Agosto de 2022

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Ano 23 | Nº 271 | Agosto de 2022

Raízes fortes e profundas levam tempo para serem formadas. A Cotrijal completa 65 anos no dia 14 de setembro e comemora trazendo histórias de associados que, assim como a cooperativa, vivem essa relação de amor pela terra e construíram uma parceria sólida com a organização. Confira essas histórias nesta edição comemorativa ao aniversário.


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O CAMPO NOS UNE Jornal COTRIJAL Agosto de 2022

Expediente

Opinião

Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial Rua Júlio Graeff, nº 01 Não-Me-Toque/RS - CEP: 99470-000 Fones: (54)3332-2500 / (54)3191-2500

O campo nos une

Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-Presidente: Enio Schroeder

E CONDUZ PARA UM FUTURO PRÓSPERO

Conselheiros de Administração Regional 1 Francisco Jorge Eckstein Marcelo André Van Riel Roveni Lúcia Doneda Regional 2 Gervásio Francisco Bins José Valdir Kappaun Mateus Tonezer Ricardo César Tomazoni Regional 3 Cristiano Ulrich Délcio Reno Beffart Jackson Berticelli Cerini Milton Antônio Marquetti

“Crescer com sustentabilidade é a visão que a Cotrijal tem defendido ao longo de sua história e que nos leva a avançar ano a ano, gerando renda e qualidade de vida para o campo.”

Regional 4 Inézia Toso Meira Jair Paulo Kuhns Juliano Costa Regional 5 Fabiana Venzon Girlando Neiss João Caetano da Rosa Netto Regional 6 Marivaldo Maurina

Nei César Manica Presidente da Cotrijal

Regional 7 Eliandro Rigo Regional 8 Mauro João Giacobo Conselheiros Fiscais Titulares Heitor José Palharini Fabrício Zatt Eliar Winter Conselheiros Fiscais Suplentes Marcos Delmar Pasinato Leomar Bissolotti Leonardo Dal Moro Jornal Cotrijal Publicação mensal editada pela Unidade de Marketing da Cotrijal Gerente Responsável Benísio Rodrigues Jornalista Responsável Mariliane Elisa Cassel Textos e Fotos Fernando Teixeira, Glauber S. Machado, Mariliane Cassel e Tuane Seifried Projeto Gráfico e Diagramação Tuane Seifried Impressão Tapejarense Indústria Gráfica Comercialização Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda Fone: (11) 5092.3305 Guerreiro Agro Marketing Fone: (44) 99180.4450 Prisma Produções Gráficas Fone: (54)3045.3489

Crescer com sustentabilidade é a visão que a Cotrijal tem defendido ao longo de sua história e que nos leva a avançar ano a ano, gerando renda e qualidade de vida para o campo. Chegamos aos 65 anos mantendo a posição de maior cooperativa agropecuária do Rio Grande do Sul em faturamento, resultado que só é possível porque desde o início o foco foi a segurança. Nesse sentido, todos os dirigentes que nos antecederam fizeram ótimo trabalho. Em 1957, 11 ousados produtores fundaram a Cotrijal, em Não-Me-Toque. Depois, avançamos para Colorado e Victor Graeff e por muitos anos ficamos atuando nessa microrregião, incluindo ainda Tio Hugo e Lagoa dos Três Cantos. Na década de 1990, surgiu a oportunidade de expansão para Carazinho e região, através da compra do patrimônio da antiga Coopera. Nos anos 2000, avançamos para Passo Fundo, adquirindo parte das estruturas da cooperativa de Erechim. Há sete anos, tivemos outro grande avanço, com a aquisição das unidades que eram da BSBios, e agora, recentemente, concretizamos a incorporação da Coagrisol. Ao longo das últimas décadas, investimos na organização do quadro social e na profissionalização da cooperativa e, mais

recentemente, em uma reestruturação interna com a criação de superintendências e unidades de negócios, construindo uma base sólida para continuarmos crescendo, sempre com o respaldo do quadro social, das lideranças e dos conselhos. Hoje estamos presentes em 53 municípios, com 80 unidades de recebimento de grãos, complexo de 33 lojas, 15 supermercados e um atacado, além de atendermos nossos produtores através da fábrica de rações e da unidade de beneficiamento de sementes e, em breve, com o TRR. Somos um grande time de 18,6 mil associados e 2,7 mil colaboradores. A expansão em área nos fez crescer em escala de produção. E agora podemos avançar para a transformação da matéria-prima, projeto que nos últimos anos vem sendo amplamente estudado internamente e também com os conselhos, para que possamos agregar valor à produção dos associados. Temos conhecimento, inovação, tecnologia e oportunidades para aumentar a produção, tanto de grãos quanto de leite, e a rentabilidade das propriedades e da cooperativa. Temos uma equipe muito qualificada. Temos produtores que confiam na cooperativa. E isso tudo nos leva a ter a certeza de que o futuro será muito próspero.


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Histórias de amor pela terra Nesta edição especial do Jornal Cotrijal, comemorativa aos 65 anos que a cooperativa completa em 14 de setembro, convidamos você a conferir as histórias dos associados que integram a websérie “O campo nos une”. Os relatos mostram a importância e a parceria da organização nas áreas de produção de grãos e de leite, varejo, transporte e logística e novos negócios. O conteúdo traz também entrevista com o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, e o vice-presidente, Enio Schroeder. Nas próximas páginas, veja também uma linha do tempo, com alguns dos principais fatos que marcaram os 65 anos da cooperativa. E ainda o resultado de importantes debates com produtores e colaboradores sobre a evolução dos trabalhos no campo, que estão sendo publicados no AgroCast Cotrijal – série Conversa Produtiva, podcast da cooperativa que pode ser acessado no Spotify.

ANOS

O CAMPO

NOS UNE “Hoje contamos uma história, que não é sobre paredes, estruturas, sobre prédios. Contamos uma história sobre o campo, sobre quem é do campo.

Onde acessar os conteúdos comemorativos dos 65 anos YOUTUBE: Cotrijal Cooperativa FACEBOOK: cotrijalcooperativa INSTAGRAM: cotrijalcooperativa

WEBSÉRIE Escaneie o QR Code e veja o primeiro episódio da websérie O campo nos une.

SPOTIFY: Agrocast Cotrijal

Ações comemorativas aos 65 anos: 30|8 Lançamento da campanha para a imprensa 30|8 Workshop Liderança Cotrijal 30|8 Lançamento da Websérie “O campo nos une” (de 30/8 a 14/9) 09|9 Lançamento do Podcast “Conversa produtiva” (de 09/9 a 30/9) 12|9

Palestra para os colaboradores, com Arthur Igreja

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Evento on line comemorativo ao aniversário

28|9 27º Encontro de Mulheres Cooperativistas Cotrijal

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Nossa cooperativa nasceu e cresceu a céu aberto, olhando para o tempo e esperando pelo melhor. Uma cooperativa que foi plantada, regada e cuidada para que hoje tivesse as raízes fortes. Nossa história se confunde com a de homens e mulheres do campo, por que o campo é o que somos, cuidar da terra é a nossa vida e nossa razão de existir. Nos nossos 65 anos, não há outra forma de contar nossa história além dessa. Hoje falamos sobre nossas raízes, sobre o trabalho no campo, muitas vezes desafiador, sobre as lutas diárias, mas também sobre a felicidade de ver a plantação germinar, a colheita ser farta. A felicidade de crescer e construir. Mas, especialmente hoje, falamos sobre sonhar, sobre pessoas que não desistem e insistem em construir o melhor. Pessoas que sonham que os seus filhos tenham a mesma coragem, que possam seguir produzindo e alimentando o mundo. Que sonham com um amanhã melhor. Nossa cooperativa é daqui. Nos orgulhamos do nosso chão, do que plantamos, de onde chegamos e mais ainda de onde vamos chegar, sem esquecer, nem por um instante, que somos do campo e que a terra é a nossa casa.”


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HISTÓRIA DE DESAFIOS E

conquistas

1957 1964 11 agricultores de Não-Me-Toque criam a Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque, hoje denominada Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial.

Mudança de nome para Cooperativa Tritícola Mista de Não-Me-Toque Ltda. Em 1966, passou a chamar-se Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí Ltda. - devido à inserção de novos municípios -, e assim permaneceu até 2006.

1980

A Cotrijal consolida-se na cultura da soja e começa a incentivar a diversificação, com grandes investimentos na pecuária leiteira e área de varejo.

197 1977 Na assembleia de dezembro, os associados da Cotrijal recebem a primeira palestra sobre agronegócios, numa época em que poucos acreditavam na força do setor.

1995 1997 Acontece o primeiro encontro de mulheres da Cotrijal, com 200 participantes, e inicia um trabalho de valorização da mulher e também, nos anos seguintes, dos jovens.

É realizado o primeiro dia de campo na Área Experimental, espaço para realização de experimentos e validação de tecnologias repassadas aos associados.

200 Realizado o primeiro seminário de líderes de núcleo da Cotrijal.

2000 Em uma aposta ousada da Cotrijal, acontece a primeira Expodireto, reunindo 114 expositores e 41 mil pessoas. Hoje são mais de 550 expositores e 260 mil visitantes.


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1969 Comprado um equipamento completo de secagem e padronização de grãos para a unidade de Colorado. A armazenagem era vista como questão de segurança no futuro. Inauguração da unidade reuniu milhares de pessoas.

976

No final da década de 1960, a cooperativa inicia sua ação na área de varejo, com uma loja de consumo e insumos.

1974

Cria-se o Departamento de Comunicação e Educação, com a missão de cuidar da comunicação e educação cooperativista e organizar o quadro social.

02

1970

Inauguração da Unidade da Cotrijal em Victor Graeff. Nesse ano a cooperativa compra seu primeiro computador, entrando na era da informatização..

O presidente da República, Ernesto Geisel, vem a Não-Me-Toque fazer a abertura oficial da colheita de trigo, em evento promovido pela Fecotrigo e pela Cotrijal.

2007 Mais de 10 mil pessoas participam da festa dos 50 anos, no dia 14 de setembro, no Parque da Expodireto Cotrijal. O momento é marcado com homenagens às pessoas que construíram a história da cooperativa.

1973

2016

2011 Início das atividades na nova Fábrica de Rações para bovinos, suínos e aves, na Sede, em NãoMe-Toque.

A Cotrijal inaugura uma moderna Unidade de Beneficiamento de Sementes e amplia sua área de atuação de 18 para 32 municípios e 56 unidades de recebimento e armazenagem de grãos.

A Cotrijal chega aos 60 anos como a maior cooperativa agropecuária do Rio Grande do Sul, comemorando o aniversário com várias ações sociais, publicação de uma revista e realização de um café da manhã coletivo com os associados.

2017

2021 Em assembleia geral extraordinária, no dia 28 de fevereiro, a Cotrijal incorpora a Coagrisol, ampliando sua presença para 53 municípios do Rio Grande do Sul, com 80 unidades.

2022

No dia 17 de fevereiro, a Cotrijal lança sua nova marca, inspirada na força dos seus cooperados, colaboradores e parceiros. A ideia foi fortalecer a imagem institucional da cooperativa para diferentes olhares, preservando a identificação com todos os públicos com que se relaciona.

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NA CONSTRUÇÃO DAS MELHORES LAVOURAS O que representa na vida de um produtor ter ao seu lado a Cotrijal? Uma boa resposta vem do interior de Carazinho, com o associado Luis Henrique Weissheimer, 62 anos. O produtor relata que sempre buscou para os seus negócios uma parceria sólida e justa, e isso encontrou 'de sobra' na Cotrijal.

Além de produtor e associado, Weissheimer é engenheiro agrônomo e revela que atua na agricultura desde 1985. Ele carrega a experiência de quem acompanhou o surgimento do plantio direto e, consequentemente, o crescimento da sua cooperativa.

“A Cotrijal fez parte do nosso crescimento, sempre ao nosso lado, com o auxílio em diversos fatores. Com atendimento diferenciado, segurança, honestidade, bom senso, justiça, preço bom na compra e na venda. Uma empresa sólida e que me dá segurança”, explica.

“A agricultura mudou muito, principalmente no quesito tecnologia. Aqui mesmo, na nossa propriedade, o meu pai já testava maquinários visando o trabalho com o plantio direto. Mas foi com o auxílio da Cotrijal que acompanhamos essa evolução e tantas outras”, declara o produtor.

SAFRAS DE BONS NÚMEROS médias de produtividade da propriedade em sacos por hectare

soja

Com 150 hectares destinados para a produção de grãos, em Xadrez, interior de Coqueiros do Sul, Weissheimer trabalha com 100% de sementes produzidas pela cooperativa, prática que já vem de várias safras. “A condução da minha lavoura, dos manejos e projetos está com a cooperativa. Isso chama-se confiança. Em termos de produtividade seguimos uma crescente e vejo que investir em uma semente de qualidade, produzida com o que há de melhor, faz a diferença em nossas lavouras”, explica.

milho

73

178

70,4

trigo 66

61 162

51

49 37

18/19

19/20

20/21

21/22

Cotrijal Sementes - A Unidade de Beneficiamento de Sementes conta com 40 grupos familiares como cooperados da multiplicação - Os campos de multiplicação de sementes estão localizados em toda a região de atuação da Cotrijal - Capacidade de beneficiamento de 1 milhão de sacos por ano

78

19/20

20/21

21/22

2019

2020

2021

FORÇA TÉCNICA NO CAMPO

106

AGRÔNOMOS

29

TÉCNICOS AGRÍCOLAS


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RAZÕES PARA TER A COTRIJAL SEMENTES EM SUA LAVOURA GARANTIA DE GERMINAÇÃO E VIGOR

QUALIDADE

TRATAMENTO INDUSTRIAL

PRATICIDADE

SEGURANÇA

A Cotrijal fez parte do nosso crescimento, sempre ao nosso lado, com o auxílio em diversos fatores. Com atendimento diferenciado, segurança, honestidade, bom senso, justiça, preço bom na compra e na venda. Uma empresa sólida e que me dá segurança.

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Luis Henrique Weissheimer

Assistência de qualidade Para o produtor, uma das grandes fortalezas da Cotrijal está na assistência técnica. Entusiasmado com o trabalho realizado pele engenheiro agrônomo Igor Pereira da Silva, Weissheimer não cansa de elogiar e ainda faz projeções para as próximas safras. “Seguimos um trabalho de construção, sempre com foco na proteção do solo com boas coberturas, rotação de culturas e bom aproveitamento das áreas. Tudo para seguir com boas projeções de produtividade”, explica o produtor. Do total da área, todos os anos, no verão, 40 hectares são destinados para o milho. No inverno, o trigo ocupa 55 hectares. “O produtor entende e nos dá total liberdade de sugerir manejos e condições para que a lavoura possa apresentar boas condições de sanidade durante as safras. Uma prova disso está nos resultados, com boas médias, apesar das dificuldades impostas pelo clima”, explica o engenheiro agrônomo Igor Pereira da Silva.

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O campo

COM O PELAS GE Os desafios da atividade leiteira são inúmeros. Vão desde alimentação do rebanho até a comercialização do produto, sem esquecer do envolvimento diário e da constante necessidade de atualização e boas parcerias. Esse diagnóstico é do produtor Gladimir Beffart, 50 anos, associado da Cotrijal que tem propriedade em Xadrez, interior de Coqueiros do Sul. Para ele, sua maior motivação com a atividade leiteira está no interesse dos filhos, que já escolheram o leite como profissão.

“Nunca imaginei em ordenhar mais de 100 animais e hoje a nossa capacidade nos permite chegar aos 200. O resultado já é positivo, mas a produção requer foco na alimentação e na qualidade e para isso é fundamental o trabalho de parceria com a Cotrijal, que nunca mediu esforços em nos auxiliar aqui na propriedade”, avalia Beffart. Os irmãos Rafael, 18 anos, Mateus, 16, e Manuela, 12, aos poucos vão buscando a participação nas atividades da propriedade. Conforme Gladimir, ter os filhos atuando diretamente no leite é fator decisivo para novos investimentos.

“Eles são jovens, mas querem o agro. É por isso que tenho feito investimentos e ampliado a nossa capacidade de produção”, explica. Hoje a atividade leiteira da família Beffart conta com 138 animais em ordenha e produção de 4.400 litros de leite/dia. O sistema de compost barn foi instalado em janeiro deste ano (2022) e o confinamento do rebanho conta com alimentação a base de silagem de milho e ração (Cotrijal). Neste ano, ele teve que complementar

“Eu digo pra eles que o estudo é necessário em qualquer atividade. Não poderia ser diferente com a pecuária leiteira. E vejo que eles estão cada vez mais inseridos nesse contexto”, declara o agricultor.

A cooperativa é nossa parceira em todas as horas. Hoje com o rebanho confinado, nossa forma de alimentação mudou muito, o que também nos motivou a seguir com as rações da cooperativa. Uma linha que atende as nossas necessidades e que sabemos que é produzida com muita qualidade e com o que há de melhor no mercado. Gladimir Beffart

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a dieta com feno.


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O LEITE GERAÇÕES Um pouco de história...

IMPACTO ECONÔMICO

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MIL FAMÍLIAS de associados Cotrjal trabalham com leite

DEPARTAMENTO VETERINÁRIO

25

VETERINÁRIOS atuam nas propriedades através do Departamento Técnico da Cotrijal (DeVet)

FÁBRICA DE RAÇÕES

157

MIL TONELADAS de ração produzidas pela Cotrijal Rações em 2021

30% 50

DE AUMENTO projetado na produção de rações em 2022

MIL TONELADAS projetadas de produção de ração para bovinos em 2022

A história da produção leiteira de Gladimir Beffart segue um roteiro comum em muitas propriedades. Ele começou em sociedade com seu irmão, Carlos, com 4 vacas. Com o final da sociedade, cada irmão ficou com 35 animais para seguir na atividade. “Hoje são 17 anos de trabalho com o leite. Sempre contei com o apoio da cooperativa. Uma parceria que segue até hoje. Tivemos momentos difíceis, como, por exemplo, o período em que parte do rebanho foi contaminado com tuberculose. Pensei até em parar, mas a cooperativa nos deu total apoio para seguir e superar essa crise”, explica o produtor. Para o médico veterinário Evandro Bordignon, atender um produtor como Gladimir é motivo de orgulho. “Ele reconhece o nosso trabalho, entende as necessidades do rebanho e investe no que é preciso para que a produção possa acontecer de forma rentável e com qualidade”, avalia. Ainda sobre o trabalho com a Cotrijal em conjunto com o produtor, o profissional chama a atenção para a alimentação do rebanho, a condução das lavouras de milho para silagem e a organização da dieta para os animais. “Buscamos um trabalho de forma conjunta, com visitas semanais e muita troca de informações. Um modelo que vem dando certo e com bons resultados”, comenta o veterinário. Outro aspecto está na entrega da produção, que ultrapassa a média 30 litros por vaca/dia. O produtor explica que o produtor tem que olhar o todo, valorizar as parcerias e o retorno. “É por isso que seguimos firmes com a CCGL. Recebemos uma valorização e retorno no final do exercício, que podemos investir na propriedade e agregar mais tecnologia e renda”.

COTRIJAL NA CCGL

44,6

MIL LITROS entregues para a CCGL por associados Cotrijal em 2021

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NA REALIZAÇÃO DE SONHOS “O sonho da casa própria sempre nos acompanhou. E conseguir realizar com o apoio da cooperativa foi inesquecível”, destaca Christian Arendt, associado da Cotrijal de Santo Antônio do Planalto.

Ele e sua esposa Andressa adquiriram todo o material de construção para a obra da casa própria na Loja da cooperativa. “Trabalhamos tudo com a cooperativa e não poderia ser diferente nesse momento da obra. Aproveitamos o crédito, as promoções, as condições para pagamento com a safra, tudo nos ajudou e facilitou a escolha”, comenta Christian. Com a casa quase pronta, Christian, Andressa e

o pequeno João Frederico Arendt (5 anos) já planejam a mudança e a vida na nova morada, sem esquecer da parceria com a cooperativa e o empenho dos profissionais. “Sempre fomos muito bem atendidos. Como é a nossa primeira casa, não tínhamos muita experiência, mas o pessoal nos deu várias dicas e nos auxiliou em diversos detalhes”, revela Andressa. Ter a cooperativa como parceira, em todas as áreas, é rotineiro na família Arendt. “Antes da inauguração da nova Loja de Santo Antônio do Planalto, as nossas escolhas de pisos e outros detalhes foram realizadas na Loja da cooperativa em Carazinho. Mas agora ficou tudo mais fácil”, elogia a produtora. A comemoração é em dose dupla, pois além da nova Loja, a cooperativa inaugurou um novo Supermercado na localidade.

COTRIJAL LOJAS

52,3% 35%

33

foi o crescimento de faturamento em 2021

do faturamento vem da linha de material de construção

unidades Cotrijal Lojas


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Associados de longa data Com a nova casa próxima da lavoura e também da unidade da Cotrijal em Santo Antônio do Planalto, Christian e família justificam a escolha em morar na cidade. “Decidimos em 2020 e buscamos um terreno bem localizado e com condições de construir uma bela casa”, explica Andressa.

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“A localização não poderia ser melhor”, explica Christian, já com o olhar para a lavoura. “Daqui consigo acompanhar a planta e estou a um pulo da cooperativa”.

Apaixonado pelo trabalho no campo, Christian revela que até pensou em seguir outra profissão, no caso Direito, mas a agricultura seguiu como a preferida. “Sempre via meu pai falando da cooperativa, da lavoura, da importância de ser associado e hoje, com foco no negócio, acumulamos boas safras, sempre com o auxílio técnico e comercial da cooperativa”, explica Christian. A família trabalha com 300 hectares de lavouras, com áreas divididas entre os municípios

A boa relação que temos com a Cotrijal, o profissionalismo dos profissionais, a qualidade dos produtos e marcas, nos mostraram que realizamos a escolha certa. A nossa casa está linda.

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Christian Arendt

de Santo Antônio do Planalto e Pedras Altas (divisa com o Uruguai). O trabalho é direcionado para a produção de grãos, com soja e milho no verão e trigo e coberturas no inverno. “Acompanhar toda essa evolução da agricultura não é tarefa fácil, o que nos aproxima ainda mais dos profissionais da nossa cooperativa. As orientações técnicas nos auxiliam na tomada de decisão e são de grande valia”, destaca Christian. Seja na lavoura ou na nova casa, o casal quer seguir com o bom relacionamento com a cooperativa e vê no pequeno João Frederico uma possibilidade de continuidade. “Ele é muito pequeno ainda, mas gosta de estar em volta, de brincar com o trator e acompanhar o pai e o avô na lavoura. Vamos com calma, mas acredito que estamos no caminho”, explica Andressa. Já Christian destaca a necessidade de qualificação no campo, principalmente das novas gerações. E vai incentivar o filho nos estudos. “A decisão será dele, mas acredito que os estudos vão colaborar e qualificar essa decisão e os trabalhos futuros da nossa propriedade”, explica.

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COM OLHAR NO FUTURO Olhar para o futuro e planejar as próximas safras e investimentos não é tarefa fácil para os produtores rurais. São diversas decisões a serem tomadas e que podem influenciar a forma como conduzir o negócio e os resultados. Conforme o produtor Éder Cristiano Bergmann, de Ibirapuitã, um bom planejamento depende de uma parceria forte. Cooperativista de carteirinha, ele sempre buscou o relacionamento com cooperativas, pois entende que está na força da união o caminho para os melhores resultados. “Sou associado da Cotrijal desde 2003. Também era associado da Coagrisol e dividia os meus negócios com essas cooperativas”, conta.

“Sempre tivemos na Cotrijal uma cooperativa séria e com o foco no que há de melhor para os associados. Ela nos traz segurança. Por isso, quando saiu a notícia de que a Cotrijal assumiria os negócios da Coagrisol, sabíamos que era para o bem do produtor”, comenta. Sobre o futuro, Éder Cristiano acredita que o bom momento da cooperativa deva influenciar também os produtores a buscarem mais eficiência na gestão e nos negócios. “Aqui trabalhamos em família. É uma pequena propriedade, mas com muito trabalho e vontade de crescer. Vemos na Cotrijal uma forma de buscar esse crescimento, principalmente com o profissionalismo dos seus profissionais técnicos”, explica.

Boas expectativas Com lavouras em Ibirapuitã, divisa com Soledade, na localidade de Pontão da Boa União, o associado está com o planejamento de suas lavouras em dia. São 60 hectares para a produção de grãos. Hoje parte da área recebe trigo e logo, com a safra de verão, a maior parte terá a cultura da

soja. “Com a parceria com a Cotrijal vamos buscar bons resultados para amenizar as perdas pela frustração da safra anterior”, afirma. O que também já está no planejamento é a sucessão da propriedade. A expectativa é de que os filhos permaneçam no campo. “O Felipe (20 anos) já está bem inserido nos negócios e nos trabalhos da lavoura. A ideia é que ele siga nos ajudando. Os demais, Henrique (13) e Gabriel (2), ainda são novos, mas mostram interesse pela terra”, explica o produtor, que é casado com Márcia Bergmann.



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EM BUSCA DE RESULTADOS Filho de agricultores, ele hoje tem propriedade em Vila Conceição, interior de Não-Me-Toque, e também em Carazinho. À frente da cooperativa desde 1995, representa o cooperativismo moderno, profissional e que busca a eficiência como forma de se manter competitivo no mercado. Ingressou na Cotrijal em 1972, trabalhando inicialmente na área de financiamento aos produtores. Na década de 1980 fez parte da fundação do Sicredi de Não-Me-Toque e foi eleito diretor do Cocecrer, hoje Sicredi Central do Rio Grande do Sul. Em 1989, assumiu como diretor administrativo-financeiro da Cotrijal até ser eleito presidente, seis anos depois.

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O olhar firme sobre a gestão da cooperativa, em busca de resultados para a organização e o produtor, sempre pautou o trabalho de Nei César Manica como presidente da Cotrijal.

dinamismo e visão de futuro podem ser comprovados pelas realizações que tem liderado na Cotrijal. Sob o seu comando a cooperativa cresceu em infraestrutura, produtos e serviços, transformando os municípios onde ela está presente. Uma das grandes marcas foi a criação da Expodireto Cotrijal, em 2000, hoje uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro. Nos últimos anos, destaque para o crescimento em área atendida, especialmente com a incorporação da cooperativa de Soledade, em 2022. “Hoje atendemos mais de 18 mil associados e suas famílias, em uma área de mercado de mais de 1,3 milhão de hectares. Esse crescimento em escala vai facilitar avançarmos na industrialização da matéria-prima, projeto que está em análise”, explica Nei César Manica.

Os frutos de seu

A Cotrijal é minha vida. Quando iniciei como colaborador, já sabia que esse era meu mundo. Aqui construí duas famílias: a minha e a da cooperativa. Elas me dão energia para continuar trabalhando. Nei César Manica

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Serviços para todas as necessidades O presidente da Cotrijal reforça ainda a importância da estrutura de serviços que a cooperativa construiu. Desde o varejo até a fábrica de rações e a unidade de beneficiamento de sementes e o TRR, que está em fase de adaptação a normas da ANP. Além da

assistência técnica agronômica e veterinária e toda estrutura de transporte e logística, comercial, administrativa e de apoio disponibilizada aos associados. “Os produtores, tanto de grãos quanto de leite, avançaram muito em resultados nas últimas décadas através do suporte na busca de tecnologias que a Cotrijal proporcionou. E o caminho para continuar colhendo bons frutos e enfrentando desafios como os altos custos de produção é ampliar a produtividade e também melhorar a gestão. Seguimos atentos, buscando tecnologia e inovação para o campo”, avalia.


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PARA FORMAR UMA GRANDE FAMÍLIA São mais de 45 anos dedicados à organização. Ele iniciou atividades como colaborador em 1975, no Departamento Técnico, e em 1989 passou a atuar na área que era responsável pela comunicação e pelos projetos de educação cooperativista com o quadro social. O trabalho de organização dos núcleos e qualificação das lideranças estimulou a participação ativa e responsável do associado nos processos decisórios da cooperativa.

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Enio Schroeder é respeitado pelo seu

O termo “Família Cotrijal” é usado há bastante tempo para definir o grupo formado por associados e colaboradores da cooperativa. E é muito presente nas falas do vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. “Cotrijal passou a ser meu sobrenome e de muitos”, afirma.

posicionamento firme em defesa do quadro social, o que o levou a ser eleito vice-presidente em 2014. É exigente com os números e amável com as pessoas, priorizando a defesa de valores que levaram a cooperativa a se tornar sólida, competitiva e a conquistar a confiança do associado. “A retidão é fundamental e ela faz parte da história da cooperativa, desde os dirigentes que nos antecederam, a quem somos muito gratos, e é o que deve pautar o futuro da organização”, destaca.

Onde a gente vai, há um respeito pela marca Cotrijal. Isso é fruto do suor, do trabalho de toda a família Cotrijal, desde o associado que tem a propriedade mais pequena ao maior, dos funcionários, enfim, todos contribuíram para que ela se tornasse essa grande cooperativa.

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Enio Schroeder

Preparando o futuro Dos tempos de infância, em que acompanhava o pai na agricultura, em uma pequena propriedade em Linha Jacuí, interior de Victor Graeff, ele lembra com detalhes. Desde cedo, o desejo de estudar e fazer a diferença no campo o motivou. Ainda jovem, foi a Viamão cursar o ginásio agrícola e logo em seguida fez o curso técnico agrícola em Teutônia. Foi a convite do então presidente da Cotrijal, Irmfried Schmiedt, que Schroeder iniciou atividades na cooperativa. Ele também é formado em Administração Rural, pós-graduado em Gestão do Cooperativismo e em Marketing em Agribusiness e especialista em Gestão do

Agronegócio. Sobre o futuro, Enio Schroeder não vê outro caminho do que o produtor seguir no cooperativismo para fazer frente aos desafios. “É o melhor sistema para garantir crescimento econômico e social. Juntos, vamos continuar crescendo em resultados e nos fortalecendo”, finaliza.

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ATÉ A MESA DO CONSUMIDOR Ele é fundamental na alimentação. Está presente em diversos pratos doces e salgados. É rico em vitaminas e tem grande valor nutricional. Trata-se do ovo, que também tem papel importante na história da família Resse, de Não-MeToque. Clientes e frequentadores dos Supermercados da Cotrijal, eles fornecem para a cooperativa os ovos da marca Colônia São Pedro. “A Cotrijal é o nosso melhor cliente e também a nossa parceria mais duradoura”, afirma Armindo Resse, que comemora, em 2022, 50 anos de associado.

A produção de ovos acompanha a família desde meados dos anos 90. Conforme Armindo, a ideia surgiu após uma grande seca que atingiu a plantação de soja em 1990. “Percebi, naquele momento, que tínhamos que diversificar. Comecei com aves de corte e logo migrei para as aves de postura, ramo que sigo até hoje, com uma boa renda”, conta o produtor. A parceria com os supermercados surgiu após uma conversa de Armindo com o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, que o recebeu e logo abriu a possibilidade para os negócios. “A cooperativa sempre foi parceira. Lá no começo, quando buscamos o investimento, e também na hora que precisávamos de uma parceria forte. Hoje nosso produto está em todos os supermercados da cooperativa e também em outros mercados da região”, explica Armindo. A rotina junto à cooperativa é semanal. Todas as terças-feiras, Armindo encaminha o produto para o Centro de Distribuição do Supermercado Centro em Não-Me-Toque, para que os ovos possam chegar nas gôndolas o mais rápido possível.

COLÔNIA SÃO PEDRO 14 a 15 mil OVOS PRODUZIDOS POR DIA

15 mil AVES


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Lavoura com bons resultados O trabalho da família Resse não está limitado à produção de ovos. A lavoura segue como atividade, com produção de soja, milho e trigo, tudo com a parceria da Cotrijal. “Começamos com uma lavourinha lá em 1968 e fomos adquirindo algumas áreas e formando a nossa propriedade. Tivemos anos bons e outros nem tanto, mas sempre com a cooperativa do nosso lado”, destaca o produtor. Atualmente, com 80 hectares de lavoura, Armindo deixa os trabalhos com as plantas com o filho Volmir. “Ele cuida das nossas áreas e ainda nos auxilia no aviário. Um trabalho em família que vem dando certo”, explica Armindo. Para Volmir, ter a experiência do pai é fator decisivo. Ele revela que as definições são tomadas em conjunto, com o suporte técnico da cooperativa. “Temos uma boa dinâmica de trabalho, com manejos bem conduzidos e dividindo as tarefas. O esterco de galinha, por exemplo, vai todo para as lavouras, em forma de adubação, o que reduz custos e traz bons resultados na produção de grãos”, avalia Volmir.

COTRIJAL SUPERMERCADOS: HISTÓRICO DE SUCESSO SUPER15 MERCADO S

1 ATACADO CENTROS DE 2 DISTRIBUI ÇÃO

O primeiro Supermercado da Cotrijal foi inaugurado em meados dos anos 90. Atualmente a rede conta com 15 espaços comerciais, com um mix variado de produtos. Ao todo, a Cotrijal Supermercados conta com 398 colaboradores, com um incremento de faturamento de 8,8% em 2021, com relação a 2020.

QUALIDADE Para a gerente de Supermercados da Cotrijal, Ana Cristina Bocasanta, ter um associado da cooperativa como fornecedor é garantia de qualidade. Hoje a Cotrijal Supermercados conta com 2.585 fornecedores de diversos segmentos. A participação de associados tem destaque na linha alimentícia, como por exemplo os ovos, embutidos, verduras e carnes.

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O campo

NO TRAN DE GRÃOS “A distância não é problema, hoje temos tecnologias que nos permitem ficar conectados com a informação e com a nossa Cotrijal”. A afirmação é do associado Gilberto Antônio Maldaner, 62 anos. Com lavouras em Condor, ele mantém o relacionamento com a unidade de negócios da Cotrijal de Lagoa dos Três Cantos, uma distância de 150 km até a sede da propriedade.

Ainda sobre o serviço, Maldaner explica que o fato dele ser multiplicador de sementes para a Cotrijal também colabora. “Neste caso, os grãos saem da lavoura direto para os caminhões da cooperativa, o que também auxilia na qualidade do grão e agilidade de entrega. Estamos, realmente, bem servidos”, afirma.

“A logística da Cotrijal é show de bola. A equipe é organizada, nos atende sempre e com agilidade. Os caminhões vêm com insumos (calcário, adubos) e levam nossos grãos para as unidades da cooperativa ou direto ao porto de Rio Grande”, explica o produtor.

Acostumado com a estrada, Gilberto chega a percorrer 4 mil km/mês, da casa da família em Tapera até a sede da propriedade em Condor. “Gosto de acompanhar todos os processos, de conferir os manejos e operações da lavoura”, comenta.

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Em 1991, tivemos uma grande seca, procurei a cooperativa e fui recebido com crédito e condições para pagamento com as próximas safras. Esse crédito que recebi, estou devolvendo com fidelidade até os dias de hoje. Gilberto Antônio Maldaner

Com 31 anos de associado, Gilberto Maldaner conta que buscou a associação logo que recebeu a divisão das terras do seu pai. “No mesmo ano, em 1991, tivemos uma grande seca, procurei a cooperativa e fui recebido com crédito e condições para pagamento com as próximas safras. Esse crédito que recebi, estou devolvendo com fidelidade até os dias de hoje”, declara o produtor. E esse sentimento cooperativista passa pelas gerações. Conforme Gilberto, seus filhos já demonstraram interesse em seguir na

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propriedade. Guinter, 21 anos, estuda engenharia agronômica na Universidade de Passo Fundo; e Germano, 15 anos, está no nono ano do ensino médio. “Trago eles com frequência para a fazenda, para que possam ver na prática os manejos, ações e acompanhar os negócios. A minha esposa, Águeda Maria Kunz, também me apoia muito e incentiva esse trabalho com a gurizada”, explica.


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o nos une

ANSPORTE E INSUMOS

Tecnologia de ponta

417 +594 +1,1

VEÍCULOS (296 da frota leve, 56 da frota pesada e 65 da frota semipesada).

MIL TONELADAS Movimento de insumos com a Cotrijal Transportes em 2021

MILHÃO DE TONELADAS Movimento de grãos com a Cotrijal Transportes em 2021

IRRIGAÇÃO E SEGURANÇA A segurança da produção está ligada com o clima. Principalmente no verão, quando a presença da chuva pode ser fator determinante para o sucesso de uma safra. Foi esse pensamento que motivou o produtor a investir em irrigação.

A adoção de tecnologia sempre foi um diferencial da propriedade dos Maldaner. Piorneiros no sistema de plantio direto e com a utilização de agricultura de precisão desde 2004, eles acreditam que é através da tecnologia que o produtor seguirá com uma agricultura produtiva e rentável. “A evolução da agricultura foi muito grande. Lembro do tempo do meu pai com a utilização de arado, para virar a terra, depois veio o plantio direto, a soja transgênica, o melhoramento genético. E hoje produzimos muita soja, muito milho e trigo com o aproveitamento dessas tecnologias. É claro que de forma sustentável, pois o agricultor é o que mais cuida do meio ambiente, seguindo uma rotação de culturas, evitando áreas em pousio e com a utilização de produtos certificados”, explica o produtor. A propriedade Maldaner trabalha com um terço de sua área com milho no verão e o restante com a produção de soja. No inverno, trigo e aveias ocupam parte das áreas e o restante recebe coberturas. “A assistência técnica da Cotrijal nos presta um trabalho qualificado, sempre presente, com competência e indicações do que realmente precisa ser usado. Eles realmente entendem do assunto e nos passam segurança”.

nove pivôs. Na safra passada de soja, a área irrigada chegou ao resultado de 45 sacas/ha e o restante das lavouras chegou a 10 sacas/ha.

“É uma questão de segurança, investimento para obter uma produção maior sem aumentar a área”, destaca o produtor, que também reforça a importância do seguro das O primeiro pivô foi instalado no ano áreas. “Com o auxílio da cooperativa, 2000 na cultura do milho e conseguimos cobrir toda a nossa área e se não proporcionou um salto de produção, de fosse essa decisão o prejuízo teria sida ainda 80 para 150 sacos por hectare. maior”, explica. Atualmente, a propriedade conta com

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Conversa Produtiva

Plantas daninhas: inimigas de décadas A relação de parceria entre Cotrijal e produtores superou muitos desafios no campo ao longo dos últimos 65 anos. A força da cooperativa, seja na transferência de conhecimento ao produtor ou na busca de soluções para problemas específicos de cada época, muito contribuiu para o crescimento em produtividade, tanto na produção de grãos quanto de leite. Integrando as ações comemorativas aos 65 anos da Cotrijal, a série Conversa Produtiva, do AgroCast Cotrijal, relembra os desafios e as conquistas através desse trabalho entre assistência técnica e produtor. O primeiro episódio reúne o engenheiro agrônomo Carlos Luiz Mertins e o associado Evandro João Fiorese, de Carazinho, para contextualizar a evolução no manejo de plantas daninhas e avaliar as perspectivas futuras. Há 24 anos no campo, Mertins trata o tema com atenção e lembra dos tempos em que se

Vencer a resistência é o desafio O crescimento dos problemas de resistência é a principal preocupação para os próximos anos. Mertins aponta os cuidados essenciais para eficiência no controle: a rotação de culturas, com milho no verão e culturas comerciais ou plantas de cobertura no inverno, o que possibilita o uso de herbicidas de diferentes princípios ativos; a associação de produtos; além da observância das recomendações para a tecnologia de aplicação. Fiorese reforça a importância do planejamento. Para ele, a cooperativa conta com profissionais gabaritados para apresentar as mais atualizadas informações ao produtor. “O controle depende de ações conjuntas e o ano todo, com um sistema de plantio direto bem estruturado, com uma rotação de culturas adequada”, declara.

fazia de forma manual a limpeza da lavoura. “A chegada do plantio direto ajudou, mas ainda tínhamos muitas dificuldades. Com o advento da soja RR, o controle, na época, tornou-se mais eficiente”, avalia. Com lavouras em Xadrez, Coqueiros do Sul, a família Fiorese trabalha com soja desde 1986, sempre com a presença das indesejáveis plantas daninhas. “Quando o trabalho era no sistema convencional, chegamos a pensar em abandonar a lavoura, pois nada parecia funcionar”, lembra Evandro.

Carlos Luiz Mertins Agrônomo

A única solução era a capina. “Arrancávamos tudo de forma manual e jogávamos nos barrancos e nas estradas. Formava uma verdadeira montanha de tanta leiteira”, conta o produtor. “Com o plantio direto, já tivemos um alento e tudo melhorou com a soja transgênica, mas não durou muito tempo para as invasoras ficarem resistentes e voltarem a exigir nossa atenção”.

Ouça a participação de Carlos Luiz Mertins e do produtor Evandro João Fiorese no episódio 1 da série Conversa Produtiva. O material será divulgado neste mês de setembro no AgroCast Cotrijal, no Spotify. Acesse!

R$ 9bi 60% 512

Evandro João Fiorese Associado Cotrijal

é o prejuízo anual da resistência no Brasil, considerando a soja, se acrescido das perdas de produtividade.

do total da área de soja no Brasil tem espécies resistentes de daninhas.

tipos diferentes de plantas daninhas resistentes já foram registradas no mundo, sendo 165 só nos Estados Unidos.

15%

da produção mundial de grãos é perdida devido às plantas daninhas. Fonte: Embrapa Soja – ano 2020



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Conversa Produtiva

Solo: 65 anos de cuidado O solo é a base do sistema de produção. A semente carrega o potencial genético de produtividade, mas é através do solo que ela recebe os nutrientes necessários para expressar o melhor resultado. O associado Flávio Cofferri, de Colorado, sabe muito bem disso e desde que assumiu as atividades da propriedade, há 11 anos, passou a investir de forma contínua na melhoria das condições do solo. O resultado desse trabalho é percebido principalmente em anos de condições climáticas desfavoráveis, como na última safra. Em 15 hectares, onde ele já fez quatro aplicações de calcário a taxa variável, ele colheu 71 sacas de soja por hectare. Já em outra área, de 18 hectares, adquirida nos últimos anos e com menos tempo de investimento no solo, ele colheu 21 sacas/hectare. A média, nos 80 hectares, fechou em 49 sacas/hectare. Nos anos anteriores, a média fechava em 81 sacas/hectare.

Os campeões dos terraços

A diferença de resultado ele atribui a uma série de fatores. “Essas áreas que trabalhamos a mais tempo já conseguimos melhorar muito o solo, a partir da rotação de culturas, da aplicação de calcário a taxa variável e investimentos em adubação”, revela. Todo verão, 25% da área recebe milho. E no inverno, ele trabalha com trigo e consórcio de plantas de cobertura. Em alguns talhões, neste ano ele está fazendo análise de solo a 40 centímetros de profundidade. Nos demais, todas as análises são com 20 centímetros. E a adubação é de 500 kg/ha, com o cloreto a lanço e o restante na linha. “Leva muitos anos para construir um bom perfil de solo, que reverta em produtividade”, avalia. “Preciso repor o que as plantas extraem do solo. E as áreas que mais produzem são as que precisam de mais adubação.”

propriedade, em Victor Graeff. “Lembro que quando entrei na Cotrijal o Gelso Antônio Piana e Gunter Lori Barth que mais fazia era terraços. Os de base larga, lembram muito bem dos tempos de construção tínhamos que passar de 70 a 80 vezes para de terraços para dar fim aos muitos problemas fazer. Inclusive participamos do projeto-piloto com erosão na década de 1980. Os dois de conservação de solo no Rio Grande do Sul, trabalharam juntos no Departamento Técnico da na localidade victorense de São José do Umbú, cooperativa na época. Piana, que ainda atua no por iniciativa da Emater e da cooperativa”, Detec, atendendo os produtores de Vista Alegre, conta. Colorado, recorda também da importância da chegada do calcário, que veio para reduzir os A cooperativa teve papel importante no problemas de acidez do solo na região. avanço dos investimentos no solo para que hoje se chegasse a melhores resultados. Nos anos “A Cotrijal sempre foi pioneira na busca das 2000, passou a integrar projeto pioneiro de soluções para melhorar a produtividade, como a agricultura de precisão e em 2007 criou o seu Operação Tatu, na década de 60 e 70”, afirma próprio programa, o Ciclus, passando a dedicar Gunter, que em 2022 se aposentou das especial foco a prestação de serviços para o atividades na cooperativa e agora cuida de sua produtor nessa área.

33% dos solos do mundo estão degradados, com perda de fertilidade e, consequentemente, produtividade, segundo relatório da FAO, emitido em 2018.

22,8 MIL hectares foram amostrados através do Programa Ciclus em 2021. Em 2007, quando iniciou o programa, foram amostrados 1,3 mil hectares.

7,21 sacos de soja por hectare a mais foram colhidos na safra 2021/22, em média, nas áreas atendidas pelo Programa Ciclus e em que já foi aplicado calcário em taxa variável (diferença de 33,63 scs/ha para 42,84 scs/ha)

Desafios permanentes O desafio de manter o solo em condições de fazer a semente expressar todo seu potencial é contínuo. Gelso Piana avalia que há alguns princípios do sistema de plantio direto que precisam ser retomados de forma efetiva pelo produtor, como a rotação de culturas. “Na parte química, a solução é fácil, pois está acessível a todos. Já a parte física não se consegue mudar da noite para o dia, leva anos para construir”, afirma. Ele entende que as perdas da safra passada, em muitos casos, poderiam ser amenizadas se houvesse uma atenção adequada ao solo. “O investimento no solo vai garantir melhor produtividade em anos de clima favorável e estabilidade em anos de clima desfavorável”, defende.

No Spotify, acesse o AgroCast Cotrijal e confira o bate-papo entre Gunter Barth, Gelso Piana e Flávio Cofferri, na série Conversa Produtiva especial 65 anos, sobre a atuação da cooperativa na busca por um solo que ajude a semente a expressar seu potencial produtivo. Acesse!



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Conversa Produtiva

A tecnologia das máquinas: do arado de boi aos drones O trator Massey Ferguson 65 X, adquirido em 1973, é uma das relíquias que Abílio Romaldo Gehring guarda na propriedade, em Linha Jacuí, interior de Victor Graeff, para lembrar a importância da chegada das máquinas agrícolas. Aos 78 anos, ele tem bem vivo na memória o quanto foram difíceis os primeiros anos da agricultura. “O trabalho era braçal e nosso maquinário era o arado e a junta de bois”, lembra o produtor, que é associado da Cotrijal desde 1969. Depois do trator vieram a capinadeira, a grade, o arado.

Hoje, tratores, pulverizador e colheitadeira da propriedade têm piloto automático. Além disso, a família investe em outras tecnologias, como a agricultura de precisão, e recentemente também participou de programa de certificação da semeadora de milho. O próximo investimento é na irrigação. O projeto prevê a colocação de pivôs em 56 hectares em Três Lagoas, Ernestina. O avanço maior aconteceu nos últimos dez anos, conta Rogério Edemundo Gehring, 43 anos, filho de Abílio, que junto com o irmão Carlos e o pai administra a propriedade. “Investimos aos poucos. Em 1996, compramos a

Para todos

No Spotify, acesse o AgroCast Cotrijal e confira o bate-papo entre Abílio e Rogério Gehring e Leonardo Kerber, na série Conversa Produtiva especial 65 anos, sobre a evolução da tecnologia em máquinas.

primeira semeadora de plantio direto; em 2002, investimos em um pulverizador e em uma colheitadeira novos; em 2008, veio o primeiro trator tracionado. Agora que as tecnologias estão chegando de forma mais rápida”, relata.

“A tecnologia e os avanços que ela traz, adaptados à escala de produção, beneficiam todos os tamanhos de propriedade. É tanto para o pequeno quanto o grande produtor”, afirma Leonardo Kerber, coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal. Os sensores e as imagens de satélite de alta resolução devem estar entre os responsáveis por grandes avanços nos próximos anos. “O volume de dados gerados é impressionante, o desafio é termos esses dados já transformados em informação para facilitar a tomada de decisão”, pontua. “E embora evoluir em tecnologia seja fundamental, precisamos também aprimorar questões básicas, como o cuidado com o solo”, reforça.

Ele compara o avanço atual como a substituição da máquina de escrever pelo notebook. “Enquanto colho, por exemplo, posso ver em tempo real a fertilidade dos vários talhões. Com o primeiro pulverizador, com um tanque fazia 4 hectares, hoje fazemos 30 hectares. A tecnologia veio para facilitar o trabalho e melhorar o resultado”, afirma Rogério, associado desde 2001.

Principais tecnologias utilizadas pelo agricultor brasileiro

72% 60% 21% 19% 9% 7%

internet para interesses gerais sobre agricultura aplicativos de celular ou programas de computador para obtenção ou publicação de informações relativas à propriedade ou à produção (Facebook, WhatsApp) GPS

dados ou imagens fornecidos por sensores remotos (satélite, avião, drone)

máquinas ou equipamentos com eletrônica embarcada (piloto automático, telemetria, aplicações a taxas variadas) sistemas automatizados para uso na produção

Fonte: Embrapa, Sebrae e Inpe



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Roveni Doneda: capricho que faz a diferença

Viver Bem

DA HORTA PARA A MESA Ter um produto fresquinho, bem cuidado, vindo direto da horta, para as refeições, é tudo de bom. Mas o que isso tem a ver com a história da Cotrijal? Tudo! Afinal, fazer bem-feito está no DNA da cooperativa. E essa é uma característica muito visível na associada Roveni Lúcia Doneda, de Mantiqueira, interior de Não-Me-Toque.

com a agenda sempre cheia de atividades, Roveni faz questão de cultivar as verduras e os legumes consumidos por ela, o marido e os filhos. E que volta e meia também têm como destino os irmãos ou servem para fazer um agrado para amigos. “Gosto de ajudar. E lidar na terra, na horta, é uma terapia”, diz ela.

Da alface ao brócolis, da cebola à batatinha, são mais de 10 variedades sempre presentes na horta, inclusive batata inglesa. Além de fazer saladas variadas, ela usa os produtos para outros pratos, como panquecas e bolinhos. Quando está sozinha, uma das receitas que prepara rapidinho é refogar um pouco de brócolis na frigideira e depois colocar um ovo batido por cima para cozinhar, finalizando com gergelim ou aveia e queijo Na horta, ela tem de tudo um pouco. Mesmo ralado.

Quem a conhece sabe que o capricho e a disposição de fazer o melhor são rotina para ela, em todas as tarefas, seja nas lidas da propriedade, no trabalho como líder e conselheira da cooperativa, na comunidade ou na família. “Fazer com amor torna o resultado sempre melhor”, afirma Roveni, que está com 69 anos e é associada da Cotrijal há 25 anos – o marido, Valdir, é sócio desde 1979.

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motivos para consumir brócolis

Diminui colesterol e açúcar no sangue

Fortalece articulações e ossos Melhora funcionamento do cérebro Aumenta imunidade Alivia prisão de ventre

Fonte: www.conquistesuavida.com.br

Você sabia? As verduras são parte fundamental em qualquer alimentação saudável. Elas têm poucas calorias e são ricas em vitaminas e minerais. As folhas verde-escuras são as que mais fazem bem para a saúde. O espinafre tem tantos nutrientes que é considerado um superalimento. É rico em vitaminas A e C - que têm ação antioxidante -, vitamina K e vitaminas do complexo B. Também é fonte de fósforo e potássio. É uma excelente opção para combater a anemia, já que é rico em ferro, e fonte de fibras. Também é eficaz no combate à asma e outras doenças respiratórias. Fonte: www.conquistesuavida.com.br

Panqueca de espinafre Ingredientes: 1 xícara de leite 1 xícara de farinha de trigo 2 ovos Espinafre a gosto Sal a gosto Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador e asse as panquecas em frigideira antiaderente. Dica de recheio: Frite um pouco de alho e cebola e depois acrescente espinafre picado bem fino, refogando um pouco. Por último, acrescente ricota e creme de leite. Se quiser, pode acrescentar também sal e pimenta.



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Nossa terra é a nossa casa. E o campo é o que nos torna iguais. Assim como o que plantamos, na terra é que ficam nossas raízes. É de onde tiramos a nossa força, nosso alimento e sustento. Por mais longe que nossas lavouras possam ir, por mais distante que plantemos, por mais que a gente cresça, nossas raízes permanecem, cada vez mais fortes e profundas como as de uma colheita que é farta. O tempo nos ensinou que plantar é sobre colocar os pés no chão e entender que é preciso paciência e coragem. São esses os ideais que nos unem, que nos tornam homens e mulheres do campo e nos dão força para alimentar o mundo. Com o tempo também aprendemos que plantar é sonhar. Sonhar com o produzir mais e melhor. Sonhar com o amanhã. Com os nossos filhos do nosso lado. O campo é o que fazemos. O que nos tornamos! O campo é o que somos.


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