ANAIS do I Encontro Spread The Sign: Região Sudeste IV Simpósio Nacional Sinais em Foco

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Copyright © Tathianna Prado Dawes, Luciane Rangel Rodrigues, Ana Regina e Souza Campello, Helena Carla Castro, Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco e Tatiane Militão de Sá Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores e autores. EDIÇÃO Tatiane Militão de Sá REVISÃO Tathianna Prado Dawes CAPA E DIAGRAMAÇÃO Tatiane Militão de Sá e Tathianna Prado Dawes I Encontro Spread The Sign: Região Sudeste IV Simpósio Nacional Sinais em Foco

DAWES, Tathianna Prado; RODRIGUES, Luciane Rangel; CAMPELLO, Ana Regina e Souza; CASTRO, Helena Carla FRANCISCO, Gildete da Silva Amorim Mendes SÁ, Tatiane Militão de

1ª Edição Dezembro de 2017 ISBN: 978-85-923216-7-3 UFF Universidade Federal Fluminense Centro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil CEP 24.020-141 http://ndpisuff.wixsite.com/sinaisemfoco


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COMISSÃO ORGANIZADORA Tathianna Prado Dawes Luciane Rangel Rodrigues Ana Regina e Souza Campello Gildete da Silva Amorim M. Francisco Tatiane Militão de Sá Helena Carla Castro

COMITÊS ESTRUTURANTES COMITÊ DE AVALIAÇÃO/ANAIS Tathianna Prado Dawes Luciane Rangel Rodrigues Ana Regina e Souza Campello Tatiane Militão de Sá Mariana da Cunha Teixeira de Souza

COMITÊ FILMAGEM E FOTOGRAFIA Lucio Lugão de Macedo Jeanie Liz Marques F. de Macedo Luzia Fátima G. Caputo Julio Cesar Zelaya Rosales Paulo Roberto Gomes Janiques

COMITÊ DE APOIO Ana Regina e Souza Campello Luciane Rangel Rodrigues Tathianna Prado Dawes Priscilla Fonseca Cavalcante Luciane Cruz Silveira Erika Winagraski Luzia Fátima G. Caputo Alex Sandro Lins Ramos Erick Rommel Hipólito de Souza Mariana da Cunha Teixeira de Souza Gildete da Silva Amorim M. Francisco Vanessa Alves Sousa Lesser

COMITÊ VOLUNTÁRIO Gabriel Simonassi de Araújo Pires Paula da Costa Cumarú Iara Alves Hooper Vasconcelos Maíra Soares Henriques Carolina Teixeira Guedes Paulo Roberto Gomes Janiques Alice Caldas de Morais S. Coutinho Leticia Fernandes A. Monteiro COMITÊ FINANCEIRO Helena Carla Castro Neuza Rejane Wille Lima


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SUMÁRIO Parte I O EVENTO SINAIS EM FOCO E SPREAD THE SIGN - REGIÃO SUDESTE ............................................................................................................06 Parte II PROGRAMAÇÃO ..................................................................................08 Parte III RESUMOS ............................................................................................11 Parte IV FOTOS ...................................................................................................27


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PARTE I

- Sobre -


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O EVENTO SINAIS EM FOCO E SPREAD THE SIGN - REGIÃO SUDESTE O Núcleo de Desenvolvimento de Produtos de Processos Inclusivos na perspectiva da Surdez (NDPIS), coordenadora Profª Dra. Ana Regina Campello, junto com o Programa de Pós Graduação em Ciências e Biotecnologia (PPBI), coordenadora Profª Dra. Helena Carla Castro e teve como parceria o Sinais em Foco, coordenada pela profª Ms. Luciane Rangel e o Spread The Sign – Região Sudeste, pela Profª Dda. Tathianna Dawes e também colaborou o Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI), coordenadora Prof Dra. Neuza Rejane Wille, apoiou e organizou o evento IV Simpósio Nacional Sinais em Foco e o I Encontro Spread The Sign – Região Sudeste, visando divulgar Libras – a Língua Brasileira de Sinais possibilitando conhecimentos em diversas áreas. O evento foi realizado nos dias 5 e 6 de outubro das 9hs às 17hs, no Campos Gragoatá, Bloco E, e contamos com palestrantes, pesquisadores surdos e ouvintes, realizamos oficinas de sinais científicos de diversas áreas, apresentação de pôster e lançamento de livros, organizado por membros, além da UFF contamos com várias instituições como INES, UFRJ, UFRRJ, FIOCRUZ para proporcionar o tal evento. Esta publicação trará registro compilado das produções oriundas das apresentações de pôsteres, e fotos das palestras, oficinas e lançamento de livros acontecidas no evento. Esperamos que esta leitura possa ser proveitosa e gerar boas reflexões.

Boa leitura.


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PARTE II

- Programação -


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Local: Auditório do Bloco E - Campus Gragoatá. Universidade Federal Fluminense - Niterói/RJ Horário de 8:00 - 17:00 horas.

PROGRAMAÇÃO Quinta-Feira – dia 05 Com presença de interpretes 8:00: 9:00 – Credenciamento 9:00: 9:30 – Abertura 9:30 -10:45 – Mesa redonda “O papel dos glossários da divulgação de sinais científicos” Glossário científico em Libras e a possível internacionalização de sinais Profª Draª Julia Barral Dodd Rumjanek (UFRJ) Glossário de Química em LIBRAS – Profª Ms. Joana C. Saldanha (INES) /Profª Ms Jomara Mendes Fernandes (UFJF) Mediadora: Profª Ms Mariana Cunha 10:45 – Coffee Break 11:00 – 12:00 - Relato de experiência Participando de um Glossário Científico na Escócia em Língua de Sinais”. Palestrantes: Profª Dra. Vivian Rumjanek (UFRJ) Lorena Assis Emidio (UFRJ) Bruno Baptista dos Santos (UFRJ) Mediadora: Profª Ms. Tathianna Dawes (UFF) 12:00 – Almoço 13:00 - apresentação de pôsteres e lançamento dos livros das autoras Profª Ms Gildete Amorim Profª Dra Rejane Willie Ms. Carla da Silva Souza


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PROGRAMAÇÃO Quinta-Feira – dia 05 Com presença de interpretes 14:00 - 15:00 Mesa redonda “Plataforma online: uma ferramenta acessível” Spread TheSign Brasil Profª Dra Lodenir Becker Karnopp (UFRGS) Spread TheSign Sudeste Profª Ms Tathianna Prado Dawes (UFF) Mediadora: Profª Dra.Helena Carla Castro (UFF 15:00 – 17:00 - Oficinas de LIBRAS; Oficina 1: Sinais de biologia – Coleta e resultados Palestrantes: Paula da Costa Cumaru / Maíra Soares Henriques (alunas de Ciências Biológicas/UFF) Oficina 2: Sinais de química – coleta e resultados Palestrante: Iara Alves Hooper Vasconcelos (Aluna de Engenharia Química/UFF) / Caroline Teixeira Guedes (Aluna de Química/UFF) Oficina 3: Ensino de sinais dos municípios do Estado do Rio de Janeiro Palestrante: Profª Ms Vanessa Alves de Sousa Lesser (INES/CMPDI-UFF) Oficina 4: Vocabulário Digital em Libras para saúde Palestrante: Profª Ms Gildete da Silva Amorim (UFF) 17:00 - encerramento

Sexta-feira – dia 06 Língua Oficial - Libras sem presença de intérpretes 9:00 -10:45 – Mesa redonda “A teoria na criação de sinais acadêmico-científicos” ProfªMs Gildete Amorim ( Universidade Federal Fluminense) Saúde Profª Dr. ErikaWinagraski ( Instituto Nacional de Educação de Surdos) – Biologia


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PROGRAMAÇÃO Sexta-feira – dia 06 Língua Oficial - Libras sem presença de intérpretes Prof Ms Erick Rommel de Souza (Universidade Federal do Rio de Janeiro) – Es. Física Prof Ms Priscilla Cavalcante (Instituto Nacional de Educação de Surdos) - Direito Mediadora: Profª Luciane Rangel 10:45 – Coffee Break 11:00 – 12:00 - Palestra Dra Ronice Quadros Tema : Língua de Herança de Libras ”. Mediadora: Profª Dra Ana Regina Campello 12:00 – Almoço 13:00 - Premiação dos Pôsteres 14:00 - 15:00 Oficinas de LIBRAS Oficina 1: Sinais de Biologia – Coleta e resultados Palestrantes: Profª Dr. ErikaWinagraski ( Instituto Nacional de Educação de Surdos)

Oficina 2: Sinais da área de Direito– coleta e resultados Palestrante: ProfªMs Priscilla Cavalcante (INES) Oficina 3: Ensino de sinais da área de Educação Física Palestrante: Prof Ms Erick Rommel de Souza (UFRJ) Oficina 4: Libras para Saúde Parte II - Vocabulário Digital Palestrante: ProfªMs Tatiane Militão / Gildete Amorim (UFF) 15:00 – 17:00 - Lançamento do Livro da Profª Dra Ronice Quadros 17:00 - Encerramento


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PARTE III

- Resumos -


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ANALISE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA DOS ALUNOS SURDOS OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA DO IFFLUMINENSE CAMPUS CAMPOS CENTRO Caio José Pires Soares¹, Daniella Soares Nogueira Ribeiro² e Cristiane Silva Ribeiro³ Rua Dr. Siqueira, 273 – Parque Dom Bosco – Campos dos Goytacazes – RJ, 28030-130- Brasil (Coordenação de Licenciatura em Geografia – Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro) *cristiaine.ribeiro@iff.edu.br Introdução: A proposta deste artigo e observar a relação na estrutura epistemológica na área física e humana da geografia e as dificuldades que os surdos apresentam no eixo da humana. Nessa pesquisa tem por objetivo analisar o processo de ensino aprendizagem dessa estrutura geográfica para os alunos surdos ou com deficiência auditiva do Instituto Federal Fluminense - IFF Campus Campos Centro na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ. Para isso, foi feito um levantamento do perfil dos discentes surdos desse campus, as metodologias usadas pelos professores e a assistência feita pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNEE), para a coleta de dados desse estudo foram elaborados três questionários como instrumento. Entendendo que há avanços considerados, porém percebesse que o Instituto tem grande potencial para desenvolver um trabalho mais significativo, entretanto precisa de mais profissionais. Objetivo: Analisar o processo de ensino-a aprendizagem de Geografia dos alunos surdos ou com deficiência auditiva no IF Fluminense através de um levantamento sobre o contexto dos alunos, e das metodologias utilizadas pelo NAPNEE. Resultados: O presente artigo teve como estrutura um roteiro de aplicação de questionário e entrevista do tipo semiestruturada, tanto com os alunos e os intérpretes quanto com a coordenadora do IF Fluminense. Esse trabalho utilizou uma abordagem qualitativa, e a pesquisa qualitativa é caracterizada na tentativa de explicar o significado e as características dos resultados das informações obtidas através de entrevistas ou questões abertas. Como resultado houve o aprofundamento dos graduandos no que tange a educação inclusiva, já na análise dos resultados constatou-se que os professores apresentam algumas dificuldades para abordar a área de humanas, mais do que a física, e que muitas dessas dificuldades podem ser minimizadas por meio de diálogos entre aluno surdo e professor sobre como trabalhar essa questão, pois os mesmos apontam respostas. Conclusões: Ao analisar por meio de questionário, o processo de ensino aprendizagem de Geografia no IFF, com o intuito de conhecer à fundo a educação inclusiva, pode-se perceber que existem muitos avanços, porém existe ainda grande potencial para melhoras na educação dos surdos no IFF, identificando durante a aplicação do questionários e entrevistas necessidades de mais projetos, por exemplo um projeto específico para auxiliar os alunos surdos na entrada do mercado de trabalho, pois a instituição possui um maior foco na formação dos alunos na área técnica. Palavras-chave: Geografia, Educação de Surdos, IFFluminense.


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A QUÍMICA AO ALCANCE DE ALUNOS SURDOS, UMA PROPOSTA INCLUSIVA VOLTADA PARA O CAMPO VISUAL Kenia Pereira Chagas Waquim 1 e Cristiaine Silva Ribeiro 2 Endereço: Rua Dr. Siqueira, 273 - Parque Dom Bosco, Campos dos Goytacazes, RJ, CEP: 28030130 (IFFluminense campus campos centro. Coordenação de letras/Napnee) *cristiaine.ribeiro@iff.edu.br

Introdução: Estudos recentes têm demonstrado o significado e o papel dos professores no processo de ensino e aprendizagem de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), decisões equivocadas produzem barreiras para a educação e socialização desses alunos. É nesse momento se pensa em inclusão, ou seja, em respeitar as diferenças e não deixar ninguém de fora. Considerando as dificuldades encontradas por alunos surdos, professores e interpretes no processo de ensino/aprendizagem de química, a carência em métodos pedagógicos nas escolas voltada para esse alunado e a existência de poucos trabalhos relacionados ao ensino dessa temática, que o presente estudo visa identificar as dificuldades apresentadas na disciplina química traçando estratégias que abrangem mais o campo visual e que propiciem o uso de materiais associados aos fenômenos facilitando o processo de ensino aprendizagem de alunos surdos. Objetivo: Trabalhar o conteúdo de química de forma inclusiva, utilizando proposta didáticopedagógica voltada para o campo visual. Resultados: A pesquisa é um trabalho de monografia que se encontra em fase de desenvolvimento, portanto apresenta resultados parciais. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa com característica descritiva por meio de levantamento padronizado de coleta de dados a partir de pesquisa semiestruturada com perguntas abertas e fechadas, cujo público alvo são alunos surdos do 9° ano e ensino médio de escolas públicas do munícipio de Campos dos Goytacazes. A química é uma ciência muito abstrata e de difícil entendimento para o aluno surdo, devido a falta de sinais específicos que auxiliem na compreensão do conteúdo, além disso, em observações prévias feitas em turmas regulares que tenham alunos surdos, verificou-se que esse alunado é tratado de forma diferenciada, que há deficiência em métodos pedagógicos, falta de material de apoio para professores e necessidade de interpretes para elucidar e assistir esses educandos, provocando desânimo, desmotivação e desistência. É nesse ponto que reintera-se a importância do professor como mediador e principal incentivador no processo de ensino/aprendizagem desses indivíduos. Conclusões: Acredita-se que uma proposta didático-pedagógica com estratégias diferenciadas voltadas para o campo visual, poderão auxiliar os alunos surdos e facilitar o aprendizado de todos os outros no conteúdo de química. Palavras-chave: Educação de Surdos, Ensino de Química, Recursos Imagéticos


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O IMAGÉTICO NO ENSINO DA GEOCIÊNCIAS PARA ALUNOS SURDOS Maria Isabela F. do Espírito Santo Silva¹; Tairine Rangel Sá² e Cristiaine Silva Ribeiro³. R. Dr. Siqueira, 273 – Pq. Dom Bosco, Campos dos Goytacazes – RJ, 28030-130 – Brasil (Coordenação de Letras / NAPNEE - IFFluminense campus Campos Centro.). *cristiane.ribeiro@iff.edu.br

Introdução: O ensino de geografia através de recursos imagéticos para educandos surdos é o tema de um projeto de monografia de alunas do curso de Licenciatura em Geografia, que surgiu a partir da disciplina de Libras que faz parte da grade curricular da graduação, despertando o interesse na educação de surdos, visto que foi identificado a necessidade de trabalhos voltados para essa área. Objetivo: Abordar uma proposta diferenciada de como trabalhar o ensino de Geografia para educandos surdos e deficientes auditivos, por meio de recursos imagéticos e pelo incentivo ao uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras), entendendo que estes necessitam de maior recurso visual para auxiliar na compreensão dos conteúdos e no processo de ensino-aprendizagem. Resultados: Visando contribuir na formação educacional e social de estudantes do primeiro ano do Ensino Médio Regular na disciplina de Geografia, será realizado um recorte em Geomorfologia com enfoque nos relevos terrestres brasileiros através do desenvolvimento de atividades em escolas estaduais do município de Campos dos Goytacazes-RJ com a aplicação de aulas teóricas expositivas sobre o tema escolhido, fazendo o uso de maquetes que serão construídas para representar as macroformas do relevo terrestre (Planalto, Depressões e Planícies) que terão placas com legendas em Português e Libras com a finalidade de demonstrar visual e materialmente as diferenças entre as três representações dos relevos terrestres brasileiros. Nossos objetivos finais são desenvolver, testar e avaliar o uso dos recursos imagéticos como instrumentos didáticos auxiliadores no processo de ensino-aprendizagem de alunos surdos, e dessa forma, contribuir também na formação acadêmica dos licenciandos em Geografia. Como resultado parcial, temos a aplicação do projeto em forma de seminário aos licenciandos do sétimo período de geografia do Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro, destacando que este é um trabalho de conclusão de curso e encontra-se em fase de elaboração. Conclusões: Considerando a relevância do tema, bem como sua contribuição na formação docente e discente dos educandos da nossa instituição e de toda a comunidade externa envolvida, visando aprimoramento na qualificação de profissionais que atuam e/ou desejam atuar nessa área. Palavras-chave: Recursos Imagéticos, Educação de Surdos, Ensino de Geografia.


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A VISÃO DOS PROFESSORES DA NEJA III E IV DO COLÉGIO ESTADUAL QUINZE DE NOVEMBRO SOBRE OS TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LIBRAS Luciana Muniz1, Josimary dos Santos Cordeiro Soares2* ¹ Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ² Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Brazil *josimarysc@yahoo.com.br

A atuação do Tradutor e Intérprete de Libras na educação (TILS) tem sido crescente devido ao aumento do número de matrículas de alunos surdos em escola regular. Com a regulamentação do direito do surdo de ter uma educação bilíngue, o TILS tornou-se responsável, por grande parte da acessibilidade linguística do surdo. Desta forma, este profissional também está presente na sala de aula e, consequentemente, torna-se mais um fator de estranhamento, mudança de rotina e adaptação para o professor. A relação em sala de aula deixa de ser professor/aluno e passa a ser professor/ TILS /aluno. O TILS será o mediador na relação e comunicação entre o surdo e o professor. Desse modo, este trabalho buscou verificar a visão dos professores do Neja III e Neja IV de um colégio estadual situado na cidade de Campos dos Goytacazes/RJ sobre o tradutor e intérprete de libras, através da expressão da sua opinião em resposta a um questionário contendo cinco questões. Os dados coletados indicaram que os professores não se sentem preparados, capacitados, apoiados, encorajados e estimulados a enfrentar os desafios aparentes da inclusão. Todos acham importante a presença do TILS em sala de aula e, quanto ao processo de aprendizagem, todos os professores afirmaram ser facilitada pela presença do TILS por julgar que este profissional consegue perceber as reais necessidades do aluno surdo e supri-las, delegando assim, ao TILS a responsabilidade do aprendizado desse aluno. Ampessan, Guimarães e Luchi (2013) afirmam que o aluno surdo é de responsabilidade do professor, assim como todos os outros alunos, ele apenas tem outra língua, e para chegar a sua fala até o surdo há um intérprete na sala de aula. Os autores afirmam que o professor deve encarar o intérprete como um aliado necessário para efetivar a sua comunicação com o aluno surdo. Sendo assim, conclui-se que os professores reconhecem o TILS como o mediador na comunicação, o referencial de amparo, ajuda e segurança para o surdo, assim como, o facilitador da aprendizagem. Reconhecem a sua importância e o seu valor, mas não vislumbram a possibilidade de um trabalho em conjunto para tornar a inclusão do surdo o mais próxima do ideal. Palavras–chave: educação inclusiva, tradutor e intérprete de Libras, surdos, professor.


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A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS ACESSÍVEIS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA AOS ALUNOS SURDOS Mauricio do E. S. Barreto, Ludmila V. F. Franco Rua: José do Patrocínio, 71- Centro, Campos dos Goytacazes – RJ, 28010-385- Brasil (Instituto de Ciência da Sociedade e Desenvolvimento Regional- Universidade Federal Fluminense). * Email: ludmilaveiga@id.uff.br Introdução: Ao pensarmos na educação de alunos surdos, precisamos levar em consideração as diferenças entre uma língua oral x língua visual para então decidirmos estratégias de ensino. Diante da diferença entre estas modalidades de línguas, surge à necessidade da proposta de uma pedagogia visual, voltada aos alunos surdos, Campello (2008:28), define a pedagogia visual como “aquela que se ergue sobre os pilares da visualidade, ou seja, que tem no signo visual seu maior aliado no processo de ensinar e aprender.” Logo, pensar no ensino da geografia para alunos surdos requer mudanças e estratégias propícias para alcançar o sucesso na aprendizagem. Segundo Fonseca e Torres (2014) “A Geografia, por sua própria lógica de conhecimento, caracteriza-se pelas relações entre fenômenos físicos e humanos, ou entre a sociedade e a natureza, também presta sua contribuição na escola para a realização da interdisciplinaridade, confirmando sua exclusividade, ou seja, que ela própria se forma a partir de grande variedade de temas, conservando sempre o espaço geográfico como eixo principal.”, pensando na especificidade da Língua Brasileira de Sinais, Libras, “língua percebida pelos olhos, a língua brasileira de sinais apresenta algumas peculiaridades que são normalmente pouco conhecidas pelos profissionais”. Quadros (2004:20). Por isso, é necessário tornar o ensino de geografia mais acessível aos alunos surdos, por ser uma questão de respeito à cultura e especificidade da língua, desta forma, torna-se importante identificar e compreender melhor estratégias para ensino da disciplina de modo que seus elementos, seus conteúdos do dia a dia: Espaço, Região, Território, lugar e Paisagem possam ser compreendidos assim como seus fenômenos geográficos de maneira clara por estes alunos. Objetivo: Identificar os tipos de recursos possíveis para o ensino de geografia para alunos surdos; Apresentar os benefícios da utilização destes recursos didáticos: Datashow, mapas, globo terrestre, quadrinhos ou tirinhas com temas atuais para que se desperte maior interesse dos alunos surdos, assim como a utilização de outros possíveis recursos que serão levantados na pesquisa. Metodologia: Será realizada através de pesquisa bibliográfica e entrevistas aos professores graduandos de geografia. Resultados: A pesquisa ainda encontra-se em andamento. Conclusão: Podemos então entender a importância da Libras nas escolas e aos alunos, e que junto a ela sejam utilizadas diversas estratégias de ensino, como a utilização de recursos didáticos diversificados, para que possa facilitar a compreensão de diversos assuntos, e que a estranheza seja deixada de lado, e seja compreendido o diverso e rico conteúdo da geografia. Palavras-chaves: Geografia, Libras, Recursos Didáticos, Ensino.


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A NECESSIDADE DE FORMAÇÃO EM LIBRAS PARA OS PROFESSORES: UM PRESSUPOSTO PARA A INCLUSÃO Sabrina dos Reis Cuimar, Victor dos Santos Nascimento e Ludmila Veiga F. Franco R. José do Patrocínio, 71 - Centro, Campos dos Goitacazes - RJ, 28010-385- Brasil ( Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional - Universidade Federal Fluminense.) *

ludmilaveiga@id.uff.br

Introdução: Refletir sobre a educação do aluno surdo no Brasil, é pensar, costumeiramente, em um aluno que passou por um processo de escolarização em que a sua primeira língua foi legada ao esquecimento e em uma cultura escolar, na qual está inserida a sala de aula, que não está preparada para recebê-lo, tanto nos aspectos de capacitação profissional dos professores, quanto nos processos culturais em que os outros agentes do sistema educacional estão envolvidos, incluindo-se aqui alunos ouvintes e servidores em geral, pois segundo Rosa (2011:154) “A educação de surdos é feita por aqueles que participa dela”. Objetivo: O presente projeto visa estudar a progressão escolar do aluno surdo, ressaltando a importância de debater a inclusão em várias esferas da sociedade, fomentando tal debate para futuros professores que encontrarão estes alunos nas escolas, nas universidades e em diversos espaços sociais. Resultados: Juntamente com a análise das fontes, está sendo feito um estudo sistemático da bibliografia referente ao tema da pesquisa. Foram lidos e debatidos autores como Fernandes, Gesser, Rosa, Lehmann, entre outros. É importante repensarmos essa formação docente e fomentar o debate crítico acerca do bilinguismo, da inclusão e de como ele é fundamental para a nossa profissão. A pesquisa, que se encontra em andamento, se dará com levantamento bibliográfico, entrevistas com professores e demais profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do aluno surdo. Conclusões: Pensar e colocar em prática no cotidiano da escola ações que visem incluir de facto não apenas o alunado surdo, mas toda a comunidade surda que está envolta da escola, transpondo as barreiras da comunicação e criando um espaço de valorização do maior número possível de culturas brasileiras. Palavras-Chave: Libras. Pessoa Surda. Inclusão. Capacitação Profissional. Ensino de História.


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A INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES Teresa Monteiro, Ludmila V. F. Franco* R. José do Patrocínio, 71 - Centro, Campos dos Goitacazes - RJ, 28010-385- Brasil (Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional - Universidade Federal Fluminense.) *

ludmilaveiga@id.uff.br

Introdução: Através da Lei nº 10.436/02, a Língua Brasileira de Sinais- Libras, tornou-se reconhecida como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas no Brasil sendo regulamentada pelo Decreto nº 5.626/05 permitindo aos surdos o direito a comunicação, informação e acessibilidade. Mesmo com estes direitos garantidos, as pessoas surdas enfrentam grandes desafios no Brasil as quais podemos citar: não difusão e valorização da língua, a falta de acessibilidade em Libras, o não preparo de profissionais capacitados e habilitados para o ensino e tradução da língua; falta de recursos didáticos acessíveis. Estas dificuldades encontram-se em diferentes espaços públicos e dentre eles na educação. Segundo Quadros (2008:45) "Percebe-se que os surdos passam a ter um papel importantíssimo no processo educacional no momento em que a língua de sinais passa a ser respeitada como uma língua própria dos membros deste grupo social". Objetivos Conhecer a realidade das escolas municipais de Campos dos Goytacazes quanto sua prática pedagógica no ensino dos alunos surdos; Identificar quantas e quais escolas municipais possuem surdos matriculados na educação básica; Mostrar a importância e necessidade do processo de inclusão dos surdos no município; Propor parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) para capacitação dos profissionais envolvidos no processo de inclusão dos alunos surdos nas redes municipais. Resultados: Através de pesquisa de campo, descobriu-se que aproximadamente 23 “deficientes auditivos”, nomenclatura passada pela secretaria de educação, estão matriculados nas escolas municipais de Campos dos Goytacazes, apenas, 5 alunos são fluentes, sabem o básico e 10 destes alunos não sabem ou estão aprendendo Libras, as escolas não possuem intérpretes atuando em salas regulares e 1 vez por semana ocorre capacitação para professores da rede pública e acontece orientação aos profissionais que atuam diretamente com os alunos surdos, porém a pesquisa encontra-se em andamento. Conclusão: É através da língua de sinais que as interações surdos x ouvintes acontecem, e a escola tem grande influência nisso. A promoção da acessibilidade através da presença de tradutor e intérprete de Libras nos espaços escolares e dentro da sala de aula, é uma garantia legal. Estas medidas devem ser ofertadas pelas instituições públicas ou privadas em suas três esferas; federal, estadual e municipal, como forma de proporcionar informação, educação e comunicação aos surdos. Portanto, a Libras deve ser respeitada e valorizada assim como a língua portuguesa, pois através dela que se propcia a comunicação e a acessibilidade comunicacional as pessoas surdas do Brasil.

Palavras-chave: Surdo, Libras, educação básica, inclusão


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OS SINAIS DA ÁREA DE QUÍMICA E O SEU USO NO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA DO IF FLUMINENSE Estela Pêgo Lima 1, Fabíola Damasceno de Lourdes 2, Jéssica da Silva Maciel 3, Taynara Thaís Manhães de Souza 4 e Cristiaine Silva Ribeiro 5 (IF Fluminense campus Campos Centro. Coordenação de Licenciatura em Ciências da Natureza – Química / Napnee) *

cristiaine.ribeiro@iff.edu.br

Introdução: As pessoas surdas enfrentam dificuldades em participar do meio educacional e, em grande parte, são excluídas de desenvolverem ou darem continuidade a seus estudos, pois a escola possui dificuldade em lidar com esse universo de pessoas (SOUZA e SILVEIRA, 2009). Essa realidade ocorre devido à maioria dos professores não saberem se comunicar em Libras e também devido à ausência de intérpretes nas salas de aula. Para que os professores saibam lidar com os alunos surdos, é necessário que em sua formação os mesmos sejam preparados para que busquem métodos e artifícios que façam com que a aula seja compreendida. Para isso, é importante que o professor saiba a importância e a necessidade de inclusão do aluno surdo na aula de Química e assim procure alternativas que facilitem o aprendizado do mesmo. Objetivo: O presente trabalho visou fazer um levantamento dos sinais existentes na área de Química e conhecer a realidade do ensino para os alunos surdos no Técnico em Química no IF Fluminense Campus Campos Centro, no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Resultados: Mediante a investigação de artigos e meios tecnológicos que abordam os sinais existentes na área de Química e na pesquisa da realidade do campus sob esse aspecto, através de uma entrevista feita com um dos intérpretes, foram discutidas as dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem na área por estudantes surdos, que tem como peça fundamental de aprendizado o uso da LIBRAS e os obstáculos enfrentados pelos intérpretes em traduzir os conteúdos. Obteve-se como resultado, que a escassez de sinais nesta área da Ciências da Natureza é notória, sendo uma grande dificuldade no processo de ensino-aprendizagem do aluno surdo, uma vez que acarreta implicações no trabalho do intérprete, tornando-se necessário a criação de novos sinais para facilitar e obter maior eficácia no ensino para o estudante surdo. Devido esta carência de sinais, alguns institutos criaram seus próprios sinais com o intuito de ajudar a comunicação e aprimorar o ensino. Desta forma, no presente trabalho foram reunidos vários sinais existentes na área de Química, encontrados ao longo das pesquisas. Conclusões: Verifica-se que sinais referentes a áreas científicas, como a Química, são escassos, surgindo assim à necessidade da criação de novos sinais, para uma melhor apropriação do conhecimento e aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem. Por conseguinte, é de extrema importância que estudos sejam realizados em todo e qualquer ambiente escolar para a detecção das carências dos alunos surdos no processo de ensino-aprendizagem, para que iniciativas sejam tomadas visando a apreensão do conhecimento pelos mesmos. Palavras-chave: Ciências, Libras, Sinais, Química e Ensino.


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ACESSIBILIDADE VIA GAME: ENSINO DE LIBAS ATRAVÉS DE APLICATIVO Sarah Xavier Nunes Mirailh 1 ; Ruth Mariani 2 ; Fabiana leta3 ; Nathália Moreira da Cunha 4; Simone Peixoto Gonçalves 5 ¹

sarahmirailh@id.uff.br*;

2ruthmariani17@gmail.com*;

3fabianaleta@id.uff.br*;

4nathalia.uerj@hotmail.com; 5mony.gon@gmail.com

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como língua pela lei 10.436 de 24 de abril de 2002, regulamentada em 2005 e ainda que com a efetivação do Programa Nacional de Acessibilidade (decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004), a sua inserção na sociedade depende do número usuários. Segundo Peixe, et.al.; (2010), o fato de surdos e ouvintes não compartilharem a mesma língua (Libras e Português), traz dificuldades para o necessário diálogo e esta dificuldade de comunicação aumenta as barreiras de inclusão da pessoa surda, criando universos separados. Observamos que precisamos ampliar o número e usuários, por isso, temos como objetivo deste projeto elaborar um jogo de celular que ensine Libras, diminuindo a dificuldade de comunicação existente na atualidade. Escolhemos o modelo a ser adotado (Role-Playing Game) além de ser a estrutura utilizada por jogos online populares, como World of Warcraft e Tibia, traz consigo a proposta de interação jogador-personagem, estrutura facilitadora para o ensino de língua e a portabilidade pela possibilidade de ser acessado de qualquer espaço via celular. Não temos resultados expressivos, pois o projeto esta na sua fase inicial, ainda em execução sem resultados. Nossa perspectiva é disponibilizar gratuitamente um aplicativo que seja ao mesmo tendo dinâmico, portátil e convidativo para o aprendizado de Libras por ouvintes. O aprendizado efetivo da Libras pelos ouvintes, traz consigo uma ação cidadã e democratizante,que poderá proporcionar a real inserção da pessoa com surdez, em todos os serviços e benefícios de uma sociedade. A divulgação de propostas como essa aplicará o alcance do aplicativo, por consequência seu ensino e a inclusão da pessoa surda na sociedade. Já existem jogos direcionados para o ensino de Libras, porém em versões antigas e pouco atraentes. Assim sendo, o projeto traz consigo o caráter democratizante, o papel de entretenimento, transformando a educação em um processo lúdico e prazeroso, além de inclusivo, integrando a pessoa ouvinte ao universo dos deficientes auditivos. Palavras-chave: Acessibilidade, inclusão, denvolvimento de aplicativo, ensino através de jogos.


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A LÍNGUA DE SINAIS E A LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA SURDOS: REFLEXÕES SOBRE MÉTODOS E MATERIAIS DE ENSINO Cleudes MOREIRA Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, Brasil Osilene M. S. S CRUZ Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, , Brasil osilenecruz@bol.com.br A Lei 10.436/2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão do sujeito surdo, caracterizando-a a primeira língua (L1) desse sujeito. O Decreto 5.626/2005 regulamenta a referida lei e orienta que o ensino para aprendizes surdos deve ser praticado em sua L1, destacando a importância do ensinoaprendizagem da Língua Portuguesa (LP) na modalidade escrita. Nesse enfoque, entendemos que a LIBRAS é o ponto de partida para esse ensino, de modo que o aluno surdo tenha acesso à informação e ao conhecimento em sua língua primeiramente. Para a implantação da pesquisa, alinhamo-nos aos pressupostos legais mencionados e às concepções teórico-metodológicas sobre Alfabetização e Letramento (SOARES, 1998; 2003), sobre ensino de LIBRAS como L1 e de LP como L2 (LACERDA, 2000, 2006; FERNANDES, 2006; PEREIRA, 2009, 2014, entre outros) e sobre a relevância da literatura no ensino para surdos (CADEMARTORI, 2010; KARNOPP, 2013). O objetivo da pesquisa é apresentar uma reflexão sobre elaboração de material didático autêntico, com a proposta de uma Unidade Didática (UD) para abordar o conteúdo “encontros vocálicos”, partindo-se da narração de uma história. Para isso, foi criada uma história, intitulada ALFABETOLÂNDIA, que foi contada em Língua de Sinais, com o uso de tecnologias adequadas e acessíveis aos alunos surdos do primeiro ano do Ensino Fundamental. Além da história, foram elaboradas atividades com estratégias de ensino com tecnologias capazes de despertar interesse nos educandos pela leitura e pela aprendizagem, de modo a alcançarem o efetivo letramento, tornando-se leitores ativos e críticos. Objetos de aprendizagem foram confeccionados como jogo de argolas, caça palavras, identificação de encontros vocálicos e formação de palavras curtas com esses encontros. Os resultados mostram a necessidade de se conscientizar professores e instrutores de alunos surdos de que o ensino deve ocorrer por meio da Língua de Sinais, da literatura e da contação de histórias, destacando-se, também, que os aprendizes se mostram mais interessados no ensino quando é esse é ministrado em Libras. Diante da importância do ensino baseado em uma perspectiva bilíngue e da carência de materiais didáticos adequados para alunos surdos (em Libras e/ou em LP), a presente pesquisa poderá divulgar e possibilitar conscientização aos profissionais envolvidos na educação de surdos sobre o uso de estratégias voltadas para esses aprendizes a partir do viés bilíngue, em que a LP é a segunda língua do aprendiz. Palavras-chave: Língua Portuguesa para surdos, Língua de Sinais, Tecnologias para o ensino.


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AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS POR ALUNOS SURDOS: A LIBRAS COMO PRIMEIRA LÍNGUA E O PORTUGUÊS ESCRITO COMO SEGUNDA LÍNGUA Fabiana F. B. MADEIRA Universidade Federal Fluminense – UFF, Brasil pandorarte@hotmail.com.br As línguas representam a capacidade de expressão dos seres humanos para apresentarem a linguagem, por revelarem valores sociais, características próprias de culturas, valores, padrões comportamentais de um determinado grupo social. A partir dos documentos legais (Lei 10.436/2002; Decreto 5.626/2005) que estabelecem a LIBRAS como língua oficial da comunidade surda brasileira, os surdos passaram a obter garantias legais para o acesso a sua língua natural na sociedade comum. Diante às legislações, a língua oficial pátria brasileira é a Língua Portuguesa, sua segunda língua, sendo assim, a pessoa surda necessita do acesso e domínio da Língua Portuguesa escrita para o pleno convívio social. Com base nos fundamentos teóricos (HONORA, 2009; LODI, 2012; PERLIN, 2004; VYGOTSKY, 1987), este artigo tem o objetivo de discutir a importância da aquisição da LIBRAS como primeira língua para a pessoa surda desde a primeira infância e da língua portuguesa como L2 para que, em um contexto bilíngue, a pessoa surda esteja inserida de forma plena e autônoma. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Os resultados, ainda que bibliográficos, revelam que muitas pessoas surdas mesmo na fase adulta não adquiriram a sua L1 e maioria não domina a L2. Chegamos ao nível de análise na perspectiva da inclusão, diante à surdez que há um tabu muito grande a ser superado. As pessoas surdas precisam dominar a Língua Portuguesa para ter acesso aos diversos níveis de comunicação, tais como a internet, a escrita como um todo, tornarem-se leitores e críticos sociais. Em contrapartida, a sociedade necessita conhecer as especificidades da cultura surda, além de conhecer a riqueza, relevância da LIBRAS como língua oficial brasileira e a segunda língua do Brasil. Diante a tais argumentos, a relevância da publicação do mesmo. Palavras-chave: Aquisição de línguas, LIBRAS como L1, Língua Portuguesa como L2.


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BRINQUEDO CANTADO COM ALUNOS SURDOS Alessandra Teles Sirvinskas Ferreira 1 , Drª Ruth Maria Mariani Braz2. ¹ Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI), Universidade Federal Fluminense, RJ, Brasil ² Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI), Universidade Federal Fluminense, RJ, Brasil *E-mail do autor de correspondência: atsf15@gmail.com

Introdução: Para que a inclusão ocorra, é preciso uma abordagem diferenciada e adaptada. Fazem-se necessárias estratégias e materiais didáticos diversificados que contribuam para promover aprendizagens eficientes e motivadoras. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo produzir material didático audiovisual de cinco cantigas de roda bilíngue. Resultados: Para atingirmos este objetivo, usamos a metodologia da pesquisa qualitativa crítica dividimos em etapas a metodologia de acordo com os objetivos específicos: primeiro a realização da pesquisa bibliográfica, entrevistas e produção, confecção do produto final bem como sua divulgação no canal do YouTube e no Facebook. A pesquisa foi realizada junto aos alunos da Educação Infantil do INES na faixa etária de 4 a 5 anos. Temos como resultado do referencial bibliográfico que as cantigas de roda apresentam papel significativo no desenvolvimento expressivo e motor das crianças, por isso mesmo os alunos surdos devem também ter acesso a este acervo cultural tão relevante em sua formação, além de permitir maior inclusão tanto no ambiente escolar, com a informação completa daquilo que é ensinado como no ambiente social ou familiar, que, em sua maioria, é composto por ouvintes com livre acesso a esse acervo cultural. As cantigas de roda refletem tensões sociais, entre conservação e transformação, resistências e preconceitos, fazem referência à dinâmica cultural da própria sociedade. Como resultado da aplicação observou-se a atratividade que os vídeos em Libras provocam nos alunos da educação infantil, apenas corroborando o relato de pesquisas sobre a importância e eficácia dos recursos visuais contextualizados na educação de surdos. Conclusões: Assim, concluímos que este estudo merece ser publicado pois a produção de vídeos como material didático para o ensino de cantigas de roda para surdos é uma ferramenta que auxilia na aprendizagem. Espera-se que este material, que está disponível e é de livre acesso para todos os interessados, possa auxiliar a outros colegas da Educação Física e aos alunos para que aprendam os movimentos, desenvolvam o ritmo e a expressão facial, bem como demonstrem compreender o que está sendo cantado. Palavras-chave: Educação Física, Folclore, Produção de Material.


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CALCULIBRAS Danilo Couto Teixeira de Carvalho 1 , Ruth Maria Mariani 2 ¹ Rua Mariz e Barros, 501, ap 702, Icaraí, Niterói – RJ, Brasil ² Av. Ary Parreiras, 403, AP 603, Icaraí, Niterói – RJ, Brasil Introdução: O CALCULIBRAS é um glossário aberto de constante atualização e divulgação, de consulta on line em blog educativo, adaptadas à Libras, envolvendo conceitos matemáticos básicos de geometria como veículo de aprendizagem na resolução de problemas matemáticos que poderão auxiliar o aprendizado dos alunos surdos com singularidades linguísticas, seus intérpretes e professors, estando disponivel assim, a todos uma população em âmbito nacional, com apenas poucos cliques e um computador conectado a internet. O Calculibras espera ser além de ser o primeiro glossário de matemática em Libras, um pioneiro e um estímulo à criação de outros glossaries. Objetivo: Atender, em um blog educativo, direcionado a alunos surdos, professors, intérpretes e pesquisadores do tema, com os sinais de Matemática encontrados, o ensino da Geometria Plana. Resultados: Nesse trabalho, observamos os termos já existentes na Libras, pesquisamos e resgatamos termos na mídia que disponibilizam o conteúdo matemático estudado, criamos um banco de dados por meio de um glossário, construimos um blog educativo, e promovemos a divulgação dos termos pesquisados, publicando o glossário CALCULIBRAS para auxílio dos surdos. Conclusões: Dessa forma, esperamos com este interminável trabalho de pesquisa, manutenção e divulgação, contribuir para a melhoria da aprendizagem dos surdos e seu acesso às Universidades. A Língua Brasileira de Sinais (Libras), para a maioria dos surdos, é a primeira língua destas comunidades, enquanto o Português é a segunda língua, o que dificulta a aprendizagem pela ausência de professores capacitados, intérpretes em número insuficiente e de forma agravante, a ausência de sinais para os termos matemáticos gerais (ex: ângulo, círcunferencia) e/ou específicos (ex: ângulo suplementar, corda) na área da geometria plana. Essa ausência de termos, priva não só o aluno surdo do acesso à informação, mas também, compromete sua jornada para ascender ao ensino superior, privando-o também do direito a uma cidadania plena garantida por lei.

Palavras-chave: Matemática, Libras, bilinguismo


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O USO DAS TICS COMO MEDIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA ALUNOS SURDOS NO ENSINO SUPERIOR Luana Isabel Gonçalves de Lima¹ ¹Avenida Juscelino Kubitschek, nº 111, Bairro Santa Clara, Viçosa – MG – Brasil, CEP: 36570000- Email: luana.lima19@hotmail.com Introdução: O ambiente educacional é um espaço colaborativo para a construção de processos interativos de aprendizagem e formação, proporcionando a redução ou eliminação de distâncias de tempo e espaço na relação dialógica com os professores e alunos. O processo de ensino e aprendizagem, ao longo do tempo, vem sendo modificado com a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). As TICs são instrumentos de ensino e aprendizagem que possibilitam a elaboração de materiais didáticos interativos, sendo estes jogos, vídeos, animações ou qualquer material que permita a comunicação e informação para auxiliar no processo de ensino que demanda de metodologias ativas, que serão produtivas no contexto educacional. A interação, por sua vez, viabiliza uma dinâmica de transposição dos conteúdos e informações, baseando-se na multiplicidade de conexões e interferências educacionais no uso diferenciado da reflexão e linguagem. Objetivo: Assim, essa pesquisa tem como objetivo analisar as práticas pedagógicas direcionando-as à inclusão e a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação – TICs no ambiente educacional superior fomentando diferentes estratégias de aprender e ensinar, prática esta voltada para facilitar o ensino e a aprendizagem do aluno surdo, sendo que este comunica através da Língua Brasileira de Sinais, sendo esta utilizada pela comunidade surda como primeira língua (L1) e como meio de expressão e comunicação, a qual é expressa via espaço-visual. Para Moran (2015), as metodologias ativas priorizam o envolvimento maior do aluno junto a um processo interativo e interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e a sala de aula invertida. Assim, a proposta desse método é o professor assumir a função de facilitador, orientador, moderador e observador e o aluno o de protagonista da sua aprendizagem. Resultados: Portanto, este artigo evidencia as discussões a partir de um embasamento teórico, os desafios e as experiências no campo acadêmico e institucional advindos das modificações legais a partir da nova regulamentação referente à inclusão social e educacional da Libras. Dessa forma, percebe-se a necessidade da realização de um trabalho educacional envolvendo o ensino e a aprendizagem da língua supracitada, voltada para o uso de materiais em Libras a partir de uma ação pedagógica inclusiva. Conclusões: Contudo, espera-se com isso, a possibilidade de mudança da realidade educacional, a partir das reflexões contidas neste trabalho, alicerçando em concepções pedagógicas inclusivas. E também na difusão dessa temática que é tão importante para o meio educacional, sendo este básico ou superior, e ao mesmo tempo, aponta para uma ressignificação do processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: TICs; LIBRAS; Prática Inclusiva; Ensino-aprendizagem


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PROBLEMATIZANDO A EDUCAÇÃO DE SURDOS A PARTIR DA PEDAGOGIA VISUAL Arina Martins Cardoso¹, Anelice Astrid Ribetto ², Gildete da Silva Amorim ³ UERJ/ FFP, mestranda em Educação. arina.nina@gmail.com 2 UERJ/FFP, Professora do Programa de Pós Graduação em Educação. anelatina@gmail.com ³ UFF/ Niterói, docente de Libras. gildeteamorin@yahoo.com.br O presente trabalho é, em parte, efeito de uma pesquisa de mestrado em andamento. Afirmamos a surdez como diferença, enquanto uma experiência visual e cultural, fora do plano da deficiência (SKLIAR, 1999; QUADROS, 2003; LOPES, 2007, STROBEL, 2013). Refletindo aspectos relacionados às práticas escolares com alunos surdos, discutimos a Pedagogia Visual (Campello, 2007, 2008) como campo de estudos e práticas educacionais. Objetivamos ressaltar a relevância da visualidade como caminho metodológico na aprendizagem de alunos surdos, através da produção de oficinas experimentais em classes bilíngues, na Escola Municipal Paulo Freire em Niterói-RJ. Problematizando o caminho metodológico tradicional e historicamente praticado no espaço escolar, caminho voltado a um público ouvinte, organizado predominantemente com disciplinas “transmitidas” a partir de formas pedagógico-didáticas orais como textos, aulas expositivas, livros didáticos e quadros brancos. Neste trabalho, através de oficinas experimentais em classes bilíngues, trabalhando com imagens e novas tecnologias, produzimos pequenas experiências com o uso de recursos imagéticos em sala de aula para nos centrar na experiência visual dos sujeitos surdos, questionando a escola enquanto espaço de educação que necessita ser para esses sujeitos espaço de educação visual. Nesse movimento, a partir dos efeitos que vêm sendo produzidos nessa pesquisa em andamento, identificamos a necessidade de repensar o currículo na escola para o surdo e não apenas adaptá-lo (Lebedeff, 2017). Dessa forma, tencionamos pensar em formas de ensinar que tenham mais a ver com as formas de aprender de um estudante surdo, com sua experiência visual, produzindo na prática propostas que tomem moldes concretos para a produção de uma pedagogia voltada para a educação de surdos, uma Pedagogia Visual. Palavras-chave: Surdez; Diferença; Educação de Surdos; Pedagogia Visual; Novas Tecnologias.


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PARTE IV

- Fotos -


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