Campo Largo 2030

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Saúde e Bem-estar

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Saúde e Bem-estar em 2012 Ao mesmo tempo em que Campo Largo é caracterizada por uma ampla infraestrutura de saúde e se destaca pelo montante de recursos financeiros aplicados na área, enfrenta também dificuldades em termos de atendimento pleno e humanizado. Relativamente ao tamanho da população do município, a infraestrutura de saúde é considerada adequada, principalmente em termos de número de leitos, equipamentos e recursos humanos. A cidade conta com 4 hospitais (1 público e 3 privados), 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma central de medicamentos única e informatizada, mantida pelo poder municipal. No que se refere ao número de leitos, Campo Largo está bem acima da média do Paraná, possuindo 5,1 leitos para cada 10 mil habitantes. Além do número de leitos bastante expressivo, destaca-se o fato da maior parte destes (86%) estar acessível à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Da mesma forma, o número de profissionais de saúde é adequado, o município apresenta 14,2 profissionais para cada mil habitantes, média superior a do estado, de 12,4, com a grande maioria atendendo a população pelo SUS (94%). O mesmo não ocorre em relação aos equipamentos de saúde, onde, apesar do município apresentar indicadores compatíveis com o estado, contando com cerca de 904 equipamentos, observa-se que apenas 14% destes estão disponíveis ao SUS, dificultando o acesso à população mais carente (MS, 2012; IBGE, 2010). Analisando os recursos financeiros aplicados em saúde no município, destaca-se a existência de intenções da iniciativa privada em realizar grandes investimentos nos próximos anos. Em se tratando de recursos públicos, segundo dados do Datasus, no ano de 2011 a despesa de Campo Largo por habitante foi maior que a média dos municípios paranaenses (R$ 254,32 e R$ 223,30 res-

pectivamente). No mesmo ano, a cidade empenhou na saúde 23% de sua receita total, valor acima do mínimo preconizado pela Constituição Federal de 15% (Emenda Constitucional nº 29/2000). Nota-se ainda que o município desde, o ano de 2000, aplica percentual acima do mínimo estipulado. Todavia, apesar de Campo Largo disponibilizar um montante significativo de recursos financeiros para a saúde, apresenta descontinuidade de políticas devido à rotatividade nos cargos decisórios relacionados à área. Além disso, apresenta fragilidades em seus mecanismos de auditoria, controle e avaliação do desempenho dos serviços de saúde. Tais particularidades acabam impactando no atendimento pleno e de qualidade, bem como nas características de saúde dos campolarguenses. Em termos epidemiológicos e de morbidade, segundo o Ministério da Saúde (2012), a população do município não difere muito das verificadas no estado do Paraná. As principais causas de morte da população em 2010 foram: doenças do aparelho circulatório (26,1%), neoplasias (17,7%), causas externas (13,1%) e doenças do aparelho respiratório (12,3%). Ressalta-se o fato dos óbitos de pessoas em idade produtiva (entre 15 e 59 anos) representarem um terço do total de mortes do município em 2010. Observa-se ainda, que no mesmo ano, 60,3% dos óbitos do município foram de indivíduos do gênero masculino, com destaque para as causas externas (acidentes, agressões, lesões, entre outros). No ano de 2011, as principais causas de internamentos no município foram: doenças do aparelho circulatório (19%), causas externas (16%), doenças do aparelho digestivo (14%) e doenças do aparelho respiratório (9%). As doenças infecciosas e parasitárias foram responsáveis por aproximadamente 4,5% do total de internações no mesmo período, com as principais sendo: septicemia, doenças infecciosas intestinais, doenças bacterianas, doenças virais, tuberculose respiratória e pulmonar, doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatite, infecção meningocócica, hanseníase (lepra), varicela e herpes zoster.


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