Revista Mangalarga - Edição de Maio de 2020

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Panorama Mangalarga

MOMENTO

DESAFIADOR Crise da covid-19 traz grandes desafios e importantes aprendizados à equinocultura brasileira Por Pedro C. Rebouças

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Revista Mangalarga

Maio, 2020

sobre o momento atual e sobre os desafios que virão adiante.

Segurança sanitária Segundo o professor Gobesso, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia do Campus de Pirassununga da Universidade de São Paulo (USP), as informações de pesquisa e investigação do mundo todo, até agora, não encontraram nenhuma possibilidade de que o vírus que está atacando o ser humano Foto: Arquivo ABCCRM

A

crise provocada pela pandemia do novo coronavírus vem mexendo com o mundo todo nesses primeiros meses de 2020. No Brasil, não é diferente, com as medidas de isolamento social alterando a vida das pessoas e impondo desafios inéditos aos diversos setores da economia nacional. O segmento equestre não passa incólume a este cenário e também vem sendo fortemente impactado com o cancelamento de eventos, como exposições, copas e leilões, e com as dificuldades impostas para o bom funcionamento de haras, centros de treinamento e escolas de equitação. Além disso, há muitas dúvidas relacionadas às questões sanitárias ligadas à criação de cavalos. Diante desse panorama, a Revista Mangalarga conversou com três destacados profissionais da equinocultura nacional para conhecer suas impressões relativas ao momento de crise vivido por este importante segmento do agronegócio brasileiro. O Professor Doutor Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso, o Professor Especialista André G. Cintra e o médico veterinário Aluisio Marins falaram à publicação oficial da raça

A área de eventos está entre as mais afetadas pela crise da covid-19.

possa infectar os cavalos, asininos ou muares, apesar de existirem outros tipos de coronavírus que contaminam diferentes espécies de animais e que já são conhecidos e controlados há algum tempo. Em relação aos cuidados sanitários necessários para o funcionamento dos haras e centros de treinamento, Gobesso acredita que a maior preocupação deve ser com os funcionários. “A disseminação dessa doença pode comprometer a manutenção de rotina dos animais já que além do risco de morte, existe a necessidade de quarentena das pessoas infectadas, mesmo que não apresentem sintomas. A implementação de medidas sanitárias no que se refere à higiene pessoal e circulação de pessoas nas propriedades deve ser adotada. Atenção especial àqueles funcionários que não residem na propriedade e aos momentos de necessidade em que os moradores se dirigirem aos centros urbanos. Também é fundamental o controle sanitário dos prestadores de serviços que não podem ser interrompidos, como entregadores de ração, feno e insumos, casqueadores e ferradores, veterinários,


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