O PIONEIRO 13 DE OUTUBRO DE 2013

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GERAL

ACONTECE

DOMINGO 13 de outubro de 2013

Essa coluna é publicada todos os domingos

Estamos em Bucareste, depois de termos conhecido a cidade de Bran onde visitamos o Castelo, famoso por sua ligação com o mito de Drácula. Ficamos encantados com o centro medieval de Brasov, incluindo a Igreja Negra, a “Rua do Cordel”, a Casa Hirscher e a rua de pedestres da Republica com suas interessantes casas.

O Romano possui elementos comuns como francês, português, espanhol e italiano. Eles gesticulam com as mãos e o jeito de falar lembra o dos italianos, o que nos surpreendeu. ----Nos primeiros dias na Romênia, tivemos um sono adiantado, pois o fuso horário é de 5hs a mais em relação a Brasília. As lojas e o comércio em geral funcionam das 10 às 20hs. ----A cidade é tranquila no quesito segurança, mesmo nos locais menos iluminados. Nada se compara ao Brasil em agressividade, assaltos, etc. Como em toda cidade grande , temos que estar espertos quanto aos batedores de carteiras. ----A Romenia ainda é um destino barato, apesar de sua capital Bucareste, ser a cidade mais cara do país. ----Amanhã aproveitaremos para curtir o Green Hours 22 Club Jazz Café, fazendo uma reunião do nosso grupo. ----Os taxistas em Bucareste têm a péssima reputação de serem ladrões e tentarem enganar os turistas desavisados, assim como os da Turquia, de onde cheguei recentemente. O negócio é ser esperto. ----Com 50 euros, ou 207,52 lei por dia, podemos fazer algumas compras e comer em restaurantes inesquecíveis, o que é bom para o turista brasileiro que comprou o euro a 2,15 reais. ----A próxima coluna Acontece será enviada de Sofia, capital da Bulgária.

Em Dinaia, paramos para visitar a “Pérola dos Cárpatos” e então, chegamos aqui em Bucareste, belíssima e encantadora capital da Romênia. Na visita panorâmica nesta cidade de grande desenvolvimento, com magníficos parques e jardins, nos encantamos com o Ateneo Romeno, o Palácio Real, o Centro antigo da cidade, o Palácio do Parlamento, o Arco do Triunfo e a Ópera Romena. Esta metrópole mescla o classicismo europeu com a frieza do comunismo. As construções são gigantescas que vão de edifícios de blocos de concreto a avenidas largas . O povo é amistoso e o trânsito caótico, assim como nós brasileiros já estamos acostumados. A arquitetura da cidade é eclética e assim, vemos construções entre - guerras e outras modernas. A cidade está renascendo depois da entrada da Romênia na União Européia, 2007. A cidade que reza a lenda, foi fundada no século XVII por um pastor chamado Bucur, desde aí mantém o mesmo nome que recebeu nos tempos de Vlad, o Empalador. Ela viveu momentos significativos da história contemporânea e hoje é um grande centro industrial da Europa Oriental. Visitar Bucareste é uma deliciosa viagem ao passado, ao berço de uma gastronomia única.

Parte interior do Palácio do Parlamento - Bucareste

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Norma Astréa N. Grünewald Culpa da gengivite

lissuabad@terra.com.br

Marli Godoy e Aldina Breda com esta colunista no aeroporto de Bucareste

O PIONEIRO

Aqui, a moeda ainda é chamada de Leu e vem assimilando aos poucos, o euro, mantendo porém a moeda local, como principal. O plural de leu é Lei.

Cresci ouvindo dizer que só deixa os sapatos ou os chinelos emborcados quem quer que a mãe morra, que os Anjos da Guarda odeiam tanto as crianças que tiram as roupas e deixam-nas pelo vesso, que simplesmente dão as costas e as abandonam... Só muito depois é que eu fui desconfiar que quem inventou essas crendices foi gente muito sabida, pois quem seria capaz de conviver com o remorso de ter causado a morte da genitora, ou de saber que estava vagando no mundo sem o seu protetor celestial? Várias outras crendices tinham o medo do azar por base e algumas delas estão bem vivinhas até hoje. Ainda causa pavor em muita gente a chegada de uma sexta-feira 13, o cruzamento na rua com um gato preto, o passar inadvertidamente embaixo de escadas, ou os sete anos de azar que se abaterá sobre o infeliz que quebrar um espelho. Para se proteger de muita coisa, vale até hoje, bater os nós dos dedos em um pedaço de madeira. Para ter sorte, ainda sonhamos em encontrar a fonte que possa devolver infinitamente as moedas que nela arremessarmos, ou a ferradura, ou o trevo de quatro folhas, ou a pata de coelho, que passarão a ser nossos amuletos em nossas casas ou em nossas bolsas. Nessa linha de raciocínio é que muita gente, na noite de Ano Novo, come arroz com lentilhas, pula sete ondinhas no mar, chupa sete uvas e guarda seus caroços nas carteiras, onde ficarão o ano inteiro ao lado de uma folha de louro. Quem estiver achando que isso é coisa de gente superticiosa, certamente nunca fez questão de levantar-se da cama com o pé direito, nunca fez a oração de São Longuinho quando perdeu algo, e nunca torceu o dedo médio sobre o indicador, fazendo uma figa, nos jogos do Brasil nas Copas do Mundo. Eu não sou exatamente uma pessoa encabulada com essas coisas, mas confesso que nunca contei estrelas apontandoas, com medo de nascer verrugas nos meus dedos; que eu fi-

cava revoltada, quando eu tropeçava e diziam que alguém estava querendo “roubar” o namorado que eu nem tinha; e que eu tinha raiva quando alguém varria meus pés e ria dizendo que com aquele feito eu nunca me casaria. Algumas coisas não aconteceram e uma delas é a que dizia que se alguém abrir a boca exatamente na hora em que formos falar, viraremos comadres ou compadres. Uma funciona mesmo e eu sei por experiência: colocar a vassoura atrás da porta faz o visitante chato ter vontade de ir embora. Outras não nos abandonam, pois até hoje, eu não suporto colocar minha bolsa no chão, com medo de ficar pobre. Além disso, se cai uma colher no chão eu acho que vai chegar uma mulher, se caí um garfo eu fico esperando pela vinda de um homem, se for uma faca... aí, até hoje, não sei.. Algumas crendices são ligadas aos alimentos: chupar manga e beber leite? Nossa! Vai morrer! Tomar banho logo após as refeições? Congestão na certa! Outras, porém, não sei bem o que pensar, pois sempre soube que não podemos comer mais do que cinco ovos por semana, sob pena de enfartarmos com o colesterol esburrando pelas veias, mas também já li que isso é besteira, que podemos ingeri-los sem parcimônia. Recentemente li duas importantes reportagens, uma sobre ingestão de chocolates na revista Veja e outra no jornal A Gazeta, ES, sobre as consequências de uma doença que afeta a gengiva. Em síntese, a primeira dizia que os chocólotras sempre tiveram razão, e a segunda informava que a gengivite causa impotência sexual. Penso que diante de resultados de pesquisas científicas, somos levados a acreditar, mas eu sou crítica demais e penso que as pesquisas citadas podem ter sido patrocinadas, respectivamente, por donos de granjas ou por odontólogos. De qualquer forma, prefiro brincar com tudo isso e, de lá para cá, quando alguém conta uma piada em que o personagem “nega fogo”, eu pergunto galhofeiramente: será que ele tem gengivite?


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