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Vereadores vetam Toninho

Foto: Sylvana Graça

5 de setembro de 2008 www.ope­ru­mo­lha­do.com.br Edição 874 • ANO XXVIII

Mônica do Boom é um estouro O Perú envia Arthur Veríssimo à Islândia e Groelândia. Págs: 16 e 17

Um jornal cego, surdo e mudo

Última hora: no fechamento desta edição recebemos a excelente notícia que a liminar dada pela juíza federal paralisando a obra do Breezes havia caído. Fez-se justiça!

O MAIOR JOR­NAL BÚZIOS


Descanse em paz, guerreiro buziano!

PAU A PAU Por Trindade Jr.

Búzios é uma cidade nova, com uma sociedade ambígua composta da população local, que é conservadora e bastante religiosa; e da população de estrangeiros que é um mosaico de culturas. Tudo isto, somado ao fato da cidade ser um destino turístico internacional e receber royalties do petróleo, a deixa extremamente vulnerável. A luta pela emancipação uniu todos estes segmentos e esta união de forças deu a Búzios a tão sonhada independência política. Só que a elite econômica não se preparou para conquistar o poder através do voto. Estamos na véspera da quarta eleição e a câmara de vereadores ainda não teve um representante dos segmentos que precisam participar das decisões (comerciantes, construtores, arquitetos, etc.). Como se não bastasse, os candidatos a prefeito com chances reais são os mesmos desde a época da

emancipação (Toninho x Mirinho). Este quadro retrógrado permite que a cidade, apesar das características ímpares citadas acima, seja engolida por esta cena. O maniqueísmo imposto pelos caciques da “terra” impede que outras vias políticas sejam criadas, e como numa gangorra, um passa a depender do outro para o jogo continuar e impossibilita qualquer tipo de favoritismo, pois a população acaba dividida em duas partes apenas, sem chance de participar de uma discussão construtiva durante a campanha, limitando-se a torcer por um ou por outro como num jogo de futebol, sem preocupar-se com os projetos e as propostas: apenas torcendo passionalmente pelo seu time. Não precisa nem lembrar que deste jeito não existe favoritismo e a eleição pode ser comparada ao um Fla x Flu no Maracanã às cinco da tarde de domingo.

O PERÚ MOLHADO

Arquivo - Assinaturas - Reclamações valdeterangelamaral@gmail.com

Nesta sexta-feira as cinzas do nosso amigo Roberto Saraiva foram jogadas na Praia da Ferradura onde ele nadava todos os dias.

30 de agosto de 2008. A cidade parou. Os comícios foram cancelados. Búzios está de luto, pois acabara de perder um buziano nato! Todos aqueles que tiveram o prazer de conhecer e conviver com José Roberto Improta Saraiva sabem o que nós estamos falando. Não existe dor maior do que perder um pai, uma pessoa que amamos, que admiramos e nos orgulhamos. Graças a Deus nosso pai foi um homem íntegro, cheio de princípios e dono de um caráter incontestável. Às vezes botava os pés pelas mãos, falava demais e cometia erros também. Mas "que atire a primeira pedra aquele que nunca errou", porque apesar de nosso pai ter sido grandioso, era também humano. Roberto Saraiva foi um homem especial, que lutou a vida inteira pela cidade de Armação dos Búzios. Participou da emancipação de Búzios com todas as suas forças, pois tinha certeza que dali em diante nossa cidade seria palco de transformações positivas para todo povo buziano! Sentia um amor incondicional por essa cidade, pela casa em que vivia e pela praia da Ferradura, onde viveu e faleceu... Tudo do jeito que ele queria. Construiu cada tijolo da nossa casa, que para ele, era uma fortaleza, uma motivação para cumprir a

cada dia sua missão em Búzios, a cidade que ele amava e elegeu. Era um guerreiro e superava todos os obstáculos, mesmo os que a princípio, pareciam não ter solução. Tinha o respeito e a admiração de muitas pessoas, além de uma inteligência fora do comum. E sobre seu enorme coração... Não temos nem palavras. Era um homem muito bom, generoso e sempre disposto a ajudar. Reconhecia a importância do trabalho de todos os seus funcionários, e considerava os mesmos parte da família. Raramente conseguia dizer “não” para alguém. Nosso pai faleceu aos 63 anos e deixou 3 filhos: Roberta, Christiano e Brenda. Sei que agora ele está lá no céu olhando por nós, e vamos procurar ao máximo fazer tudo o que ele nos ensinou! Os momentos de alegria estarão guardados para sempre, e são muitos. Mas a hora do nosso pai chegou. Deus chamou, e ele foi encontrar a paz, a luz e viver a vida eterna, ao lado do nosso Senhor Jesus Cristo! Amém! A saudade já está nos matando, e não conseguimos parar de pensar nele por nem um segundo. Mas o que nos conforta é que Deus preparou tudo com muito carinho, Ele levou o nosso pai no momento certo. Nós não temos o poder de questio-

nar o relógio de Deus, pois Ele sim sabe de todas as coisas. Para quem não sabe, o Saraiva nadava na praia da Ferradura todos os dias. E ele sempre dizia: “Quando Deus me levar, quero estar nadando. Se eu morrer assim, vou morrer feliz”. E foi como ele partiu: de sunga, pés descalços e óculos de mergulho, fazendo o que mais gostava! Sem dor, sangue ou sofrimento. Foi em paz, com semblante de missão cumprida! Desejo realizado e alma lavada com a água salgada de sua praia, a Ferradura! Praia essa, que também receberá suas cinzas, mais um dos seus desejos, pois ali ele partiu e também permanecerá pra sempre, como em nossos corações! Finalmente, agradecemos a todos os amigos que estiveram presentes, transmitindo sentimentos de solidariedade e nos desejando força, pois isso é fundamental, e não tem preço! Descanse em paz, Paizinho. Saudades e amor eterno dos filhos, família e amigos. Por seus filhos que te amam, te admiram e que esperam um dia te reencontrar na casa de Deus. Brenda Saraiva Christiano Saraiva Roberta Saraiva

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­ rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ta Des­champs, Ota­ vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Glo­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas e Márcio Fortes. Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue

Fun­da­do­res Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue

Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

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Editor de fotografia Gonzalo Arselli

Me­ce­nas Umberto Mo­dia­no

Re­pór­ter San­dro Pei­xo­to Anibal Fernando Cláudio Kuki

Im­pres­são Jornal O Lance

Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira

Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque Arquivo e Assinatura Valdete Rangel Amaral

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ra CNPJ: 02.886.214/0001-32 Pra­ça San­tos Du­mont, 333 - sobrelo­ja Cep 28 950-000 – Cen­tro - Ar­ma­ção de Bú­zios –  RJ Celular/redação: (22) 9817-1192 / 9959-9143 Comercial: (22) 9932-8951 / 9959-9143 E-mail: ope­ru­mo­lha­do@glo­bo.com Si­te: www.ope­ru­mo­lha­do.com.br

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Eu sei o que você fez na eleição passada D

iz o ditado que o que foi escrito, dito, não se apaga. Se esse ditado não existe, acabou de ser inventado. O fato, é que não se pode apagar o passado. Muito menos se ele tem apenas 4 anos. Infelizmente, as eleições buzianas a cada ano ficam mais raivosa, mais fratricida. Culpa exclusiva e única do jornal Primeira Hora e de se editor Dr. Ruy Borba que trouxe para Búzios o rancor, a mágoa e a perseguição pura e sem escrúpulos. Na última eleição, Dr. Ruy só faltou crucificar Mirinho Braga. Usou e abusou dos piores adjetivos para desqualificar o então prefeito. Quatro anos depois estão juntos, rindo a toa, dividindo a mesma mesa, o mesmo prato. As pessoas sérias de Búzios não estão entendendo nada. O que está acontecendo? Quem mudou? Mirinho perdoou o editor que caluniou diversas vezes sua esposa que nem candidata era? Mirinho era chamado carinhosamente de “O Grande derrotado” pelo Primeira Hora. Agora é o grande salvador. Como assim? Não sabemos como Mirinho encara os atuais elogios. O arquivo implacável do Perú vai mostrar e verdadeira face de certas pessoas que ontem tinham uma opinião e hoje outra. Vão dizer que é fotomontagem, que é invenção blá-blá-blá, mas, as vítimas certamente não esqueceram.

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PROCESSO DEMOCRÁTICO. PACTO SOCIAL. PLANO DIRETOR

Nossos vereadores estão esquecendo o que foi vivido aqui em Búzios? Ou não querem lembrar?

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Por Marlene Ettrich - urbanista - coordenou a elaboração do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Búzios erplexidade é a única palavra que encontro para expressar o que sinto. Fala-se sobre o rasgar leis. Pois o que vejo é isso: tentativas sucessivas de rasgar a lei, de desprezar o pacto social do qual ela resulta. E explico porque vejo dessa forma. Estamos no 12º ano após a emancipação de Búzios, e desde os primeiros anos, através de intenso esforço coletivo, a sociedade buziana foi construindo um plano para esta cidade. Foi um caminho percorrido ao longo de 10 anos. Plano Estratégico – o primeiro passo O que se espera de um Plano Estratégico? Relembrando: é um instrumento em que se busca visualizar potencialidades, obstáculos e ameaças, identificar grupos de interesse, analisar conjunturas. O objetivo pretendido é o de melhorar a posição de uma cidade em meio à competição entre cidades pela captação de recursos para investimentos. O processo de debate vivido por Búzios na elaboração desse Plano foi intenso, e seus resultados nortearam o Poder Executivo para passos importantes: diagnóstico ambiental, normas de parcelamento e de uso e ocupação do solo, e logo a seguir o passo maior: o Plano Diretor da Cidade. Construção do Plano Diretor Inimaginável conceber, sob regime democrático, a construção de um plano para a cidade que não seja precedido por criteriosos estudos e intensos debates públicos. Não foi diferente disso o processo vivido em Búzios. Extenso diagnóstico foi elaborado, os possíveis cenários para o desenvolvimento da cidade foram amplamente discutidos. A opção pelo turismo e o veto ao veranismo foi escolha claramente expressa nos registros (relatórios) sobre os trabalhos então desenvolvidos, contendo análises das mais variadas questões relacionadas ao planejamento urbano. Nesses documentos também está expresso o que a sociedade buziana espera do seu Plano Diretor. E todas as expectativas estão regidas pelo princípio básico: o da Sustentabilidade. Houve uma primeira proposta com seu projeto de lei. Proposta que gerou inseguranças. Não se conseguia identificar, naquele projeto de lei, o Plano que tinha sido construído por todos. Era genérico, indicava instrumentos de gestão urbana que grandes capitais brasileiras ainda estão dando os primeiros passos para sua utilização. Os projetos de lei que se propunham a regulamentar essa lei do Plano Diretor, continham, não “pegadinhas”, e sim “pegadonas”. Nenhuma garantia de que o almejado cenário da sustentabilidade do desenvolvimento de Búzios pudesse

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se fazer cumprir. Foram identificados os problemas, complementados os levantamentos e estudos que ainda faltavam, e construída nova proposta e seu projeto de lei. Esta foi submetida a amplo debate, primeiro como plano, depois como projeto de lei. Essa dura forma exigida pela técnica legislativa foi checada artigo por artigo pela sociedade representada pelas suas associações, para que as expectativas de todos estivessem representadas nas letras da lei. Identificar a lei do Plano Diretor aprovada em 2006 com o titular da pasta do planejamento da Prefeitura na época, é querer deslegitimar um processo democrático respeitado por todos os que trabalharam em todas as épocas na sua elaboração. Aprovado como Lei Complementar № 13 de 22 de maio de 2006, o Plano Diretor de Armação dos Búzios representa um pacto social arduamente construído e tecnicamente fundamentado. Falar em “aberrações e pegadinhas” é pretensão, arrogância e principalmente desrespeito com a população que dele participou, e também com todos os profissionais, que com seu conhecimento técnico-científico contribuíram para a construção deste Plano, cujo objetivo básico é o de orientar as políticas públicas para o tão almejado Desenvolvimento Sustentável de Búzios. A Lei aprovada expressa o futuro que queremos e institui os instrumentos necessários para a gestão do nosso presente.

centro tradicional como são os centros antigos das cidades turísticas mundo afora. Quanto à proposta de exigir área mínima de 3.000 m2 para condomínios ao invés de 400 m2 como está na lei. A diretriz no Plano Diretor para essa área é “preservação do padrão arquitetônico”. O que significa preservar, e o que significa 3.000 ao invés de 400? Preservar o casario existente, além de outras ações, está vinculado a investimentos na regularização plena dos imóveis. Para que isso seja possível, é importante ter como área mínima de lote os 400 m2. O cenário, se for exigida área mínima de 3.000 m2, é o da necessidade de remembramento dos lotes atuais. O que farão os atuais proprietários? Ou conseguem comprar o lote ao lado. Ou vendem seu lote para o vizinho. Ou deixam degradar o casario. Ou ainda, vários vizinhos vão vender juntos para um comprador de fora, que possa investir em um empreendimento maior. Isto é expulsão. Isto é exclusão. São os pequenos negócios e as pequenas moradias induzidas a dar lugar para os maiores. Isto nada tem a ver com a preservação do centro tradicional da cidade, seu perfil e identidade. Não é isso que está no Plano Diretor.

Substitutivo para a Lei de Uso e Ocupação do Solo Em primeiro lugar, vamos chamar essa proposta pelo nome certo. O que é chamado de Substitutivo da Lei Complementar № 14, aprovada em 9 de agosto de 2006 – Lei de Uso e Ocupação do Solo, basicamente republica os principais Anexos. Principalmente o que expressa as condições para construção de edificações nos lotes. A Lei № 14 é muito mais do que isso. E seus dois primeiros artigos deixam claro quais diretrizes do Plano Diretor suas disposições devem atender. Houve a tentativa de desestabilização do Plano Diretor. Foi frustrada. Era esperado. Pacto é para valer. Agora essa republicação de um Quadro-Anexo contendo modificações que, ao contrário do que vem sendo afirmado, nos conduzem a cenários que contrariam o Plano Diretor. Como se diz: vendendo gato por lebre.

Continuando pelas ZOC 25 da Ferradurinha, Tucuns, Ossos, Golfe e Bosque de Geribá. Quando os vereadores aumentam de 1.800m2 para 3.000m2 a área mínima para condomínios, não consideraram o tipo de propriedades existentes no local, que são na maioria de 900m2 - e 1.800m2 é múltiplo de 900m2. Ou seja, torna viável a solução da equação “Preservação da Vegetação Nativa X Interesse e Condições dos Proprietários dos Terrenos”. Isto é buscar a regularidade, condição básica para o controle do desenvolvimento urbano. Tampouco faz sentido o aumento de 1.800 para 4.000m2 como área mínima de pousadas até 35 quartos, uma vez que o Plano Diretor prioriza o uso residencial nessas áreas. A lei em vigor busca reduzir a escala das pousadas para que a sua integração com o uso residencial resulte em um ambiente harmônico. O que pretendem com essa modificação? Inviabilizar a ocupação? Promover ambientes que não se integram? Aumentar a área mínima de um lote não significa ser simplesmente mais restritivo. Esta é uma avaliação simplificadora de processos urbanos complexos.

Porque as modificações “Rasgam a Lei” Começando pelo Centro da Cidade: ficou claro que é de desejo da população que o centro não fique mais adensado do que está, particularmente no que diz respeito ao trânsito de veículos. A iniciativa do último verão, de valorizar o pedestre, muitas vezes foi mencionada durante os debates do Plano Diretor. Não exigir vagas, como está na lei em vigor, é pensar um futuro para o

Outra polêmica: Rasa, Marina e a região dos alagados O Plano Diretor busca conter a expansão urbana desordenada estabelecendo parâmetros para uma ocupação gradativa daquela região. O objetivo é o de evitar um processo especulativo, cujos ônus invariavelmente recairiam sobre os cofres públicos. Nas áreas já parceladas e urbanizadas, a

lei permite um adensamento controlado, no padrão atual de 800 m2, mesmo para condomínios, pois ainda existe um número considerável de lotes vazios. Já para as áreas não parceladas, predominantemente brejosas ou alagadas, é exigido no Plano Diretor, desde grandes glebas de 10.000m2 como área mínima para condomínios, até sua vedação total nas áreas mais internas e distantes da infra-estrutura existente. Exceção existe para um tipo de aproveitamento urbanístico de caráter estratégico, de edificações cercadas por canais, bem sucedido em diversas partes do mundo, e que poderá garantir vitalidade e qualidade para aquela área e a região carente localizada em torno. É uma solução urbanística, que pelo lado da viabilidade ambiental está sob a salvaguarda de um EIA-RIMA. Além disso, pela sua natureza, será implantado através de parceria público-privada, com o setor privado entrando com a maior parte dos custos de urbanização. É uma forma, dentro da escala de um pequeno município, na qual o Poder Executivo não gera “mais valia” para o setor privado à custa do erário municipal. Prever em lei as operações urbanas nos moldes das grandes cidades, como foi pensado no primeiro projeto de lei para o Plano Diretor (não aprovado), é ficção para os próximos 10 anos em Búzios. Quanto à proposta dos vereadores? Qual é o motivo gerador? Qual é o legado que estamos deixando para as próximas gerações? No Globo do último domingo (suplemento Morar Bem) é destaque, de primeira página, o farto crédito imobiliário disponível para a realização do sonho da casa de veraneio própria. E Búzios, junto com Angra, são citadas como as cidades mais valorizadas. Ou seja, é a demanda pelo vetado Veranismo provocada pela oferta de crédito. E esta questão das casas geminadas ou não geminadas em fração de lote? É uma questão de qualidade do ambiente construído na cidade, ou exclusivamente um cálculo financeiro que maximize o lucro na construção de condomínios? Essa discussão precisa ser transparente para que se encontre a melhor solução. Qual é o pacto social contido no Plano Diretor? Investimentos são benvindos. Porém garantir a sustentabilidade do nosso município, hoje e para as futuras gerações, é condição básica, é princípio claramente expresso no Plano Diretor. Este é um pacto que transcende uma ou duas gestões de dirigentes eleitos. Alterá-lo, somente pode ser através do processo democrático previsto no Estatuto da Cidade, regulamentação da nossa carta maior: a Constituição Federal.

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Vereadores vetam o veto do Toninho

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or 6 votos a 3, a Câmara de Búzios derrubou na última quinta-feira, o veto do prefeito Toninho Branco a lei que mudou os parâmetros de ocupação do Plano Diretor. Finalmente eles conseguiram. O estranho foi que vereadores da situação como Francisco Neves, Uriel, Genilson Drumonnd e Evandro votaram contra o prefeito Toninho, enquanto Henrique Gomes, Fernando Gonçalves e Messias Carvalho (todos da oposição) votaram a favor. Um verdadeiro samba do vereador doido. Numa sessão vazia (nem Zé Cabral apareceu) e sem muita discussão - afinal a coisa já estava decidida na cabeça da maioria, o veto foi derrubado sem muitos problemas. A única discussão foi levantada pelo vereador Alexandre Guerreiro. O nobre vereador propôs que, se acaso o veto não fosse derrubado (ele já sabia que isso não aconteceria) a casa fizesse audiências públicas para discutir as mudanças na lei. “Sou contra discutir essa matéria depois das eleições. Não sabemos quantos vereadores serão reeleitos. Acredito que somente 4 voltem e tenho medo das pressões. A lei do jeito que foi aprovada por nós é ainda mais restritiva. Desafio a qualquer pessoa mostrar o contrário”, declarou Alexandre. O vereador Henrique Gomes (que votou pela manutenção do veto) lembrou que o projeto original que veio do executivo foi modificado na câmara sem ouvir as entidades civis, que foram tão importantes durante as discussões do Plano Diretor. “Foi o legislativo quem deu legitimidade as entidades civis. Não podemos mudar a lei agora sem ouvi-las. Se existem disparidades no Plano Diretor vamos mudar, mas com calma e ouvindo todos os interessados. Eu legislo para a população e não em causa própria. Vamos trazer a sociedade de novo para discutir como na época da emancipação”. Retrucando Henrique Gomes, o vereador Flávio Machado informou que a casa legislativa programou sim, uma audiência pública para discutir as mudanças na lei, mas, apenas três vereadores compareceram a sessão e, por falta de quorum, foi cancelada. Já o vereador Uriel disse que sua maior preocupação hoje é com a obra no cais do Porto Veleiro, do empresário Cadú Bueno. Segundo Uriel uma obra que tem que ser discutida com a população, pois se trata de uma área pública. Antes da sessão, Uriel informou ao prefeito Toninho que iria votar para derrubar seu veto. Toninho disse: "tudo bem".

Genilson Drumonnd derrubou o veto do seu prefeito Toninho

Fernando Gonçalves e Henrique Gomes votaram com o governo Uriel, Chico Neves e Alexandre Guerreiro derrubaram o veto do prefeito

Rasgaram a lei, de novo! A um mês das eleições municipais, a Lei do Uso do Solo, aprovada em 2006, pouco depois do Plano Diretor do Município, foi derrubada. Nada de audiências públicas, nada de discussão popular, a revelia de tudo o que exige o Estatuto da Cidade. Além de rasgarem a Lei do Uso do Solo, nossos vereadores rasgaram também a Constituição Federal, que condiciona as leis complementares à iniciativa do Poder Executivo, por se tratar de matéria técnica. Convidamos os eleitores a raciocinar. O prefeito havia vetado o Substitutivo com que os vereadores queriam alterar a Lei. Dizem as más línguas que só agiu assim porque o Ministério público pressionou. Agora, curio-

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samente, a bancada dele votou a favor do Substitutivo. Por outro lado, o vice do candidato da oposição também votou pela derrubada da Lei. Quanta unanimidade! A cidade que a população defendeu quando participou do processo de elaboração Plano Diretor e da Lei de Uso do Solo, que agora foi por água abaixo, não é a mesma que está no Substitutivo que acabou de ser aprovado. Abrimos as portas para o veranismo, para os grandes condomínios, para os carros, para os pombais, para as empenas. Rasgar as leis, e ainda mais, na véspera das eleições é um insulto ao cidadão buziano. Mais do que nunca, precisamos de um voto consciente. Um voto por direitos, não por privilégios.

Cristiane Oliveira é mulher de atitude! Ela foi a única representante do FECAB, mesmo em época de campanha, a acompanhar a votação da Câmara sobre o veto do Prefeito. Até o Vereador Uriel, candidato da situação cumprimentou-a por sua posição. Na próxima 6ª feira, dia 12, às 11 horas, Cristiane vai reunir mulheres na frente de seu Comitê para uma passeata. Ela quer mostrar a força da mulher buziana e a visão feminina sobre os problemas da cidade.

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Os trabalhadores deram com a cara na porta por causa de uma Ação Pública da Ativa Búzios.

tendendo a uma Ação Pública impetrada pela ONG Ativa Búzios, a Juíza Federal Dra. Flávia Caldas Rocha, mandou paralisar a obra do Super Club Breezes em Tucuns. O estranho é que existe um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) entre investidores, Ibama, Feema e Ministério Público Federal. A poucos dias, mais de 40 entidades civis se reuniram e deixaram bem claro que são a favor da obra do Breezes. E agora, 50 pessoas sem nenhuma representação vêm e estraga tudo. Estava tudo certo, existe um acordo que está sendo cumprindo de maneira honesta pelos investidores. Agora, 800 pais de família estão sem emprego e outras dezenas de empresas de prestação de serviço sem saber o que fazer. Sem trabalho vão acabar comendo as corujas que a Ativa Búzios tanto defende. Outra coisa. Vários artistas buzianos foram contratados pelo hotel para fazer luminárias, roupa de cama, decoração, etc. E agora? O Super Club Breezes está quase pronto. Uma parte já se encontra até pintada. O que vamos fazer agora? Derrubar tudo? Deixar ser invadido? Aviso aos navegantes. Quem retirou as areias das dunas que outrora existam naquela área foi a prefeitura de Cabo Frio, quando Búzios era apenas um distrito. Os construtores de agora em nada degradaram o local. E mentira de quem afirma isso. A chegada do Super Club Breezes vem trazer para a cidade um novo patamar na hotelaria. Vai também revitalizar uma área que estava sendo ocupada de maneira desordenada. A verdade é que essa lengalenga gera uma enorme insegurança jurídica para os investidores. Ora, se uma obra aprovada pelos órgãos técnicos e pela justiça federal passa por isso, não vale a pena investir em Búzios. Pergunta: o que a Ativa Búzios, ONG defensoras das formigas e das corujas já fez pela cidade de Búzios? Todas as entidades sérias de Búzios estão a favor do Breezes. Somente a Viva Búzios do Gabriel Gialuisi e a Ativa Búzios ficaram contra. Aliás, se alguém perguntar ao Gabriel se ele é da Viva Búzios a única resposta seria, sou-la! A Viva Búzios é Gabriel e mais ninguém. Esses ecologistas deveriam ler na revista Veja a excelente entrevista do americano Adam Werbach, ex-presidente da Sierra Club, que foi uma das maiores organizações ambientalistas dos Estados Unidos. Adam, agora desiludido, diz que o ecologismo fracassou. Para ele, a maior falha do movimento ecologista foi ignorar a demanda por justiça social e desenvolvimento econômico. Continua Adam. “Existem centenas de milhares de pessoas subnutridas no planeta. O movimento ecologista não olha para elas... antes de se preocupar com a ecologia, deveriam assegurar que a população tenha boa qualidade de vida, com acesso a saúde e a educação”.

Fotos: Gonzalo Arselli

l e v á s n o p s e r r i O ambientalismo r o p a d n a m e d a a r igno o c i m ô n o c e o t n e desenvolvim

Desolação entre os pais de famílias

Última hora: no fechamento desta edição recebemos a excelente notícia que a liminar dada pela juíza federal paralisando a obra do Breezes havia caído. Fez-se justiça!

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Será que Adam quer nos dizer que temos que abandonar a defesa ecológica? Claro que não. O recado é simples e direto. Atenção ecologistas de Búzios! As pessoas, os seres humanos, as crianças, os pedreiros, também fazem parte do sistema ecológico do planeta. Temos que os defender também. O empresário Mauro Oliveira, do curso de idiomas CCAA, um dos signatários da Ação Pública em entrevista ao Perú Molhado afirmou que ao contrário do que algumas pessoas espalharam pela cidade, ele não é contra a construção civil e muito menos do Breezes. “Sou a favor da legalidade. Quero saber apenas se a obra está legal. Se a justiça afirmar que sim, welcome Breezes!”

A seguir a lista das pessoas que entraram com uma Ação Pública pedindo a paralisação da Obra do Breezes: • Mauro De Oliveira • Afonso Carlos D'avila Magalhaes • Gil Felisberto De Assis Filho • Marcelo Ribeiro De Moraes • Denise Morand Rocha • Maria Cristina Guimaraes Pimentel • Roberto Campolina Marques • Julio Da Fonseca Pinto Neto • Alessandra De Oliveira • Marcelo Obraczka • Janice Barbosa Lima • Pedro Campolina Marques • Ana Lucia Guimaraes Richard • Anderson Curi Goncalves • Gracie Barreiros Pinheiro • Evandro Siqueira Tinoco • Iva Siqueira Matos • Renato Pereira Nunes • Erick Siqueir Matos • Amelides Assuncao Santos • AmarildA Duarte Machado • Claudete Monteiro De Sant'anna • Maria Luzimar Rodrigues Costa • Luiz Renato Matheus Campello • Evelyne Costa Campello • Dayanna De Castro Camara • Adeide Carlos Filho • Rosangela Dos Reis Camara • Mauriceia Maria De Oliveira • Cristina Maria Costa • Romero Oliveira Medeiros • Alexandre Ayala Valentin • Arnaldo Tadeu Guimaraes • Janete Dias Ferreira • Christian Mehdi • Vilma Regina Dias Santos • Valeria De Oliveira Dantas Celiz • Luciana Passos Rafael • Monica Werkhauser • Sheila Carvalho Martins • Christian Airton Sergio Mendonça Lima • Aarao Maciel • Aurinete Gomes Do Nascimento • Barbara Gomes Mingrone • Monica Maria Buarque De Macedo • Tristao Martins Neto • Maria Emilia De Almeida Breyer • Giselle Banjar Leal • Flavio Oliveira De Trolly

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eceita imbatível para se perder uma boa oportunidade: organize um evento de importância mundial, trabalhe nele por mais de um ano, invista tempo e milhões de reais, receba bem os participantes e logo depois abandone tudo. Foi exatamente o que a cidade de Búzios fez em relação ao Encontro Anual da APAVT (Associação Portuguesa de Agentes de Viagens de Turismo). Semanas depois do encontro lusitano que prometia mudar para sempre o turismo de Búzios, aconteceu na cidade de Lisboa, em Portugal, uma das mais importantes feiras de turismo da Europa. A prefeitura de Búzios e a hotelaria buziana não deram as caras. A não ser os empresários de sempre, que trabalham o mercado português há anos. Justamente no momento da solidificação junto aos agentes de viagens, ficamos de fora. Bola fora do secretário de turismo. Bola fora dos hoteleiros de Búzios. A secretaria de turismo alegou falta de grana. Os hoteleiros só podem alegar falta de interesse. Búzios é uma incógnita. Em geral no comércio buziano é cada um por si. Na hotelaria é ainda pior. A ciumeira é tanta que nem quando o projeto é bom para todos, a coisa anda. O empresário Octávio Martins, das pousadas La Plage e La Foret, que lutou e pagou para trazer o congresso da APAVT para Búzios - diz que até hoje não entendeu a falta de participação dos hoteleiros da cidade. “Como sei que a secretaria de turismo nunca foi boa executiva, me preocupei e enviei convite para todos os hoteleiros de Búzios. Mandei a programação para todas as associações. Na festa de abertura apareceram três hoteleiros. Depois nem isso. Não sei por que agiram assim. Mas isso só quem pode responder são eles”, lamentou o empresário. Os hoteleiros não participaram porque não quiseram e depois ficaram comentando que o congresso foi para beneficiar o empresário lusitano. Como se ele tivesse condições de absorver todo o mercado português com apenas duas pousadas... O congresso da APAVT já faz parte do passado. Agora o empresário Octávio Martins volta a apostar no turismo, desta vez é o peruano. Essa semana participa do evento "O Rio é de Vocês", em Lima. Octávio já trabalhava com o Peru, deixou quando a Varig parou de voar para aquele país. Agora a empresa panamenha Taca vai fazer cinco vôos semanais trazendo turistas de Lima, Quito, Caracas, Bogotá, Cidade do México. É um vôo Lima/ Rio, mas espera todas as chegadas das demais cidades. “É preciso diversificar o mercado para não depender exclusivamente do mercado argentino. Por enquanto serão apenas cinco vôos por semanas, mas se a procura aumentar, certamente teremos mais”, continuou o empresário. Mesmo com a crise na Argentina, aquele país ainda é o maior emissor de turistas para Búzios, detendo cerca de 70% do mercado buziano. Em seguida vem o Chile e depois, os demais.

Sem os argentinos, resta buscar turistas no Peru, disse o empresário Octávio Martins

o m u R

u r e P ao

E a crise?

Nos último ano, o turismo mundial teve uma retração de 5,4%. Búzios não ficou de fora dessa crise. Segundo Octávio, esse é o pior ano dos 8 em que está em nossa cidade. O cambio, a crise americana, a quebra de diversas empresas aéreas e o fato de os brasileiros ter começado a viajar como nunca para fora (ocupando as cadeiras dos aviões) foram os principais motivos da crise que se instalou no turismo brasileiro. Mas o empresário está otimista. Acredita que tudo isso vai passar. “Essa crise é passageira. Aliás, todas as crises são passageiras. Se elas não passam, nos adaptamos a ela. Cito, por exemplo, a questão cambial. Hoje já não se encontra no Brasil um hotel de 4 estrelas por 50 dólares a diária. Hoje se cobra 90. São novos parâmetros”. Uma das maiores discussões de todos os tempos na cidade sempre foi em relação ao turismo que desejamos receber. Sempre se falou em turismo de qualidade, ou o que isso venha a ser. Turismo de qualidade só casa bem com destino de qualidade e isso, nós nunca tivemos para oferecer. A cidade tem (e sempre teve) buracos por todos os lados, flanelinhas por todos os lados e falta de profissionalismo por todos os lados. Para Octávio, hoje quem movimenta o setor turístico mundial é a classe média. “Búzios tem que parar de exagerar. Não dá para pagar 120 reais por uma garrafa de vinho na Rua das Pedras quando a mesma custa apenas R$ 22 nos supermercados. Os empresários que agem assim estão devorando o destino. Turismo de qualidade não quer dizer turista bobo”.

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Insólito Boutique Hotel,

O

em Búzios, tem restaurante e centro de bem-estar aberto ao público

Insólito Boutique Hotel, na ponta esquerda da Praia da Ferradura, tem restaurante e centro de bem-estar abertos ao público. “É uma forma de abrirmos nossas dependências aos locais, turistas que não estejam conosco e também aos moradores de finais de semana”, analisa André Tijuca, gerente geral do hotel, que afirma ainda que buzianos têm descontos especiais nas massagens durante a semana.

Dentre os tratamentos corporais, merecem destaque a massagem drenomodeladora, que atua em áreas de gordura localizada, flacidez e celulite com movimentos vigorosos. Já o procedimento para os pés garante esfoliação e hidratação.

SOBRE O INSOLITO Construído a beira mar, o Insólito tem vista deslumbrante da Praia da Ferradura, integração sustentada com a natureza e proposta sofisticada de praia, em quartos temáticos que propõem uma imersão na cultura, história e arte brasileira, decoração com objetos de design e projetos de paisagismo e iluminação assinados por Anouck Barcat e Maneco Quinderé. Os ambientes foram decorados por sua proprietária, a empresária francesa Emmanuelle Meeus de Clermont-Tonnerre, 33 anos, como um emblema de sua paixão pelo Brasil. Os quartos têm obras de arte e livros sobre música, fotografia, literatura, arte, natureza, história, arquitetura, moda e cultura negra, mostrando a preocupação cultural do projeto.

A massagem mistura técnicas de reflexologia, drenagem linfática e relaxamento muscular, com foco em ombro e pescoço. Já a feita com pedras quentes ativa a circulação e alivia dores musculares, equilibrando os chakras. Na bambooterapia, diferentes tamanhos do vegetal são usados para tonificar o corpo e relaxar.

BEM-ESTAR O hotel tem profissional massoterapeuta, Irina de Castro, responsável por uma série de tratamentos corporais e faciais, momentos insólitos, massagens e rituais indianos para garantir relaxamento à beira-mar, usando somente produtos naturais. A integração entre as áreas de bem-estar e a natureza garante sensações de prazer extra aos hóspedes. O hotel criou tabela especial de preços, entre segunda e quinta-feira, com descontos de até 35% para tratamentos como ritual banho de lua, chocoterapia, dreno-modeladora, máscaras faciais, drenagem linfática e vinhoterapia.

Área para massagem com vista para a praia da Ferradura

Recém-chegada de uma viagem à Índia, Irina se destaca nas técnicas de esfoliação corporal energizante com pindos, trouxas de ervas, e Shirodara, massagem para cabeça e face. O Insólito ainda oferece massagens ayurvédicas, feitas no chão com trações e movimentos firmes, ou com óleos quentes na cabeça e na face. Irina fez especialização em massagem ayurvédica na Escola Kerala Health, em Delih, na Índia, e tem cinco anos de experiência no Hotel Estrela D´Água, em Trancoso (BA). Entre os famosos que já fizeram tratamentos com ela, estão Calvin Klein, Fernando Henrique Cardoso, Luana Piovani, Rico Mansur e Otávio Mesquita. RESTAURANTE INSÓLITO No restaurante Insólito, produtos brasileiros ganham sabor e toque francês sob a assinatura do chef Rocha, que já trabalhou com Claude Troisgros e passou por 66 Bistrot e Zozô (Rio), Trapiche Adelaide (Salvador) e La Palette (Campinas). A cozinha francobrasileira é focada em frutos do mar.

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O destaque no novo cardápio do Chef Rocha: peixe ao molho de uvas, com banana, palmito e castanha

O Insólito é um dos poucos hotéis da região a contar com pâtissier, o belga Bertrand Materne, responsável pela confecção de pães, brioches e croissants franceses tradicionais, bolos, compotas de caramelo, cuzcuz, quindim e deliciosos pães de chocolate, queijo, presunto, nozes e uva passa. O restaurante tem novo cardápio em elaboração pelo Chef Rocha, e o destaque fica como o novo prato peixe a molho de uvas frescas, acompanhado por banana e palmito, e a sobremesa Petit Gateau, com o diferencial de confit de manga e crocante de chocolate. Apesar do cardápio ainda

não está implementado, quem for ao restaurante Insólito terá a oportunidade de conhecer em primeira mão o prato que promete ser o “cartão de visitas” do restaurante. O restaurante Insólito funciona apenas através de reservas, marcadas para até às 22 horas. As massagens igualmente devem ser agendadas com antecedência através do telefone 22 2623 2172. Serviços: Telefone: 22 2623 21 72 e-mail: contato@insolitos.com.br www.insolitos.com.br

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Galiotto Galiotto ensina ensina preguiça preguiça aa andar andar mais mais rápido rápido

Nosso maior ecologista agora ganha reconhecimento do jornal mais popular do Brasil, o Extra, devolvendo uma preguiça ao seu habitat

Deu no

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Passando a mão na cobra

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos • Armação dos Búzios/RJ CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 cartoriobuzios@veloxmail.com.br

Em meu Car­tó­rio es­tão afi­xa­dos os Edi­tais de Pro­cla­mas de Ca­sa­men­to: EDELCIO RIBEIRO PEREIRA e SONIA MARIA DE JESUS CAMPOS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Cecílio Antonio Pereira e Dulce Ribeiro Pereira. Ela, filha de: Vicente Galdino de Oliveira Campos e Natalina de Jesus Campos, ambos residentes neste Município –RJ. ROGER ANDERSON MOREIRA DA SILVEIRA e CLARIANA PEREIRA COUTINHO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Manoel José da Silveira e Afifa Moreira da Silveira . Ela, filha de: Esimo Gonçalves Coutinho e Maria Aparecida Pereira Coutinho, ambos residentes neste Município –RJ. RICARDO DA SILVA BRAGA e RAQUEL DE SANT’ANA CARVALHO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Lozana da Silva Braga. Ela, filha de: Israel Moura de Carvalho e Ludeci de Sant’Ana Carvalho , ambos residentes neste Município -RJ. ALEX CARVALHO ROMANO e DERANI FERNANDES DA COSTA; Brasileiros. Ele, divorciado, filho de: Paulo Moreira Romano e Cleyde Mara Carvalho Romano. Ela, solteira, filha de: Hugo Francisco da Costa e Cyrlei Fernandes da Costa , ambos residentes neste Município –RJ.

LEONARDO DE OLIVEIRA VIDAL e AILA GONÇALVES LIMA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Ayres Hernandes Vidal e Eliane de Oliveira Vidal. Ela, filha de: José Pereira Lima e Francisca Gonçalves Lima, ambos residentes neste Município –RJ. ALAN DO NASCIMENTO VIEIRA e ALINE DE OLIVEIRA DA SILVA ; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Darlan Barros Vieira e Ivete do Nascimento Vieira. Ela, filha de: José Antonio da Silva e Marluce Dias de Oliveira , ambos residentes neste Município –RJ. WALCY GONZAGA DE ARAUJO e CELESTE CRUZ; Brasileiros, divorciados. Ele, filho de: Antenor Araújo e Mercedes Custodia de Araújo . Ela, filha de: Julio de Oliveira Cruz e Astrogilda Maria da Conceição Cruz, ambos residentes neste Município –RJ. ALEXANDRE DRUMOND DE OLIVEIRA e JOSIMAR DA CONCEIÇÃO GREGORIO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Valdemiro Gomes de Oliveira e Arleni Drumond de Oliveira . Ela, filha de: Sebastião Rodrigues Gregório e Jovelina da Conceição, ambos residentes neste Município –RJ.

Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente , a extraí. Armação dos Búzios, 4 de setembro de 2008. Nara Parada – Tabeliã Substituta

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Nunca fui um entusiasta na luta pela questão ambiental, pois acho extremamente comodo salvar as borboletas na cidade com internet e ucaceteaquatro, enquanto as madeireiras asiáticas multinacionais estão arrombando a selva amazônica e contrabandeando nossas madeiras nobres para os States e a Europa, e os pesquisadores também multinacionais, levando nossos insetos e o sangue de nossos índios em suas bagagens de mão para fora de nossas fronteiras. No meu entendimento, a luta pelo meio ambiente tem que ser tão agressiva quanto o comportamento daqueles que detonam nossos recursos naturais escudados nas leis que eles mesmos redigem, ou seja, o poder econômico que comanda o legislativo nacional em todas as suas esferas e outras esferas de poder. Se não, não adianta, pois teremos sempre uma vitória de Pirro, ou seja, ganhou, mas não levou. Enquanto se discute as grandes teses a respeito da menstruação das borboletas, a foice do capitalismo já mandou as folhas que lhes servem de abrigo e alimento prás cucuias. Até que eu botava uma fé nas ações espetaculares do Greenpeace, mas vejo que só ficamos com aquelas imagens da telinha em nossas recordações, acho que a rapaziada envelheceu. Se pudesse voltar aos meus 18 anos, tiraria o camuflado do baú, pegaria uma Kalashnikov emprestada aqui do lado com a moçada das FARC e cairia no mato da selva amazônica detonando essas pragas que conseguiram tirar a Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. Ufa, nada como desopilar o fígado falando tudo que gostaríamos de fazer, mas que a idade já não permite. Bem, pelo menos um pouquinho do que gostaríamos de fazer ainda é possível, se colocarmos o pé no chão e trabalharmos com a realidade que podemos dispor. Pensando assim é que mais ou menos há uma semana atrás, por volta das 16:30h, estava eu em um automóvel de um amigo, adesivado com propaganda de nosso prefeito Toninho Branco e do seu vice Dr. Albert Danan, indo em direção ao Bairro da Rasa, quando me deparei no retão do aeroporto, depois da curva, com uma jibóia atravessando a pista. Como não posso ver uma cobra, ainda mais com 1 metro e 20 centímetros se mexendo, ops!, calma ai, é do réptil que estou falando, pedi a meu parceiro que parasse o carro para que eu pudesse auxiliar na travessia da bichinha, ops!, bichinha no sentido carinhoso de me reportar a esta serpente cujo nome cientifico é Boa Constrictor, de índole pacífica, não é venenosa e nunca ataca o homem, ao contrário, foge à sua aproximação, tanto é que estava fugindo dos babacas que insistem criminosamente todos os anos, nesta época, em atear fogo no mato da marina para caçar preá, exatamente a comida preferida da jibóia. Voltando a Boa Constrictor, ou na melhor tradução, boa de apertar, pois é assim que ela domina suas presas, asfixiando e não quebrando os ossos como pensam alguns, pois a quebra dos ossos é prática somente das sucuris, me dirigi a cobra que já estava puta da vida, pois momentos antes, um outro filho da puta, igual ou pior do que aqueles que tocaram fogo no mato, tentou passar com o carro por cima do animal ferindo seu dorso e deixando

em carne viva. Rapidamente, colocando em pratica, pelo menos, o pouco que aprendi na serra do piloto, na Rio Santos, em Santiago de Cuba na terra de Fidel e na serra do navio no Amapá, quando fiz meu intensivo de sobrevivência na selva, imobilizei o animal com a mão direita pela cabeça, enquanto a esquerda fazia movimentos para distrai-la, levei-a para casa, dei um banho de água boricada, passei um mertiolate suave, coloquei-a num cesto de vime e pela manhã do outro dia, retornei ao mesmo local e deixei que ela continuasse sua travessia. Com certeza, isso não tem nada a haver com uma atitude ambientalmente correta, nem me coloca na posição de defesa contra a extinção dos animais silvestres existentes na península. Nada disso, apenas acentua o quanto somos cretinos fingindo que cuidamos do meio ambiente, quando na realidade corremos do pau quando vimos os 8 camburões da policia que foram colocados na Câmara dos Vereadores para garantir a aprovação do Plano Diretor. Somos todos responsáveis sim, pelas jibóias, pelos gambás, pelas jararacas, pelos gaviões -pomba, pelos canários da terra, pelos biquinhos de lacre, pelos lagartos e tantos outros animais que forem atropelados, queimados vivos pelas queimadas criminosas em nosso município, pelo loteamento de nossos brejos, pela invasão dos bairros de São José, Rasa e José Gonçalves. Enfim, que ecologistas de merda somos nós.

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Tem gente com saudade da ditadura L

embro bem os duros anos da ditadura militar: liberdade de expressão acorrentada, democracia violentada e imprensa amordaçada. Mancha difícil de apagar na memória nacional. Como esquecer 13 de dezembro de 1968, quando terminava reportagem sobre o surgimento da Nova Igreja. A ação de bispos, padres e pastores engajados na luta pela redemocratização, participando até de passeatas pela libertação do povo. Estava na revista O Cruzeiro e após dois meses de pesquisas, entrevistas, viagens do Rio Grande do Sul ao Amazonas, ouvi o locutor da Voz do Brasil ler o Ato Institucional número 5 que proibia tudo, acabando com os últimos vestígios do livre pensamento, garantias e direitos em terras tupiniquins. Não perdi tempo e rasguei todo material que redigira. Não haveria mais chance de publicação. Se num cochilo da repressão o texto e fotos saíssem publicados, num país onde mesmo o STF e seus ilustres ministros foram atingidos, o castigo seria certo: prisão e tortura. No dia seguinte ganhamos novo ‘colega’ na redação: um ‘general-censor’! Este panorama me veio à mente ao ler um pedido de resposta enviado por representantes do candidato Delmires de Oliveira Braga, ao Juiz Eleitoral de Armação dos Búzios. A petição poderia ser até hilariante se não recordasse tempos tão nebulosos e recentes da história brasileira. Considero o ex-prefeito Mirinho um cidadão honrado, competente, com todas qualidades para tentar voltar ao cargo que ocupou, mas até por respeito ao partido fundado pelo saudoso Leonel Brizola, não poderia permitir que em seu nome buscassem enxovalhar a democracia, ao estilo da ditadura que cassou os direitos políticos, exilou e perseguiu o grande líder do PDT.

Vendo chifre em cabeça de general Não vi ‘pé nem cabeça’ no protesto contra a matéria publicada no Perú Molhado (Cem Braças) de 16 de julho, por “não constar seu subscritor”. Como assim? Qualquer periódico assina ou não seus textos conforme seu projeto editorial. O Globo só há alguns anos passou a assinar parte de suas reportagens. Quando trabalhei pro jornal em Londres, só eram identificados em suas páginas o meu material e os dos outros correspondentes em Paris, Bonn, Roma, Genebra, Nova York, Buenos Aires, Tóquio e textos especiais. Mas o que demonstra total desconhecimento da mídia é o argumento absurdo: “...nem consta se foi elaborada por um jornalista ou repórter, o que fere os princípios legais do bom jornalismo”. Qual a diferença entre jornalista e repórter? Será que pretendiam dizer editorialista, articulista? E afirmar que o fato “fere os princípios legais do bom jornalismo” é um verdadeiro samba do crioulo doido, surrealismo puro. O que isto teria a ver com lei e qualidade jornalística? Pior foi a incursão sobre as técnicas fotográficas, falando de “trucagem”, “ângulos panorâmicos e nítidos”, “fotos embaçadas”, “turvas”, “em movimento”. Será que o gênio da fotografia Cartier Bresson tem novos discípulos buzianos? A saudade da ditadura aparece sem disfarces, quando procuram saber a relação existente entre a matéria do comício de Mirinho e as fotos da reunião do vereador Genilson. Quer dizer que o jornal não tem o direito de publicar as fotos que editorialmente achar melhor, ou reportagem do comício de candidatos a prefeito e a vereadores, ao lado de outra sobre reunião de edil na Câmara Municipal? Recordo que quando estava no Diário de Notícias em Porto Alegre e entrevistei o general Manta, presidente da Viação Férrea do Estado, ele quis interditar o jornal e mandar me prender, porque sua cabeça na fotografia ficou próxima a um lustre de parede, podendo vagamente sugerir que portaria um par de chifres. Mesmo naqueles anos de chumbo sua ação não foi bem recebida nem por seus colegas de farda. Quanto ao número de pessoas numa manifestação ou comício é impossível precisão. Na famosa Passeata dos Cem Mil a PM dava um número, a Polícia Federal e matemáticos outros. Restou a nós repórteres que estávamos lá cobrindo (eu pelo Correio da Manhã) os acontecimentos nos reunirmos e optarmos pelos 100 mil.

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Queremos que alguém nos mostre uma cobertura maior do comício de Zé Gonçalves de Mirinho Braga em outro jornal,,. Do comício e da caminhada

Por Cláudio Kuck

Mais cabalístico e próximo da realidade. Lembra Aníbal Fernando então na Última Hora?

sua totalidade) proibindo até dar notícias sobre epidemia de meningite!

Invasão editorial

Juiz garante livre opinião

Estranho a ação contra o Perú não mencionar que o jornal ‘situacionista’ publicou duras críticas à atual administração do município, como o candidato a vice, Alexandre Martins, falando em choque moral e dizendo não ser preciso placas para se ver que chegou a Búzios, “pelos buracos a pessoa já sabe”. Saiu até que Flávio Machado chamou todo mundo do atual governo de ladrão. Destacou ainda o discurso de Mirinho etc. Matéria mais democrática impossível. Seria nostalgia ditatorial a petição exigir a publicação do direito de resposta em texto vermelho, fotos de 30cm x 20cm e 20cm x 14cm, com texto em fonte grande (?) e letras em azul médio com créditos ao fotógrafo? Pô, isto já é invasão de domicílio e editorial... Nem nos áureos tempos do DIP de Getúlio Vargas, SNI, DOI-CODI da era Mediciniana se viu isso. Incrível, parece até a milicada da ala ‘dura’ das Forças Armadas (não

É pena que a Justiça tão assoberbada por problemas sérios neste período difícil de campanha eleitoral, tenha de perder tempo com pedidos completamente fora do espírito da legislação, que procura apenas fiscalizar, evitar abusos, violações, supremacia do poder econômico e tornar o ato de votar mais justo e livre. Menos gente, vamos poupar nossos juizes e usar o bom senso. Ainda bem que o Dr. João Carlos de Souza Corrêa, Excelentíssimo Juiz Titular da 172ª Zona Eleitoral, dentro de suas atribuições, qualificações e visão da realidade dos fatos, deu uma sentença rápida e curta, julgando “totalmente improcedente” o pedido, ressaltando ainda em um de seus pontos, “a garantia fundamental à livre expressão de opinião”. Mais uma vez as liberdades democráticas triunfaram. Golaço da Justiça Eleitoral.

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Direito de resposta EXMO. SR. DR. JUIZ ELEITORAL TITULAR DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS – RJ

Porque a matéria não teceu uma linha sequer sobre os pronunciamentos da reunião de Genílson?

Delmires de Oliveira Braga, candidato a prefeito registrado no CNPJ sob o nº. 09.714.234/0001-75, fundamentado na Lei 9.504/97, artigo 58, caput, e, ainda, no artigo 3 caput, artigo 14, inciso I alíneas a, b e c da seção II da instrução nº. 113, Resolução nº. 22.624 do TSE, vem por seu representante in fine, requerer

Na página 05, na foto da reunião de Genílson é possível até contar o número de pessoas presentes, não passando de 200 (duzentas), tanto dentro como fora do salão de convenções onde se realizou a reunião do candidato, presidente da Câmara Municipal e componente da bancada governista. Reunião que contou com a presença do atual chefe executivo buziano, conforme as fotos demonstram.

Direito de Resposta Em face do jornal “O Perú Molhado”, por seu representante legal, editora Miramar Ltda., localizado na Praça Santos Dumont 333, sobre loja, centro desta cidade, tendo por base divulgação de matéria claramente tendenciosa, publicada nas páginas 04 e 05 da edição 08, ano XXVIII, de 16 de julho de 2008. Na matéria veiculada, não consta seu subscritor, nem consta se foi elaborada por um jornalista ou repórter, o que fere os princípios legais do bom jornalismo. Pior ainda, a malfadada matéria dá tratamento diferenciado a candidatos adversários, enaltecendo a reunião de candidato do atual governo e denegrindo o comício do requerente. Utilizando-se de trucagem e recurso fotográfico que beneficiam candidatos da “situação”, em ângulos panorâmicos e nítidos, quando se trata de Genílson, e, fotos embaçadas, turvas e em movimento, quando tratam do comício de Mirinho, que tendenciosamente afetam e influenciam o pensamento do leitor, e consequentemente ELEITOR. Matéria que claramente demonstra tendência a beneficiar o atual governo e seus mandatários, senão vejamos: Qual a relação existente entre a matéria sobre o comício de Mirinho e as fotos da reunião do vereador Genílson, publicadas? Seria intenção somente comparar o número de pessoas em cada evento? Porque não publicou uma foto nítida, onde fosse possível o leitor vislumbrar a quantidade de público em cada local e concluir qual dos eventos reuniu maior número de pessoas?

Afirma a matéria que tal reunião teria levado quase mil pessoas ao local. Enquanto no comício de Mirinho, deixam a dúvida, alegando que alguns diriam não ter mais que 673 pessoas. Diferente foi o tratamento dado à parte da matéria que se refere ao candidato Mirinho Braga, onde claramente as fotos não mostram a quantidade de público presente em seu primeiro comício. Onde certamente foi superada a quantia de 3.500 (três mil e quinhentas) pessoas. E tendenciosamente se escreveu que: “os realistas diriam ter 673”... Como ficou claro ao longo dos últimos 03 anos, o semanário tende para o lado da “situação”, divulgando matérias e anúncios não permitidos pela legislação eleitoral. Como por exemplo, na página 16 da mesma edição, onde é veiculado anuncio defeso neste período, sobre a campanha “Búzios Bacana”, ferindo o inciso 1 do item 3 da Resolução 22.579 do TSE. Demonstrando seu vínculo de dependência econômica com o atual governo municipal. Segundo legislação contida na Resolução nº. 22.579, instrução nº. 111 do TSE, é defeso difundir opinião favorável ou contrária a candidato, bem como dar tratamento privilegiado a partido ou coligação política. Expressando que: “Com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela justiça eleitoral;”

Diante das evidências, e conforme artigo 3º, e alíneas a, b e c do item I do artigo 14, seção II da resolução nº. 22.579 do TSE, e com intenção exclusivamente de trazer isonomia entre os candidatos, esclarecendo os eleitores sobre a verdadeira quantidade de público presente ao evento de Mirinho, o impetrante REQUER: 1. O deferimento do DIREITO DE RESPOSTA, no mesmo espaço, ou seja, páginas 04 e 05 da próxima edição do referido jornal. Com veiculação das fotos contidas no DVD em anexo, publicando a foto de Mirinho e Alexandre na página 04, com as medidas de 30 cm por 20 cm, com os seguintes dizeres: “DIREITO DE RESPOSTA CONCEDIDO A MIRINHO BRAGA PELA JUSTIÇA ELEITORAL DE ARMÇÃO DOS BÚZIOS” em fonte grande, ocupando o maior espaço possível, com texto em vermelho. Na página 05, as 02(duas) fotos do público presente ao ato, com as medidas de pelo menos 20 cm de largura por 14 cm de altura com os dizeres: “A VERDADE SOBRE A QUANTIDADE DE PÚBLICO NO PRIMEIRO COMÍCIO DE MIRINHO EM JOSÉ GONÇALVES, JULGUE VOCÊ MESMO LEITOR...”, em fonte grande, e letras em azul médio. Incluindo nas fotos o crédito ao fotógrafo “Ronald Pantoja”. 2. A proibição/suspensão da veiculação de todos e quaisquer anúncios, durante o período eleitoral, que contenham divulgação de obras, campanhas, inaugurações, atos institucionais, programas e serviços do atual governo. Acostadas a esta se encontram: Um DVD contendo 03 fotos, um exemplar do referido semanário com a referida matéria e procuração nomeando representante. Nestes Termos P. Deferimento Armação dos Búzios, 17 de julho de 2008 Dr. Alexei Navarro OAB-RJ 143.158

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO 172ª ZONA ELEITORAL – ARMAÇÃO DOS BÚZIOS Estrada da Usina, Rua Dois, S/N – Edifício do Fórum – Centro

SENTENÇA

Trata-se de pedido de Direito de Resposta fracionado em 04 situações distintas devidamente caracterizadas.

qualquer possibilidade de concessão de direito de resposta tendo em vista a garantia fundamental à livre expressão de opinião.

Como sabidamente salientado pelo Ministério Público Eleitoral, só cabível direito de resposta quando existem afirmações caluniosas, difamatórias, injuriosas ou sabidamente inverídicas.

Em relação à propaganda veiculada, como bem disse o Ministério Público Eleitoral, o fato já é objeto de análise que tramita nesta Zona Eleitoral, não sendo passível de direito de resposta.

Assim, no que tange a alegação de manipulação, verifico que quanto às fotografias, estas não existem, válidos que são os argumentos da defesa.

Isto posto, julgo totalmente improcedente o pedido. P.R.I.

Em relação à quantidade de pessoas presentes em cada um dos comícios em questão, o fato não enseja direito à resposta tendo em vista ser mera ilação o número de presentes. Há clara dificuldade de mensurar com exatidão a quantidade de pessoas presentes por uma simples fotografia. A alegação de ausência de comentários por parte do periódico a respeito do comício do Sr. Genílson também não se subsume a

5 de setembro de 2008 – O Perú Molhado

Ciência ao M.P.E. Armação dos Búzios, 21 de agosto de 2008. JOÃO CARLOS DE SOUZA CORRÊA Juiz Titular da 172ª Zona Eleitoral

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NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS

Todos os domingos, o rodízio de pizzas no Lorenzo é um sucesso

Chicão Pedroso, pai do nosso Luis Fernando, Chiquinho e Roberta, grávidos de 5 meses e o chef do Bistrô Voltaire, Karl

Gutto Soledad, cantor e compositor gospel (8822-5343), o Dr. Allan, Reginaldo Farias, também compositor e cantor gospel (98190082), Allan Vinícius Filho e a esposa do Dr. Allan, Rita de Cássia, saindo da Assémbleia em direção a Pizzaria Gol

Vendeta. Finalmente descobrimos porque o Dr. Rui Borba nutre tanto ódio pela secretária de educação Norma Cristina. Assim que Toninho assumiu, Dr. Ruy pediu a Norma, 33 profissionais para sua Fundação. Como teve seu pedido negado pela secretária, começou a atacar a mesma já no outro dia em seu jornal quase diário. Com Ruy é assim. Se não se está com ele, é na base da porrada. Rebeca chegando na tarde do último sábado (quase duas horas de atraso) montada num cavalo branco à Igreja de Santana para seu casório com o Flau (Antônio)

Salviano, Armando, Zé Márcio, o deputado Paulo Melo e a sua esposa e candidata a prefeita de Saquarema, Franciane Melo, no Parvati

Medalhões. O vereador Henrique Gomes indicou dois nobres da imprensa brasileira para receber o honroso título de cidadão buziano, a saber, Cláudio Kuck do Perú Molhado e Ancelmo Góis do jornal O Globo. Com esse título, talvez Cláudio Kuck esqueça por uns meses a questão do Bosque de Geribá. Esclarecimento. Ao contrário do que estão espalhando pela cidade, a candidata Joice não é filha do empresário Miguel Guerreiro e sim do nosso querido Cilico. Repetindo. Joice não é, nem nunca foi filha de Miguel Guerreiro. No vermelho. Gerente de um grande banco de Búzios informou ao Perú que nunca viu uma crise tão grande como essa em que estão passando grande parte dos empresários da cidade. Muitos clientes já estouraram há meses os cheques especiais e estão com dívidas gigantescas com a entidade financeira. Estão contando os dias para a chegada do verão. Os empresários e o gerente do banco. No vermelho II. Pouca gente lembra ou se faz de idiota, mas, o boato do surto de meningite deflagrado no último verão pelo jornal Primeira Hora e por certos vereadores sem responsabilidade tem tudo a ver com o que está acontecendo nesse momento com a economia buziana. O surto de meningite que não houve afastou milhares de turistas da cidade e detonou o movimento. Os devedores devem agradecer todos os dias ao Dr. Ruy Borba pela sacanagem. Parabéns I. Nosso querido Fernando do Restaurante do David comemorou 500 anos, (ops) 50 anos essa semana. Com pouco tempo sobrando, só deu para ir ao Rio de Janeiro jantar com sua esposa Rosangela e seu filho

Fernando Junior. O prato da noite foi salada verde com caviar iraniano de entrada, lagostas ao vapor como prato principal, sorvete de fruta do conde de sobremesa. Tudo regado a champagner francesa e água mineral Perrier. Parabéns II. Quem também aniversariou essa semana foi Manoelzinho da Marisol. Completou 73 anos bem vividos ao lado da família, na Rasa. Curral. Um candidato a vereador de Búzios (estimado pelo próprio 300 votos) pediu 30 mil reais para desistir de sua campanha e apoiar outro. O nobre candidato acredita que os votos lhe pertencem e quer vender seus eleitores como se fosse gado. Coração de ouro. Nosso querido Samuca, já está em casa em plena recuperação. Depois da cirurgia em que colocou 16 pontes de safena e seis marca-passos, Samuca está contando os dias para voltar ao batente no seu famoso bar, na Ferradura. Secura. A Rua 22 na fronteira entre Búzios e Cabo Frio, também conhecida como a faixa de Gaza está sem água da Prolagos há mais de quatro meses. Os moradores estão comprando pipa, pagando os olhos da cara. Viva o pescador. Vereador Uriel promoveu uma reunião com os pescadores buzianos na Câmara Municipal para discutir o Projeto de Lei de sua autoria que destina 1% dos Royalties do Petróleo para o fundo Municipal de Pesca Artesanal. Este projeto vai promover uma compensação dos impactos gerados pelas atividades de exploração do petróleo sobre a comunidade pesqueira; disponibilizar recursos para programas de valorização, fomento e capacitação para o desenvolvimento científico e tecnológico da pesca artesanal, e por último, atender as reivindicações dos pescadores que buscam soluções viáveis para que a pesca artesanal possa desenvolver-se em bases tecnológicas e adequadas às novas condições de produção.

Érica, proprietária do Pátio Havana, e a turma do Don Juan felizes da vida


Conexão Groenlândia Por Arthur Veríssimo

Na pequena Kulusuk na parte leste da Groenlândia para quem gosta da luz solar os dias no verão são de 24 horas. Esta região na Groenlândia é coberta por maravilhosos cenários, fiordes exuberantes e para quem é amante da natureza e gosta de caminhar o local é o shangri-lá. A viagem área de Reykjavik capital da Islândia ate o aeroporto de Kulusuk foi realizada em duas horas cravadas. Estou em estado de êxtase diante de tanta maravilha. Tudo é espetacular. O estado selvagem da natureza encontra-se na sua quintessência. O vilarejo de Kulusuk esta encravado na borda de uma montanha e com dezenas de casinhas coloridas. No vilarejo o estilo de vida dos inuits, um dos ancestrais grupos habitantes do ártico continua como se estivéssemos a séculos no passado. Acompanhei uma performance de um caçador de focas em seu Kaiaque que mais parece uma embarcação de guerra cheio de traquitanas bélicas. Vocês sabiam que o famoso casaco-protetor de chuva Anurak foi criado pelos Inuits.Este casaquinho

descolado com capuz que você desfila pelas ruas, e praias do Brasil nos dias chuvosos, foi criado pelas incansáveis esposas dos Eskimos com a pele e gordura das focas . Por falar em eskimo como a maioria dos nativos do ártico é chamada, o significado da palavra na linguagem Athapaskan é (Comedores de carne crua). Dar um role pelo vilarejo é uma experiência única. Os eskimos adultos ficam na miudinha e quem se aproxima como em qualquer parte do planeta são as crianças. Elas se divertem com a turistada desesperada com a quantidade de pernilongos e mosquitos que grudam no pescoço e pela face. A sorte para a maioria é que na recepção do único hotel vendem-se mosquiteiros para a cabeça. No ultimo censo de Kulusuk foram detectados 356 habitantes inuits e 4 estrangeiros. O que impressiona é a quantidade de cachorros presos na frente de suas respectivas casas. São os famosos cachorros eskimos que fazem corridas de trenós em equipes e atravessam longas jornadas pelo interior da Groenlandia.

A raça é conhecida como Malamute. Conversando com um treinador Inuit de Malamutes ele nos disse que estes cães suportam ate trezentos quilômetros diários em travessias. Os cães evitam as irregularidades dos terrenos e parece saber sempre onde se encontram. Como um autêntico cão de caça, ele persegue o rastro dos ursos polares, caribus e raposas. Gostaria de deixar claro como este dia radioso e brilhante na Groenlândia que esta raça não é o Huskie-siberiano branco-acinzentado que observamos pelos parques e ruas das grandes metrópoles brasileiras. Os malamutes desta região possuem uma pelagem marromcreme e tem longos e duros cabelos e uma espessa manta lanosa que o isola do frio. São grandes companheiros. Sempre no grupo existe o líder da matilha que garante sua liderança a base de dentadas. Gostaria de saber se existem criadores no Brasil. Por incrível que pareça eles estão perdendo terreno para os veículos adaptados a neve. Seria o fim de uma grande tradição.

Arthur Veríssimo raramente exibe sua imagem nas reportagens. Ele é muito tímido. Na Groelândia ele deitou e rolou...

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Husavik

O verão na Islândia é recheado de atrativos. Na parte norte da ilha na pequena Husavik com seus pouco mais de 2.500 habitantes o grande lance é sair mar adentro e delirar com o show das baleias. Nesse dia avistei duas dezenas de varias espécies: Baleias Azul, mink, fin, jubarte e duas orcas. Na volta fui conhecer um dos museus mais bizarros do planeta. O Icelandic Phallological Museum. Caríssimos leitores o local conta com um acervo de mais de 180 pirocas de quase todas as espécies de mamíferos, terrestres e marítimos da fauna islandesa e mundial. A co-

leção dispõe de 52 exemplares de 15 tipos de baleias. O colecionador e diretor da FALOTECA, Mister Sigurdur Hjartarson nos conduziu pelo reduto e apresentou os seus preferidos. O tiozinho veio com um papinho bem loko dizendo que já tem três pênis de macho prometidos para sua coleção, no pós morte. As doações estão comprovadas através de cartas escritas pelo próprio punho dos doadores em potencial. E com um olhar de Hannibal Lexter lançou que esta procurando novos voluntários. Tiozinho esquisitão né? Da uma olhada na foto.

Islândia para quem não sabe é o país que tem a maior porcentagem de músicos, escritores e pintores do mundo. Nosso enviado Arthur Veríssimo descobriu que lá há também o museu dos maiores pênis do mundo. Na foto junto ao diretor do museu Sigurdur Hjartarson

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H

á um sentimento de perda no ar. O Bar do Silvano, aquele painel de fotos de cidadãos buzianos, vivos e mortos, é testemunha dos que passaram por ali. É um marco, meio ébrio talvez. Foi ali que passamos uma parte de nossas vidas, que como sabemos, passa rápido mesmo que a gente achasse, naquele momento, que era quase eterno. Era isso que fazíamos. Absolutamente nada. Porque para não fazer nada é preciso imaginação. Aquele negócio de falar com si mesmo. Que no fim dá no mesmo falar com muita gente. Pois bem, falamos e falávamos, discutíamos, discordávamos. Concordávamos às vezes, poucas, é verdade, porque concordar é matar a conversa no nascedouro. Estávamos nós parados ali. Mas a nossa cidade, e seus anseios de mudança, mesmo a gente não querendo, tomava novos rumos. O progresso, seja lá o que isso signifique, não pode ser parado. É uma espécie de locomotiva do tempo. Implacável. Todos – os meus amigos, pelo menos – me falam na rua, de passagem, dos velhos tempos de Búzios. E tome histórias. Da pesca na praia do Canto, da cerveja gelada do Pacato, dos copos de vidro do próprio Silvano (há quem jure que ali só havia três e os outros eram de plástico), da Padaria La Boca, na praça, do Bar da Corrente, da churrascaria La Vaca, da época que cigarro não dava câncer, que perdíamos a hora, porque relógio a gente tinha no pulso, mas não consultava e o tempo passava lentamente. Daí a origem daqueles cactos. São apenas pensamentos. Vãos, frágeis – vegetais do tempo. No Silvano se sabia dos fatos. Primeiro as notícias: aquele separou da mulher, aquele outro anda bebendo demais, o Flamengo perdeu, o prefeito (o de Cabo Frio) é um merda. Depois os comentários, a análise,

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Aníbal Fernando

Me avisem

os detalhes. Os porquês. Mas todo mundo já sabia que novidades mesmo, não havia. “No passa nada” – ouvi uma vez exclamar um amigo portenho. Dentro do nosso refúgio, da conversa telegráfica no balcão, com todos aqueles troféus por moldura, a gente se dedicava apenas a tomar um trago e constatar que, pelo menos ali, o tempo era algo concreto, como o pão que íamos comprar no Guilherme, a carne no Henrique, a bala das crianças, o cigarro, e tantas outras coisas que esquecíamos de fazer, perdidos pelo caminho. Ou achados. Talvez desse sentimento tenha nascido o nosso bloco de carnaval – o “Vou Ali e Volto Já”. E também o saudoso “Rola Cansada”. Porque, convenhamos, algum dia nos esquecíamos dos deveres por um papo sem nenhum objetivo e mulher que se preze, jamais perdoa tempo perdido.

Elas que o digam: algumas vinham buscar seu homem sob os nossos protestos. E o vice-versa também acontecia Havia até mesmo crentes atrás de almas perdidas e mal sabiam eles que estávamos todos encontrados. Perfeitamente adaptados, curtindo não sabíamos o quê. Um pouco tristes, às vezes alegres, sem muito motivo, sem nenhuma tragédia. Assistindo docemente o desenrolar dos acontecimentos. Dando bom dia, boa tarde. Só isso. E esse doce fazer nada era o motivo fundamental. O único, muito embora a cidade crescesse à nossa volta. Aquele lugar tinha só esse significado: éramos personagem de nós mesmo e pacientemente tecíamos o próprio folclore. Histórias de nós mesmo, verdadeiras e inventadas. E havia as versões dos amigos. Não

conflitavam. Davam no mesmo. Pois bem: se você de deparar com um homem (ou mulher) de olhar ausente (alguns choram mesmo) pela Turíbio de Farias, saiba então que andamos meio perdidos procurando um novo refúgio, mas é certo que perdemos essa unanimidade – o Bar do Silvano, que alguns mal informados, os que acreditam em letreiros, insistem em chamar de “Nascimento”. E vamos nos dividir: há quem ache que o “Marreco” pode sucedê-lo. Outros vão se mudar para a praça, para a “Baixinha” (a Itaipava está em promoção...). E tem tam-

www.aquabarra.com Búzios: 22 2623-6186 Buenos Aires: 5411 4793-0717 15 4449-3123 5 de setembro de 2008 – O Perú Molhado


Obs: Imperdível o bar do Espirro. Lá você encontra quem não freqüentava o Silvano, mas é da mesma espécie ou, para dizer melhor, de um pedigree mais elevado. Só que ele abre a partir das 2:30 da manhã. O Tudo no Espeto, do Daniel, é outro que Anibal esqueceu e o Perú recomenda.

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Silvano e seu irmão René Zaia, Irani, o poeta Cassoça

O último show de pagode da banda do Mô Fotos: Val Dete

bém a Baixinha, a original, onde a turma do Peru bebe por conta e o Marcelo paga quando pode. Lá no Escritório, no Mangue, quando o Clemente se lembra de trazer pinga lá de Minas. O Mineiro, na pista de Skate. O Muchato e sua sopa de frango. O da Morena. A Lena que fica na rua que tem o nome do pai, a Vieira Câmara e onde o querido português Mario fritava seus bolinhos de bacalhau mas comia todos. A Beth, do 77, onde eu não pago e que está em recesso. E o Arli, do lado, caso um ou outro esteja fechado. Tem também o Silvinho, quando eu fiquei devendo por uns bons seis meses. Mas paguei e ele comentou: “Deve e não nega, paga quando pode”. E o bar do Rock, da remota madrugada, numa travessa do Centro e o Mameluco da cozinheira Gisa, onde a Ana expõem os quadros, e que o Perú recomenda, mas nem sempre acerta no nome dela. Ana Sopeña ou Sapeña. Mais ou menos como a bicicleta do Hamber, o budistatrotiquista, nosso responsável editor, que a gente ainda não sabe se foi vendida e que em caso de dúvida continua em eterna oferta. Voltando a Gisa: ela quer oferecer comida e a gente só bebe e, quando se lembra, paga. Mas tem o Matews, no balcão. Vale o ingresso. E a Érika, a original e as irmãs, lá mesmo, no Mangue. Que fica para nossas pernas cansadas um pouco distante. Ela foi da rádio, torce pelo Santos Futebol Clube e sonha com Pelé em campo. Tem a Marlene, em Manguinhos, que é também do Evandro, farmacêutico que mudou de ramo, que não tem hora de fechar. Dizem mesmo que já fechou com gente lá dentro. Tem o Luigi, lá na Rasa, com presunto defumado e Luan, o repórter pizzaiolo e a garota que come quilos de chocolate. O Henrique Gomes que é também uma pizzaria, (que não se candidatou a nada pela primeira vez na vida talvez imaginando os futuros penduras, mas que acabou em pizza como todo político que se preza), lá em Cem Braças e outros ainda mais distantes. Em terras remotas, como o Rio e São Paulo. E mesmo na China, lugar exótica onde esteve o Sandro a trabalho que trouxe mil presentes, todos produtos falsificados, desde colares de pérolas para a Carol, até óculos de lentes azuis para mim, e tudo ficou mais fácil. E uma pedra da Muralha da China para o Marola que custou US$ 100. Mas ninguém acredita. E o velho Ponto de Encontro, em Manguinhos, onde o Toninho pedia votos e ninguém levava a sério. E o veterano Mitchum, logo do lado, onde bebe o Eurico, mesmo finado, que por obra do acaso persegue Ceceu (que era o proprietário) lá no céu, e onde está nascendo o mais novo bloco de Búzios, que ainda não tem nome, mas tem diretoria e tudo. Para participar é só pingar R$ 5. E onde um padre, um dia tomou (isso no Ponto de Encontro) um suco de laranja calibrado, repetiu e acreditou nos anjos, na virgindade da Maria, etc. Deu graças a Deus, mas era apenas uma dose de vodka, e da Kovak. Estamos todos procurando um pouso certo, mas somos infiéis por natureza. Que me perdoem os outros, mas o Bar do Silvano foi um só. Como nossos cabelos que se foram ou ficaram brancos. Só ali, no Silvano, se atingiu a unanimidade. Tem também o bar da Roberta, que é na frente da Câmara, a dos Vereadores, aqueles cidadãos de terno que dizem nos representar, mas a gente contesta (cujo dono me esqueço o nome), onde o Cláudio lê os jornais e aceita ligação a cobrar só de mim. Há também uma escolha lógica, o Bar da Help, que vai ser, me dizem, um Silvano moderninho. Mas o nome ajuda: “Help”. E tem a garçonete Vera que desequilibra. Tem o Lêco, debaixo da Colônia, em frente à praia do Canto, mas fecha cedo. Tem tantos outros que me esqueço de dar os nomes. Tem também a Clinica do Joaquim que cura os excessos – mas esse não é boteco. O fato é que andamos todos atrás de um novo ninho. Se acharem, me avisem, que também eu ando falando sozinho.

Caverna estava inconsolável Renatinha apareceu na festa de despedida

O bar do Silvano sempre foi lugar de mulher bonita

Lucas não está bebendo mais, mas fez uma exceção

Nossa querida Carlota também apareceu

Bar Nascimento Julio Medeiros

O fechamento do Bar Nascimento no último sábado 29/08 me fez voltar no tempo, precisamente a 1983 quando foi lançado o filme Bar Esperança dirigido e estrelado por esse carioca fantástico Hugo Carvana, e que contava com um elenco maravilhoso do cinema nacional. O Bar Nascimento ao contrário do filme, não houve ninguém com planos mirabolantes e nenhum movimento de resistência contra o fechamento, e muito menos alguém se oferecendo para se acorrentar aos cactos do telhado. Alguns até gostaram, já que não vão ter mais sua foto no mural do bar, que já foi chamado até de Pedra Preta pelo Sandro Peixoto que depois disso fez muita gente parar de beber e entrar para igreja, não necessariamente nesta ordem. O Bar Nascimento foi nestes anos todos, ponto de encontro de vários segmentos da sociedade fosse o mais humilde morador, um eletricista, pedreiro, poetas buscando inspirações e jornalista garimpando uma matéria ou um bom texto, médico, corretor imobiliário, um internacional astro da música ou cinema, alguém do high society carioca, um ex-governador que sempre passava

para tomar um cafezinho, ou turistas que adoravam aquele burburinho diário. Lá de tudo se discutia um pouco: Sobre pescaria, era ponto tradicional de pescadores. Futebol era o dia inteiro, alem de ser a sede do Clube dos 500 com seus inúmeros troféus nas prateleiras, já que foi uma potência no futebol local, (juntamente com o Foguinho do Nanca), vermos jogo de futebol em bar é sempre melhor do que em casa, pois nos dias de jogos o bar virava um verdadeiro maracanã, principalmente quando o clássico era com o time do Silvano, Vasco da Gama contra o Flamengo. Era lá que todos se reuniam para suas comemorações, fossem de vitórias coletivas ou individuais. Dizem até que depois que o Marcelo do Peru levou o Silvano para assistir Vasco e Boca na Bombonera, o Vasco nunca mais jogou e nem ganhou nada. Também se discutia política, muito política. Eu acompanhei muitas vezes algumas discussões sobre emancipação de Búzios que para muitos seria maravilhoso e para outros uma verdadeira desgraça, já que ficaríamos completamente abandonados. Depois se discutiu eleições e dali saiu um vice-prefeito. Dali saiu muitos negócios, casamentos e também separações, brigas e reconciliações, que para alguns era um segundo escritório e para muitos era o verdadeiro escritório.

Muitos freqüentadores que já partiram desta para melhor, devem estar possessos de raiva com o Silvano, aonde eles vão bater um papo com Macaé e Joanês e outros que as pessoas quando passam acham que estão falando sozinho? Com certeza o Bar Nascimento vai deixar saudades, muitas saudades. Afinal, era onde se bebia uma cerveja em garrafa mais barata do que uma long neck de outros bares, onde o Guilherme saia da Padaria para tomar um limão no fim da tarde, onde você era atendido por pessoas falando português, onde você podia sentar sem ser incomodado por algum garçom mal humorado te empurrando um cardápio dizendo que para sentar tem que consumir algo, e principalmente onde você ficava sabendo de todas as fofocas da cidade, afinal todos os jornais da cidade eram encontrados ali. Sua festa de despedida poderia ter sido um grande evento, mas o Silvano preferiu fazer uma coisa mais simples de porta fechada, com um churrasco, cerveja á vontade, e uma batucada meio fora do tom, que deixou alguns antigos ex-frequentadores que vieram se despedir e ficaram meio que perdidos cercados à neos freqüentadores de último dia presentes ao local. Valeu Silvano! Afinal de contas ficar 27 anos atrás de um balcão não é para qualquer um.

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Muy amigos, ou amigos profissão encrenca Por Eduardo Almeida, Me lembro de todas as lutas meu bom companheiro, você tantas vezes provou que é um grande guerreiro. O seu coração é uma casa de portas abertas, você é o mais certo das horas incertas. (musica de Roberto e Erasmo Carlos) A inspiração deste Muy amigos vem da excelente matéria da semana passada deste jornal, chamada MUY AMIGOS onde com a maioria das fotos da nossa Sylvanna Graça Gracinha, vemos fotos de ontem amigos e hoje adversários. E aí pensamos, como ficam os amigos para sempre, os irmão de fé, os unidos até a morte. Desta forma pensamos no sentido da amizade, será que é uma religião mesmo ou apenas uma sensação de amizade. Dizem que os cariocas tem momentos de amizade, se conhecem na praia e logo são irmãos, se curtem, conversam, trocam confidencias, mas ninguém convida ninguém para ir a sua casa. Neca de ir a enterro, hospital, delegacia então nem pensar. Se conhecem na praia e o maximo é irem viajar para outra praia, passando por um Canecão para ver o Roberto e o Caetano. E esta amizade praiana dura anos. Isto será amizade. Tenho ou tive um amigo do qual eu batia no peito e dizia: meu amigo há mais de quarenta anos. Na realidade era uma amizade de mão única, eu ligava, eu ajudava, eu ensinava. Ensinei a ter celular, a ter fax, a viajar para fora do Rio. Um belo dia por motivo de merda, deixei de telefonar. Sabem o que aconteceu, nunca mais nos falamos. Aí vi que a amizade era mão única. Amigos façam essa experiência se você é um daqueles que liga, liga, liga. Caramba, SE LIGA e teste deixando de ligar. Você vai ver se tem amigo ou esta gastando um puta tempo com um amigo de araque. Mas quando disse amigo profissão perigo, estou dizendo uma verdade. O seu amigo briga com a mulher, vem dizer triste que levou um pé

na bunda uma tirada de tapete. O que fazer, o certo seria ouvir e fazer ouvidos de mercador. Mas não você é o amigo tipo Roberto e Erasmo e aí você diz que ela era uma merda de mulher, egoísta, ela em primeiro lugar, em segundo, terceiro, e baixa porrada na mulher. O cara com dor de corno reata e conta tudo que você disse para desabafar e dizer o que ele não teve coragem de dizer. Conclusão você vira um mau caráter, filho da puta. Ela aproveita e diz que você cantava ela, olhava com maus olhos para a bunda dela e você sem querer se fode todo. Continuando os riscos da amizade, vem o amigão ferrado que quer um chequinho emprestado, você é o amigão e empresta. Vai parar no SPC, no Serasa, no Banco Central com conta encerrada. Outro exemplo o amigão precisa do carro para levar a mãe para o hospital, o que acontece o caminho do hospital é via região dos Lagos, via Camboinhas e você tem seu carro turbinado de multas de todos os radares da região. Por isso digo, cara você precisa ser muito amigo para ter amigo. E lembre-se amigo feito na praia é para tomar cerveja, um, duas e fim de papo. E o Ministério da Saúde adverte: amigo não se herda, amigo de amigo é como amiga da sua mulher, se herdar dá merda e vai pagar pensão.

...Um Boteco cheio de Charme!

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O brasileiro gosta mesmo é de bunda Por Armando Mattos

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quilo que experiênciamos sozinhos, no encontro com imagens em revistas, torna-se por intervenção de uma ação artística pretexto para interatividade pública. De forma lúdica o trabalho de Alexandre Vogler aplicado na vitrine da PEMBA, no percurso da Bienal Anual, supõe uma presciência das imagens já que elas NÃO foram criadas pelo artista, mas eleitas por ele e apresentadas pela curadoria como proposição estética. Ao compararmos as “unhas vermelhas” essa sim, uma imagem criada com manipulação digital, com as bundas - que é um mero scan ampliado das páginas de revista de estética corporal - entendemos como a imposição de padrões age de forma imperceptível em nossos conceitos nos conduzindo à adoção de modelos culturais e modos de comportamento pelas imagens. No mundo contemporâneo o olhar sempre encontra as idéias manipuladas por algum conceito que nos retira de uma realidade para nos colocar em outra: o espaço da informação. No caso das bundas, que servem de modelo contrario, o que esta em jogo é a idéia do bioascetismo, uma espécie de religião sacralizada que tem no ideal do corpo perfeito um altar. Qualquer pequeno sinal de defeito, doença, gordura é percebido como “sinônimos de fracasso pessoal do sujeito, porque a sociedade contemporânea transferiu para o sujeito a responsabilidade por todas as suas doenças”. Na arte não são poucas as imagens que trabalham com o surpreendimento pelo desagradável. Nas décadas de 60/70 experiências estéticas transgressoras levaram alguns artistas a mutilação e a morte. Deformações, orteses, próteses são incorporadas ao corpo estético do autor como meio de criação e crítica a sociedade contemporânea, afirmando que o “corpo da arte” é uma realidade criada para propor um afastamento do olhar moralista que interpreta as modificações do corpo com repúdio. O corpo é uma superfície politicamente regulada construída a partir da noção de gênero/sexo que possui vários significados culturais que rejeitam sua corporeidade de carne/ osso. É por medo da deterioração dessa materialidade que nos apegamos, por pavor da carne, a modelos ideais que negam a materialidade corporal que transforma a visualidade em instancia final da verdade. Mas o que o olhar vê é parcial nunca uma totalidade, é apenas uma reprodução: uma representação da factualIDADEda carne humana.

Essa semana além das “bundas” do Armando na capa do Péru, Mattos pode ser visto em destaque na Revista Programa do O Globo. Seus trabalhos da série Velamentum que são parte também das coleções Gilberto Chateaubriand e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro foram destaque na matéria de estilo sobre o top Walter Rosas. No set de produção (a cobertura com a coleção de arte de Lilibeth Monteiro de Carvalho) o destaque foram as fotografias do nosso artista-curador.

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2623-6872

Kaluga Creperie

22 9206-1955

O shopping Aldeia da Praia, mais um empreendimento de sucesso da Patrimóveis rapidamente se transformou num dos melhores points da cidade. Lá você encontra desde lojas de móveis até os famosos pães do senhor Eduardo da Padaria da Praia. E tem muito mais: farmácia, papelaria, restaurantes, creperia, contabilidade, lingerie, cosméticos, lojas de tintas, de iluminação, aluguel de caçambas e até a Unimed.

s o g a L s o d o ã i g e ER

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Wiltom trabalhou por 12 anos no Chez Michou e aprendeu tudo com Paulo e Fino. Depois foi para a cidade de Banfield, na grande Buenos Aires e agora se destaca no shopping Aldeia da Praia em Manguinhos. Seus crepes são iguais aos que ele fazia no Michou, mas custa a metade do preço. Além da creperia Kaluga, ele também fez crepes para festas e semanalmente abastece a lanchonete do Projac, em Jacarepaguá. O diretor Wolf Maia recomenda.

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2623-0593 / 9212-0012 5 de setembro de 2008 – O Perú Molhado

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Agenda Cinema Cine Bardot - ANGEL. Belgica/Franca/Rei-

no Unido. De: Francios Ozon. Com: Elizabeth Taylor / Martin Crimp. Dias: Sexta 21:30. Sábado 21:30. Domingo 19:00. A ESPIÃ. Holanda / Alemanha. De: Paul Verhoeven. Com: Carise Van Houten / Sebastian Coch. Dias: Sexta 19:00. Sábado 19:00 e Domingo 21:30.

Ingressos: R$ 16,00. Veja também a programação no site: www.viladomar.com. Informações: 22 – 2623.1298.

Cine Recreio - Cabo Frio - Sala 1: Era uma vez. Horários: 19:10 e 21:30h. 14 anos. Sala 2: Viagem ao Centro da Terra (dublado). Horários: 19:00 e 21:00. Livre. Continua a promoção “Quarta é mais Barato” com ingresso a R$ 10,00 e R$ 5,00.

Artes Plásticas Jardim de Esculturas de Cerâmica e Ateliê Rainho – Rua Hibisco, 6 - Bosque de Geribá – Tel. 2623-2146 – Email: alrai@terra.com.br Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura. Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743. Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 97293795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10. Tel.: 22 2629-1616. Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744. Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 2623-6924 Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 26337037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@ hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa. Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Exposição permanente - Pinturas de Ama Sopeña, no bar e restaurante Mameluco (no centro da cidade). Para contatos com a artista, pelos telefones (22) 2623.0458 ou (22) 9234.4255.

Obama, Valparaíso, Angola, Bavaria e "O Gostosão da casa". Vista para o mar em ambiente aconchegante com atendimento personalizado em Português, Español, English, Deutsch, Francais e Italiano.Promoções para 2 pessoas: Picanha na Tábua - R$ 55; Peixe à Buziana - R$ 55.-;Fondue Bourguignonne - R$ 70.- Reservas: 26236157 / 2623-2940. Rua das Pedras "131" S'essa rua fosse minha - Um restaurante à moda antiga, dona de um cardápio elaborado, a partir de pratos consagrados nacionais e estrangeiros. Rua das Pedras, 151. Telefone: 2623-2261 Caverna Café – Cozinha mineira. Rodízio de caldos no fogão a lenha, pratos executivos, tutu a mineira, frango c/ quiabo e angu, tropeirão c/ lingüiça, feijoada completa, pão de queijo p/ festas e eventos. Delivery (22) 9256-0800. Rua Geminiano José Luiz, nº. 180-Centro. Baroque Café Restaurante - Cozinha européia, restaurante em estilo antiquário. 41 pratos diferentes c/Chef de cozinha Ivana. Especialidade de inverno c/sopas/12/, ex: Sopa Califórnia de Brócolis, sopa Russa – Borsche. Sopa R Theca de tomate, R$ 9,00. Especializada também em bombom de Marzipan e torta de Marzipan e etc. Reservas: 2623-1605, 9254-0974. Shopping Aldeia da Praia, 2 em Manguinhos. Av. J.B. Ribeiro Dantas 5450. Agenda Sem Nexo - Música ao vivo de quarta a domingo. No pier, entre a Orla Bardot e a Rua das PedrasReservas: 2623-4498. www.semnexo.com.br

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Para todos. Todas as sextas as 20:00 horas no Bar Por do Sol em Manguinhos (em frente a Engeluz) tem música ao vivo com muito forró. O Bar é comandado pela Ellen e Milton e o animado som vai até de madrugada e os clientes dançam até nas calçadas.

Comidas & Shows Brigitta's - Happy Hour com música ao vivo de quinta a domingo de 18 ás 20hs, 1 caipirinha de cortesia e lançamento do SANDUBAS SELECTION - Copacabana,

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É a hora

Negócios imobiliários estão aquecidos Por Anibal Fernando

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elso Terra e Beto, dois dos principais corretores de imóveis de Búzios, concordam que o mercado está aquecido porque há muita gente vindo morar na cidade, saindo do Rio de Janeiro. Impulsionados ainda pelo crédito oferecido pelo sistema financeiro da habitação, através dos bancos, o que é uma novidade porque antes a compra de imóveis era o que se classificava de “segunda moradia”, ou seja: as casas de veraneio. Os negócios eram feitos com pagamento à vista. “Há muita gente vindo morar e trabalhar em Búzios” – diz Beto e confirma Celso Terra que tem talvez o maior estoque de propriedades à venda. Mas o mercado da “segunda residência” está também aquecido. Na feira de imóveis do Rio, no Rio Centro, encerrada na semana passada, as compras envolvendo casas em Búzios, revelam que esses compradores buscam liquidez, como uma espécie de aplicação financeira. E os pagamentos são feitos – também alavancados pelo crédito fácil – em até 36 meses. Os compradores bus-

cam liquidez, não querem se endividar à longo prazo. Revela Celso Terra que continua, porém a procura de clientes estrangeiros: “O estrangeiro quer casas de alto padrão, a gente os considera o top do mercado. Pagam à vista”. “E há também, conta Beto, lojas em shoppings, muitas mesmo. De todos os preços” – diz Beto. “Mas os terrenos em Búzios, que tinham uma oferta enorme, estão escasseando” – conta Celso Terra. “Mesmo em Geribá, hoje, há poucos terrenos à venda e eram muitos”. “Por tudo isso é uma boa hora para comprar uma propriedade. Juntaramse diversos fatores: “crédito fácil, uma oferta muito boa e preços bastante convenientes”. De fato. Há, inclusive, os buzianos que trocam de casa, que residem faz tempo na cidade e que procuram novos imóveis mais amplos, melhor localizados – informa ainda Celso. “È preciso, no entanto, um certo cuidado quando se lança um shopping” – diz Celso, que estabeleceu uma parceria com o investidor Clemente Magalhães.

“Veja: o Centro Gastronômico, em Manguinhos, foi lançado e desenvolvido com o máximo cuidado. Vieram os primeiros restaurantes, cada um com sua especialidade, e depois fomos procurar o que estava faltando. Não tínhamos ainda uma pizzaria e trouxemos a “Jonny Quest” e agora fomos buscar um restaurante de comida árabe. Ali, naquele espaço, há oferta para todos os gostos, que se harmonizam e se completam” – conclui Celso. E Beto arremata: “Estou fazendo vendas inéditas. Por exemplo: um senhor alemão comprou uma casa para a mulher que é brasileira e mais uma pequena loja, onde ela vende biquínis. O útil junto com o agradável: a casa e o trabalho, tudo a menos de vinte metros. Em Búzios ainda há essa possibilidade”. Na verdade, querem dizer os dois, Celso e Beto, que Búzios oferece hoje todas as oportunidades no ramo imobiliário. Oferece um leque de opções. Sem contar, ainda, com os novos lançamentos que vêm: a retomada dos negócios na Marina (Rasa) e em Tucuns, através do Breezes.

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A população de Búzios pode e deve se orgulhar do seu sistema de educação municipal. Segundo o IDEB (Índice de Desenvolvimento Educação Básica) nossa educação tem média bem acima da estadual e nacional. Enquanto o estado do Rio de Janeiro tem média 2,8, o Brasil 3,4 e Armação dos Búzios, nossa querida cidade, aparece com média 3,6. Mas nem sempre foi assim. Quando assumiu a secretaria de educação a atual secretária Norma Cristina encontrou a educação municipal com um dos maiores índices de repetência do Brasil, escolas caindo aos pedaços e falta de profissionais. Para se ter uma idéia da situação encontrada, somente os cursos de 5ª a 8² série havia equipe técnica com supervisores e administradores. Hoje, todas as escolas contam com esses profissionais. Armação dos Búzios tem hoje 16 escolas e 7.652 alunos entre pré, ensino fundamental, ensino médio e EJA (ensino de jovens e adultos) e conta com um orçamento de 24 milhões. Para dar conta de tantos alunos são necessários 942 profissionais entre professores, técnicos e merendeiras. Hoje 52% dos professores até a 4ª série são concursados e o piso salarial para 18 horas

semanais é de R$ 1.468,00, um dos maiores do país. Um dos maiores orgulhos da atual secretária de educação foi ter conseguido colocar na grade curricular os cursos de artes, educação física, educação ambiental, inglês, espanhol e filosofia. “Enquanto certos governos não querem que o povo pense, nós desejamos justamente ao contrário. O curso de filosofia veio nessa direção”, sentenciou a secretária Norma Cristina. Outro orgulho da secretária é o modo de escolha dos diretores escolares. Em Búzios a escolha é dos professores. Nenhuma pessoa alheia ao grupo opina. O processo se mostrou tão bom que outras cidades já se interessaram pelo modelo de Búzios e pediram informações. Hoje o maior número de estudantes está na Rasa. Depois vem Cem Braças e Manguinhos. “Nesses três anos construímos a melhor escola da cidade (João Guelo, na Rasa) e reformamos quase todas as outras. Encontramos escolas com o teto caindo. Hoje não temos crianças fora da escola e nem fila para matricula. Os resultados do IDEB não nos surpreenderam. É apenas nosso trabalho aparecendo”, finalizou Norma Cristina.

Foto: Marcelo Lartigue

Educação nota dez

O Primeira Hora com suas acusações sem controle é principal responsável por toda esse estado de beligerância que se transformou as eleições buzianas. O que ontem era mentira, hoje é verdade

A secretária de educação Norma Cristina vibrando com os resultados de seu trabalho frente à pasta


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