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Política

nicipais especialistas analisaram o interesse – ou a falta do mesmo – e as opções dos votos dos brasileiros. É nítido que muitos tendem a enxergar pelo prisma que lhe convém. Para a maioria da imprensa, foi mais interessante evidenciar que os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno sucumbiram, assim como no caso do Marcelo Crivela no Rio de Janeiro no segundo turno. Para outros, mais conservadores, restou propagar que o Partido dos Trabalhadores (PT) não elegeu nenhum prefeito nas capitais do País. Um diagnóstico indubitável é que os partidos de centro levaram a melhor pelos municípios brasileiros.

Nem lá, nem cá

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Uma análise plausível é a que os eleitores estão evitando os extremos. Na seara liberal, o Partido Novo só conseguiu eleger um prefeito. A conquista solitária foi com o empresário Adriano Silva, no segundo turno em Joinville. Já a esquerda viveu uma onda efusiva de apoio a Guilherme Boulos (PSOL) na candidatura de prefeito em São Paulo e Manuela d’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre. Apesar da empolgação nas redes sociais e com apoio de grande parte da classe artística ambos perderam. Em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) venceu com 59,45% e na capital gaúcha Sebastião Melo (MDB) teve êxito com 54,63%.

Abstenção

De acordo com o levantamento do portal Poder360, que usou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para calcular o ranking, no topo da lista, a abstenção passou de 30%. Ao todo, 13 das 95 cidades consideradas grandes - capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores - ficaram nesse nível percentual. Segundo dados preliminares do TSE, mais de 34,2 milhões de brasileiros deixaram de vo-

Bruno Rodrigues Jornalista b-rodrigues@outdoorregional.com.br

Extremos em baixa

Os partidos de centro levaram a melhor pelos municípios brasileiros

Após o término das eleições mu-

MTB 0071443/SP tar. É um número expressivo. Muitos atribuem este dado à pandemia do novo coronavírus, outros ao descrédito da classe política. Seja o motivo que for, o brasileiro precisa entender a importância do seu voto. Em quatro anos muitas decisões podem ser tomadas e ter interferências diretas na vida de quem se absteve.