Jornal O Alto Taquari - 17 de fevereiro de 2012

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JORNAL O ALTO TAQUARI . Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012.

45 anos AT

Chimarrão e tererê conquistam o público O tradicional chimarrão teve espaço garantido. Dezenas de pessoas levaram suas cuias e desfrutaram da erva e da água quente disponibilizados pela ervateira Gaúcha da Serra. Sob coordenação de Cláudio Eisler e esposa Regane Eisler, representantes na região, o estande esteve movimentado. Foram servidos mais de 15 quilos de erva-mate, o que é considerado por Cláudio, o resultado de um bom evento. No domingo o casal trabalhou principalmente com o lançamento da ervateira, a erva Premium, que foi aprovada pelos consumidores. Os produtos da Gaúcha da Serra podem ser encontrados nos mercados de Arroio do Meio e região.

Já Daiana da Rosa, da ervateira Valério, aproveitou a oportunidade para demonstrar a erva para tererê e a linha de cosméticos Akatu e o AkatuLax. O tererê fez sucesso entre adultos e crianças que aproveitaram a opção para espantar o calor. Já os produtos Akatu, elaborados com erva-mate, conquistaram novos adeptos que puderam adquirir os produtos com preço especial. Em Arroio do Meio a linha Akatu pode ser encontrada na Farmácia Karisfarma. Também fizeram sucesso os chás especiais. Cada sachê leva uma mensagem de otimismo. Uma forma diferente de oferecer algo a mais para o cliente e consumidor.

Trilhos Urbanos Ari Teixeira jornalistari@gmail.com www.concriar.blogspot.com

Folia, beijos suados e uma andorinha Nunca gostei de baile de carnaval. Aquele suador, o pessoal pulando, caindo de bêbado e gritando as letras mais estapafúrdias que se poderia ouvir. Meu negócio era rock e bossa-nova. E nas rádios, só marchinha. Porque sou do tempo em que se compunha música de carnaval. E aí, o Allah-La-Ô substituía o Iê-Iê-Iê. Era um tal de “olha a cabeleira do Zezé, será que ele é...” Eu cabeludo não era e tinha de aguentar as piadas sem graças dos mais velhos e carecas caretas. Estande da Gaúcha da Serra preparou muitos chimarrões. Foram consumidos mais de 15 quilos de erva-mate

A atração da ervateira Valério era o mate gelado, além do AkatuLax e os cosméticos Akatu

Alegria garantida com os brinquedos Qual a criança que não gosta de se divertir nos brinquedos infláveis ou na cama elástica? Pensando em ter uma atração para as crianças que foram disponibilizados tais brinquedos, numa parceria com a Brinquedoteko, de Arroio do Meio. A empresa está no mercado desde 2009 e atua com aluguel de brinquedos infláveis, cama elástica e piscina de bolinhas. O proprietário Walter Kayser, o Teko, é formado em Educação Física, tendo conhecimento e experiência na área de recreação. Os brinquedos estão disponíveis para eventos diversos, sejam eles festas de aniversário, comunitárias, em escolas ou empresas.

Cotidiano| 3

Teco Kayser acompanhou as crianças brincando nos brinquedos da Brinquedoteko

Desfile de rua ainda me agradava, ensaio de escola de samba, mais ainda. Ali estava a essência! A magia do ritmo e, para um adolescente, a ginga sensual das mais lindas mulheres da face da terra. Foi nessa época, lá no início dos anos 70 que meu pai me presenteou – todo contente – convites para o baile em um tradicional clube de Porto Alegre. Com dinheiro contado, nenhuma possibilidade de fugir para uma praia qualquer e acabei aceitando, muito a contragosto. De repente lá, estava eu, hidratado a água mineral e refrigerante assistindo aos doidos, ao som de uma banda mais doida ainda. Tudo mudou quando percebi que na terceira volta daquela dança quase hipnótica, em círculos, percebi uma loirinha de olhos claros em uma minissaia colorida. Aliás, ela me percebera antes e assim, na quarta volta me aliei à turma de foliões. Era carnaval, ora. E de mãos dadas com a menina, vivi um memorável carnaval. Sem nenhum álcool, beliscando batatas-fritas e muito bem-acompanhado. Vivi meu momento arlequim e colombina, graças a um baile de carnaval. Não voltei aos bailes. Preferia mil vezes acompanhar os mais humildes desfiles de rua, ou fugir para um sítio do que a lambança quase selvagem dos clubes. Minha colombina, amor de carnaval, se desmanchara no confete do cotidiano, deixando uma saudade gostosa de beijos e carinhos urgentes, suados. Como dizia a marchinha “se a canoa furou, deixa virar,” foi por causa de alguém que não soube remar. E tomar “todas”, não vai apagar o que afoga a alegria nas águas da insatisfação. Fugir de casa e voltar na quarta-feira de cinzas, pior ainda. O que é ruim piora. Certa vez, uma amiga, com um casamento de sete anos aproveitou que o marido estava no exterior e caiu na folia. Aprontou e voltou para casa cheia de culpas. Pior, bêbada, entregara cartão com endereço e telefone para o estranho com quem pulara uma noite inteira. É claro que deu problemas. O casamento já não estava lá grande coisa, acabou sem bandeira branca e ela, com a imagem enxovalhada de “mulher casada, que fica sozinha. É andorinha, é andorinha”. Só para encerrar com a profética marchinha dos velhos tempos.


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