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Estilista moçambicana Taússy Daniel brilha nas passarelas do Nova York Fashion Week

Taússy Daniel fez a sua estreia no Nova York Fashion Week (NYFW). A estilista moçambicana foi a única representante de Moçambique e do continente africano na principal semana de moda do mundo, ao desfilar sua colecção “Blooming”, no último domingo (12), marcando o terceiro de seis dias do evento no City Point Spring. Trata-se de um total de 12 looks, que a artista moçambicana ‘carregou’ para a passarela do principal evento de moda do mundo, trabalhados com recursos quase artesanais, exaltando o que se assemelharia a um jardim.

“Após o nervosismo dos últimos dias, no final, tudo acabou de modo esplendoroso. Estou muito contente com o resultado e pela aceitação do público e formadores de opinião com o meu trabalho”, resumiu a estilista, mostrando-se emocionada.

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“O desfile foi maravilhoso. Ainda no backstage todos queriam fazer fotos dos looks. Após os modelos se apresen- tarem na passarela, recebi muitos aplausos. Muitos afroamericanos marcaram presença e disseram estarem orgulhosos pelo momento de uma profissional africana apresentar a África para o mundo. Falavam que eu era a melhor estilista do evento”, afirmou.

Taússy brincou que ainda estaria sonhando acordada, uma vez que, além dos elogios, também recebeu convites para participar de outros eventos de moda em Washington e Chicago.

Ao final, o desfile apresentou 12 looks na passarela, mostrando o trabalho da estilista africana de alta costura que veste importantes nomes tanto da sociedade moçambicana quanto do continente africano. Como mencionamos, as peças trabalhadas, de modo quase artesanal, possuíram como foco principal seus cortes e modelagens que fogem da normalidade, além de suas cores em tons florais e estampas que remetem à África, uma vez que é o grande continente mundial.

“Minha colecção buscou passear pelos jardins de flores. Os looks que apresentei foram trabalhados com tecidos variados e tiveram abordagens do continente africano. O look ‘orquídea negra’ foi o auge do desfile e entrou para o encerramento”, contou Taússy.

Em seguida, a estilista ainda referiu que sente que a apresentação ficará marcada na memória daqueles que prestigiaram o desfile na grande sala, o que mostra sua dedicação e confiança em seu trabalho para a passarela.

“Agora é recomeçar e já me preparar para as próximas apresentações. Sinto-me orgulhosa em poder mostrar na América um pouco da tradição de meu país e de meu continente. Posso afirmar para o mundo que a África existe sim. E também fazemos moda com qualidade.”

O NYFW, para além da exposição africana através da Taussy, apresentou as principais tendências fashionistas a serem adoptadas na estação outono/inverno e desfilou pelas passarelas colecções de renomados profissionais, como Ralph Lauren e Marc Jacobs.

Taússy Daniel: a rainha do pavão

Nascida em Moçambique, Taússy Catarina Daniel Remane, conhecida como Taússy Daniel, especializou-se em alta costura, com atendimento personalizado em seu atelier Taússy, frequentado por mulheres sofisticadas, cosmopolitas e avançadas ao conceito da moda.

Sem dúvida, o pavão revela-se uma característica criativa de sua marca, com aparição na cartela de cores e na estamparia das peças de suas colecções. A ave tornou-se uma inspiração à designer ao contemplar “vaidade” e “magnitude” às peças que fazem parte dos looks sugeridos pela estilista.

Além disso, no circuito da moda, Taússy Daniel deu seus primeiros passos como designer. Em 2009, participou pela primeira vez do maior evento de moda que o país viu nascer: “Moçambique Fashion Week”, conquistando o prémio Melhor Young Designer.Pequenas e Médias Empresas, conquistas obtidas por seu desempenho em inspiração à sociedade moçambicana.

Em seguida, em 2010, foi a vencedora do Awards de Mulher Empreendedora, na MOWE (Month of Women Entrepreneur) e, em 2011, recebeu o prémio pela segunda vez.

Logo depois, com passos promissores no meio fashion internacional, Taússy foi reconhecida entre as melhores profissionais de seu país e continente. Entre os desafios, está apresentar seu trabalho e vestir celebridades internacionais, assim como a consolidação de sua plataforma comercial no sistema digital. Actualmente, preside o Pelouro de Empreendedorismo Feminino e a Associação de Pequenas e Médias Empresas, conquistas obtidas por seu desempenho em inspiração à sociedade moçambicana.

O jardim do Centro Cultural Moçambicano-Alemão (CCMA) ficou pequeno para testemunhar o ‘parto’ do livro “Maputo Street Art”, livro que descreve os murais na cidade de Maputo. O académico e pesquisador Tirso Sitoe, na sua apresentação, descreve este livro como um campo de possibilidades do resgate da memoria pública e ou popular, mas também um campo de protesto social, quando estes artistas resgatam figuras de nossa história (políticos, poetas, músicos entre outros) para reflectir o que eles chamam de ‘revolução cultural’ necessária.

E hoje, estes artistas funcionam como fotógrafos, sustenta Sitoe: “fotógrafos estes, que pegam latas de tinta e projectam lutas utópicas em suas periferias”. Utopias que são fruto do espaço público em que residem, porque, pela configuração dos lugares onde residem, o espaço de sociabilidade é a rua.

Para Sitoe, a rua virou um quintal onde podem falar das desigualdades sociais, informalidades urbanas, os desafios e perspectivas da arte urbana, sua dimensão performativa como este livro “Maputo street art” retrata, não deixando de fora a influência da cultura hip-hop na arte urbana se voltarmos ao tempo das ‘gangs’.

“No livro tem uma questão interessante: Uma espécie de mapa de onde todos os murais se encontram. Se eu perguntar se tem o Mapa de todos os murais e painéis de Malangatana, poderíamos levantar um outro grande debate sobre trajectórias, memória pública, património cultural, modelos de restauração e arquivos, possivelmente.”

Para Mauro Brito, em representação da Ethale

Published, co-editora da obra, assume que “estamos a testemunhar um marco histórico, com a apresentação pública de um dos primeiros livros, senão o primeiro, que trata sobre o arte urbana em Maputo, uma vertente da arte que tem sido muito mal compreendida, afinal, não é o que muitas vezes se pensa, que é invasora, associado ao vandalismo, ou uma arte menor”. Muito pelo contrário, de acordo com Brito, a arte urbana é um estilo de vida, uma forma de expressão, e, acima de tudo, os muros e paredes onde estes se assentam, constituem um verdadeiro palanquim de reivindicação do espaço público, para se fazerem ouvir e fazer ouvir quem muitas vezes não tem alavancas para tal.

“Há várias formas de conhecer uma cidade, e este catálogo, nos apresenta uma forma mais lúdica, menos linear e custosa, mais próxima das pessoas, muito diferente dos espaços fechados.”

Para terminar, o também escritor destaque que destes painéis e murais, estão provados, os efeitos sociais, ambientais e económicos que desencadeiam nos espaços a que estão confinados e pessoas que os habitam. Para além de Tirso Sitoe e Mauro Brito, o evento foi marcado pelo discurso de Afro Ivan, um dos mentores do projecto que empresta o nome ao livro “Maputo Street Art” e a representante da Cooperação Espanhola, que fez a edição e curadoria do livro.

O Carnaval está chegando e uma das principais tendências para a folia são as tiaras e acessórios. Afinal, elas são super acessíveis, dá para fazer em casa e dão um toque super especial e divertido no look.

Tiaras e acessórios de Carnaval prometem agradar a todos os estilos. Assim como nos anos anteriores, os itens diferentões estão super em alta. Confira as melhores ideias e tutoriais para arrasar na folia!

Como fazer uma tiara para o Carnaval?

Após 2 anos sem bloquinhos de rua, a folia voltou. Agora, em 2023, o Carnaval promete agitar todo o Moçambique.

Então, sem dúvidas, as tiaras vão ‘bombar’ este ano. Isso porque, elas são fáceis de fazer com DIY e existem para todos os estilos.

Os acessórios podem ter inspirações em flores, olho grego, sereia, frases engraçadas e muito mais. Pensando nisso, o Fashion Bubbles separou mais de 70 opções de tiaras para você escolher com passo a passo. Então, veja mais!

Enquanto isso, veja também Looks para Carnaval –Tendências da vez com dicas para cair na folia com conforto!

1.Tiara Medusa

A Medusa é uma das maiores inspirações para tiaras de Carnaval. Dessa maneira, você pode apostar na criatividade para criar o seu arco, usando, por exemplo, lantejoulas e flores.

Você se identifica mais com o Sol ou com a Lua? Faça sua escolha e divirta-se neste Carnaval fantasiada com essa ideia que promete bombar!

3.

Tiara da Frida Kahlo

A tiara da Frida Kahlo, artista mexicana, basicamente é uma tiara com flores, mais especificamente rosas. Se você quer homenagear uma mulher, assim como Anitta no Carnaval, essa pode ser uma boa escolha, por exemplo!

4. Tiara de flores

As flores estão sempre em alta e são óptimas inspirações para seu look de Carnaval. Dessa maneira, você pode apostar em rosas, girassóis, orquídeas e muito mais. Aliás, o importante é que combine com a sua personalidade.

5. Constelação – acessórios Carnaval 2023

As tiaras inspiradas em constelação estão super na moda! Dessa maneira, você pode escolher a cor e o estilo que mais se identifica. Nesse sentido, uma ótima opção para sua tiaras são as estrelas.

6. Borboletas

As borboletas sempre bombam no Carnaval. Então, que tal você fazer sua tiara e arrasar esse ano? Em seguida, veja algumas inspirações e o passo a passo!

7. Tiaras com frases – acessórios Carnaval 2023 com elas é possível interagir de forma divertida com outros foliões. Dessa maneira, existem inúmeras opções de plaquinhas que você pode combinar com a sua tiara! Então, abuse da criatividade e aproveite o nosso passo a passo!

Frases nos acessórios de Carnaval são uma óptima ideia, por exemplo, é se inspirar nos hits do TikTok. Nesse sentido, você pode usar a frase do Gil do Vigor na sua tiara de Carnaval.

9. Tiara de cacto

Depois de bombar no BBB 21, o cacto chegou para compor sua fantasia de Carnaval. Então, confira inspirações e o passo a passo para fazer sua tiara!

10. Sereia

8.

Tiara + plaquinha de Carnaval

As plaquinhas de Carnaval estão com tudo nesse Carnaval. Afinal,

Outra fantasia que protagoniza no Carnaval é a de sereia. Então, se você não quer gastar muito comprando ou fazendo uma fantasia inteira, vale a pena investir na tiara! Afinal, você pode produzi-la em casa!

Epic MegaGrants: “Kibwe”, animação de Moçambique entre dois mil projectos beneficiados

Desde 2019, o Epic MegaGrants apoiou 1.813 projectos em seis continentes e 92 países, um deles é “Kibwe”, filme de animação produzido em Maputo, liderado pela dupla Nildo e Halima Essá, que dirigem o FX Animation Studio. A primeira história apresenta o desenvolvedor solo Jonas Manke, que fundou o Studio Inkyfox na pequena cidade de Werther, na Alemanha. Ele pediu demissão do seu emprego como artista de animação, no qual ele trabalhava principalmente na indústria cinematográfica, para fazer Omno. Inicialmente, Manke começou a experimentar a Unreal Engine antes de decidir seguir o desenvolvimento de jogos solo em tempo integral. Este jogo de aventura e fantasia em terceira pessoa acabou sendo um dos primeiros beneficiados pelo Epic MegaGrants, que depois recebeu críticas “muito positivas” no Steam e acabou ganhando como o Melhor Jogo Indie no German Developer Awards de 2021. Além do apoio financeiro, Manke diz que o MegaGrant é uma grande motivação.

O próximo projecto nos leva ao hemisfério sul, na Nova Zelândia, onde entramos nos escritórios do estúdio CONICAL. O estúdio sediado em Auckland recebeu um MegaGrant que lhes permitiu desenvolver Green Fairy VR, uma fantástica experiência de realidade virtual projetada para crianças. O CONICAL produziu continuamente material sobre a PI e criou uma experiência de realidade aumentada. Depois de um tempo, The Green Fairy foi escolhido pela TVNZ para se tornar uma série animada. O estúdio agora está desenvolvendo um próximo jogo chamado Faeborne, que aproveita a PI, estabelecendo o CONICAL como pioneiro no espaço transmídia.

O fundador do CONICAL, Alejandro Davila, afirmou que o Epic MegaGrant permitiu que eles reforçassem a qualidade do projecto e abriu caminho para o estúdio receber financiamento inicial extra. O Director de Arte e Gerente de Projeto do CONICAL, Brad Thomson, declarou: “Nos deu a oportunidade de criar um estúdio de videogame e fazer algo pelo qual somos apaixonados”. Ele acrescentou: “Sem isso, não acho que teríamos chegado tão longe”. O próximo beneficiário do Epic MegaGrant é o Bluecurse Studios. Com sede em Edmonton, Canadá, a desenvolvedora é composta pela dupla de marido e mulher Jordan Gonzalez e Erisa Liu, respectivamente. O casal está trabalhando em tempo integral em seu primeiro jogo, Snacko. Descrito como um jogo de “aventura felina de fazenda”, o projecto feito com muito amor coloca os jogadores para revitalizarem uma ilha em ruínas. Inspirado em seus gatos da vida real, Snacko conta com um estilo de arte fofo e retrô. Inicialmente mantido por uma base de fãs on-line bastante vocal, Snacko recebeu um MegaGrant que a dupla diz ter solidificado seu caminho para garantir uma publicadora, além de fornecer à equipa mais espaço de desenvolvimento e um aumento de confiança. Actualmente, Snacko está programado para ser lançado no Nintendo Switch, Steam, PlayStation 4 e PlayStation 5. Por fim, o último projecto destacado no vídeo apresenta um próximo filme de animação vindo de Maputo, Moçambique. Liderado pela dupla de marido e mulher Nildo e Halima Essá, que dirigem o FX Animation Studio, a inspiração para ‘Kibwe’ surgiu do desejo de criar conteúdo animado com o qual as crianças da comunidade moçambicana pudessem se identificar. Desenvolvido usando a Unreal Engine 5, quando for lançado, ele será o primeiro longa-metragem de animação fora do país e fará parte da nova PI do estúdio, Os Pestinhas.

A dupla diz que o Epic MegaGrant permitiu que contassem a história da maneira que queriam, sem ter que fazer concessões para atrair investidores estrangeiros. Enquanto elaborava os objectivos do projecto, Nildo exclamou: “Queríamos poder colocar Moçambique no mapa e queríamos que as pessoas soubessem onde estamos e quem somos.”

Membros da NATO vão lançar rede de satélites para recolha de dados

Mais de metade dos (30) membros da aliança NATO, num total de 16 países, incluindo a Finlândia, Suécia e Espanha, acordaram lançar uma rede virtual de satélites nacionais e comerciais para recolha de dados do espaço.

A NATO defende que a “vigilância persistente do espaço” vai "facilitar uma melhor navegação, comunicações e detecção de lançamentos de mísseis", segundo comunicado divulgado, após o anúncio da rede virtual de satélites durante a reunião de ministros da defesa da NATO, quarta-feira, em Bruxelas. A organização transatlântica considera que a iniciativa "transformará a forma como a NATO recolhe utiliza os dados do espaço, melhorará significativamente a informação e vigilância da inteligência” e proporcionará “apoio essencial às missões e operações” aliados. Além da Finlândia, Suécia e Espanha, acordaram participar no projecto a Bélgica, Bulgária, Canadá, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Holanda,

Noruega, Polónia, Roménia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

Chamada ‘Persistent Alliance Surveillance from Space’, ou vigilância persistente do espaço, a iniciativa envolve uma plataforma virtual de “atcivos espaciais domésticos e comerciais, como satélites, aproveitando os últimos avanços” da tecnologia espacial comercial, segundo o documento.

“Isso ajudará a simplificar a recolha, partilha e análise de dados entre os aliados da NATO e com a estrutura de comando da OTAN, gerando economia de custos”, refere a NATO, explicando que foi a contribuição antecipada do Luxemburgo, de 16,5 milhões de euros, que “lançou as bases para a iniciativa”.

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