Opinião Pública nº 1556

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Ano 30 | Nº 1556| De 13 a 20 de abril de 2022| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Política

Investimentos na áera da Saúde agitam Concelhias do PSD e do PS pp. 6 e 7

Devido à quadra Pascal, na próxima semana o OPINIÃO PÚBLICA sai para as bancas na quinta-feira, dia 21 de abril. Boa Páscoa!

Câmara aprova prorrogação por mais 50 dias

FINAIS DE JUNHO É O NOVO PRAZO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS NA CIDADE A prorrogação do prazo, pedida pelo consórcio de empresas que está a executar a nicipal. A empreitada não ficará, assim, concluída antes das Antoninas, mas o preobra, foi aprovada na quinta-feira da semana passada, em reunião da Câmara Mu- sidente da Câmara garantiu que isso não afetará o programa das festas. p.3

Famalicão já celebra a Páscoa

FC Famalicão marca passo no Algarve

Especial

Atletas do FAC dominam badminton feminino

2021 Câmara Municipal aprova contas com voto contra da oposição p. 4

Iniciativa Famalicão recebe marcha LGBT em setembro p. 2

Animais Cheque-veterinário reforçado p. 5

Câmara apoia formação desportiva de 23 associações pub


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CIDADE

opiniãopública: 13 de abril de 2022

Iniciativa realiza-se pela primeira vez no concelho

Cidade de Famalicão vai receber marcha LGBT em setembro Este ano, Famalicão vai ter a sua primeira marcha LGBT+, sigla que significa Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero e outras orientações de género. A iniciativa está agendada para 10 de setembro, numa organização do Grupo de Apoio a Pessoas Queer (GAPQ), um movimento criado por um jovem famalicense, em agosto de 2021, e que já ganhou dimensão nacional. Segundo Diogo Barros, o grupo surgiu para dar resposta à inexistência, no distrito de Braga, de movimentos, grupo ou associações de defesa da comunidade LGBT. “Existe apenas o ‘Braga Fora do Armário’, que faz a marcha naquela cidade, mas mais nada. Por isso, houve a necessidade de criar algo que lutasse pelas causas pelos direitos da comunidade LGBT”, acrescenta o coordenador do GAPQ. O movimento nasceu em Famalicão, Vizela e Guimarães, em simultâneo, cidaO jovem famalicense Diogo Barros é o rosto do movimento des onde residem os quatro elementos fundadores. Hoje, meio ano depois da Quando o movimento foi criado um titulada “Marcha LGBTQ +”, está agenfundação, o movimento conta já 20 mem- dos compromissos assumidos foi o de dada para 10 de setembro e será, sebros e atingiu um cariz nacional, com ati- realizar uma marcha em cada um dos três gundo Diogo Barros, realizada “em vistas em Braga, Gondomar e Algarve. concelhos, sendo que a de Famalicão, in- coorganização com associações, movi-

Alunos da Cior participam no maior evento de robótica educativa do mundo

Os alunos do 10º ano do curso de Eletrónica, Automação e Comando da Escola Profissional Cior, distribuídos por duas equipas, participaram na RoboParty, que se realizou, de quinta a sábado da semana passada, no Campus de Azurém da

Universidade do Minho, em Guimarães. Pela sua natureza, dimensão, envolvência e dinâmica a RoboParty é considerada o maior evento de robótica educativa do mundo. “Este é um momento, um espaço e uma oportunidade, com

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-759) jfernandes@opiniaopublica.pt

um ecossistema favorável, para que os alunos apliquem e partilhem conhecimentos e competências relacionados com o processo de montagem do robô numa dinâmica colaborativa e interdisciplinar”, afirmou o diretor de curso Pedro Veloso,

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CO 1139), José Carlos Fernandes e Paulo Couto.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto

Associação de Moradores das Lameiras assinalou semana da interculturalidade

que realçou o facto deste evento “sempre esperado” fazer já parte do calendário das atividades da Cior. Ainda segundo este responsável, os alunos tiveram uma participação brilhante tendo vencido a primeira edição do desafio "Fun Challenge". Durante três dias e duas noites, os mais de 400 participantes, distribuídos por 100 equipas, tiveram a oportunidade para aprender e ensinar a construir robôs móveis autónomos, de uma forma simples, divertida devidamente acompanhados por técnicos. Em paralelo decorreram outras atividades lúdicas e desportivas como música, jogos e aulas de TRX - exercícios de resistência de corpo inteiro.

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

mentos e até partidos políticos que se identificam com a causa LGBT”, adiantando que o grupo está já a trabalhar no manifesto e no trajeto. Mas o trabalho do GAPQ não fica por aqui e o apoio a esta comunidade é um dos principais objetivos. Diogo Barros foca a atenção nos jovens, que ainda têm muita dificuldade em se assumir, sobretudo, perante a família. “Há casos de jovens que são expulsos de casa pelos pais por assumirem a sua orientação sexual. Esse medo está muito presente, porque em Portugal há muita precariedade entre os jovens, que continuam a depender muito dos pais”, conta. Nesse sentido, o GAPQ tem estabelecida uma parceria com uma advogada e um psicólogo para prestar apoio nestas áreas, a título gratuito e voluntário. O próximo passo é tornar o movimento numa associação formatizada para poder faze rum trabalho mais abrangente, “porque enquanto movimento não temos direito a fundos”, nota o coordenador, que reivindica ainda um maior apoio e intervenção do poder local nesta causa.

Na semana de 4 a 8 de abril, a Associação de Moradores das Lameiras, assinalou a Semana da Interculturalidade promovida pela EAPN (Rede Europeia Anti-Pobreza) com o apoio institucional do Alto Comissariado para as Migrações (ACM). Esta atividade teve como principais objetivos sensibilizar os utentes e os cidadãos para a necessidade de uma sociedade intercultural que preserve valores, tais como, a não discriminação e a solidariedade para que lutemos por uma cidadania mais inclusiva e igualitária. A AML “acredita e reconhece que apesar dos avanços que se registaram nos últimos anos, estes não são suficientes para que, na prática, se possa garantir, total igualdade de oportunidades, e que cada um de nós tem a sua contribuição a dar, através da reflexão acerca destas questões”, sublinha a associação em nota enviada à imprensa. Através da expressão artística, os utentes das várias valências da AML, tiveram a oportunidade de refletir e criar um mural que se encontra exposto no Centro Social das Lameiras.

João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda. TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra

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opiniãopública: 13 de abril de 2022

Câmara aprovou mais uma prorrogação do prazo, com voto contra do PS

Finais de junho é o novo prazo para conclusão das obras na cidade

Demolição da pala do novo edifício que vai albergar o quiosque junto à Praça D. Maria II

Cristina Azevedo tido neste percurso, ou seja, por causa daquilo que aparece A obra de renovação do centro no subsolo, que não está caurbano de Famalicão foi prolon- dastrado”. Os vereadores do PS votagada por mais 50 dias, o que significa que só deverá ficar ram contra a proposta da prordo prazo por concluída em finais de junho. rogação A prorrogação do prazo, pedida entenderem que “os famalicenpelo consórcio de empresas ses estão fartos de ver esta que está a executar a obra, foi obra a ser prolongada no aprovada, na quinta-feira da tempo”. “Já não compreendem semana passada, em reunião porque é que estas obras estão a demorar tanto tempo, porque da Câmara Municipal. A empreitada não ficará, é que estas obras estão muitas assim, concluída antes das An- vezes paradas e não evoluem”, toninas, mas o presidente da afirmou o socialista Paulo FoCâmara, Mário Passos, garantiu lhadela, aos jornalistas. A semana passada, a obra aos jornalistas, no final da reunião, que isso não afetará o sofreu outro contratempo com programa das festas. “Vamos a demolição da pala do novo ter as nossas festas”, disse o edifício que vai albergar o edil, adiantando que, “a única quiosque junto à Praça D. Maria parte da obra que ainda não es- II, o que levou os vereadores da tará finalizada, por essa altura, oposição a questionar o presiserá a zona junto à Fundação dente da Câmara sobre o asCupertino de Miranda”. Já a sunto. zona respeitante ao antigo PS duvida dos benefícios Campo da Feira, os trabalhos Mário Passos explicou que a estarão “grosso modo concluídemolição – depois de durante dos”. O edil acredita que os 50 vários meses a pala ter estado dias serão suficientes para ter- escorada – ocorreu “por erros minar a obra porque, “à me- técnicos de execução” da refedida que a obra avança, deixa rida estrutura, que foram assude haver necessidade de traba- midos, na totalidade, pela lhar no subsolo, e os grandes empresa construtora, que vai constrangimentos que temos agora repor a situação.

Mas para o PS, este é “um exemplo, entre muitos”, daquilo que tem sido “a má condução desta obra”. Aliás, os socialistas duvidam já dos benefícios que esta renovação urbana, orçada em cerca de 8 milhões de euros, trará para a cidade e convidam os famalicenses a analisar o antes e o depois. “À medida que as obras vão sendo concluídas, que avaliem o que tínhamos e o que vamos ter. E se, efetivamente, valeu a pena este investimento, com os graves inconvenientes que têm sido sentidos pelos comerciantes em obras que nunca mais acabam”, finaliza Paulo Folhadela. Recorde-se que a empreitada foi lançada em outubro de 2020 e tinha um prazo de execução de um ano. Em novembro de 2021 o prazo foi prorrogado para 30 de abril de 2022 e, agora, por mais 50 dias após essa data. Há, contudo, espaços já concluídos e colocados ao serviço do usufruto público, como é o caso da Alameda da Praça D. Maria II e parte do seu parque de estacionamento, assim como parte do Antigo Campo da Feira.

CIDADE

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Incêndio destrói salão de cabeleireiro na Praça D. Maria II

Um incêndio num salão de cabeleireiro na galeria Cidadela, na Praça D. Maria II, em pleno centro da cidade de Famalicão, na manhã passado sábado, causou danos materiais no estabelecimento e três feridos ligeiros, dois dos quais bombeiros. O fogo terá deflagrado numa zona do cabeleireiro onde estarão guardados produtos usados na atividade. Em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, Bruno Alves, comandantes dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, referiu que à chegada ao local, os operacionais “encontraram um foco de incendio na zona da arrecadação, onde tinha toalhas e outros artigos inerentes à atividade”. “Rapidamente conseguimos conter o fogo e evitar que se propagasse a outros edifícios”, referiu ainda o comandante, adiantando que no local estiveram as duas corporações de bombeiros da cidade, BV Famalicenses e BV Famalicão, com 11 viaturas e 34 elementos, assim como agentes da PSP. Do incêndio resultaram ainda três feridos ligeiros: “dois bombeiros que, por exaustão, tiveram que receber assistência hospitalar, e um civil que estava no passeio e, à chegada dos bombeiros, assustou-se e sofreu uma queda, tendo sido também encaminhado para o hospital de Famalicão”. As chamas foram dadas como extintas por volta das 13h00, seguindo-se as operações de rescaldo.


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CIDADE

opiniãopública: 13 de abril de 2022

Maioria diz que Município soube responder aos desafios, oposição fala em cansaço

Câmara Municipal aprova contas de 2021 com voto contra da oposição Cristina Azevedo A Câmara de Famalicão aprovou, na quinta-feira da semana passada, em reunião do executivo, o Relatório de Gestão de 2021. O ano fechou com uma taxa de execução da receita de 95% e da despesa de 80%. Num ano ainda marcado pela pandemia, o presidente da autarquia, Mário Passos diz que o Município soube responder aos desafios. Opinião diferente têm os vereadores do PS, que votaram contra os documentos, alegando de 2021 “não trouxe nada de novo”. Mário Passos, justifica a boa execução com o facto de Famalicão ter conseguido responder à situação de emergência provocada pela pandemia, e ao mesmo tempo, realizar investimentos fundamentais para o concelho e para os famalicenses. “Com muita responsabilidade, minimizamos efeitos da crise em setores profundamente atingidos, ajudamos as pessoas que mais sofreram com a situação e estivemos ao lado das entidades de saúde no combate à pandemia”, refere o edil. Mário Passos, que até outubro integrou o executivo na qualidade de vereador, tendo assumido, a partir daí, a presidência da autarquia, recorda que apesar da conjuntura desfavorável, 2021 “foi também um ano de passos importantes de infraestruturação do futuro do concelho” e dá como exemplos a conclusão das obras de reabilitação do Mercado Municipal, do Teatro Narciso Ferreira, da via

Os documentos foram discutidos em reunião realizada na passada quinta-feira

ciclo-pedonal Famalicão-Póvoa e o avanço das obras da criação da Rede Urbana de Ciclovias e da Reabilitação do Centro Urbano da cidade. “E isto, sem prejuízo do equilíbrio financeiro e da robustez económica do município que se mantém entre os mais saudáveis do país”, afirma, adiantando que a margem absoluta de endividamento é superior a 99 milhões de euros, registando-se um rácio de utilização de apenas 19,5%. Segundo os dados avançados pela Câmara Municipal, a execução da despesa foi de 111 milhões de euros, cabendo neste valor o investimento infraestrutural realizado, mas tam-

bém o investimento imaterial com a disponibilização de dinâmicas educativas, sociais, desportivas, culturais e ambientais, entre outras. “Se bem que estas dinâmicas imateriais sejam classificadas como despesa corrente no documento, elas resultam de um verdadeiro investimento na qualidade de vida dos cidadãos”, justifica Mário Passos. O chumbo do PS A oposição faz um balanço diferente de 2021. Pela voz do vereador Paulo Folhadela, o PS justificou o voto contra com o facto de o investimento e da obra apontada pela maioria que

DIREITO DE RESPOSTA: Ao abrigo da Lei de Imprensa n.º2/99, de 13 de janeiro, artigos 24.º, 25.º e 26.º, o OPINIÃO PÚBLICA recebeu da associação Círculo de Cultura Famalicense um pedido de Direito de Resposta a um artigo publicado em edição anterior, que aqui reproduzimos: "Na sequência do artigo «Fama Rádio consolida-se na “1a Liga” das rádios portuguesas e Cidade hoje na “2a divisão Norte”», publicado a 27 de março de 2022 em famatv.pt, com partilha na página de Facebook do canal, e, mais tarde, a 30 de março de 2022, na edição no1554 do jornal Opinião Pública, o Círculo de Cultura Famalicense, proprietário da rádio Cidade Hoje vem, por este meio, exercer o direito de resposta ao abrigo do artº 24 da lei no 2/99 de 13 de janeiro da Lei da Imprensa por entender ter sido lesado na referida peça jornalística. 1. Face à notícia da FamaTV / Jornal Opinião Pública, na qual a Cidade Hoje é acusada de menosprezar o resultado obtido pela Fama Rádio, cabe-nos esclarecer que a publicação da Cidade Hoje, como é facilmente comprovável, resulta de uma análise jornalística, rigorosa e factual, dos números da área definida pela Marktest como “Litoral Norte” (Vaga 1 / 2022). Mais esclarecemos que, no artigo em causa, apenas houve uma comparação entre a audiência alcançada pela Cidade Hoje (2.3%) e a Fama Rádio (inferior a 0.1%), que se justifica pelo simples facto das duas estações operarem a partir do mesmo concelho, Vila Nova de Famalicão. 2. Lamentamos que, no artigo publicado pela Fama TV e Jornal Opinião Pública, a frase “congénere famalicense (Fama Rádio) que tem uma audiência inferior a 0.1%” que foi citada da Cidade Hoje, tenha sido desenquadrada pela não inclusão de duas palavras: Litoral Norte. Desta forma, ao ser dado o enquadramento territorial, seriam evitados erros de interpretação, uma vez que os resultados que a FamaTV e o Jornal Opinião Pública decidiram apresentar no artigo são da área do Grande Porto, que não contempla o concelho de Vila Nova de Famalicão, para o qual a Fama Rádio está licenciada, e onde, efetivamente, tem menos de 0.1% de audiência. 3. Contrariamente à mensagem implícita no artigo, é correto afirmar que a Cidade Hoje é a rádio local no1 do Litoral Norte, independentemente das considerações feitas à região em estudo. A delimitação da área em analise é da única responsabilidade da Marktest. No entanto, convém referir que vários concelhos da Área Metropolitana do

governa o Município se “traduzir em realizações há muito aguardadas pelos famalicenses”. Paulo Folhadela não esconde que 2021 foi um ano dominado pela crise pandémica, mas também recorda que, nesta matéria, o PS sempre aprovou a medidas adotadas para mitigar os impactos da Covid 19 nos famalicenses e nas empresas. A discordância verifica-se quando a Câmara diz que teve capacidade de captar investimento e de executar obra. “Aquilo que vemos durante o ano de 2021 foi uma parca execução em termos de realização de infraestruturas”, alega o socialista, que aponta como exem-

plo a via ciclo pedonal. “É certamente das obras mais repetidas durante anos e anos por esta maioria e a sua execução já não foi uma novidade, foi mais uma realização pelo cansaço”, afirma. O mesmo acontece, segundo PS, com as vias cicláveis na cidade ou com o Teatro Narciso Ferreira, que é apontado como uma execução de 2021, mas que “não ficou concluído nesse ano”. Depois de ter sido aprovado, por maioria, pelo executivo camarário, o Relatório de Gestão de 2021 vai agora ser discutido e votado em sede da Assembleia Municipal.

Porto fazem, também, parte do estudo do Litoral Norte. 4. A FamaTV / Opinião Pública faltou à verdade ao dizer que a Rádio Cidade Hoje não analisou as audiências do “Grande Porto”, pela simples razão de que não surge nesse ranking. Uma vez mais, a redação destes meios de comunicação optou por ocultar o mais importante e que realmente deveria ser explicado: os estudos de audiência só são disponibilizados às rádios mediante o pagamento dos mesmos e, em momento algum, a Marktest adianta à estação (sem esse pagamento) se a rádio está bem ou mal posicionada no ranking. Nesta vaga, a Cidade Hoje não comprou o relatório de audiências do Grande Porto, optando por adquirir o estudo do Litoral Norte por ser representativo da audiência nos concelhos onde se estima que a rádio seja realmente mais ouvida, dada a sua natureza de Órgão de Comunicação Local. Acresce que o LITORAL NORTE é o único estudo que inclui o concelho de Vila Nova de Famalicão para o qual a Cidade Hoje e a Fama Rádio estão licenciadas. 5. No que concerne às audiências de rádio na internet, a Fama TV / Opinião Pública afirma que a Fama Rádio tem “audiências 12 vezes superiores às da sua congénere”. Em bom rigor era importante que os dados fossem esclarecidos com a indicação de onde foram retirados. Nos vários artigos apresentados pelos meios do grupo Editave, num passado recente, a informação da audiência online era retirada de um portal brasileiro (radios.com.br) que diz medir, apenas e só, os acessos das pessoas que optam por ouvir rádio através daquele site e da app RadiosNet. 6. No que concerne aos acessos aos sites da FamaTV e da Cidade Hoje, a FamaTV / Opinião Pública faz uma análise tendenciosa ao comparar, aparentemente, apenas e só, as visitas ao domínio cidadehoje.pt quando, o domínio principal é o cidadehoje.sapo.pt. Estas análises enviesadas resultam, por norma, em números que não correspondem à realidade servindo somente interesses próprios. O CÍRCULO DE CULTURA FAMALICENSE, como tem feito desde sempre, exige que as plataformas comunicacionais CIDADE HOJE respeitem a verdade e informem com rigor e não aceita que ninguém espelhe nelas comportamentos que não honrem este princípio. António Fernando Sanguêdo Meireles, Presidente da Direção do Círculo de Cultura Famalicense."


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CIDADE

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Protocolo com Ordem dos Médicos Veterinários celebrado durante visita ao CROA

Município reforça verba destinada ao cheque veterinário Cristina Azevedo O presidente da Câmara de Famalicão visitou, na passada sextafeira, as instalações do Centro de Recolha Animal de Famalicão (CROA). A ação ficou marcada pela renovação do protocolo celebrado entre o Município e a Ordem dos Médicos Veterinários sobre o chamado “Cheque Veterinário”, que este ano vai ter um reforço de verba, passando de 45 mil para 50 mil euros. “Este apoio começou com uma verba afeta de 15 mil euros, agora chegamos aos 50 mil e vamos continuar a aumentar se sentirmos que existe essa necessidade. Não queremos que as questões económicas sejam um impedimento para que estes animais tenham os cuidados que precisam”, apontou Mário Passos para quem esta é também uma forma de “democratizar o acesso aos animais de estimação, nomeadamente das famílias carenciadas”. Entre 2018 e 2021, mais de 1000 animais foram esterilizados, desparasitados e vacinados com recurso ao cheque veterinário, medida que arrancou em 2018 para apoiar as famílias famalicenses que não têm condi-

Mário Passos e Jorge Cid assinaram o protocolo que prevê uma verba de 50 mil euros

ções financeiras para os tratamentos médico-veterinários dos seus animais de companhia. A esta parceria estão associadas seis clínicas veterinárias do concelho. Os interessados em beneficiar do cheque veterinário devem contactar o Balcão

Único do município, que através dos serviços de ação social fará a comprovação da carência económica. A medida abrange também as pessoas que adotarem animais no CROA de Famalicão e a própria população animal resi-

dente nestes centro. CROA é “exemplo para o país” A acompanhar Mário Passos na visita esteve o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, que elogiou o trabalho realizado em Famalicão.

Audiências a cidadãos e instituições começam a 2 de maio

Deputado Eduardo Oliveira abre gabinete em Famalicão Eduardo Oliveira, deputado famalicense do PS à Assembleia da República, terá um gabinete no centro de Famalicão, onde semanalmente irá receber em audiência cidadãos ou instituições da sociedade civil do concelho ou do distrito. “Serei um deputado próximo das pessoas. É assim que entendo a ação política. Um político tem que estar disponível para ajudar os cidadãos e as instituições”, explica Eduardo Oliveira, em nota à imprensa. As audiências do deputado, que também é vereador na Câmara de Famalicão, vão começar no próximo dia 2 de maio e vão decorrer todas as segundas-feiras, entre as 9h00 e as 12h00, na sede do Partido Socialista de Famalicão, na Rua de S. João de Deus, mediante marcação prévia, através do email eduardo.oliveira@ps.parlamento.pt. “Na Assembleia da República represento o distrito de Braga, mas sou acima de tudo, um deputado de todos os famalicenses”, afirma Eduardo Oliveira, acrescentando que “a sede do PS-Famalicão será

O gabinete vai funcionar na sede do PS

uma casa aberta a todos e eu serei um deputado presente e em contacto permanente com a sociedade civil”. Em 2021, Eduardo Oliveira foi escolhido pelos membros da Comissão Política Concelhia do PS de Famalicão como candidato a deputado à Assembleia da República, integrando a lista de candidatos

do partido pelo distrito de Braga. “Representarei o concelho de Famalicão e o distrito de Braga, aproximando a nossa terra às esferas de decisão em Lisboa”, defende o deputado socialista, apontando como “um dos objetivos centrais” do seu trabalho como deputado “unir Famalicão a Lisboa”.

“O que vi mostra um grande dinamismo e uma grande sensibilidade por parte da Câmara de Famalicão. A maioria das autarquias devia inspirar-se neste modelo. Está tudo muito bem pensado, muito eficiente e, esteticamente, muito bonito”, disse, acrescentando que o Centro de Recolha Animal é um “exemplo para o país”. Atualmente, o CROA alberga mais de 200 cães e 60 gatos e tem a lotação esgotada, sendo o abandono animal um dos grandes responsáveis por essa situação. Jorge Cid fala num flagelo nacional e reclama mais intervenção do Governo nesta área. Uma das medidas já propostas ao Governo pela Ordem dos Médicos Veterinários foi a anulação do IVA nas consultas veterinárias, algo que colhe o apoio do edil famalicense. “Era da mais elementar justiça que houvesse aqui uma analogia entre a nossa saúde e a destes animais, pois tal como nós, eles também precisam de cuidados permanentes”, referiu. A visita terminou com a assinatura do protocolo entre as duas instituições para a implementação do “cheque veterinário” em 2022.

Programa “Aventura na Páscoa” conta com jovens ucranianos

A iniciativa “Aventura na Páscoa”, organizada todos os anos pela Casa da Juventude de Famalicão por altura das férias escolares do segundo período, fica este ano marcada não só pela habitual diversão, mas também pela inclusão e integração. As atividades, que estão a decorrer ao longo desta semana, contam com a presença de um grupo de nove jovens ucranianos recentemente chegados ao concelho por força da ofensiva militar russa na Ucrânia. “A integração é, assim, realizada num contexto informal, divertido e de cumplicidade geracional” disse a propósito o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, que na segunda-feira, marcou presença no primeiro dia de atividades acompanhado pela vereadora da Juventude, Luísa Azevedo.


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CIDADE

opiniãopública: 13 de abril de 2022

Vereadores apresentaram o assunto na última reunião de Câmara

Rede de Educação e Formação com nova oferta formativa para abril, maio e junho

PS lança ideia de criação de movimento cívico para novo hospital

Com o objetivo de melhorar a qualificação dos recursos humanos, procurando responder às necessidades do mercado de trabalho e à atualização permanente de trabalhadores ativos ou desempregados, a Rede de Educação e Formação de Famalicão tem diversos cursos em fase de inscrição, nas diferentes entidades formadoras existentes no concelho. Estas formações são organizadas em unidades de formação de curta duração, com o objetivo de promover o acesso a qualificações através de percursos flexíveis, modularizados e capitalizáveis, tendo por base os referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações, e destinam-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho e, prioritariamente, sem a conclusão do ensino básico ou secundário. Recorde-se que, desde 2018, mais de 12 mil adultos desenvolveram formações modulares financiadas através das entidades parceiras do Centro Qualifica de Famalicão. O Plano de Formação para os meses de abril, maio e junho pode ser consultado em www. famalicaoeducativo.pt pub

Paulo Amorim abre polo da iad Portugal em Famalicão

No passado dia 1 abril foi inaugurado um polo de Formação da iad Portugal em Calendário, Vila Nova de Famalicão. Este novo espaço, dinamizado por Paulo Amorim, consultor imobiliário na iad Portugal, tem como principal objetivo apoiar, dar formação aos consultores da rede e dinamizar o crescimento da marca na região. A inauguração contou com a presença de Nelson Ferreira, Head of Network da iad Portugal, e Catarina Sequeira, Training & Development Manager da iad Portugal. A iad é a mais inovadora rede de consultores imobiliários independentes sendo líder na transformação digital do imobiliário. Conta já com mais de 800 consultores em Portugal e está presente em França, Espanha, Itália, Alemanha e México.

Os vereadores do PS abordaram o assunto na última reunião do executivo camarário

O Partido Socialista avançou, na reunião de Câmara da semana passada, com a ideia de se criar um movimento cívico para a construção de um novo hospital em Famalicão. O assunto foi abordado antes da ordem do dia, pelo vereador Eduardo Oliveira, que é também líder da concelhia socialista e deputado pelo partido à Assembleia da República. Enfermeiro de profissão, precisamente na Unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), Eduardo Oliveira disse “conhecer há muito a realidade vivida” no hospital, “pelo que, enquanto profissional de saúde e responsável político, tenho pugnado pelo reforço da capacidade instalada, pela dignificação dos seus profissionais e pela melhoria das respostas e alargamento da oferta do Serviço Nacional de Saúde que serve a comunidade famalicense”. Eduardo Oliveira, que foi também candidato à Câmara nas últimas eleições autárquicas e que defendeu a construção de

um novo hospital durante a campanha eleitoral, trouxe à reunião do executivo a ideia de ser criado um movimento cívico, “aberto a todas as forças políticas com implantação no concelho e à sociedade civil famalicense, com um único propósito: a promoção e dinamização de uma ampla reflexão e debate sobre a construção de um novo hospital público em Famalicão”. O socialista, que também em campanha eleitoral já tinha defendido a criação desse movimento cívico, desafiou o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, a ser o primeiro subscritor do mesmo e a convocar a primeira reunião aberta a todas as forças políticas e entidades concelhias. Na resposta, o edil manteve aquilo que tem vindo a defender sobre esta matéria: que o CHMA tem um Conselho de Administração e que deve ser este órgão “a sinalizar os défices e as lacunas”. Reafirmando que nunca ouviu por parte do referido Conselho de Administração a neces-

sidade de construção de um novo hospital, Mário Passos sustentou ainda que o assunto deve ser merecedor de uma “análise técnica para saber a trajetória que devemos seguir: um hospital novo ou a ampliação ou restruturação do atual”. De qualquer forma, o presidente da Câmara entende que essa matéria terá sempre que passar, em primeira instância, pelo Conselho de Administração do CHMA e, se assim, for diz estar “muito disponível” para se “aliar” a qualquer movimento ou causa “para melhorar a prestação dos cuidados de saúde em Famalicão”. Um dia após a reunião do executivo, na sexta-feira, Eduardo Oliveira reagiu, em comunicado, a esta posição. “Como tem sido hábito, o presidente da Câmara fugiu ao debate desta questão estratégica e importante para Famalicão e para a saúde dos famalicenses e não aceitou a ideia de criar um Movimento Cívico para um novo hospital público”, atirou. C.A.

Praça D. Maria II recebe feira do Emprego em maio O Município de Famalicão vai realizar nos dias 12, 13 e 14 de maio próximo uma Feira de Emprego, aberta à comunidade, que visa mostrar oportunidades no mercado de trabalho existentes na região e dar a conhecer e potenciar a ligação com o mundo empresarial. O certame vai decorre na Praça D. Maria II e tem como destinatários alunos finalistas e adul-

tos empregados e desempregados. As empresas têm ao seu dispor um stand para divulgação das ofertas de trabalho, recolha de CV e troca de informação com alunos em fim de ciclo de estudos e desempregados. No mesmo espaço vai decorrer também um programa paralelo de promoção e apresentação institucional das empresas.


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CIDADE

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Sociais-democratas dizem que a situação só não é pior porque a Câmara tem avançado

PSD lamenta “falta de investimento” do governo na área da Saúde Cristina Azevedo A Concelhia de Famalicão do PSD chamou os jornalistas, na passada segunda-feira, para falar do atual estado da Saúde no concelho. Os sociais democratas dizem que Famalicão apresenta “graves deficiências na prestação dos cuidados de saúde à população” e que a situação só não é pior porque a Câmara Municipal tem-se substituído à Administração Central e ao governo. As consultas de medicina dentária gratuitas, a Clínica da Mulher e do Adolescente criada no hospital, bem como o edifício de apoio à urgência, a disponibilização de viaturas ao ACES para acompanhamento dos casos Covid e a Unidade de Saúde Familiar de Requião são exemplos apontados pelo PSD de investimentos realizados pela autarquia “em matérias da responsabilidade exclusiva do governo”. Relativamente à USF de Requião, a Concelhia social democrata – representada na conferência de imprensa pelo vice-presidente Jorge Paulo Oliveira e pela coordenadora para a área da Saúde, Susana Forte – classifica de “indecorosa” a acusação do PS local dirigida ao presidente da Câmara Municipal sobre a apropriação da cerimónia de lançamento da requalificação e ampliação daquela unidade para a sua promoção pessoal. O PSD lembra que o Município contribuiu com 15% do seu orçamento para aquela obra, sendo os restan-

Susana Forte e Jorge Paulo Oliveira foram os porta-vozes das posições do PSD

tes 85% objeto de financiamento comunitário, assumindo ainda os projetos de execução e aquisição de mobiliário. “O PS não ignora que este importante investimento não tem qualquer financiamento por parte do Orçamento do Estado, apesar de falaciosamente afirmar o contrário”, atira Jorge Paulo Oliveira. Para o PSD, nos últimos seis anos, à ex-

ceção da criação de um gabinete médico extra na USF de Ribeirão, “os sucessivos governos de António Costa não fizeram um único investimento digno desse nome nas unidades de saúde em Famalicão”. “Proposta de movimento cívico não é séria” Os sociais-democratas vão ainda mais

longe nas críticas e acusam os executivos do PS de descriminar Famalicão, dando como exemplo o que se passa no Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). “O governo não teve disponibilidade para investir 300 mil euros na Clínica da Mulher e da Criança na unidade de Famalicão, mas anunciou, um investimento na ordem dos 5,3 milhões de euros, para a unidade de Santo Tirso, que até é do mesmo partido”, afirma Jorge Paulo Oliveira. De igual modo, aponta, como segundo exemplo, o anúncio do governo de que no CHMA iria nascer um edifício de raiz para receber uma unidade de internamento de Saúde Mental, que seria implementada em Santo Tirso, segundo afirmações da ministra da Saúde. “Sobre estas atitudes discriminatórias também o PS local nunca se insurgiu”, diz Jorge Paulo Oliveira que, por isso, considera que a recente proposta dos socialistas de criar um movimento cívico para a construção de um novo hospital em Famalicão “não é séria”. “Um partido que não foi capaz, nos últimos seis anos, de reclamar investimento para a unidade de Famalicão do CHMA, que não foi capaz de protestar contra a sua secundarização, quer que seja um movimento cívico a reivindicar do Governo aquilo que o próprio não tem coragem de fazer diretamente”, acrescenta o dirigente social-democrata. pub


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CIDADE

opiniãopública: 13 de abril de 2022

Ação incluiu passeio pelas vias cicláveis da cidade

Escola D. Sancho I sensibiliza para a mobilidade sustentável No passado dia 4 de abril, viária para os utilizadores de bicicletas e trotinetes dinamizada um camião com cerca de 70 caipelos agentes do Programa Es- xas com roupa, alimentos e produtos de higiene saiu em cola Segura. direção ao centro comunitário S. Apoio aos refugiados Cirilo (comunidade de inserção ucranianos jesuíta que acolhe e capacita faSensibilizados pela guerra mílias, migrantes e refugiados, a entre a Ucrânia e a Rússia, a passar por fases temporárias de turma 2 do 11º ano do Agrupa- fragilidade social) e para a Assomento de Escolas D. Sancho I, ciação Vida Norte. em parceria com o Leo Clube de “A iniciativa fará, por certo, a Famalicão, levou a cabo uma diferença na vida daqueles que campanha de recolha de bens hoje sofrem as consequências para os refugiados ucranianos deste flagelo”, refere a escola que chegam a Portugal. em comunicado.

A Escola D. Sancho I promoveu, a semana passada, uma ação de sensibilização para a mobilidade sustentável, concretamente, para a mobilidade ativa ciclável na cidade. Nesse sentido, a área disciplinar de Educação Física, em parceria com a Equipa de Cidadania e Desenvolvimento, dinamizou diversas atividades entre os dias 6 e 8 de abril. No dia 6, alunos e professo-

res das escolas D. Sancho I e Júlio Brandão juntaram-se para um animado passeio de bicicleta que contou com a participação mais de 50 crianças e jovens e que permitiu também assinalar o Dia da Atividade Física. Percorrendo algumas das recentes vias cicláveis da cidade, o grupo desfrutou da manhã solarenga e do convívio saudável entre todos. Este passeio contou com a colaboração do grupo de estagiários

de Educação Física e com o apoio dos agentes da PSP do Programa Escola Segura que acompanharam o percurso e zelaram pela segurança de todos. No dia 8, realizou-se simbolicamente a entrega de bicicletários à escola, cerimónia que contou com a presença da vereadora da Mobilidade e da Segurança Rodoviária. Realizou-se também uma sessão de sensibilização sobre Segurança Rodo-

Atelier de Música Colaborativa com inscrições abertas Estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Atelier de Música Colaborativa com mentoria de Tim Steiner. O atelier, promovido pelo Município de Famalicão em parceria com a Ondamarela no âmbito do projeto “Há cultura - Cultura Para Todos”, decorre de 20 de maio a 4 de junho, no Parque da Devesa. Dirigido a agentes musicais e sociais que atuem junto de comunidades de Famalicão, ao longo de seis sessões os formandos aprenderão, de forma sempre prática e direta, as bases de um eficaz trabalho musical colaborativo, com um dos mais experientes profissionais desta área: o compositor e maestro inglês, Tim Steiner. A primeira edição do Atelier de Música Colaborativa aconteceu em Delães entre 17 de setembro e 6 de novembro de 2021, em que participaram mais de uma dezena de agentes musicais e sociais do concelho, numa ação de capacitação que culminou com uma atividade final envolvendo um grupo comunitário no último dia de formação. A inscrição neste atelier é gratuita e obrigatória, havendo um limite de 15 participantes. O formulário de inscrição está disponível no site do Município de Famalicão, até ao próximo dia 5 de maio, sendo a seleção dos participantes feita pela direção artística do atelier e comunicada diretamente aos candidatos. pub


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CIDADE

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Por parte Direção Geral das Artes

Casa das Artes vai receber apoio anual de 200 mil euros para a sua programação A Casa das Artes de Famalicão vai passar a contar com um apoio anual direto à sua programação no valor de 200 mil euros, como resultado da candidatura apresentada ao primeiro Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. O anunciou foi feito pela Câmara Municipal que realça que se trata do primeiro apoio estatal conseguido para a programação daquele espaço nos seus 20 anos de existência e de programação artística regular. “Um claro êxito das políticas culturais definidas pela Câmara Municipal e executadas pela Equipa Multidisciplinar de Gestão, que colocaram a candidatura da Casa das Artes como a terceira mais bem classificada do país”, pode lerse na nota à imprensa. A autarquia assegura que com este apoio adicional, toda a programação definida pela direção artística da Casa das Artes vai conhecer uma alavancagem inédita, da qual o espetador em geral e o público famalicense em particular vai ficar a ganhar. “Em termos culturais, o investimento que é feito nem sempre resulta em algo imediato e palpável. A Casa das Artes levou 20 anos a poder contar com um

O Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), o primeiro a ser promovido no país, recebeu 61 candidaturas; destas foram excluídas 4 em fase de verificação, pelo que a comissão apreciou um total de 57 candidaturas.

A Casa das Artes como a terceira mais bem classificada do país

apoio direto tão elevado e só a qualidade da candidatura apresentada bem como todo o histórico da sua atividade colocaram o nosso teatro municipal com as condições para aceder a estes financiamentos”, sublinha o presidente da Câmara, Mário Passos, assinalando o “esforço

Famalicão promove conferência sobre o tempo e as paisagens O Dia Mundial da Terra vai ser assinalado em Famalicão com a conferência “Mudam-se os tempos, mudam-se as paisagens”, que acontece no pequeno auditório da Casa das Artes, no próximo dia 22 de abril. Organizada no âmbito da exposição “Naturalmente Famalicão – Cronologia de uma paisagem” que está patente na Casa do Território, a conferência começa às 14h30 e tem entrada gratuita, sujeita a inscrição obrigatória até dia 20 de abril, através do email casadoterritorio@famalicao.pt. Com um painel de investigadores em diversas áreas relacionadas com a temática, o encontro visa promover a reflexão sobre o conceito de paisagem, os diferentes fatores que influenciam a sua transformação, os impactos para a natureza e para as populações, bem como as principais mudanças ocorridas ao longo do tempo e até à atualidade, e o que esperar da paisagem do futuro. “O facto de a iniciativa acontecer no Dia Mundial da Terra, surge como forma de contribuir para a formação de uma consciência ambiental mais forte e alertar para a necessidade de proteção e utilização moderada dos recursos naturais”, refere a autarquia famalicense, em nota à imprensa. Além da conferência, o programa inclui ainda a inauguração, pelas 19 horas, no Parque da Devesa, da instalação artística “Ecos”, criada no âmbito da iniciativa Jardim Orizuro que a Companhia de Música Teatral levou a cabo me Famalicão.

constante e ininterrupto do Orçamento Municipal para assegurar a qualidade artística da programação da Casa das Artes”. Na passada segunda-feira, a Direção Geral das Artes (DGArtes) comunicou às entidades concorrentes a proposta de deci-

são que prevê a atribuição de apoios a 38 equipamentos culturais, com valores entre os 50 mil e os 200 mil euros anuais, em 2022, 2023, 2024 e 2025, em 35 NUTS III do país. O objetivo principal destes apoios é promover uma oferta cultural regular e contínua em todo o território.

As entidades que concorreram foram avaliadas tendo em conta a apresentação de um plano de programação dedicado às artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro), podendo ainda incluir outras áreas, como artes visuais, cinema ou ações de formação. A apresentação de, pelo menos, 15% de obras que tenham recebido apoio da DGArtes, no domínio da criação, e a realização de, no mínimo, 10% de coproduções originais, foram outros dos critérios considerados na análise das candidaturas. No próximo mês de maio, será ativado no plano nacional, um conjunto de ações de valorização e qualificação de recursos humanos, com enfoque em várias áreas e funções profissionais, da técnica à programação, da mediação à comunicação, da acessibilidade ao financiamento.

Praça - Mercado Municipal vence prémio nacional de imobiliário O projeto da Praça - Mercado de Famalicão venceu o Prémio Nacional de Imobiliário 2022 na categoria de Equipamentos Coletivos. Em cerimónia realizada na última quinta-feira, dia 7 de abril, em Sintra, o arquiteto Rui Mendes Ribeiro, autor do projeto e quadro superior do município, recebeu o troféu daquele que é o mais mediático acontecimento do mercado imobiliário em Portugal. Promovido pela revista Magazine Imobiliário, o concurso, tradicionalmente conhecido por “óscares” do Imobiliário, existe desde 1996 e destaca-se pela composição do júri, com personalidades ligadas a este setor, e pela seleção muito rigorosa dos finalistas. O concurso distingue os empreendimentos nas categorias de Comércio, Escritórios, Habitação, Equipamentos Coletivos, Turismo e Reabilitação, a par do Melhor Empreendimento do Ano. A Praça - Mercado Municipal de Famalicão renasceu no dia 25

de Abril de 2021, depois de uma profunda obra de renovação deste espaço icónico famalicense, inaugurado originariamente há 80 anos. A intervenção

teve como objetivo tornar o mercado mais moderno, mais atrativo, mais funcional e potenciador de novas experiências e vivências culturais e urbanas.


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FREGUESIAS

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Mesa redonda marcou a celebração do Dia do Agrupamento

Agrupamento de Ribeirão debateu a escola como promotora de cultura O Agrupamento de Escolas (AE) de Ribeirão celebrou, no passado dia 6 de abril, o Dia do Agrupamento, que teve como ponto alto uma mesa redonda, com a participação dos presidentes das juntas de freguesia das comunidades abrangidas pelo território do AE, sobre o tema “A escola, (pro)motora de cultura e multiculturalidade”. A iniciativa, organizada pelo Clube dos Media, sob orientação do professor Acácio Sanches, reuniu no auditório da EB 2,3 de Ribeirão os alunos delegados e subdelegados de todas as turmas e a Associação de Estudantes, bem como os membros do Conselho Geral e os representantes da Associação de Pais. Judite Costa, autarca de Vilarinho das Cambas destacou que a escola é quem, muitas vezes, introduz o cidadão no mundo da cultura e das artes, proporcionando aos alunos a primeira ida ao teatro, o primeiro bailado, a entrada no primeiro museu. Por outro lado, na escola, quando recebemos as pessoas de outras culturas, “enfrentamos a dificuldade das diferenças, mas, depois, vem a amizade e nada mais interessa”, acrescentou.

A iniciativa reuniu os autarcas das freguesias abrangidas pelo Agrupamento

Por sua vez, Jorge Ferreira, autarca de Lousado, evidenciou o papel da escola na comunidade como promotora da cultura e destacou o apoio da Associação de Pais e a competência do corpo docente, afirmando ser sua preocupação que, na escola, tudo funcione. Assinalou, ainda,

a importância da escola, nos tempos atuais, desenvolver a sua capacidade de acolher e integrar as minorias étnicas e sociais. Adelino Costa, autarca de Fradelos, focou a necessidade de cativar os alunos para as raízes da nossa cultura, pela impor-

tância de preservar o que é nosso e de lutar pela nossa identidade. Nesse sentido, teceu críticas à forma atual de “atribuir nomes estrangeiros às realidades que são nossas” e que deveriam, na sua opinião, ser designadas e definidas em português.

Por fim, usou da palavra Leonel Rocha, autarca de Ribeirão e professor no Agrupamento, para afirmar que “é a escola que nos prepara para a vida, porque nos educa formalmente em diversas variáveis culturais”. Nesse sentido, a escola funciona “como promotora da cultura e dos sonhos dos alunos e da comunidade”. E acrescentou: “A escola tem, assim, nas suas mãos a responsabilidade de desenvolver culturalmente os territórios, promovendo não só a nossa identidade, mas também o acolhimento de outras identidades culturais”. A terminar, a diretora do Agrupamento, Elsa Carneiro, sublinhou o Projeto Cultural da Escola, cuja missão consiste em “indisciplinar a escola”. Esta afirmação “provocante” teve a finalidade de alertar os presentes para a missão escolar de “viver e reviver o património, mas com inovação”. Por isso, solicitou aos delegados e subdelegados das turmas que fossem portavozes desse desígnio e promovessem debates com os seus colegas, para “deitar abaixo o muro entre a escola e a comunidade”.

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Seide reuniu cerca de 70 antigos combatentes da freguesia

No passado sábado, a Junta de Seide promoveu uma iniciativa de homenagem aos antigos combatentes da freguesia, organizando um dia de convívio e de reconhecimento, que reuniu cerca de 70 antigos combatentes. A manhã começou com uma missa, concelebrada pelos padres João Antunes e Nuno Vilas Boas, responsáveis das paróquias de S. Miguel e de S. Paio. Após o almoço, foi realizada uma visita ao Museu da Guerra Colonial de Famalicão e, no regresso, inaugurou-se uma exposição de fotografias de guerra, que está em exibição no átrio da sede da Junta de Freguesia, até ao final do mês de abril. O presidente da Junta de Freguesia, Tomás Sousa, agradeceu a presença de todos, estando satisfeito com a alegria manifestada pelos presentes, nesta primeira edição que pretendeu iniciar um processo de identificação e de registo dos antigos combatentes da freguesia, inexistente até então. O momento da entrega de uma lembrança a cada um foi ainda marcado pelas palavras do representante da Câmara Municipal de Famalicão. O vereador Ricardo Mendes louvou a iniciativa da Junta de Freguesia, dirigindo palavras de gratidão, admiração e de reconhecimento aos antigos combatentes, sublinhando a sua entrega e sentido de serviço à pátria. O dia terminou com a partilha de um brinde à saúde de todos.


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No passado fim de semana

Freguesia de Novais acolheu regresso das Mostras Comunitárias

Depois de dois anos de interregno por causa da pandemia de Covid 19, as Mostras Comunitárias regressaram, no passado fim de semana, a Famalicão, para mostrar o trabalho das associações e movimentos das freguesias. O novo ciclo começou na freguesia de S. Simão de Novais que, durante dois dias, multiplicou-se em iniciativas, com destaque para o Mercado Nazareno, mas cujo programa que incluiu também oficinas pascais, gastronomia, desporto e animação musical. O presidente da Câmara de Famalicão visitou o certame no domingo de manhã, e não escondeu a sua satisfação pelo regresso destes certames. “Percecionamos bem esta necessidade de reatar as Mostras Comunitárias, por forma a dar um contributo para o reencontro, para a confraternização e socialização”, referiu ao OPINIÃO PÚBLICA. O presidente da Junta da UF de Ruivães e Novais, Duarte Veiga, que acompanhou o edil famalicenses, adiantou que a

paragem forçada de dois anos traduziu-se numa oportunidade para fazer melhor. “Tendo o privilégio de ser a primeira mostra pós-pandemia do concelho, quisemos inovar e, no sábado, á noite criamos uma encenação da última ceia de Cristo, que foi um momento fantástico e histórico para a nossa comunidade”, realçou. Para os participantes, a Mostra Comunitária é numa oportunidade importante, não só para mostrarem os eu trabalho, como

para angariar verbas. Liliana Fernandes, da Associação de Pais da EB de Novais, que apresentou no certame vários produtos para venda, realçou precisamente que a iniciativa permite “recuperar o tempo perdido com a pandemia na angariação de verbas necessárias ao desenvolvimento de algumas atividades que promovemos na escola”. Depois de Novais, nos dias 23 e 24 de abril realiza-se a Mostra Comunitária de Cavalões.

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FREGUESIAS

Escola da Carreira cria horta biológica No âmbito do Programa Eco-Escolas, foi criada a horta biológica na Escola Básica da freguesia da Carreira com o objetivo de sensibilizar os alunos para criação de relações com a Natureza, bem como a consciencialização da importância da terra, na produção de alimentos saudáveis. Segundo a escola, o trabalho foi árduo, mas valeu a pena. Foi necessário limpar e preparar o solo para o plantio de diversas espécies: cebolo, alface, beterraba, curgete e outras. Agora, é só zelar e esperar que a horta presenteie a comunidade escolar com saudáveis legumes.

Escuteiros de Riba d’Ave promovem Feira de Talentos O Agrupamento de Escuteiros de Riba d’Ave vai realizar a “IX Feira de Talentos”, evento que tem como objetivo dar a conhecer os artistas daquela vila e proporcionar um fim-de-semana cultural. O certame irá decorrer nos dias 21 e 22 de maio, no Salão Paroquial de Riba d’Ave. Os interessados em expor os seus trabalhos ou em participar na animação musical da feira devem dirigir-se à sede do Agrupamento, aos sábados, durante a tarde, a fim de preencherem a ficha de inscrição, ou ligarem para o telemóvel 918159115 ou 917485629, até ao dia 14 de maio. pub

Agrolemenhe, há 31 anos lado a lado com os clientes

Escola de Bairro “veste-se de azul” e alerta para os maus–tratos na infância Abril é o mês da prevenção dos maus tratos na infância e a Escola Básica e Jardim de Infância de Bairro veste-se” de azul para que todos os que por ali passam fiquem atentos aos sinais de risco. Foi ainda realizado um painel, com o intuito de sensibilizar a comunidade escolar para este problema, que se encontra afixado no exterior da escola. A campanha da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e devem ser comunicadas. O é o Mês Internacional da PreJovens chama a atenção da so- 961231111 é o número da linha venção dos Maus-Tratos na Inciedade para situações que para crianças em perigo e abril fância.

A Agrolemenhe está a festejar 31 anos de existência. A empresa, que se dedica à comercialização de produtos agrícolas, continua com o mesmo objetivo desde o primeiro dia: trabalho, humildade, persistência e gosto genuíno pelo que faz. Distribuidor oficial das rações Valouro desde a sua génese, a Agrolemenhe é distribuidor oficial dos adubos Deiva e Entec, milho Pioneer, e produtos fitofármacos. No mesmo espaço pode encontrar rações para animais, fertilizantes, sementes, pintos, artigos para o lar e muito mais. A Agrolemenhe está situada em Lemenhe, na rua de Salgueiros e armazém na Estação em Nine. Neste aniversário, não perca as campanhas em loja. Saiba mais em agrolemenhe.pt.


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opiniãopública: 13 de abril de 2022

Falecimentos

António Silva Rodrigues Missa de 26º Aniversário de Falecimento

Vimos, deste modo, convidar todos os familiares e amigos a participar na missa do 26º aniversário de falecimento do nosso ente querido. A eucaristia vai celebrar-se no dia 16 Abril, pelas 21h, na Igreja Matriz Nova, para recordar, com saudade, a memória do nosso ente querido Desde já o seu profundo reconhecimento a quantas se dignarem assistir a este piedoso acto. A Família

Rosa Maria Campos Macedo, no dia 4 de abril, com 69 anos, solteira, de Mouquim.

Avelino Machado de Sousa, no dia 10 de abril, com 69 anos, de S. Tomé de Negrelos (Santo Tirso).

Rosa Ferreira Gonçalves, no dia 4 de abril, com 92 anos, viúva de Augusto Rodrigues de Sousa, de Jesufrei.

Ana da Silva, no dia 9 de abril, com 91 anos, viúva de Amândio da Silva Costa, de Delães.

Eduardo da Costa e Sá Oliveira, no dia 6 de abril, com 67 anos, casado com maria Alzira Ferreira da Silva, de Arnoso Santa Eulália.

Adão Ferreira Carneiro, no dia 9 de abril, com 84 anos, casado com Rosa Machado Vicente, de Bairro.

Jorge Filipe de Oliveira Santos, no dia 7 de abril, com 47 anos, casado com Maria de Fátima Cruz Pinto dos Santos, de Cambeses (Barcelos). Maria Armandina Pinto Vilela, no dia 7 de abril, casada com Martinho da Silva Gomes, de Arentim (Braga). Leonor Campos de Melo, no dia 8 de abril, com 93 anos, viúva de José Simões Correia, de Cruz. Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

José Fernando do Carmo Teixeira, no dia 3 de abril, com 85 anos, casado com Maria Lucinda Barbosa Martins, de Calendário. Aida Maria Machado Ferreira, no dia 4 de abril, com 78 anos, viúva de João Gonçalves, de Vila Nova de Famalicão. Inácio Ferreira Mendes, no dia 11 de abril, com 86 anos, casado com Maria da Graça Coelho da Silva, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Augusta Martins das Neves Sobral dos Santos, no dia 5 de abril, com 94 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Manuel Fernandes Dias, no dia 6 de abril, com 73 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Fernanda Maria de Sousa Cruz, no dia 6 de abril, com 52 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Francisco Manuel Ferreira de Freitas, no dia 6 de abril, com 63 anos, casado com Zélia Moreira Torres Freitas, de Santiago de Bougado (Trofa). Maria Emília da Costa Dias, no dia 10 de abril, com 87 anos, viúva de Joaquim Rodrigues da Silva, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

Deolinda de Azevedo Gomes, no dia 4 de abril, com 81 anos, viúva de Rúben Armindo da Silva Azevedo, de Ribeirão.

Laurinda Moreira da Silva, no dia 5 de abril, com 90 anos, viúva de Manuel Ferreira da Silva Araújo, de Rebordões (Santo Tirso). Laura da Silva, no dia 7 de abril, com 92 anos, viúva de Abílio Gonçalves, de Lordelo (Guimarães). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Esmeralda Catarina Fernandes Azevedo, no dia 4 de abril, com 30 anos, de Gavião. Serafim Jorge da Silva Sá, no dia 5 de abril, com 54 anos, solteiro, de Esmeriz. Fernando Nunes Marques, no dia 6 de abril, com 86 anos, casado com Cremilda Fernanda de Sousa Gomes, de Landim. Maria Camila da Costa Nascimento, no dia 6 de abril, com 90 anos, casada com Rodrigo Rodrigues Carneiro, de S. Simão de Novais. Ricardo Daniel Pereira Fernandes, no dia 8 de abril, com 33 anos, solteiro, de Areias (Santo Tirso). João Martins Rodrigues, no dia 8 de abril, com 74 anos, casado com Maria da Conceição Faria da Costa, de Vermoim. Menino Rafael Rodrigues Cavaco Xavier, no dia 9 de abril, com 2 meses, de Cabeçudos. Alberto de Sá Gomes, no dia 9 de abril, com 83 anos, casado com Felicidade Rosa da Silva Lobo, de Cabeçudos. Américo de Araújo Gonçalves, no dia 9 de abril, com 64 anos, casado com Filomena Marques Cardoso Gonçalves, de Seide S. Paio. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

João de Castro Oliveira, no dia 04 de abril, com 75 anos, casado com Aldina Maria Dias de Melo, de Calendário. José Mário Pinto Oliveira, no dia 10 de abril, com 57 anos, casado com Ana Paula da Silva Ferreira, de Calendário. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207

Laurinda dos Santos e Silva, no dia 6 de abril, com 93 anos, viúva de Adelino Reis Couto, de Ribeirão.

Maria Olinda Pereira Cancela, no dia 7 de abril, com 75 anos, casada com Amadeu da Silva Costa, de Gondifelos.

José Maria Faria Carneiro, no dia 6 de abril, com 80 anos, casado com Albina Reis de Oliveira, de Ribeirão.

Manuel Gomes da Silva, no dia 6 de abril, com 82 anos, casado com Laura de Araújo Faria, de Outiz.

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433

Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147


opiniãopública: 13 de abril de 2022 FREGUESIAS 13

Investimento superior a 1 milhão de euros

Novo acesso à zona industrial de Lousado já está aberto à circulação de veículos A nova acessibilidade ao Parque Industrial Terra Negra, na zona sul do concelho, onde pontuam empresas como a Continental Mabor e a Leica, já está aberta à circulação de veículos, anunciou a Câmara Municipal de Famalicão A intervenção, que, segundo a autarquia, ficará concluída brevemente com a conclusão dos passeios pedonais, representa um investimento superior a 1 milhão de euros, numa via estruturante para o crescimento industrial com 1200 metros de extensão, ligando a rotunda de Santana, em Ribeirão, na Estrada Nacional 14, até à zona industrial onde está implantada a Continental, uma das maiores empresas exportadoras do país. Numa segunda fase, que deverá ficar concluída ainda neste primeiro semestre do ano, a empreitada abrange o prolongamento da

nova via, entre a rotunda da nova entrada da Continental e o Loteamento Industrial da Carvalhosa, na freguesia de Lousado. Com este prolongamento, numa extensão de 650 metros, cria-se uma verdadeira circular a esta zona industrial. A empreitada inclui a criação de um acesso público entre a Rua da Circulação e a Rua de Montoito, através de um viaduto que existe no local e que passará para o domínio público por acordo entre o município e a Continental. “É uma artéria fundamental para aquela importante zona industrial do concelho e mesmo para o país. Vai permitir transferir para aqui o trânsito pesado que serve as indústrias daquela zona, ajudando-as a crescer, libertando os acessos junto de zonas residenciais para o trânsito ligeiro”, refere o presidente da Câmara, Mário Passos.

Mário Passos visitou locais de implementação do projeto em Fradelos

Famalicão desenvolve “Life” para minimizar efeitos das alterações climáticas

Momento da visita do presidente da Câmara aos locais do projeto

O projeto “Life – Natural Adapt 4 Rural Areas”, promovido pelo município de Famalicão para a minimização das alterações climáticas no território, está no terreno. A recuperação de um tanque de grandes dimensões na Etar de Agra, no Rio Ave, e a sua transformação numa Fito Etar – uma espécie de ilha flutuante em cortiça onde crescem plantas que ao se desenvolverem absorvem uma quantidade muito grande de nutrientes poluentes, permitindo a reutilização das águas residuais na agricultura – é uma das ações mais inovadoras do projeto. O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, esteve recentemente na freguesia de Fradelos onde teve a oportunidade de visitar a área de intervenção do projeto, que apresenta um custo elegível de 1,8 milhões

de euros e viu aprovado um apoio na ordem de 1 milhão no âmbito de uma candidatura apresentada em parceria com as Águas do Norte ao programa “Life” da União Europeia. O edil famalicense enalteceu o desenvolvimento deste projeto em Famalicão. “Ações como esta urgem nos tempos que correm. Temos que olhar para o nosso território e perceber o que podemos fazer para proteger o meio ambiente e reduzir a pegada ecológica. Este projeto é a prova de que esta é uma das nossas principais preocupações políticas”, referiu. O “Life – Natural Adapt 4 Rural Areas” destaca-se ainda pelas soluções apresentadas baseadas no ecossistema, isto é, na replicação e aproveitamento dos “serviços” que a natureza providencia naturalmente.

Assim, outra das ações previstas é a recuperação de habitats naturais que têm a capacidade de reter a água e infiltrá-la nos lençóis freáticos, evitando assim o efeito das cheias a montante e aumentando a quantidade de água nos lençóis para utilização durante o verão, em períodos de seca. Esta ação diz, essencialmente, respeito à recuperação de dois ecossistemas, um na Ribeira de Fradelos e outro nas Charcas. Com a implementação destas ações, prevê-se que o projeto contribua para os objetivos climáticos, nomeadamente no que diz respeito a um melhor desempenho ambiental e climático pela redução de resíduos, maior resiliência a inundações, melhoria da qualidade das águas residuais para reutilizações económicas e humanas.

Mário Passos realizou “Presidência de Proximidade” em Ribeirão

A iniciativa “Presidência de proximidade” levou o presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos a visitar, a semana passada, a vila de Ribeirão. Fazendo-se acompanhar por membros do executivo da Junta de Freguesia e de técnicos municipais, Mário Passos percorreu a território ribeirense, tendo passado pela Colina do Ave, Bragadela, Portela, Ferreiros, Cerco e Xisto, bem como pelo centro da vila, onde verificou as condições das vias e dos espaços públicos, aferindo necessidades de melhoria dos espaços, inclusive condições de circulação rodoviária e pedonal. Na sessão com a comunidade, realizada na sede da Junta de Freguesia após a visita ao terreno, os ribeirenses partilharam com o líder do executivo municipal preocupações relacionadas com a requalificação das áreas ribeirinhas, a necessidade de valorização do património cultural e natural, a melhoria das condições para a prática de atividades desportivas e dos meios logísticos das coletividades ligadas ao apoio social, a implementação de projetos europeus que potenciem a intervenção social jovem, assim como a integração de cidadãos ucranianos na comunidade local. “Ninguém fica para trás”, realçou Mário Passos, lembrando o seu compromisso eleitoral. “Estar próximo das pessoas, permitenos apetrechar-nos de toda a informação e conhecimento, por forma a estabelecer prioridades realistas e coerentes com as verdadeiras necessidades das comunidades de freguesia”, referiu o edil famalicense.


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opiniãopública: 13 de abril de 2022

Educação Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares Agrupamento de Escolas de Gondifelos, Vila Nova de Famalicão

AVISO

Abertura de concurso para Diretor

Nos termos do disposto no artigo 22º. do DecretoLei nº. 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº. 137/2012, de 2 de julho, tornase público que, por publicação do Aviso nº. 7487/2022, da II série do Diário da República de 12 de abril de 2022, e publicitação na página eletrónica do Agrupamento de Escolas de Gondifelos, Vila Nova de Famalicão (http://www.aegondifelos.pt), se encontra aberto, pelo prazo de dez dias úteis, a contar do dia seguinte ao da publicação do referido Aviso no Diário da República, o procedimento concursal prévio à eleição do Diretor do Agrupamento de Escolas de Gondifelos, Vila Nova de Famalicão. Gondifelos, 12 de abril de 2022

O Presidente do Conselho Geral Carlos Alberto Pinto Bom

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Empresa do setor Aftermarket Automóvel, pretende reforçar equipa. Perfil pretendido:

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opiniãopública: 13 de abril de 2022 PRAÇA PÚBLICA 15

Diário famalicense

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

António Cândido Oliveira

Domingos Peixoto

Informação e opinião

Representantes do povo Do “A Bem da Nação” que todos quantos tiveram de se dirigir por escrito a quaisquer instituições obrigatoriamente antecederam a sua assinatura durante o Estado Novo, passamos, na democracia emergente da revolução de Abril passamos a usar termos como “o povo, democraticamente, liberdade, igualdade” para nos afirmarmos no exercício das funções públicas ou para lhes reivindicar esses procedimentos. E, apesar de em regra as eleições gerais se processarem através de listas de candidatos percebemos que, no caso das autarquias, já sabemos que os presidentes de junta, de câmara e da assembleia municipal vão ser os cidadãos que encabeçam a lista que for mais votada pelos respetivos eleitores (o povo!). Em mais nenhum caso isso acontece, nomeadamente com o primeiro ministro (PM) como, aliás, temos bem presente (geringonça)! O presidente da república (PR) é o único órgão eleito uninominalmente (artº.s 121.º e 124.º (CRP). Já o PM é o único cargo não eleito. Vejamos o artº. 187º. CRP: “1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”. De resto, os restantes presidentes dos órgãos deliberativos - AR e assembleia de freguesia -, são eleitos pelos seus pares dos mesmos órgãos (representantes do povo). Os 2 parágrafos anteriores só se justificam pela “polémica” criada à volta do discurso do PR na tomada de posse do governo, tendo presente que Marcelo Rebelo de Sousa é um jurista e constitucionalista de competência acima da média e “nunca” poderia dizer o que disse sem ser para “manietar” António Costa… Cito de memória: “o senhor foi eleito pelo povo e por isso «não tem legitimidade» para sair a meio do mandato”! Como já vimos, eleito pelo povo Costa foi-o para deputado. Verdadeiramente para primeiro ministro, como secretário geral, António Costa foi eleito pelos socialistas de todo o país, o que nos dá um grande orgulho por o Povo Português preservar toda a confiança no PS em correspondência às políticas levadas a efeito nos últimos anos. A gratidão também é uma palavra chave nos tempos da democracia… Claro que representar o Povo implica uma grande responsabilidade, desde logo nas funções executivas, mas igualmente nas deliberativas, porem temos de ter sempre presente que nenhum

Chão Autárquico Vieira Pinto

A Igreja Católica está conjuntamente com os seus cristãos, celebrando a Semana Santa. Na verdade, no apogeu da quaresma, acontece a Semana Santa, com celebrações religiosas assaz intensas de grande vivência quaresmal. Ao longo da quaresma, mas sobretudo, durante a Semana Santa, de todo, os cristãos, enchem a alma, tantas delas, tão destemperadas de motivações vazias e ocultas. Na verdade, da leitura tirada dos livros bíblicos, assim com da pregação da própria Igreja poderá, desde logo, extrair-se que, quando no cristão a fé vacila, bem maior será o peso da Cruz. Bem maior será a caminhada, porque, então mais vazia. De facto, ensina Igreja, que, o homem de espírito vazio e desconfortado dos valores e virtudes, para ele, assim, sem fé, os caminhos das pedras serão mais difíceis de transpor, no caminho para o calvário, no cimo do monte das oliveiras, ao longo das 14 estações de sacrifício da via sacra. Será, assim,

“No caso concreto das autarquias cada presidente deve responder aos problemas locais promovendo a igualdade, a dignidade, o respeito e o bom uso dos fundos públicos. Para as desigualdades já basta “o funcionamento do mercado, o absolutismo do poder económico e do imobiliário”(...)” eleito o é para ser “o dono absoluto” do órgão a que preside e, contra isso se traduz o exercício de funções democrático e partilhado em prol da resolução dos problemas que afligem as populações. Bem sabemos que elas são díspares e imensas, daí que os consensos sejam uma “arma” de cada momento. No caso concreto das autarquias cada presidente deve responder aos problemas locais promovendo a igualdade, a dignidade, o respeito e o bom uso dos fundos públicos. Para as desigualdades já basta “o funcionamento do mercado, o absolutismo do poder económico e do imobiliário”. Facilitar muros de todas as espécies, permitir passeios, ajardinamentos e candeeiros especiais em lugares públicos já não é legitimidade, muito menos cedência de espaços públicos ou não exigir as “devidas” compensações por “remoção” de impedimentos. Nós continuamos com carências enormes aos níveis concelhios e Famalicão é um flagrante exemplo disso; as obras na cidade e as suas vicissitudes são um paradigma do que não se deve fazer. Ao contrário há tanto para fazer ao nível escolar e o que vemos é um procurar de atritos com o poder central, isto quando quisemos ser paradigma de gestão local no meio escolar! Feliz fiquei por ver, no último sábado, em cima da hora de almoço o autarca da minha freguesia empunhando uma capinadora a limpar as bermas da eco via da formiga junto ao “rio da Bajanca”. Mas há outros problemas…

INFORMAÇÃO – A informação faz-nos muita falta nomeadamente para ter uma opinião segura. A informação sobre o nosso concelho está nas mãos dos órgãos e serviços do nosso município. Se estes não informam devidamente não só não cumprem o seu dever, como são responsáveis por informações ou opiniões não fundamentadas. OBRAS NO CENTRO DA CIDADE - A derrapagem no prazo e no preço das obras do centro da cidade precisa de uma atenção maior do que a que lhe tem sido dada. Agora, o fim das obras está anunciado para mais 50 dias. Vou colocar aqui 30 de junho de 2022 para verificar se é desta. PALA – A pala que precisa de escoras para se sustentar está a tornarse motivo de comentários que não deixam bem, nem a Câmara, nem os técnicos e nem mesmo o empreiteiro. Na minha opinião o melhor é mesmo desistir dela e arranjar uma solução melhor. Com a configuração atual mais parece um muro a separar a parte nascente da parte poente da praça. SUBSOLO – Dizer que se avançou para estas obras sem saber o que estava no subsolo é confessar que não houve cuidado na preparação das mesmas. A história do “aqueduto” não está bem explicada. E já agora: será que desta vez ficará um cadastro do subsolo bem feito? EDUARDO OLIVEIRA - A abertura de um gabinete no centro da cidade por parte do deputado e vereador do Partido Socialista (PS) Eduardo Oliveira é uma boa notícia. Pena é que seja na sede do PS (junto aos CTT) mas compreende-se as razões financeiras. Veremos se esta proximidade do eleito aos eleitores resulta e como resulta. BANCOS - O que não resulta bem são os bancos colocados no centro da cidade. São um lugar bom para descansar, mas sem encosto. São um convite para uma queda perigosa de quem neles se sentar, principalmente se tivermos em conta que serão pessoas de mais idade as que, naturalmente, os utilizarão. Aqueles bancos são maus do ponto de vista estético e funcional. ENCANAMENTO DO RIO ESTE – Sempre me interessou o tema do encanamento do Rio Este nos limites do nosso concelho com o de Barcelos (na altura ainda não existia o nosso concelho). A publicação de um livro sobre a matéria aumentou a minha curiosidade. Tentarei adquiri-lo logo que possível. Obrigado, Dr. Mário Martins, pela informação! UCRÂNIA – É claro que vamos ter tempo de austeridade e tanto maior quanto mais durar a guerra na Ucrânia. A guerra traz sempre destruição.

“O que não resulta bem são os bancos colocados no centro da cidade. São um lugar bom para descansar, mas sem encosto. São um convite para uma queda perigosa de quem neles se sentar, principalmente se tivermos em conta que serão pessoas de mais idade as que, naturalmente, os utilizarão (...)”

A Ucrânia no caminho do calvário uma vida caminhante também sem esperança. Os textos bíblicos, designadamente os do Novo Testamento, todos eles, mas, os dos Evangelhos nas celebrações da Semana Santa, dão aos cristãos uma mensagem forte de sentimento no sofrimento, na angústia e na dor. Neste contexto litúrgico a igreja celebra a Semana Santa, com início no Domingo de Ramos, com o Evangelho de S. Marcos, MC, 14 2-14,57. E, aí, a certa altura, Jesus é apresentado ao sumo sacerdote e a todo o Sinédrio como Réu. Ali, sem mais, decide-se que Jesus será condenado á morte. Perante tão bizarra decisão, e, sem culpa, o crucificado, numa aceitação de sacrifício, manifestando a vontade do Pai, carrega a sua Cruz até ao Calvário, onde é crucificado e morre, “…Et consummatum est”. Num ato de coragem José de Arimateia, foi pedir o corpo de Jesus, a Pilatos. Então, envolveu-O num lençol que tinha comprado

e colocou-O no sepulcro, cavado numa pedra, tendo arrastado um tampo de pedra na porta do sepulcro. Mas, continua a pregar a Igreja, na sua forma catequética, aos cristãos, que, antes de Jesus ser entregue, á morte, carregando a Cruz a caminho do Calvário, disse: Pai, se é possível afasta de mim este cálice. Porém, numa aceitação da vontade do Pai, também disse: “Porém, fiat secundum, verbum tuum, faça-se em mim, segundo a tua vontade. E, continua o ensinamento da Igreja, dizendo que este será o momento mais alto da entrega voluntária de Jesus á vontade do Pai. Certo é que, Jesus vai Ressuscitar, ao terceiro dia, “…et ressurrecit tertia die, secundum scripturas”. DE facto, Jesus, entregou-se ao Pai, para imolação dos pecados dos homens, mas, ressuscitou. “se Cristo não ressuscitou vazia é a nossa pregação, vazia é também a vossa fé”, Cor. 15-14. Mas, nesta quaresma, a caminhada para o Calvário, passa, desde logo, pela Ucrânia.

Por aquelas crianças, aquelas mães, aquelas mulheres, aqueles homens, todos inocentes, que sofrendo, acabam por morrer, embrulhados nos mísseis e canhões do ódio e do egoísmo do Pretor, dos sumos sacerdotes do Sinédrio, assim como dos escribas de armas em riste, sobre uma multidão de inocentes. Como diz o Papa Francisco, neste domingo de ramos: “na loucura da guerra Cristo volta a ser crucificado, “…nas mães que choram a morte injusta de maridos e filhos; nos refugiados que fogem das bombas com os meninos no braço; nos idosos deixados sozinhos a morrer; nos jovens privados de futuro, nos soldados mandados matar seus irmãos”. Na verdade, pela Ucrânia passam os aconteceres do crucificado do monte das oliveiras, onde o lençol de José de Arimateia é substituído pelos plásticos que embrulham, de vez, a esperança, destes crucificados até à morte. Boa Páscoa aos estimados leitores e famalicenses.


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A seguir sem somar

Foto: FC Famalicão

Famalicão volta a marcar passo no Algarve

1-0 Portimão Estádio Árbitro: Manuel Mota Assistentes: Jorge Fernandes e Nuno Eiras VAR: Fábio Melo AVAR: André Dias

Portimonense FC Famalicão Samuel Portugal Moufi, Pedrão Lucas Possignolo Filipe Relvas, Henrique Jocu (Lucas Fernandes 83′) Carlinhos (Pedro Sá 69′) Wellinton Júnior (Da Costa 90′) Nakajima (Luquinha 83′) Fabrício (Aponza 90′) Angulo

Luiz Júnior Diogo Figueiras Alexandre Penetra (G. Assunção 81′) Riccieli Dylan Batubinsika Adrián Marín (Ivan Dolcek 60′) Charles Pickel Pêpê João Carlos Teixeira (Heriberto 20′) Jhonder Cádiz Bruno Rodrigues (Simon Banza 60′)

Treinadores Paulo Sérgio

Rui Pedro Silva

Golos: Wellinton Júnior (42′). Cartões Amarelos: Heriberto (23′); Wellinton Júnior (43′); Carlinhos (45+1′); Riccieli (49′); Pickel (62′); Diogo Figueiras (62′); Relvas (70′); Henrique Jocu (79′); Luquinha (83′); Lucas Possignolo (84′ e 90+4′).

Foi a terceira derrota do Famalicão frente ao Portimonense esta época, dois desaires na Liga, há ainda a somar a derrota, no desempate por grandes penalidades, nos oitavos de final da Taça de Portugal. Acabou por ser um resultado que deixa a equipa famalicense em situação de alerta, por outro lado os algarvios somaram três importantes pontos quebrando assim, uma série negra de resultados, que andavam a apoquentar a equipa de Paulo Sérgio. Sem poder contar com Ivo Rodrigues (lesão muscular) Rui Pedro Silva fez duas alterações em relação ao jogo frente ao Boavista. Diogo Figueiras regressou à equipa depois de longa ausência, Cadiz foi titular em detrimento de Banza. Paulo Sérgio também fez duas alterações, do jogo que perdeu frente ao Belenenses Sad, Willyan Rocha, castigado, e Lucas Fernandes, cederam os lugares a Henrique Jocú e Fabrício. Num jogo onde o futebol esteve distante do exigível, talvez

pela necessidade de conquistar pontos se justifique a ausência de melhor, de um lado e do outro. Aos 20 minutos, surgiu grande contrariedade para o Famalicão, João Carlos Teixeira, com uma lesão muscular, a ter de ceder o lugar a Heriberto Tavares. Foi o Portimonense a criar a primeira situação de perigo, Carlinhos rematou com a bola a rasar o poste da baliza de Luiz Júnior. Fabrício ainda teve um remate à barra, mas o avançado algarvio estava em posição ilegal. O Famalicão respondeu por Bruno Rodrigues, mas o remate de cabeça embateu na barra da baliza de Samuel Portugal. Quase de seguida surgiu o único golo do desafio, a um cruzamento de Angulo, Welinton Júnior, na grande área, desviou para o poste, mas, na recarga e de cabeça, abriu o ativo. A vantagem do Portimonense deixava tudo em aberto para o segundo tempo. Contudo foram os locais que entraram mais decididos em aumentar o resultado. Pedrão e Relvas tiveram remates que criaram arrepios

na baliza famalicense. Rui Pedro Silva reagiu, com as entradas de Dolcek e Banza, para reforçar a frente de ataque. No entanto foi o Portimonense que esteve novamente perto de marcar, Wellinton num excelente remate obrigou Luiz Júnior a responder com a defesa da tarde. Os famalicenses tentavam, mas encontravam muitas dificuldades, ainda reclamaram penalty de um possível corte com a mão de Pedro Sá na área, Manuel Mota, alertado pelo VAR, foi ver as imagens, mas mandou seguir. Na parte final o Famalicão arriscou tudo, ainda teve alguns minutos de superioridade numérica, com expulsão por duplo amarelo de Lucas Possignolo, mas o Portimonense conseguiu fechar a sete chaves a sua baliza. O Famalicão continua na 14.ª posição com 28 pontos, mais três que o Tondela que é a equipa que está na zona de Play-off da descida, o Portimonense deu um passo de gigante na fuga à despromoção. José Carlos Fernandes


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DESPORTO

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Atletas do FAC continuam a dominar o Badminton Feminino em Portugal

Realizou-se nos dias 9 e 10 de abril no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha, a 2.ª Jornada Nacional Sénior de Badminton. Os atletas da equipa do Famalicense Atlético Clube competiram nas categorias Absolutos e C. Nos Absolutos, na prova de Singular Senhora, Sónia Gonçalves e Adriana Gonçalves defrontaram-se na final, alcançando assim o primeiro e segundo lugar da prova respetivamente. Na vertente de Par Senhora, estas sagraram-se também as vencedoras. Como dupla na prova de Par Misto, Simão Ferreira e Catarina Martins foram se-

mifinalistas após ultrapassarem em primeiro lugar da fase de grupos. Ainda nos Absolutos, no quadro secundário, Catarina Martins atingiu o segundo lugar na prova de Singular Senhora após vencer Beatriz Campos nas semifinais. Joana Oliveira também foi semifinalista, tendo sido derrotada pela vencedora da prova. Na vertente de Par Homem, Paulo Silva e Tiago Araújo ocuparam o segundo lugar do pódio. Na categoria C, a dupla de Inês Silva e Carolina Veloso atingiu as finais da prova de Par Senhora, onde se afirmaram vencedoras.

Grupo Desportivo Natação de Famalicão adere ao programa Portugal a Nadar

O Grupo Desportivo Natação de Famalicão, clube da Associação de Natação do Norte de Portugal (ANNP), aderiu ao programa Portugal a Nadar (PAN) da Federação Portuguesa de Natação. Tal como explica Diogo Carneiro, presidente do clube “desde a nossa fundação, que trabalhamos diariamente para sermos sempre melhores do que no dia anterior. Tudo de forma a proporcionar o melhor ensino aos nossos alunos e as melhores técnicas aos nossos atletas”. Assim, tal como explica, o processo de certificação da Federação Portuguesa de Natação, avança com duas linhas de pensamento: “a primeira, vertida na coragem de colocar à prova 30 anos de experiência escolar e desportiva. E, a segunda, de bebermos todo o conhecimento e experiência que a certificação, personificada pelos seus responsáveis, proporciona aos seus parceiros”. E acrescenta: “sempre tivemos e sempre teremos a porta aberta da nossa organização. Só com partilha, estudo, debate e interação, poderemos continuar a ser uma referência a nível nacional. E a assinatura deste documento no âmbito do “Portugal a Nadar”, é mais um exigente passo nesse sentido”.

Câmara apoia formação desportiva de 23 associações do concelho O presidente da Câmara de Famalicão assinou, a semana passada, mais um conjunto de protocolos de apoio à atividade e formação desportiva, desta vez com 23 associações desportivas do concelho, oriundas de 15 freguesias. O apoio financeiro concedido foi na ordem dos 220 mil euros e visa a manutenção e fomento da prática desportiva, em matéria de formação desportiva e apoio aos escalões jovens. Os contratos-programa foram celebrados com o Futebol Clube de Famalicão; Ruivanense Atlético Clube;

Associação Desportiva Juventude de Mouquim; GRAL - Grupo Recreativo de Avidos e Lagoa; Centro Social, Cultural e Desportivo S. Cláudio; Grupo Desportivo de Fradelos; Sporting Clube Cabeçudense; Futebol Clube de Vermoim; Associação Cultural de Vermoim; Riba de Ave Hóquei Clube; Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão; Escola de Atletismo Rosa Oliveira; Liberdade Futebol Clube; Associação Papa Léguas de Famalicão; Atlético Clube Vale S. Martinho; Associação Desportiva e Artes Marciais de Cavalões;

Figueiredo’s Runner & Friends; Clube de Trail e Atletismo; Gindança; Apolo Famalicão; Associação de Boccia Luís Silva; Associação Desportiva Colégio das Caldinhas e Associação Académica Didáxis - A2D. Esta foi a segunda sessão de assinatura de protocolos de apoio com entidades desportivas do concelho, realizada este ano, tendo a primeira acontecido no passado dia 14 de março, em que foram assinados 18 contratosprograma, o correspondente a um investimento municipal na ordem dos 200 mil euros.

Atletas do Liberdade na Final Nacional do KM Jovem As atletas do Liberdade Futebol Clube Maria Rodrigues e Inês Sousa deslocaram-se no último sábado, dia 9 de abril, à cidade de Beja para disputar a Fase Nacional do Quilómetro Jovem. Depois do título de campeãs distritais e em representação da Seleção Regional, as atletas da associação de Calendário estiveram em evidência numa competição que reuniu 120 atletas nacionais, dos escalões de Iniciados e Juvenis. No escalão de Iniciados, Maria Rodrigues alcançou o 11.º lugar, ficando apenas a 17 milésimos do seu recorde pessoal (RP). Tratando-se do seu primeiro ano no escalão de Iniciados, de realçar a estreia da atleta em competições nacionais. No escalão de Juvenis (2005), Inês Sousa alcançou o 10.º lugar. Coletivamente, entre as 18 associações presentes, a Associação de Atletismo de Braga alcançou o 5.º lugar.


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DESPORTO

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Famalicão de ouro no Boccia Sénior A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, através da Seleção de Boccia Sénior de Famalicão, participou no Campeonato Nacional de Boccia Sénior – Equipas – Zona Porto 2021/2022, realizado no passado dia 6 de abril, na Maia. A participação famalicense ficou a cargo da coordenação técnica do treinador Luís Silva e Vânia Pinheiro, que no ano da retoma da normalidade na modalidade depois de pandemia, faz o seu arranque na competição por equipas, logo com o lugar mais alto do pódio conseguindo assim o ouro para Famalicão. O treinador Luís Silva destaca

o “excelente nível” em que a equipa famalicense está nesta fase, e a demonstração disso foi o nível que apresentaram na Maia, onde terminaram a competição só com vitórias, mesmo numa final disputada com a equipa da Maia, campeã da edição anterior, a equipa famalicense impôs o seu domínio goleando-a por 10-4, resultado final. Campeonato que contou com as melhores 22 equipas, num total de 87 atletas. A seleção famalicense esteve representada por duas equipas onde as ambas conseguiram o apuramento direito para a fase final.

Atletas da EARO dominam em Guimarães A Escola Atletismo Rosa Oliveira participou no dia 10 de abril no 40.º Grande Prémio de Atletismo da JUNI, em Costa, Guimarães, organizado pela associação Jovens Unidos Num Ideal (JUNI). Os atletas da equipa joanense dominaram por completo os lugares mais altos do pódio. Em destaque estiveram em benjamins A, Luís Neto 1.º classificado; infantis, Mariana Maciel 1.ª, Rafaela Araújo, 3.ª e Tiago Silva 1.º lugar; iniciados, Inês Almeida 1.ª, Maria Machado 3.ª e Gonçalo Rodrigues 1.º lugar. Nos juvenis, João Azevedo, foi 1.º e João Moura 2.º. Em juniores, João Rodrigues classificou-se no 2.º lugar, Francisco Silva, foi 3.º e Ana

Marinho 2.ª. Nos Sub-23, Rui Oliveira conquistou o 1º lugar e Bruna Ortiga 2º. Em seniores, Rui Fernandes conquistou o 1º lugar. Em veteranos F40, Liliana Santos foi também 1.ª classificada. Já em veteranos F50, Rosa Oliveira alcançou a 2.ª posição e Anabela Silva, foi 3ª. Participaram ainda com bons resultados: Miguel Pereira, Hugo Vaz, Lourenço Pereira, Tomás Ramos, Mariana Martins, Leonor Gonçalves, Luísa Castro, Afonso Silva, Maria Baltar, Joana Azevedo, Pedro Castro, Hélder Silva, Joaquim Coelho, Rui Martins e António Gonçalves.

Atletismo: Luciano Pereira foi primeiro em Viana

O atleta Luciano Pereira levou a camisola da Habcarpintaria ao mais alto lugar do pódio no Trail Curto do VIII Trail Santa Luzia. A prova, realizada no passado domingo, em torno do Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, foi organizada pelo Clube de Atletismo Olímpico Vianense e incluía um Ultra Trail com 50 km, um Trail Longo de 30 km, o Trail Curto de 18 km, um Trail Jovem de 10 km e ainda uma caminhada com a mesma distância.

Liberdade escolhe nova direção O Liberdade Futebol Clube reúne no próximo dia 26 de abril, em Assembleia Geral. A reunião magna está marcada para as 21h00, na sede do clube e na ordem de trabalhos estão, como principais pontos, a análise e votação do relatório e contas referentes ao ano de 2021 assim como a eleição dos Corpos Gerentes para o triénio 2022/2024.


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DESPORTO

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Voleibol: FAC dá um grande passo para a fase final

A equipa de voleibol do Famalicense Atlético Clube (FAC) deu neste sábado um passo gigante para alcançar a final-four do apuramento do campeão, ao ganhar por 3-1 ao Amares-Volei, com os parciais de 27-29, 25-20, 25-16 e 2516. Frente à única equipa que nesta fase dos primeiros derrotou a formação famalicense, o primeiro set foi de muito equilíbrio terminado nas vantagens, favorável ao adversário. Nos sets seguintes, a equipa da casa entrou determinada, não dando qualquer hipótese do adversário de se aproximar na pontuação. No próximo sábado, pelas 18 horas, o FAC recebe no Pavilhão Municipal, o Ginásio Clube Vilacondense, uma equipa que também tem hipóteses de a ultrapassar na tabela classificativa. A equipa de juvenis deslocou-se a Gueifães, onde perdeu por 3-0, com os parciais de 29-27, 25-17 e 25-21.

Ana Inês Silva e Mariana Silva sonham com as Olimpíadas de Xadrez 2022 Após as representações nacionais nas Olimpíadas de Xadrez de 2016 e 2018, as irmãs atletas do Clube de Xadrez A2D, Ana Inês Silva e Mariana Silva, foram convocadas pelo Selecionador Nacional, mestre FIDE António Pereira dos Santos, para a integração no Estágio da Seleção Nacional Feminina de Xadrez. Esta iniciativa, promovida pela Federação Portuguesa de Xadrez, tem como objetivo preparar um grupo restrito de 14 das mais bem cotadas xadrezistas de Portugal para a potencial participação na 44.ª

Olimpíada de Xadrez, que decorrerá em Chennai, na Índia, no verão de 2022. As sessões virtuais decorrem semanalmente desde fevereiro e são administradas pelo Mestre Internacional Sérgio Rocha, habitual capitão da Seleção Nacional Feminina. Deste modo, o Clube de Xadrez A2D é o segundo clube mais representado neste Estágio, apenas ultrapassado pela Escola de Xadrez do Porto, que conta com a representação de três atletas, e em igualdade com a ARDC Mata de Benfica.

Sub-23 do RAHC abrem a porta de apuramento para a fase final

Na formação de hóquei em patins do Riba D’Ave Hóquei Clube o fim de semana de jogos iniciou-se, na passada sexta-feira, com os Sub-23 a terem um jogo importante frente a um adversário direto na luta pelo apuramento para a fase final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Os pupilos de Raúl Meca jogaram reforçados, com atletas da equipa principal, na receção ao Gulpilhares, que por sua vez também o fez, à imagem do que tinha feito no jogo da 1.ª volta (com vitória dos gaienses por 6-1). Com Daniel Pinheiro, Pedro Silva e Gustavo Pato os ribadavenses trabalharam para uma “importante vitória” por 4-1 (2-1 ao intervalo) como tentos de Gonçalo Castro, Da-

niel Pinheiro (2) e de Gustavo Pato. A duas jornadas do fim da fase regular os ribadavenses lideram a Zona Norte com 45 pontos, seguemse a AD Valongo com 42 pontos e Gulpilhares e CD Póvoa com 40 pontos. Para a Taça do Minho os Sub-13 e os Sub11 jogaram na manhã do passado domingo em Braga, tendo os bracarenses vencido as duas partidas. Nessa mesma manhã os Sub-15 visitaram as Caldas das Taipas, também para a Taça do Minho, e venceram o CAR Taipense por 5-7. À tarde, também para a Taça do Minho os Sub-17 “A” perderam por 5-0 na receção à ADJ Vila Praia e os Sub-17 “B” perderam no reduto da ADB Campo por 7-1.

Andebol do FAC em movimento Os escalões de formação de andebol do FAC tiveram um domingo preenchido. As infantis femininos Sub-13 jogaram em Celorico de Basto, com as equipas do BECA e do ABC AECA e somaram duas vitórias que “demonstraram o seu progresso e as aprendizagens até agora realizadas”. O escalão MINIS Masculinos Femininos Mistos recebeu no Municipal de Famalicão as equipas AC Vermoim, AC Fafe e CS Juventude Mar. Como é habitual nestas ocasiões, foram duas horas de muito jogo, corrida e golos à mistura, com uma prestação muito positiva para a equipa da casa. Nesse mesmo dia às 19h00, as Masters deslocaram-se a Medas para disputar um jogo com a equipa EA Beira Douro.

Campeonatos AFSA Realizou-se no passado fim de semana a 15.ª jornada da Primeira Divisão dos campeonatos da Associação Futebol Salão Amador de Famalicão (AFSA) e os resultados foram os seguintes: Castelões 1-3 Barrimau; Novais 2-4 Grac; Cajada 4-2 Jasp; S. Martinho 4-0 Esmeriz; Acura 3-2 Mal; Landim 0-4 Pedome. Comanda o Pedome com 43 pontos. Próxima jornada: Grac – Pedome; Aderm – Cajada; Barrimau – Outeirense; Esmeriz – Castelões; S. Martinho – Landim; Mal – Novais e Jasp – Acura. Na Segunda Divisão – Campeonato Concelhio 2.ª Jornada: Arpo 0-2 Requionense; Bairrense 0-5 Adespo; Covense 2-1 Riba de Ave e Louredo 2-2 Flor do Monte. Comandam a Adespo, Requionense, Flor do Monte e Covense todos com 4 pontos. Próxima jornada:

Adespo – Louredo; Flor do Monte – Riba de Ave; Requionense – Bairrense e Covense – Arpo. Quanto aos veteranos, realizou-se a 4.ª jornada, com os seguintes resultados: Pedome 11- Cajada 2; S. Mateus 4-2 Oliveirense; Flor do Monte 1-2 Grac e Barrimau 1-5 Covense. Comandam o Pedome e o Cajada ambos com 12 pontos. Próxima jornada: Grac – Pedome; Covense – S. Mateus; Oliveirense – Flor do Monte e Cajada – Barrimau. No próximo sábado, os campeonatos param para dar lugar aos 1/4 de final da Taça Concelhia Sénior, estando previstos os seguintes jogos: Pedome-Outeirense; BarrimauNovais; S. Martinho-Adespo (2.ª divisão); e Aderm-Acura.


Viva uma Páscoa plena Vivemos, por estes dias, a Semana Santa. Trata-se, no seio da igreja Católica, o expoente máximo das suas celebrações. A Semana Santa é o caminho a percorrer até à Páscoa, que está fortemente enraizada nas tradições portuguesas, especialmente nos minhotos. Este ano, apesar de algumas restrições, porque a pandemia ainda não terminou, podemos viver a Páscoa com normalidade, na plenitude, em festa. Mas, na verdade, nada mudou. Continua a ser obrigatório viver a Páscoa de forma mais introspetiva, positiva e olhando para o nosso interior, para a nossa fé, para o que nos move e para os que amamos. É tempo de fazer uma introspeção espiritual, refletindo os aspetos a serem melhorados e os valores a ter em conta, como o amor ao próximo e o valor da vida. Nesta Páscoa junte a sua família, partilhe uma refeição, divirtase, sorria, partilhe histórias, dê Graças por estarem todos juntos novamente. Há dois anos, quando a pandemia começou, o Papa Francisco disse “estamos todos no mesmo barco” e “ninguém se salva sozinho”, e que no meio desta “tempestade que desmascara a

nossa vulnerabilidade” precisamos de “despertar e ativar a solidariedade e a esperança” e “renovar a nossa fé pascal”. Nada mudou. Continuamos todos no mesmo barco e todos somos precisos. A pandemia abrandou, mas vivemos uma guerra aqui mesmo ao lado. A esse propósito, o Papa Francisco apelou, no Domingo de Ramos, durante a oração do Angelus, a “que se deponham as armas e se dê início a uma trégua pascal”. Mas esta paragem na ofensiva sobre a Ucrânia não é “para recarregar as armas e retomar os combates” – é antes “uma trégua para alcançar a paz, através de uma verdadeira negociação”, sublinhou. Segundo o Papa, nessas negociações, os envolvidos devem estar “dispostos a algum sacrifício para o bem da gente”. Francisco deixou uma questão para reflexão para os autores da ofensiva: “Que vitória será aquela que plantará uma bandeira sobre um amontoado de destroços?” Por isso, é, mais uma vez, com esperança no futuro, que abraçamos a Páscoa, a qual devemos viver em pleno.

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Origem da Páscoa

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Acredita-se que ovos e coelhos eram vistos por povos na antiguidade como símbolos da fertilidade. Assim, à medida que esses povos foram cristianizados, esses elementos foram sendo absorvidos pela festa cristã. A tradição de enfeitar os ovos e escondê-los teria chegado ao continente americano pelas mãos de imigrantes alemães.

A Páscoa é uma das festas mais tradicionais do calendário cristão e tem suas as origens baseadas tanto na tradição judaica como em elementos pagãos que foram apropriados de povos cristianizados. A Páscoa comemorada pelos hebreus era realizada perto da época que marcava o início da primavera. Na tradição judaica, essa festa em referência à libertação da escravidão no Egito foi uma ordem direta de Javé a Moisés, que a transmitiu para o povo hebreu conforme o relato bíblico: “Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: ‘escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a Páscoa’. No Cristianismo o significado da páscoa cristã é diferente, pois relembra os três dias da morte até a ressurreição de Cristo. A ressurreição de Cristo é um dos principais pilares da fé cristã, o que evidencia a importância desta festa no calendário da religião. Cristo, visto como Cordeiro de Deus, ofereceu-se em sacrifício para salvar a humanidade do pecado. Depois de ter sido crucificado e morto, ressuscitou após três dias. A crucificação e ressurreição de Cristo teriam acontecido exatamente na época de realização do festival judaico, o que criou um paralelo entre as duas comemorações. Na tradição cristã católica, a Páscoa encerra a Quaresma, que é basicamente um período de quarenta dias marcado por jejuns. A última semana da Quaresma, chamada de Semana Santa, é iniciada pelo Domingo de Ramos, que marca a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém; passa pela Sexta-feira da Paixão, que faz referência à morte de Cristo; e é finalizada no Domingo

de Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo. A data da Páscoa foi instituída pela Igreja durante o Concílio de Niceia, em 325 d.C.. A Igreja determinou que a primeira lua cheia após o equinócio de primavera seria a data para iniciar-se a comemoração da Páscoa. O equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte. O cristianismo, em geral, durante o processo de conversão de povos germânicos pagãos, apropriou-se de inúmeras tradições desses povos. A Páscoa, sobretudo no hemisfério norte, possui algumas associações com tradições pagãs. Alguns historiadores relacionam a Páscoa com o culto à deusa germânica Eostern, também chamada de Ostara. O termo Páscoa em inglês e alemão, inclusive, muito provavelmente tem sua origem baseada nessa deusa. Easter, o termo em inglês para a Páscoa tem semelhança com o nome “Eostern”; Ostern, o termo em alemão para a Páscoa tem semelhança com o nome “Ostara”. As festas que aconteciam entre povos germânicos e celtas para essa deusa eram realizadas na mesma época da festa cristã. Com a cristianização desses povos, a tradicional festa pagã misturou-se com a comemoração cristã. Atribui-se também os símbolos da páscoa – o coelho e os ovos – a elementos pagãos. Acredita-se que ovos e coelhos eram vistos por povos na antiguidade como símbolos da fertilidade. Assim, à medida que esses povos foram cristianizados, esses elementos foram sendo absorvidos pela festa cristã. A tradição de enfeitar os ovos e escondê-los teria chegado ao continente americano pelas mãos de imigrantes alemães no século XVIII.


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Francisco Carreira, Arcipreste de Vila Nova de Famalicão

“A Páscoa é o melhor de todos os dias” Aproveitando as celebrações da Semana Santa, em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, o Arcipreste Francisco Carreira fala sobre os desafios que hoje se colocam. Convida os cristãos famalicenses a participar nas atividades, mas, sobretudo, a encontrar a Páscoa nas coisas mais simples. Há 14 anos em Famalicão, Francisco Carreira fala ainda sobre os desafios que o ativo arciprestado de Famalicão lhe coloca.

pode proporcionar. É transformação e mudança e, por isso, a pandemia nunca condiciona a celebração da Páscoa propriamente dita porque ela é sempre a Ressurreição de Cristo. A forma como depois a vivemos, celebramos e a exteriorizamos, sim, isso pode estar condicionado por uma pandemia ou por uma guerra. A Páscoa em si é sempre um acontecimento da Fé que há de ser sempre celebrado. Cada um de nós escolhe como a vive, na meCarla Alexandra Soares dida em que a vive de acordo com a proposta da Igreja e da sua expressão de Fé. OPINIÃO PÚBLICA: Que Páscoa as pessoas podem viver este ano? É O ano passado na sua mensagem o regresso à normalidade? de Páscoa falava no poder das coiFrancisco Carreira: Sim, Graças a sas simples. Acha que a pandeDeus que temos o regresso ao que mia obrigou os cristãos a viverem era a normalidade anterior à pan- este período de forma mais simdemia. Mas diria que a Páscoa ples? sempre foi a mesma, na medida Sim, às vezes estas manifestaem que ela não precisa destas ex- ções exteriores são muito completerioridades para se manifestar. É xas. Se olharmos para algumas óbvio que sem essa exteriorização procissões da Semana Santa, não é tão conhecida. Por isso, a temos ali muito rebuscado no Páscoa é movimento da morte à meio, muitas ideias e muita tradivida, movimento das pessoas e de ção, mas nós podemos encontrar tudo aquilo que de facto ela nos a Páscoa nas coisas mais simples.

Por exemplo, o pai e a mãe, em casa, dizerem “Cristo ressuscitou Aleluia” aos filhos e viverem este dia de uma forma diferente. Celebrá-lo de forma diferente, até o almoço ou o vestir serão diferentes, o ir à igreja será diferente e, por isso, essa simplicidade é muito bem-vinda porque traduz aquilo que Jesus fez connosco. Passados dois anos, as celebrações da Semana Santa estão de regresso. Quais são, no seu entender, os pontos altos? O ponto alto de toda a Semana Santa é o chamado Tríduo Pascal, que é marcado pela celebração da Quinta-feira Santa com a celebração da ceia do Senhor e o gesto do Lava-Pés. Outro momento alto é a celebração da Paixão de Jesus na Sexta-feira Santa, portanto, a Sua morte. Outro momento altíssimo é a Vigília Pascal. Temos este Tríduo Pascal que é um dia inteiro, embora o vivamos em três dias. A própria celebração que começa na Ceia do Senhor, só termina na Vigília Pascal, portanto não há fim da celebração. Nós co»»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« -meçamos, damos uma pausa ao momento celebrativo, mas depois na Sexta-feira continuamos com a Paixão e no Sábado Santo com a Vigília e aí conclui-se a celebração deste Tríduo Pascal. A celebração da Paixão, Morte e Ressurreição. Gosta do dia de Páscoa? É o melhor de todos os dias. Estes dias são muito intensos, não só pelo trabalho que eles trazem, mas pela fé que celebramos porque, no fundo, aqui está o centro de toda a vida cristã. Sem a Morte, sem a Paixão, sem a Ressurreição não existe vida cristã. Portanto, aqui está o núcleo da nossa fé e é isso que nós procuramos expressar de uma forma mais clara, mais evidente não só nas celebrações, mas nas tais manifestações exteriores que são as procissões, via sacra e outras atividades culturais que traduzem aquilo que é a nossa esperança e a nossa fé no Cristo ressuscitado

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les que são os agentes mais ativos da comunidade, esses, sempre mostraram proximidade, preocupação e inquietação numa perspetiva de nos ajudarem a encontrar caminhos para podermos chegar a todos e a voltar a aproximar e a criar pontos de encontro. Outras formas de assegurar que a comunidade continuasse a ser quem é e que continuasse a crescer e a fortalecer-se.

A pandemia marca um percurso na história, uma mudança em muitos setores da vida. Acha que a Igreja se reinventou a partir daí? A Igreja é chamada sempre a reinventar-se. Aliás, o Papa Francisco trouxe-nos agora um Sínodo que é lançado a toda a igreja universal, e ele pede precisamente isso: “vamos pensar a Igreja de novo. Vamos pensar na missão, na participação e na comunhão”. Portanto, a Igreja está sempre a reinventarse e creio que a pandemia ajuda a despoletar essa necessidade de se reinventar. E não temos que ter medo disso. Antes pelo contrário, temos que nos preparar e ouvir o dom A pandemia ainda não terminou. Quais são do Espírito Santo para nos inspirar e essa as principais regras que as pessoas têm que mudança e não ter medo da mudança porcumprir? Por exemplo, a Visita Pascal está que ela faz parte da vida da Igreja. de regresso, mas sem o beijar da cruz… Diria que essa é a regra por excelência em Quais são as principais dificuldades e desaque, de facto, se pede às pessoas que não fios que o Arciprestado enfrenta? E podemos toquem na Cruz, que evitem gestos de pro- abordar desafios espirituais e infraestrutuximidade. No entanto, não deixa de existir rais… essa visita, esse anúncio da Ressurreição de Eu penso que o Arciprestado, a nível de inCristo a cada uma das famílias e as famílias fraestruturas, não tem dificuldades. Todas são, por isso, chamadas a acolher como já as comunidades têm as suas infraestruturas: as suas igrejas, as suas capelas mortuáfaziam e sempre o fizeram bem. A Cruz entra, fazemos uma celebração pe- rias, os seus centros pastorais. quenina, à imagem do que já acontecia, e fa- O grande desafio dos dias de hoje para a zemos um gesto à Cruz, em gesto de Igreja pode ser, de facto, a formação. Outro veneração que é traçar sobre nós o Sinal da grande desafio é a juventude. Nós sentimoCruz porque é isso que nós dizemos no dia nos desafiados a alguma coisa, que ainda do nosso batismo: nós somos cristãos a par- não conseguimos fazer, que é a aproximatir da Cruz de Cristo. Aliás, toda a caminhada ção da juventude à Igreja. Fazer com que ela da Quaresma foi um procurar aproximarmo- se sinta parte ativa e transformadora desta nos da Cruz de Cristo, um configurarmos-nos mesma Igreja. Esse é o grande desafio dos com a Cruz de Cristo. Portanto, a Cruz que nossos tempos. Fazer com que a juventude está ali diante de nós, florida, significa a não se sinta à margem da Igreja. Páscoa e é para nós esse sinal da Ressurreição. Então, traçamos sobre nós o sinal da Esta frase é sua, retirada da mensagem da nossa salvação que é o Sinal da Cruz, ou Páscoa do ano passado: “A Páscoa não nos então fazer uma vénia, para que haja esse ilude nem é uma poção mágica que nos livra das dores de parto da vida. A Páscoa é a visinal de adoração. tória do amor sobre a raiz do mal, que transDe que forma define o Arciprestado de Fa- forma o mal em bem: é a marca exclusiva do malicão? É ativo? E as pessoas, são partici- poder de Deus”. pativas e envolvidas? Esta é a sua definição da Páscoa? Este é um Arciprestado desafiador. Definiria Já não me lembrava disso, mas está muito como um Arciprestado que traz muitos de- bem definida. Acredito nisso piamente porsafios, pela sua diversidade, pela sua di- que a Páscoa transforma tudo e se nós acremensão. Claro que as pessoas estão ativas ditarmos nesta Páscoa como um momento e presentes. A pandemia trouxe algumas di- de passagem das tais dores de parto, da ficuldades que não podemos ocultar e algu- passagem da morte à vida e de que este mas pessoas deixaram de participar, mas, Cristo está aqui por nós e para nós, para nos aquilo que eu sinto neste momento é que as dar a vida, claro que a Páscoa é absolutapessoas estão a regressar, não sei se será mente redentora, transformadora e revigorapela proximidade da Páscoa, mas, a ver- dora. dade, é que as igrejas estão a ficar mais cheias. Por isso, é que o desafio é agora Qual é a mensagem que deixa para os fiéis acrescido para nós padres de continuarmos famalicenses nesta época tão especial para a dar alimento. Não é que não o tivéssemos a Igreja Católica? De que forma convida as feito na pandemia, apesar das igrejas fecha- pessoas a viverem esta Páscoa? das, procuramos, através dos meios digitais, Convido as pessoas a viverem esta Páscoa continuar a ter uma presença e uma ligação, no sentido da Paz. Nós estamos a precisar para que a comunhão e a participação con- dessa mesma Paz. Vemos que ela é destinuassem ativos nas pessoas. Portanto, é truída pelo ódio, pela violência, pela ganânum Arciprestado que é um desafio, tem múl- cia e outras ideologias que nós não tiplas variedades e formas de se manifestar. compreendemos nem sequer conseguimos Uma coisa é Riba de Ave, por exemplo, outra conceber nos dias de hoje. Por isso, o desacoisa é Gondifelos, duas pontas do conce- fio é que saibamos viver esta Páscoa buslho, um meio mais agrícola, outro mais fabril cando essa Paz e nós acreditamos que essa e isso faz com que seja distinto nas várias Paz está em Cristo e a partir de nós próprios. O Cardeal Tolentino Mendonça dizia isso zonas. mesmo: “A Paz, tu podes encontrá-la em ti Pela sua experiência, em Famalicão pande- mesmo”. Então, é isso, que a Páscoa reforce mia afastou as pessoas da Igrea? o dom da Paz que tens dentro de ti e que se Sentimos, naturalmente, esse afastamento possa exteriorizar para que ela aconteça de nas nossas comunidades pois diminuiu a facto nos nossos ambientes, seja na família, participação, Não era possível estar toda a nas relações de vizinhança, nas relações de gente nas igrejas e senti que houve fases em trabalho e onde quer que nós estejamos. que as pessoas não estavam. Agora, aque- Que o dom da Paz aconteça.


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Semana Santa. Momento sagrado. A Semana Santa é um momento sagrado para os cristãos. Nela se comemoram os mistérios da salvação a partir da recordação da última semana da vida de Jesus Cristo. A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, passa pela Sexta-Feira Santa (dia da crucificação e morte de Jesus) e termina no Domingo de Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Cristo. O Tríduo Pascal é o momento mais importante da Semana Santa, já que representa a salvação humana e a renovação da vida. Ele começa na Quinta-Feira

Santa e termina no Domingo de Páscoa. O Tríduo estabelece a ligação entre o fim da Quaresma e a Páscoa. Durante a Semana Santa, os cristãos relembram as ações e refletem sobre as mensagens de Jesus Cristo. Também é o tempo em que os cristãos renovam sua fé e seu compromisso de viver de acordo com os ensinamentos de Cristo. Em virtude de sua importância, a Semana Santa é marcada por muitos rituais que fazem referência a eventos importantes dos últimos momentos da vida de Jesus. A Santa Missa da Ceia do Senhor, que marca o

início do Tríduo, a Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Procissão do Círio Pascal são alguns desses rituais tradicionais. A Semana Santa muda de data todos os anos devido ao fato da Páscoa cristã estar relacionada com a Páscoa judaica. Eventos como a Última Ceia e a morte de Cristo aconteceram durante a Páscoa judaica, que é definida de acordo com as fases da Lua. Como as fases da Lua não acontecem nas mesmas datas em todos os anos, essas datas também variam de ano para ano.

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Caça aos ovos

A Páscoa dos mais pequenos Quem tem crianças sabe o quão difícil é, por vezes, mantê-las ocupadas em atividades saudáveis e divertidas. E porque Páscoa não é Páscoa sem uma genuína caça aos ovos, deixamos-lhe algumas dicas para organizar a atividade lá em casa. Para além de ser muito divertida, é uma atividade fácil de organizar, mesmo que não tenha jardim, e dá para qualquer idade.

em lojas de utilidades ou ovos verdadeiros cozidos e pintados com tintas adequadas. Cerca de 10 ovos por criança será o adequado para que a atividade não seja demasiado exaustiva, mas que também não saiba a pouco. Esconder os ovos Sem que os miúdos se apercebam, esconda os ovos em locais estratégicos, que lhes permitam a experiência de uma verdadeira caça ao tesouro! Poderá criar uma pequena sinalética para os ajudar. Não distancie muito os ovos, apenas tente aumentar um pouco o grau de dificuldade e criatividade. Para os ajudar, poderá entregar um pequeno mapa com algumas pistas. Para poderem apanhar os ovos, as crianças vão precisar de cestinhas ou sacos feitos de papel. Não se esqueça de os decorar a rigor. Também aqui, pode pedir a ajuda às crianças no dia anterior ou então surpreendê-las na hora do jogo. Crie um ponto de partida decorado a preceito.

Local Para aguçar o apetite dos mais pequenos pode criar um convite em cartão, em forma de ovo, por exemplo, onde anuncia a hora e dia da caça aos ovos de Páscoa. Entregue-o os dias antes para fazer durar a expectativa. Idealmente a caça aos ovos deve ocorrer no jardim ou quintal, mas também pode ser feita dentro de casa. Onde quer que seja, deve decorar o local com cenouras, coelhinhos, balões e ovos pintados. Peça ajuda aos mais pequenos neste processo. Eles vão adorar. Depois, crie um pequeno mapa com todos os locais onde irá esconder os ovos. À medida Prémios que os vai escondendo anote todos os esconTodos serão vencedores e todos merecem derijos para que nenhum ovo fique esquecido. um prémio. Poderá converter um dos ovos da Claro que esta missão é secreta! Páscoa num autêntico ovo de chocolate, por Decorar os ovos exemplo o último do circuito. Como forma de rePara a caça aos ovos poderá utilizar ovos de compensar o esforço de todos os pequenos piplástico decorados, que se encontram à venda ratas, prepare um lanche para terminar a festa.

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Mensagem de Páscoa, de D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz, e D. Nuno Almeida, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Braga

“É o amor que salva, não é o sofrimento”

Intitulada “Toda a nossa glória está na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo!”, a mensagem para o Tempo de Quaresma e Páscoa, escrita por D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz, e D. Nuno Almeida, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Braga. "Na sua materna sabedoria, a Igreja propõe um caminho de Quaresma e Páscoa para nos centrar no mistério central da nossa fé: a vida, paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, que nos infunde o Seu Espírito para nos enviar em missão. Peregrinos do Evangelho da Esperança, sentimo-nos impelidos a caminhar com todos: leigos, consagrados, sacerdotes, diáconos, numa experiência samaritana e sinodal de ser Igreja. Como filhos amados de Deus, é com todos, sem exceção e fraternalmente, que nos dispomos a fazer caminho para que do amor nasçam gestos", escrevem, recordando o atual Plano Pastoral da Arquidiocese. D. José Cordeiro e D. Nuno Almeida afirmam que o "caminho da vida de cada pessoa tem uma história, uma densidade própria, marcada pelas relações que estabelece e pelos seus contextos e circunstâncias", não sendo por isso um único e retilíneo caminho, mas "um conjunto de caminhos que se cruzam e configuram frequentemente como uma encruzilhada". Na mensagem são recordadas pessoas que vivem nesses cruzamentos ou encruzilhadas, como as crianças privadas de afetos, os jovens que experimentam a incerteza do futuro e do desemprego, as famílias que eventualmente encaram uma separação, os idosos que possam sentir-se sozinhos, ou os prisioneiros, enlutados ou doentes, entre muitos outros. "Rezamos por todos os que vivem indiferentes e apáticos à fé cristã nas en-

cruzilhadas da ausência de esperança. Ninguém está só!... Cada pessoa está unida ao amor de Cristo, que deu a vida por nós. É o amor que salva, não é o sofrimento!", sublinham. O Arcebispo Primaz e o Bispo Auxiliar afirmam que é fundamental – mesmo que haja algum desnorte no rumo a seguir – "não perder do horizonte" o ponto central da vida cristã: Jesus Cristo, o Crucificado e Ressuscitado. "Ele revela-se como centro fundamental da nossa vida na cruz, qual ponto nevrálgico que dá sentido aos nossos caminhos e, por conseguinte, às encruzilhadas em que muitas vezes nos encontramos. O caminho da Quaresma aparece-nos, assim, como um rumo de esperança, que apresenta passos concretos para a nossa conversão pessoal, pastoral e missionária, através de uma redescoberta da relação com Deus (oração), com os outros (partilha) e connosco próprio", escrevem. Na Mensagem é ainda revelado que o Contributo Penitencial deste ano será destinado ao "Fundo Partilhar com Esperança" e à missão em Ocua, Pemba. D. José e D. Nuno chamam ainda a atenção para a caminhada sinodal proposta pelo Departamento para a Liturgia e intitulada “Ponto Cruz”. "Pretende-se que cada cristão, cada família e cada comunidade se centrem na cruz do Senhor Jesus, para fazerem caminho de conversão, de discipulado e de apostolado. Todos, sem exceção, a viver nesta encruzilhada, teremos a cruz no coração da nossa vida e, certamente, novos horizontes se abrirão. Aliás, o ponto (um cubo), que se abre em forma de cruz, é sinal da abertura à vida; sinal da novidade cristã, da reconciliação a acontecer, da alegria comunitária, da sinodalidade em processo", apelam.

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Celebrações da Semana Santa em Arnoso Santa Maria A freguesia de Arnoso Santa Maria celebra a Semana Santa com uma série de atividades religiosas, promovidas pela Confraria do Senhor dos Passos. As celebrações começaram no Domingo de Ramos, onde foi feita a solene bênção dos ramos no Alto do Calvário, no exterior da Capela do Senhor dos Passos. Depois, decorreu a procissão dos ramos em direção à Igreja Paroquial, onde foi celebrada a eucaristia. Na Quinta-feira, 14 de abril, às 21h00 na Igreja Paroquial, será lembrado o início da Paixão do Senhor com o Lava-Pés (aos Apóstolos), seguido da Ceia do Senhor e no final a Procissão do Senhor “Ecce Homo”, onde a imagem do Senhor da Cana Verde seguirá até ao Alto do Calvário. Na Sexta-Feira Santa, 15 de abril, pelas 21h00, no Alto do Calvário, terá lugar a via-sacra seguida da Procissão da Enterro do Senhor, onde o esquife com o Senhor morto sairá da Capela do Senhor dos Passos em direção à Igreja Paroquial. Já na conclusão o tríduo Pascal, no dia 16 de abril, sábado, às 22h, terá lugar a celebração da Vigília Pascal.

Programa Semana Santa de Famalicão 13 de abril Concerto de Páscoa pela Orquestra do Norte 21h30 – Nova Igreja Matriz Requiem em Dó menor, OP. 23 “À Memória de Camões”, de João Domingos BONTEMPO (1775-1842) Direção: Fernando Marinho Coros da Câmara de Amarante

14 de Abril – Quinta-feira Santa da Paixão do Senhor Lava Pés e Missa da Instituição da Eucaristia 18h00 - Nova Igreja Matriz 21h30: Procissão Senhor Ecce Homo Antigo Igreja Matriz e percurso por diversas ruas do centro da cidade

15 de Abril – Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor Ofício de Laudes 10h30 - Antiga Igreja Matriz Comemoração da Morte do Senhor e Procissão Teofórica 15h00 - Nova Igreja Matriz Procissão do Enterro do Senhor 21h30 - Antiga Igreja Matriz e percurso por diversas ruas do centro da cidade

16 de Abril – Sábado Santo Solene Vigília Pascal 21h00 - Nova Igreja Matriz

17 de Abril – Domingo de Páscoa da Ressurreição Compassos Pascais 09h00 - Antiga Igreja Matriz Missa Solene do Domingo de Páscoa 12h30 - Nova Igreja Matriz pub


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Cortejo Bíblico saiu à rua pela primeira vez em Famalicão Um dos pontos altos da Semana Santa aconteceu este domingo com o Cortejo Bíblico Páscoa Hebraica. A iniciativa, que percorreu o coração da cidade, juntou 120 figurantes que mostraram, em oito quadros, a opressão de Israel e a sua libertação realizada por Deus, debaixo do jugo do Egipto. O Cortejo Bíblico é uma das novidades do programa da Semana Santa em Famalicão, mas pretende cimentar-se como tradição. “É uma iniciativa nova e por isso não temos muita gente nas ruas para assistir. Espero que seja o início de uma tradição”, sublinhou José Pedro Sousa, da Confraria das Santas Chagas.

“Não é uma procissão, é uma lição de história do povo hebreu e uma lição de catequese”. Presente no Cortejo, a vereadora do Turismo na Câmara Municipal de Famalicão sublinhou a importância de atrair mais pessoas ao centro da cidade. “Esta iniciativa é nova e traz mais gente à cidade, o que me deixa muito satisfeita. Por outro lado, é importante que os famalicenses sintam e vivam esta época pascal e que retornem à sua vida normal pós pandemia. Esta iniciativa mostra isso mesmo”. A atividade contou com o apoio e participação das Comissões Sociais Inter-Freguesias do concelho, que angariaram os figurantes.

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Uma festa carregada de simbologia A Páscoa para os judeus - Pessach (“passar senta a Ressurreição de Cristo. além”, na tradução do hebraico) é comemorada pela conquista da liberdade pelos heOvo de Páscoa breus, que viviam como escravos no Egito, Por representar o nascimento e a vida, presimbolizando o retorno à vida digna. sentear com ovos era um costume antigo entre Durante a Semana Santa, vários símbolos os povos do Mediterrâneo. fazem parte do ritual das comemorações. Durante as festividades para comemorar o início da primavera e a época de plantio, os Os ramos de palmeira ovos eram cozidos, pintados e presenteados, A Semana Santa começa com o Domingo para representar a fertilidade e a vida. de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em O costume passou a ser seguido durante Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam as festividades dos cristãos, onde eram pintaa estrada com folhas de palmeira, para come- dos com imagens de Jesus e Maria, represenmorar sua chegada. Atualmente, as folhas de tando simbolicamente o nascimento do palmeiras são usadas na decoração das Igrejas Messias. durante as comemorações da Semana Santa, Muitas culturas mantêm até hoje esse coscomo um sinal de “boas-vindas a Cristo”. tume. No mundo moderno, o ovo fabricado com chocolate é uma tradição de presente no Cordeiro Domingo de Páscoa. Este é um dos símbolos mais antigos da Coelho de Páscoa Páscoa, lembrando a aliança que Deus teria O coelho de Páscoa tornou-se o símbolo da feito com o povo judeu no Antigo Testamento. Naquela época, a Páscoa era celebrada com o fertilidade e da vida, devido a particularidade sacrifício de um cordeiro. Para os cristãos, deste animal de se reproduzir em grandes niJesus Cristo é o “cordeiro de Deus que tirou os nhadas. Está relacionado com a Páscoa por reprepecados do mundo”. sentar a esperança de vida na Ressurreição de Círio Pascal Jesus Cristo. O Círio Pascal é uma grande vela, decorada Vários povos da antiguidade já consideracom as letras gregas alfa e ômega, que signifi- vam o coelho como símbolo da fertilidade, pois cam “início” e “fim”, respetivamente, e usada com a chegada da primavera, eram os primeidurante as missas da Semana Santa. ros animais a saírem de suas tocas. Durante a Vigília Pascal é inserido na vela Com o passar dos tempos, os coelhinhos os cinco pontos das chagas de Cristo na cruz. de chocolate entraram para os costumes das É acesa no Sábado de Aleluia e sua Luz repre- festividades da Semana da Páscoa. pub

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Mensagem de Páscoa do Arcipreste de Famalicão, Francisco Carreira

“Sem Luz não há caminho...”

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A noite dos nossos dias parece uma noite interminável. A sombra da pandemia, da guerra, da emergência climática, dos jogos de poder e de opressão, das falsas verdades... vai escurecendo os nossos dias. Onde encontraremos a luz!? Quando nascerá o sol!? Também os discípulos de Jesus atravessaram uma longa noite quando Jesus morreu na Cruz. Eles tinham deixado tudo por aquele homem, seguiam-no de perto com entusiasmo e alegria... Sentiram, porém, a amargura dos seus grandes sonhos frustrados. Tudo aquilo que esperavam apagou-se na noite da morte de Jesus. Também eles se perguntaram: “Por quê tudo isto!? Fomos enganados!!” E, no entanto, a pergunta é outra: “Porque buscais entre os mortos Aquele que vive?” (Lc 24, 5). Ou dito de outra forma: porque pensamos que tudo é noite? Porque cedemos à resignação ou ao fracasso? A Páscoa é explosão da luz criada e criadora. Ela é a festa da Luz que dissipa todas as noites. Assim proclamamos e celebramos quando, na Vigília Pascal, acendemos, do lume novo, o Círio Pascal. Ao ressuscitar Jesus, Deus faz desvanecer as noites mais escuras: a morte, o medo, o desamor, a desesperança... No livro do Génesis, no primeiro capítulo, está escrito: “No princípio, quando Deus criou os céus e a terra,.. Deus disse: “Faça-se a Luz”. E a luz foi feita. Deus viu que a Luz era boa e separou a luz das trevas...” (Gn 1, 2-3). Como vemos, a luz tomou a primazia entre todas as criaturas. No primeiro dia Deus criou a primeira criatura (Gn 1, 3). E agora o primeiro dia é o dia da Ressurreição de Jesus. Por isso, em Cristo ressuscitado encontramos a Luz criadora, a Luz que nos faz ver toda a criação, e, portanto, a vida do mundo e da humanidade de uma outra perspetiva. O Papa Francisco na sua Encíclica Lumem fidei, logo no primeiro capítulo diz: “Conscientes do amplo horizonte que a fé lhes abria, os cristãos chamaram a Cristo o verdadeiro Sol, «cujos raios dão a vida». A Marta, em lágrimas pela morte do irmão Lázaro, Jesus dizlhe: «Eu não te disse que, se acreditares, verás a glória de Deus? » (Jo 11, 40). Quem acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso.” (LF

1). Contudo, não podemos cair no erro de pensar que esta Luz de Cristo apaga ou faz esquecer, como se tratasse um ato de magia, todas as noites escuras do mundo. Na encíclica referida, o papa afirma que a Luz que a fé nos oferece em Jesus ressuscitado, “não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas é lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho” (cf LF 57). Com efeito, a nossa história, a história do mundo, não acaba porque uma noite mais longa permanece no tempo. A humanidade já atravessou tantas noites, e algumas tão escuras... E no entanto, diante de todas as noites brilha ainda hoje essa Luz que não nos deixa desfalecer, mesmo quando somos tentados a julgar tudo a partir dos nossos fracassos. É precisamente aí que o Ressuscitado está. Ele vem fazer novas todas as coisas, inverter as nossas deceções, iluminar os nossos caminhos. No início do cristianismo, os cristãos chamavam ao dia do Batismo o dia da Iluminação, pois os que eram batizados recebiam a Luz de Cristo. Ainda hoje se partilha esta Luz. Todos nós a recebemos no Batismo. A vela que se acende no Círio Pascal e se entrega à criança batizada, é sinal de que a Luz não se extingue. Ela continua viva e ativa em cada um de nós. Por isso, nenhum batizado se sente só, desesperado. Ele está permanentemente acompanhado pela Luz de Cristo. Mas também nenhum batizado guarda a Luz para si mesmo. O desassombro, o entusiasmo e a alegria que a Luz produz nele, envia-o a irradiar essa Luz por onde que que passe. O Cristão é luminoso, pascal! Nesta Páscoa, que cada um se sinta interpelado a encontrar, no Ressuscitado, Aquele que remove do coração as noites mais escuras. Que cada um se pergunte: qual é a noite a ser iluminada, como se chama? Quem precisa desta Luz para o seu caminho? Sem luz não há caminho! Tu tens a Luz de Cristo para o caminho... então, levanta-te e caminha, para que a noite dê lugar à aurora... E se a tua Luz se apagou por qualquer razão, aproxima-te de novo de Cristo, o Ressuscitado. Ele vive na Igreja reunida. Aí O encontrarás. Uma Páscoa de esperança para todos.


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Páscoa é todos os Dias Diminutivo de Páscoa, Pascoela é a designação que se dá ao Domingo a seguir à Páscoa. Também denominado como Dia da Misericórdia, o dia de Pascoela foi, outrora, um dia importante para a Igreja, mas caiu em desuso aquando da reforma do Concílio Vaticano II. A Pascoela simbolizava o prolongamento do próprio domingo de Páscoa, numa atitude festiva da Igreja e dos fiéis. Sendo a festa da Páscoa e da Ressurreição a mais importante para a Igreja, noutros tempos a semana que se seguia ao domingo da Páscoa era como que um prolongamento da festividade e por isso, também chamada de semana da Pascoela. Também aqui podemos falar da “oitava” que se refere ao oitavo dia após a festa e o prolongamento das celebrações. Estas designações, embora ainda se usem, eram mais utilizadas antigamente, celebrando-se a oitava noutras liturgias importantes da Igreja, prática caída em desuso aquando da reforma do calendário religioso. Recorde-se que o baptismo dos primeiros Cristãos adultos ocorria durante a Vigília Pascal, ritual que continua a manter-se, sendo a quadra da Páscoa a preferida desde os primórdios da religião cristã para se efectuarem os baptismos dos catecú-

menos. Daí, chamar-se também ao domingo de Pascoela o domingo In Albis (domingo branco), devido ao facto de os catecúmenos utilizarem (como hoje) vestimentas brancas no acto do baptismo, celebrado depois, festivamente, por toda a semana que decorria desde o domingo de Páscoa ao domingo de Pascoela. Hoje já assim não é, mas continua a verificar-se a preferência da quadra pascal para se efectuar o baptismo, sobretudo das crianças. Na atualidade, nomeadamente em algumas localidades portuguesas, as celebrações pascais prolongam-se pela Segunda-feira a seguir ao Domingo de Páscoa. É o caso de Sousel onde, neste dia, é Feriado Municipal. Na verdade, embora o feriado religioso seja na Sexta-feira Santa, as empresas e serviços, em Portugal, encontram-se normalmente abertos neste dia para encerrarem na Segunda-feira seguinte. Não se sabe muito bem a origem deste hábito mas, acredita-se que tal fica a dever-se à necessidade de, em tempos idos, o Compasso terminar as visitas às casas na Segunda-feira, por incapacidade de o fazer apenas num único dia, ou seja, no Domingo de Páscoa.

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A história das amêndoas

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A tradição das amêndoas oferecidas na Páscoa resulta do muito antigo culto prestado ao ovo e associado às festas da primavera, mais tarde incorporado na tradição Cristã, visto como símbolo de Ressurreição e eternidade. Semelhantes na forma e evocando no colorido as seculares decorações de ovos da Páscoa, as amêndoas revestidas a açúcar e em cores garridas, resultam da adaptação da confeitaria a novas técnicas e tempos. Isto porque, já na antiguidade clássica, a civilização grega apreciava, como doce, as amêndoas revestidas com mel. Os romanos, antes de Cristo, também se deleitavam com o mesmo acepipe. Uma prática que se terá mantido na Europa até à Idade Média. Muito mais tarde na História, no século XVI quando se dá a introdução do açúcar de cana na Europa, a amêndoa vai ganhar as características que atualmente lhe conhecemos. No século XVIII, as amêndoas doces começaram por ser produzidas em França, na região de Verdun (Lorraine) e de modo artesanal. Foram inventadas por um farmacêutico que viu na cobertura de açúcar uma forma de preservar as amêndoas por períodos mais largos. A disseminação de técnicas de confeitaria democratizou as amêndoas cobertas de açúcar. Confeiteiros levavam as amêndoas secas e descascadas para grandes tinas. Ai, num movimento regular e de rotação, eram uniformemente cobertas com uma calda de açúcar. A partir de 1850, os processos industriais vieram facilitar esta tarefa. As amêndoas eram introduzidas em turbinas mecânicas, revestidas com uma mistura de

goma-arábica e açúcar, depois secas, cobertas com uma calda de açúcar concentrada. Posteriormente eram polidas e, em certos casos, coloridas. Trazidas para Portugal sob influência da confeitaria francesa, as amêndoas doces, antes produzidas em conventos, contam, hoje, com um processo de fabrico que se inicia com a escolha e triagem das amêndoas, depois secagem e gomagem. Faz-se, posteriormente, uma calda com a goma-arábica, a que se junta açúcar e dáse uma primeira cobertura para reduzir as irregularidades do miolo e conferir a aderência uniforma às várias camadas de açúcar que se seguem. Iniciado o processo, as amêndoas são transferidas para turbinas, também designadas de bacias rotativas. Ai cumprem perto de seis horas de rotação. A secagem da calda de açúcar é essencial para evaporar a água e permitir ao açúcar a cobertura e envolvimento do miolo. É um processo lento, assemelhando-se a uma pintura por camadas que, sucessivamente vão secando. De início, estas camadas são rugosas, poeirentas. Finalmente, é feito o polimento das amêndoas, conferindo-lhes maciez na textura e as cores que lhes conhecemos. Os corantes são adicionados com as últimas camadas de calda. A proporção entre a amêndoa e o açúcar que a envolve determina a qualidade do produto. Por exemplo, a “amêndoa lisa cores” incorpora uma grande quantidade de açúcar, numa proporção de um para cinco. Ou seja, por cada quilo de amêndoa vai encontrar cinco quilos de açúcar. Já a “tipo francês”, conta com uma proporção mais razoável, de um para dois.


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As receitas do chef Álvaro Costa para a Páscoa Álvaro Costa, nasceu em Pousada de Saramagos, no concelho de Famalicão, tornou-se cozinheiro profissional pelo curso de cozinha e pastelaria da Escola Profissional Amar Terra Verde em 2000. Atualmente assume funções como chef executivo da equipa A do F.C. Porto. Álvaro Costa é também o chef residente da cozinha experimental da Praça – Mercado Municipal de Famalicão Assume-se como cozinheiro, enófilo e gastrónomo. Apreciador de música, viagens e da gastronomia Nacional Portuguesa, é apaixonado pela comunicação. Desenvolveu funções em hotéis e restaurantes como cozinheiro nos Le Méridien Porto, Sheraton Porto, Cala Rossa (Córsega), Le Kilina Hotel & Relais Villas (Córsega), e mais tarde como Chef Executivo na República da Cerveja e Café Bogani (Gaia), Pestana Porto, Pestana Porto Santo, Palácio do Freixo, Hotéis do Bom Jesus, Hotel NH Colection Porto e Porto Palácio Hotel. Como docente, lecionou história da gastronomia na Escola de Turismo e Tele-

comunicações de Seia, história da gastronomia no ISLA e Universidade Lusófona, e Cozinha na Universidade Portucalense. Neste momento, leciona como formador externo na Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, Enogastronomia, Tecnologia de matériaprima, entre outros módulos técnicos. Foi orador, em inúmeros eventos, participou como cozinheiro de demonstração convidado no Fórum de Girona 2008, em várias edições do Porto Wine Fest, Vinho Verde Wine Fest, 12 em Rede das Aldeias Históricas de Portugal, Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas, Jerusalém Portuguese Week. É sócio gerente na Álvaro Costa Desenvolvimento Gastronómica, marca empresarial na área de formação e consultoria, dedicada ao desenvolvimento de conteúdos de comidas e bebidas em hotéis, restaurantes, catering, marcas alimentares, entre outros. É ainda co-proprietário da marca empresarial Table a La Carte, vocacionada para prestação de serviços de catering e organização de eventos. pub


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CORDEIRO COM LARANJA

PÃO DE LÓ COM LEITE CREME DE CARDAMOMO E MANJERICÃO

Ingredientes (4 pessoas)

300 gr de pão de ló 350ml de leite meio gordo 110 gr de açúcar 1 pau de canela 6 bagas de cardamomo seco

(arroz de cogumelos e rosmaninho)

Meio cordeiro de leite 400g de arroz carolino 350g de cogumelos frescos 5 laranjas 4 dentes de alho 2 cebolas 4 folhas de louro

1 ramo de hortelã 1 raminho de alecrim 200ml de vinho branco sal pimenta colorau 200ml de azeite

Preparação: Marinar o borrego 3 horas com 1 cebola laminada, colorau, sal, louro, hortelã, pimenta, vinho branco e metade do azeite. Regar com sumo de três laranjas. Levar ao forno a assar a 180 graus, durante cerca de 90 minutos. Para o arroz, laminar a cebola e o alho, puxar no restante azeite, e juntar os cogumelos laminados até alourar, refrescar com água e temperar com sal, pimenta e louro. Colocar o caldo dos cogumelos num tabuleiro de forno, de seguida colocar o arroz. Colocar no centro do tabuleiro, o raminho de alecrim. Ter atenção que a quantidade de caldo terá de ser duas partes para uma parte de arroz. Misturar bem e levar ao forno à mesma temperatura do borrego, durante cerca de 30 minutos. Servir com legumes ao gosto e laranja laminada.

Ingredientes (4 pessoas)

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4 gemas de ovo 20 gr de manjericão fresco 1 casca de limão 95 g de maizena

Preparação: Ferver o leite com o manjericão, a canela, o limão e o cardamomo. Coar o leite e voltar a levar ao lume. Juntar o açúcar, a maizena e as gemas de ovo dissolvidas num pouco de leite frio. Mexer até engrossar. Dispor fatias de pão de ló em taças ou pratos fundos, cobrir com leite creme e deixar baixar a temperatura Servir com açúcar em pó, ou canela em pó.

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