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ESTADO

04 | O PRESENTE

QUARTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2014

MODERNIZAÇÃO DO FISCO

Senado aprova empréstimo de R$ 21,5 milhões para o Paraná Dinheiro será usado no Programa de Melhoria de Gestão Fiscal, cujo objetivo é modernizar os processos de arrecadação do Estado O plenário do Senado Federal aprovou ontem (18) o projeto que autoriza o Governo do Paraná a contratar um financiamento de cerca de R$ 21,5 milhões (US$ 8,5 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O dinheiro será usado no Programa de Melhoria de Gestão Fiscal (Profisco), cujo objetivo é modernizar os processos de arrecadação do Estado e ampliar o compartilhamento de informações entre as secretarias da Fazenda dos Estados, Distrito Federal e Receita Federal.

O projeto de resolução nº 7, de 2014, relatado pelo senador Aloysio Alves Ferreira, teve parecer favorável da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na parte da manhã. A proposta foi aprovada por unanimidade, com o voto de 67 senadores, na sessão plenária da tarde. A tramitação foi acelerada a pedido do senador paranaense Alvaro Dias. O secretário a Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, disse que os recursos permitirão ao fisco estadual e a própria secretaria. “Com isso, ganharemos eficiên-

cia nos processos de fiscalização e de arrecadação. Em consequência, a receita do Estado aumentará permitindo ao governo ampliar o atendimento às demandas da sociedade”, acrescentou. Nos próximos dias, o Senado publica a resolução no Diário Oficial da União (DOU), autorizando o governo federal a dar o aval ao empréstimo. Após a publicação, a resolução tem validade imediata e o recurso ficará disponível assim que o Ministério da Fazenda convocar o Paraná e o BID para a assinatura do contrato.

Receita do setor de serviços cresce 7,8% em janeiro A receita nominal do setor de serviços avançou 7,8% no Paraná em janeiro de 2014, em relação ao mesmo mês de 2013. O resultado foi puxado pelos serviços prestados às famílias (10,7%); serviços de transportes e correio (10,1%); serviços de informação e comunicação (5,6%); e serviços profissionais, administrativos e complementares (3,6%). As informações fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem (18). Os dados abrangem o segmento empresarial não financeiro, excluídos os setores da saúde, educação, administração pública e aluguéis. No Brasil, o crescimento foi de 9,3%. No acumulado em 12 meses, encerrados em janeiro de 2014,

os serviços prestados no Estado tiveram alta de 7,2% nas receitas, frente alta de 8,5% na média nacional. Os principais destaques nesse tipo de confronto foram os serviços prestados às famílias (11,8%), serviços de transportes e correio (8,6%) e serviços de informação e comunicação (6,1%). Para a economista Ana Silvia Martins Franco, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipardes), “o crescimento verificado no setor de serviços paranaense é resultado do aumento do poder aquisitivo da população, especialmente pelo bom desempenho do agronegócio”.

EMPREGO INDUSTRIAL O valor da folha de pagamento real da indústria do Pa-

raná cresceu 5,5% em janeiro de 2014, em relação a janeiro de 2013, apesar da redução do número de vagas do setor no mesmo período, conforme pesquisa divulgada ontem IBGE. A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) mostra que o Paraná seguiu a tendência nacional e, no acumulado de 12 meses, o contingente de trabalhadores na indústria estadual caiu 0,3%. No país, a queda foi de 1,2%. No comparativo entre janeiro de 2013 e o mesmo mês deste ano, houve redução de 2,3% no número de empregos no setor fabril do Estado. A média nacional foi negativa em 2%. Apenas a região Norte e CentroOeste (1,3%) e Santa Catarina (0,4%) registraram resultados positivos neste comparativo.

Lucro da Copel aumentou 51,6% no ano passado Em 2013, o lucro líquido da Copel alcançou R$ 1,1 bilhão, valor 51,6% maior que o do ano anterior. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo aumento de 5,6% na produtividade da indústria paranaense no ano passado, quatro vezes maior que a média brasileira - de 1,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo industrial no Estado liderou as vendas de energia da Copel, que cresceram 9,6%, considerando todas

as classes de consumo. “Os resultados positivos em 2013 refletem diretamente o sucesso do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado, e a nossa estratégia para tornar a estrutura da empresa mais ágil e com menor custo operacional”, explica o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer. Os investimentos têm crescido de forma gradual nos últimos cinco anos. Em 2014, serão aplicados R$ 2,6 bilhões em todos os segmentos de atuação, 35% a mais do que o efetivado

em 2013. Para reduzir custos e dar mais agilidade aos processos decisórios, a diretoria da Companhia fez uma reestruturação organizacional, reduzindo de dez para cinco as diretorias da holding e criando duas novas subsidiárias integrais: a Copel Participações S.A. vai gerir as parcerias da empresa em outros segmentos de negócios e a Copel Renováveis S.A. vai coordenar os investimentos em geração a partir de fontes renováveis.

Reações emblemáticas Dias desses, neste espaço, comentamos a importância que a leitura das secções Colunas do Leitor, dos jornais, faria aos governos. Especialmente o federal. Da mesma forma o número de e-mails que este e outros colunistas políticos estão recebendo, enchendo suas caixas postais. Há um clima de insatisfação deixado claro nessas correspondências. Fala-se inclusive em nova “Marcha das Famílias com Deus, pela Liberdade”, movimento popular inicial de apoio à Revolução de 1964. Ajudou a criar o fato, mas não teve controle da ação posterior! Isso num momento em que as Forças Armadas estão em estado latente, pela primeira vez no país, como bem o demonstram os retrospectos de Laurentino Gomes em seus extraordinários 1808, 1822 e o atual 1889, sem maiores intervenções na atividade política. Também o Judiciário, em virtude dos últimos resultados do julgamento do “mensalão” no STF, com os novos participantes correspondendo ao que a opinião pública já intuía, iriam representar, emitindo votos num julgamento de cujos resultados anteriores não participaram, deixou margem a especulações. Também a participação de Dias Tofolli, que muitos ainda acreditaram poderia se julgar impedido, por só ter sido nomeado em meio ao debate e, principalmente, por sua vinculação anterior ao PT e a Zé Dirceu, tudo colabora para as dúvidas hoje dominantes na opinião pública. Situação a ser finalizada com os anunciados afastamentos de Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Não há como deixar de temer o que virá por aí! Quando se divulga hoje na “aldeia global” a situação de Venezuela e Argentina, com seus poderes dominados, situação que só difere daqui pela rebelião momentânea da Câmara Federal, a que se pensar! Acrescente-se o volume publicitário despejado nos veículos de comunicação de massa e se terá a internet e suas várias mídias, como alternativa aos debates. Ainda assim, com todas as suas virtudes e defeitos, na mira do governo que procura encilhá-la através projeto em discussão no Congresso.

Bom senso O preço da passagem no transporte coletivo, estopim das manifestações crescentes de junho do ano passado, só contidas pelas oportunas participações (para os governos) dos black blocs, volta à discussão na Região Metropolitana de Curitiba. Com todos os ingredientes para virar novo foco de descontentamento. Município, Estado, Justiça, Tribunal de Contas, empresários, não se entendem. Nesta véspera de Copa que tem gerado inclusive aqui, muita divergência, é importante que o bom senso impere.

À flor da pele A finalização da Arena da Baixada, estádio particular do Atlético que agora entra como garantia na negociação final com o BNDES (o que neste país do jeitinho não significa nenhuma garantia), está levando o presidente do rubro-negro ao desespero. Nem as sessões de terapia estão conseguindo conter sua agressividade, inclusive com a própria torcida do clube.

Discrição respeitada Uma nota retificadora desta coluna, em relação à matéria divulgada com a relação dos exgovernadores e viúvas de ex-governadores beneficiados com a pensão integral a eles concedida, foi publicada de maneira incompleta. De fato Alvaro Dias foi o único a abrir mão da aposentadoria. Um ex, cujo nome omitimos em respeito à sua discrição, doa a uma importante instituição da área de saúde os R$ 26,5 mil que recebe.

“Enxurradas” de março O maestro Tom Jobim é sempre lembrado neste mês de março, de mais barulho (trovões) que água por aqui, pela música que ele compôs e Elis imortalizou. Infelizmente para o prefeito curitibano, Gustavo Fruet, e também para o governador Beto Richa, não são só as “águas de março”. Junto, uma “enxurrada” de reclamações e ameaças de greve. Seguindo o exemplo assustador do Rio, até os lixeiros.

Em choque A reunião do PT em São José dos Pinhais, sexta-feira (14), fez com que Lula não visse um dos efeitos do PAC da Copa. O atraso na construção do corredor Curitiba-Aeroporto, com sua discutível e atrasada ‘ponte estaiada’. Sem helicóptero ficaria algum tempo no congestionamento que ali, que se repete.


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