Noticiário 19 08 15

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Macaé, quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Polícia

NOTA

Jovem sofre tentativa de sequestro em Macaé.Pai da adolescente conseguiu impedir a ação e abordar o suspeito.

HOMICÍDIO

Juiz decreta sentença para crime ocorrido em 2005

Na época, a esposa da vítima disse ter sido a casa invadida por um assaltante, o qual atirou contra seu marido Ludmila Fernandes ludmila@odebate.com.br

N

a madrugada do dia sete de agosto de 2005, o engenheiro canadense Richard Atkinson, de 54 anos, foi assassinado com quatro tiros em sua residência no condomínio Green Park. Inicialmente, o caso foi investigado como um assalto mal sucedido, que resultou na morte do engenheiro. No entanto, em 16 de julho de 2012, o Ministério Público recebeu denúncia contra a companheira da vítima, Adriana Furtado Gonçalves, acusada de ser a autora do homicídio contra seu companheiro, segundo dados contidos nas investigações realizadas pela Polícia Civil. De acordo com o processo, a acusada pretendia se beneficiar de um seguro de vida feito pela vítima, no qual constava seu nome como única beneficiária, bem como pelo fato de a vítima ter demonstrado a intenção de se separar. Como resultado de um processo que se arrastou por tantos anos, finalmente no dia 14 de agosto de 2015, o juíz Dr. Wycliffe de Melo Couto decretou, então, a prisão preventiva da acusada, baseado nas informações do inquérito. As informações colhidas pelas investigações afirmam que, na noite do crime, havia apenas quatro pessoas na residência do casal: a vítima, Adriana, sua filha e uma sobrinha da acusada. Laudos de exames no local da ocorrência criminosa, assim como depoimentos de testemunhas, descartam a possibilidade de uma terceira pessoa ter entrado na moradia, ou ter deixado a casa pelas janelas, deixando claro que somente uma pessoa poderia ter ingressado na casa através dos acessos normais, isto é, pelas portas de entrada da casa. Além disso, o depoimento de um dos seguranças do condomínio, que recebeu a ligação da acusada informando sobre o ocorrido, atesta que, ao chegar à residência para prestar socorro, constatou que a porta

estava trancada. Corroborou, ainda, dizendo que não havia mais nenhuma outra pessoa na casa além das supracitadas, além de afirmar que, no dia em que ocorreu o fato, ninguém estranho adentrou ao condomínio pelos meios normais de acesso. Outro fato que o processo menciona é o depoimento do inspetor de polícia, que assumiu a investigação em fevereiro de 2012. “Richard e Adriana tinham uma vida conjugal atribulada, vivenciando diversos conflitos naturais entre casais”. Foi descoberto pela equipe um contrato prénupcial que delimitava algumas regalias e alguns ônus para ambas as partes. Uma das cláusulas mais marcantes era a que se referia à ruptura da relação sem nenhum benefício, caso fosse constatada uma traição, ou seja, a vítima se eximiria de pagar qualquer coisa à Adriana, caso houvesse o rompimento da relação conjugal. A equipe ficou surpreendida com a busca incessante de Adriana pelo recebimento do seguro de vida feito pela vítima. Advogados da seguradora vieram de São Paulo e estiveram com o Dr. Alan (delegado titular na DP de Homicídios em Niterói) e com seu sucessor, visando conseguir cópias do inquérito, já que havia um pagamento vultoso a ser feito, o qual girava em torno de duzentos e cinquenta mil dólares, sendo Adriana beneficiária direta desse seguro”. Quanto à participação de outro indivíduo na cena do crime, o inspetor disse: “As investigações apontavam para a participação de um suposto terceiro elemento na cena do crime, mas as perícias feitas trataram de anular tal hipótese. Primeiro, porque a porta estava trancada; segundo, porque a janela estava fechada. Não havia trajetória ou trajeto de um suposto terceiro elemento por outro compartimento da casa, alguém que tivesse entrado e saído por ali, após a suposta luta que ela tentou travar. Ela alegou que

WANDERLEY GIL

Juíz decreta prisão preventiva da esposa de vítima assassinada em 2005

Richard teria entrado em luta corporal com o suposto invasor, só que a vítima estava manietada por fita adesiva, o que seria no mínimo estranho que a acusada não tivesse tomado nenhuma atitude, mesmo diante da possibilidade do marido ser assassinado diante dos seus olhos, por um elemento que ela sugere estar na cena do crime. Tal alusão foi contraditada dentro da reprodução simulada. Mesmo porque não havia hipótese do Richard ter sido manietado nu, dentro do banheiro, sem anuência dele, sem que ele se permitisse ser manietado. Então, a equipe concluiu que aquilo poderia ser um jogo de sedução, através de drogas ou bebidas, que tenha levado o Richard permitir ser manietado com fita adesiva pela própria Adriana, haja vista que não foi constatada a par-

ticipação do terceiro elemento na cena do crime, que seria o invasor. Não existem provas desse terceiro elemento, a não ser o depoimento de Adriana. Nem os porteiros, nem o vigia do condomínio confirmam essa hipótese. Um dos porteiros, inclusive, estava fazendo ronda na rua no momento do crime, tendo ouvido dois estampidos”. Em seu depoimento, o inspetor também relata a dificuldade em encontrar a acusada, já que a mesma tinha o direito de ficar na comunidade europeia, por ter visto europeu, pois sua filha tem cidadania estrangeira. Por várias vezes, ela deixou de comparecer à delegacia e de levar a filha e a sobrinha, onde foi montada toda uma estrutura de psicólogos para ouvir as crianças na DP, mas Adriana impediu qualquer forma de acesso. Por

isso, elas não foram ouvidas. Finalmente, o juíz Dr. Wycliffe de Melo Couto decretou a prisão preventiva da suspeita. Contudo, por residir em outro país, coloca em risco eventual aplicação da lei penal em caso de condenação pelo Conselho de Sentença, tendo em vista que, depois de receber seu passaporte, a ré não mais compareceu aos atos do processo. Ainda, de acordo com o inquérito, está sendo cobrado aos órgãos competentes o cumprimento do mandado de prisão expedido em desfavor da acusada, notadamente em relação à representante da "Interpol". RELEMBRANDO O CASO

Na madrugada do dia sete de agosto de 2005, o engenheiro canadense Richard Atkinson,

de 54 anos, foi assassinado por um assaltante que teria invadido sua residência, em um condomínio de luxo na cidade. Ele era gerente de uma empresa canadense que prestava serviços a Petrobras na perfuração de poços e, junto com a sua esposa, teria sido surpreendido por um homem encapuzado por volta das 3h30 da madrugada. Segundo relato da companheira da vítima, ao invadir a casa, o assaltante forçou que a esposa amarrasse o engenheiro, mas temendo insucesso na sua ação, já que a vítima teria esboçado reação, o bandido deu quatro tiros no engenheiro, fugindo em seguida sem levar nenhum objeto. Os disparos da arma de fogo teriam sido ouvidos pelos vizinhos, que ligaram, imediatamente, para os dois porteiros do condomínio Green Park.

TRÁFICO DE DROGAS

Dois elementos são detidos com drogas no Lagomar DIVULGAÇÃO PM

Cocaína e dinheiro foram encaminhados para a 123ª DP quando em patrulhamento na Rua W30, Travessa 13, no Lagomar, uma guarnição da Polícia Militar (PM) abordou dois elementos identificados como envolvidos com o tráfico de drogas do local. Segundo as informações da PM, após revista pessoal foram encontradas três buchas de cocaína e R$1.980 em espécie. Os dois suspeitos, de 19 e 17 anos, foram conduzidos à 123ª DP. Após apreciação do delegado de polícia, um dos suspeitos ficou preso e o menor de idade apreendido. PRAÇA AMPRA

Após informações sobre a atuação de supostos trafi-

Na residência do suspeito estava escondido um revólver calibre 38, com cinco munições intactas, 40 pinos de cocaína e R$170,00 em espécie

cantes na Praça da Ampra, no Parque Aeroporto, policiais militares do Grupo de Ações Táticas I e II (GAT) foram até a localidade verificar os fatos. Lá chegando, obtiveram êxito em localizar a residência onde estava escondido

um revólver calibre 38, com cinco munições intactas, 40 pinos de cocaína e R$170,00 em espécie. Segundo a PM, o dono do material seria um menor de idade, que não estava no local. Outro adolescente, de 15

anos, que estava no local quando a polícia chegou, informou aos policiais que havia ido à residência comprar drogas. O mesmo foi ouvido e liberado em seguida. O auto da apreensão em flagrante foi registrado na 123ª DP.

Polícia Militar apreende R$1.980,00 com suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas


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