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30 de maio de 2008 www.ope­ru­mo­lha­do.com.br Edição 859 • ANO XXVIII

Afinal, somos a favor ou contra o meio ambiente?

O MAIOR ­ AL JORN

BÚZIOS

Um jornal cego, surdo e mudo

Editorial

o tr n e C o e u q is a m é s io z ú B "Cara de Cavalo "

Quando o Perú Molhado foi lançado, há vinte e sete anos, Búzios deveria ter algo mais que cinco mil habitantes, com todos os seus bairros. E uma decisão foi tomada: o Perú saiu com uma edição de três mil exemplares. Quase um jornal para cada habitante, ou mais, se considerarmos que cada exemplar, como se calcula, jamais é lido por menos de duas pessoas.

No caso de um jornal semanal, que tem características de revista, esse índice de leitura pode mesmo superar essa marca.

Pois bem, o Perú/Rasa, lançado na semana passada, distribuiu três mil exemplares.

E com uma preocupação: evitar os erros comuns que apresentam a Região como eternamente problemática – porque a Rasa também tem sua cultura, seus costumes, seu modo de viver que poderiam ficar es-

O BANDIDO DO S ANOS 60

representá-la, mas não sabem ao certo condidos caso o Perú, como fazem Por Eduardooutras Almeida volvendo a me quem e o quê a compõe. publicações, privilegiasse seus Reproblemas mória pa ra inform garotada de A Rasaar apor certohojeé mais antiga. Mas que já são bastante.

O jornal Rasa/Perú não desconheceu as di- veio com o tempo recebendo, e contificuldades em que vive aquela população nuam recebendo novos habitantes, que sob a responsabilidade de duas Prefeitu- formam, hoje a Rasa moderna. Cem ras. Mas enfocou suas matérias em seus Braças é mais recente e maior o desejo personagens, seus habitantes, e seus pro- de seus habitantes de saberem quem fissionais. È a primeira tentativa de apre- são, de onde vieram e como se comsentar – como foi feito em Búzios, há 27 portam nessa nova comunidade. anos – uns aos outros, num sentido amplo É esse o serviço que o Perú Molhado arte em cima Trabalho de comunidade. Melhor forma dedetambém se propôs a fazer. E está cumprindo, da foto do bandido Cara de Cavalo, morto com identificar os problemas e anseios. apesar de todas as dificuldades. mais de cem tiros próximo a São José e Cem O MA Braças, feito pelo Hélio O Perú repetiu a dose em Cem Braças, Porque a gente acredita que as pesIOR Oiticica JORNAL com o Perú/Cem Braças, já nas bancas. soas, através das suas histórias, aleBÚZIOS São mais três mil exemplares. Que como grias e dificuldades, se expressam na Rasa vão, desta forma, seus habitantes muito melhor. O Perú/Cem Braças vão conhecer seus vizinhos – a comuni- veio para promover essa oportunidade de quem muitos falam, que dizem dade.

O

23 de maio de 2008 www.operumo lhado.com.b r Edição 02 • ANO XXVIII

band ido Cara de Cava lo nasceu no ano ças, morava na em que nascomunidade da ci. Hoje teria Esqueleto onde favel minha idade, roubou uma anciã a do a certeza, 67 anos , mas munidade. Não e a certeza veio da cojá tinham em seu da pistola 45 de 44 anos que tem mais ações espetacula de currículo Cara de Cavalo que atiro u e mato reu. Morreu mal Cara res, até que um ta policial. Depo dia com mais de cem mor- é exclusivo para is a caçada mais u um puquarenta e cinco o Peru, ele estav e isso dos anos 60 tiros de carro que durou 4 mese implacável a em um no corpo, espec e viu um fusca no rosto, ficou impressão de ialme Cabo com nte quatr Frio prote eram policiais tão teve fim a perse s até que em o oriundos da Políc homens, Cara de fotos dele existe arrebentado que poucas de levam a inseg ção, mas na realidaguição. Morr Cava cial, uma políc eu m, Morreu em urança a todos ia Espelo. Mas deste ia criada para estrada que liga acabam se torna Búzios, na . No fim dar segurança tou um surto de violência episódio resulentre a Cabo Frio, no ndo que a época pareSão José. tores de picaretas, cobradores, protebairro de da outras ao Getúlio Vargas, presidente cia uma limpeza na crimi Repú vingadores de blica .

Eram nalid É preciso expli e de todo tipo cornos na realidade foi ade, mas que todos da pesad tre eles o Jacar de sacanagem car a. Encomo se a socie . Usam os é, o Sivuca, o os bandidos eram que nos anos 50 e 60 famo regre dade sos dido ao século X-9. Alca güete tivesse deputado do bandido bom, todos conhecido 18 quando Robe s gram peiam bandido morto, um tinha sua telefones e se s, deu cada os spier ingre o espe cialid ade, e o Milton de pude re dientes de uma Oliveira Le Cocq Arrepiado TUDE E uns batia m carteiras, outro todo tipo de mald r plantam drogas e ditadura, VIRTERROR: “A ficaram empa . s ade. É preciso virtude sem a relhados, os polic Os carros terror é violência, outro arrombavam casas com com os esqu qual o funesto; o terror adrõ es da mort acabar nheceram Cara iais recos com chaves sem o qual a virtud e, acab ar de Cavalo. Com policial sabia com as MOR mixas, e o pelo TES, em um Fusca o estavam é impotente”, como disse e que não abrem o marginal. Cara tipo de crime quem era conseguir a MOR é preciso isso sim, as janelas do na França de 1793. Impo o “Incorruptível”, banco de trás de Cavalo era TE DOS CRIM e nos bancos rtante que se do pé de chine isto em Búzi um bandiES, e da frente um que a criação de grupo dirigia e o outro lo, s de justiceiros diga pelo noss os está sendo conseguido de terceira class isto é, era um marginal era Le Cocq, , vingao juiz Dr. JOÃ diziam: ¨ atira os colegas dores e afins não pode prosp e. Tinha ligaç O CAR LOS , gringo¨, este jogo do bicho que com atitu ões com o erar, a verdadeio apelido de ra defesa da sociedade , realizava pequ des Le Cocq , pois firme s, sérias, duras tem de vir da enos furtos, ele era ruivo vendia maconha mas justa s trans polícia, , bran quelo , do Ministério Publico e cheio de pinta e era cafetão form ou noss do Judiciário. s no rosto, Le meretrício. Era na zona do uma das meno a cidad e Justiça Cocq com a pelas próprias mãos só arma res especialista em dá merda, os nalidade no Estad em índices de crimilamban- cara de fora, não quis atirar pois de extermínio grupos o. era podem parecer do bem, e na dúvida ficou esper um são de zelar pela sociedade, que tem misando Nada disso, eles fazem a mis em scene, ou seja, "Há mais de dão a falsa 40 anos mora dora praia

Bairro CEM BRAÇAS

da do Canto , costum ava receb como era comu m er amigo s carioc em minha casa. as Eles tinham tido tícia que Cara a de Cavalo havia nomorto lá por sido Cem Braças.

Peguei meu fusqu inha 59 novin ho em folha e lá fomos nós ver o dito roma ria de curios cujo. Tinha uma os quere ndo corpo mas de nada adiantava ver o a cara era só porque chum bo de tanto Foi uma das tiro. prime zios e Cem Braça iras vezes que Bús mais importantes seriam notícia nos jornais do Brasil. " Tia Gilda Raja Gabaglia Collin

Artista que dese partir da partic nvolveu seu trabalho a ipação no Grup década de o Frete na 50, Helio Oitic ica começou integra-se a a Esco em 1963. Desd la de Samba Mangueira e então conc ação numa entrou sua série de even tos ambientai participacionais s, instalados em espaços arte ou ativa de dos época ardente na amplitude da rua. Foi do Tropicalis mo gritando sua desobediê a ncia contra a ordem milita à época impo r sta. Desobediê Homenagem ncia que a ao Cara de Cavalo, de 1967 elevou a para , digma: O marg ta se irman am, como heró inal e o artisis, na recusa das tram as da sociedade idêntica Mario Pedrosa . O critico definiu essa “verdadeiro obra como monu za patética para mento de autêntica belea por fim não foram qual os valores plásticos supremos”.

Armando Matt os a partir Pontual in Entr de Roberto e dois Sécu los, arte brasileira sécu lo XX na Cole ção Gilberto Chateaubriand / B331(Homenag imagem: Bólide 18, em a Cara 1967) de Cavalo,

Foto: Sylvana

Graça

Atenção Amantes de Vinho!

O Bar do Mangue vai organizar entre os dias 23 e 24 de junho, o 1º Curso de Iniciação ao Mundo do Vinho. O curso será ministrado pelo Sommelier Renato Costa, formado pela Escudela Hoffmann de Barcelona e pela Federazione Italiana de Somellier Albergatori Ristoratori.

Atualmente Renato Costa é diretor executivo da ABS-Minas (Associação Brasileira e Sommelier).

O curso terá duração de dez horas e será dividido em duas noites.

Reservas pelo tel. 2623-3731, a partir das 13:00H. Vagas limitadas.

página 10

Dominique Um jornal cego,

surdo e mudo

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­ rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ta Des­champs, Ota­ vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Glo­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas e Márcio Fortes.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Editora de fotografia Sylvana Graça Re­pór­ter San­dro Pei­xo­to Anibal Fernando Cláudio Kuki Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira

Porto da Barra - Manguinhos

A maior praia de Búzios fica ao lado.

Tucuns.

Fun­da­do­res Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue Ge­rên­cia de Ven­das Rio: Tráfego Publici­ dade & Marketing Tel: (21) 2532-1329 Me­ce­nas Umberto Mo­dia­no Im­pres­são Jornal O Lance Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ra­mar Ltda.

CNPJ: 02.886.214/0001-32 Pra­ça San­tos Du­mont, 333 - sobrelo­ja Cep 28 950-000 – Cen­tro - Ar­ma­ção de Bú­zios – RJ Celular/redação: (22) 9817-1192 / 9848-1908 Comercial: (22) 9932-8951 / 9814-0888 E-mail: ope­ru­mo­lha­do@glo­bo.com Si­te: www.ope­ru­mo­lha­do.com.br

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RECEPTIVO 2

Rua Geminiano José Luis, 3 • Centro • Búzios mistertours@mar.com.br 30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

Vive la différence!

Caro Editor, Vou fazer alguns comentários sobre à matéria ‘Los Hermanos,’ assinada pelo jornalista Aníbal Fernando, publicada no Perú Molhado edição de 23 de maio.

O Aníbal errou feio em várias questões pontuais: 1º. O escritor cego (Borges, talento fenomenal, em minha opinião) jamais ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Tampouco ‘resolveu’ se enterrar na Suécia: tem sua tumba no cemitério de Genebra (Suíça).

Não acredito que ninguém tenha lido Borges no Brasil. O país tem uma elite intelectual admirável e seguramente muitos brasileiros cultos tem lido Borges. (lástima que Aníbal não seja um deles; ganharia muito lendo).

2º. Perón, que tinha muitos defeitos, entendia bem de política. Senão não poderia ter voltado ao governo 18 anos após ter sido derrubado por a revolução de 1955.

3º. Temos índios. Os chamamos de “povos originários” e eles têm grande importância na vida do país.

4°. Poucos negros é certo. Não tivemos cultivos tropicais de mão de obra intensivos (açúcar, algodão). Mas, não somos todos brancos; temos uma variada gama de muitas nacionalidades. Nossa constituição declara o país aberto a todos os homens do mundo que desejem morar no nosso solo.

5°. As Malvinas, para nós, não são ‘poucos metros de gelo’. Sangue argentino foi derramado na guerra de 1982 e, a vontade nacional de recuperá-las é fortíssima e perpétua.

Saindo dos erros pontuais Aníbal confessa não saber nada sobre os argentinos e as argentinas. Foi uma boa escolha do Perú Molhado, encarregar a alguém nessa condição para escrever Los Hermanos? Sei que o lema do jornal é ser ‘cego, surdo e mudo’. Mas sempre o considerei, e o considero, um jornal inteligente.

Também não entendo que Fernando confesse saber menos das argentinas que dos argentinos.

Se vive em Búzios algum tempo, deveria seguramente ter percebido muitas das nossas compatriotas que não passaram despercebidas para outros muitos brasileiros que, gostaram de seus virtudes espirituais e de sua beleza.

Será Aníbal Fernando cego, como acabou sendo Borges?

E verdade que as praias brasileiras são mais belas que as da Argentina. Porém, também e certo que os esportes da neve são melhores na Argentina. Vive la difference!

E o carnaval? O melhor do mundo, pelo menos nos carnavais de verão, é o brasi-

Señor Director Marcelo Lartigue

Le escribo estas líneas con respeto y cordialidad. Con el respeto que me merece un hombre que ejerce la actividad periodística. Como funcionario de un gobierno democrático, que respeta las opiniones de múltiples giros, y por herencia y convencimiento, no me referiré al artículo “Los Hermanos”, publicado el día 23

Jorge Hugo Herrera Vegas (convidado na casa do doutor Daniel Palenque e a Maria Rosa)

Los Hermanos

Anibal Fernando

C

leiro. E tantas outras coisas são melhores no Brasil.

O segredo para nossa felicidade e para os argentinos é nos sentirmos brasileiros e para os brasileiros se sentirem argentinos. Superarmos os nacionalismos elementares e criarmos uma síntese duradoura. Um nacionalismo regional de 240 milhões de argensileiros o brasargentinos. E impossível? Não acredito. E muito possível, e, se nós não o veremos, nossos filhos e netos seguramente o verão.

Não falo de futebol que é uma matéria complexa que não domino. O número de mundiais ganhos pelo Brasil em princípio, providência uma vantagem.

Mas cuidem-se. O futuro nunca se sabe...

oube-me a tarefa de escrever ver nela a reencarnação de Eva. Mas, e sobre a Argentina, esse paeles não sabiam, jamais poderia dar certo. ís que fica abaixo do Brasil Não tinha o mesmo rebolado. Madona foi mas que segundo os argentia verdadeira encarnação de Evita e esteve nos está bem acima. Não sei mesmo nada sobre eles, os argentinos e à altura. muito menos sobre as argentinas, se bem Eles também têm um bom futebol. Podese até dizer que o Brasil só aí teme os que gostaria de saber muito mais delas.

O motivo é que no dia 25 de maio eles argentinos. Permitam o leve comercial, mas o Fluminense teve um centro-avante vão comemorar a independência, algo como fez Pedro II, às margens do Ipiranga. portenho, Artime, que jogava o fino. Os Com uma diferença: nós nos livramos dos jogadores argentinos, como os brasileiros, portugueses e eles dos espanhóis. O fato se transformaram no principal item de exé que como muitos buzianos, nós também portação. Com uma diferença. Nós jamais estivemos por lá, quando eles estavam po- vendemos o Pelé e o Garrincha e eles venbres e nós ricos. E eles vieram para o nos- deram o Maradona, que, como o comercial so país quando tinham dinheiro. A dife- da cervejaria Brahma afirma (consultar o banheiro masculino do bar do Silvano, que rença é que nós voltamos e eles ficaram.

Aí começou todo o problema. Hoje, em lá está o pôster), nunca foi melhor que o Biro-B iro, meio de campo do Corintians.

Búzios, há argentinos pobres e até camelôs, mas não consta que existam brasilei- Mas essa é uma questão controversa. E ros camelôs por lá. A Argentina é um país Biro-Biro, como se sabe, passou em todos que não tem praia. São seres que preferem os testes de dopping. o interior, onde pode-se jogar pólo, prati- Deixa ver o que mais a gente sacar alpinismo, até mesmo rugby – espor- be sobre os hermanos. Buenos tes excêntricos e desconhecidos no Brasil. Aires foi a capital do BraVamos aos fatos: todo o mundo sabe que sil. Por isso que a gente o Brasil teve reis, que é uma coisa que constru iu Brasíli a. Indeixa irritado todo o argentino. Generais, ventaram o churrasco, isso é certo, eles tiveram muito mais do os psicanalistas, mas recusa ram a Xuxa que nós.

Eles têm também uma música que só é quando a gente resoldançada por bailarinos profissionais. Ou veu se livrar dela. tocada por gênios, como Piazolla (ilta- O churrasco teve amliano), Gardel (colombiano, francês, es- pla aceitaç ão global . panhol – não se sabe ao certo), e Aníbal Derrubaram os holandeTroilo (que era brasileiro e virou casaca). ses que adoravam as vaUm escritor cego que ganhou prêmio No- cas, viviam de ordenhá-las, bel que, como castigo imposto pelos gene- até que um argentino resolveu rais, foi cuidar de galinhas. Ele tinha uma comê-las por inteiro. De fato, são secretária japonesa e, morto, resolveu se bem mais gostosas no espeto. Muito enterrar na Suécia. Um homem excên- mais que gatos, que era um típico churrastrico que se chamava Jorge Luis Borges. co brasileiro.

Dizem que era muito bom escritor, mas Ta faltando alguma coisa. É isso: lá não há aqui no Brasil ninguém leu. Na verdade, negros o que se converteu num profundo a japonesa que era esperta, escrevia muito mistério. O que foi feito dos negros argenmelhor que ele porque o homem era cego tinos? Essa é uma pergunta que nenhum e ela escrevia o que queria. E ele não lia. hermano consegue responder. O que terá Depois tiveram duas mulher es que ar- acontecido se há negros e negras no sul repiaram a Nação. Primeiro a Eva, Evi- brasileiro e mesmo no Uruguai? Deixo ta para os mais íntimos, e Isabel. Ambas essa pergunta no ar por puro desconhecimulheres do general Perón que fundou mento; mas, nos parece, que no bolo culuma espécie de partido político que tinha tural, falta esse elemento fundamental. militantes de tendências absolutamente Não há também japoneses, chineses, coredireitistas e outros de profunda esquerda. anos... Não têm nem amarelos. São todos Eva era bonita e Perón jamais se separou brancos, mesmo os mais pobres. Não têm dela, mesmo depois de morta e embalsa- nem mesmo índios. mada. Levaram seu corpo para a Espanha Por isso mesmo de vez em quando declaonde se refugiou o general. É uma letra de ram guerra à Inglaterra e se arrebentam tango, e o melhor é que é tudo verdade. todos ao perceber que existe gente mais A moça era dançarina de cabaré e Perón, branca do que eles. Soldados com salário em dia, munições, e agasalhos. Porque as general e virgem, se amarrou na dela.

Perón podia não entender nada de políti- guerras deles são sempre para invadir as ca, como todo o general, mas era chegado Falklands (como querem os ingleses) ou Malvinas (como preferem os argentinos). a uma sacanagem.

Se tivéssemos uma coisa parecida, Getulio Tudo isso por poucos metros de gelo. E inglese s que se prezam – e isso os argentiVargas, que era careta, o ditador, e também pai do povo, tinha se casado com a nos não sabiam – defendem barbaramente aquele pedaço por causa do uísque, que rainha das nossas vedetes que ele comeu, a Virginia Lane, que era muito gostosa vai melhor com gelo.

O que estamos contando é pouco mas é o mas não passou do posto de amante.

Depois teve a Isabel, pitonisa, chegada às que nós, os brasileiros, sabemos sobre nossos vizinhos. Para maiores informações só coisas do além. Os argentinos tentaram indo à praia de João Fernandes.

Palmas para o Cônsul argentino do Rio de Janeiro, por ter decidido comemorar nossa festa pátria em Bú4 zios, pela primeira vez na história.

Bravo para o Perú Molhado por ter mostrado as cores argentinas na capa do jornal. E de ter, talvez involuntariamente, provocado um simpático debate sobre as nossas virtudes e os nossos defeitos.

Receba de minha parte e a de dona Beatrice, um forte abraço.

Pela primeira vez, o Consulado Argentino do Rio de Janeiro comemora a Festa Pátria fora da capital. A festa será no Don Juan e o General Perón já confirmou presença.

Para conmemorar la Fecha Patria el Cónsul General de la República Argentina , Luis Eugenio Bellando, tiene el agrado de invitar a la COMUNIDAD ARGENTINA para un Vino de Honor el día 25 de mayo de 2008 de 12:00 a 14:00 horas Lugar: Restaurante Estância Don Juan Rua das Pedras, 178 – Armação dos Búzios

Esta conmemoración recibe el apoyo de La Fábrica – Pousada Vila do Mar – Pousada El Parador Con un agradecimiento especial a Restaurante Estância Don Juan 23 de maio de 2008 – O Perú Molhado

de mayo: “Una nota humorística siempre apela a las subjetividades”.

Sí, le señalo algunos deslizamientos de esa nota, por ejemplo: Jorge Luis Borges no obtuvo el Premio Nobel y no fue sepultado en Suecia, sino en Suiza.

Cordialmente, Luis Eugenio Bellando Cônsul General de Argentina

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

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O vereador de Búzios O vereador Fernando Gonçalves, do PSDB, rebate críticas sobre sua posição em relação aos projetos do PAC, onde mesmo sendo oposição, votou a favor do empréstimo de 20 milhões por acreditar que a população de Búzios não pode ficar refém das brigas políticas.

Fernando, aliás, salvou o projeto: é que o executivo tinha errado na concepção da proposta. O artigo 4º dizia que: após a publicação dessa lei (lei do PAC) fica na Caixa Econômica, obrigada de imediato repassar todo o valor para a Prefeitura. Essa proposta jamais passaria na Caixa, pois as verbas do PAC não saem assim, elas são liberadas de acordo com o andamento das obras. Engenheiros do banco acompanham tudo e, só liberam grana depois de fazer a medição.

-Se o projeto é bom. Voto a favor. Meu compromisso é com a cidade, com quem me elegeu.

Não sou vereador de A ou B, sou vereador do povo de Bú-

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zios, - Decretou Fernando.

Para Fernando Gonçalves, vereador da situação que vota direto sem ao menos analisar o projeto e, vereador de oposição que vota contra, só por ser contra, comete o mesmo erro.

A Lei Nº. 11578 que reza sobre os empréstimos para o PAC foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que é presidida pelo vereador Messias Carvalho. Pois bem, o mesmo Messias Carvalho deu parecer favorável na CCJ e depois, votou contra no plenário somente para dizer que é oposição.

Fernando por sua vez – até mesmo por causa de sua experiência, pois foi por duas vezes presidente da casa - se preocupou em analisar ponto a ponto de todo o projeto. Não fosse essa preocupação, alguns erros não seriam detectados.

Ele percebeu que o projeto de drenagem poderia resolver os problemas de algumas ruas e afetar outras.

Fernando na redação do PH, ops, Perú Molhado

-Conversei com o secretário Salviano Leite e ele foi muito atencioso. Prometeu rever o projeto e mudar o que estiver errado. Esse é o papel do vereador. Preocupei-me com o projeto e, quem saiu ganhando foi a sociedade. Salviano ainda prometeu fazer o calçamento e a drenagem da Rua Dario Gonçalves. Sem alagamentos, teremos menos doenças e os imóveis serão valorizados. Teremos ganhos econômicos e sociais.

Não posso ser contra uma coisa dessas, - afirmou Fernando.

O vereador tem razão em defender as obras do PAC. Dificilmente nossa cidade vai dispor

"Tanto eu como o prefeito Toninho somos tricolores fanáticos".

Alguém duvida?

de 20 milhões para investir em obras de infra-estrutura.

Além do que, esse empréstimo será pago em 20 anos. A dívida será abatida aos poucos com recursos do Fundo de Participação dos Municípios.

Fernando diz ter certeza que o atual governo não vai ter tempo de concluir e menos ainda inaugurar as obras.

“Tudo ficará para o segundo mandato,” brincou.

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

"Eu também quero ser prefeita de Búzios"

H

á 16 anos, os moradores do bairro do Flamengo escolheram uma jovem nordestina, para brigar por eles na câmara de vereadores do Rio de Janeiro. Deu tão certo que Leila do Flamengo- como passou a ser conhecida- está hoje em seu quarto mandado.

Começou no PV, depois migrou para o PFL (hoje Democratas), mas diz que apesar das discrepâncias ideológicas entre as duas agremiações, suas idéias continuam as mesmas.

A impressão que se tem é que mais que ser Democrata, Leila é mesmo aliada do prefeito César Maia. Para onde ele for, ela vai atrás.

- César é um excelente prefeito, um político excepcional. Tenho por ele uma admiração profunda. Ele dá valor a quem trabalha, - declarou a vereadora.

Assim que assumiu seu primeiro mandato, a primeira coisa que conseguiu ainda no governo do prefeito Marcelo Alencar foi a extinção das línguas negras na Praia do Flamengo.

Essa vitória a acompanha até hoje. Muito dos votos que teve nas eleições seguintes, deu-se por isso. A Praia do Flamengo hoje é outra. A briga da vereadora agora se estende para as outras praias que ficam na Baia da Guanabara.

Leila não pretende, apesar do alto nível de aprovação, se candidatar à deputada estadual.

- Minha história é com a cidade do Rio. Gosto de cuidar da cidade. Não me veja fazendo outra coisa. Roberto Burle Max costumava dizer que eu sou a índia do Rio Carioca que retorno. Se pudesse, seria prefeita de Búzios. Adoro Búzios. – Apesar de ser uma vereadora que vive perto dos eleitores, se nega a fazer assistencialismo. Quando foi eleita pela primeira vez, era Presidente da Associação de Moradores do bairro. Na época era ligada ao Roberto Burle Max e fazia um trabalho muito grande no parque do Flamengo. Sua dedicação foi reconhecida e, os moradores lhe deram 9.650 votos. Na última eleição esse número pulou para 25 mil.

-Consegui na época, algo que jamais conseguirei novamente. Livrei a praia do Flamengo das línguas negras. Natural da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, essa nordestina venceu desde cedo. Veio para o sudeste (São Paulo) em busca de oportunidade e logo estava trabalhando na Varig.

Depois veio para o Rio trabalhar na Companhia Atlântica de Seguros. Tinha apenas 20 anos. Foi contratada para trabalhar ao lado de Carlos Alberto Ferreira Braga, o grande Braguinha, ou, João de Barro como também era conhecido.

Braguinha estava voltando dos Estados Unidos. Veio trabalhar no governo Carlos Lacerda e precisava de uma secretária.

Uma pessoa disse: tem uma moça nordestina, educada que apesar da pouca idade, já tem bastante experiente.

- Eu tinha um sotaque brabo. Braguinha dizia: essa moça é tão boazinha, mas, a voz é horrorosa. Então Carlos Lacerda

disse: eu fico com a menina! Braguinha deu um pulo e não deixou a Lacerda me levar. Leila começou na política com o mesmo estilo em que trabalhava na iniciativa privada. Deve ser por isso que nunca encontrou empecilhos para realizar seus projetos.

Na primeira eleição, Leila teve maioria dos votos dos bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras. Hoje ela também é bem votada em Botafogo, Urca, Humaitá, Ipanema e Copacabana.

Uma das maiores realizações da Leila foi conseguir convencer o comércio local a financiar os fogos de artifícios do reveillon do bairro. Lá, o município não põe um centavo.

- Apesar de o bairro ter um comércio rico e diversificado, é muito difícil conseguir dinheiro. Às vezes tenho que dar 20 viagens na mesma empresa para conseguir alguma coisa. Na última queima, arrecadamos 224 mil reais. Foram 25 minutos de queima. –

"Sou carioca da Paraíba e também buziana"

A luta é contínua A maior luta de Leila é contra a favelização. O Rio de Janeiro, segundo recentes estatísticas, já mais de 700 favelas. A vereadora tem um projeto para a criação de bairros populares com prédios de 4 pavimentos com apartamentos com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, com ruas, áreas de lazer, postos de saúde , transporte e educação por perto.

-Sou contra a favelização. O Rio tem solução, o que falta é vontade política. Se fosse prefeita por um ano, mudaria essa situação. A cidade tem grandes e pequenas favelas. Eu retiraria todas as pequenas favelas das áreas de proteção ambiental.

Meu filho é subprefeito da Zona Sul 2. Retiramos uma favela inteira em Laranjeiras, na Vila Alice. Demolimos 100 casas e pagamos apenas 20 mil de indenização para cada morador. Mas, não foi fácil retirar essa favela em Laranjeiras. Políticos populistas fizeram misérias contra ela. Na tentativa de sabotar a iniciativa, levaram todos os moradores da favela para o plenário da câmara.

Mas ela venceu. Hoje o local virou área de proteção ambiental. Está sendo recuperado e árvores estão sendo plantadas.

Mais uma vez candidata a vereadora, Leila não tem dúvidas sobre quem é o melhor candidato para substituir seu amigo César Maia. Diz com todas as letras que o melhor para a cidade do Rio será a eleição da deputada Solange Amaral do DEM. - O Fernando Gabeira (PV) é uma pessoa direita, mas, não tem nenhuma experiência administrativa. O Alessandro Molon (PT) também carece de experiência. É um jovem idealista com idéias radicais.

Ele defendeu bandidos. Não conheço o Bispo Crivela e não sou a favor do estilo da Igreja Universal. A melhor de todas é a Solange Amaral. É uma mulher competente e combativa. Mas é muito cedo par dizer quem será o vencedor. -

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

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- Exclusivo -

Craque do Rinconcito ajudou América

Massacre do Fla passou por Búzios

Por Cláudio Kuck

Quem diria, o Maracanazo que arrasou o Flamengo nos incríveis 3 x 0 ‘a la Cabañas’ diante dos mexicanos do América, passou antes por Búzios. Pois é, o ex-zagueiro central e depois lateral-direito do clube asteca, Gerardo Dominguez (1,80m e 45 anos) que sabe tudo sobre futebol, trocou por uns dias sua pousada El Rinconcito na Avenida Geribá pelo Sheraton Hotel no Rio, onde se juntou à delegação de sua antiga equipe. Fez uma radiografia completa do Mengão, seus pontos altos e baixos, detendo-se principalmente no clima de festa que viviam após derrubar o Botafogo, a badalada despedida de Joel Santana e a certeza flamenguista de que após os 4 x 2 da vitória fora de casa, a vaga nas semifinais da Libertadores estava garantida. O menosprezo rubro-negro lembrando a toda hora ainda que o América era o lanterna do campeonato deles mexeu com os brios do pessoal do país dos mariachis. Seu técnico interino Juan Antonio Luna (Cabeção) e o auxiliar Alex ouviram atentamente o relato de Dominguez, ex-companheiro dos dois na seleção mexicana juvenil, motivando o time para dar tudo em campo e vender bem caro a classificação. O próprio mexicano-buziano experiente e respeitado até hoje no clube da poderosa Televisa (dona também do Necaxa) conversou com os atletas, desde o matador paraguaio Cabañas (xodó do Mengo), capitão Villa, jovem goleiro Uchoa, até os campeões mundiais sub-17 Esqueda e Torito Silva.

Acostumados às touradas muito populares por lá os 11 jogadores pisaram na grama do Maraca como se fossem 11 miuras, prontos para deixar de joelhos os arrogantes toureiros da Gávea. Não deu outra: 3 x 0! Adiós muchachos do Fla... Gerardo foi personagem do documentário de Marcelo ‘Búzios Babel’ e tem a única pousada mexicana da terra, muito bem transada, aconchegante e decorada por suas conquistas e lembranças pelos gramados do mundo e, principalmente, das terras revolucionárias de Pascual Orozco, Pancho Villa e Emiliano Zapata.

México e EUA querem buzianos “Confesso que apesar de nascido na cidade do México, ter jogado no América dos 12 anos, após ser infantil no Espartaco, até deixar cedo o futebol aos 25 devido a sérias lesões, me doeu demais a eliminação do Flamengo. Pô, virei torcedor rubro-negro logo que me mudei pro Rio em 1993 pra trabalhar na Souza Cruz, on-

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Gerardo "Ganso" é famoso lá no México. A sua pousada El Rinconcito é um pedaço de sua terra natal

www.aquabarra.com Búzios: 22 2623-6186 Buenos Aires: 5411 4793-0717 15 4449-3123 30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

de fui contratado por falar português além do meu espanhol nativo. Minha mulher e a filhinha mais nova Gisela são cariocas.

Mas ao mesmo tempo tinha que ajudar meus amigos técnicos, com quem conquistei alguns títulos importantes, como o Torneio João Havelange em 1981, espécie de Campeonato Mundial Juvenil, quando derrotamos o Brasil por 4 x 1 na semifinal, ou o título da Concacaf na categoria disputado nos Estados Unidos, onde recebi elogios do grande Cruyff”. E Gerardo tem documentadas todas afirmações que faz, nos troféus, medalhas, as garrafas de tequila especiais que ganhou dos amigos, fotos, bolas, camisas de clubes e seleções, recortes de jornais e revistas. O outro filho já com 16 anos é Luiz Carlos nascido no México, “quando as duas seleções se enfrentam a família se divide, a metade feminina torce pelo Brasil e a parte masculina pelos mexicanos, mas tudo num clima saudável, esportivo e sem brigas”. Ele se casou no Rio e passou a lua de mel em Cabo Frio. Atualmente está sendo sondado para indicar jovens e promissores craques brasileiros e também daqui de Búzios (atenção garotada boa de bola), para clubes mexicanos e americanos.

Cabañas pra vascaínos e botafoguenses O ex-craque mexicano que se instalou definitivamente em Búzios de tantos portenhos em 1997, lembra quando enfrentou o Boca Juniors no Estádio Azteca do América, nas partidas de despedida de Dom Diego que trocava a Argentina pela Europa: “Tinha 18 anos e nosso lateral se machucou, o técnico me perguntou se topava ser deslocado da zaga central e aceitei na hora. Até não me saí mal, tanto assim que passei depois a atuar pela direita. Na época o Maradona estava no auge e foi grande a emoção de jogar contra ele, perdemos de 2 x 1 mas valeu a pena, pelo menos não fomos goleados...” Assistiu sgora o duelo Fla x América como convidado especial do clube, com acesso aos vestiários onde comemorou bastante a incrível façanha: “Nem os jogadores pareciam acreditar na fantástica e histórica virada da derrota de 4 x 2 em casa, pros 3 x 0 da vaga no Maracanã. E depois no Sheraton a festa foi até de manhã, com a participação de hospedestorcedores do Vasco, Fogão e tricolores”.

Aqui em Búzios Gerardo recebeu muitos cumprimentos, menos do pessoal que trabalha na sua pousada de 23 apartamentos, a maioria flamenguista e ainda inconfor-

mada, principalmente depois dos 2 x 2 do Flu lá em Buenos Aires. Ele não gostou do empate em 1 x 1 do seu time no México com a LDU, mas acha que a situação como aconteceu no Rio, pode virar a favor em Quito mesmo nesta terçafeira, pra depois ir pra cima do Fluminense. Boca? Parece morto assim como o Bota do nosso desolado Marcelo ‘Azarão’ Lartigue... Aliás,os pobres sofredores vascaínos e botafoguenses buzianos eliminados da Copa do Brasil pelo Timão da 2ª Divisão e o Sport, ainda vibram com a saída incrível do Fla da Libertadores-2008 e já encomendaram pra presentear os rubro-negros locais, em especial o Carlos Shrek do Primitivo, 30 camisas de Cabañas do América, que Dominguez vai trazer do México em sua próxima ida ao Estádio Azteca.

Quem sabe na final contra o tricolor carioca?

Q

O Boca sifu

uando nasceu 50 anos atrás, Luca era apenas mais um garoto da Praia dos Ossos. Com apenas 1 ano de idade, sua família veio morar no Mangue (hoje Centro) na Rua Turíbio de Farias, onde residem até hoje.

Desde pequeno, Luca gostava de jogar bola. Sua primeira equipe foi o Escama, onde ganhou diversos títulos. Luca, ou melhor, José Luiz de Sá Tardeli, é filho de saudosa Zalico e de Arnaldo Tardeli da Costa e começou jogando peladas como quarto-zagueiro.

Depois virou lateral.

-Eu batia muito. Era um zagueiro duro de passar. Comigo os atacantes não tinham moleza. Mas nunca pensei em seguir carreira profissional.

E o Botafogo também Anibal Fernando

"Eu ganhei do Marola: tenho muito mais camisas"

Camisas Futebol Clube Por Sandro Peixoto

Recebi convites de diversos times do Brasil e até do exterior. Um dia quase fechei um contrato milionário com o Guarani de Campinas, mas, quando lembrei que teria e sair de Búzios, desisti, - lembra.

Além do Escama Futebol Clube, Luca ainda jogou no Foguinho, no Clube 500 e depois na SEB. Pendurou as chuteiras aos 32 anos, depois de machucar o joelho.

Aliás, ele foi um dos que ajudaram a plantar a grama no campo da SEB. - Plantei muita grama naquele campo. Praticamente todo o lado esquerdo fui eu quem plantou Luca sempre foi botafoguense roxo.

Para desgosto de seu pai, que era flamenguista. Virou alvinegro ainda criança por causa do padrinho, Do-

Ganso posando para os fotógrafos

nho, outro que era apaixonado pelo time da estrela solitária.

Hoje, Luca vive tranqüilo entre sua casa e o Bar Nascimento. Está sempre cercado de amigos assistindo partidas de futebol no famoso Bar. O amor pelo esporte bretão trouxe muitas alegrias. Surpreendentemente, ele é hoje, o maior colecionador de camisas de clube de futebol do Brasil. Tem mais de mil, das mais diversas equipes do mundo.

A primeira camisa que ganhou foi do jogador Renato Sá, do Botafogo.

Nunca mais parou. Hoje tem camisas do San Lorenzo, Inter de Milão, Niigata FC de Cingapura, River Plate, Barcelona, Real Madrid, Noroeste de Bauru, Porto, Paysandú, Arsenal da Inglaterra, 500, Fioretina, Cabofriense, Paris Saint Ger-

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main, Grêmio, Americano de Campos, Cadiz da Espanha, Fortaleza, Bragantino, West Ham, Ceará, Stuttgart, Monterrey do México, Santos, Botafogo, Roma, Sport Recife, Bahia, Chelsea, Íbis, Atlético Mineiro, Bayer de Munique, CSKA de Moscou, Lyon, Independente, SEB e até do Flamengo, que é a única que não usa. A que acha mais bonita é a do Barcelona.

E a coleção não para: seu enteado que nesse momento está no México, já comprou mais 3 camisas. Outras duas estão chegando de São Paulo: Uma do Corinthians e outra do Palmeiras.

- Tenho camisas de todos os times, mas, só torço por Botafogo e Santos. Quando os dois se enfrentam sofro demais, - finalizou Luca.

Fico imaginando o Renato Gaúcho o técnico, no vestiário, dando instruções aos jogadores do Fluminense: “Olha, vocês conhecem o Madureira? É igual.

Até nas cores. A única diferença é que eles têm uma imensa torcida, mas o jogo é num estádio neutro. O Estádio se chama Perón, o general, que todo mundo sabe que torcia pelo River Plate, que vem a ser o Fluminense local, que adora jogar contra o Flamengo, que seria o Boca”.

Mas um dos jogadores – e não vou revelar o nome, temeroso, respondeu: “Caramba, é muita responsabilidade”.

E o Flu entrou em campo, naquele gélido estádio, de grama queimada ( como no Paraná, das geadas, que a gente só vê na TV), tremendo de frio.

Eles tinham um craque: O chamado Riquelme que rejeitou todo o dinheiro do mundo para jogar no Boca.

Ele mandou no jogo. Armou a barreira, disse ao juiz quando estava preparado para disparar o petardo que por infelicidade resvalou na cabeça de um tricolor.

Veio a vingança: a bola bateu na trave do santo Fernando.

Logo depois aquele menino, que era o reserva do titular, aquele goleiro, tentou defender a bola mandada pelo querido Tobias. E o chará dele já tinha feito o primeiro gol.

Resultado moral da partida: Tiago, dois; Riquelme, dois. Empate, portanto. É só isso que eu queria comentar. O papão da Copa Libertadores, o fantástico Boca, não conhecia o Tricolor das Laranjeiras. Muito menos seus santos protetores que estavam na linha do gol ajudando o santo Fernando: Chamam-se eles Sobrenatural de Almeida, que é o craque do imponderável; e aquele outro, que prefiro não revelar o nome, que uma vez garantiu que “sem sorte não se atravessa uma rua. Que toda a concentração é importante ao se chupar um humilde picolé”. É isso. O Botafogo não merecia. Nem o Vasco.

Mas acontece. Hoje só estou falando sobre o tricolor.

Me desculpem.

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Festival recebe grande número de filmes inscritos

O

“Curta Cabo Frio 2008” - II Festival de Curta-metragem de Cabo Frio que acontecerá no mês de Junho de 2008 entre os dias 09 e 15 na cidade de Cabo Frio - Região dos Lagos - Rio de Janeiro, recebeu um número grande de inscrições.

No total aproximadamente 570 filmes, divididos em quatro categorias (Curtas Digitais, Película, Câmera de celular / Fotográfica e Filmes publicitários) foram recebidos pelo Festival. Os curtas são de diversos estados do País. Com destaque para os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Dos inscritos, serão selecionados 90 filmes que participarão da mostra competitiva, que acontecerá no Teatro Municipal de Cabo Frio.

a d n e m o c e r O Perú

Graças a Deus Um curta de Marcelo Lartigue 43 segundos filmados com câmera fotográfica digital

O FESTIVAL - Os objetivos do II Curta Cabo Frio são: selecionar, exibir e disseminar a CRIATIVIDADE através da experimentação e ousadia na produção audiovisual brasileira, mas acima de tudo descobrir novos talentos, difundir o audiovisual valorizando a importância do curtametragem para cinematografia nacional.

Tratar todos os trabalhos inscritos nas mostras competitivas de forma idêntica, não importando as estruturas narrativas ou condições de produção. Promover mostras, workshops, debates e palestras relacionadas ao audiovisual. Instigar o debate sobre o cinema através de projeções em universidades, escolas, espaços culturais, praças e comunidades.

MOSTRAS ITINERANTES - Exibir uma grande quantidade de curtas, médias e longas em 4 mostras competitivas e 09 mostras não competitivas, é uma grande preocupação da organização do evento.

Serão realizadas ainda, mostras itinerantes em praças públicas e escolas da rede municipal.

A língua é o músculo mais poderoso do corpo humano

ocorrerão na Universidade Veiga de Almeida – Campus Cabo Frio.

HOMENAGEM - O homenageado deste ano será o grande cineasta, Nelson Pereira do Santos. Com exibição dos filmes 'Rio Zona Norte' e 'Brasilia 18%'.

FESTA DE ABERTURA - Para a festa de abertura está programada a exibição de um média metragem, shows com artistas locais e como na edição anterior a presença de diversos artistas globais, dentre eles o ator André Gonçalves que já confirmou sua presença. Na oportunidade, será exibido o documentário 'L.A.P.A' , de Cavi Borges.

OFICINAS E DEBATES - Durante o festival, serão realizadas duas oficinas: realização e roteiro. As mesas de debates

PRÉ ESTRÉIA - Nesta edição do “Curta Cabo Frio” um longa metragem fará sua pré-estréia no

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cinema no cine recreio. O filme ainda está sendo mantido em sigilo pela organização, mas será um grande filme nacional. Para Miguel Forniciari, diretor e idealizador do evento, o grande número de inscrições de curtas da região dos Lagos, principalmente da cidade de Cabo Frio para Curta Cabo Frio 2008, demonstra que o cinema nacional está em ascensão. Através disso o festival consegue atingir o seu principal objetivo que é estimular a produção audiovisual regional.

Visite o site: www.festivalcurtacabofrio.com.br

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS

Mais. Vem aí o imposto verde. Os municípios mais pobres do Estado, e, conseqüentemente os que mais desmataram, que esgotaram seus recursos naturais, estão sendo punidos pelo novo cálculo do ICMs. É que o chamado “imposto verde” passa agora a influir nos repasses.

Assim é que a cidade do Rio de Janeiro aumenta sua arrecadação em detrimento dos mais pobres. Não importa, nesse cálculo, que a capital do Estado tenha financiado, ou mesmo explorado o território dos outros. Os explorados é que serão punidos.

Professor. O jornalista Alberto Dines comemorou os 10 anos do “Observatório da Imprensa”, na TV-Brasil, ex-Tv Educativa.

Frio. Deu no jornal, mas a gente não acredita. Na última segundafeira os termômetros registraram 14 gráus. E nesse mesmo dia, lá pelo meio-dia, fez 30. É aquele negócio de sair de bermuda no primeiro turno e voltar pra casa, vestir calça e casaco para o segundo.

Ela. A Dilma Rousseff, a super ministra, em entrevista ao Jô Soares se fez de rogada: desmentiu que fosse especialista em armas, que nada teve com o episódio do roubo do cofre do Ademar de Barros (político paulista) – ações do movimento armado. “Fui do ramo político” – disse. Explicou ainda que na época “tinha mais de 10 gráus de miopia”, que a impossibilitava de montar e desmontar fuzis.

Sobre o caso do dossiê das contas do ex-presidente Fernando Henrique, nada lhe foi perguntado. E se o Jô tivesse perguntado, certamente ela diria que não pode dizer coisa alguma porque não enxerga.

Peru. Mais uma historinha sobre a Brigitte Bardot: programada uma festa de natal para ela, aqui, quando esteve em Búzios: fez um escândalo porque viu o peru da ceia amarrado e que seria assado. Tiveram que soltar o bicho e ele anda solto até hoje.

Abóboras. Os jornalistas de Brasília já escalaram o nosso Carlos Minc no livro Record de abobrinhas. Só perde mesmo para o presidente Lula.

Peixes. “É época do defeso” – explicou um amigo que vende peixe.

“Sereias estão em falta, mas piranhas têm de montão”.

Trânsito. Uma moça, Fabíola, dirigiu na contramão, numa avenida Paulista, mais de 5 km. E mordeu o guarda quando perseguida e multada. Mas o “Perú” apurou que andar em pistas sem movimento, em SP, já está quase virando rotina. O cidadão que enfrenta todo o dia aqueles mega-engarrafamentos entra sempre em pista vazia. Não importa a direção.

TV. Quem recorreu aos bares com TV para ver o Fluminense x Boca se deu mal. No centro, as TVs sintonizaram o Vasco, que perdeu nos pênaltis para o valente Sport Recife. E nem teve Botafogo. O prefeito precisa comprar um telão para botar na praça. Pra gente ver o Fluminense. Como se sabe, argentino não vota. E, tricolores, somos alguns. Poucos, mas suficientes, mas votamos.

Tiros. A arquiteta Márcia Muller,

Foto: Sylvana Graça

Bruno Astuto, o nosso eterno prefeito de Saint-Tropez Jean Michel Couve e a luminosa Glória Maria

Camila, Lucinha, a aniversariante, e Mia Cláudio, a galera da Megalagos e o arquiteto Humberto

irmã do cirurgião plástico Paulo Muller, amigo do Peru, voando de helicóptero nos céus do Rio escapou de boa: passando por uma favela, o aparelho foi alvejado por tiros de traficantes. Márcia, que assinou alguns projetos em Búzios e Angra dos Reis, foi salva pela perícia do piloto, que conseguiu pousar. A cidade do Rio de Janeiro já tem guerra aérea.

Neurônios. O indigenista e, ex-pré-candidato a prefeito de Búzios Sérgio Murad, caiu da bicicleta em cima de um cacto e, ficou com a cabeça cheia de espinhos. Ligou desesperado para seu amigo Adilson da Rasa que arranjou um carro emprestado e levou Murad até o hospital. Lá chegando o médico de plantão se negou a retirar os espinhos. “Não precisa tirar nada, ele usa pouco a cabeça,” declarou o doutor.

Mais do mesmo. Toda eleição é a mesma coisa. Lá vem Arakem com a cantilena dos terrenos de Tucuns. A cada 4 anos os moradores da área passam a sonhar com a regularização dos seus lotes. Pena que os sonhos sempre acabam com a abertura das urnas.

Hein?!?! Cuma?!?!. O CNPJ da prefeitura de Búzios é 01616-171-0001/02, desde o primeiro governo. Como diria o grande macaco Simão, isso sim é que é piada pronta.

Nota. O Jornal Primeira Hora comemorou nessa sexta, 30, a marca de mil exemplares. Sem comentários...

Faz falta. O Perú lamenta a saída do competente Sargento Meireles. Com certeza, vai fazer muita falta.

Para você que vive reclamando de não ter nada para fazer

Quem disse que em Búzios não tem nada para fazer na baixa temporada está completamente enganado. O Privilège durante o mês de junho traz para você muitas atrações que com certeza você não vai querer passar o sábado em casa. Amanhã, dia 31, depois do sucesso da Ploc, o Privilège investe em uma nova festa anos 80, totalmente reformulada.

Com novidades e uma cara bem diferente, a Geração 80 é focada no melhor do rock nacional e do pop internacional. No palco show com Zona Blue e na pista os melhores hits comandado pelo DJ Vovô. O Privilège traz para Búzios o melhor sempre! Você agora não tem mais desculpa de ficar em casa em pleno sábado à noite, o Privilège aguarda você e sua turma ao som do melhosr dos anos 80. Cada sábado uma programação diferenciada está a sua espera.

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

Tudo igual na ACEB Assume hoje, dia 30 de maio de 2008, a nova diretoria da ACEB (Associação Comercial e Empresarial de Búzios).

Na verdade pouca coisa muda, vez que só uma chapa se apresentou para a disputa. Foi feito um troca-troca entre os nomes da chapa atual e tudo se resolveu sem maiores problemas.

O atual presidente José Wilson, vira diretor secretário, o diretor Gerson Oliveira Cabral assume a presidência, Jaqui, de tesoureiro vira vice-presidente, Gil Castelo Branco será o responsável pela diretoria de turismo, Cadú Bueno assume a pasta de assuntos náuticos, Zé Marcio deixa de ser diretor para ser tesoureiro, Carlinhos Smith larga a diretoria de marketing e assume a diretoria executiva ao lado de Zumira Barbosa, que sua vez vai cuidar da parte da capacitação a treinamento da entidade.

Agora com entrada de Zumira a coisa vai mudar. Duvidamos se vai ter sócio inadimplente.

Lamentavelmente nas ultimas eleições, a política entrou na jogada e assim, como fez com a cidade, dividiu a entidade em duas. Grupos ligados a Mirinho e a Toninho começaram a se digladiar pelo comando da Associação. Entrou até a policia na jogada.

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ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA * ARGENTINA

! s o v i n u , s o i z ú B e d s o n i t n e g r A O 25 de maio, o dia de la pátria Argentina, foi comemorado na Churrascaria Don Juan, com a presença de centenas de patriotas argentinos. Todos os patriotas, que trocaram de país, atenderam ao chamado do Consulado

Argentino no Rio de Janeiro, que na presença do cônsul Luis Eugenio Bellando, degustaram os quitutes da pátria amada: empanadas, sanduíche de miga e muito vinho tinto. Compareceram desde o prefeito de Búzios, Toninho

Branco, até embaixadores de peso, como Jorge Hugo Herreira Veiga. Contamos também com a participação da imprensa local, onde se destacou o novo fotógrafo Mário Fernandez, do jornal O Buziano e Thomaz Sastre, do PH.

Fotos: Bárbara Brandan e Marcelo Lartigue

Passagem para a Índia E

stou voltando de uma viagem que nunca tinha imaginado fazer. Não era a viagem de meus sonhos, no entanto, me empolguei com um livro de Kiran Desai, uma jovem escritora indiana e pensei: é lá que eu vou.

Fui sozinha. Achei que correria alguns riscos por ser uma mulher viajando desacompanhada na Índia. Na verdade o único risco que se sofre é não conseguir jamais ficar só. Num país pobre com um bilhão de habitantes e muita homogeneidade fisionômica, o estrangeiro acaba sendo a atração. Eles têm muita curiosidade e sempre tem pessoas por perto perguntando de onde você vem oferecendo “a riquixá ride”, olhando suas coisas, falando com você.

Ao chegar a Delhi já tinha um guia me esperando e em quase todas as cidades, nas quais eu fui sempre tive um guia e um motorista, tudo tratado, via Internet, com uma pequena operadora independente indiana. O turista escolhe o roteiro e eles organizam tudo. Se você quiser ir sozinho a algum lugar sem guias ou motoristas eles ajudam: compram passagem de trem ou avião, facilitando tudo.

Gostei.

Talvez em uma terceira ou quarta viagem seja possível eu fazer tudo “by my self”. Mas chegar lá sem conhecer nada, me pareceu impossível. Os indianos falam inglês com um sotaque difícil de entender. Tem sempre que repetir.

Chegar a New Delhi sem antes planejar pode ser uma temeridade, é uma cidade muito grande, cheia de gente e com muita oferta de tudo. É preciso saber escolher e tomar decisões, por isto o turista se torna dependente das agencias. Totalmente diferente da Europa, onde cada vez mais as informações estão disponibilizadas para todos. Se você quiser, não precisa falar com ninguém. Nas ruas você pode usar com muito conforto o transporte público das cidades. Olhando o mostrador nos pontos de ônibus e metro sabese até em quantos minutos chegará o próximo carro. Folhetos, placas, mapas, de todos os tipos deixam os turistas se sentindo em casa nas cidades européias.

Na Índia o que chama a atenção é a quantidade de mão de obra disponível. Um pequeno hotel pode ter mais de cem funcionários. Tem sempre um monte de empregados nos corredores do hotel, na recepção, no bar, no portão abrindo porta e cumprimentando toda vez que você passa, ainda que você passe dez vezes no mesmo dia e não tenha outro hóspede no hotel. Todos disputam carregar suas malas, abrir a porta ou fazer um pequeno favor. A “tip” (gorjeta) é uma instituição nacional.

Na Europa eles nem olham para as suas malas, nem mesmo o motorista de táxi. A independência dos turistas europeus me produziu uma lesão no ombro de tanto carregar mala. Os indianos dizem que foram os ingleses que os acostumaram com as “tips”. No trem é hábito local ter os “porters” vestidos de uniforme vermelho, homens que levam as malas dos viajantes até o interior do vagão, eles orientam os viajantes na direção da plataforma correta de seu trem. Simplifica tudo. Eu me senti como se estivesse em um filme do período colonial com aqueles homens carregando minhas malas na cabeça.

No entanto, eles esperam e desejam que você utilize este serviço, os próprios indianos utilizam.

Cada cidade que visitei me ofereceu uma visão particular da vida, da historia, do passado e do presente da Índia.

Em Jaipur capital do Rajahstão, onde apreciei as maravilhas construídas pelos marajás, subi de elefante ao Fort

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Por Helena Oestreich

"Se tivesse estes elefantes em Búzios, tudo seria diferente"

O Samsara é o consulado da Índia em Búzios. Para chegar lá, você tem que solicitar o visto com Paulino. Maiores informações: 2623-1080 Mapas, livros, incensos, budas pequenos e grandes, cobertores e até pequenos ventiladores manuais para suportar os 50ºC do Taj Mahal.

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Tudo com 40% de desconto 30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

Amber e percorri de riquixá a Pink City. Em Varanesi, a cidade sagrada dos hindus, ao amanhecer navegando em um bote a remo, convivi com os grupos de yogues, vi as cerimônias de cremação e os hindus banhando-se no Ganges, fieis à crença de que banhar-se no rio ao amanhecer os purifica e os ajuda a enfrentar as dificuldades diárias.

Tanta fé é contagiante e nos faz refletir que um país como a Índia, com 1.087.100.000 habitantes em um território de 3.291.000 km2, isto é com uma densidade de 330 hab/ km2 não transmite a mesma sensação de insegurança social e criminalidade que temos aqui. Só para comparar, o Brasil tem uma densidade de 0,02 hab/km2. Temos seis vezes menos habitantes vivendo em um território de 2,6 vezes maior. Dá o que pensar. O nosso país, geograficamente, tem inúmeras vantagens, água, subsolo rico e estável, clima, paisagens, florestas e do ponto de vista cultural e político não temos guerras étnicas e religiosas e nem disputas por fronteiras. Porque temos tanta dificuldade em ingressar no time dos países desenvolvidos? Aqui tem a ganância e a falta de sentido público dos horríveis governantes e um povo eternamente enganado. Sem esperanças, muitos se voltam para a criminalidade. Não acho que a so-

lução para a paz social deva ser religiosa, constato apenas que ela está embutida nas raízes culturais daquele povo que tem uma mobilidade através da morte, com a idéia da reencarnação. Isto lhes traz esperanças. Para eles há possibilidade de evolução após a morte.

A religião hindu é alegre, colorida, com danças, cânticos, o “tikka” aquele sinal vermelho na testa, marcando a terceira visão, a da sabedoria. Ficava toda manchada cada vez que eu ia às ruas, sempre alguém marcava minha testa com o pozinho vermelho. Nas estradas têm barracas de enfeites coloridos para vender, para as bodas, procissões e festivais. Mesmo fora de época vi muitas manifestações religiosas espontâneas nas ruas.

Mas para mim, como arquiteta, o coroamento da viagem foi poder ver o Taj Mahal de perto, um edifício incomparável em beleza e harmonia. Os mármores brancos, as formas, os relevos e incrustações de pedras semi-preciosas do Taj como chamam carinhosamente os hindus deixam qualquer mortal emocionado. A tumba de Mumtaz Mahal, a companheira amada do Imperador Shah Jahan é um monumento a vida e ao amor que eles tiveram um pelo outro. É um privilégio visitar o Taj Mahal. O templo Bahai em

New Delhi também fala sobre o amor e a tolerância religiosa, abrindo suas portas a todos os credos. É também uma obra monumental, outro patrimônio da humanidade, este construído na Índia moderna, um maravilhoso templo com a forma de uma Flor de Liz. Conheci maravilhosos e antiqüíssimos templos e stupas no Nepal, mostrando a força da religiosidade daquele povo do Himalaia. Vi, próximo as montanhas, os rios secos que deixam a população alarmada a cada moção menos chuvosa e com novos recordes de calor à medida que os anos passam, criando novas vitimas do aquecimento global.

Sai da Índia aliviada de poder fugir dos 45 graus de calor que já derretiam meus óculos escuros. No mês de maio e junho a temperatura pode atingir 50 graus Celsius. Apesar do calor, conhecer a Índia foi uma experiência inesquecível. Já sinto saudades daquele país cada vez que conto minhas histórias e lembro como me senti do outro lado do planeta, numa terra absolutamente diferente onde os homens convivem amigavelmente com os animais e dão sentidos a todas as coisas. Eu quero voltar lá, porém nunca mais no verão.

"Eu me sentia como se estivesse em Paris"

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

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prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, e o deputado federal, líder da bancada carioca do PT, Jorge Bittar, estiveram em Brasília na última quarta-feira, dia 28, e asseguraram a verba para a construção do Centro de Convenções de Cabo Frio.

Os primeiros passos para a construção deste grande empreendimento, serão dados dentro de duas semanas, quando a cidade receberá os técnicos que farão o estudo de viabilidade do projeto. Esta fase inicial vai durar até 21 dias para, então, dar início ao projeto arquitetônico do Centro de Convenções. A previsão é que as obras sejam iniciadas em 70 dias.

A verba para o empreendimento é fruto de uma parceria do governo municipal com o governo do Estado do Rio de Janeiro e com o Ministério do Turismo, dentro do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), que vai investir na infra-estrutura turística do estado do Rio, com financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além de Cabo Frio, que receberá aproximadamente R$ 13 milhões, outras duas cidades do estado do Rio receberão recursos para a construção de um centro de Convenções: Paraty e Nova Friburgo.

Marquinho Mendes destacou a sintonia política entre a prefeitura, o estado e o governo federal como um raro momento em que todas as instâncias governamentais estão focadas no desenvolvimento regional.

- Esta minha ida a Brasília acabou concretizando numa parceria que vem sendo construída desde o ano passado – afirmou o prefeito.

Turismo de negócios em alta É cada vez maior a participação do turismo de negócios em cidades próximas às capitais brasileiras. Marquinho Mendes ressalta também que as facilidades de acesso a Cabo Frio e a proximidade com o Rio de Janeiro, distante 165 km e a zona produtora de Petróleo e Gás em Macaé, 70 km, vai alavancar o desenvolvimento regional.

- Nosso aeroporto é o segundo maior do estado e segue padrões internacionais e isso vai movimentar nosso Centro de Convenções - afirmou Marquinho Mendes. Além de gerar emprego e renda, o Centro de Convenções aquecerá a economia local através do dinheiro deixado por organizadores de eventos e turistas nos hotéis, restaurantes, bares, empresas de transporte, gráficas, empresas de recepção, cerimonial, buffets e rede de serviços.

- Sem dúvida, Cabo Frio será o próximo destino turístico e de negócios do estado - disse Marquinho Mendes. Estrutura O Centro de Convenções deve ocupar uma área de 110 mil ², com uma área construída de 35 mil mil ². O empreendimento será destinado a eventos empresariais e de negócios também com foco em eventos náuticos, já que será construído na Avenida Wilson Mendes, às margens do Canal do Itajuru.

- É uma forma de aproveitar nossas belezas naturais, ventos e vias navegáveis como grande potencial de negócios e turismo – ressalta o prefeito.

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O prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, esteve na última quarta-feira no Senado, em Brasília. Foto: Eliane Regis

Prefeito de Cabo Frio assegura R$ 13 milhões para a construção do Centro de Convenções

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

Agenda Cinema Cine Bardot - O SONHO DE CASSANDRA (EUA/ França): 2007 - 108 Min. - Drama - 14 anos. De: Woody Allen. Com: Ewan McGregor, Colin Farrell, Tom Wilkinson.

Dias: Sexta 19:00, Sábado 21:00 e Domingo 19:00. A VIDA DOS OUTROS (Alamenha): 2006 – 137 Min – Drama – 12 anos. De: Florian Henckel von Donnersmarck. Com: Sebastian Koch, Ulrich Mühe, Martina Gedeck. Dias: Sexta 21:00, Sábado 19:00 e Domingo 21:00. Ingressos: R$ 16,00. Veja também a programação no site: www.viladomar.com. Informações: 22 – 2623.1298

Mosaicos Tio Nego – Exposição no campo do Ninil (na curva do aeroporto). Só até domingo.

Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 9223-0457 Atelier Evandro Jr. - Av. José Bento R. Dantas, 5400 • Manguinhos • Shopping Porto Belo. Tels: 22 26236588 / 21 9152-0911. E-mail: esterale@terra.com.br Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Artes Plásticas

Comidas & Shows

Jardim de Esculturas de Cerâmica e Ateliê Rainho – Rua Hibisco, 6 - Bosque de Geribá – Tel. 26232146 – Email: alrai@terra.com.br Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

M. Dalto – Exposição: Natureza VIVA. Atelier aberto ao público. Av. José Bento Ribeiro Dantas, 5350.

Manguinhos.

Flory Menezes – Esculturas e exposições. Atelier: Galeria Búzios Rua das Pedras, 168/8.Tel/fax: (21) 25124376 ou 9983-4178.

Atelier Everenice Tamanini – Arte naif. Rua das Pedras, 266. Tel.: (22) 9259-3007.

Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura.

Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743.

Atelier João Carlos Moura - (21) 2434-0426 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10.

Tel.: 22 2629-1616.

Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744.

Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua das Pedras, 168/loja 7.

Tel.: 2623-6924

Crêperie Chez Michou - Todos os dias assista aos melhores DVD ́s, divirta-se e dance com a melhor programação dos Dj ́s do momento. Experimente os novos crepes da temporada e curta com a galera mais agitada de Rua das Pedras. Reserve data para sua Festa de Aniversário. Rua das Pedras, 90. Centro. Tel. (22) 2623-2169. www.chezmichou. com.br Pátio Havana: Cinco ambientes com vista para o mar e o melhor da gastronomia internacional, além de prestigiados shows com destacados artistas. Programação de shows: Dias 30 e 31/5 : Paulinho Guitarra & The Very Cool Cool Band, Blues, Jazz e Rock.

Dias 1 e 4/6 : Dialeto Brasileiro, Samba, Bossa-Nova e Jazz.

Dia 5/6 : Evento Privado. Dias 6 e 7/6 : Artefato, Música instrumental do Jazz ao POP. Dias 8 e 11/6 : Dialeto Brasileiro, Samba, Bossa-Nova e Jazz. Dia 12/6 : Salsa Picante, Salsa e ritmos latinos para dançar com a participação do coreógrafo e dançarino Márcio Valente. Não cobramos couvert artístico. Rua das Pedras, 101. Centro. Tel. (22) 2623-2169. www.patiohavana.com.br Estância Don Juan - Ambiente aconchegante, serviço personalizado e as melhores carnes de importação harmonizadas com excelentes vinhos nacionais e importados. Terça feira 3/6: Show de Tango e Milonga com Martin Lima (bandoneón) e Josué (teclado). Terça feira 10/6: Show de Tango e milonga com os dança-

30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

rinos e coreógrafos Bob Cunha e Aurya Pires. A partir das 21:30h.

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Brigitta’s - Música ao vivo para o Fim de Semana. Vista para o mar e ambiente aconchegante com atendimento personalizado em Português, Español, English, Deutsch, Francais e Italiano. Promoção de sopa de inverno: Sopa de cebola, sopa de batata baroa, sopa de peixe, sopa russa e bisque de crustáceos. R$ 16,00. Reservas: Tel/Fax: (22) 2623-6157 Tel.: (22) 2623-2940.

S'essa rua fosse minha - Um restaurante à moda antiga, dona de um cardápio elaborado, a partir de pratos consagrados nacionais e estrangeiros. Rua das Pedras, 151. Telefone: 2623-2261 Botequim Garapa - Rua Cesar Augusto de São Luiz, esquina com a Travessa Germiniano José Luiz. Aberto todos os dias. Durante a semana abre a partir das 17:00, Sábados e Domingos abre para o Almoço. Se você gosta de Bacalhau... então, tem que ir ao lugar certo!

Caverna Café – Cozinha mineira. Rodízio de caldos no fogão a lenha, pratos executivos, tutu a mineira, frango c/ quiabo e angu, tropeirão c/ lingüiça, feijoada completa, pão de queijo p/ festas e eventos. Delivery (22) 92560800. Rua Geminiano José Luiz, nº. 180-Centro.

Casa da Sogra - Especialidade em Frutos do Mar, Grelhados e etc. Você não precisa ir ao Centro para comer um delicioso pastel campeão de camarão. Horários: De terça à quinta: 12h às 19h. Fins de semana: 12h às 22h. Endereço: Av. Geribá, 76 (próximo à Igreja Santa Rita). Tel: 2623-7707

Semana do Meio Ambiente Programação de 2 a 6 de junho de 2008

Dia 02: CONTEMPLE A SERRA DAS EMERÊNCIAS Caminhada Ecológica às 9 horas.

Encontro no campo de futebol .

Dia 03: CONTEMPLE AS TRILHAS Caminhada da Ferradura até a Praia dos Amores às 9 horas.

Encontro em frente à Pousada dos Guardiões.

Dia 04: ECO CINE : Projeção de filmes sobre o Meio Ambiente; Cine Bardot: palestras a partir de 15 horas; Praça Santos Dumont: às 18 horas.

Dia 05: III Fórum Municipal de Educação Ambiental Cine Bardot – das 8 às 17 horas.

Dia 06: Coleta de micro lixo nas áreas próximas às escolas - parte da manhã; Premiação da escola vencedora do Concurso sobre Meio Ambiente. A frase escolhida será lema da Campanha de Preservação Ambiental de 2008. Às 16 horas na Praça Santos Dumont.

Dia 07: Agita Búzios Praça Santos Dumont – todo o dia.

INFORME – SE : 2623- 0196 SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Dica do Perú Domingo, 1/6, show de jazz com Bárbara Ohana e Wlad Withansky no Bar e Pousada La Luna (final da Orla Bardot, próximo a Igreja de Santana).

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INTERPOL não é Urinol (A Fonte) Por Armando Mattos Durante dez dias longe da cidade montando a retrospectiva de Fayga Ostrower no Centro Cultural da Caixa, na Capital Federal fui e voltei e Búzios está a mesma sem nenhuma noticia interessante. A única novidade é o alívio de algumas pessoas com a ida do Carlos Minc para Brasília (e ele nem queria). Quem sabe levaram ele pra lá para dar um jeito nas “gentes” que ficam fazendo “puxadinho” no projeto arquitetônico do Lucio Costa. Eu vi, acreditem, é verdade, as pessoas fecham os pilotis históricos com paredes. Não é diferente daqui onde se fecham ruas para criar lotes, reduzem servidões e engolem partes de terrenos públicos, enfim sabemos de tudo isso e como no DF nada se faz. Por aqui são obras e construções por todo lado com direito a lançamento de entulho do alpendre, lembram. A obra do lado da minha casa começa às sete da manhã e me disseram que aqui não tem mais Lei do Silencio, então tá, fazer o quê? Se como reporta o jornal O Globo “...o Brasil é o paraíso das máfias e organizações criminosas estrangeiras que vem para cá para lavar dinheiro sujo no mercado imobiliário”...com certeza Búzios é um bom lugar para se fazer obras. Na mesma matéria, publicada em abril desse ano, o jornalista Ricardo Galhardo informa que segundo a INTERPOL “os criminosos e mafiosos estrangeiros hoje chegam ao país com status de “grandes investidores” migran-

AO INVÉS DE USAR UM PINCEL PARA FAZER SUA ARTE, ROBERT MORRIS PREFERE FAZER USO DE UMA ESCAVADEIRA. Robert Smithson, “Towards the Development of an Air Terminal Site”, 1967 do para o eixo Rio - São Paulo para lavar dinheiro em investimentos na área de hotelaria e construção civil”. O professor de economia da Fundação Getulio Vargas Marcos Fernandes corrobora afirmando que “a valorização do real, as altas taxas de juros e o crescimento potencial dos setores de turismo e imobiliário têm atraído o crime internacional pelas boas chances de lucro”. Ele afirma ainda que “a estabilidade econômica é boa para os negócios em geral legais ou ilegais e que os setores mais visados pelos mafiosos estrangeiros são o imobiliário e o turismo.” No nordeste Edson Arantes do Nascimento quase associou sua imagem à empresa do

Flávio de Carvalho, quem diria, já usava mini-saia antes da Parada Gay de São Paulo

líder mafioso norueguês Ghullan Rasol que freqüentava a Praia de Ponta Negra e chegou a se casar com uma brasileira para “disfarçar”. Mas Pelé não sabia da origem criminosa do dinheiro e conseguiu se safar.

Mas volto para o meu assunto que é arte sabendo que relatar e ressaltar tais fatos possa se enquadrar como uma função social do artista que mantém assim a PEMBA em pé. E então me pergunto: por que tudo na cidade é tão difícil?

Se faz pelo menos não atrapalha. Por que o evento Cabo Free que poderia ter agitado a cidade foi um acontecimento “enrustido”? Não que eu queira levantar bandeira, mas se até a Ministra do Turismo Martha Suplicy teve um carro destacado para levá-la oficialmente em desfile pela Parada Gay de Sampa. Co-

mo fazer para o povo daqui entender que o melhor é cultivarmos o turismo potencial da cidade sem essa homofobia que atinge até os próprios gays? De minha parte pretendo manter com o Marcelo o trabalho com a Bienal, afinal ela é “anual”. Sendo assim vamos atualizar as noticias que por enquanto é o que temos de novo por aqui. No Rio a Bienal já é tida como um evento artístico “cult”, a classe artística no eixo Rio - São Paulo tem sido simpática ao projeto da Bienal. Abrimos espaço na Galeria Gentil Carioca para divulgação desse trabalho através da distribuição e circulação naquele espaço do nosso O Perú. Laura Lima, Ernesto Neto e Marcio Botner apóiam a proposta que com certeza é um grande incentivo. Além disso, opiniões, adesões e participações voluntárias de artistas e críticos são sempre bem vindas. Simone Michelin se mantém nossa parceira e esta preparando o vídeo da performance da artista Frans Pontes registrado na Orla Bardot. Brigida Baltar chega a Búzios em 19 de junho para uma intervenção artística de quatro dias na cidade. Tatiana Grinberg quer fazer seu trabalho nas areias da Armação. A curadoria esta entendendo que a característica desse projeto é oferecer de forma diferenciada e crítica a experiência artística como criação e estimulo ao livre experimento. Em conversa com a curadora do “Projeto Rumos” do Itaú Cultural em Brasília pude avaliar que não existe nada com esse perfil de “Coletivo Artístico” acontecendo no país. Na reunião com a Diretora da FUNARTE Maria Bastos ressaltei, comprovando, a importância da atuação desse Órgão Federal nas atividades culturais e desenvolvimento da Bienal daqui. Ao expor dados estatísticos e todo o material teórico e o informativo produzido nO Perú Molhado foi possível comprovar que mantemos aberto o espaço para a arte contemporânea como fator de beneficiamento e inclusão sociais e isso é o melhor argumento para a continuidade de um projeto cultural para Búzios.

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30 de maio de 2008 – O Perú Molhado

Desta vez o test drive fala de religião De Eduardo Almeida, no fio da navalha

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Nota da Redação: Pedimos desculpas a nobre e poderosa Igreja Universal, mas os processos têm outro autor, os fiéis da também nobre Igreja Metodista, do poderoso pastor Luciano Amorim.

Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos • Armação dos Búzios/RJ CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 cartoriobuzios@veloxmail.com.br

Em meu Car­tó­rio es­tão afi­xa­dos os Edi­tais de Pro­cla­mas de Ca­sa­men­to:

Desde pequeno aprendi que TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS e aprendi também que existem certos assuntos nos quais não devemos nos meter. Especialmente futebol, religião e briga de marido e mulher. No tocante a religião, em meu livro disse que tenho um arsenal religioso, nasci católico, depois estava quase à morte quando era policial e minha mãe me levou para o espiritismo. Depois quebrado financeiramente fui para a messiânica, depois querendo casar com uma judia quase fui convertido para o judaísmo, depois quando vim para Búzios, onde todos somos (são) evangélicos quase me converti. Por onde passei respeitei todos os dogmas, todas as cerimônias, todos os irmãos. Fui advogado de pastores, tive caseiros que se tornaram pastores, sou amigo de padres, de bispos, até de Dom Helder Câmara fui amigo e quase fomos para uma olimpíada juntos e sempre que vou a Olinda em Pernambuco rezo a beira de seu túmulo. Fui amigo da Menininha do Gantois e recebi bênçãos suas debaixo da figueira que tinha ao lado de sua casa em Salvador. Sou amigo de ateus, especialmente os ateus graças a Deus. E sei de uma coisa, os mais religiosos são aqueles que se dizem mais incrédulos. São os religiosos da boca para dentro, ao contrário dos que são da boca para fora. Já vi em minha carreira, o cara machão que nada temia e na hora da morte clamando por Deus, pedindo ajuda para o Criador, nunca vi ninguém na pior chamando o Diabo. O cara brin-

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ca e sacaneia as religiões quando estão todos numa boa.

Fazem tipo para aparecerem. Mas se chegar um câncer daqueles que vem na calada da noite, o cara dorme legal e ao acordar um pigarrinho e mais e mais até a hora que vem o diagnostico, câncer na faringe. Nesta hora acaba a graçinha e Deus aparece sobre todas as coisas. Se o atingido pela doença for do outro lado, não vem a chacota, vem a solidariedade. Daí eu digo, não liguem para o que falarem da sua religião, você tem de se garantir, Deus dá o poder da autodeterminação, você faz o que quiser, se der encrenca ele te ajuda. Eu dou Graças a Deus pela vinda da N. S. Desatadora dos Nós a Búzios. Teve tempo em que eu escondia meu catolicismo, se me benzia alguém dizia: não existe a cruz. Se colocava a imagem de São Pedro na porta de minha casinha alguém passava e dizia: ¨esse cara é o Pedro pescador¨ e concluía: ¨não existem santos¨. Eu nunca disse nada, nunca processei ninguém pelas atitudes contra minha fé. Não acho legal quando alguém fala da religião do outro, mas fica tudo no meu intimo. DEUS É MAIOR DO QUE TUDO QUE FALAM NESTE MUNDO, caso ELE o criador não concordasse com tudo isso, bastaria fazer um super hiper egg big tsunami e mandar tudo para o espaço. Desta forma vamos com calma, respeito é bom e todos gostamos, e como diriam os livros sacros ¨Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra¨

MAXIMILIANO ROMÁN FERNANDEZ e VIVIANE MARTINS GRALATO; Solteiros. Ele, Argentino, filho de: Jorge Antonio Fernandez e Graciela Alicia Arrube. Ela, brasileira, filha de: Jose Vinicius Santos Gralato e Eliane Martins Gralato, ambos residentes neste Município –RJ.

CRISTIANO GUIMARÃES RODRIGUES e MARIA CÉLIA DA SILVA FARIAS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Mauro Rodrigues e Elisabeth Maria Guimarães Rodrigues. Ela, filha de: João da Silva Farias e Creuza da Silva Farias, ambos residentes neste Município –RJ.

VITOR FRANCISCO PESSANHA e EVELYN OLIVEIRA DE MIRANDA; Brasileiros, solteiros.

Ele, filho de: João Batista Pinheiro Pessanha e Sandra Regina Francisca Pessanha.Ela, filha de: Elton Ferreira de Miranda e Norma Oliveira de Miranda, ambos residentes neste Município –RJ.

AIDMAR AMBROZINO CAETANO JUNIOR e MARIANE DA SILVA SANTOS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Aidmar Ambrozino Caetano e Rousemar Rosa Caetano. Ela, filha de: Jordes Paulo dos Santos e Dinaura da Silva Santos, ambos residentes neste Município –RJ.

FERNANDO DE CARVALHO MARQUES e ANA CRISTINA DOS SANTOS RODOVALHO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Elcir Novelino Marques e Ana Maria de Carvalho Marques. Ela, filha de: Jose Rodovalho Gomes e Roselia dos Santos Silveira, ambos residentes neste Município –RJ.

ADAILTO CARLOS BARBOSA e ELIANE NEPUNUCENA DE SOUZA; Brasileiros, solteiros.

Ele, filho de: Pedro Francisco Barbosa e Hilda Carlos Barbosa.

Ela, filha de: Francisco Cavalcante de Souza e Maria Nepunucena de Souza, ambos residentes neste Município –RJ.

ANAELSON ANTONIO DOS SANTOS e SULAMITA CARVALHO DA SILVEIRA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Antonio Abel dos Santos e Rosenilda Rita dos Santos. Ela, filha de: Agilson dos Santos Silveira e Rosana da Silveira Carvalho, ambos residentes neste Município –RJ. MOISES FERREIRA DOS SANTOS FILHO e SHIRLEY DA SILVA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Moises Ferreira dos Santos e Josefa Ferreira dos Santos. Ela, filha de: Maria Célia da Silva, ambos residentes neste Município –RJ. R A M I R E S P I N TO L O P E S e ALACY CORREIA DO NASCIMENTO; Brasileiros, solteiros.

Ele, filho de: Amires Machado Lopes e Maria de Fátima Pinto.Ela, filha de: Geraldo Delfino do Nascimento e Maria da Consolação Correia do Nascimento, ambos residentes neste Município –RJ.

WANDERSON RODRIGUES LEAL e MARIA HELENA ROSA FERREIRA DE OLIVEIRA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Sandra Maria Rodrigues Leal.

Ela, filha de: Josino Ferreira de Oliveira e Nice Sabino Rosa, ambos residentes neste Município –RJ. CLAUDENIR DA SILVA FERREIRA e REJANE ROCHA DA SILVA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Argeu Sardinha Ferreira e Rosangela da Silva. Ela, filha de: Ronaldo Chagas da Silva e Ilma Lirio da Rocha, ambos residentes neste Município –RJ. ANTONIO FLAVIO CORREA BORDALO e REBECA BRUNO SILVA; Brasileiros, Ele divorciado, filho de: Francisco de Assis Guimarães Bordalo e Rosangela Correa Bordalo. Ela Solteira, filha de: Fernando René Figueiredo da Silva e Vânia Maria da Cunha, ambos residentes neste Município –RJ.

Quem souber de algum impedimento, acuse-me.

Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente , a extraí.

Armação dos Búzios, 30 de maio de 2008.

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