865 by O Perú Molhado

4 de julho de 2008 - www.operumolhado.com.br - Edição 865 • ANO XXVIII

VOCÊ ACHA QUE EU DOU PRA PREFEITO DE BÚZIOS? a n e p a e l a V e novo ler d

Sábado 5 de julho na Privilège André Marques

o Escritório Quarta, 9 de julho nniversário da em Manguinhos a DJ Help Vera Mariani, Um jornal cego, surdo e mudo

O MAIOR JORNAL

BÚZIOS

CURTA EM BÚZIOS I Foi uma grade emoção apresentar o filme da Procissão de Sant’Anna num telão para uma platéia de amigos. Enfim realizei meu sonho. São 38 anos de meu encantamento por Búzios e 34 anos de filme. Pensando neste ano: Em 1974 morava em Búzios na “Rua das Pedras” aonde é o “Parvati” e era casa do Sr. Octacílio. Eu e Claudinho Savaget, na faculdade de Comunicação/Cinema, filmamos a procissão de Sant’Anna. Em 1985, passei o negativo Super-8 para vídeo. Mostrei para o pessoal da TV Búzios em 1988 e filmamos Sant’Anna de novo. A Santa sem seus adornos mais com toda alegria. O povo de Búzios festejava sua padroeira. Em 2003 mostrei o material de 74 para Marcelo. Ele como cidadão culto e empreendedor, abriu duas paginas do “Perú” e saímos mostrando o material bruto para todo mundo. Daí o Benoní distribuiu o vídeo para os antigos daqui. Fiquei animada, falei com Claudinho e fizemos estes 14editados de 3 décadas de Búzios, 74-88-96. Minha filha Patrícia Ferrari, na época sócia do “Guapoloco” achou que finalmente conseguiríamos mostrar o filme para todos na Praça Santos Dumont – uma grande festa. Não houve. Inútil, distribui o filme editado para as autoridades locais mais nunca consegui ser recebida por ninguém. As fotos de Brigitte Bardot fazem muito mais a história de Búzios que imagens antigas, memória do lugar. Meu projeto é filmar Búzios agora e resgatar a festa de Sant’Anna que não existe mais. Quem sabe agora consiga realizar meu projeto. Esta união tão contrastante de Marcelo e Armando Mattos, pode dar um “sambão” na cultura de Búzios. O festival “Curta Cabo Frio em Búzios” foi um sucesso, tomei carona nele e finalmente passei meu filme. Ufa... Valeu. Obrigado a todos meus amigos. Um abração, Célia Jaguaribe. - por e-mail

CURTA EM BÚZIOS II Queridos Cinéfilos, A Maratona de Cinema do Marcelo acabou. Finalmente o cidadão buziano vai poder voltar para a praia e gritar "Graças a Deus" essa insanidade cinematográfica teve um FIM. Mas Búzios é assim mesmo. Imaginem só?...Primeiro sumiram com os quiosques da praia, depois desapareceram com quase todas as 'cardêrêênêas di prás-

ticu'. Some-se a isso, chuva e frio serrano. Sem ter para onde ir ou sentar, o buziano começou a delirar. Foi aí que o ilusionista Marcelo "Houdini" Lartigue que só pensa no seu...Molhado, deu um jeitinho e fez parte dessa tralha praiana se materializar em um galpão mambembe enferrujado, de vidro sujo na Orla que chamam de Bardot e casa do dito maior "Perú do mundo". Houdini então, nos convenceu que esse alojamento é na verdade um Museu, e ainda por cima o chama de Pemba, que alguns gostariam que fosse a da Brigitte. Mete lá um telão de segunda, convence os otários que aquilo é um cinema, passa na cara dura um cem número de produções de terceira de um festival repeteco que nem é nosso e de quinta categoria. Valeu!!!! Mas ilusionista que é bom não faz só materialização não, faz também desmaterialização. E foi assim que diante dos nossos olhos vimos o sumiço das ALL-TORIDADES durante toda a Maratona Cinematográfica, no maior show de efeito visual especial de desaparecimento da história do Cinema. PQP!!!! Aja Cúrtura prá nossa pobre cabeça praiana. Mas se pararmos para pensar... tudo isso faz sentido. Faz sentido a presença do Robson Dias um ator buziano, cuja família é de Cem Braças, filho do marceneiro Peixe Galo, esteja se formando na Cátedra de Cinematográfica da PUC do Rio de Janeiro, e trazendo seu exercício de "Tese" para ser filmado em Búzios ainda esse ano. Faz sentido a Julia Terzi, atriz buziana, filha dos Drs. Joaquim e Clarisse da Clinica Búzios, estar estudando a Arte Cinematográfica na Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro, prestigiando o evento com a sua presença, e com ela sua família e amigos. Faz sentido o ator buziano Miguel Paz, filho dos atores Mario e Ana Paz do Gran Cine Bardot, estar também estudando Cinema na PUC do Rio de Janeiro. Faz sentido o número de pessoas que hoje estão engajadas nessa história de cinema. Tem aí uma garotada, ainda na sua santa inocência, fazendo seus filmes e até animação com Lego-toys. Tem gente escrevendo roteiros que antes vivia de porre nos bares Perdidos na Noite buziana. Tem gente acordando cedo para fotografar a textura da luz matinal e compará-la a crepuscular. Tem gente editando, mixando, dublando em seus home studios. Tem gente estudando em Buzioswood. Tem gente... Mas por que tem tanta gente se metendo nessa do cinema? Perguntem a quem o está fazendo. Pelo meu lado... Amor Pleno pelo que mais gosto de fazer na vida. Ao Perú Molhado: Ter numa noite de sábado, perdida na baixa tempora, com mais

Vendo meu corpo Aqui a resposta ao conselho de tantos amigos machos (provavelmente com mais de machos primatas do que de homens amigos) quando nós, mulheres, passamos por dificuldade$ e que é o seguinte:Venda seu corpo! E bem, aceito! Vendo meu corpo não em uma, mas em duas dimensões. Aqui vai o primeiro: só você esperar o próximo Peru (e o próximo e o próximo e o ...) para completar a série que pode ser adquirida em Búzios, com preço especial (e-mail : arteanasopena@hotmail.com , (22) 9234. 4255 ), além de outros trabalhos, expostos no Mameluco Bistrô. Rua Joaquim Pereira 181, Centro. (Tel: (22) 2623.0960). Beijão nos gordos e magros! Ana Sopeña, artista plástica (Manguinhos)

de 100 pessoas participando e aplaudindo cada filme mostrado é realização para poucos. Fui... Bo Montenegro - por e-mail

DITADORES Estimado Cláudio, Para um jornalista de seu porte, a falha da matéria do 13/06, foi brava meu caro, mais sendo você repórter do O Globo na época da guerra das Malvinas, o ditador de turno não foi o FDP, do Videla, ele matou gente de 76 até 81 logo foi o Viola, e nessa data quem estava matando garotos inocentes foi o Leopoldo Galtieri. De qualquer maneira valeu a matéria. Abraços Mabel Meinardi - por e-mail Nota da Redação: a diferença entre Videla e Galtieri é de apenas um copo de vinho, ou, menos que isso.

Conselho editorial Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jomar Pe reira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Deschamps, Ota vinho, Humberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Trajano Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lauritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Mariani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mercier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Gloria Maria, Rui Castro, Heloísa Seixas e Márcio Fortes. Diretor Marcelo Lartigue Jornalista responsável Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Editora de fotografia Gonzalo Repórter Sandro Peixoto Anibal Fernando Cláudio Kuki Produção Gráfica Marcela F. Silva

Fundadores Mario Henriques e Pedro Luis Lartigue Gerência de Vendas Rio: Tráfego Publici dade & Marketing Tel: (21) 2532-1329 Mecenas Umberto Modiano Impressão Jornal O Lance Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque

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Com a saúde em dia S

emana tranqüila para nosso se- Toninho Branco. Dr. André está cretário municipal de saúde Dr. fazendo um excelente trabalho a André Granato. Não fossem as frente da pasta. cobranças indevidas, (algumas Hoje, com a nova policlínica, o verdadeiras injustiças) podería- Hospital, a maternidade e os oito mos dizer que a semana do Dr. André foi Módulos Médicos de Família funperfeita. Três noticias foram responsáveis cionando em perfeitas condições (atenção críticos, não esqueçam por tal mar de calmaria. A primeira boa noticia foi a implementa- como anda a saúde no Brasil) Búção pelo governo federal da lei seca para zios tem um dos melhores sistequem bebe e dirige. Os casos mais graves mas de saúde pública do Brasil. É que chegam ao hospital de Búzios são o ideal? Claro que não e André sacausados por bebida alcoólica. Principal- be disso. Dá para melhorar? Claro. mente envolvendo acidentes de motos e Nosso secretário vive procurando carros. O álcool em exagero também pro- maneiras de melhorar ainda mais duz muitas vítimas em brigas e discussões. o atendimento a população. Mas Em todos esses casos, lamentavelmente a não custa lembra que um pouco de maioria das vítimas são jovens, o que au- ajuda é sempre bem vida. Devemos, por exemplo, não dar espaço menta ainda mais a tragédia. Nosso secretário se disse totalmente a fa- para o mosquito da Dengue. Nada vor da lei, e afirmou que como resultado, de água parada nem caixa d’água assim como no resto do país, em Búzios sem tampa. já caiu o número de acidentes envolvendo pessoas alcoolizadas. A segunda noticia positiva foi a recuperação pela secretaria, do prédio onde funcionou por anos o Posto de Saúde Paulo Achermam, na Turíbio de Farias. O posto foi desativado quando o setor de fisioterapia foi transferido para a nova policlínica. Na época, o prédio foi cedido para a secretaria de turismo, que nunca o usou. Agora, Dr. André retomou o prédio e vai instalar no local a Secretaria de Saúde e uma Unidade de Apoio para o Módulo Médico de Família. Bom para os moradores do Centro que sempre tiveram um posto médico a seu dispor e, de repente ficaram sem nada. O posto médico de família mais próximo fica na Brava. A terceira e ultima noticia positiva da semana foi a chegada de mais três ambulâncias novas em folha. Agora os buzianos têm a sua disposição seis ambulâncias para os casos de emergências e de transferências. A saúde pública de Búzios é hoje, disparado, o setor mais Nosso secretário cuidando pessoalmente bem avaliado do governo da limpeza do Posto Paulo Achermam

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Dr. André com uma das duas ambulâncias novas que chegaram

Se dirigir, não beba,se beber e se ferrar, ao menos temos como te socorrer.

Plano Diretor X especuladores: 2 a zero Por Helena Oestreich

Arquiteta e ex-presidente do IAB de Búzios

ualquer cidadão que mora nesta cidade há pelo menos dois anos, sabe o significado do termo Plano Diretor. Pode ser pobre, rico, muito ou pouco instruído. Toda imprensa local e alguns dos principais jornais e revistas do Rio de Janeiro, direta ou indi- retamente, se ocuparam dos assuntos que tratam das Leis de Uso e Ocupação do Solo deste município, das questões de preservação do patrimônio natural e das vocações econômicas da cidade. Ficou bem claro o desejo de todos os que moram e trabalham aqui ou freqüentam esta cidade de que a especulação imobiliária e seus efeitos nefastos fiquem bem longe dela. Mas, ao que tudo indica isto só não ficou claro para os gestores do Plano Diretor e de suas Leis Complementares. Tanto o executivo como o legislativo, de forma irresponsável e interesseira, insistem em suas tentativas de burlar as leis construídas com muito esforço por todos, inclusive por estes mesmos poderes. O Plano mal começa a engatinhar, faltando ainda criar e aprovar na Câmara os Conselhos Municipais que lhe darão mais sustententabilidade e vigor, e já se tenta retirar do Plano Diretor os parâmetros de intensidade de uso do solo e criar artigos que colocam a Câmara de Vereadores, como única responsável por futuras modificações a serem feitas na legislação. Ora, isto é colocar a raposa tomando conta do galinheiro! Essas são tentativas de permitir aos vereadores legislar longe das vistas dos cidadãos. Mas estamos todos muito atentos e sabemos que qualquer mudança no Plano Diretor, exige a convocação de Audiências Públicas, que os Conselhos estejam criados e funcionando e muita discussão com a população. O Plano ainda não foi devidamente testado, pois isto requer um tempo não menor do que dez anos para que os enunciados das leis possam mostrar seus resultados. O que chama a atenção é que os que deveriam estar atentos para o bom desenvolvimento da cidade só têm ouvidos para um setor econômico, o da construção de condomínios, que cresce nas cidades vizinhas, como em Rio das Ostras, Macaé, Cabo Frio, Arraial do Cabo e que deseja se estabelecer sem controle na cidade de Búzios, uma cidade que tem como principal vocação e fonte de renda o turismo. Isto ficou muito claro nas discussões do Plano Diretor! O que os poderes públicos já deveriam estar providenciando são as melhorias nos serviços públicos, na qualidade da urbanização da cidade, suas vias, sua infra-estrutura sanitária, passeios públicos, a criação dos parques, o ensino técnico profissionalizante em turismo, cursos de idiomas e meio ambiente e principalmente, incentivos à cultura. Seria interessante criar um slogan positivo, chamando atenção para as potencialidades da cidade, qualquer coisa como “Acreditamos em Búzios”. É fundamental, agora, planejar e fiscalizar a gestão dos recursos do PAC que virão para a cidade, controlar a especulação imobiliária, a informalidade e as invasões. Sabemos que a vila de pescadores ficou no passado, mas nem por isto é necessário destruir a qualidade principal desta cidade que é manter uma taxa de ocupação ainda baixa, pois não existem edifícios de apartamentos. Ainda assim, temos sempre a ameaça dos condomínios especulativos e dos apart-hotéis. Em cinco anos deu para notar o mau resultado das leis que aumentaram o número de casas em condomínios. Estão aí os bairros Geribá, Manguinhos, Rasa e Ferradura mostrando as perdas e danos do aumento da densidade. Por isto, no Plano Diretor aprovado, foram reduzidos os parâmetros de intensidade de uso do solo urbano. Nós, moradores de Búzios, temos muito claro o que queremos para a cidade e jamais deixaremos de estar atentos às sórdidas tentativas dos poderes públicos de negociar leis na clara intenção de burlar aquilo que construímos com árduas discussões, muito tempo e esforço. Chega de espertezas, está na hora de vermos os resultados de uma política nacional que incentivou a criação dos Planos Diretores. Vamos implementá-los e zelar por eles!

O momento político não é apropriado para denunciar que estão sendo construídos 3 andares

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“Eles não desistem” O

arquiteto Otavio Raja Gabaglia está de volta ao seu escritório onde se ocupa de desenvolver 17 projetos, sendo quatro fora de Búzios. Isso em apenas cinco meses. “Dediquei três anos e meio à Prefeitura da cidade. E nesse tempo todo só assinei 18 projetos, metade dos quais doações para amigos, gente da terra, coisa que sempre fiz”. Diz ele que passou todo esse tempo implantando uma gestão na Secretaria do Planejamento, formando uma equipe técnica, cuidando da infra-estrutura da cidade, esgoto, etc, recuperando lagoas... “Tivemos que ordenar tudo aquilo. Comprar computadores, materiais os mais diversos, muitos dos quais pagos do meu próprio bolso. Acabei com o chiqueiro que foi o que me deixaram no Planejamento. Quando cheguei aqui não dava nem para ir ao banheiro. Havia processos sem solução até lá. Calculo que 1.300 processos estavam sem qualquer solução, largados nos cantos da velha secretaria. Foi um trabalhão organizar aquilo tudo. Finalmente limpamos o chiqueiro”. Com sua saída,(“eu sou a Geni de Búzios, aquela de quem muita gente fala mal e joga pedras”) os mesmos especuladores voltaram à ação. “Fixamos nesse tempo da secretaria as leis fundamentais da ocupação do solo, o Plano Diretor, tudo certinho e agora há séria tentativas de destruir todo esse trabalho”. Refere-se o arquiteto à proposta primeiro do vereador Alexandre Martins (que ele chama de “Alexandre Guerreiro”), depois endossada pelo vereador Messias, de alterar a taxa de ocupação. “Parece que momentaneamente desistiram da idéia. Explico melhor: o Plano Diretor fixava para algumas áreas, por exemplo, uma ocupação de 10 casas, para um terreno de x metros quadrados. Pensei que iam votar para voltar às 15 casas, como previsto na antiga lei. Mas não foi assim. A alteração na lei proposta pelos dois vereadores levava essa taxa para 22 casas... Isso é um golpe”. “Não consigo entender como os empresários, que dão suporte a essas coisas – as Patrimóveis da vida – preferem esse tipo de exploração, quando podiam ganhar muito mais, com mais qualidade e respeitando as leis municipais”. Segundo Otávio esse pessoal jamais desiste: “São de uma persistência impressionante”. No entanto o município de Búzios, em matéria de leis de construção e preservação (Plano Diretor, etc) modelar: “Não conheço nenhum município brasileiro que tenha um conjunto de leis semelhante”. Otavio, a partir de sua experiência pública, diz que o problema de Búzios é de gestão; “Tem gente trabalhadora, gente esforçada, algumas pessoas capazes mas falta direção, gestão”. Otavio estranha que são os próprios amigos do Prefeito que atrapalham tudo: “O ego, a vaidade, dessas pessoas é gigantesco mas é medíocre. Então eles nivelam as coisas muito por baixo”.

Dom Octávius Primeiros e Únicus

Um principado M

eio brincando, meio sério, Otavio, se dedica com um grupo de amigos, a bolar o que seria o “Principado de Búzios”, que tem brasão, com uma cobra surucucu, que ele mandou refazer porque não gostou do primeiro desenho, moedas já definidas com sua esfinge, passaporte, etc. Todos os detalhes. “Evidente que o príncipe sou eu mesmo. Otavio Primeiro. Mas esta-

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mos distribuindo títulos de marquês, duque, etc. Tudo muito criterioso e sujeito às mais exigentes indicações”. Com o tempo que tem livre, ele também se dedica, com uma pequena equipe, a tomar depoimentos de gente que viveu o Búzios de antigamente, acompanhados de fotos, que quer transformar em livro.

A filha do Raul Por Sandro Peixoto

Vivi ‘simpatia’ Seixas na casa do Helinho na Ferradura

-Uma das melhores lembranças que tenho do meu pai, era quando ele se fantasiava de Capitão Garfo. Ele escondia um garfo dentro da manga da camisa, pegava minhas bonecas e botava no congelador. De manhã minha mãe tirava do freezer minhas bonequinhas todas congeladas-. O pai da historinha acima era o maravilhoso Raul Seixas e quem nos contou foi sua filha Vivian Costa Seixas. A moça veio passar uns dias em Búzios com a família de seu noivo Mike, americano de São Francisco e ficou hospedada na casa do nosso querido Hélio Pelegrino. Ela conheceu Mike na Califórnia numa loja de disco. Estava na cidade fazendo um curso de produção musical. Vivi Seixas como é mais conhecida, não canta nem no chuveiro, mas, não está fora do mundo musical. É DJ e sua especialidade é o House. -Não canto com medo da responsabilidade. Sempre tive receio que as pessoas me cobrassem por ser filha de Raul Seixas, que fosse tão genial quanto ele. Vivi mora no Rio, mas, nasceu em São Paulo. Aliás, esse fato ela não gosta de contar para ninguém, pois se considera uma legítima carioca. Veio para a cidade maravilha ainda com 6 anos de idade. Se não canta as músicas do papai, as toca. Sempre que está se apresentando a galera pede. -Toco uns remix. Meu noivo que também é DJ fez uns trabalhos legais com algumas músicas do meu pai. Ele adora o Raul-. Búzios entrou na vida da moça porque Helio Pelegrino é

amigo de sua mãe há muitos anos. Um dia, assim que terminou seu curso de piloto, Helinho convidou a mãe de Vivi para fazer uma espécie de vôo inaugural em seu ultraleve. A filha não deixou de jeito nenhum. Sua mãe já havia feito às malas, mas teve que cancelar a viagem. A filha do Raul veio pela primeira para a casa do Heliinho com apenas 10 anos e, agora, trouxe a família de seu noivo para conhecer a cidade. Teve sorte, o sol se fez presente todos os dias e o mar da Ferradura estava maravilhoso. -Queria trazer eles para um lugar especial. Acho que acertei, pois adoraram tudo. Comemos muito peixe frito, tomamos umas caipirinhas. Está tudo legal. Vivi toca no Brasil inteiro e até fora do País. Já mexeu nas carrapetas da Privilége de Juiz de Fora. Sonha tocar em Búzios. Quem sabe agora depois dessa reportagem no Perú? Vivi hoje é DJ, mas, fez faculdade de turismo e de publicidade. No fim, a música venceu. Tava no sangue.

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A lembrança do pai Vivi conviveu pouco com seu pai. Quando ele morreu em 21 de agosto de 1989, ela tinha apenas 8 anos de idade. Sua mãe havia se separado dois anos antes. Foi quando ela veio morar no Rio. Raul teve três mulheres e três filhas. Duas americanas (cada uma com uma filha) e uma esposa brasileira, mãe da Vivi. Todo o espólio de Raul está dividido entre as três irmãs, infelizmente onde tem dinheiro tem problema. - Está complicado. Procurei fazer contato com minhas irmãs, mas, não deu certo. Elas não tiveram muito contato com meu pai, não tiveram um relacionamento tão bom quanto eu tive. Mas está tudo dividido entre as irmãs e os advogados. Orgulho é a palavra que mais representa o que Vivi sente pelo seu pai. Diz que com ele aprendeu muita coisa, principalmente a ser humilde e a respeitar as outras pessoas. - Adoro os fãs do meu pai. Adoro conversar com eles. Uma faceta de Raul que poucos conhecem. Ele chamava quase todo mundo para compor. Da esposa até o porteiro do prédio. Também dava parceria em composições suas para amigos que estavam numa pior. Dizia: - vou colocar teu nome nessa música, se ela virar sucesso a gente ganha uma graninha. Nessa época, Raul estava produzindo como nunca. Criava três músicas por dia. O famoso baú do Raul existe e está na casa de sua mãe. Tem muita coisa ainda inédita. Um filme sobre o Maluco Beleza pode sair no próximo ano. A idéia é juntar imagens originais do artista com cenas de ficção. O sonho da filha é participar do filme. - Seria legal fazer o papel da minha mãe. Ah, a mãe é a Kika Seixas. Produtora artística. Trabalha com bandas musicais. Todo ano promove um ‘Baú do Raul’. Um festival que reúne bandas e cantores para homenagear Raul Seixas. Pouca gente sabe que Raul era baiano e formado em filosofia. Mostrando ser um homem inteligente, era ateu convicto, mas, respeitava todos os credos e ainda por cima escrevia letras falando de deuses e de santos, com as composições Judas e Ave Maria da Rua, essa, em parceria com

Mike e Vivi, um casal afinado

Kika Seixas, Raul e Vivi quando ainda usava fraldas

O livro o Baú do Raul é mais um sucesso da Ediouro

Paulo Coelho. A filha não segue nenhuma religião. Diz acreditar em tudo. Raul morreu de cirrose hepática. -Ele bebia muito-, lembra a filha. Ele bebia Fanta laranja com vodka. Ufa! Ainda bem que nunca bebi Fanta laranja... Vivi não bebe. Gosta de tomar uma taça de vinho com amigos e só. Não é de sair para beber em bares. - Tenho medo. Fico preocupada, sei que está no sangue. Perguntada sobre qual musica mais gosta de seu pai, diz que é mais fácil listar as que não gosta. Gosta de muitas, como Água Viva, Metamorfose Ambulante e Medo da Chuva. - Não gosto da canção Peixuxa, que conta a história de uma cara que é amigo dos peixes, por exemplo.

A nova família americana da Vivi na Ferradura

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Nosso prefeito Toninho recebendo as máquinas que vão mudar a cara da Rasa e da cidade

Pau na máquina

Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios recebeu em 2 de junho, duas retroescavadeiras e um dos dois caminhões (o outro chegou dia 3 de junho), que juntamente com o rolo compressor (maquinário de compactação de asfalto, bem entendido) vão mudar a cara dos bairros da periferia da cidade. Segundo o Prefeito Toninho Branco, a ação devera começar pelo bairro da Rasa, onde será montada uma sub-prefeitura, que vai privilegiar a limpeza e manutenção das ruas, valas, bueiros, terrenos, bem como, a retirada de entulhos, e regularização das ruas. As máquinas permanecerão na sub-prefeitura da Rasa, de forma a encurtar o tempo de traslado até o local das obras. Uma decisão inteligente. Na ocasião do recebimento das máquinas o prefeito reafirmou o que vem dizendo a todos. ‘Esse é o ano da Rasa..’ Em tempo: as máquinas e os caminhões foram conseguidos praticamente sem custos para a Prefeitura Municipal (que deu apenas 5% de contrapartida), através do PADEM (Programa de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios) e foram conseguidas como auxílio do deputado Paulo Melo que levou o prefeito até o vice- governador Pezão, onde o acordo foi acertado. O vice-governador Luis Fernando Pezão informou que os recursos desse programa do governo do estado só podem ser liberados para municípios que estejam em dia com suas obrigações, ou seja, que estejam LIMPOS e com suas contas em dias.

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Válido para os processos seletivos: •Provas agendadas •Transferidos, portadores de diploma •ENEM •Vestibular dia 19/07 Campi Barra e Tijuca •Vestibular dia 20/07 Campus Cabo Frio Taxa de inscrição para ação social: 1kg de alimento não perecível ou agasalho O novo caminhão e as retro-escavadeiras já estão no pátio da prefeitura prontas para entrar em ação

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VESTIBULAR 2008

AÇÃO SOCIAL 4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

Eleições

(do Perú Cem Braças)

Foi dada a largada A

Fotos: Mariana e Gonzalo de Filmes 9900

o acordar, neste domingo 6, a campanha política já estará nas ruas. E esta eleição, sem camisetas, nem cartazes, proibidos pela legislação eleitoral, vai se concentrar nos carros de som. O ponto alto vai ser mesmo o comício. Será uma festa do interior, porque os candidatos mal terão propaganda gratuita no rádio (só temos a 1.530 AM, e algumas alternativas), muito menos TV, porque todo mundo tem parabólica e ninguém vê as emissoras locais. Só mesmo os jornais. Este Peru/Cem Braças, o Peru/ Rasa e o “Peruzão”, e mais alguns criados recentemente, além do PH. Pois bem, temos seis candidatos a prefeito, confirmando-se a participação do Dr. Amélio, do PSB, ou alguém do seu partido, e apenas uma mulher entre os candidatos a vice-prefeito. É ela, a Solange, que a turma já chama de Solange da Nativa, do qual o eleitorado não sabe quase nada. Um

retrocesso se formos ver a eleição passada, onde Maria Alice, do PDT, se colou em segundo lugar na disputa. Os principais candidatos são os de sempre, desde que Búzios virou município: Toninho Branco, o atual prefeito que busca a reeleição, do PMDB, e Mirinho Braga, do PDT. O vereador Alexandre Martins, é o “vice” de Mirinho, filho do empresário Miguel Guerreiro, ele se empenha, na Câmara em rever a legislação municipal, no que se refere à ocupação do solo – uma regra que a maioria dos moradores considera quase sagrada. O tabelião Alberto Danan, que é titular do único cartório de Búzios, que ainda não foi apresentado ao eleitor, foi o escolhido para vice de Toninho. Todos já consagrados nas convenções. O dia 5 de julho é o final para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Bases de apoio de Toninho

O atual prefeito, Toninho, acaba de lançar uma ofensiva: a legalização de vastas terras, na periferia (Cem Braças e Rasa), justamente onde se concentram dois fundamentais redutos de eleitores, e como é já tradicional, capazes de garantir uma eleição. Conta o prefeito com bons representantes em Cem Braças: o vereador mais votado na eleição passada, Francisco Neves, e Uriel (que acaba de propor lei destinando 1% dos royalties para os pescadores). E, na Rasa, com o candidato Valmir Conceição, que, independente de coloração partidária, sempre teve rumo próprio na política buziana. Ele foi vereador pelo PSDB, e candidato a vice na chapa de Maria Alice, do PDT, na eleição passada, E ainda é o recordista de votos no pedaço. Ele pesa. A presença de Danan, na chapa, foi explicada no dia da convenção como “um cartó-

Por Aníbal Fernando rio na mão é decisivo numa eleição”. Ninguém entendeu muito bem... Até a hora da consagração de Toninho Branco, na convenção, seus principais assessores se empenharam em neutralizar o vereador Genilson Drumond, presidente da Câmara, que, na véspera ameaçava “bater chapa” com o prefeito. Foi dissuadido e se alinhou. Mas deu trabalho e provocou insegurança. Com seus eleitores naturais, a massa de funcionários públicos (que não querem perder seus empregos) e essas ofensivas na periferia, além das obras que pretende realizar até as eleições, para isso há dinheiro em caixa, Toninho espera reverter o nível de rejeição, que seus cardeais na campanha, consideram o principal problema.

Mirinho vai em frente “Política se faz com a cabeça, jamais com o fígado” – foi o que confidenciou um de seus assessores informais mais chegados,

PR Duda de Búzios escolheu Aristonil para vice

Silvano Nascimento com o presidente do PT Latour Aroeira

Chapa fechada: Silvano é o prefeito, Julio Medeiros, filho de Pastor Gentil é o vice

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

No lançamento da campanha do Duda, quem mais se destacou foi Chiquinho do Atacadão, que um dia sonhou ser prefeito de Búzios

para desarmar os espíritos de seus partidários, empenhados em afirmar emocionalmente que Mirinho tem todas as condições legais para concorrer ao pleito. Não tem. Ele foi condenado (no caso das contas) pela Câmara de Vereadores (que não cabe recurso) e vai depender da engenharia de seus advogados para reverter uma situação que é séria. Mas, antes de tudo, é preciso que se diga que ele goza de ampla maioria nas camadas mais esclarecidas do eleitorado, no centro urbano de Búzios e tem a seu favor também o desgaste natural de quem está no poder, o prefeito Toninho, que, como em toda à parte, tem contestadas todas as suas ações. Seja por incapacidade de parte do seu secretariado, seja pelo seu próprio estilo de fazer política. Que é clientelista, como acontece em toda a nossa Região e própria do interior do Estado. Acontece que essa política tem mais danos que efeitos, como explicou um assessor chegado: “não dá para atender todo mundo e aí ele fica com a fama de ingrato. O que promete e não cumpre”... O ponto alto de Mirinho, contudo, é o seu atual discurso. Poucas vezes, nesta cidade, se observou um discurso moderado, conciliador, sem dúvida o que o eleitor queria mais ouvir, já cansado de tantas contramarchas na condução dos negócios municipais.

“Entra um, sai outro e a coisa não vai para frente” – é o que se houve dizer e, alguns mais radicais, proclamam mesmo: “chega de inhos”... Mirinho se coloca, portanto, com um mediador desapaixonado. Está vestindo ao farda de administrador para provar ao eleitor, já cansado de tanta política vazia, que há o lado prático. Que uma cidade tem que funcionar. Como a casa da gente. Ainda na prefeitura, dizia ele, e agora reafirma que “Búzios tem que ser administrado como nossa própria casa”. Na época foi combatido porque Búzios teria que ser administrado como um município especial, quase único, com amplas possibilidades de extrapolar a “casa da gente”. Alguns ainda opinam que Mirinho estaria melhor servido com um vice mais distante, mais afeito às necessidades das novas populações que Búzios recebeu nos últimos quatro anos.

Ramison surpreendeu O candidato Ramison Lopes, que fez boa figura na eleição passada, como Clemente Magalhães, na primeira eleição, entre os fortes “candidatos da terra”, foi buscar uma mulher para vice, a Solange, como estratégia para tentar romper esse apelo eleitoral que até agora prevaleceu. Ou se-

ja: o eleitor nativo, ampla maioria, vota em candidatos mais próximos, que conhece, de quem pode cobrar ações pessoalmente. Ramison queiramos ou não, tem a marca de todo o candidato de “fora”. Não é pessoalmente conhecido. Com a escolha de Solange busca ele compensar não só com o voto feminino essa deficiência natural. No seu discurso, frisa ele, está casado a tal e tal tempo... Busca não só esse voto, mas o voto conservador que parece ser maioria entre as mulheres de Búzios, aptas a comparecer às urnas no dia 5 de novembro. Solange, da Nativa, é uma pessoa conhecida. Mora no canto esquerdo de Geribá, esquecido pela administração, foi (ou é) da Associação Comercial e tem conceito na cidade. “Ela é combativa, uma figura pública” – resume uma amiga. É um fato que o voto feminino na nossa cidade ainda não está consolidado: falta-lhe representatividade, permanece clandestino como voto de classe. Os partidos, como na eleição passada, terão dificuldades para preencher as vagas destinadas às mulheres, previstas na lei. Busca Raminson levantar essa questão. Seria um erro, como aconteceu com Maria Alice, não levar em conta o sexo numa eleição. As nossas “Heloisas Helenas” continuam escondidas. As mulheres buscam afinidades, como todo eleitor. Não é toa que se ouve pelas ruas uma indignação, sobretudo feminina, de como andam as coisas largadas no nosso município. Vejamos como se sai Solange.

Talvez Raminson tenha que vencer, também, sua natural timidez (que não falta a seus adversários) e expor não só sua plataforma, que deve ser semelhante a dos outros, mas sobretudo sua diferença. O eleitor ainda não viu sua originalidade. Na última campanha ele se misturou: promoveu churrascos, shows, etc. Angariou simpatias – ele é uma figura doce – mas não bastou.

Duda virou conservador Já prevendo uma decolagem na campanha, Duda Tedesco, do PR, foi buscar a figura tradicional e algo confusa do vice-prefeito Aristonil, da velha guarda da política de Búzios, que acaba seu mandato incompatibilizado com o prefeito Toninho Branco, justamente porque ensaiava vôos rebeldes, aproveitando a baixa aceitação da administração, da qual ele também é responsável. Duda portanto foi buscar esse representante da velha política buziana (anterior mesmo aos atuais candidatos), gente como os finados Felix, Natalino, e Emidio, uma Búzios antiga, que se perdeu na dinâmica da história da cidade. Justamente Duda que se apresentava como candidato da renovação, uma sangue novo na política, rendeu-se à praticidade do voto. Acha ele que Aristonil tem boas penetração no eleitorado, especialmente entre os Metodistas, que parece ser a igreja mais forte na cidade e que, acham, pesa politicamente. Seguiu Duda o exemplo do líder

PSB

PDT Os bons companheiros Flávio Machado, Alair Corrêa, Mirinho Braga e Alexandre Guerreiro. Sentimos falta de José Bonifácio

Na convenção do PSB, até Dr. Juquinha apareceu para dar apoio ao seu colega de OAB Dr. Amélio Abrantes

Mirinho, Messias e Edinho de Alair, representando seu amo, Alair Corrêa

Professor Ricardo, Flavio Machado, Alair Corrêa e Alexandre Guerreiro, uma mesa de pensamento homogêneo

Falta agora escolher o vice

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

do PR, o bispo Crivela. Procura ele receber o voto religioso, ou pegar uma fatia dele. Mas seus adversários (menos Raminson) já são “crentes” há muito mais tempo... Esvai-se portanto o candidato da renovação nessa busca do voto útil, arriscando a credibilidade que poderia angariar, que é próprio a todo vestibulando da política.

Silvano, o autêntico junto com o PSB? O PT de Búzios, que ainda não realizou sua convenção (até o fechamento desta edição) voltou às origens de sua criação na cidade. O PT do professor Ricardo, sem alianças eleitorais, muito distante do que é hoje o PT nacional que elegeu por duas vezes o presidente da República. Com uma diferença fundamental: Silvano tem muito mais penetração do que teve o professor. É uma figura pública, amiga, conhecida, e que foi por duas vezes vice prefeito da cidade, com Mirinho.

É portanto um participante da história recente de Búzios. É respeitado. Muitos acham se o PT se juntasse a algum bloco político, Silvano poderia ser um dos vereadores mais votados da cidade. Uma liderança. Mas ele não quer saber disso. Para ele é tudo ou nada, talvez cansado de ser uma figura sempre na sombra de alguma outra liderança. Seu partido, pelo menos uma boa parte dele, buscou até reforço externo para uma aliança eleitoral, mas Silvano segurou firme o timão do barco. Transvestiu-se ele próprio no partido. Fez prevalecer sua vontade e assim, parece, vai para as urnas. Sozinho. “Antes só quer mal acompanhado” – diria ele se, perguntado. O PT-Búzios, contrariando a dinâmica do partido, volta às origens. Não deixa de haver uma certa dignidade, revestida, porém, de ingenuidade política. Mas na noite de segunda-feira surgiu uma novidade. Silvano foi procurado pelo Dr. Amélio Abrantes, que é candidato também

a prefeito pelo PSB. Objetivamente, Amélio propôs que em troca do apoio do PT à sua candidatura, com o vice sendo Silvano (Julio César, filho do pastor Gentil, já estava indicado pelo PT, para vice) daria uma nova função ao viceprefeito, inédita na história de Búzios e talvez do país. Silvano escolheria 40% do secretariado, lideraria essas secretarias, e tudo com papel passado em cartório. E não só isso: as metas de governo também seriam devidamente registradas, para que a população possa reagir e protestar caso a pauta não esteja sendo cumprida. Os dois voltaram a se reunir na terça e na quarta-feira. Estão acertando os ponteiros. O impasse porém está colocado: o

Dr. Amélio quer liderar a chapa e Silvano também. Sexta-feira é o último prazo para registrar a chapa no Cartório Eleitoral. O Dr. Amélio já teve programas de rádio, já colocou em circulação um trailer que não cobrava passagem. É, em suma, uma figura original, do PSB. E estreante na política de Búzios. Está em briga com a direção do partido, do Rio. Bate-se pela independência do seu pequeno escritório regional. Não deixa ter alguma razão, já que “emancipação” é um nome simpático ao eleitor de Búzios. Venceu a queda de braço, na Justiça, com o diretório do Rio de Janeiro que não apoiava sua candidatura. Concorre por decisão de um mandato de segurança.

PMDB

PTB Nosso prefeito Toninho Branco e seu candidato a vice, o bacharel em direito e tabelião titular do cartório de Búzios Dr. Alberto Danan

O empresário Ramison Lopes na convenção que o escolheu como candidato a prefeito

Os vereadores Uriel, Genilson Drumonnd e Evandro, prestigiando a convenção do PMDB

Lelo, Solange (a escolhida para vice) Ramison Lopes

Ramison, Jô, Solange, Rodrigo Tardeli e Mazza, a tropa de elite do PTB

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

Nosso prefeito Toninho, Junior da Saúde e o prefeito de Cabo Frio Marquinho Mendes que fez questão de prestigiar Toninho

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Prefeitura esclarece. O secretário de infra-estrutura Armando Ehrenfreund informou ao Perú Molhado que caminhões basculantes não retiram galhos ou restos de podas, por isso não retirou os entulhos que estavam nua Rua da Ferradura e que foi motivo de críticas por esse jornal. Aliás, toda semana a prefeitura informa que são os moradores os responsáveis pelos seus entulhos e restos de obras. Tem que alugar caçamba. Vota em mim. Amélio Abrantes entregou ao candidato do PT Silvano Nascimento um monte de papeis mostrando toda a campanha com os dois, com Silvano de vice é claro. Dizem que até projeto de panfleto já tinha. Silvano não quis saber e, continuou a luta para conseguir mais cinco nomes para compor a nominativa para vereador do PT. Inveja. Começou a FLIP, Feira Literária Internacional de Paraty. A bela cidade fluminense espera receber mais de 20 mil turistas durante o evento. Jornais, revistas, rádios, TV’s e internet já divulgam a cidade mundo inteiro. Enquanto isso em Búzios... Eleições I. O ex-secretário de turismo e agora candidato a vereador Isac Tilinger informou ao Perú que se recusou a participar da convenção do PDT para não ser obrigado a bater palmas para Alair Corrêa, que foi o maior destaque político na noite de lançamento da candidatura Mirinho Braga. ‘Sou um homem coerente e de convicções’, declarou.

ainda trabalha como marchand. Em relação ao Boom, informa que não é funcionária da casa e sim, parceira em projetos. Bola murcha. Triste ver alguns torcedores mulambentos do Flamengo torcendo contra o Fluminense. Teve até carreata. Os torcedores do time da Gávea, que não ganhou nenhum título relevante desde o século passado, ficaram secando o tricolor das laranjeiras só para seguir com a velha história que é o único time carioca com um título da Taça Libertadores. Ordem. O próximo prefeito -seja ele quem for- assim que assumir deve imediatamente contratar um verdadeiro Secretário de Postura e mandar retirar (usando a lei) todas essas

placas publicitárias horrorosas que invadiram a cidade. Infelizmente hoje não temos a quem reclamar e a bagunça é geral. Os bares e as farmácias estão transformando Búzios numa Iguaba da vida. Deu na Veja. Cinco dos sete conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro foram comprados por uma empresa de consultoria mineira, denunciou a Policia Federal. Os sisudos conselheiros estão sendo acusados de vender decisões favoráveis a algumas prefeituras a troco de grana. Como diria Ancelmo Góes, deve ser difícil viver num País assim. É a crise. Noite chuvosa, movimento fraco, pouco dinheiro. A casa fechou mais cedo. Ele

A igreja Assembléia de Deus lotou para o casamento dos jovens Marco Aurélio e Juliana

foi para casa. Antes, comprou um sanduíche no Mac Donald. Quase chegando ao lar num susto. Um sujeito armado e com uma touca ninja anunciou o assalto. Levou os únicos 7 reais que leva no bolso e um Big Mac frio. Foi dormir duro e com fome. Drink. O Blue Martini abre as portas onde funcionou por algum tempo o Zorro, que foi enquanto durou, o bar mais antipático de Búzios. A nova casa pertence a Érica de Nova York, empresária da noite na Big Apple e proprietária do prédio do Pátio Havana. Como nossa amiga, certamente vai nos receber todos os dias de braços abertos.

Búzios foi destaque na mídia nacional por causa de dois casamentos. Um da família Szafir na praia da Rasa e outro no Iate Clube que não sabemos quase nada. Para nós do Perú, destaque mesmo foi o casamento da filha do nosso mergulhador Soca, a bela Juliana que se uniu em matrimônio com o jovem Marco Aurélio. O Perú deseja toda a sorte do mundo para o casal.

Rico de espírito. As novas colunistas da Revista do Isac, Sylvana Graça e Adriana Salituro deram a mesma nota sobre o casamento da família Szafir que aconteceu no último final de semana. Sylvana disse que uma doméstica estava na porta de entrada esperando ver gente rica e não artista, pois dessa gente ela já estava cheia. La Salituro por sua vez informou que Sônia da Vimolagos disse a mesma coisa no dia anterior. As moças precisam combinar melhor a pauta. Aliás, uma não sabia que outra estava no local. Aliás. Já perdemos para a revista do Isac, Adriana Salituro, Sylvana Graça e estamos torcendo para perder Thomas Sastre.

Feijão, neto de Milton Alencar, o mais novo cineasta do mundo, ganhará o Oscar de melhor diretor em 2028 pelo filme ‘Meu Avô foi o máximo”.

Só deu Sasha na festa da Xuxa Os padrinhos Careca e Marcela

O ator Cláudio Heinrich no Boom. Onde mais poderia ser?

Eleições II. Em tempo, como ninguém pode rezar para dois santos, Mirinho agasalhou Alair e largou José Bonifácio, seu ex-eterno padrinho político.

Thaila, Martins e sua pequena Débora

Eleições III. Como prova que eleição no Brasil é mesmo um samba do crioulo doido, o candidato do PSDB de Cabo Frio (Marquinho Mendes) veio a Búzios apoiar o candidato do PMDB, Toninho Branco. Já o candidato do PMDB de Cabo Frio (Alair Corrêa) veio apoiar o candidato do PDT, Mirinho Braga. Eleições IIII. Se todos os nomes que se apresentaram para concorrer ao cargo de prefeito forem até o final da eleição, podemos ter alguns candidatos a cargo majoritário, tendo menos votos que candidatos a vereador. Chama a polícia. A situação anda braba nas ruas do Centro desde que o posto da PM foi retirado do bairro. Assaltos a turistas são constantes, roubos de carro idem e essa semana, um roubo sui-generis chamou a atenção de todos. Roubaram os 4 pneus de um carro que estava estacionado na Rua Rui Barbosa. Quando a dona chegou, encontrou o carro no chão. Errata. Preocupada com seus milhões de clientes, Drica Oliveira informa que não saiu da galeria, e

Marco Aurélio e Juliana após o sim

O vereador Henrique Gomes com sua nova conquista

Isabel Lito e Xavier de Belefon com amigos no Restaurante dos Pescadores

Puro sangue, ou o Fluminense tem pedigree e não é marca de ração. Por Eduardo Almeida, balancei ontem ao ver o fluzão.

arece coisa de velho e na verdade é, mas na década de 50 quando tinha nove anos de idade o Brasil deu o maior vexame na Copa do Mundo que aconteceu no Rio de Janeiro. Eu estava lá, e vi o povo chorando, faixas de campeão do mundo sendo rasgadas, vi até uma coisa que ficou marcada em minha memória, a bandeira do Brasil sendo rasgada e queimada. Dois anos depois a Prefeitura do Rio de Janeiro e a FIFA organizaram a TAÇA RIO, e foi essa taça Rio a precursora de varios campeonatos inclusive a Taça dos Libertadores. Nesse torneio mundial que o governo do Rio de Janeiro organizou tendo a frente o prefeito, o Marechal Mendes de Moraes o motivo era limpar a barra do fiasco feito na Copa do Mundo. E sabem quem foi o campeão do mundo. O Fluminense e foi invicto, derrubou todo mundo. Eu com dez anos de idade. No meu prédio morava o Presidente do Fluminense, o Benicio Ferreira Filho e um dia levou eu e meu pai até a sede em Alvaro Chaves. Chegando lá, parecia que estava entrando em um palácio, estilo ¨art noveau¨ com os vidros todos de cristal, a piscina única em um clube de futebol no Brasil e a sala dos trofeus ficou marcada em minha vida, um puta salãozaço cheio de taças e troféus. Acho até que deveriam organizar visitas a salas de troféus dos clubes, para levar aos jovens e não jovens a memoria do esporte no Brasil. Naquele salão voce veria o nosso João Havelange conquistando premios como campeão de WaterPolo, veria as fotos de Didi o ¨folha seca¨pelo gols que fazia onde a bola ia caindo como uma folha seca. Fiquei encantado com o clube, com stand de tiro, quadras completas. Eu havia acabado de chegar de São Paulo onde era Palmeirense, conclusão não mudei de casaca, apenas fiz minha filial Rio no Fluminense. O time campeão era com o Castilho, que tinha apelido de leiteiro pela sorte que tinha, o Tele que tinha apelido de ¨fiapo¨por ser um magrelão, o Didi, o Pinheiro e o Pindaro dois grandões na defesa. Naquele tempo era tudo em ingles, o goleiro era o goalkeeper, haviam os center halfs, o center four, era os médios e os atacantes. A falta era foul, a bola na mão o hands, o goleiro que pegava a bola fora da area cometia o ¨freekick¨ o penalti era o mesmo o ¨penalty¨, o escanteio era o ¨corner¨e por aí ia. Nessa época rival mesmo era o Botafogo com Nilton Santos e Garrincha. Ontem ao ver a queima de fogos me lembrei em uma fração de segundos de tudo isso, aí me perguntei se com tudo isso porque virei Flamengo. Talvez para acompanhar meu filho, flamenguista doente. Pensando bem ainda bem que o Fluzão perdeu e logo meus sonhos do passado se foram, afinal o Fluminense esta entre as dez maiores torcidas do Brasil. Mas o Flamengo é a maior torcida do mundo e o Flamengo tem uma coisa que me deixa amarradão, cada vez que o time perde o torcedor gosta mais ainda de seu clube. Finalizando tem uma coisa que nao posso esquecer, e que o Flu é campeão do mundo. É a sua torcida. Cada gostosa

maravilhosa. Ontem na televisão voce não via nenhuma mulher feia, só gatinhas chorando. Isso o Flamengo, nem Vasco nem ninguém tem. Aí entendo o porque do nosso Toninho ser Fluminense doente, ele sabe das coisas.

Toninho não se abalou, vai dar a volta por cima

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

O favoritismo liquidou o Fluminense Aníbal Fernando

Fluminense não pode ser favorito de coisíssima nenhuma. Quando constatei que até rubro-negros foram ao Maracanã para torcer a favor, vi logo ali o perigo iminente – a tragédia. Ora, o Tricolor, todos sabemos, é o time das vitórias modestas, da goleada de um a zero, do gol sofrido no último minuto. Das vitórias impossíveis. O time que sempre foi o timinho. A humildade é a principal arma do Fluminense. Mas eis que se vestiu, ou foi vestido, de favorito absoluto: todas as torcidas brasileiras estavam no estádio com a camisa verde, vermelha e branca... É próprio, pois, da alma Fluminense correr sempre atrás dos vencedores. Porque o nosso time nunca vence, os outros é que perdem. Estava no estádio o imortal Romerito e, se vocês viram seu semblante carregado na tela da TV, quase incógnito, entenderam que algo estava errado. O paraguaio da camisa 10, que jogou no ataque tricolor, comprado a preço de banana, um grande craque, sabia por experiência que no Maracanã a torcida tricolor é sempre minoria. Aquela massa colorida anunciava a derrota. A unanimidade foi fatal. O favoritismo liquidou o Fluminense. Contra o São Paulo e o glorioso Boca, as coisas foram diferentes, ao jeito tricolor. Eles eram os favoritos – e vencemos. Mas mandaram para cima do Fluminense um time que não passa de um Madureira com os salários em dia, o tal de LDU, um vira-lata equatoriano, que ninguém tinha ouvido falar, e fomos para o brejo. Nós éramos os favoritos e eles a zebra. Os papéis estavam invertidos. Contra os poderosos paulistas e portenhos, com suas sumidades futebolísticas, o Flu foi o de sempre. As bolas entravam no gol adversário por acaso ou por sorte. O Fluminense nas vitórias nunca merece ganhar. É muito diferente de um Flamengo, que mesmo nas derrotas merece vencer. Esse o ingrediente que faltou: o favorito deveria ser o adversário. Mas era o humilde LDU, que não tem nem tradição, nem camisa. O emblema do time andino diz tudo: um imenso U, de último. Foi demais para o tricolor: ser batido no próprio campo da humildade. Além de tudo, o Fluminense, ao encarnar todas as torcidas brasileiras, despertou a ira do juiz argentino. O Boca tinha que se vingar. E ele não viu pênalti, nem nada. Estava ali para jogar contra. Naquele lance do Washington, nosso tanque sem pontaria, se ele marca o pênalti fatal, o LDU ainda teria o infrator expulso. E teve também o lance do goleiro que interrompeu a cobrança por própria conta, quebrando a concentração do formidável Tiago Neves.

Mas os tricolores sabem que essas coisas são próprias do jogo. O que não podia acontecer, e aconteceu foi o Fluminense entrar em campo como franco favorito. Repito: o tricolor não sabe jogar dessa maneira. Agora, podem crer, que no nosso Campeonato Nacional, onde o Fluminense muito apropriadamente ocupa a última posição depois de oito rodadas, ele vai disparar na tabela. Assim é alma tricolor.

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

Em tempo: Erika, do restaurante do Mangue, manda um recado para Chico Buarque de Holanda: “Eu posso te consolar”. Nota da Redação: Aníbal você está viajando. Aqui em Búzios, que é nosso país, ninguém de outro time torceu para o Fluminense. Teve até carreata de LDUenses vestidos de flamenguistas, botafoguenses e até vascaínos. A turma

da Cabofriense também torceu para a LDU com outra camisa. Só nosso editor Marcelo, fanático pelo Boca Juniors, torceu pela vitória do seu time e ficou profundamente magoado com o povo buziano, de raiz, que torceu contra. Ele jurava que ia para o Japão e até poderia morrer na praia de lá mas, jamais em nossa praia.

Está provado. Só amor e paixão não ganha jogo é preciso bola na rede

Quem não era tricolor apareceu somente para secar

A cidade parou para ver o jogo no Michou

Agenda Cinema Cine Bardot - O ROLLING STONES

(EUA / Inglaterra): 2008 122 Min Documentário. De: Martin Scosese. Com: Mick Jagger, Keith Richards, Hillary Rodham Clinton, Martin Scorsese, Christina Aguilera. Dias: Sexta 19:00, Sábado 19:00, Domingo 21:00. 123 Min 12 anos. De: Steven Spielberg. Com: Harrison Ford, Shia Labeoulf, Cate Blanchett, John Hurt. Dias: Sexta 21:00 Sábado 21:00 Domingo 19:00. Ingressos: R$ 16,00. Veja também a programação no site: www.viladomar.com. Informações: 22 – 2623.1298

Artes Plásticas

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Comidas & Shows

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (EUA): 2008 Aventura

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Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744. Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 2623-6924 Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 26337037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

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JAZZ & BLUES RELIGIÃO E ARTE

exame de alguns rostos das Demoiselles d´Avingnon de Picasso revela quão grande foi a influencia das mascaras africanas sobre artistas europeus no inicio do seculo XX. Mas a recepção da forma das mascaras africanas foi marcada por equivocos: elas não eram formas expressivas de uma arte primitiva, no sentido de originária; também tampouco eram, via de regra, representações de rostos humanos. Na sua maioria, são representações artisticas de seres, sejam eles espiritos auxiliares, forças personificadas da natureza, seres que intermediam entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses e antepassados e, as vezes, são também representações de tipos humanos. Evidentemente as mascaras talhadas tambem constituem um viés das artes plasticas, mas elas são sobretudo componentes de uma arte que podemos caracterizar melhor como performance. A alegria, a introspecção, o medo e o terror que o desfile de mascaras pode provocar em pessoas de uma cultura africana permanecem inacessiveis à experiencia expontanea de observadores europeus. Por outro lado os instrumentos muscais, assim como as mascaras, pertencem ao âmbito das artes performáticas e da dança. Narrativas, como as dos Griots da Africa Ocidental, que também recebem um acompanhamento musical. Assim como as artes plasticas, a música africana também exerceu uma influencia importante sobre a musica americana e europeia. O Samba brasileiro e o Jazz norte-americano tem nela suas raizes. A musica da África é hoje um componente essencial da produção musical internacional, estendendo-se até a musica Pop. O blues é uma frequência baixa utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, com forte raiz estilística ligado à cultura afro-americana em seu ritmo, sensual e vigoroso ligado a religião, amor, sexo, traição e trabalho. O conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil Americana quando sua essência passou a circular como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Diz a lenda que em 1903 o blues surgi de uma forma mais ambiental e progressiva do que uma “única canção” de meados da década de 20. Porém, foi na década de 30

O berço do Jazz por Walker Evans

O Parangolé performático de Hélio Oiticica

Por Armando Mattos

que surgiu o blues que entre 1936 e 1937 tem seus maiores clássicos. No final dos anos 30 e inícios dos 40 surgiram as primeiras grandes bandas de blues e a partir de 1942 o blues sofre sua primeira grande "revolução" interna: o soar das primeiras notas eletrificadas percurssora do estilo clássico moderno do blues que foram suas raízes no Jazz. Na Inglaterra influenciaria o surgimento de diversas bandas importantes como The Beatles, Yardbirds, The Rolling Stones, Fleetwood Mac, Jeff Beck e Led Zeppelin. Durante o anos 70, o blues foi perdendo espaço cada vez mais para os elementos eletrônicos e especialmente os da era Disco que coincidentemente ou não, fomentou o desaparecimento gradativo do blues no cenário mundial nos anos 90. Sobre um dos gêneros que influenciaram o Jazz durante sua origem e que o ajudou a tomar a forma na qual o conhecemos hoje o Blues definia um estado de espírito herdado do Século XIV, onde existia a expressão blue devils (algo como demônios de tristeza). O Blues é o estilo desenvolvido nos USA que menos sofreu influencia da música Européia. Surgiu da

Alexandre Vogler defumando o Rio de Janeiro

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adaptação de hinos batistas e metodistas em cantos que misturavam as tradições dos brancos (que lhe eram empurradas goela a baixo) e suas tradições africanas. Enquanto trabalhavam nas plantações ou na construção de estradas de ferro os escravos americanos eram proibidos de tocar os seus tambores e outros instrumentos musicais de sua tradição africana, com receio de que os mesmos pudessem servir de estímulo à revoltas, etc. Proibiram-nos até de usar a sua linguagem e os dialetos nativos, procurando, quebrar a unidade de corporação do grupo. Talvez aí esteja explicação de por que o Samba não poderia ter nascido nos USA e o Jazz não poderia

ter sido criado no Brasil. O Blues nunca foi um estilo de Jazz, mais sim uma parte, uma alma permanente em todos os estilos. Até mais do que isso; pode-se afirmar que o Blues forneceu a linguagem melódica básica para toda forma de musica americana que surgiu desde o inicio do século 20. É um erro afirmar que todos os Jazzmen crescerão em contato com o Blues. ‘O Blues é a base do Jazz’.

Sábado na PEMBA happy hour em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova com Trio BR-3 e participação de Anissa.

No próximo final de semana chegam a Búzios, aliás á Pemba, onde se realiza a Bienal Anual de Arte de Búzios. Os "artistas" Fernando De La Rocque e Alexandre Vogler

Para crianças e otras cositas mas

Cilico entrou firme na cultura. Seu Espaço das Artes está cheio de crianças todo sábado e domingo

Tina e Wanda Palma dando continuidade ao trabalho de difundir cultura na cidade trouxeram para Búzios mais uma vez o espetáculo “Se as Coisas Fossem Mães” da escritora Sylvia Orthof, no Escritório Beliscos & Biritas, no Porto da Barra, em Manguinhos. É um espetáculo de aposta na brincadeira e se destina as crianças e que diverte também os adultos.

Foto: Flávio do Bistrô

Manu brinca com fogo no calçadão em frente a Pemba na Orla Bardot

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Cabelada ataca agora em Pequim

É mais famoso lá que Lucélia Santos

repórter ‘Viajandão’ do Perú Molhado, Luiz Carlos Gonçalves, o popular ‘Cabelada’, ao estilo do nosso colaborador Artur Veríssimo (já fez 150 viagens pela Ásia), está pronto para nova missão internacional. Atualizou o passaporte, tirou visto, se vacinou contra a febre amarela e faz curso rápido de Mandarim via Internet. Alô Pequim, aguardem o único enviado especial da imprensa buziana à Olimpíada na China. Vai tentar repetir o êxito da cobertura que fez dos Jogos de Atenas em 2004, da Copa do Mundo de 2002 quando ajudou Felipão, fez dobradinha com o colega da TV Globo, Arnaldo César Coelho, a quem ensinou o bordão ‘A Regra é Clara’. Usou ainda sua amizade com o árbitro que apitou Brasil x Turquia, arrumando o pênalti inexistente que nos garantiu vaga nas oitavas-de-final e trouxe o caneco de campeão no Japão e Coréia. Infelizmente no Mundial da Alemanha em 2006 não deu: Henry e Zidane despacharam o timeco do retranqueiro Parreira & seus boleiros gorduchos e baladeiros. Claro que Cabelada dará prioridade à cobertura do futebol masculino e feminino nos estádios dos Trabalhadores, ‘Olympic Sports’, Xangai, Beijing Instituto de Tecnologia e Shenyang. É evidente que, como ex-juiz de futebol dos mais brilhantes que já apitaram no campeonato carioca e pela Federação do Rio de Janeiro, ele vai brilhar novamente e dar a nossos leitores informações exclusivas: quem sabe, sabe! Como apreciador das boas bebidas e gourmet fará como em 2002, quando trouxe para o chef Marcos Sodré do Sawasdee, a receita coreana especial de ‘Poshingtan’, famosa sopa de cachorro preferida em Seul. Experimentei com o Marcelo Lartigue: uma delícia! E da Grécia descolou pro Natal do Davi a receita da ‘Sudsukaia’: carne moída de carneiro, tomate, cebola, salsa, hortelã e aquele pão esquisito e achatado, sem falar no ‘ouzo’, deliciosa pinga helênica com gosto de anis, que rendeu algumas ressacas ao nosso enviado especial. Já encomendei pra ele trazer de Beijing pro Flávio e Fernanda do Bipase, além da exuberante Roberta do bistrô Paladar, umas garrafas de Mao-Tao. Cachacinha de arroz e outros cereais, servida em mini-cálices, que me deixou mal numa recepção que o embaixador chinês deu pros repórteres da Veja em Brasília. Você toma uns três, quatro e acha que está tudo bem, mas quando tenta se levantar da cadeira não consegue. Outro objetivo é descobrir a fórmula secreta do preparo do famoso ‘Pato à Pequinesa’. Nosso exárbitro é mais conhecido na China que a ‘Escrava Isaura’ Lucélia Santos. Boa sorte para enfrentar esta prova...

Ex-juiz trará ouro de Bimba José Carlos Gonçalves já aprendeu que quando é meianoite aqui em Búzios, são apenas 11 da matina lá por Pequim. Uma doideira. O tal de fuso horário o atrapalhou bastante em Tóquio, Atenas e Alemanha, atrasando o fechamento deste jornal para desespero da Carol, que cada vez quer o trabalho mais cedo. Como é uma editora de arte excelente e especial o Marcelo faz tudo que ela manda. Virou ditadora nas quintas-feiras quando o Perú é preparado para ir via-Internet pra gráfica do Jornal Lance no Rio, voltando pronto à Armação na sexta de manhã. Cabelada quer aproveitar a viagem pra visitar a Grande Muralha, a Cidade Proibida e conhecer a ex-colônia portuguesa de Macao, que voltou à soberania chinesa, mas seus habitantes insistem em falar português. Recomendamos a ele muito cuidado, porque qualquer desvio de conduta pode resultar em processo e na pena de morte. Só este ano já foram executados por lá 1.500 pessoas, um recorde mundial. E manter-se longe do Tibet, do Himalaia e seu

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

monte Everest. Nada de querer escalá-lo. Cuidado com as minorias étnicas dos mongóis, cazaques, manchus e miaos (não são gatos). É preferível circular entre a maioria (92%) han. O ex-árbitro combinou com nosso Bimba uma entrevista exclusiva, quando o velejador das raias buzianas conquistar a medalha de ouro, que ele vai ajudar a trazer. Desta vez Bimba não vai vacilar. Aguarde.

Por Cláudio Kuck

Os cinco mascotes - Confirmaram participação nos jogos atletas de 206 países, que competirão em 165 provas e partidas masculinas, 127 femininas e 10 mistas. Cabelada já está devidamente credenciado no Comitê de Imprensa da Olimpíada sob o número 2469 (bom palpite pra jogar), que lhe remeteu a historinha dos cinco mascotes de Pequim-2008, representando cada um dos anéis olímpicos. É o Beibei, um peixe azul que dá prosperidade e abundância; o Jingjing, panda preto considerado no país fonte de alegria e felicidade; Huanhuan, a chama vermelha que lembra a paixão pelo esporte; Yingying, o antílope amarelo símbolo da saúde e vastidão das terras chinesas; Nini, a andorinha verde que traz boa sorte. A data do embarque de Cabelada só depende do acerto final do patrocínio (candidate-se!), mas será logo. Afinal, faltam apenas 35 dias pra abertura dos Jogos a 8 de agosto, com o encerramento acontecendo dia 24. Não perca!

Alô Búzios

Bimba e Cabelada uma dupla medalha de ouro

i Pessoal, além dos ventos fracos, das ondas grandes, dos adversários e da grande correnteza, este mês em Qingdao (local dos Jogos Olímpicos), também tivemos que nos preocupar com as grandes algas encontradas no mar. Alguns dias foram muitos difíceis de conseguir treinar, tínhamos sempre que estar buscando um local livre das algas, ou abrindo caminho com o bote do meu técnico Eduardo Abad. Imagens no (http://youtube.com/watch?v=x2CuUzzBh0s) Além dos inúmeros barcos de pesca que tem por aqui, nos dias de muito Fog ficava bem perigoso velejar entre eles. Mas no final deu tudo certo, o treino foi muito bom. Infelizmente acabou. Estou voltando pra casa, pois estou morrendo de saudades da comida do Boom. Parece que não é apenas em Pequim que a poluição preocupa, aqui também temos essa preocupação. Bem, na verdade dizem que esta alga é usada nos restaurantes japoneses. Avisa ao Cabelada que estou chegando cheio de novidades. Abraços, Bimba

Já ouvimos falar de Mar Vermelho, mas, Mar Verde é a primeira vez...

Galiotto

O fiscal aéreo

( do Perú Rasa)

Por Aníbal Fernando

Do alto não tem mentira Galiotto tem um pequeno avião, que ele chama de “Mico Leão Voador”, paga um piloto e todos os finais de semana faz seu sobrevôo por toda a Região. Munido de máquina fotográfica ele vai registrando do alto o que acontece, “porque lá de cima nada fica escondido” – afirma. Foi assim que ele flagrou transatlânticos, aqueles que vêm a Búzios todo o verão, despejando lixo no mar. Está em permanente contacto com os órgãos ambientais e lhes dá informações. Ele pode até ser chamado de “dedo duro ambiental”, mas não se incomoda com isso. No seu livro, ele conta como era a Região e como está agora. E tem prefácio de Luis Fernando Veríssimo, que o chama de “figura fascinante de um guerreiro com alma”. “Ele é gaúcho, como eu, porém colorado. Eu sou gremista” – brinca ele . “Veríssimo

Ernesto Galiotto lançando mais um livro sobre o meio ambiente da região com fotos exclusivas

é o único torcedor do Internacional que eu aturo”... Galiotto nasceu na serra gaúcha, em Flores da Cunha, e seu bisavô, Romano, veio para o Brasil em 1886. De Veneza direto para o Sul, o Rio Grande. “Os alemães chegaram antes, ficaram com as terras planas e, nós, os italianos, fomos para cima do morro”. E lá se dedicaram à agricultura, especialmente o cultivo da uva, para o vinho. Galiotto hoje vende na nossa Região 3,5 milhões de litros de vinho Galiotto, que vêm do Sul. “Acho mesmo que temos 50% do mercado de vinhos na nossa costa” – afirma.

Foto: Majo

rnesto Gailotto viu do alto e escreveu um livro. Com seu pequeno avião monomotor ele sobrevoa há anos a Região dos Lagos e vai acompanhando passo a passo a degradação ambiental e o aumento das construções, de Saquarema e Macaé. “É gente que chega todos os dias. As periferias das nossas cidades vão aumentando, ao ponto que vão acabar se juntando” – diz ele. “O maior exemplo disso é Cabo Frio e Búzios. As duas cidades estão crescendo num ritmo impressionante. A velha estrada do Guriri, agora asfaltada, vai acabar virando uma via margeada por empreendimentos e novas moradias. Do outro lado, por Jardim Esperança, a situação é ainda mais grave. O Jardim, Tangará estão virando uma coisa só e marcham em direção a Búzios. E Búzios caminha na mesma direção: se expande em direção ao Peró”. Por isso Galiotto acha que a preservação ambiental, as políticas de meio ambiente, têm que estar em sintonia com esse crescimento. Disciplinar essa avalanche populacional, deixando áreas naturais, intocadas. O livro que ele acaba de lançar, “Natureza Intacta & Agredida”, que já está à venda (R$ 60), conta em todos os seus capítulos, parte por parte do nosso litoral, a história dessa degradação. Búzios também está lá: a triste história das lagoas que foram invadidas e aterradas e o pouco que resta da Mata Atlântica, que, acha ele, tem que ser defendida a todo o custo. “Não é que eu seja contra o crescimento, que é uma tendência irrefreável. Mas é preciso consciência, alguma sabedoria, no trato dessa ocupação. Acho mesmo que estamos perto do limite. Temos que botar o pé no freio”.

A Santa apedrejada Ernesto chegou a Arraial do Cabo para trabalhar como pedreiro. Depois foi construtor, e, em seguida, corretor imobiliário, já estabelecido em Cabo Frio. Casado, três filhos, começou a se interessar pelo meio ambiente quando ninguém tinha consciência sobre isso. Ficou conhecido como o algoz dos “traficantes de areia”, como diz. Boa parte desse litoral, os areiais, foram quase dizimados pelos extratores. A areia, como se sabe, é matéria prima do vidro. Um produto caro, nobre, porém predatório. As dunas foram as principais vítimas desse crime. O segundo distrito de Cabo Frio (Tamoios) foi o que mais sofreu com a extração. Galiotto sozinho, com seu avião, documentou tudo. As fotos ele distribuía aos jornais, compunha textos, encontrava-se com autoridades. Rendeu muitos processos dos exploradores das du-

Se você quer saber tudo sobre os crimes dos areiais, procure quem sabe, ligue para Galiotto...

nas. “Foi aí que vi que meu humilde trabalho estava dando certo. Incomodava muita gente”. Mas Galiotto têm outras passagens e marcantes por Búzios: Ele, por conta própria, reformou a imagem de Sant’Ana, mas teve um problema: “Subi a ladeira com a Kombi, para pegar a imagem e fui recebido a pedradas. Quase apanhei da turma de Búzios... Mas

a imagem voltou, novinha em folha e está lá na sua igreja. Linda. Vocês do Peru espalharam que eu ia roubar os fios de ouro da imagem e a turma ficou revoltada. Mas não era nada disso”... Bom, Galiotto afirma isso, mas a gente, do Peru, não se lembra. Achava apenas que a santa não podia sair do seu altar... “Aprendi, com esse episódio que com santa não se mexe”...

4 de julho de 2008 – O Perú Molhado

Tô duro

Por Sandro Peixoto, inspirado numa idéia do Aníbal Fernando

notícia chega a todos. Seja por jornal, TV, rádio, internet ou pela vizinha fofoqueira. Os preços dos alimentos dispararam no mundo inteiro. Já falta arroz na Ásia, carne na Argentina, milho no México e nos Estados Unidos, batata no Equador, algas no Japão, espaguete na Itália, queijo na França, quibe da Arábia, cachorro na Coréia, tatu no Ceará, cerveja na Alemanha, barata na china e até bacalhau na Noruega. Caramba, daqui a pouco vai faltar ovo em Búzios! Últimas projeções dizem que preços de alimentos subiram mais de 30% nos últimos meses. A cesta básica, que serve de referência para o salário mínimo e para a Bolsa Família, custa 50% a mais em certas capitais. Como não recebo aumento de salário há dois anos, fui obrigado a me virar. Todos sabem que brasileiro tem saída para tudo. Isso tem até nome, se chama ‘jeitinho brasileiro’. Pois bem, usando esse tal jeitinho fui ao Mercadinho Santos Dumont fazer a compra do mês com o que restou do salário depois de pagar aluguel, manicure, cerveja, locadora, empréstimo ao cunhado, luz, água, TV por assinatura, telefone e o cacete. Sobrou quase nada... Para não passar fome, fiz uma lista com muitos produtos e pouca quantidade. Não dá para comer somente arroz e feijão todos os dias. Carne, ovos, frutas, verduras e legumes, pão, massa, leite, queijo, presunto, café, açúcar, e material de limpeza. Tudo isso com apenas 100 reais. Fui às compras: Pela cara, vi que o rapaz do caixa não aprovou minhas compras. Um ovo, uma salsicha, uma lingüiça, um carré. 100 gramas de queijo, a mesma quantidade de presunto, dois bifes e duas asas de frango. As proteínas estavam garantidas. Constrangido, fui para o setor de legumes e verduras. Ao menos lá, a gente se serve

sem intermediários. Uma batata, uma cenoura, três cebolas e um tomate. Um mamão papaia, três laranjas e um pedaço de melancia. A melancia ainda está barata. Três cebolas para fazer sopa. Dá para comer dois dias. Depois do horti-fruti, corta para o pão. Um pão. Está de bom tamanho. Vamos aos grãos. Meio quilo de arroz, meio de feijão e 250 gramas de café, dois miojos. Açúcar só vende de quilo. Não comprei. Vou pedir emprestado para a vizinha. Sabonete nem pensar. Sabão de coco resolve. Comprei dois. Um para tomar banho e outro para lavar as louças e a roupa.

Fuiiiii

orreu Pipetti. Que pena, ela era um ser fantástico. Melhor que muita gente. Piptetti pertencia a Jean Claude. Seu dono faleceu há 5 anos, e desde então, Valdete era quem cuidava dela. Na verdade ninguém sabia quem cuidava de quem, tão grande a amizade entre as duas. Só quem tem um animal de estimação e o ama, é que sabe quanto é duro perder um amigo dessa maneira. A vida é dura. Pipetti escreveu sua história de maneira maravilhosa. Resta agora, a saudade. Valeu Pipetti um dia a gente se encontra.

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Aceito cesta básica, vale refeição e até pão dormido

Clínica Búzios Medicina de Trabalho e Segurança Ocupacional PCMSO (NR7) / CAT PPP / PPRA (NR9) LTCAT / PCMAT Avda. J.B. Ribeiro Dantas 1233, Manguinhos Búzios-RJ- Tels.:(22) 2623-2465 e 2623-6000 e-mail: clinicabuzios@hotmail.com Coordenaçao Médica: Dr.José Joaquim C. Pinto. CRM 52 36560 4 Reg: 10092

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos • Armação dos Búzios/RJ CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 cartoriobuzios@veloxmail.com.br

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to e Neusa Augusta de Oliveira Mazieri, ambos residentes neste Município –RJ. JOSÉ CARLOS HIPOLITO DE AGUIAR e VANDERLEIA GOYANO DE CARVALHO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Sebastião Rodrigues de Aguiar e Sebastiana Hipólito. Ela, filha de: Rute da Conceição Goyano, ambos residentes neste Município –RJ.

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Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente , a extraí. Armação dos Búzios, 3 de julho de 2008. Albert Danan - Oficial

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