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manutenção de máquinas e equipamentos móveis o desafio da alocação capex para reinvestimentos

O retorno econômico de operação dos ativos (ROA) em cada ano é expresso por meio de:

ROA= Q*(P-C)*(1-T) V

Onde:

Q = taxa anual de produção

P = média anual do preço de comercialização

C = média anual de custo de produção

T = média anual da taxa de carga tributária

V = média anual do valor de mercado dos ativos (máquinas, edificações, licenças, software, etc)

Esta equação deve estar na mente de todos os gestores, sejam eles de manutenção, de produção, de marketing etc. Ela está na mente do CEO e analistas de mercado. Mas, por quê?

Simples, ela é o motivador de qualquer movimento de gestão de ativos de sua empresa. A empresa possui pouco controle em mercado aberto. Não se controla a produção, mas sim o mercado; não se controla o preço, mas sim o mercado; não se controla o valor de revenda dos ativos, mas sim o mercado; não se controla os tributos, mas sim o congresso. Portanto, a empresa controla apenas o custo de produção.

No dia a dia, é comum ouvir frases como estas: “Este equipamento está falhando demais”; “Este equipamento consume muita energia, tem muitos vazamentos”; “O custo deste equipamento é o mais alto de toda a frota”. Isto nos faz lembrar do conceito de vida econômica dos ativos (ah, em tempo: trator não tem vida útil, mas sim econômica; o rolamento do motor do trator é que possui vida útil).

Todo ativo possui vida econômica, seja empregado na produção ou no processamento de madeira. Ela é o intervalo de tempo de operação que minimiza seu o custo total de propriedade (uso). Vamos apresentar 2 situações diferentes (mas complementares) de gestão de ativos: (1) Substituição de ativos individualmente e (2) Substituição de ativos dentro do sistema.

1. Substituição de ativos individualmente: Esse tipo de gestão consiste em fazer uma análise em nível individual de ativos (trator, forwarder, caminhão, motor etc.) em função do custo de aquisição, custo de manutenção, custo de oportunidade de capital, regras de depreciação fiscal e dentre outras. A partir destes inputs pode-se estimar a vida econômica como mostrada na Ilustração A.

A vida econômica é 6 anos de modo que o custo de propriedade é minimizado. Mas, qual o valor gerencial desta substituição a cada 6 anos? Para explicar, consideremos que existam 2 opções de substituição: a cada 6 anos ou a cada 12 anos.

No dia a dia, é comum ouvir frases como estas: “Este equipamento está falhando demais. Este equipamento consume muita energia, tem muitos vazamentos; O custo deste equipamento é o mais alto de toda a frota...” Isto nos faz lembrar conceitos de vida econômica dos ativos. "

Gabriel Alves da Costa Lima Diretor da Aremas

Ilustra O De Vida Econ Mica De Ativos Individual A

A ilustração B mostra os resultados de comparação de custo de diferentes alternativas gerenciais. Nota-se que a substituição no momento correto possui um valor gerencial de R$ 734 mil. Isto é o que se chama hoje de transformação gerencial a partir de grandes bases de dados. Há muito espaço para otimização de recursos e controle dos custos (única variável gerenciável para gerar retorno sobre os ativos). Esse resultado foi para um equipamento. Pense no ganho da aplicação desse modelo em todos os ativos.

B Resultados De Compara O De Custos De Diferentes Alternativas Gerenciais

2. Substituição de ativos dentro de siste

mas de produção: A produção de celulose só acontece se, e somente se, ocorrer o funcionamento de todos os ativos do sistema (subsistema picador, subsistema digestor, subsistema caldeiras, subsistema depuradores, subsistema branqueamento etc.). Ou seja, é a disponibilidade do sistema integrado que interessa, e não dos subsistemas isolados. Com isso, surgem as perguntas:

• Em quais ativos devemos alocar investimentos em reformas neste ano e no próximo?

• Qual o montante mínimo de reinvestimento de modo que o sistema tenha uma disponibilidade de 92% nos próximos 5 anos?

• Atualmente, há dois motores com baixa performance, mas qual deles deve-se substituir imediatamente uma vez que o orçamento é limitado?

Ao se medir os custos de manutenção de cada subsistema (ou equipamentos) ao longo do tempo, tem-se um comportamento semelhante ao mostrado na ilustração C.

Nota-se que os custos de manutenção em cada ano são incertos. Já a curva de custo equivalente ao longo do tempo é sempre crescente, mas com velocidade cada vez menor. Por outro lado, à medida que se acumula tempo de operação, tem-se uma redução da disponibilidade do ativo como mostrado na ilustração D.

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