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CADERNO DOIS

CULTURAL

Concerto sinfônico da Nova Aurora acontece neste sábado

O Concerto no Teatro de Macaé de hoje será repleto de solistas convidados

A

Sociedade Musical Nova Aurora apresentará Concerto Sinfônico neste sábado (25) às 18h30 no Teatro Municipal de Macaé com entrada franca. Este concerto encerra a temporada de concertos do ano de 2017 da Banda Sinfônica em Macaé, mas quem quiser assistir a última apresentação do ano da Banda Sinfônica poderá se dirigir até Barra de São João/ RJ no próximo sábado, dia 2 de dezembro, onde a Banda Sinfônica se apresentará as 20hs na Beira Rio em frente ao Museu Casa de Casemiro de Abreu. O Concerto no Teatro de Macaé de hoje será repleto de solistas convidados acompanhados pelos 48 músicos da Banda Sinfônica Nova Aurora, que será regida pelo Maestro Titular e Diretor Artístico Hélio Rodrigues, interpretando de Fred Mercury e Andrea Bocceli até composições próprias de artistas Macaenses, como por exemplo: Chorando em Macaé, do clarinetista, professor, compositor Zé Rangel.

A Sociedade Musical Nova Aurora é um ponto veiculador da memória e da história macaense. Desde a sua fundação esteve presente ativamente nos eventos sociais, culturais, religiosos, profanos e civis. Fundada em 08 de junho de 1873, é a banda de música mais antiga de Macaé. A sua importância sociocultural se revela desde então, atuando no espaço da cidade com fins de ensino prático de música.

Programa de Concerto: Banda Sinfônica Nova Aurora Maestro Titular e Diretor Artístico: Hélio Rodrigues Ramin Djawadi/Arr: Michael Brow "Game Of Thrones" George Davis Weiss/Bob Thiele/ Louis Armstrong "What a Wonderful World" Solista: Leandro Márcio/Flugelhorn FromDisney Pctures/Arr: John Moss "A Disney Spetacular" John Willians/Arr: Calvin Custer Solista Fernanda Moraes - Violino "Theme From Schindler's List" Vittorio Monti/Arr: David Bennett Solista: Fernanda Moraes - Violino "Csárdás" Eric Clapton/Arr: Paul Murtha "Eric Clapton On Stage" Leonard Cohen/Arr: Michael Brow Solistas: Adriana Marcondes/Soprano, Adriano Uzah/Tenor e Marcus Vinícius/Barítono "Hallelujah" Adrea Bocelli/Arr: Marcus Almeida Solista: Adriana Marcondes/Soprano, Adriano Uzah/Tenor e Marcus Vinícius/Barítono "Vivo Per Lei" Freddie Mercury/Arr: Marcus Almeida Solistas: Adriana Marcondes/Soprano e Marcus Vinícius/Barítono "How Can I Go On" José Rangel/Arr: Daniel Martin Solista: Zé Rangel/Clarinete "Chorando Em Macaé" Luis Fonsi/Arr: Daniel Martins "Despacito For Symphonic Band"

Banda Sinfônica Nova Aurora - Músicos

SOCIEDADE MUSICAL NOVA AURORA "A Nova Aurora deixo aqui meu coração para o resto da minha vida." (Benedito Lacerda, em 14 de fevereiro de 1941).

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Macaé (RJ), sábado, 25, domingo, 26 e segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O anseio de pertencimento impulsionado pelo sentimento do macaense pela Sociedade Musical Nova Aurora é compartilhada por varias gerações orgulhosas do seu passado e também pelo dia interação com a história da música popular do Brasil. Músicos renomados iniciaram o seu aprendizado nesta centenária banda, onde aprenderam a amar a música que mudou suas vidas e os conduziram à fama e ao reconhecimento nacional e internacional. O edifício e a banda de música fazem parte de um imaginário cujo conjunto representava um símbolo

sonoro de poder e status. O prédio foi inaugurado em 1891 e é composto de grande historicidade. Seu estilo arquitetônico é considerado um belo exemplo de arquitetura do século XIX. O oratório da capela de Santa Cecília, situada no interior de sua edificação, é o único oratório de uma capela privada de Macaé a possuir provisão para a realização da Santa Missa e licença para a celebração do sacramento matrimônio, concedida por Dom Clemente José Carlos Isnard (Bispo Diocesano de Nova Friburgo/1960 - 1992), por

ocasião do primeiro centenário da instituição. A Sociedade Musical Nova Aurora é uma escola que através da música vem contribuindo para a valorização da cultura local e nacional. Em suas dependências mantém e preserva acervos e documentos de sua história. A sua banda de música é uma corporação produtora e divulgadora de gêneros musicais diversos. Por sua história passaram músicos que propagaram o cho ro, um estilo musical pertencente a nossa tradição cultural e de fundamental importância para a música popular brasileira.

Maestro Titular e Diretor Artístico: Hélio Rodrigues Flauta: Cristal Donnini e Walyson Leite Píccolo/Flautin - Cleyson Ramos Clarinetes: José Luiz; Willians Sikorsky; Michel Veiga; Welington Santos; Victor Carvalho e Rafael Cortes Clarone: Allan Pinheiro Fagote: Samir Imad Sax Alto: Eduardo Bruno; Dalton Freire; Rebeca Raibolt e Israel Coutinho Sax Tenor: Samuel Daher; Cauê Freire; Matheus Cândido e Eduardo Zavarize Sax Barítono: Alex Barreto Trompa: Vanderson Veiga; Leonardo Freitas; Ruan Rodrigues e Déborah de Oliveira Trompete: Fábio Corrêa; Leandro Márcio; Luís Eduardo; Abner Rodrigues Trombone Tenor: Juliano Nogueira; Josué Machado e Wesley Leite Trombone Baixo: Jeferson Povôa Euphonium: Jean Coutinho Tuba: Efraim Azeredo e Paulo Henrique Tímpanos: Érick Menezes Mallests: Jade Donnini e Marlon Nascimento Percussão: Francisco Estulano; Juliano Oliveira e Victor Moret

AFETOLOGIA - A CIÊNCIA DOS AFETOS por PAULO DE TARSO PEIXOTO

Paulo-de-Tarso de Castro Peixoto Compositor, pianista e arranjador / Graduado em Musicoterapia - CBM - RJ / Graduado em Filosofia - Unimes - Santos - SP / Pós-graduado em Educação, Currículo e Práticas Educativas - PUC - RJ / Pós-graduado em Psicopedagogia - UCAM - RJ / Especialista na Abordagem Gestáltica - Teresinha Mello da Silveira (RJ) Mestre e Doutor em Psicologia - UFF - Niterói - RJ / Pós-Doutorado em Filosofia - UFRJ e Université Paris-Est Créteil Val de Marne - Paris XII / Professor do Curso de Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial - LAPS-ENSP-FIOCRUZ / Professor do Curso de Pós-graduação em Humanidades na Contemporaneidade - UFRJ Macaé (RJ) / Professor do Curso de Pós-graduação em Psicologia Clínica na Abordagem Gestáltica - IPGL [sob a coordenação da PF. Dra. Teresinha Mello da Silveira].

A POÉTICA DEMOCRACIA Platão detestava a democracia e os poetas. Para ele a democracia é o melhor dos piores regimes, isto é, as pessoas falam, falam, falam, mas não sabem sobre o que falam. Para Platão a cidade deveria ser governada em nome de ideias claras e, para este projeto, o filósofo será o melhor governante. Platão defendia a política, mas ela seria coordenada por reis filósofos. Platão também detestava os poetas, pois estes mais confundem que explicam as coisas. Pois é... Platão não era um homem da complexidade. Ele tentou em sua teoria das ideias claras e distintas produzir uma visão de mundo, de vida e de homem super-racionais, uma sociedade que deveria

extinguir os afetos, as paixões humanas e tudo o que fosse indeterminado, imprevisível e polêmico. Platão não queria homens polêmicos que debatessem os caminhos da cidade na praça pública. Ele desejava com a sua teoria filosófico-política uma cidade super planejada por alguns homens especialistas que dariam o tom da cidade perfeita. Mas Platão esqueceu que aquilo que é primeiro são os afetos, as emoções, os sentimentos que temos pelas coisas da vida, pelo mundo que nos tece e nos alimenta. A vida é a obra complexa que se faz aqui-e-agora, a todo instante em cada vida, em cada rua, em cada comunidade, em cada família, em cada ambiente de trabalho.

Se a vida é uma obra complexa que se compõe permanentemente diremos que a vida é poética. A palavra poesia vem do grego: poiésis. Poiésis significa criação. A vida está sendo criada por você neste instante em que lê estas palavras. Você poderá sentir que a sua mente e corpo encontrarão pontos em comum com aquilo que v o c ê e st á l e n d o n e s te momento e, por sua vez, poderá encontrar sentimentos discordantes. Esta é a poesia da vida, este é o movimento criativo da vida: nos encontramos com pessoas, textos, músicas, alimentos, com a natureza, com outros animais, com tantas outras experiências e, através destes encontros, alimentamos a nossa exis-

tência. Será através do outro (e este outro pode ser um livro, uma vez que foi uma pessoa que o escreveu) que compomos para nós mesmos uma outra paisagem de vida. Esta paisagem poiética, criativa sempre é construída com outras pessoas. Estudando o filósofo Gilbert Simondon em meio às arvores e paisagens do Museu da República da cidade do Rio de Janeiro, vendo ao mesmo tempo a imagem da minha pequena Nicole que tinha seus 7 anos a brincar com os pássaros, com as folhas caídas no chão, tirando fotos dos pequeninos acontecimentos que se juntavam a nós, aprendi sobre o conceito de ‘alma’ na Grécia antiga. Apresento neste momento

apenas uma das acepções do conceito grego de ‘alma’. Alma vem do grego ânima, sendo aquilo que nos anima! A cada encontro animamos nossa vida, o sentido da vida, compondonos com outros seres, outras pessoas, outras ideias, com outros sentimentos. Somos, cada um de nós, uma coexistência: mesmo de olhos fechados poderemos ver e sentir a presença do mundo, das outras pessoas através das imag ens que recolhemos dos nossos encontros e que nos envolvem com suas lembranças misturadas com os desejos de outros encontros num futuro seja próximo ou distante. A democracia é pura poesia quando vemos o movimento da com-

posição social se fazer no dia-a-dia, como uma prática cultivada permanentemente e não de vez em quando. Assim temos a dimensão criativa da democracia: a t r avé s d a u n i ã o d o s afetos e dos sentimentos e da conexão entre as mentes poderemos construir os caminhos da vida democrática! Esta proposição já fora dita por Spinoza no século XVII. Este bem comum será desejado por todos, apesar das suas diferenças, em nome de uma cidade movida pelo espírito da liberdade! Poesia democrática, poiésis, criação de uma vida democrática que se faz no dia-a-dia: Pop-democracia. Abraço, Paulo-de-Tarso


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