Informativo Antes Que Acabe - Ano 3 - Edição 18

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Informativo do NACAB - 06 de julho de 2015 - Ano 3, Edição: 18

“O cooperativismo foi o promotor do desenvolvimento da raça humana” Max Gehringer

EQUIDADE É O TEMA DO DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO 2015

Fernanda Lessa, Estagiária do Setor de Cooperativas do NACAB.

Data comemorada no dia 4 de julho traz a discussão sobre a equidade com o tema “Escolha cooperativismo. Escolha equidade.”

Esse ano o 93º Dia I n t e r n a c i o n a l d o Cooperativismo será celebrado no dia 4 de julho e terá como slogan: “Escolha cooperativismo. Escolha equidade.” A desigualdade é um tema relevante, pois influencia nossas percepções sobre autoestima e justiça.De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), "o movimento cooperativista apresenta uma combinação única entre alcance global e conduta empresarial baseada em pessoas. Podemos desempenhar um importante papel na redução da pobreza. As cooperativas auxiliam na

redução da desigualdade ao empoderar as pessoas e ao oferecer a elas uma forma digna e sustentável de ganhar a vida» Como a desigualdade afeta a todos nós A desigualdade é um tema relevante, pois influencia nossas percepções sobre autoestima e justiça. Todos os seres humanos têm direito ao mesmo respeito e à mesma dignidade. No entanto, a desigualdade traz graves consequências socioeconômicas e de segurança. Prejudicial para a economia – A desigualdade retarda o

crescimento do PIB, o que dificulta a acumulação de capital humano, corrói resultados educacionais e perspectivas econômicas de longo prazo, especialmente para as pessoas de baixa renda. Prejudicial para a nossa infraestrutura – Quando excluídos, os indivíduos não são capazes de participar nas instituições que formam a sociedade. Exemplos disso são a capacitação médica, indústrias que requeiram trabalhadores qualificados, ou as áreas de crédito e seguros.


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alcance global e conduta empresarial baseada em pessoas. Podemos desempenhar um importante papel na redução da pobreza. As cooperativas auxiliam na redução da desigualdade ao empoderar as pessoas e ao oferecer a elas uma forma digna e sustentável de ganhar a vida É nessa perspectiva que o NACAB busca trabalhar com as cooperativas de atingidos por barragens em que assessora na cidade de Laranjal, MG. E além da tentativa de superação das desigualdades, há ainda o objetivo de superação de todo o trauma social deixado pela remoção, pelas perdas de território, de bens tradicionais. O programa de reativação econômica é a tentativa de reconstrução da auto estima das f am ias para que juntas, de forma deí lMinas Como o cooperativismo pode contribuir Foto: Estado cooperativa, irem em busca da reconstrução de suas vidas. 1. Todos são donos – expandindo o conceito de propriedade, as cooperativas são uma força comprovada para a inclusão econômica e social. Se o modelo c o p e r a t i v i s t a c o n t i n u a r a c r e s c e r, a desigualdade será reduzida. 2. Aberta a todos – Uma cooperativa é aberta a todos, seja homem ou mulher, jovem ou idoso, qualquer pessoa pode participar. 3. O poder de decisão não está vinculado à riqueza – Todos têm igual poder de decisão (voto equivalente), independentemente do capital. 4. Igualdade também significa acesso igual aos bens – A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece como estratégia crítica, a nível nacional, assegurar o acesso universal a bens e serviços básicos de boa qualidade, o que, por sua vez, é o próprio propósito de uma cooperativa. A Organização das Nações Unidas afirma a importância de se assegurar que a oferta realmente chegue às camada excluídas da população. As cooperativas se concentram em atender as necessidades de seus membros, ao invés de focar apenas no retorno financeiro. O movimento cooperativista apresenta uma combinação única entre


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sociedade é dito um dever de todo o cidadão? O estado e a sociedade não A MÍDIA E A CRIMINALIZAÇÃO deveriam estar dispostos a ouvir esses DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. gritos? O que se vê, no entanto, é uma reprodução que tende a colocar os membros Danusi Rodrigues desses movimentos como marginalizados ou Estagiária do Setor de Parcerias do oportunistas. NACAB. É dever do Estado respeitar direitos e garantias individuais e sociais, bem como buscar os objetivos fundamentais da República constitucionalmente previstos: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. O que acontece é o recorte fora de um contexto, feito pela mídia, que acabam por colocar os movimentos sociais Foto: Estado de Minas como criminosos, já que não é objetivo da imprensa que as minorias conquistem direitos, já que a mídia brasileira é controlada Foto: reprodução. por elites que sempre tiveram esses direitos, sendo então privilégios nesse país de Os movimentos sociais são grupos desigualdades. Afinal, é interesse de quem organizados com objetivo de alcançar que a Reforma Agrária não aconteça? Do mudanças sociais por meio do embate trabalhador que não é! político, para além das instituições democráticas como os partidos, as eleições e o parlamento. Em sua maioria, pautam um debate específico, como o maior e mais conhecido deles no Brasil, o MST luta pela reforma agrária.

Foto: reprodução.

Foto: Agência Brasil A existência dos movimentos sociais é de fundamental importância para a sociedade civil enquanto meio de manifestação e reivindicação. Mas apesar disso, o que vemos são os movimentos populares e sindicais sofrendo negligenciação e/ou invisibilidade através da mídia. Por que isso acontece visto que reivindicar e exigir seus direitos perante a

A criminalização se dá através de um processo arraigado na nossa sociedade, que adquire ares de violência institucional (pública e privada) na medida em que seus agentes se utilizam de suas regalias e funções para atribuir uma natureza essencialmente criminosa às manifestações sociais organizadas, e, usam o argumento de manter a democracia e a ordem, reprimir tais manifestações. Manter que ordem? E pra quem? ‘‘Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.’’ Bertolt Brecht


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Presidente: Paulo Henrique Viana Secretário Executivo: Geraldo Magela Pereira Diretor Financeiro: José Roberto Fontes Castro Conselho Fiscal: Maria de Fátima Lopes e Irene Maria Cardoso Coordenadora Geral: Maria José de Souza Coordenador Administrativo: Bruno Costa da Fonseca Assessor Jurídico: Leonardo Pereira Rezende Coordenador Operacional do PRE Aliança: Antônio Maria Fortini Coordenador de Cooperativas: Riverson Moreira dos Santos Secretária Executiva: Taianara Emília Rosa Assessoria de Projetos: Juliana Padula Vilar Comunicação e Marketing: Jean Carlos M. Silva Estagiária de Formação em Cooperativismo: Fernanda Lessa de Souza. Estagiária de parcerias: Danusi Rodrigues VENHA NOS CONHECER Rua Benjamim Araújo - 56, Sala 1004, Centro, Viçosa - MG.

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