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- Outros estados, como Espírito Santo e Pernambuco, conservando índices mais ou menos semelhantes aos de 10 anos atrás, veem sua posição mudar drasticamente, mais pelas mudanças observadas em outros estados do que em alterações internas. b. Entre os jovens: - Observam-se mudanças mais significativas do que na população total. Caso do Amapá ou do Piauí, com crescimento muito forte. - De forma inversa, estados como São Paulo e Espírito Santo evidenciam quedas também significativas.

5. 2. Evolução dos Suicídios nas Capitais Nas capitais, o crescimento dos suicídios no período 1998/2008 foi bem menor do que nos estados como um todo: 33,5% para os estados e 11,0% para as capitais. Na população jovem, essa diferença é maior ainda: 22,6% de aumento nos estados e 8,4% de queda nas capitais. Esse contraste nos indica, primariamente, que os polos dinâmicos do suicídio encontram-se fora das capitais e como veremos no próximo item, também fora das grandes regiões metropolitanas, formando parte de um fenômeno global que desde mapas anteriores denominamos “interiorização da violência”. Também vemos que nas capitais o total de suicídios cresceu bem mais do que os da faixa jovem (11% de crescimento na população total e queda de 8,4% nos jovens). Mas, ainda assim, temos capitais como Rio Branco, com enorme crescimento dos suicídios totais no ano 2008 – o que pode colocar os dados desse ano sob suspeição –, e também Macapá, São Luís e Cuiabá que mais que triplicam os suicídios juvenis. Observando as taxas (em 100 mil) que permitem relacionar os quantitativos de suicídio com a base populacional, temos o detalhamento das Tabelas 5.2.3 e 5.2.4. Em primeiro lugar, vemos que as taxas juvenis das capitais (5,3 suicídios em 100 mil jovens) ainda são levemente maiores que as da população total: 4,7 em 100 mil. Já a Tabela 5.2.5 permite visualizar o ordenamento das capitais segundo sua taxa de suicídio total e o da população jovem. Em primeiro lugar, algumas capitais apresentam taxas de suicídio juvenis extremamente elevadas, como o caso de Boa Vista, Teresina, Porto Velho, Macapá e Palmas que superam a barreira dos 10 suicídios em 100 mil jovens. Por outro lado, há grandes flutuações na década analisada. Capitais que apresentavam elevados índices de suicídio na década passada, como Belo Horizonte e Curitiba, no final da década mostram baixos níveis relativos. O contrário acontece com Teresina ou Macapá nos suicídios jovens: pulam de uma relativa tranquilidade para os primeiros lugares.

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