Informativo PAAM In Foco - Ed. 05/ 2018 - Jan./Fev.

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PREFERÊNCIA A P O STÓ L I C A AMAZÔNIA

INFORMATIVO EDIÇÃO 05

Nomeado um Delegado para a Amazônia P . 08 ÁG

ANO 2 JAN./FEV. 2018 MANAUS - AM

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A Companhia de Jesus na Amazônia, inicia um processo de passagem, transição no modo de organizar a missão nessas terras. O Provincial dos Jesuítas do Brasil, Pe. João Renato Eidt, SJ, no dia 22 de dezembro de 2017, dirigindo-se aos jesuítas, em Carta Circular, anunciou a nomeação de um Delegado para a Amazônia, ou melhor, para a Preferência Apostólica Amazônia, seguindo as orientações do Superior Geral, Pe. Arturo Sosa, SJ. Na carta, pede que todos rezem pela missão confiada ao novo Delegado, cabendo a este acompanhar a vida e missão dos jesuítas que aqui estão e, a articulação apostólica das obras, serviços, redes e projetos que somam com a Igreja local e Panamazônia. Sobre essa transição de estrutura e processos desencadeados nessa nova forma de ser e estar como Companhia na Amazônia, conversamos com o Pe. David Romero, SJ, que explica esse tempo de passagem, transição - a Páscoa da Preferência Apostólica Amazônia. Confira a notícia e veja no Especial “A Quaresma nos prepara e dispõe para a compaixão”. Tudo Isto e muito mais!

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SARES realiza formação e Apresenta seu Plano Institucional

Equipe Itinerante vai ao encontro do Papa, em Maldonado

Formação para Catequistas na Área Missionária Sta. Margarida de Cortona

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Páscoa: Passagem transformadora... Por Pe. David Romero, SJ

Coordenador do SARES, Pe. Paulo Tadeu Barausse, SJ

Área Missionária Sta. Margarida de Cortona

A Quaresma nos prepara e dispõe... Por Pe. Inácio Rhoden, SJ

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Jovens de Manaus (AM) participam da Experiência Cardoner

ESPECIAL


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EDITORIAL PÁSCOA: Passagem transformadora para um novo tempo

Pe. David Hubald Romero, SJ Delegado da Preferência Apostólica Amazônia

Caros companheiros e colaboradores(as), a saída desta quinta edição do do Informativo PAAM In Foco no mês de fevereiro coincide com o início do tempo da quaresma e da preparação para a Páscoa. Vejo que estamos diante da dinâmica da passagem: do ano velho para o ano novo, da Plataforma para a Preferência, do Superior para o Delegado... Mas, mesmo que o barco balance ele continua andando, avançando, alcançando... A Páscoa Judaica celebra a libertação do povo de Israel da escravidão e da opressão no Egito. O anjo da morte passou por todos os lares. Mas, onde ele via o sangue do cordeiro ele passava por alto e naquele lar não houve mortes. Depois que o anjo da morte passou pelo Egito, o faraó decidiu deixar livre o povo de Israel. Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em hebraico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa. Na Páscoa Cristã comemoramos a passagem da morte para a vida. Jesus, o Cordeiro de Deus,

entregou a sua vida por nós por amor e no terceiro dia ressuscitou. Ele nos libertou da escravidão do pecado. A Igreja nos convida a ter os olhos fixos em Jesus, de modo especial neste tempo de preparação. Este convite feito pela Igreja nos lembra uma verdade que tem sido central na Companhia desde a sua fundação, como então a Congregação Geral 36 (CG 36) proclamou sobre os nossos primeiros companheiros, estes que conheciam a “experiência de formar um único grupo unido no seguimento de Cristo em meio a atividades muito diversas. Também nós, jesuítas de hoje, nos engajamos numa grande variedade de apostolados... Entretanto, se esquecermos de que somos um corpo unido em e com Cristo, perderemos nossa identidade de Jesuítas e nossa capacidade de dar testemunho do Evangelho. Mais que nossas competências e habilidades, o que dá com mais vigor testemunho da Boa Notícia é a união entre nós em Cristo” (D.1, nº 7). Após os primeiros três anos como “Plataforma Apostólica Amazônia”

passamos a ser a “Preferência Apostólica Amazônia” que incluirá núcleos apostólicos com superiores e vice superiores. O novo Delegado terá a responsabilidade e o privilégio de receber a conta de consciência dos jesuítas que trabalham na Preferência. E, em consulta com o Provincial e com vocês serão discernidos os passos para o melhor serviço do Reino nessa vasta e preciosa região amazônica. Acolhemos uma nova estrutura para favorecer a comunicação, o discernimento e a comunhão entre os jesuítas e as pessoas que colaboram conosco. Para nós jesuítas a vida é composta de muitas “passagens” ao nível pessoal, da comunidade, da Preferência, da Província e da Congregação. Junto com as pessoas colaboradoras estamos no mesmo barco, sempre na dinâmica de passagem dos rios da vida, com desafios, mudanças e oportunidades. Que possamos manter os olhos fixos em Jesus e remar juntos com confiança, criatividade e esperança. Que Jesus continue sendo nossa Páscoa, passagem transformadora para um novo tempo!

E •X• P •E•D •I• E•N •T• E CONSELHO EDITORIAL Diretor Editorial Editora Responsável Projeto Gráfico e Diagramação Redação e Revisão

Pe. David Hubald Romero, SJ Ana Lúcia Farias Arthur Carvalho, SJ Vitor Bazzuco, SJ Pe. Felix Lopes, SJ Ana Lúcia Farias

Distribuição

Pe. Inácio Rhoden (SJ),Pe. Paulo Tadeu (SJ), Pe. Roque Follmann (SJ) PAAM - Anúncio Interno (digital)

Abrangência

Disponível em Plataforma Digital:

Fotos

Banco de Imagens / Divulgação

Colaboradores desta Edição

PAAM In Foco é um infomativo mensal da PREFERÊNCIA APOSTÓLICA AMAZÔNIA da Província dos Jesuítas do Brasil, produzido pela Assessoria de Comunicação da PAAM, sem fins lucrativos. Av. Leonardo Malcher, 357 - Aparecida - Manaus - Amazonas E-mail: noticiaspaamsj@jesuitasbrasil.org.br Telefone: 92 93622-9835


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ENTREVISTA 1. Pe. Paulo, o senhor participou do Encontro das CEBs no Brasil, de 23 a 27 de janeiro desse ano, em Londrina/ PR. A princípio, você pode nos dizer o que são as CEBs?

NOSSO PAPEL SOCIAL E CRISTÃO: “SER FERMENTO NA MASSA”

Pe. Paulo Tadeu Barausse, SJ Brasileiro, natural do Rio Grande do Sul - Campo Largo, 53 anos, sacerdote há 17 anos, Mestre em Teologia Pastoral, apaixonado pela discussão sobre Ética na Política e apaixonado pelos Movimentos Sociais. Atualmente, está como Coordenador do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES). Em entrevista, ele fala sobre sua participação do 14º Intereclesial das CEBs e como percebeu e sentiu esse Encontro Nacional, as propostas e os apelos.

contro Intereclesial das CEBs? O tema era “CEBs e os desafios do mundo urbano”, com o lema “Eu ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los” (Ex 3,7). Os quais, tema e lema, estavam bastante presentes em tudo, inclusive no hino. A preocupação com o mundo urbano foi o clamor. Sabemos dos grandes desafios da Igreja, pois a maioria das pessoas, bem ou mal, estão vivendo nas periferias, longe dos grandes centros, devido o êxodo rural das últimas décadas. Foram várias e várias temáticas voltadas para a questão urbana como: mobilidade, desemprego, trabalho, educação, saneamento básico, o direito ao lazer e a cultura, o direito à cidade, etc. A Arquidiocese de Londrina, acolheu, mais de 3 mil pessoas e ainda, 60 bispos dos 18 regionais. Os delegados e delegadas ficavam em casas de famílias, em áreas de determinas paróquias. Eu fique hospedado com a D. Ruth, uma paroquiana de uma comunidade Palotina. Foi um tempo bom! Todo dia pela manhã começavamos com um momento de mística e espiritualidade e concentrados no Ginásio esportivo Coringão participávamos de duas conferências temáticas. Mas, para isso acontecer era necessário pegar condução, pois nem todas as famílias acolhedoras tinham carro, o que foi muito interessante. Experimentamos o transporte público de Londrina e ao final do encontro o avaliamos, já que estamos falando sobre os desafios do mundo urbano e a mobilidade é uma delas, é preciso avaliar. Na parte da tarde nós íamos para as oficinas que já não era no Coringão, eram em paróquias distribuídas pela cidade e lá almoçávamos.

As CEBs nascem, principalmente, nas comunidades rurais, mas não só, esse é um elemento. E, nascem em um tempo de muita efeverscência da educação popular discutida em Paulo Freire, efervescência social com as ligas camponesas no nordeste, além da formação de sindicatos desatrelados do Estado. As CEBs, assim nascem como “fermento na massa”, uma redefinição da atuação crítica dos cristãos que assumem os problemas e os desafios dos empobrecidos. Isso nós vivemos e respiramos durante, sobretudo, nas décadas de 60, 70 80. De forma mais concreta os (as) leigos (as) são inseridos na dinâmica da vida de fé, nos serviços e organização comunitária. Vale destacar a presença forte das mulheres na história das CEBs. É a Igreja profética organizada e iluminada pela Palavra de Deus em torno de uma Paróquia ou Igreja Rural, reunindo pessoas que tem a mesma fé e pertecem a mesma Igreja e ainda moram próximas a ela. Para mim, as CEBs, são chamadas a ser um fermento na massa, assim como nossa identidade de cristãos católicos também nos impele a isso, a de ser fermento. Como seguidores de Jesus Cristo temos uma proposta de vida: a vida em abundância. Assim, o meu agir deve me levar ao compromisso de promover a dignidade humana e a formação de uma sociedade mais justa e igualitária. As CEBs não podem e nem devem ser um movimento. O cristão é chamado, onde ele estiver participando da comunidade, a dar o melhor de si, ser esse fermento na massa. 2. Qual foi a proposta do 14º En- 3.Durante o Encontro em Londrina,


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o que mais lhe chamou atenção e mas também visibilizar as pequenas iniciativas de lutas, por isso escutar, por quê? ver e participar do Encontro das Entre muitas coisas que me chamaram CEBs nos encheu de ânimo, pois ali atenção, vi de forma muito bonita e haviam muitas vozes que se levansimbólica um momento de mística tavam contras as injustiças sofridas e espiritualidade que tivemos com pelo povo e, isso alimenta a espeos diversos regionais. Cada regional rança, mais uma vez eu digo. Então, recuperou a caminhada dos márti- voltando para o SARES, nós podemos res, apresentando fotos e nomes. nos perguntar: o que é devemos Chamou bastante minha atenção a continuar conversando com as foto que o Regional de Minas Gerais pessoas? trouxe. A foto foi da Helley Abreu, a professora que salvou a vida de mui- 5. O 14º Encontro trouxe a temática tas crianças no incêndio em Minas, “CEBs e os desafios no mundo urrecentemente. Impactou, não só a bano quais problemáticas comuns foram mencionadas e quais horimim, mas a muitos. tes foram apontados? Pode mencionar algumas dessas problemáti4. Qual a importância da participação nesse evento para o Serviço cas e horizontes? Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES)? São problemáticas que afetam a todos, a mobilidade urbana e o SaneaNós passamos momentos muito di- mento básico, entre outras, o exôdo fíceis, atualmente, no contexto so- rural. Neste último ponto, como cial, os problemas são enormes no horizonte, há uma iniciativa das mundo urbano e eu acredito que CEBs de fazer com que as pessoas nós não iremos encontrar soluções permaneçam na terra, a exemplo isoladamente como Companhia de de cooperativas de produtos orgâJesus ou, mais especificadamente, como SARES. Acredito que quanto mais nos conhecermos e trabalharmos em rede com movimentos sociais, salesianos e outras tantas congregações e organizações sociais, mas poderemos fazer para transformar o caos que vivemos hoje. Para mim, nós, enquanto SARES temos que fazer reflexões a respeito daquilo que afeta as populações, desde o contexto socioambiental. Já há especulações na mídia que a próxima fronteira agrícola é a Amazônia e é importante esse debate e essa luta entre nós, pois alimenta a esperança saber que não estamos sozinhos. O papel do SARES é ir dando visibilidade aos contextos de morte que estamos inseridos,

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nicos, pensando a política de investimentos em pequenas cidades. Isso evitaria muitos desclocamentos familiares. Falou-se também da reforma agrária, demarcação de terras indígenas e um Plano diretor eficiente para as cidades. O horizonte de sempre é ser fermento na massa a partir do chão que se pisa. Então, uma saída é a fiscalização popular. Passamos muito tempo acomodados, agora estamos acordando juntos para a fomação da cidadania. 6. Quais apelos surgiram durante o encontro para os rumos das CEBs no Brasil? Foi possível tomar consciência deles no evento? O apelo mais forte é o de dar continuidade para formação da cidadania, seja pela educação popular, comitês, grupos de base, rodas de conversa e outros. Um grito forte que eu ouvi no Intereclesial foi o de voltar para as bases e ser uma voz profética que dá continuidade as formações para ajudar na conscientização da importância da cidada-

nia. Temas como Fé e Cidadania andam juntos. Apesar, de infelizmente estarmos vivendo um tempo de tanta indiferença e marasmo, o que colaborou para deixarmos de formar. O bom é que já avançamos a discussão de que temos consumidores e consumidoras, mas não cidadãos e cidadãs. Assim, um desafio para o SARES é promover a cidadania. Na Amazônia, o conceito que está norteando novas iniciativas de cidania adaptada a floresta amazônica, chama-se florestania. Pois, não se pode separar as questões ambientais das sociais. Tudo está interligado! Por isso é um desafio imenso. Outro desafio sentido é formar as pessoas. Logo, é preciso planejar. O planejamento tem que ganhar o seu verdadeiro espaço nas lutas e resistências.

Visite o site: www.cebsdobrasil.com.br


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ACONTECIMENTOS - OBRAS E SERVIÇOS Jovens rapazes de Manaus (AM) participam da Experiência Cardoner Voltado para jovens rapazes inquietos vocacionalmente, a ExperiênMAGIS Convivência Cardoner que aconteceu em Brasília (DF), no período de 19 a 28 de janeiro, ofereceu aos jovens momentos formativos sobre o carisma da Companhia de Jesus, propiciou partilhas de vida, voluntariado nas regiões periféricas da cidade, momentos de oração pessoal e comunitária, além de momentos culturais. O objetivo era levá-los a conhecer a espiritualidade, missão e carisma da Ordem Religiosa. Os temas abordados no encontro foram: “Missão - Apostolado da Companhia de Jesus” com a assessoria de Jucélio Oliveira, SJ; “Dimensão Social da Companhia de Jesus no Brasil com a contribuição do Pe. Thierry Guertechin, SJ; “Exercícios

Celebração na Experiência Cardoner By: Rafael Nascimento

SARES participa do 14º Intereclesial das CEBS A cidade de Londrina (PR) foi o chão do 14º Intereclesial das CEBs que aconteceu de 23 a 28 de janeiro e, na oportunidade, o Serviço Amazônico de ação, reflexão e educação socioambiental (SARES) participou do evento. As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de todo o Brasil refletiram, celebraram e viveram a comunhão do encontro a partir do tema “CEBs e os Desafios do Mundo Urbano” e lema “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). “No mundo urbano a grande maioria das pessoas, bem ou mal, está vivendo nas periferias, e as várias temáticas como: a mobilidade urbana, o desemprego, a educação, etc., foram vistos, sobretudo, na perspectiva das minorias, o que foi o diferencial”, relatou Pe. Paulo Barausse, SJ, coordenador do SARES.

Comunidades vivas!

Espirituais de Santo Inácio de Loyola” com a orientação do Pe. Nilson Marostica, SJ; “Características do modo de proceder do jesuíta” tematizada pelo Pe. Edson Tomé, SJ, e, ainda, refletiam o “Quem sou eu?, sob a direção da Irmã Angélica. Segundo o jovem Maikon Nascimento, 20 anos, que atua na Área Missionária Sta. Margarida de Cortona e participa do Grupo de Acompanhamento Vocacional (GAVI Manaus), “a experiência foi incrível” o que ajudou no seu discernimento.”Voltei na certeza de que vale a pena doar-se à missão de tal forma a salvar vidas, e vejo mais claramente o que Deus tem para mim e o projeto de vida a seguir”, disse ele. Além do Maikon outros dois jovens do GAVI Manaus participaram: Paulo Santos e Rafael da Conceição.

Flor - E - Ser Humanidades da Rede CAC Nos dia 7 e 8 de fevereiro de 2018 mais de 40 lideranças, representantes das 9 comunidades do CAC, e das equipes: Socioambiental, arte-educação, captação de recursos e economia solidária reuniram-se para juntos planejarem de forma integrada e participativa as ações do ano de 2018. A metodologia do Encontro teve rodas lúdicas que envolviam as crianças, adolescentes, jovens e mulheres. Logo depois foram apresentados o projeto educativo e o planejamento do CAC 2017 - 2019. Depois,o Pe. Tomé, SJ, facilitou um momento formativo e de vivência da espiritualidade e pedagogia inaciana. Por fim foi trabalhado o planejamento e a construção da agenda integrada. O evento Flore - Ser Humanidades aconteceu na sede do CAC, em Belém (PA).

Construindo juntos colaboram melhor!


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Paróquia Santa Luzia realiza formação sobre a CF 2018 A Campanha da Fraternidade (CF 2018) este ano com o tema “Fraternidade e Superação da Violência” e lema com a iluminação bíblica de Mt 23,8 “Em Cristo somos todos irmãos”, foi a proposta do momento formativo dos agentes pastorais da Paróquia Santa Luzia, em Porto Velho (RO), no dia 4 de fevereiro. No final do ano de 2017, dois leigos da Paróquia participaram dos Encontros de Capacitação da Campanha, promovido pela Equipe Arquidiocesana da CF 2018, e esses multiplicaram a formação para as comunidades da Paróquia, um momento de estudo e reflexão.

Comunidade na Manhã Formativa

MAGIS Santarém no Cristo Folia No dia 3 de fevereiro, a juventude da Região 3 da Diocese de Santarém (PA), em parceria com o Espaço MAGIS Santarém, Pastoral da Juventude e Comunidade Shalom, proporcionou um momento de celebração e integração para os jovens, o Cristo Folia 2018. O tema da noite era: “Sede Santo sem deixar de ser jovem”. A folia foi animada por meio das bandas “Paz na Terra” e “Ângelus”, contando com paradas reflexivas, coreografias e brincadeiras no salão da Paróquia São Francisco. O MAGIS Santarém contribui na construção dessa ocasião festiva com jovens diversos.

Paradas Reflexivas no Cristo Folia

SARES realiza formação e apresenta seu Plano Institucional No ano de 2018, buscando organizar o trabalho, o Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) esteve reunido em Manaus (AM) de 12 a 15 de fevereiro, em pleno feriado de carnaval, no Espaço Loyola, contando com a presença da Leila Pizzato pela Assistência Social da Superintendência Administrativa da mantenedora ASAV, do Luiz Filipe Lacerda (Secretário Executivo do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida – OLMA), Pe. José Ivo Follmann, SJ (Secretário para a Justiça Socioambiental da BRA) e Pe. David Romero, SJ, novo

Delegado da PAAM e outros. Os três primeiros dias foram de escuta, planejamento integrado e discussão da missão do SARES. No último dia (15), o Serviço Amazônico convidou Jesuítas, obras e serviços da PAAM, Movimentos Sociais, Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), Institutos socioambientais e outros parceiros para participarem de uma manhã formativa e de apresentação do Plano Institucional do SARES. Um momento celebrativo, mais do que qualquer outra coisa, culminando com um maravilhoso almoço! O SARES vai se reconstruindo na Amazônia e em rede, em colaboração.

Novos tempos no SARES

Casa MAGIS realiza Retiro no Carnaval Entre os dias 10 e 13 de fevereiro, a Casa MAGIS Manaus reuniu, na Casa de Retiro Ir. Vicente Cañas, cerca de 25 jovens de diferentes paróquias e áreas missionárias da cidade para o Retiro de Carnaval. O documento preparatório para o Sínodo dos Bispos “Jovens, fé e discernimento vocacional” foi a temá-

tica aprofundada no retiro, por meio do exposições, oficinas, orações pessoais e comunitárias, exames de consciência, além do já conhecido Papo MAGIS, uma oportunidade de se ouvir o testemunho de outras pessoas engajadas na igreja. Os jovens tiveram ainda uma noite cultural carnavalesca, logo no início do retiro,

quando puderam se entrosar e confraternizar entre si. Essse momento foi fundamental para um querer bem e estabelecer laços. Os jovens enquanto preparavam suas máscaras de carnaval, conversavam, trocavam ideias, construíam juntos e isso foi sentido no retiro inteiro. “O retiro de carnaval significou

para mim um recomeço. Eu me reencontrei no retiro de carnaval, acordei ainda mais para a vida, para começar a estudar, etc.”, disse Karoline Fonseca, jovem participante, da Área Missionária Santa Margarida de Cortona. A proposta no Carnaval é sempre algo mais descontraído, porém prezando a espiritualidade inaciana.


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“Pró-Vocação”, um despertar vocacional

A Juventude e seu Projeto de Vida

No dia de 3 de fevereiro, no Espaço Loyola, ocorreu o Pró-Vocação, atividade de cunho vocacional, que reuniu cerca de 30 jovens em Manaus (AM), com ou sem inquietação vocacional explícita. Promovido pela Casa MAGIS, o Pró-Vocação utilizou a história do profeta Jonas como paradigma para a história vocacional de cada um. Chamado por Deus ainda jovem, Jonas foge de sua vocação,

entra em crise existencial ( 3 dias dentro da baleia), quando finalmente acolhe o chamado de Deus e executa a missão para o qual foi criado. Ainda houve a oportunidade de se ouvir o testemunho de duas vocações, tudo com o intuito de esclarecer ao jovem o sentido de vocação e provocá-los a pensar sobre qual chamado particular que Deus faz a cada um de nós, nesse caso, a cada jovem.

Centro MAGIS Amazônia realiza o MAGIS Folia No período de 10 a 13 de fevereiro, 23 jovens participaram do MAGIS Folia 2018. O evento teve como tema “Deixa ser carnaval em você” e foi promovido pelo Centro MAGIS Amazônia. Como proposta foram realizadas reflexões a respeito do Ser Mais Consciente, enquanto consciência de si mesmo (a) e, a partir disto buscar sensibilizar as juventudes sobre as questões socioambientais. Durante o primeiro dia trabalhou-se a dimensão do projeto de vida com o intuito de colaborar na construção da identidade, de projetos conscientes e concretos, bem como despertar o (a) jovem para assumir maior protagonismo diante da própria vida. No segundo dia buscou-se compreender as relações socioambientais em seus intensos significados, as trajetórias e demandas pessoais desta inter-relação. Por fim, no terceiro dia, trabalhou-se o binômino arte e cultu-

ra, apresentando de diferentes maneiras o que foi vivido nos dias anteriores, tendo como enfoque a alegria e a espontaneidade das juventudes. Jairo Amaral, 28 anos, partilhou sobre a experiência e os efeitos que esta lhe causou, afirmando: “ Gratidão é o sentimento que tenho por ter estado com tanta gente maravilhosa, contribuindo e aprendendo com as mais variadas mentes que assim como eu acreditam em uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Abrir mão do carnaval tradicional para refletir e pensar em um novo modelo de sociedade foi a coisa mais correta que fiz na minha vida. Espero após esse período contribuir com minha comunidade... para juntos alcançarmos o que sonhamos.” O MAGIS Folia buscou colaborar com as juventudes instigando-as sobre seu papel pessoal e socioambiental acerca de situações concretas do cotidiano.

Equipe Itinerante vai ao Encontro do Papa Francisco em Maldonado O Papa Francisco esteve novamente na América Latina, desta vez visitando Chile e Peru. Ir. Joaninha H. Madeira (Ir. Joaninha) da Congregação Imaculada Conceição de Castres e María Del Mar Bosch (Marita), voluntária na Preferência Apostólica Amazônia; ambas da Equipe Itinerante, foram ao Encontro do Pontífice, no Peru. Em Puerto Maldonado, no Peru, o Papa realizou sua visita entre os dias 18 e 20 de janeiro. O momento mais esperado era o encontro do Papa com os povos indígenas Amazônicos. Pois, estes, iam contar a ele sobre as violações de seus direitos, denunciar os ataques que sofrem, fazer a partilha de suas realidades, etc. O que veio a acontecer no dia 19 e foi testemunhado pelas missionárias itinerantes. Na tríplice fronteira (Brasil-PeruBolívia), onde a Equipe Itinerante

tem um núcleo de serviço, Ir. Joaninha conta que no início estavam vendo se iam ou não para Maldonado e que a Providência Divina foi abrindo portas para o SIM. Conseguiram vagas numa Van fretada e também dividir com outras pessoas a diária de um hotel, mesmo preparadas para dormir “Abajo del cielo”. Mais tarde conconseguiram pelas mãos do bispo de Maldonado ingressos para o Coliseu (Ginásio coberto com arquibancada), onde o Papa ia falar com os indígenas. “Foi emocionante estar com os indígenas que são os sujeitos prioritários de nossa missão itinerante! Ouvir os povos indígenas lendo trechos da Laudato Sí no idioma deles e em castelhano, foi um regalo!” disse a irmã.

LAUDATO SÍ NO IDIOMA DELES..., FOI UM REGALO!

Marita e Ir. Joaninha no Ginásio, aguardando o Papa Francisco


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Nomeado um Delegado para a Amazônia No dia 22 de dezembro de 2017 saiu a nomeação do Delegado para a então, hoje, Preferência Apostólica Amazônia (PAAM). Antes, a Província da Companhia dos Jesuítas do Brasil era dividida em sete Plataformas Apostólicas, com superiores em cada uma das delas para articular os trabalhos. Na Amazônia não era diferente. No entanto, com o processo avaliativo de Ad Experimentum enquanto Província, constatou-se que essa estrutura de plataformas não colaborava suficientemente com a missão. Uma das novidades do resultado desta avaliação, é que a Amazônia deixou de ser Plataforma e tornou-se Preferência Apostólica Amazônia, ganhando um Delegado para essa missão, em vez de um Superior, e passará a se organizar com núcleos apostólicos. No antigo modelo de Plataforma, a Companhia de Jesus na Amazônia estava organizada com comunidades de vida e missão em Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Assis Brasil (AC), Belém e Santarém (PA) e presenças em Bonfim (RO) e Brasiléia (AC) aos cuidados de um único superior para articular os trabalhos na Amazônia. Deixando de ser Plataforma e passando a ser Preferência Apostólica Amazônia, a modo de organizar-se nesse território se modifica, ganha um Delegado, Pe. David Romero,SJ, e a proposta em estruração é que se criem núcleos apostólicos que contará com superiores e vice superiores locais para apoiar o serviço do Delegado na PAAM. A expressão “Núcleos Apostólicos” substitui “Plataformas Apostólicas”. Os Núcleos Apostólicos estão pensados como instância de articulação e colaboração entre obras e serviços. A missão do Pe. David vem com duas dimensões específicas: uma seria acompanhar a vida e missão na Amazônia com a colaboração dos Superiores e outros. A outra seria promo-

ver, cultivar e sensibilizar para o compromisso com a Amazônia na Província, sempre em conexão com o projeto Panamazônico da Conferência dos Provinciais da América Latina e Caribe (CPAL) e com a Rede Eclesial Panamazônica (REPAM). No exercício dessa função o Delegado também receberá a conta de consciência dos jesuítas formados que estão sob sua jurisdição. Após a nomeação acontecer, o novo Delegado da PAAM, na semana seguinte, vindo do Acre, chegou a Manaus (AM) para iniciar o processo de transição junto com o Superior da antiga Plataforma Amazônia, Pe. Inácio Rhoden, SJ. Estiveram reunidos dois dias, 27 e 28 de dezembro, na Residência Burnier, tratando de assuntos de Governo, vida e missão na Amazônia, entre outros assuntos. Na oportunidade, o Pe. David foi apresentado a Assessoria de Comunicação da PAAM (ASCOM), que fica agora sob sua direção, e também para a Equipe do Conselho do Informativo dos Jesuítas na Amazônia. Permanecendo mais 15 dias em Manaus, ele reuniu em outros momentos com a ASCOM, conversou com jesuítas e colaboradores (as) buscando ouvir e conhecer melhor a situação da PAAM, “um tempo rico de escuta”, disse ele. Também se encontrou com o Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani para se apresentar. Depois, precisou viajar para Rio Branco (AC) e lá apresentou o Pe. Emílio, SJ, como seu substituto na missão em Assis Brasil, ao bispo Dom Joaquín Pertíñez Fernández. Por ali, permaneceu, em Assis Brasil, três dias para apresentações, escutas, despedidas e retornou a Manaus em seguida. Mais tarde viajou para o Rio de Janeiro (RJ) para a reunião marcada com o Provincial que ocorreria entre os dias 5 e 9 de fevereiro. Na reunião com o Provincial, também estavam presentes o Conselho para

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O Provincial dos Jesuítas do Brasil oficializa a missão do Delegado da PAAM

Pe. David, SJ, apresenta Pe. Emílio ao Bispo do Acre

Na visita a Porto Velho, observando o grande Rio Madeira


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missão, outros delegados e secretários da BRA e os novos Superiores. Foram reuniões de comunicações e orientações da missão. Na oportunidade, o novo Delegado da PAAM, recebeu das mãos do Provincial o documento de posse de sua missão na Amazônia. De volta a Manaus, no dia 10, reuniu-se com o Grupo de Trabalho que está escrevendo o Estatuto da PAAM e participou de um almoço de recepção com os jesuítas em comemoração a sua posse, onde também se comemorava o aniversário do Pe. Félix, SJ, coordenador administrativo da PAAM. No domingo (11) celebrou com os jovens do MAGIS que estavam reunidos em Retiro no Carnaval e entre os dias 12 e 15 de fevereiro participou da reunião de Planejamento da Equipe do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) com as presenças do Pe. José Ivo Follmann, SJ, (Secretário para Justiça Socioambiental BRA) e Luiz Felipe Lacerda (Secretário Executivo do Observatório Nacional para a Justiça Socioambiental Dom Luciano de Almeida - OLMA), além de reunir-se na mesma com o Presidente da Conferência dos Provinciais da América Latina e do Caribe (CPAL), Pe. Roberto Jaramillo, SJ, entre outros agendamentos. Segundo o Pe. David, “essa é uma fase, ainda, de transição... É um processo para o novo delegado ver, observar, escutar e conviver com os jesuítas nas comunidades, obras apostólicas e serviços apostólicos Esse processo deve continuar por meses nesse ano de 2018 e ao mesmo tempo seguimos para estabelecer os núcleos apostólicos, escolher os superiores e vice superiores nessa nova estrutura. Esse novo tempo para nós, coincide com o tempo quaresmal, assim peçamos a luz do Espírito Santo em todo es-

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se processo para que possamos juntos com a Igreja experimentar o Espírito de conversão, de preparação para a Páscoa do Senhor Jesus na Preferência Apostólica Amazônia.” Neste mês ele ainda desencadeará o processo de indicação dos superiores nas comunidades jesuítas e viajará para Belém (PA) para participar da reunião do MAGIS da PAAM e fazer sua primeira visita na comunidade Nossa Senhora de Lourdes. A Companhia de Jesus na Amazônia vai nessa transição se reconfigurando e vai afirmando a eleição peculiar de cuidar da Amazônia como dom para o mundo.

N Acolhida do Delegado na Residência São Francisco Xavier

Pe. David entre os jovens no Retiro de Carnaval, em Manaus (AM) Jovens em aldeia Munduruku


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Festividade de Nossa Senhora de Lourdes

Assembleia do CIMI A Assembleia do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) iniciou no dia 16 e vai até o dia 23 de fevereiro, na Chácara Xare, km 22 da BR 174 - Manaus (AM). Os jesuítas que realizam um trabalho de colaboração com povos indígenas participam do evento, são eles: Pe. Vanildo Pereira, Pe. Urbano Mueller, Pe. Setsuro Horie e como convidados estão Pe. Paulo Barausse, Pe. Valério Sartor e Pe. David Romero. Houve formação e falou-se sobre a educação, suicídio, conjuntura política, as novas posturas diante dos desafios atuais dos povos indígenas etc., além de assuntos internos do CIMI, como relatório de finanças.

As realidades indígenas em pauta

No dia 11 de fevereiro, celebrou-se a festa de Nossa Senhora de Lourdes na Capela dos Jesuítas, em Belém (PA), iluminada pelo lema “Sou a Serva do Senhor; que aconteça comigo conforme Tua Palavra” (Lc 1,38). A programação da festividade iniciou dia 2 de fevereiro com as novenas. Após esse tempo, houve uma missa dedicada aos enfermos que ocorreu no dia 10, às 9h. No dia 11, os (as) fiéis foram convidados (as) para rezar as Laudes, às 7h30min e, a caminhar na procissão, às 8h, culminando com a missa festiva, às 9h, seguida de uma confraternização degustativa, que encerrou o Centenário do retorno dos Jesuítas ao Pará.

Festividade em Lourdes

Futuros Especialistas em Juventude no Mundo Contemporâneo No dia 15 de janeiro iniciou o terceiro e último módulo das aulas presenciais da nona turma de Pós-Graduação em Juventude no mundo Contemporâneo que acontece em Belo Horizonte (MG), na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), no qual estiveram presentes: Pe. Silas Silva (SJ) e Ana Lúcia Farias da Preferência Apostólica Amazônia (PAAM), os futuros especialistas em Juventudes. Nesse módulo, os estudantes tiveram aulas de relações étnico-raciais,

metodologia de trabalho com jovens, políticas públicas de juventudes e juventudes rurais. Participaram também do Seminário Temático “Depressão e Suicídio entre os jovens” e finalizaram seus estudos presenciais participando e colaborando na realização do II Simpósio Nacional “Aproximações com o mundo Juvenil”. A especialização busca capacitar profissionais e agentes pastorais que atuam com as juventudes no setor público e privado, nas organizações

e movimentos sociais e eclesiais, nas escolas, entre outros. Nesse sentido, o MAGIS da Preferência Apostólica tem feito um esforço para ter sua presença nesse espaço de pesquisa, reflexão e debate. Em turma anterior, participou o Pe. Edson Tomé, SJ, diretor do Centro MAGIS Amazônia e agora Pe. Silas, SJ, pela Casa MAGIS Manaus e Ana Lúcia representando as juventudes do MAGIS Amazônia. A Pós-Graduação tem a duração de 1 ano e meio, no período de férias.

Nona Turma da Pós-Graduação

Formação para Catequistas na Área Missionária Sta. Margarida de Cortona

Formação e Gratidão

Na manhã do dia 28 de janeiro, no salão paroquial da comunidade Sta. Margarida, em Manaus (AM), aconteceu o Encontro de Formação para Catequistas, assessorado pela Ir. Flora das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus. A Formação foi sobre “Como realizar e dinamizar encontros de catequese”. “Aproveitamos o momento para, também, em seu encerramento, fazer um agradecimento a Ir. Flora que assumiu como nova missão o serviço de ser

provincial em sua Província e que, por isso, vai morar em Maceió. Previamente, articuladas, as coordenações das comunidades também participaram desse momento que teve algumas falas de reconhecimento e agradecimento por sua rica e reconhecida colaboração e momentos de formação em diversos grupos e pastorais ao longo do breve período de 11 meses que esteve morando na Área”, disse Pe. Roque Follmann, SJ, Pároco da Área Missionária.


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DESTAQUE PASTORAL ÁREA MISSIONÁRIA SANTA MARGARIDA DE CORTONA Que somos? A Área Missionária Santa Margarida de Cortona abrange os bairros Alfredo Nascimento e Aliança com Deus, na Zona Norte de Manaus. São bairros formados a partir de ocupações, no contexto migratório de famílias em busca de sobrevivência. Apesar da carência, reflete uma Igreja ativa e participativa. Iniciou, com apoio dos Freis Capuchinhos, em 1998. No ano de 2000, foi assumida pelo Pe. Enzo Benesperi, italiano, conhecido por Pe. Lourenço. Até então, eram três comunidades: Sta. Margarida, Sto. Antônio e São João Batista; logo surgiram mais duas: Stma. Trindade e Sta. Joana D´Arc. Em 2002, vieram somar as Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus. Em 2008 o Pe. Lourenço voltou para a Itália e a Área Missionária foi assumida pelos jesuítas. Nestes dez anos de grande rotatividade, os padres jesuítas responsáveis foram, respectivamente, Genilson Lopes Neri, Albano Ternus, Paulo Tadeu Barausse, Andrade José da Silva e atualmente o pároco, é o padre Roque Follmann. Pe. Lourenço conseguia recursos italianos possibilitando a edificação de estruturas físicas: igrejas, salas para as pastorais e a casa paroquial. Hoje continua um processo, já ini-

ciado, de conscientização sobre a necessidade do Dízimo,que passa pela participação comunitária a partir do espírito de pertença. Pois, só assim haverá auto-sustentação da comunidade e libertação da dependência financeira. Aos poucos damos passos na organização da secretaria e dos Conselhos (Pastoral e Financeiro). Projetos Existem, inicialmente apoiados pela Área, vários projetos na linha da economia solidária – Fundo Rotativo, tais como: Mulher Revolução, Oca da Juventude, Sambiental e Erva-Vida. Esporadicamente temos atendimento gratuito de dermatologia; contamos também com o aComunidade Santa Margarida de Cortona tendimento voluntário de três psicólogas, nas quartas - feiras, no período matutino. Às terças- feiras, 19h30, acontece os encontros do um apoio maior a partir da Casa último ano, da Área Missionária, os Grupo de Esperança Viva (GEV). MAGIS Manaus, um campo aberto estudos dos documentos da CNBB: 105, 106 e 107, serão uma prioridade para a espiritualidade inaciana. A Comunidade Cada comunidade tem o seu horáNa assembleia, em dezembro do para as formações de 2018. rio de celebração dominical; alguHorários de Missa nas Comunidades mas celebrações durante a semana. Santa Margarida de Cortona Acontecem também celebrações 1º Domingo do mês, às 8h. Os demais são celebrados, às 19h. da Palavra, dirigidas pelos Ministros extraordinários. Em relação às pasSão João Batista Sábado, às 19h30min. torais e serviços, elas estão mais orgaSanta Joana D’Arc e Santo Antônio nizadas e procura-se avivar a Pastoral Social. Incentiva-se a participação Todos os domingos, às 8h. em formações e em comunhão com Santíssima Trindade Todos os domingos, às 17h. a igreja local. Os jovens contam com

Festejos na Comunidade São João Batista

Agentes Pastorais da Área Missionária


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ESPECIAL

A Quaresma

prepara e dispõe

nos

para a Compaixão

Pe. Inácio Rhoden, SJ Mestre em Teologia Prática Diretor de Espiritualidade para a Amazônia, Assessor do Serviço Inaciano de Espiritualidade (SIES - Manaus - AM)

Quaresma é um momento propício para mergulhar na expressão maior do amor e entrega de Jesus para salvar-nos. Durante a Semana Santa somos convidados a contemplar sua ENTREGA TOTAL, vivida de um modo especial na ÚLTIMA CEIA e consumada na CRUZ. Em cada missa, isto é, cada vez que celebramos a Eucaristia, participamos dessa ENTREGA, unindo a ela a nossa entrega: EIS-ME AQUI, PARA AMAR E SERVIR COM GRATIDÃO E ALEGRIA. Torna-se, assim, presente, o mistério da entrega de Jesus na Última Ceia e no Calvário, mistério de morte e ressurreição: MISTÉRIO PASCAL. Páscoa é passagem. Passagem do Povo de Israel da escravidão do Egito para a Terra Prometida. Passagem de Jesus da vida ferida pela morte para a vida plena com o Pai. Isto

acontece através do amor, através do dom total de si mesmo. Na contemplação do Jesus fiel à sua MISSÃO até o fim, podemos alcançar muitas graças para que nós também sejamos fiéis até o fim, mesmo tendo que passar por grandes sofrimentos e humilhações. A Quaresma nos ‘prepara e dispõe´ para viver a dor desde a compaixão, viver a dor a partir da compaixão ativa. Porém, uma compaixão ativa que leva a lutar contra o sofrimento do outro. É uma dor descentrada (não é a ‘minha dor’), é dor “com Cristo” (com quem sofre). Se o protagonista na dor é o outro e não eu, nunca nos sentiremos nem vítimas nem heróis. Esta implicação faz amadurecer. O proveito que a oração da Quaresma busca é capacitar-nos para afrontar uma dor que nunca en-

tenderemos. Na perspectiva inaciana, Santo Inácio não oferece soluções, nem dá razões, porque não existem razões. Nem mesmo Jesus teve razões. O que nos cabe é viver a própria dor com um Jesus sofredor, triste e abandonado: “Já somos dois!”, dizia um doente em plena crise. Conforme Santo Inácio de Loyola os Exercícios Espirituais são feitos numa perspectiva “para vencer a si mesmo e ordenar sua vida, sem determinar-se por afeição alguma desordenada” (EE 21). As “afeições desordenadas” são todas as aspirações profundas (conscientes e inconscientes) do ser humano, que o levam a uma aversão a Deus, e pelas quais tende a desviar-se e a sair da ordem estabelecida por Deus, na qual tudo converge para Cristo, e nele para o Pai. Ainda, sobre a Quaresma, sabe-


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mos que a Campanha da Fraternidade é realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil e tem seu momento forte durante o período da Quaresma. A Campanha da Fraternidade tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e também da sociedade brasileira, em um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esses determinados problemas. Todos os anos são escolhidos temas, o tema da Campanha da Fraternidade 2018 é: “Fraternidade e superação da violência, tendo como lema, “Em Cristo somos todos irmãos“ (Mt 23, 8). O tema é propositivo ao contexto em que vivemos, uma crise de valores numa cultura de ódio e violência alarmante. Parece que a insensibilidade torna quase normal uma espécie de genocídio causado pela indiferença geral e coletiva, pelo silêncio cúmplice de Caim que exclama: “A mim, que me importa? […] Sou, porventura, guarda do meu irmão?” (Gn 4,9). “A mim, que me importa?” O Papa Francisco, certa vez, disse que para ser honestos, os jornais deveriam ter como título da primeira página: “A mim que me importa?”. Caim diria: “Sou porventura, guarda do teu irmão?”. A paixão, o impulso desordenado, a ganância, a intolerância, a ambição do poder são motivos que impelem à violência e a fratricida. Caim não só não suporta

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o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. Se em Cristo todos somos irmãos, qualquer morte violenta é injustificável para nós cristãos que somos gente de boa vontade. O orgulho, o ódio e a inveja fazem nascer o desejo desordenado do mal para com o outro. Jesus foi entregue por inveja. “Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja” (Mt, 27, 18). “Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Gênesis e o novo nascimento em Cristo - que torna, os crente, irmãos e irmãs do ´primogênito de muitos irmãos´ (Rm 8,29) -, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e a nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. ‘O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gn 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando um dos outros’.” (Mensagem do Papa Francisco para o dia mundial da paz - 10/12/2014). Ser um bom Cireneu e não um soldado mau Como diz o Papa Francisco: “Jesus

só pode ser entendido se formos Ci- o que temos. rineus.” Penso que Simão se assusta, pois Ao falar para os jesuítas, Papa nunca havia visto tal coisa. Simão Francisco nos anima à Compaixão procura proteger-se a fim de que a no seguimento de Jesus: “Pode-se multidão e o condenado passassem sempre dar um passo a mais quan- por ele para que pudesse seguir seu do nos deixamos comover pelo Se- caminho. Aqui podemos fazer uma nhor pregado na Cruz, por ele em relação com o sacerdote e o levita pessoa e por Ele presente em muitos diante do homem ferido quando dos nossos irmãos que sofrem - a mai- viram ele, seguiram adiante, pelo or parte da humanidade!”. Em outra outro lado. Mas o Bom Cireneu fica ocasião o Papa afirma que Jesus paralisado diante do cenário com o prepara o ser humano para enten- olhar fixo e o coração apreensivo. dê-lo bem e para acompanhá-lo O condenado cai, e os soldados com suas cruzes no caminho para olham com um olhar impositivo paa ressurreição. “ Prepara-nos para ra Simão e lhe obrigam a ajudar o sermos cirineus para ajudá-lo a le- condenado. Talvez Simão, no íntimo var a cruz. E a nossa vida cristã sem do seu coração, se arrepende por isso não é cristã. É uma vida espiri- pegado justamente aquele caminho, mas a ordem dos soldados romanos tual, boa...”. Há muito tempo sonho aprofun- foi ameaçadora. dar uma reflexão sobre o significado Podemos intuir ou imaginar que e desejo de ser sempre um bom Ci- a humildade e a caridade do bom rineu e não como os soldados. Por Cireneu levam-no abaixar-se para falar em Simão Cireneu, como se ajudar o caído a se levantar. Porém, diz no ditado popular, Simão estava os olhos de Simão diante dos soldano lugar errado e na hora errada. dos constrangedores expressam um Enquanto Jesus fazia o seu árduo per- olhar questionador, mas no momencurso do Pretório até o Gólgota, os to em que o condenado levanta seus soldados romanos obrigaram Simão olhos num olhar manso e humilde e a trabalhar, “obrigaram a carregar a os olhares de mútua solidariedade de Simão e Jesus se cruzam surge o nocruz de Jesus” (Mt 27,32). Tudo o que se sabe desse homem vo. É o momento transformador acha-se na combinação dos relatos quando Simão não se sente mais de Mateus, Marcos e Lucas: “Os sol- constrangido pelos soldados romadados obrigaram alguém que lá pas- nos, mas sim, compassivamente sesava voltando do campo, Simão de duzido pelo olhar manso, humilde, Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, a suave/leve e libertador de Jesus. carregar a cruz” (Mc 15, 21). É tudo


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AGENDA

COMPARTILHADA

Este é um espaço reservado para as obras e serviços da Preferência Apostólica Amazônia e parceiros compartilharem seus calendários de atividades, mês a mês. Uma agenda compartilhada oportuniza que outras pessoas possam se planejar para participar de seu evento e colabora, também, para a visão do corpo apostólico em ação. Um trabalho em rede é uma forma de organização em torno de valores e interesses compartilhados. Então, nada melhor que uma Agenda para começar a se organizar e ser Rede. Compartilhe seu calendário!

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Domingo Segunda

Encontro do Comitê do Bioma do Lavrado - SARES Local: Roraima Dia de Oração Acompanhada (DOA). SIES Manaus Local: Casa de Retiro Ir. Vicente Cañas (AM)

Quarta

Quinta

Viagem do Delegado pela PAAM Local: Porto Velho e Acre Viagem do Delegado pela PAAM Local: Boa Vista e Novo Paraíso - Roraima

Sexta

+ INFORMAÇÕES : Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) Fone: (92) 92 3345-0614 / 98440-9134 E-mail: saressocioambiental@asav.org.br Serviço Inaciano de Espiritualidade (SIES - Manaus) Fone: (92) 3582-0721 - Casa de Retiro E-mail: servico.inaciano.bam@gmail.com / casaderetirojesuitas@gmail.com

Informe Especial Novo Correio Eletrônico do Delegado da PAAM delegado.amazonia@jesuitasbrasil.org.br

JUBILEU

ANIVERSÁRIO

Pe. Bruno Schizzerotto, SJ 13 de Março

Pe. Ailsom José Salaroli, SJ 21 de Março

60 ANOS DE COMPANHIA Pe. Ivo Honório Mueller, SJ 28 de Fevereiro

Pe. José de Anchieta L. Costa, SJ 25 de Março




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