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Terça-feira, 10 de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br
Mais um morador de rua é assassinado Essa foi a 13ª morte de morador de rua registrada pela polícia em Maceió desde janeiro deste ano Lula Castello Branco
Láyra Santa Rosa Repórter
A Polícia Militar registrou, na noite do último domingo, a morte de mais um morador de rua em Maceió. Dessa vez, a vítima foi Fernando José Ferreira da Silva, 23, conhecido como “Galeguinho”. O jovem foi executado na Travessa Santa Helena, na Combana, com pelo menos cinco disparos de arma de fogo, todos na cabeça. Essa é a 13º morte de moradores de rua, registrada na capital alagoana apenas este ano. Uma comissão designada para investigar esses casos continua trabalhando para descobrir a motivação dos crimes. Fernando José foi executado com cinco tiros na cabeça, por volta das 10h30 do último domingo. De acordo com informações do Centro Integrado de Operações da Defesa Social, equipes do 4º Batalhão estiveram no local para fazer os primeiros levantamentos, mas ninguém soube ou quis falar sobre a motivação da morte. O caso deverá ser investigado pela delegacia do 1º Distrito Policial, na Levada. COMISSÃO - A comissão de delegados está investigando dez dos 13 crimes cometidos contra moradores de rua este ano, já que três deles já foram solucionados e não têm ligação com grupos de extermínio. Os crimes cometidos este mês, como a morte de Fernando José devem, ser investigados pelas delegacias de cada distrito. “Essas novas mortes não foram passadas para mim. Acredito que os distritos de origem é quem devem investigar. Não vou ter condição de apurar toda morte que acontecer e tiver como vítima morador de rua”, afirmou a delegada Rebecca Cordeiro, designada para as investigações.
ASSASSINATO
Família atribui crime a acerto de contas
Delegada Rebecca Cordeiro, que investiga os casos, ouviu o depoimento de secretário Pedro Montenegro
Secretário presta depoimento Na manhã de ontem, o secretário Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Segurança Comunitária, Pedro Montenegro, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios. Ele é a quarta pessoa ligada à assistência social convocada pela polícia como testemunha para falar sobre as mortes. Na semana passada, o coordenador dos Abrigos de Maceió, Carlos César Alves de Souza, o coordenador do Projeto Guardão, Arnaldo Capela, e Átila Vieira, do Projeto Erê
falaram sobre os crimes. “Esse é o quarto depoimento geral. Estamos conversando com essas pessoas que trabalham diretamente com a assistência social, para tentar entender a razão para esses crimes”, contou a delegada Rebecca Cordeiro. “Tudo aponta para que essas mortes não tenham nenhuma ligação com grupos de extermínio. Porém, temos indícios de que os crimes cometidos por arma de fogo foram realizados pela mesma pessoa e tudo apon-
DOIS CORPOS Dois corpos foram encontrados na Rua dos Coqueiros, na Grota do Zé Miguel, próximo à Cavalaria da Polícia Militar, no bairro da Chã da Jaqueira. Roger Silva Santos (de 23 anos) foi encontrado morto na noite do último domingo, e Roberto Almeida dos Santos, conhecido por “Cabeça de Ferro” , na manhã de ontem com vários tiros. A polícia investiga se os dois assassinatos estão relacionados. O corpo de Roger Silva foi encontrado por volta
ta para acerto de contas por parte do tráfico de drogas”. Com relação ao depoimento de Pedro Montenegro, a delegada falou que queria saber dele quais as razões o fazem acreditar que as mortes tem ligação com grupos de extermínio. “Ele falou uma vez que os crimes estavam relacionados com um grupo de extermínio. Então, quero saber de onde ele tirou essas informações. Precisamos analisar todas as hipóteses”, completou a delegada. (L.S.R.)
de 21h. Na manhã de ontem, no mesmo local, cerca de 2 metros de diferença, populares localizaram o corpo de Roberto Almeida. Informações extraoficiais indicam que os dois estariam juntos momentos antes de serem executados e que o alvo seria Roberto. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde foram submetidos à necropsia e liberados. O delegado Robervaldo Davino é responsável pela investigação dos assassinatos.
A morte da adolescente família não se dá muito bem Silmaria Correia da Silva, de 14 com essa minha tia, justamenanos, pode ter sido mais um te por causa desse tipo de comacerto de contas por parte do portamento dela com droga. tráfico de drogas. A menor foi Mas, de uns tempos para cá, a executada na Rua Modesto Silmaria resolveu andar com Lins, na Chã do Pilar, na noite ela e acabou acontecendo isso. do último domingo. Segundo Para minha família essa morte a versão de alguns familiares, foi uma grande surpresa”. que aguardavam a liberação do A menina de 14 anos estacorpo no Instituto Médico Legal va fora da escola e, de acordo Estácio de Lima, a garota foi com o irmão, não tinha inimiassassinada no lugar da tia, que zades. “Ela não era uma pessoa teria uma série de dividas com ruim. Não sabemos traficantes. de nenhuma pessoa O crime ocorreu por que não gostasse volta das 20h. Silmadela. Para mim, não ria estava na casa da era a Silmaria o tia, identificada apealvo. Agora, vamos Segundo nas pelo apelido de esperar para ver se familiares, Kiu, quando dois a polícia descobre o tia de homens armados que aconteceu. A chegaram numa gente sabe que, se a adolescente moto. Testemunhas polícia quiser, desseria o disseram que a porcobre quem fez isso alvo dos ta da casa estava acom ela, e esperaberta e eles chegamos que esse crime criminosos ram atirando. Amenão fique impune. nina foi atingida por Meus pais estão arseis disparos de arrasados, era minha ma de fogo na cabeirmã caçula”, completou ça e tórax. Ela morHenrique Correia. reu na hora. No dia do crime, equipes “Minha irmã andava muito do 8º Batalhão da Polícia Militar com essa minha tia e ficou na chegaram a realizar buscas na casa dela sozinha, enquanto a região, mas não conseguiram Kiu foi resolver umas coisas. localizar nenhum suspeito da Pelo que sabemos, a Silmaria morte. O caso deverá ser invesnão tinha envolvimento com tigado pelo delegado Isaias droga. Que tem dívida e pos- Rodrigues, titular da Delegacia sivelmente seria o alvo era essa do Pilar. No final da manhã de minha tia. Acredito que minha ontem, o corpo da adolescente irmã foi vítima por engano”, foi liberado do Instituto Médico contou Henrique Correia da Legal e o sepultamento aconteSilva, irmão da vítima. “Minha ceu na cidade do Pilar. (L.S.R.)
Dona de casa é baleada no Jacintinho Atentativa de recuperar um celular roubado terminou com uma mulher ferida no bairro do Jacintinho. A dona de casa Leila Vanderlei Torres, 35, foi com o marido Claudemir Santos da Silva, 34, na casa de um traficando identificado como Leandro e acabou ferida. O crime aconteceu na noite do último domingo. A mulher teve apenas ferimentos leves e foi liberada do Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com informações do Centro Integrado de Defesa Social (CIODS), por volta de 21h, o casal chegou à Rua do Encanto, próximo à Feirinha
do Jacintinho, para recuperar o celular. Eles teriam batido na porta da casa de um suposto traficante e foram recebidos a tiros. O casal correu do local e teve a ajuda de alguns populares para pedir socorro. O marido não ficou ferido. Uma guarnição do Guardião 01 do Batalhão de Eventos foi até a Rua do Encanto para fazer os primeiros levantamentos da ocorrência e não conseguiu localizar o suposto traficante, que fugiu da casa. Leila Vanderlei foi e encaminhada para o HGE, onde foi medicada e liberada ainda na noite de domingo. (L.S.R.)
DENIS MARQUES
Sindicância apura acidente com jogador Fabyane Almeida Estagiária *
Uma sindicância foi instaurada na Polícia Militar, que investiga o caso do jogador do Flamengo Denis Marques atualmente afastado do clube para apurar se houve falha na liberação do jogador no momento do acidente, ocorrido no dia 26 do mês passado, no bairro Sítio São Jorge. Segundo o corregedor-geral da PM, tenente-coronel Jairo José Sales Eloy, os militares realizaram todos os procedimentos legais na condução da ocorrência, inclusive o fato de Marques não ter feito o teste do bafômetro. “O fato de o jogador ter se recusado a fazer o teste é um direito dele. E, mesmo que tivesse sido encaminhado à delegacia e recusasse a realizar os testes, ele também seria libera-
do”, disse o corregedor. Asindicância que investiga o motivo de os militares terem liberado o jogador do local do acidente tem um prazo de 30 dias para ser entregue. “Os militares realizaram todos os procedimentos corretos no momento do acidente e também registraram um Termo de Constatação de Embriaguez, já que Denis se recusou a realizar os testes”, completou Jairo Sales. ACIDENTE - No dia 26 de julho, o jogador do Flamengo dirigia visivelmente embriagado no momento em que bateu sua Hilux em duas residências no bairro do Sítio São Jorge, na mesma ocasião desacatou os policias do BPTran e, em seguida, foi liberado sem prestar depoimento na delegacia. * Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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