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a construção de um programa

A busca por caminhos para competir com as expressivas e repentinas mudanças de mercado se tornou máxima em muitas empresas florestais nos últimos tempos. O empresário e autor Adam Grant, em seu livro Pense de Novo, alerta para o quão relevante é repensarmos as “certezas” no momento atual em que vivemos.

Padrões, métodos, mindsets que tanto tornaram nossos caminhos corporativos previsíveis se mostram, hoje, voláteis em muitas situações correspondentes. O fato é que precisamos, de imediato, nos preparar técnica e mentalmente para viver em uma realidade mais mutante.

Como em qualquer outra cultura agrícola, nas culturas florestais, há fatores que, claramente, sabemos que não podem ser controlados (fatores climáticos, por exemplo). Assim, o que nos cabe é adotar estratégias efetivas dentro do nosso espectro de ação. Dentre as possibilidades, estão o controle de custos de produção da madeira e ações para manutenção e melhorias na produtividade florestal. Relacionado a ambas perspectivas (custo e produtividade), destaca-se, como caminho, a formação de programas de qualidade florestal.

Estruturar e alavancar um programa de qualidade, na indústria de base florestal, começa com o desejo da gestão de iniciar um processo de mudança. Esse desejo pode partir do “amor” ou da “dor”.

Diante do crescimento orgânico de um negócio e da chegada de novos colaboradores e fornecedores, a demanda por rotinas de qualidade surge como parte da estratégia para atingir as produtividades potenciais e superar as metas de custos.

Diagnósticos, análises, discussões de resultados, procedimentos técnicos, gestão de pessoas e, até mesmo, paradigmas do modelo corporativo vigente, conduzem e subsidiam a formação de um sistema de gestão da qualidade na empresa.

A partir desse ponto, desdobram-se novas direções para sustentação e evolução do modelo de produção de madeira ancorado na cultura da qualidade. Dentre os vários pilares que podem compor a base para a formação de um programa de qualidade florestal, destacam-se: o comprometimento das lideranças, a definição clara de processos e rotinas, a integração técnico-operacional, a capacitação dos colaboradores e o fomento da cultura de qualidade.

A liderança envolvida na concepção de um programa de qualidade tem, além de desafios técnicos, a missão de promover a confiança entre os stakeholders, a clara visão do negócio e a sustentação do novo modelo de trabalho, focado em melhoria contínua.

Esse desafio pode ampliar-se quando, somada à necessidade de mudança, existem, na empresa, equipes, processos ou metas em desenvolvimento e paradigmas ainda não superados. A liderança deve ser eficaz e comprometida para a implementação bem-sucedida da qualidade florestal como componente da geração de valor no dia a dia do empreendimento.

Ao deixar claras a visão e a estratégia, focadas na melhoria contínua, e o incentivo ao envolvimento dos funcionários, fornecendo recursos e suporte, os líderes dão passos expressivos para o sucesso em controles operacionais e avanços em produtividade.

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