O Tempo Betim - Sex, 24/05/2013

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O TEMPO BETIM 24 a 30 de maio de 2013

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Beleza. Campeã venceu 15 concorrentes

Miss Comerciária em nova disputa Campeã Gabriella Januzzi irá concorrer ao título estadual no sábado, em Caeté RONALDO SILVEIRA / DIVULGAÇÃO

Laura Medioli Mail: laura@otempo.com.br Fax: (31) 2101-3826

Casos estranhos e comemorações sem noção ACIR GALVÃO

Charme. Sabrina (vice), Débora (Miss Comerciária 2012), Gabriella (campeã) e Sueli (3º lugar)

José Augusto cultura@otempobetim.com.br

Em uma noite cheia de beleza e simpatia, a quarta edição do concursoMissComerciária, organizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Betim, teve como vencedora Gabriella Januzzi, da Foton Propaganda. Ela vai representar Betim na disputa estadual pelo título que será realizada neste sábado (25), na cidade de Caeté. O concurso é organizado pela Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas

de Minas Gerais. Para se tornar a mais bela trabalhadora do comércio local, Gabriella obteve a nota mais alta de sete dos 11 jurados. “Eu não esperava esse título.O concurso foi muito concorrido, com muitas garotas bonitas. Foi uma surpresa, mastambém uma grande honra”, disse a campeã, que já participou de outros concursos da cidade, como o Garota Betim Rural e o Miss Betim. Ela concorreu com outras 15 candidatas que trabalham no comércio betinense. Emse-

gundo lugar, ficou Sabrina Costa,daDNZBoutiqueeAcessórios,eem terceiro,Sueli Muniz, da Moreira Gonçalves, que também foi escolhida a Miss Simpatia. O presidente da CDL-Betim, José Barboza, afirmou que o evento superou as expectativas.“Foi um grande sucesso. A forma como organizamos, com menos candidatas na final para aproveitar bem a noite,foi umdospontospositivos. Agora, vamos torcer para a Gabriela na disputa estadual”, finalizou.

Gratuito. Mais de 1.000 pessoas já se inscreveram

CPC Frei Estanislau tem vários cursos e oficinas Depoisdereabertooficialmente na última sexta (17), o Centro Popular de Cultura (CPC) Frei Estanislau, no Jardim Teresópolis, jáestáfuncionandoe oferecendo diversasoficinas culturais e cursos. Pessoas da comunidade poderão fazer aulas de balé, canto, violão, ginástica, judô, teclado, capoeira, violino, alémde oficinasdeteatro,pintura em tela e tecido, grafite, entre outros. Cursos profissionalizantes de informática, idiomas, recepcionista, cozinheira e cabeleireira também estão disponíveis. Mais de 1.000 pessoas já se inscreveram. Informações pelo telefone 3591-6918.

Após um fim de semana agitado e com uma segunda-feira cheia de compromissos pela frente,resolvo iniciarminhamanhã dedicando-me à crônica da semana. Antes, como de costume, leio os jornais da casa. A capa do Super me agrada, e o título “Galo Bicampeão”, também. No domingo, fui ao Mineirão. Fazia parte dos 10% de atleticanos que tiveram permissãopara entrar. Rodeada de todos os lados por cruzeirenses apaixonados, fui sem minha camisa alvinegra. Claro, não arriscaria arrumar confusão por ali. Colocaram água no nosso chope, e, mesmo assim, ganhamos o título. Sem graça esse campeonato mineiro, quando não somos nós, são eles que levam a taça. Desta vez, por duas vezes consecutivas, levamos. Nada mal. Viro a página e me deparo com uma notíciaestranhíssima. “Fantasmadobalão aparece no Taquaril”. Adoro coisas estranhas, normalmente acredito na maioria delas, e esse caso do “fantasma” não fugiu à regra. Segundo a matéria, um garoto morreu atropelado por um ônibus no bairro Taquaril, por volta das 20h. O corpo ficou cerca de duashoras aguardando o rabecão. Efoi nesse ínterim que, surgidos do nada, três balões pretos, apesar da ventania, apareceram rodeando o corpo. Os cachorros começaram a latir incessantemente, enquanto olhavam em suadireção. Umdos balões,em certomomento, começou a quicar sozinho, para o espanto dosmoradoresedos curiosos quelá seencontravam. O último parou no pé do menino, vindo a estourar algum tempo depois. E o terceiro, saindo de perto do corpo, deslocou-se rumo ao policial que atendia à ocorrência. Assustado, o homem se afastou. Em decorrência da cena inusitada, evangélicos ali presentes fizeram uma corrente de oração. E o mais impressionanteéque, apesar dovento, os balões não se distanciaram. Coincidência? Pode até ser, mas que o fato é estranho é. E foram muitos os relatos de quem viu a cena. Quando eu era adolescente, dividindo um quartocomduas amigasnumcasarão na cidade de Teresópolis, vivenciamos uma situação extraordinária. Tarde da noite, já deitadas e com a luz apagada, nos demos conta de que, alémdas três, “alguém” mais dividia conosco o aposento. Pior, subia na cama de uma das minhas amigas. – Laurinha? – ela gritou. – Oi – respondi de longe. – Patrícia? – Oi – respondeu a outra. – Gente! Se não são vocês, então, quem é que está aqui, na minha cama? Obviamente que, antes de a “figura” se dissipar, nosso repertório de gritos atraiu a casa inteira. Acenderam vela de sete dias e

Imaginar a filha perdida entre uma multidão de fanáticos era bem mais assustador que os fantasmas que povoavam minha cabeça juvenil nos mandaram rezar. Desconfiadas, achamos que levaram muito a sério a nossa história, e, o mais incrível, todas as mulheres da casa, incluindo mãe, irmã e avó da minha amiga, resolveram dormir conosco. Aquele tanto de mulheres espalhadas em colchonetes, num quarto mal-assombrado, sob a luz de uma vela flamejante. Claro, não preguei os olhos. No diaseguinte, escondidas atrásda porta, escutamos a história sobre o antigo proprietário da casa, já falecido. Segundo nossa imaginação,nomesmo quartoem quedormíamos.Pelo jeito, não era a primeira vez que o “homem” dava as caras por ali. No dia seguinte, voltamos para BH, cheias de histórias fantasmagóricas para contar. Continuo folheando o jornal. Páginas de cidades, geral, saúde, emprego, TV, programação cultural... e, finalmente, a de esportes, quandofinalizominha leitura.“Torcidado Galo invade a praça Sete e faz a festa”. Observo a foto de uma multidão a se perder de vista, próximo aoPirulito. Volto à minha juventude, quando, enlouquecida, saía do Mineirão com asamigas,entrando em ônibuslotados detorcedores ainda mais enlouquecidos, para comemorar, na praça Sete, um campeonato qualquer. Isso, tarde da noite. Na época, não existiam celulares. Quando possível, ligava de um orelhão para avisar minha mãe, nessas alturasmais enlouquecidaque o ônibus inteiro. Imaginar a filha perdida entre uma multidão de fanáticos era bem mais assustador que os fantasmas que povoavam minha cabeça juvenil. Cabeça, diga-se de passagem, totalmente sem noção. Reconheço.


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