“Os clientes me pedem recomendações de passeios e eu vendo a cidade. Questiono quantos dias a pessoa vai ficar em São Paulo, se já conhece a cidade, o que gostaria de ver. Vou percebendo o perfil do passageiro e ofereço o trajeto”, conta o taxista. O serviço, no entanto, não se limita só `a corrida: Portela faz questão de estacionar o táxi e acompanhar os clientes nos lugares visitados. “Eu estudo o lugar e vou mostrando e oferecendo o que tem de mais legal, como as opções de almoço do Mercado Municipal”, explica. Como a maior parte dos clientes é de estrangeiros, Portela está
estudando espanhol e já rateia no inglês. “Não me perco. A maioria dos meus clientes fala espanhol e sempre nos entendemos”, garante ele. Para aperfeiçoar a prática da recepção aos turistas, o taxista fez na Universidade Anhembi Morumbi um curso gratuito voltado para a qualificação de atendimento ao turista. “O bom é que tenho uma relação de amizade com muitos clientes que voltam para trabalhar aqui em São Paulo. Trocamos e-mails, telefonemas. Já cheguei até a hospedar na minha casa clientes que não encontraram vagas em hotéis”, conta Portela.
Novo ponto: De acordo com a Associação Amigos do Brooklin Novo (Sabron), a Av. Luis Carlos Berrini tem hoje um ponto de táxi em praticamente todas as suas esquinas. Cada ponto tem três vagas e nove taxistas. “Muitos pontos chegam na frente de um empreendimento antes mesmo dele ser concluído”, afirmam os representantes da Sabron. Além da autorização da prefeitura, a abertura de novos pontos também depende do consentimento da Associação. “Nos últimos três anos, o número de solicitações aumentou imensamente”, dizem. A decisão da Sabron em permitir ou não a abertura de novos pontos se baseia na opinião, na maior parte das vezes positiva, dos responsáveis pelos empreendimentos que ficam em frente ao novo ponto.
Revista Nova Berrini
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