Um Guia Para a Oração Fervorosa, por Arthur Walkington Pink

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crescerá em conhecimento”; diz Salomão (Provérbios 1:5). Edificamos a nossa fé, meditando sobre a sua substância ou conteúdo (Salmo 1:2, Lucas 2:19), por acreditar e apropriar-se dela, aplicando-a a nós mesmos, e por sermos governados por ela. Observe que esta é uma “santíssima fé”, pois tanto exige quanto promove a santidade pessoal. As-sim, podemos distinguir-nos de professos carnais e apóstatas. “Orando no Espírito Santo”. Devemos ardente e constantemente buscar a Sua presença e poder Divino, que pode conceder-nos a força de vontade e afeições, que são necessárias, a fim de cumprir com esses preceitos. “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus” (v. 21). Veja por que o seu amor por Ele é preservado em estado puro, saudável e vigoroso. Veja por que seu amor a Cristo está em constante exercício, obedecendo Àquele que disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração” (Provérbios 4:23), pois se suas afeições diminuírem, sua comunhão com Ele vai se deteriorar e seu testemunho dEle será prejudicado. Somente se você se manter no amor de Deus, é que você será distinguido de todos os professos carnais ao seu redor. Esta exortação não é desnecessária para ninguém. O Cristão vive em um mundo cujas avalanches de neve logo esfriam o seu amor por Deus se ele não o conservar como a menina dos seus olhos. Um adversário malicioso fará tudo o que pode para jogar água fria sobre ele. Lembre-se da solene advertência de Apocalipse 2:4. Oh, que Cristo nunca venha a queixar-se sobre você ou sobre mim: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”. Em vez disso, que o nosso amor “cresça mais e mais” (Filipenses 1:9). Para isso, a esperança deve estar em exercício: “esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” (v. 21). Versículos 22 e 23 nos dão a conhecer o nosso dever, e qual deve ser a nossa atitude para com aqueles de nossos irmãos que caíram pelo caminho. Em relação a alguns devemos mostrar compaixão, e por motivo de ternura podemos ficar apenas nas repreensões leves e admoestações; de outra forma, aspereza poderia apenas conduzi-los ao desespero e adiamento de seu olhar de arrependimento em direção a Cristo. Mas outros, que diferem por temperamento, ou por motivo da dureza de coração, exigem fortes repreensões para a sua recuperação, com advertências assustadoras quanto ao juízo de Deus contra os pecadores obstinados que se opõe às Suas ameaças e demonstrações de misericórdia. Isto devemos fazer para salvar “alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da carne”.

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