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CIDADE

opiniãopública: 2 de agosto de 2018

Câmara aguarda ainda decisão da DGEstE e reclama tempo para preparar os transportes dos alunos

Paulo Cunha espera que “não haja horários duplos, nem contentores” em Pedome Sofia Abreu Silva A pouco mais de um mês do início do ano letivo, há muitos alunos famalicenses que ainda não sabem onde vão estudar. Já a Câmara Municipal continua à espera de uma resposta concreta da DGEstE - Direção Geral de Estabelecimentos Escolares. O assunto Educação marcou a reunião do executivo camarário, na passada quintafeira, com o Partido Socialista (PS) a questionar o presidente da Câmara sobre o número de alunos matriculados e as escolas do concelho que estão sobrelotadas. Dado que o Ministério da Educação não celebrou qualquer contrato de associação em Famalicão para o ano letivo 2018/2019, muitos alunos vão ter mesmo de optar por outras escolas que não sejam a Didáxis ou o Externato Delfim Ferreira. Na resposta ao PS, Paulo Cunha apontou que há escolas sobrelotadas no concelho, como é o caso das secundárias da cidade, mas indicou que o caso mais grave é o da Escola Básica de Pedome, que poderá receber 35 turmas, quando esta apresenta uma tipologia T20, ou seja com capacidade para receber 20 turmas. Por isso, a autarquia, conforme referiu

Paulo Cunha aos jornalistas, no fim da reunião, espera ainda uma decisão definitiva. “Esperemos que o Governo, através da DGEstE, tome decisões no sentido de pôr cobro a essa situação e se arranje uma solução que impeça esse congestionamento na escola de Pedome”, disse. Porém, o edil espera que a decisão “não seja fácil”. E concretiza: “que não se opte por horários duplos e contentores. Espero que em Famalicão não seja essa a solução definitiva para resolver problemas estruturais nas escolas”. Para a Câmara saber quantos alunos estão matriculados em cada escola é essencial para preparar a rota dos transportes. “Os encarregados de educação querem saber para que escola vão os seus filhos, se para Pedome, Joane ou para o centro de Famalicão. Os governantes dizem que o transporte é com a Câmara, pois é. Mas, uma coisa é termos três meses para preparar, outra coisa é ter três dias”, alerta Paulo Cunha. O autarca avisa que já “estamos fora do tempo”, todavia se a decisão chegar nos próximos dias, a Câmara poderá “ainda ajudar as famílias a minorar as consequências negativas de tudo o que está a acontecer no

dossiê educação em Famalicão e no país”. Sendo as empresas de transportes em Famalicão privadas, o edil vinca que “é preciso tempo para ajustar as soluções existentes àquelas que são desejáveis”. “É fácil em Lisboa ou no Porto uma criança ir para qualquer escola, mas aqui não é assim. Quem está em Lisboa a tomar decisões, é bom que conheça a realidade, porque não basta pegar no Googlemaps”, critica. “Quem vive em S. Cosme e tem de ir para a escola de Arnoso, tem de vir a Famalicão primeiro. É uma hora de viagem”, exemplifica. PS ao lado da Câmara Da parte da oposição, e perante as respostas do presidente da Câmara, o PS, pela voz do vereador Nuno Sá, garante que tudo fará para que os alunos famalicenses não tenham de ir estudar para fora do concelho. O socialista considera que, com o fim dos contratos de associação, a previsão de alunos para as escolas de Famalicão do Governo e da Câmara são “claramente” divergentes. Dito isto, Nuno Sá tem consciência que “as pessoas querem respostas para os seus problemas”. Logo que tenha números concretos,

Evento realiza-se de sexta a domingo com música, teatro e conferências

Festival Mel está de regresso ao Parque da Devesa

O “Mel: Piquenique das Artes” tem regresso marcado ao Parque da Devesa, entre esta sexta-deira e domingo. O festival, organizado pelas Associações Elogio Vadio e Fértil Cultural com o apoio da Câmara Municipal, promete perto de uma dezena de concertos, espetáculos de teatro, conferências, entre outras propostas. As famílias são mais uma vez o público alvo, num festival com propostas heterogéneas promotoras da convivência intergeracional e intercultural. Do programa destacam-se os concertos, no dia 4, da mais antiga banda portuguesa de Jazz Tra-

dicional – os Dixie Gang, dos Krash Volts, da banda “O bom, o mau e o Azevedo” e dos The Twist Connection, cujo álbum “Stranded Downtown” foi considerado pela rádio Antena 3 como um dos melhores discos portugueses de 2016. No último dia sobem novamente ao palco do Mel os Dixie Gang, o projeto de improviso Alchera e, diretamente do Nordeste brasileiro, o forró pé-de-serra dos Forró Miór, considerada pelo Le Monde como “uma das mais inspiradas e renomeadas bandas deste género tradicional brasileiro”.

“O Tempo” foi o tema escolhido para a segunda edição do Mel, que pretende utilizar a expressão artística como forma facilitadora da interação cultural e da consciência social, ambiental e ecológica. “Depois de, no ano passado, nos termos debruçado sobre o conceito de habitat multicultural um espaço habitado por culturas diferentes num único ecossistema – este ano pretendemos organizar a nossa programação artística em torno dos seguintes ciclos: o temos que temos, o tempo que existe e o destempo”, explica a organização. Nota também para a conferência “O tempo que temos”, no dia 3, na Casa do Território, bem como para a performance artística do coletivo The Fictionary Players e para os espetáculos “Mariela” e “Red Cloud Marionetas”, este último do Teatro Dom Roberto. De resto, durante os dias do festival e ao entrar na Devesa os participantes serão confrontados com espaços cénicos que convidam ao seu livre usufruto. Para sábado, dia 4, está agendado um Piquenique/Jam Session a partir das 20 horas.

Nuno Sá garante que o PS vai exigir do “Governo que nenhuma família e nenhum estudante famalicense tenha de abandonar Famalicão para prosseguir os seus estudos”. E assegura: “não temos problema nenhum, se é esse o caminho que a Câmara defende, estamos de acordo”. O vereador socialista diz que o Governo tem de se sentar “a uma mesa com a Câmara Municipal e com a comunidade educativa para encontrar uma solução, caso se verifique que o número de matrículas é superior à capacidade de resposta das escolas em Famalicão ”. “O Governo não pode ignorar esta realidade”, acrescentou ainda Nuno Sá. Reclamando uma resposta urgente, o socialista considera também que a solução em Pedome não poderá passar pela “colocação de contentores, nem de horários duplos”. O vereador aponta que a decisão final deve ter em conta “acima de tudo os alunos e não andarmos aqui a fazer jogos políticos ou partidários, servindo outros interesses”. veja em www.famatv.pt ou

Ludoférias da Gerações em Viana do Castelo

Foi com uma visita de estudo e de lazer à cidade de Viana do Castelo, realizada no dia 27 de julho, que terminou o programa das “Ludoférias de Verão 2018”, uma iniciativa da Associação Gerações. Segundo nota à imprensa, as crianças que participam na iniciativa, mostraram-se entusiasmadas na visita ao navio Gil Eanes e na subida do funicular, que liga a parte mais baixa da cidade ao Monte de Santa Luzia. Chegadas ao cimo do monte de Santa Luzia, “as crianças deleitaram-se com as magníficas paisagens que podem ser observadas lá do alto, nomeadamente a foz do Rio Lima, as praias, o mar e a cidade”. Depois da visita à Igreja de Santa Luzia, que “impressionou os mais pequenos”, seguiu-se um almoço-piquenique. Já da parte da tarde, as crianças desceram de novo à cidade de Viana do Castelo para visitarem o “Museu de Artes Decorativas” e o “Museu do Traje”. “Impressionouas a riqueza e o colorido das vestes vianenses, suscitando-lhes o desejo de conhecerem mais sobre a etnografia do Alto Minho”, refere a nota. Nos dias 30 e 31 de julho, ainda houve tempo para as “Ludoférias” realizarem um “workshop” de confeção de gelado e para a realização de diversas atividades livres nos jardins da Associação Gerações e no Parque da Devesa.


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