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panorama mundial sobre sistemas de colheita

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expediente

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colheita, permitindo, assim, passar do cavalo (os quais eram e ainda são realmente utilizados) para o harvester em pouco mais de 35-40 anos. Obviamente o cavalo era usado para remoção/transporte das toras e não na colheita/ harvester. Mas a expressão pode claramente indicar o efeito da mecanização.

O desenvolvimento do Sistema CTL ocorreu na Escandinávia no início da década de 60. E a partir de 1985-1990, a grande maioria da colheita florestal na Escandinávia já era feita com harvesters.

O sistema CTL produz toretes entre 2,0 e 8,0m. No Brasil tivemos a oportunidade de passar a usar, ainda que com grande tropicalização para uso no eucalipto, os harvesters que já haviam sido duramente desenvolvidos na Escandinávia, a partir de 1995-2000. Ou seja, apenas 15 anos após o surgimento da tecnologia.

Como estamos atualmente? Felizmente no mesmo nível tecnológico existente na Escandinávia. Máquinas e equipamentos que saem das fábricas hoje com destino a Europa, USA, Escandinávia, são exatamente as mesmas que chegam ao Brasil. Há pouca diferença ainda somente em relação ao sistema de telemetria devido às condições de cobertura 4G/5G no Brasil.

TL/FT: FROM IRON MULE TO SKIDDER: O desenvolvimento do arraste mecanizado foi iniciado na década de 1920, tendo chegado ao conceito do skidder atual já em 1970. Ou seja, ele tem uma história mais antiga de desenvolvimento do que os harvesters e forwarders

O sistema TL/FT é considerado de tecnologia mais simples (menos eletrônica) do que as máquinas do sistema CTL. Além disso, é considerado mais robusto e mais produtivo individualmente do que as máquinas CTL.

Obviamente a escolha do sistema não leva em conta somente robustez e maior produtividade por máquina individualmente, mas, sim, todas as etapas produtivas do sistema de colheita em si.

É notado que o sistema CTL representa no Brasil maior volume de colheita, enquanto a totalidade do sistema FT/TL usa as máquinas originais desse sistema, porém para produzir toras curtas (toras CTL), seja com cabeçote processador após o arraste ou seja com o uso de garra traçadora.

Existem ainda inúmeros outros sistemas que podem também ser combinados:

Torre de arraste;

Torre de arraste e com cabeçote processador; Máquinas com guincho auxiliar de tração; Guinchos de tração autopropelidos; Motosserra;

Desgalhador -pull thru delimber; Desgalhador por impacto – stroke delimber.

Certamente, os próximos passos em termos de sistemas de colheita passarão pelo aprimoramento dos sistemas de monitoramento das máquinas a distância: manutenção, controle de produção, manutenção preditiva, performance do operador, etc.

E em futuro muito próximo, teremos o surgimento das máquinas autônomas.

O forwarder é um candidato ideal para se transformar em máquina autônoma, a exemplo dos caminhões autônomos já em operação na mineração.

Com a globalização e a presença no Brasil da grande maioria dos fabricantes de máquinas e equipamentos florestais, o intercâmbio de sistemas e o acesso às tecnologias existentes ocorrerão de forma imediata, proporcionando às empresas florestais a possibilidade de uso de qualquer sistema de colheita que esteja sendo utilizado em condições operacionais similares.

Desconheço a existência de dados estatísticos atualizados sobre a distribuição percentual de uso de cada sistema de colheita. A maioria dos dados estatísticos são de 3 a 4 anos atrás, mas é comumente aceito que o sistema de tora curta (CTL) é dominante em termos de volume de colheita no mundo todo.

Devido ao enorme crescimento da indústria de celulose na América Latina, com operação em área plana, uma só espécie, e descascamento no campo, o sistema cut to length representa cada vez mais em termos de volume de colheita.

De forma geral, podemos resumir o panorama mundial dos sistemas de colheita conforme a tabela abaixo:

(*) Sistema full tree com produção de toras curtas, está considerado como cut to length.

(*) Fonte: Informações compiladas a partir da estatística de vendas globais de um fabricante. Trata-se de dados não oficiais.

Concluo esse artigo afirmando que, independentemente de globalização, tecnologia, tendências e outros fatores, o mais importante é ter um sistema para “chamar de seu”. O que interessa é se o sistema atende os objetivos de custo/m³, segurança e garantia de abastecimento de matéria prima exigidos pela empresa. n

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