Finale

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— Nós precisamos sair daqui — Vee disse urgentemente, segurando a minha mão com força. — Por aqui. Antes que eu pudesse perguntar se Vee, também, tinha visto que o anjo caído quebrou o pescoço da menina, e se ela tinha visto, como ela estava possivelmente permanecendo tão calma, ela me empurrou para frente entre a multidão. — Não olhe para trás — ela berrou no meu ouvido. — E ande depressa. Andar depressa. Certo. O problema era que nós estávamos competindo com pelo menos umas cem pessoas para conseguir chegar até a porta. Em questão de segundos, a multidão tinha enlouquecido, empurrando e lutando para chegar a uma saída. A banda Serpentine tinha parado no meio da música. Não tinha tempo para voltar para Scott. Eu só poderia esperar que ele conseguisse escapar pelas portas do palco. Vee ficou atrás de mim, me empurrando tantas vezes por trás que eu imaginei se ela estava tentando proteger o meu corpo. Mal ela sabia que eu tentaria protege ela se os anjos caídos fossem atrás de nós. E apesar da minha única (porém torturante) sessão de treinamento com Dante essa manhã, eu não achava que eu teria alguma chance de sucesso. A tentação de voltar e lutar cresceu de repente dentro de mim. Nephilim tinham direitos. Eu tinha direitos. Nossos corpos não pertenciam aos anjos caídos. Eles não tinham um motivo justo para nos possuir. Eu tinha, apressadamente, prometido aos arcanjos que eu pararia a guerra, mas eu tinha um interesse pessoal no resultado. Eu queria guerra, e queria liberdade, de modo que eu nunca, nunca teria que me ajoelhar e prometer o meu corpo para outra pessoa. Mas como eu poderia conseguir o que eu queria, e acalmar os arcanjos? No fim, Vee e eu mergulhamos no ar frio da noite. A multidão fugiu na escuridão pelos dois lados da rua. Sem parar para recuperar o fôlego, nós corremos em direção ao Neon.


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