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AGRONEGÓCIO

30 | O PRESENTE

SÁBADO, 29 DE JUNHO DE 2013

ABRANGÊNCIA REGIONAL

Abatedouro de peixes da Copacol comemora cinco anos Indústria cooperativa é o maior abatedouro de tilápias do Brasil Divulgação

A última quinta-feira (27) foi de festa no abatedouro de peixes da Cooperativa Copacol, em Nova Aurora, diante da comemoração dos cinco anos de funcionamento da estrutura. O frigorífico, que foi inaugurado em 2008, hoje colhe os bons resultados com a expansão dos trabalhos. A atividade, que chegou para diversificar as propriedades dos cooperados, hoje abrange outras cooperativas, como a Copagril, de Marechal

Cândido Rondon. Atualmente, a Copacol conta com 160 produtores atuando para abastecer o frigorífico. No início, eram apenas 32 colaboradores trabalhando na indústria, agora integram o quadro de funcionários 390 pessoas. No primeiro dia de trabalho foram abatidas 695 cabeças de tilápia. Já no ano de 2009 este número chegou a três milhões, fechando 2012 com mais de dez milhões de cabeças abatidas.

Para 2015, a expectativa é de que o abate chegue a 40 toneladas ao dia, alcançando em 2017 a média de 60 toneladas diárias. “Atualmente, somos o maior abatedouro de tilápias do Brasil. São produtos reconhecidos pelos nossos clientes pela qualidade e a piscicultura é uma importante fonte de renda para nossos associados”, destaca o supervisor de Piscicultura da Copacol, Mauricio Luiz Kosinski.

Ucrânia retoma importações e SC define detalhes com Japão A Ucrânia comunicou na última quinta-feira (20) a retomada da importação de carne suína do Brasil, suspensas em março deste ano. Negócios já foram fechados por várias agroindústrias e os embarques de carne suína congelada para a Ucrânia recomeçam na próxima semana. Antes da suspensão, o Brasil exportava para aquele país entre dez mil e 12 mil toneladas de carne por mês. O motivo dessa demora é que, por enquanto, a Ucrânia reabilitou apenas seis plantas do Brasil - duas da BRF, uma da Seara, uma da Alibem, uma da Aurora e uma da Leardini, informa o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila. Ao contrário do Japão, que comprará carne suína apenas de Santa Catarina (única área livre de aftosa sem vacinação), a Ucrânia negociará com vários Estados brasileiros. Os produtos que a Ucrânia habitualmen-

te compra são os cortes tradicionais de carne suína do mercado internacional. A Ucrânia suspendeu as compras em 20 de março deste ano e o motivo, segundo o governo ucraniano, teria sido as análises microbiológicas em diversos containeres enviados pelo Brasil, cujos resultados apontariam a presença da bactéria Listeria. O Ministério da Agricultura do Brasil, entretanto, comprovou que não ocorreu essa contaminação.

JAPÃO A tão esperada estreia de embarques de carne suína catarinense ao mercado japonês após a abertura concretizada dia 30 de maio foi feita pela maior empresa do Estado, a BRF, de forma diferente. A companhia transportou por avião, da unidade de Campos Novos, um pequeno lote que chegou a Tóquio terça-feira (25) para a realização do evento comemorativo da conquista do mercado. A BRF também deve enviar o primeiro contêiner para o país, no

próximo dia 15 de julho, que chegará ao país em agosto. Já a Cooperativa Aurora inicia os embarques no mês de agosto. Santa Catarina terá que disputar o mercado japonês de carne suína pela qualidade, porque, para proteger a produção local, o país adota taxa de importação menor para os cortes mais caros. Isso acaba nivelando os preços, porque impede a estratégia de oferecer valores mais baixos para ganhar mercado. Atualmente, o país paga cerca de 5 dólares por quilo. O Japão compra 1,5 milhão de toneladas por ano, principalmente dos Estados Unidos e Canadá. Santa Catarina quer 10% deste mercado e se alcançar a meta, o Estado que já é o maior exportador de carne suína do Brasil, vai aumentar as vendas para o exterior em 60%. Santa Catarina levou 10 anos negociando com os japoneses para que eles abrissem uma exceção. Geralmente o Japão compra carne suína de países e não de regiões específicas.

Comissão da Câmara aprova proibição de apreensão equipamentos agrícolas na colheita A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o projeto de lei 4500/08, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que proíbe a apreensão de máquinas e equipamentos agrícolas, para a quitação de dívidas, durante o período da colheita e no mês que a antecede. A proibição vale para os equipamentos alienados, ou seja,

comprados com financiamentos de bancos e usados como garantia da dívida. A norma também só se aplicará nos casos em que o período de colheita for de até noventa dias. O devedor em atraso somente poderá se utilizar do benefício legal uma vez por equipamento. Como o projeto foi aprovado em caráter conclusivo pela CCJ, será encaminhado

ao Senado, a não ser que haja recurso para a votação em Plenário. A proposta já havia sido aprovada anteriormente pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O relator, deputado Fábio Ramalho (PV-SP), defende que a dívida do agricultor só poderá ser quitada se ele tiver condições de realizar a colheita.

No início, eram apenas 32 colaboradores trabalhando na indústria, atualmente integram o quadro de funcionários 390 pessoas


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