O Pendulo 798

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3 GERAL

DE 25 A 31 DE MARÇO DE 2011

O PÊNDULO

GREVE

A greve será de um dia, exigindo que os convênios reajustem os valores pagos por consulta

Médicos de convênio preparam paralisação para 7 de abril Da redação

Ele explica que muitos profissionais passaram a se recusar a atender pacientes conveniados e outros, por atendêlos, tiveram que fechar seus consultórios.

S

ão Paulo - Médicos de todo o País estão se preparando para uma paralisação nacional ao atendimento de pacientes conveniados aos planos de saúde. A greve vai acontecer no dia 7 de abril. Neste dia, os clientes não serão atendidos pelos pro- nos de saúde. Hoje, cerca de fissionais. 160 mil médicos estão ligados O movimento tem como a convênios de saúde. “Há uma inobjetivo reivindicar reajustes satisfação gePasseata está de honorários, neralizada com marcada para os convênios de exigir a regula7 de abril, na rização dos saúde. A quescontratos entre tão financeira é capital paulista, operadoras e a mais gritante, para alertar a mas não é a únimédicos e impopulação pulsionar a ca”, diz o preaprovação de sidente da Asprojetos de lei que contemplem sociação Paulista de Medicia relação entre médicos e pla- na, Jorge Curi.

GREVE Profissionais ligados a empresas de saúde somam cerca de 160 mil em todo o país

Celular vai ajudar pacientes idosos em caso de acidente A Anatel homologou o primeiro celular desenvolvido com tecnologia nacional para finalidades médicas. Produzido pela CellDesign, ele funciona como qualquer aparelho (faz chamadas e envia mensagens). Mas seu objetivo é unir essas funcionalidades para o monitoramento de pacientes e pessoas idosas à distância. Estima-se que 75% dos acidentes com idosos aconteçam dentro de casa. A maio-

ria das quedas – que representam 30% dos acidentes – acaba levando à morte pessoas acima de 75 anos. Por isso, a CellDesign criou o BP. O aparelho possui um botão de SOS que, uma vez acionado, dispara torpedos com "pedidos de socorro'' para cinco números cadastrados na memória. Caso nenhuma delas receba a mensagem, o telefone efetua ligações para os números automaticamente até que um deles atenda.

Disputa jurídica Emborrachado, ele resiste a quedas de até 1,80 m e possui sensores que captam o movimento de queda. Neste caso, torpedos são enviados e poderiam até conter a localização da pessoa. Mas ainda existe uma discussão jurídica se esse tipo de serviço será autorizado no país. Um aplicativo pré-instalado permite cadastrar no-

mes de remédios a serem ministrados, dosagens e horários. O celular avisa tocando um alarme no horário agendado, mesmo se estiver desligado. Detalhe: o toque é compatível com aparelhos auditivos (que operam com frequências de até 25 decibéis). Segundo o engenheiro Armando Kilson Junior, que desenvolveu o BP, as operadoras já estão interessadas, mas o aparelho será vendido pela internet a R$ 685.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) passará a conceder bolsas de mestrado a professores da educação básica. Os cursos serão ligados às áreas de ensino da educação básica. Os educadores que conseguirem a bolsa terão de permanecer nas salas de aula da rede pública de ensino por, no mínimo, cinco anos depois da diplomação. O anúncio foi feito pelo ministro durante cerimônia de premiação de professores no Palácio do Planalto. “Muitas

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Professores da educação básica terão bolsas de mestrado

Haddad: proposta vai aumentar oferta de mestrado para educadores da rede pública

vezes o mestrado não é na cidade onde o professor mora e isso exige custeio, gastos com transporte, alimentação, aquisição de material pedagógico”, explicou Haddad ao falar sobre a importância da bolsa para a formação dos professores da educação básica. Fernando Haddad afirmou que a medida objetiva também estimular o aumento da oferta de mestrado para os educadores da rede pública ao criar a demanda pelos cursos. A portaria que normatiza a concessão dessas bolsas foi publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (22).

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Em SP, 23% fecham o segundo ano sem saber ler nem escrever Uma em cada quatro crianças das escolas municipais da cidade de São Paulo termina o segundo ano do ensino fundamental sem saber ler e escrever. Isso significa que, dos 48 mil avaliados no segundo ano do ciclo 1, mais de 11 mil ainda não estavam alfabetizados. Os números são da Prova São Paulo, que avaliou 288 mil estudantes em novembro do ano passado. Apesar de mostrar um avanço em relação aos mesmos resultados de 2007 - quando a prova foi aplicada pela primeira vez e indicou que 39% dos alunos do segun-

288 mil estudantes foram avaliados na Prova São Paulo

do ano do ciclo 1 não estavam alfabetizados -, o índice ainda é considerado ruim. Como todos os estudantes

avaliados integram o modelo antigo de ensino fundamental (de oito anos e não nove), essas crianças do segundo ano ainda

não alfabetizadas já tinham 8 anos. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece que, até 2022, toda criança terá de estar alfabetizada até 8 anos. “Toda escola de São Paulo quer alfabetizar todos os alunos. Não temos uma data estipulada, mas queremos atingir a meta antes do prazo estipulado pelo Ministério da Educação. O resultado da Prova São Paulo mostra que estamos indo bem: em três anos, avançamos 25%”, afirmou o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, referindose aos resultados de 2007.

Passeata Sete de abril é o Dia Mundial da Saúde. Mas os profissionais de Medicina vão aproveitar a data, na Capital, para uma prometida grande passeata. O objetivo será alertar a opinião pública sobre o “desrespeito dos planos de saúde à assistência médica”. Em nota, a Associação Paulista de Medicina afirma que “há graves interferências na autonomia e defasagem inaceitável dos honorários”. “É importante que os médicos orientem suas secretárias a explicar aos usuários o motivo

da remarcação das consultas e procedimentos para outras datas, e também divulguem a Carta Aberta à População em seus consultórios e conversem com os pacientes sobre o tema, afinal são eles quem pagam os planos de saúde”, destaca Florisval Meinão, 1º vice-presidente da APM. O diretor de Defesa Profissional da AMB, Roberto Gurgel, reforça a importância de os médicos se manterem firmes na luta pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), cujos valores devem ser atualizados pela inflação. “Mesmo que um plano pague a consulta a R$ 60, se ele não adere à CBHPM como um todo, mesmo assim o atendimento deve ser suspenso como alerta”.


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