vezes

mais caros. • Uma das grandes fornecedoras de defensivos

• Devido a essa questão chinesa, possivelmente

não conseguia entregar no prazo por falta de papelão para embalar o produto.

a Índia, em curto espaço de tempo, pode passar a ocupar o primeiro lugar na produção de matérias-primas para defensivos.

é isso que importa. Se vender 40% ou 50% de uma só vez, pode ser que não fique tão bom”, raciocina Gomes. O que interfere com mais representatividade na formação do preço da soja é a cotação internacional na Bolsa de Chicago, o câmbio e, com menor intensidade, o prêmio. Os especialistas estão reticentes em fazer previsões para os próximos meses, o que reforça a prática do escalonamento da venda antecipada como uma opção interessante na atual conjuntura econômica. Divulgação

Consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari

Ainda dá tempo de contratar seguro! O seguro agrícola é essencial para reduzir riscos de perdas. Afinal, buscar o melhor preço para o grão é impossível sem ter o produto na mão. Para a próxima safra, a orientação é o produtor correr para garantir o seguro, pois o prazo é limitado. “Em 2020, na segunda quinzena de setembro, os prazos começaram a encerrar. Este ano, algumas empresas fizeram o encerramento mais precoce”, explia o analista de Seguros da Cotrijal, Tiago Mendes. Quem deseja adquirir o serviço deve procurar a unidade mais próxima da Cotrijal e dialogar com o técnico responsável pela sua carteira.



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Vida no campo

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“Temos na soja a nossa maior conquista” Família de associados da Cotrijal, os Panisson investem em fertilidade de solo, máquinas, equipamentos e manejos. Também praticam uma agricultura organizada, para aproveitar as melhores oportunidades de negócios para a cultura da soja.

Q

uem conhece Ivanir José Panisson sabe que para ele agricultura é coisa séria. E tudo deve ser feito com o máximo de atenção em todos os detalhes. Essa lógica segue os ensinamentos de uma família que já está na terceira geração na agricultura, sempre com o foco de fazer bem-feito, com muito empenho e dedicação. “A agricultura é gratificante. Temos na soja o nosso carro-chefe e é a cultura que transformou a nossa forma de ver o trabalho no campo. Tudo começou com o pai do meu pai e hoje seguimos com passos firmes e boas produtividades”, explica o produtor e associado da Cotrijal. Com áreas em Três Pinheiros e Lagoa Vermelha, o produtor revela que o grande diferencial do seu trabalho com a agricultura está nos manejos de fertilidade do solo e no uso de tecnologias. Ele ressalta que o trabalho em conjunto com o departamento técnico e o fato de ser engenheiro agrônomo faz de sua propriedade uma referência em termos de bons manejos e altas produtividades. “Como conhecemos a tecnologia e estudamos esses processos, a adoção de novas técnicas para todas as culturas fica mais fácil. Procuramos corrigir e adubar o solo, fazer o bem-feito, agir na hora certa e com capricho,

Na foto, a família Panisson e o engenheiro agrônomo da Cotrijal, Cleiton Pastorello

adequando o número de sementes na hora do plantio, a velocidade de semeadura, o distanciamento de entrelinhas e a população de plantas. Tudo para que se tenha o máximo de retorno”, explica Ivanir, que em 2021 fechou sua safra de soja com uma produtividade de 82 sacas/ha.

Produtividades Safra 2020/21 soja milho 82 sc/ha 197 sc/ha

Safra 2019/20 soja milho 74 sc/ha 150 sc/ha

Conheça a família Panisson

A união está entre os pontos fortes da família Panisson. Ivanir José Panisson (57 anos), sua esposa Loreni Zen Panisson (51) e as duas filhas: Andriele (28) e Andressa (17)

“A união familiar é uma de nossas características. Nos ajudamos para que o nosso objetivo maior possa ser alcançado. De uma forma ou de outra, sei que posso contar com minha esposa e filhas. A agricultura nos trouxe até aqui e tenho certeza que teremos muitas e muitas safras para colher”, declara o agricultor. “A Andriele já manifestou o interesse em participar mais dos negócios da propriedade, o que nos deixa felizes e

esperançosos quanto a continuidade dessa história”.

A queridinha dos campos Em alta em termos de produtividade e preço, a soja segue como a carro-chefe da maioria das propriedades gaúchas. Conforme dados divulgados em 2020 pelo Governo do Estado do RS, na pesquisa “Radiografia da Agropecuária Gaúcha”, 36% do Valor Bruto de

Produção do Estado são oriundos da soja, com uma área de produção de 5,96 milhões de hectares. “Ela é o nosso trabalho, a nossa especialidade e o que somos acostumados a fazer. Há facilidades de manejos, de cultivo, da comercialização à colheita. É uma cultura que apresenta uma liquidez favorável para os negócios, isso facilita muito”, explica o produtor. Ainda sobre a soja, Ivanir destaca as etapas do trabalho, que geram envolvimento por boa parte do ano. “É uma série de tomadas de decisão que exige muito conhecimento e boas parcerias do produtor. Em julho já estamos com os insumos da próxima safra definidos e no campo com o controle de plantas daninhas em ação. O início da semeadura da próxima safra acontecerá entre os dias 20 e 25 de outubro, mas as escolhas e definições de áreas e cultivares já foram definidas bem antes”, comenta. Outro aspecto importante está na utilização de tecnologias, com ações e manejos para melhorias de fertilidade do solo e uso de equipamentos, como GPS para mapeamento das áreas. “Temos também um acompanhamento dos pro-

fissionais técnicos da Cotrijal, que nos auxiliam na elaboração dos projetos de cada safra. Uma parceria que visa o resultado, sempre com o foco de tornar as áreas mais produtivas e rentáveis”, explica o agricultor.

Os Panisson e a Cotrijal A busca por parcerias fortes e o sentimento cooperativista da família motivou a optar pelos serviços da Cotrijal, junto à unidade de Três Pinheiros (Sananduva). Ivanir revela que seus pais, Pedro (86 anos) e Leonilda Panisson (78 anos), sempre preferiram trabalhar com cooperativas e incentivaram esse tipo de parceria. “A equipe Cotrijal é composta por pessoas dedicadas e sempre prontas para uma parceira. Formou-se um vínculo, e assim conseguimos nos manter firmes no trabalho que a cooperativa se propõe a fazer. É uma forma de segurança”.

Área cultivada Soja - 220 hectares Milho - 50 hectares


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Safra inverno

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Fique atento aos manejos fitossanitários

A

fase inicial das culturas de inverno transcorreu sem grandes dificuldades em termos de pragas e doenças, embora em algumas regiões tenha ocorrido pouca chuva. Mas a partir do mês de agosto é necessário estar atento, já que normalmente as temperaturas começam a subir. O alerta é do fitopatologista Carlos Alberto Forcelini. Oídio, manchas foliares e ferrugem habitualmente são os principais problemas em termos de doenças. Para as duas

Tiago Tronco: seguro diminui riscos

primeiras, a aplicação de fungicidas no perfilhamento é importante. Pesquisas mostram que nos últimos anos essa medida tem garantido de 4 a 5 sacos a mais de trigo por hectare. “Cuidado maior é necessário em relação às cultivares mais suscetíveis”, destaca Forcelini. O produtor Régis Verzegnazzi, de Saldanha Marinho, está otimista. Em conjunto com o engenheiro agrônomo Patrick Carvalho, planejou a safra já pensando em todos os detalhes. “O trigo é importante dentro do sistema de produção, pois ajuda no controle das plantas daninhas, deixa boa palhada, otimiza maquinário e nos dois últimos anos está com bom preço”, avalia o associado da Cotrijal. Nesta safra, dos 147 hectares da propriedade, 62 estão com trigo. O restante está com aveia e consórcio de plantas de cobertura. Lavoura segurada Tiago Tronco voltou a plantar trigo há dois anos. Na safra passada, colheu média de 60 sacos/hectare. “A cultura agora está com preço favorável e temos o seguro da Cotrijal, que diminui riscos de perdas”, justifica o produtor.

Régis com o assistente técnico Patrick Carvalho: planejamento bem-feito

São 60 hectares em Passo Fundo e Mato Castelhano e mais 65 em Soledade, sob acompanhamento técnico da Cotrijal. Para bom resultado na lavoura, segundo Tiago, é preciso investir em boas práticas agrícolas, que incluem semente

de qualidade, adubação bem planejada, semeadura bem-feita e cuidado fitossanitário, tudo organizado em conjunto com a assistência técnica. “E nos negócios, o seguro dá mais garantias, tanto para o inverno quanto para o verão”, avalia.

Como combater à giberela O pesquisador Carlos Forcelini sugere aos produtores estarem atentos durante a floração do trigo e fazer a aplicação de fungicida para giberela na véspera da ocorrência de chuvas.

“Estudos têm mostrado que duas aplicações sequenciais são muito úteis para situações de chuvas frequentes e para reduzir os níveis de micotoxinas”, pontua.


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Novidade

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Lançamento do programa aconteceu no dia 4 de agosto

Cotrijal lança programa Supernova Um programa que gera conhecimento utilizando uma plataforma dinâmica e interativa, onde os participantes aprendem de forma coletiva, através de jogos, vídeos e outros formatos, e podem criar seu avatar, é a novidade que a Cotrijal lançou no dia 4 de agosto para o seu público jovem.

O

Supernova Cotrijal é inédito e vai capacitar os jovens a serem agentes de transformação no meio em que vivem, dando continuidade ao trabalho no campo e também ao modelo cooperativista.

Gustavo Crystiano Eckstein, 18 anos, está empolgado. Associado da cooperativa, ele trabalha com os pais na propriedade, em Linha Ogeriza, Lagoa dos Três Cantos, e viu no programa uma oportunidade de aprendizado sobre temas importantes para o campo, de forma divertida, já que toda a formação vai acontecer em uma plataforma de gamificação. “É inovador e muito interessante esse formato e tenho certeza que será importante para meu futuro”, afirma o jovem, que já foi líder mirim da Cotrijal. “É um programa consistente, com conteúdo muito relevante, transmitido de forma inovadora e adaptada à linguagem dos nossos jovens, que são o futuro das propriedades e também da cooperativa”, destacou o presidente da Cotrijal, ao participar do encontro de lançamento do programa, com a primeira turma, que reúne 62 participantes. Ao longo de sua história, a Cotrijal já desenvolveu várias ações e apoiou iniciativas que visavam a formação e o ensino cooperativista aos jovens. À frente de todos os projetos voltados a esse público, o vice-presidente,

Enio Schroeder, pontuou que o investir nessa geração é fortalecer o agro e o sistema cooperativista. “São filhos e netos de associados que tiveram papel essencial na cooperativa e darão sequência a esse legado”, afirmou.

Experiência bem-sucedida Na abertura das atividades com a primeira turma, o associado Henrique Matias Hummes, 34 anos, motivou os participantes com seu depoimento. Engenheiro agrônomo, com experiência de já ter trabalhado na área na Cotrijal, ele assumiu a propriedade da família, com sede em Santo Antônio do Planalto, junto com os irmãos Fernando e Alberto. “Só a caminhada nos traz confiança para avançar. O bom é que temos tecnologias, conhecimento e a cooperativa, que gera esse tipo de oportunidade para aprendermos e apoia em tudo”, destacou.

Jovens aprovaram iniciativa “É um novo desafio, que vai me ajudar a conhecer melhor a cooperativa e também sobreassuntosque envolvem a agropecuária. Eu e meus pais ficamos felizes com a oportunidade. A Cotrijal faz parte do nosso dia a dia.” Júlia Daiane Zilio, 15 anos, de Colorado

“Acredito que vai gerar grande aprendizado.Sempreébomagregar conhecimento. Além disso, é oportunidade para interagir com outras pessoas. Somos agricultores porque gostamos do que fazemos e devemos buscar melhorar sempre.” Irmfried Henrique Papke, 20 anos, de Coqueiros do Sul

“É uma oportunidade para aprender além do campo, de ampliar a visão sobre o que acontece em nível mundial. As atividades na plataforma são bem interessantes, especialmente o game. Estou com 100% de aproveitamento”. Ana Caroline Delazeri, 14 anos, de Santo Antônio do Planalto

O programa Ao todo, o programa vai envolver cerca de 200 jovens de 15 a 20 anos, divididos em três turmas. A segunda turma inicia aulas em setembro. Serão três meses de capacitação, com uma aula semanal, trabalhando os temas pessoas, macroambiente, sustentabilidade e inovação. Os conteúdos são apresentados através de uma trilha, que inclui textos, vídeos e jogos. Ao completar as tarefas, os participantes ganham pontos, que podem ser revertidos em itens para seu avatar.



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Novidade

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Novo ambiente possibilita mais variedade de itens e facilidade de atendimento. É a segunda loja da rede a ser ampliada

Cotrijal apresenta nova loja em Carazinho O olhar de admiração e encanto tomou conta de todos os presentes na inauguração da nova Loja da Cotrijal em Carazinho. Um espaço amplo e moderno foi apresentado para a comunidade carazinhense no dia 30 de julho.

F

oi o caso do produtor José Luiz Espanhol, cliente assíduo da loja, que aprovou a novidade. “É uma conquista de toda a grande família Cotrijal, um desejo antigo de uma loja diversificada e para atender toda a nossa comunidade”, destacou o produtor, que chegou cedo para prestigiar a inauguração. O projeto da Cotrijal Lojas em Carazinho segue os moldes já aplicados em Não-Me-Toque, com linhas de produtos diversificados, amplo espaço e preços competitivos. O presidente da Cooperativa, Nei César Manica, disse que o investimento segue o planejamento estratégico e brinda a comunidade local com um novo conceito de loja. “É um formato que prioriza as necessidades do nosso associado e também de todos os nossos clientes, sejam eles do campo ou da cidade.Também temos um cuidado especial

com o atendimento, para que todos que visitem a nossa loja possam encontrar o que precisam”, declarou o presidente. Localizada no Bairro Glória, junto à unidade de negócios da Cooperativa, a nova loja apresenta novidades, como a linha pet, que ganhou um amplo espaço. Outro detalhe está no estacionamento, com mais de 60 vagas, para facilitar ainda mais a experiência de compra dos clientes. “A Cotrijal conta com loja em Carazinho desde 1999, começamos pequenos, ampliamos e agora entregamos para a comunidade uma loja moderna, que combina com as necessidades do nosso produtor e também dos nossos clientes”, salientou o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. O superintendente de Varejo, Valcir Zanchett, explicou sobre o trabalho de expansão do segmento lojas, que iniciou em Não-Me-Toque e deve seguir com inaugurações previstas para Passo Fundo, Água Santa e Marau. “A nossa ideia é estar cada vez mais próximo do nosso produtor e cliente”, afirmou.

Evento prestigiado A solenidade de inauguração contou com a participação da direção da cooperativa, superintendentes, conselheiros de administração e fiscais, líderes de núcleo e lideranças locais. A vice-prefeita de Carazinho, Valésca Walber, reforçou a parceria do município com a cooperativa e elogiou o empre-

José Luiz Espanhol: conquista para toda a ‘família Cotrijal’

endimento. “É um dia de muita alegria para todos nós, carazinhenses. Essa loja nos mostra a importância que o nosso município tem para a Cotrijal”, avaliou. O gerente de negócios da unidade da Cotrijal em Carazinho, Luiz Euclides Di Domenico Júnior, fez referência ao trabalho da cooperativa junto à comunidade local, com ênfase nas melhorias realizadas na loja e também na estrutura da unidade. “Nosso objetivo está em dar condições para que os nossos clientes e produtores possam ter um atendimento de qualidade”, declarou. Escaneie o QR Code e veja o vídeo da inauguração.

Conheça a loja

Inauguração foi elogiada por autoridades e comunidade local

Localizada na rua Eurico Araújo – Bairro Glória, junto à unidade de negócios da cooperativa, a nova loja conta com mais de 30 mil itens, em 1250 metros quadrados, e tem amplo estacionamento. São sete segmentos em uma só loja: lar e eletro, construção, ferragens, linha pet e animais de companhia, nutrição e saúde animal, linha agrícola e pneus.



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Soja: importante

para dieta equilibrada

B

ateu aquela fome – no inverno isso acontece com bastante frequência – e quer comer algo diferente, mas que além de trazer saciedade vai agregar importantes nutrientes ao organismo? Que tal incluir a soja nessa refeição? Seja para o lanche ou o prato principal, há várias formas de utilizar esse alimento importante na dieta. E independente da idade, traz benefícios. A soja é encontrada no mercado em diferentes formas, como grãos, farinhas, extratos (“leites”), proteína texturizada ou carne de soja, além de fazer parte dos ingredientes de uma

série de alimentos industrializados: margarinas, óleos vegetais, sucos, massas, e biscoitos. Outros alimentos fonte de soja são o tofu, o missô e o shoyu. As principais e melhores formas de consumo são o tofu, o grão, a farinha e o leite de soja. Uma dica: quando preparar o grão, deixá-lo de molho na água entre 10 e 12 horas antes do consumo, pois assim é possível diminuir a quantidade de ácido fítico na soja. Este composto dificulta a absorção de alguns nutrientes presentes no alimento, como o cálcio, o ferro e o zinco.

Conheça os benefícios A soja é um grão rico em proteínas, lipídios, fibras e alguns minerais, como o fósforo, que ajuda a manter o cálcio nos ossos e evitar a perda de massa óssea. É também fonte importante de vitamina K, necessária para o mecanismo de coagulação sanguínea, e diminui o risco de câncer de mama. As isoflavonas presentes na soja,

que têm estrutura parecida com o hormônio feminino estrogênio, ajudam a diminuir os sintomas da menopausa. A soja ainda é responsável por reduzir o colesterol ruim (LDL) e aumentar os níveis do colesterol bom (HDL). Isto acontece porque o grão é rico em gordura poli-insaturada (ômega 6, principalmente).

Hambúrguer de soja Ingredientes 1 xícara (chá) de proteína de soja 2 copos de água morna 1 ovo Sal a gosto 2 dentes de alho amassados 3 colheres (sopa) de farinha de trigo integral 2 colheres (sopa) de quinoa em flocos 1 colher de cheiro verde picado 1/2 xícara (chá) de cebola ralada 1 colher (café) de orégano Pimenta do reino branca a gosto Cominho a gosto

Modo de preparo

Hidrate a proteína na água morna por 20 minutos. Escorra toda a água e esprema bem o excesso de água e misture os demais ingredientes. Modele os hambúrgueres e coloque para assar em forno médio, virando os lados, 10 minutos de cada lado.

Dicas:

Nutricionista da Cotrijal, Raquel Jaeger Fenner

Use o hambúrguer no lanche, com pão e outros ingredientes, ou nas refeições principais, com saladas, fritas ou arroz. Para acompanhamento, uma ótima sugestão é a cebola caramelizada. Coloque meia cebola picada, uma colher de chá de açúcar e uma gota de vinagre em uma panela e leve ao fogo baixo, deixando até a cebola dourar. As sugestões de quantidades podem ser alteradas de acordo com a sua necessidade.


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Jornal Jornal COTRIJAL COTRIJAL || Agosto Agosto de de 2021 2021

Plano alimentar saudável e nutritivo Para quem pensa que é difícil inserir a soja na alimentação ou mesmo acha que se perde sabor nas refeições, aí vão algumas dicas de consumo.

Soja texturizada (proteína de soja): mais conhecida como a substituta da carne, já que sua textura é a que mais se aproxima do alimento animal. É uma boa fonte de fibras alimentares para a refeição, garantindo saciedade e facilitando o trânsito intestinal. Também contém baixo teor de sódio, melhorando ainda mais a saúde cardiovascular. Formas de consumo: pode ser preparada bem como a carne de origem animal mesmo (assada, cozida ou grelhada) e incluída em diversas preparações. Leite de soja: alternativa aos produtos lácteos para intolerantes à lactose ou alérgicos ao leite. Formas de consumo: pode ser tomado puro ou compor vitaminas, ser misturado com café e frutas.

Tofu (queijo de soja): é fonte de ômega 3, tornando-se um alimento ideal para manter a saúde cardiovascular e deixar o cérebro saudável. Formas de consumo: pode ser incluído em diversas preparações, sendo elas doces ou salgadas. Pode ser servido como aperitivo, grelhado, assado, misturado em saladas ou em forma de pasta. O segredo é o tempero e as especiarias que serão utilizadas. Farinha de soja: substituta da farinha de trigo, atua trazendo mais fibras alimentares para a receita e, o melhor, sem alterar o sabor das preparações. Tem sabor neutro, logo, pode ser misturada com diversos ingredientes. Rica em fibras e proteínas, torna-se perfeita para garantir um emagreci-

Bolo integral com farinha de soja Ingredientes 1¼ xícara (chá) de farinha de trigo integral 8 colheres (sopa) de farinha de soja 1 xícara (chá) leite de soja ou outro leite 2 ovos 3 maçãs médias, picadas 3 colheres (sopa) de uvas-passas Raspas de gengibre a gosto 1 colher (sopa) manteiga 5 colheres (sopa) óleo de coco 1 xícara (chá) açúcar mascavo Canela a gosto

Modo de preparo Preaqueça o forno em 180° C. Junte as farinhas, as

maçãs, um pouco da canela, o gengibre e as uvas-passas em uma tigela e reserve. Bata os ovos, o leite e o açúcar no liquidificador. Despeje a mistura obtida na tigela dos ingredientes secos e misture bem. Unte a assadeira com óleo de coco. Despeje a massa do bolo por cima, polvilhe a canela e leve ao forno por 40 minutos.

mento saudável e equilibrado.

Formas de consumo: pode ser usada para o preparo de bolos, tortas, pizzas funcionais, pães, sopas, etc.

Shoyo (molho de soja): ideal para trazer um tempero especial para as suas preparações. Rico em proteínas, cálcio, ferro e vitaminas do complexo B, por ser um derivado da soja, o molho tem função antioxidante para as receitas, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce das células e garantindo o bem-estar do sistema imune. Formas de consumo: é utilizado para molhos, tempero de saladas, para a culinária japonesa ou simplesmente para dar um sabor diferenciado às carnes e legumes.

Você sabia? Nos corredores e prateleiras dos supermercados da Cotrijal é possível encontrar muitos produtos que contêm soja. Desde os mais tradicionais, como pães e sucos, até hambúrguer, chocolate, linguiça, estrogonofe, dentre outros. E tem também grãos, farinha, proteína texturizada, leite condensado, enfim, ampla variedade para facilitar a inserção desse alimento importante na dieta.

Bolo de maçã sem farinha e sem açúcar Usar com moderação a farinha de trigo e o açúcar é altamente recomendável. Que tal fazer um bolo sem esses dois ingredientes? Impossível? Não! Experimente essa receita sugerida pela nutricionista da Cotrijal Supermercados, Raquel Jeager Fenner! Depois de fazer a receita, mande uma foto pra gente com o bolo. Ela pode aparecer aqui neste espaço ou nas nossas redes sociais. Envie pelo WhatsApp (54)99932.1598. Você também pode enviar sugerir conteúdos através desse número pra gente publicar no Viver Bem. Quer mais dicas como essa? Acesse @cotrijalsupermercados no Facebook ou no Instagram.

Ingredientes 2 maçãs 1/2 xícara (chá) de uva passas 2 colheres (sopa) de óleo de coco 2 ovos 1 colher (chá) de canela (opcional) 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 xícara (chá) de aveia em flocos

raladas, misture e leve para assar em forma untada com óleo de coco. Asse em forno preaquecido, a 220°C, por aproximadamente 30 minutos.

Modo de preparo Bata no liquidificador as passas, o óleo de coco, os ovos e o fermento em pó. Depois, acrescente a aveia em flocos, a canela e as maçãs

Dica: se preferir, pode colocar também em forminhas de cupcake. E ainda decorar com pedaços de maçã.


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Meu Cartão Cotrijal: praticidade e segurança

D

ar o melhor suporte em todas as áreas que envolvem o seu relacionamento com o associado é rotina na Cotrijal. Cassiano Gervin, que foi o primeiro produtor a se associar à cooperativa em Esmeralda, em agosto de 2014, já sabe disso.

Cassiano Gervin: novidade gera ainda mais confiança na cooperativa

“Vemos evolução ano após ano, em todas as áreas. Nosso vínculo não é apenas questão de negócio, mas de relacionamento, e com o passar dos anos aumenta a nossa confiança no trabalho da cooperativa. O comprometimento é mútuo”, afirma. A última novidade é a criação do Meu Cartão Cotrijal - cartão disponibilizado para os produtores e seus dependentes realizarem as compras nas redes de supermercados e lojas da cooperativa. Além disso, foi criado também o aplicativo do Meu Cartão Cotrijal, que traz como destaque as informações sobre limite de crédito, histórico de compras, pagamentos, dentre outras. “Está ainda mais prático e seguro fazer as compras”, afirmou Cassiano, que já usou o cartão. A mesma opinião tem Marcos Delmar Pasinato, ligado à unidade de Lagoa dos Três Cantos. Ele, a esposa e as duas filhas já estão, cada um, com seus cartões. “Já temos nossas senhas e já usei. Traz

Marcos Delmar Pasinato recebeu o cartão do gerente de Lagoa dos Três Cantos, Márcio Forcelini

mais segurança para a cooperativa e o produtor”, disse ele, que é associado desde 1984.

Onde Solicitar - O Meu Cartão Cotrijal pode ser solicitado na unidade de negócio onde o produtor é atendido.

Dia C: 18,5 toneladas de solidariedade A cooperação esteve mais uma vez em evidência na Cotrijal. Durante todo o mês de julho, a cooperativa mobilizou associados, colaboradores, fornecedores, parceiros e a comunidade em geral para arrecadar alimentos para serem destinados às famílias em dificuldade financeira na região devido à pandemia. A ação fez parte do Dia C, repetindo o formato do último ano, seguindo a orientação da Organização Brasileira das Cooperativas (OCB), e teve grande êxito. Foram arrecadadas 18,5 toneladas de alimentos nos 32 municípios da área de atuação da cooperativa, quase o dobro em relação a 2020. Em Não-Me-Toque, as doações foram entregues pela direção da Cotrijal para a Assistência Social, Lar do Idoso, Apae e Asbam, no dia 16 de agosto.

Entrega dos alimentos arrecadados em Não-Me-Toque aconteceu no dia 16 de agosto

Qualidade premiada A semente carrega consigo toda pesquisa e desenvolvimento do melhoramento genético e sua qualidade é es-

sencial para o bom estabelecimento da lavoura. Produzir uma semente de elevado padrão de qualidade exige muito

trabalho, do campo ao beneficiamento. Especialmente porque em nível de campo há muitas variáveis, como clima e pragas, que podem interferir no processo de produção. Em julho, a Cotrijal Sementes recebeu troféu da Monsoy, por ter cumprido a meta de qualidade de sementes do Programa Monsoy Multiplica (PMM) na safra 2019/20. O reconhecimento é concedido pela multinacional, seguindo critérios específicos de avaliação, às empresas multiplicadoras que atingiram 90% do volume de soja comercializado com 90% de germinação ou mais. “A cadeia toda ganha com a qualidade da semente”, destacou a gerente de Produção de Sementes da Cotrijal, Claudia Moi Soares Rother.

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Atenção às lavouras é permanente Página 13

SUPERNOVA

Programa inédito para os jovens Cotrijal Usando plataforma de gamificação, o programa traz conteúdo importante, de forma dinâmica e interativa. Página 14

VAREJO

Carazinho tem nova loja Página 16


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