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CIDADE
opiniãopública: 6 de abril de 2017
Câmara de Famalicão aprovou Relatório e Contas com votos contra do PS
Município gerou receitas de 88 milhões de euros em 2016 quido da Câmara Municipal em mais de 12 milhões de euros, entre 2013 e 2016, o que significa uma baixa percentual na ordem dos 43%. “Desta forma, o município atingiu o seu maior nível da autonomia financeira de sempre, fixado no final do ano nos 73,7%”, afirma o edil, para quem estes números traduzem “uma robusta capacidade da autarquia para fazer face aos seus compromissos financeiros através dos capitais próprios”. Mas, mais uma vez, a oposição tira outras conclusões. Sá Machado diz que, se assim é, então “que necessidade tem o município de contrair um empréstimo bancário de 4 milhões de euros para pagar em 15 anos, hipotecando as gerações futuras?”. E conclui: “Para quê pagar juros, se temos capacidade?”
Cristina Azevedo Em 2016, a Câmara de Famalicão gerou receitas na ordem dos 88 milhões de euros. Porém, a forma como esse dinheiro foi gerido dividiu o executivo e a oposição, na hora de votar o Relatório de Gestão e Contas. Os documentos foram aprovado pelo executivo, na semana passada, mas apenas com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS-PP, para quem 2016 foi um ano bom para Famalicão. Já os vereadores do PS, que votaram contra, falam em pouco investimento e excesso de gastos supérfluos. No final da reunião, em declarações aos jornalistas, o presidente Paulo Cunha salientou que o município conseguiu baixar o endividamento, aumentar o seu grau de autonomia financeira e realizar investimento. E aqui destacou o investimento realizado ao nível das redes de água e saneamento, na rede viária, na área social, na educação com o programa Aproximar e com intervenções nos edifícios escolares. “São só alguns exemplos daquilo que se fez ao longo do ano de 2016 e que, em nosso entender, vai ao encontro daquilo que são as necessidades dos famalicenses”. Precisamente, ao nível do investimento, o PS tem uma visão diferente. Para o vereador Ivo Sá Machado, dos 88 milhões de euros obtidos em receita, a Câmara investiu apenas 12,6 milhões. ”Achamos manifestamente pouco. O próprio município tinha orçamentado cerca de 28 milhões de euros de investimento e não os conseguiu executar”, sustenta. Os vereadores da oposição entendem, assim, que “o município podia poupar muito mais em algumas áreas e carrear essa poupança para o investimento”. Sá Machado dá como exemplo os gastos com o pessoal avençado, que “em 2014 eram de 800 mil euros e que em 2016 passaram para 1,5 milhões”. “A Câmara Municipal tem assim tanta necessidade contratar pessoas”, questiona, para concluir que “há
Em três anos, o endividamento líquido do Município reduziu 12 milhões de euros
aqui um desbaratar de dinheiros públicos”. Na resposta, Paulo Cunha acusa a oposição de ter uma visão limitada do que é o investimento: “Para o PS, investimento é só fazer estradas, redes de água e de saneamento e edifícios escolares. Para nós, investimento é tudo aquilo que as pessoas precisam e que as pode ajudar a desenvolverem-se.” O edil cita os casos das bolsas de estudo ou do pagamento do transporte escolar que, “para o PS não são prioritários porque, formalmente, não fazem parte das despesas de investimento”. Impostos e dívida Na análise aos documentos de 2016, os vereadores do PS voltam também a criticar a carga dos impostos municipais sobre os famalicenses. Sá Machado explica que a Câmara previu arrecadar cerca de 27 mi-
lhões em impostos, mas conseguiu arrecadar 31 milhões, isto é, mais 4 milhões do que aquilo que estava previsto. “Por que é que a Câmara, de uma vez por todas, não cria condições para devolver parte desses impostos aos munícipes?”, questiona o socialista. Já Paulo Cunha argumenta que a subida da receita dos impostos se deveu à Derrama e não aos impostos que são cobrados aos cidadãos: “Em 2015 a Câmara recebeu zero de derrama, em 2016 recebeu seis milhões. Por isso, o aumento não resulta nem de IRS, nem de IMI, nada tem a ver com impostos sobre pessoas ou sobre o património. Tem a ver com as empresas e isso até é uma boa notícia para Famalicão porque é sinal de que há dinamismo económico”, acrescenta. Outro dado sublinhado por Paulo Cunha é a redução do endividamento lí-
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Famalicão Cash organizou prova de degustação de vinhos A empresa Famalicão Cash organizou aquele que foi o primeiro evento de degustação de vinhos no concelho. Assim, 800 vinhos foram dados a conhecer nesta iniciativa que contou com a presença de cerca de 40 produtores nacionais e cerca de mil convidados, a maioria empresários do canal HORECA. Esta ação teve como objetivo dar a conhecer os vinhos que o mercado tem para oferecer. “Faltava este evento em Famalicão para apresentar os vinhos nacionais, das diferentes regiões, mas também de algumas quintas famalicenses. Do estrangeiro temos apenas o champanhe”, referiu o gerente da Famalicão Cash, David Marques, vincando que o cliente “teve a oportunidade de provar e ficar a conhecer as caraterís-
ticas de cada vinho para fazer a sua escolha”. Presente neste evento esteve o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, que parabenizou a organização deste evento. O edil não deixou de realçar o crescimento dos vi-
nhos no concelho. “Famalicão já tem um papel importante a desempenhar na produção vinícola, temos vinhos verdes qualificados, que ombreiam com outros e estão a ganhar quota de mercado quer em qualidade, quer em quantidade”.
Execução orçamental Em 2016, a Câmara de Famalicão conseguiu uma execução orçamental de 98,8 % do lado da receita e de 82,8% do lado da despesa, o que, para o presidente, significa que o ano “foi bem planeado e bem gerido”. E recorda, a propósito, que “o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis nos atribuiu novamente o título de Município Amigo das Famílias e que a Universidade do Minho, através da sua plataforma UM-Cidades, nos declarou Município do Ano 2016 da Região Norte, pelas boas práticas desenvolvidas pelo município.” Paulo Cunha não esquece ainda o investimento empresarial privado no concelho e adianta que “através do Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal, aprovaram-se investimentos na ordem dos 70 milhões de euros que, à medida que vão sendo materializados, confirmam o forte impacto na geração de riqueza e na criação de emprego”. “O concelho terminou o ano com uma taxa de desemprego de 8,05% significativamente abaixo da média nacional, que é de 10,5”, finaliza.
Via-sacra percorre ruas da cidade O programa da Semana Santa de Famalicão prossegue esta sexta-feira, dia 7, com a realização da via-sacra nas ruas da cidade. Com início às 21h30, na Nova Igreja Matriz, a celebração termina na Antiga Matriz. Depois, no sábado, a Confraria das Santas Chagas irá promover um concerto ao encargo do Coro de D. Pedro de Cristo, de Coimbra, r dirigido por Cristina Faria. O concerto realizar-se pelas 21h30, na Igreja Matriz Antiga, e contará com cerca de 40 coralistas que irão interpretar peças da autoria de José Maurício e Manuel Faria. No domingo tem lugar a habitual bênção de ramos, com concentração na Praça 9 de Abril, às 10h30, seguindo em procissão até à Nova Matriz.
‘Vai-me à Venda’ na Praça D. Maria II A Associação Ginja promove no próximo sábado, dia 8, mais uma edição do "Vai-me à Venda", feira de artesanato urbano de Famalicão. Será na Praça D. Maria II, entre as 10 e as 18 horas. A Loja Social de Famalicão estará presente com uma banca onde, em troca de bens alimentares, os visitantes podem adquirir artigos variados. O certame vai contar também com a presença de Daniela Marques, uma esteticista que estará ao dispor de quem pretenda conselhos de beleza.