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panorama mundial sobre sistemas de colheita

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expediente

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Empresas contratistas como Ross Wood Contracting, Climbmax e DC Equipment assumiram a liderança em seus processos, desenvolvendo protótipos que foram testados em suas operações, alguns deles com desenvolvimento bem-sucedido até os dias de hoje. A iniciativa da Future Forest Research (FFR) e seu programa de mecanização da colheita, em conjunto com o apoio do governo, foi um pilar relevante.

Depois vieram os seminários e workshops operacionais, e esses processos se espalharam para países com operações de colheita em encostas altas com problemas similares. Foi assim que, principalmente nos Estados Unidos, Canadá, Chile e África do Sul (cujo denominador comum é a indústria florestal de plantação de pinus em grande escala, com grande proporção em altas encostas), as operações de colheita mecanizada foram incorporadas gradualmente em seus processos.

Atualmente, as operações de colheita mecanizada em áreas declivosas estão amplamente difundidas na maioria dos países, com vários desafios que projetos dessa envergadura tiveram que enfrentar: melhoria tecnológica dos equipamentos, transformação nos processos de planejamento florestal para as estradas no campo, treinamento de operadores, manutenção de equipamentos, diferentes desafios de segurança, esforços adicionais em capital de giro e investimento, variabilidade na produtividade e fator de uso (utilização). As histórias de sucesso foram realizadas por aqueles que, além da ousadia de avançar, souberam abordar e simultaneamente melhorar cada uma dessas variáveis.

No caso da América do Sul, as empresas chilenas têm atualmente os maiores níveis de mecanização em áreas declivosas da região e do mundo. O desenvolvimento conjunto de empresas florestais, fabricantes e fornecedores de equipamentos e empresas empreiteiras alcançou uma relação virtuosa e exponencial que permitiu alcançar padrões de segurança e eficiência de classe mundial. No Brasil, o desenvolvimento da mecanização de declives médios-altos (menores que 35°) começou há anos com os sistemas Cut To Length (CTL) com guinchos auxiliares, mas para declives maiores (maiores que 35°) houve apenas alguns avanços desde alguns anos atrás, com maior intensificação em 2023. A Colômbia também enfrentou um processo gradual de melhoria, mas ainda com muitos desafios técnicos e operacionais em sua implementação, desde o início, para empresas menores essas iniciativas parecem estar mais distantes.

No Equador existem iniciativas em desenvolvimento, com estudo e implementação em estágios muito iniciais.

Em relação aos processos no Chile, o mais comum e bem-sucedido é o sistema Full Tree, equipado com shovel logger com cabeçote direcional e guinchos auxiliares para giro, exploração madeireira mista com escavadeiras hidráulicas, torres equipadas com carrinhos motorizados com garras, Skidder 6x6 assistido com guinchos, e processamento de campo com cabeçotes harvester.

Esse é um sistema 100% mecanizado que, dependendo das condições do tamanho da árvore, pode produzir 15.000 m³/mês. No eucalipto são realizadas operações de colheita Cut To Length (Harvester-Forwarder com guinchos auxiliares). O sistema europeu de toras com torres tradicionais (que envolve corte manual com motosserras) também ainda é utilizado, considerando seus 30 anos de história. Mas seu uso tem diminuído devido à maior eficiência e segurança do sistema 100% mecanizado.

No Brasil, as operações de colheita em altas declividades (maiores que 35°) nos sistemas Full tree (Pinus spp) estão passando por um processo de transformação de sistemas tradicionais e altamente intensivos em mão de obra (motosserra/trator) para sistemas de média mecanização (torres tradicionais europeias) e com a grande mudança para torneamento mecanizado com shovel logger assistido com guincho para adoção.

Em Eucalyptus, o sistema Cut To Length (Harvester-Forwarder com guinchos sincronizados assistidos) opera amplamente com altos índices de produtividade e segurança. Na Colômbia e no Equador, os sistemas de colheita em altas declividades são predominantemente manuais, tanto no torneamento quanto no beneficiamento, com altos índices de acidentes e baixa produtividade. Os sistemas Cut To Length com guinchos auxiliares foram implementados com sucesso em uma fração de suas operações há algum tempo.

O desafio tem sido consolidar a formação de pessoal qualificado, evoluir nos processos de planejamento, melhorar os sistemas de manutenção de equipamentos, aperfeiçoar sistemas de segurança (tombamento de equipamentos, acidentes em trabalhos de manutenção), monitorizar e melhorar a produtividade. Processos estruturados de acompanhamento, análise e melhoria contínua são o denominador comum para manter a sustentabilidade dessa atividade. n

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