Informativo PAAM In Foco - Edição Especial - Jan a julho de 2017

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INFORMATIVO EDIÇÃO ESPECIAL

III Assembleia da PAAM

PLATAFORMA A P O STÓ L I C A AMAZÔNIA

ANO 1 JAN A JUL 2017 MANAUS -AM

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Na III Assembleia da Plataforma Apostólica Amazônia - PAAM, realizada no mês de junho, jesuítas e colaboradores(as) leigos(as), reunidos em Manaus (AM), tiveram a oportunidade de colaborar, uma vez mais, para um visão celebrativa, avaliativa e propositiva sobre os processos vividos e sonhados pela PAAM. Os desafios do anúncio do evangelho continuam sendo imensos. Defender e promover as diversas formas de vida, sobretudo, de modo integral, às populações amazônicas - dom de Deus para o mundo reconhecendo nessa dinâmica a presença do Espírito em toda criação, não é tarefa fácil. Um dos desafios bastante sentido ao longo desse tempo e manifestado na Assembleia, é a comunicação. Uma comunicação que favoreça o estabelecimento de comunhão missionária e esta promova unidade, construindo proximidade com o outro(a). Neste informativo, além de você saber como foi a III Assembleia da PAAM, também irá refletir sobre comunicação na materia Especial, e muito mais.

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SARES Inicia Projeto de Aprendizagem socioambiental.

Fé e Alegria promove Circuito ambiental entre as crianças.

MAGIS - Jornada de Espiritualidade Inaciana para Jovens.

CAC participa de Seminário Laudato Sí.

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PÁG. 10 DESTAQUE PASTORAL

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Serviço Inaciano de Espiritualidade

Comunicação em chave missionária.

A Boa Notícia, uma missão que se constrói juntos - Pe. Inácio Rhoden, SJ.

Pe. Alberto Casalegno, SJ.

ESPECIAL


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EDITORIAL A Boa Notícia, uma missão que se constrói juntos

Pe. Inácio Luiz Rhoden, SJ Superior da Plataforma Amazônia, mestre em teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE, MG.

O Papa Francisco conquistou o nosso coração pela sua autenticidade em suas comunicações e faz por merecer a solidariedade e a nossa comunhão com ele na missão. Todos gostaríamos de dizer direto no ouvido dele:“Você pode contar comigo”. Por intercessão de Santo Inácio de Loyola e de Nossa Senhora mãe da Companhia, nos sentimos irmanados como família inaciana unida para assumir como projeto de comunicação aquela proposta ou apelo que o Santo Padre nos faz: “[...]queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência... A todos queria convidar a oferecer aos

homens e mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da ‘boa notícia’” (Mensagem do Papa Francisco para o 51a Dia Mundial das Comunicações Sociais, 28 de maio de 2017). O processo que está sendo vivido como Companhia de Jesus no Brasil provoca muitos questionamentos e reflexões. Também suscita diálogos para harmonizar e afiar as percepções com o desafio de criar a devida sinergia para a missão comum como corpo apostólico. O Pe. Arturo Sosa fala da reconciliação como boa notícia: “[...]um convite a aprofundar o significado do ministério da reconciliação como característica do carisma da Companhia de Jesus em sintonia com a leitura paulina da redenção do gênero humano (2 Cor 5,1-21. 6,1). Teremos ocasião para aprofundar nas múltiplas implicações da reconciliação pela qual nos propomos contribuir na construção de pontes que aproximem as pessoas e povos, promovendo a cultura do diálogo inter-religioso e intercultural, impul-

sionando a superação da pobreza, a polarização ideológica e a violência que obstaculizam a política como responsabilidade compartilhada pelo Bem Comum, a Justiça e a Paz”. (Pe. Arturo Sosa,SJ, atual Geral da Companhia de Jesus, 10 de julho de 2017). Nessa perspectiva, que falam Francisco e Sosa, desejamos construir uma melhor comunicação entre nós na Plataforma, como corpo apostólico, isto é, uma comunicação leve e reflexiva. Viabilizar esse sonho implica criar uma equipe de comunicação que nos ajude e nos desafie a sermos mais assertivos e propositivos, possibilitando superar, entre outras coisas, a falta de uma informação local mais contínua, considerando que os próprios jesuítas vivem em locais distantes uns dos outros. Acreditamos, assim, que pela comunicação e pelo discermento passa a construção de uma consciência de corpo apostólico e consequentemente de uma responsabilidade em assumir a missão comum. Boa Leitura!

E •X• P •E•D •I• E•N •T• E CONSELHO EDITORIAL Diretor Editorial Editora Responsável Projeto Gráfico e Diagramação Redação e Revisão

Pe. Inácio Rhoden, SJ Ana Lúcia Farias Arthur Carvalho, SJ Vitor Bazzuco, SJ Pe. Felix Lopes, SJ Ana Lúcia Farias

Distribuição

PAAM - Anúncio Interno (digital)

Abrangência

Disponível em Plataforma Digital: www.issuu.com/noticiaspaamsj Banco de Imagens / Divulgação

Fotos

PAAM In Foco é um infomativo mensal da PLATAFORMA APOSTÓLICA AMAZÔNIA da Província dos Jesuítas do Brasil, produzido pela Assessoria de Comunicação da PAAM, sem fins lucrativos. Av. Leonardo Malcher, 357 - Aparecida - Manaus - Amazonas E-mail: analuciaf@jesuitasbrasil.org.br Telefone: 92 93622-9835


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ENTREVISTA 1. Apocalipse significa “revelação”, com este livro o que pretende revelar aos(as) leitores(as) como mensagem central desta obra?

APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE UM ESCRITOR Pe. Alberto Casalegno, SJ Mestre em Sagrada Escritura pelo Pontifício Instituto Bíblico, doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, ambas em Roma, Itália. Atualmente leciona na Universidade Católica do Pará. Publicou outros livros como: “Gesù e il Tempio. Studio redazionale di Luca-Atti” (Morcelliana, Brescia, 1984),“Tempo ed eternità. In dialogo con U. Vanni” (org.), San Paolo (Cinisello Balsamo, 2002), A caminho com Jesus Missionário (Loyola, 2003), Ler os Atos dos Apostólos - Estudo da Teologia Lucana da missão (Loyola, 2005), Para que contemplem a minha glória - Introdução a Teologia do evangelho de João (Loyola, 2009) e “É o Senhor!” Estudos dos relatos da ressurreição no evangelho de João (Loyola, 2013), entre outros. E, a sua mais recente obra, [“E o Cordeiro os vencerá (Ap, 17, 14)” Leitura exegético-teológica do livro do apocalipse] também publicada pela Editora Loyola. O Apocalipse é visto como uma obra profícua e esperançosa. Em entrevista, o autor fala sobre o que o inspirou a escrever o livro com essa temática, considerando a importância da comunicação que viabiliza os meios para que a mensagem chegue até o receptor.

A mensagem central do Apocalipse consiste na revelação do poder redentor da cruz, que no momento escatológico final vai abranger toda a história e todo o cosmo. Isso é indicado pela frase que forma a moldura do livro “As coisas que devem acontecer em breve”(1,1; 22,6). Não se trata de uma previsão do futuro, de um informativo a respeito do que deve acontecer, mas de uma “profecia”, referente à manifestação universal da vitória que Jesus alcançou na cruz. O próprio autor qualifica seu livro de “ profecia ” (1,3; 22,7.10.18). 2. Por que a escolha de escrever sobre o prospecto do livro bíblico Apocalipse? O que o inspirou? Tanto no Brasil como na Itália, ministrei vários cursos sobre o livro do Apocalipse ou sobre seus temas particulares. Depois de muitas leituras sobre o assunto, pareceu-me lógico oferecer uma apresentação ordenada do último livro da revelação bíblica, útil para todas as pessoas interessadas. Trata-se de uma interpretação entre as muitas, cujo intuito é mostrar a positividade do livro, procurando acabar com todas as leituras catastróficas que geram medo e ansiedade, alimentadas ainda pelas seitas protestantes.

mas à luz do Antigo Testamento e da exegese atual, na consciência de que a linguagem antropomórfica, aplicada a Deus, tem um sentido diferente do nosso modo humano de falar. Por exemplo, “o furor da ira de Deus” (16,19) indica o zelo que Deus tem para a salvação de cada ser humano. Não tem nada a ver com os sentimentos de vingança e de ódio que se apoderam do coração humano. 4. Ameaças, castigos, ira de Deus estão, em grande parte, internalizados no imaginário humano quando fala-se em Apocalipse. Como a sua obra faz referência a isso e de que forma ela questiona ou responde ao que está posto internalizadamente? O imaginário humano não pode ser mudado de uma hora para outra. É fruto dos inúmeros cataclismos que atingiram a humanidade ao longo dos milênios e da ansiedade permanente que o ser criado experimenta diante da morte, assim como é o resultado de tantos séculos de leitura ao pé da letra do Apocalipse. A verdadeira mensagem do Apocalipse, a meu ver, é bem diferente, embora seja desconhecida por muitos. Pena que, quer nos filmes quer nos romances, o termo “apocalipse” continua sendo usado como sinônimo de catástrofes e de eventos pavorosos. Talvez, o meu livro, lido com atenção, possa contribuir a mudar essa ideia coletiva.

5. Este livro tem um público indi3. Na Bíblia, Apocalipse é um livro, cativo ? Quem poderá lê-lo? que a priori gera receio e medo, o que diria ao leitor que dele se apro- O livro é escrito de forma simples e compreensível. É destinado a toda xima? pessoa interessada em conhecer Recomendaria ao leitor de não inter- de modo mais aprofundado a Palapretar o Apocalipse ao pé da letra, vra de Deus. Ninguém é excluído.


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No volume, procura-se realçar a constante ligação entre o Antigo e Novo Testamento, mostrando que a situação de bem-aventurança, característica do momento protológico, se cumpre de fato, em plenitude, no momento escatológico. 6. Como o livro está disposto, estruturado para leitura? A organização do livro é complexa. Depois do prólogo (1,1-3) e do diálogo litúrgico inicial (1,4-8), João, durante a liturgia do domingo, em Patmos, recebe a visão do Ressuscitado que manda escrever sete cartas às Igrejas ao redor de Éfeso. Trata-se do septenário das cartas (1,9-3,21). As comunidades cristãs são convidadas a se converterem diante do perigo do sincretismo e da mentalidade devassa do Império romano. Só dessa forma podem entender o plano de Deus, apresentado na segunda parte do livro (6,1 – 22,5). Esta segunda parte pode ser dividida em três ciclos. Ciclo do livro (4,1-8,1) que contém a história da humanidade. O livro selado no céu pode ser aberto somente pelo Cordeiro, morto e ressuscitado, que julga a história humana. Segue-se o ciclo dos poderes do mal (8,2-16,21), representados pelo Dragão, pela besta que sobe do mar e pela besta que sobe da terra, símbolos do Império romano totalitário que esmaga os opositores. A moldura desse ciclo é constituída pelo septenário das trombetas (8,2-11,19) e pelo septenário das taças (15,1-16,21) que representam a tentativa de Deus de converter os incrédulos. Neles, não são apresentados eventos extraordinários, mas fenômenos naturais e históricos, narrados à luz das pragas do Egito. Afinal, há o ciclo do julgamento: Babilônia – figura concreta do im-

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perialismo de Roma e de todos os imperialismos da história, é destruída e a Jerusalém celeste, glorificada (17,1-22,5). O autor não quer afirmar que os maus são condenados e os bons salvos. Condenados são os poderes do mal, não as pessoas particulares. O que acontece é que a Babilônia - a prostituta, pelo milagre da misericórdia de Deus, é destinada a tornar-se a noiva do Cordeiro. A nossa história pecadora é salva e glorificada por Deus, através de Jesus Cristo. O livro do otimismo cristão termina com o diálogo litúrgico final, no qual a Igreja em oração almeja pela próxima vinda do Senhor (22,6-21). 7. As Instituições religiosas acreditam ser dever delas refletir sobre diversas situações que envolvem os fiéis. De que forma você acredita que o seu livro contribui nessa reflexão? As constantes que caracterizam a história humana (guerra, injustiça social, precariedade e morte), são realçadas na abertura dos primeiros quatro selos (6,1-8). Essas realidadades porém, são perpassadas pela força da ressurreição de Cristo (o cavalo branco). Antes do desfecho final da história, Deus protege os que acreditam, marcando-os com o seu selo (7,2). Procura converter também os que não acreditam por meio de pragas medicinais – o septenário das trombetas (8,2-11,19) e das taças (15,1-16,21) e por meio do testemunho da igreja (10,1-11,13). O livro do Apocalipse procura, assim, abrir os olhos aos descrentes, pois a vida tem um sentido e a existência de cada ser humano, amado por Deus, tem um valor. O que pode ser mais útil para as Instituições

religiosas? 8. Como você enxerga a vida religiosa consagrada a partir da afirmação que consta no prefácio do seu livro, mencionando que Apocalipse é uma obra cheia de esperança e cheia de aspectos positivos? A vida religiosa consagrada é um sinal de esperança oferecido ao mundo de todos os tempos. Por meio dela, declara-se que a vida não se esgota neste mundo, mas continua na Jerusalém celeste. A última palavra não é, pois, a da morte, mas da vida, como nos anunciam as Sagradas Escrituras. Deus, na sua providência, quer acolher na sua casa todo ser humano, na medida da sua aceitação responsável do plano salvífico. Somente Deus a conhece de verdade.

9.Qual importância ou relevância deste livro para compreender as mensagens do tempo presente na vida do(a) cristão(ã), comunicadas na história do dia a dia? A nossa história é atribulada, não é serena; aliás, é trágica. Existem sempre guerras, atentados, corrupção, injustiça, vinganças, morte, etc. Estas realidades são indicadas na abertura dos primeiros quatro selos. O Apocalipse nos dá ânimo, porque mostra que o poder de Deus supera a maldade do ser humano e, na sua misteriosa providência, sabe transformar o mal em bem. De fato, vêm fazer parte da Jerusalém celeste também “os reis da terra” e “as nações” (21,24) que, no livro, se opõem a Deus e são inimigos tradicionais dos cristãos. É difícil de dizer como eles se converteram e abriram o seu coração para o transcendente.


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ACONTECIMENTOS - OBRAS E SERVIÇOS SARES inicia projeto de Aprendizagem Socioambiental

Equipe do SARES visita Assentamento Sol Nascente

Pastoral Universitária (PU) de Roraima a serviço voluntário dos refugiados na Polícia Federal Devido o agravo da crise instalada na Venezuela, o fluxo migratório de venezuelanos para outros países, em 2017, aumentou significativamente, inclusive no Brasil, havendo um considerável crescimento de migrantes em Roraima, majoritariamente por via terrestre. Com isso, o procedimento necessário para conseguir a legalização do pedido de refúgio no governo brasileiro cresceu em Boa Vista (RR). A Pastoral Universitária (PU), na capital roraimense, diante do caso, firmou colaboração com a Polícia Federal e junto com outros voluntários ajuda diariamente os servidores da PF a preencher os formulários para legalizar os estrangeiros, atuando em uma sala no prédio policial, contou o coordenador da PU, Pe. Ronilson Braga, SJ.

Serviço aos refugiados na PF

O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) iniciou nesse primeiro semestre, no Assentamento indígena e não-indígena Sol Nascente, o projeto de Aprendizagem Socioambiental para uma Ecologia Integral, buscancando acompanhar, servir e incidir na educação popular diferenciada de lideranças locais e comunitárias. A equipe do SARES agenda visitas a comunidade para escutar as demandas e necessidades, coletando dados dos moradores e promovendo a partilha dos saberes de cada um. O intuito é socializar conhecimentos e sensibilizar, gerando troca, sobre temáticas socioambientais que vão desde os modos de vida amazônicos à valorização dos conhecimentos tradicionais. Além disso, a iniciativa

propõe criar um diagnóstico e uma cartografia social do Assentamento Sol Nascente. Este, iniciado em junho de 2013, surgiu da necessidade de oferecer um lugar para servir de abrigo aos membros da etnia Kaixana, originários do Santo Antônio de Içá, localizado a 333 km de distância da Capital Amazonense. O Assentamento não só serve de abrigo a etnia Kaixana como, hoje, serve também para outras etnias, totalizando doze: Apurinã, Baré, Dessana, Mura, Miranha, Munduruku, Sateré-Mawé, Tariano, Tikuna, Tukano e a Kaixana. O desejo, quando se uniram, era constituir uma sede em Manaus. O Assentamento está localizado na Av. Itaberada, 87, conj. Francisca Mendes II, Cidade Nova, Manaus - Am.

MAGIS Amazônia na Pós-Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo Em janeiro deste ano, iniciou-se a nona turma da Pós- Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo, na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, em Belo Horizonte - MG, e esta conta com a participação da colaboradora da Casa MAGIS Manaus, Ana Lúcia, e do seu coordenador Pe. Silas Moésio, SJ. A Especialização acontece através de três módulos presenciais nos meses do calendário de férias da Faculdade, janeiro-julho e janeiro. No segundo módulo deste ano, assuntos como: Marcadores Sociais de Diferença e Juventude; e Psicologia da adolescência e Juventude, foram alguns dos temas estudados. A Aula inaugural contou com a presença do Groppo, referência em pesquisa com juventudes.

Aula Inaugural com o Groppo


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Seminário Ir. Vicente Cañas no Mato Grosso Jesuítas, Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Operação Anchieta (OPAN) organizaram, de 31 de março a 02 de abril, o Seminário Ir. Vicente Cañas, em Aguaçu (MT). A proposta era fazer um resgate da memória e trajetória da vida do missionário jesuíta, assassinado há 30 anos. Um encontro de partilha e reflexão. Na oportunidade foi lançado o livro “Provocar rupturas, construir o Reino”, organizado pelo CIMI e publicado pela Editora Loyola. Engajados no evento estavam os padres jesuítas: Vanildo Pereira, Fernando López, Paulo Tadeu e Urbano Mueller.

Recordação da Vida

100 anos da volta dos Jesuítas ao estado do Pará No dia 04 de abril, aconteceu no salão da Capela N.Sra. de Lourdes, em Belém (PA), a I Jornada Inaciana com o tema “trajetórias dos jesuítas no Pará no início do século XX”. O evento é parte das comemorações pelo centenário da presença jesuítica no estado. Organizada pela Comissão de Trabalho do Centenário: Bento PiPimentel, José Célio Lima, Pe. Ilário Govoni, SJ e Pe. Adelson Santos, SJ; a I Jornada propôs ao público uma mesa redonda que abordou as ações dos missionários no início do século XX e a inauguração da Capela Nossa Senhora de Lourdes, em 1917.

Apresentação da temática

Fé e Alegria promove Circuito Ambiental entre as crianças A Fundação Fé e Alegria, em Manaus, localizada no bairro Grande Vitória, nos meses de maio e junho, direcionou seu trabalho com crianças e adolescentes à reflexão da temática da Campanha da Fraternidade 2017, que teve como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. Nessa perspectiva, foram realizadas oficinas socioambientais, incentivando a participação coletiva que busca garantir a integridade da defesa e vida dos biomas, além de valorizar, de forma conservativa, a utilização dos seus recursos naturais. Fauna e flora, coleta seletiva, uso

sustentável dos recursos e ciclo da água foram algumas das temáticas das oficinas. O trabalho culminou com a realização do II Circuito de Meio Ambiente de Fé e Alegria, no dia 08 de junho, onde os 95 educandos atendidos na Fundação tiveram a oportunidade de socializar suas aprendizagens através de jogos, danças, exposições e doações de mudas de árvores frutíferas para familiares e comunidade, com a presença de, aproximadamente, 25 alunos(as) da Escola Municipal Dom Adalberto Marzi, na apreciação dos trabalhos que foram desenvolvidos.

Apresentação do II Circuito de Meio Ambiente

Pré - fórum Jesuítico antecede o Fórum Panamazônico no Perú Entre os dias 25 a 27 de abril na cidade de Tarapoto, no Perú, ocorreu o primeiro Pré - fórum Jesuítico Panamazônico. Na ocasião, reuniram - se, aproximadamente, 33 participantes (Jesuítas e não jesuítas) para conhecer os desafios da presença jesuítica na Amazônia e estabelecer articulação entre a

Companhia de Jesus, a missão da Pan - Amazônia (Projeto da CPAL), a REPAM e outros atores. Segundo um dos organizadores do Encontro, Padre Valério Sartor SJ, não se pretende criar uma nova rede para as obras da Companhia de Jesus na Amazônia, o intuito é “somar entre nós, humildemente

se juntar a REPAM e a outras redes existentes”, disse ele. O evento foi importante para reafirmar um dos principais focos do serviço dos jesuítas na Amazônia, com os povos indígenas, afrodescendentes, e outras populações vulneráveis, bem como na defesa e a promoção da justiça socioambiental.

Uma vez concluído as atividades do Pré-Fórum, os participantes marcaram presença do VIII Fórum Social Pan - Amazônico, ocorrrido na mesma cidade de Tarapoto. Da Plataforma Apostólica Amazônia estavam presentes os padres jesuítas: Vanildo Pereira, Fernado Lopes, Paulo Tadeu e Silvio Marques.


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SIES promove Ciclo Mariano

Festividade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dinâmicas das 13 Marias

O Serviço Inaciano de Espiritualidade (SIES) promoveu, nos dias 03, 10,17 e 24 de Maio, o Ciclo de Formação Mariano, encontros para leigos(as) e religiosos(as), no Centro Comunitário do Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Foram quatro noites, das 19h às 21h, com o tema: Maria Discípula, Profetisa e Missionária. Os facilitadores foram: Padre Adilson Almeida, SJ - Assessor do SIES, Irmã Maria Couto - Pastoral Voca-

cional e Padre Vanthuy Neto, diretor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia - Itepes. “Inspirados pelo Ano Mariano e sabendo da importância de Maria nos Exercícios Espirituais experenciados e escritos por Santo Inácio de Loyola buscou-se aprofundar os conhecimentos e momentos orantes sobre Maria, oportunizando aos participantes essa vivência”, disse Ivone Leitão, coordenadora do SIES.

“Mãe do Perpétuo Socorro, ajuda-nos a assumir a vocação de proteger e cultivar a criação”, este era o tema da Festividade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Santarém (PA). A programação religiosa desse ano iniciou no dia 10 de junho e se entendeu até o dia 27 do mesmo mês. Blitz, Transladação da imagem de Nossa Senhora em direção a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Alvoradas com celebração eucarística, Novena e Adoração ao Santíssimo, Romaria Mirim, diversas bandas locais religiosas e a banda filarmônica Acadêmica fizeram parte da programação. Esta, promovida pela Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Sobre o tema escolhido, o Pároco, Pe. Genilson Neri, SJ, propõe uma mensagem aos fiéis considerando o Ano Nacional Mariano que celebra

os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul pelos pescadores. Segundo ele, um “Encontro que desperta o cuidado e fortalece o cultivo. [...] Portanto, este é um tempo para celebrar, comemorar e louvar a Deus, mas sobretudo aprender com Maria a seguir Jesus Cristo e assim assumir o papel de cristão(ã). Maria é modelo para toda vocação”. No dia 27 de junho houve o encerramento da programação religiosa com procissão, Missa e Adoração ao Santíssimo presidida por Dom Flávio Giovenale, bispo da Diocese de Santarém e co-celebravam com ele os Padres jesuítas: Genilson Neri Bruno Schizzerotto e Guillermo Grisales, além dos padres advindos de outras comunidades. Dia 30 de junho e 01 de julho aconteceu uma Programação social com bingo, leilão, jantar, etc., como parte dos festejos.

Jornada de Espiritualidade Inaciana para jovens - JEI 2017 Nos dias 19,20 e 21 de maio, acoteceu em Manaus-Am, na Casa de Retiro dos Capuchinhos, a Jornada de Espiritualidade Inaciana para jovens (JEI) ), um evento do MAGIS da Plataforma Amazônia - PAAM que teve como tema “Exercícios Espirituais e Juventudes nos passos de Inácio” e lema “O que fiz, o que faço, o que farei por Ti, Senhor? A JEI para jovens é uma experiência mística e formativa para difundir a espiritualidade inaciana e nesta edição focou-se na estrutura dos Exercícios Espirituais, no testemunho dos que experienciam os exercícios nas diferentes modalidades e a espiritualidade que se torna transversal nas diversas dimensões da vida dos(as) jovens. “O intuito era proporcionar as juventudes rodas de conversa, oficinas, partilhas e econtros vivenciais e formativos que atendessem as expec-

tativas das juventudes que estão tendo o primeiro contato com a espiritualidade inaciana e aqueles que já as vivenciam, retomando a postura pessoal e coletiva, da realidade o que, de fato, aconteceu”, disse Josiara Reis, articuladora do eixo espiritualidade da Casa MAGIS Manaus.

O que fiz? O que faço? O que farei por Ti, Senhor? “Através de uma atividade, articulamos pelo menos três das prioridades do Plano Apostólico: juventude, espiritualidade e Amazônia, na busca da justiça socioambiental também”, contou Pe. Edson Tomé, Diretor do Centro MAGIS Amazônia e responsável por Juventude e Vocações na PAAM.

Papo Magis - os exercitantes contam suas experiências


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III Assembleia da Plataforma Apostólica Amazônia “Um olhar avaliativo e propositivo sem deixar de ser celebração memoriosa de até onde conseguimos chegar, onde estamos e para onde o Espírito tem nos movimentado a ir”, foi a proposta da III Assembleia da Plataforma Apostólica Amazônia (PAAM), disse Pe. Inácio Rhoden. Realizada nos dias 10 e 11 de junho, na Casa de Retiro Ir. São Vicente Cañas,Manaus-Am, a Assembleia reuniu 56 pessoas, entre jesuítas, convidados(as) leigos(as) visando apresentar os últimos informes da Congregação 36 da Companhia, da Conferência dos Provinciais da da América Latina - CPAL e do Planejamento da Província do Brasil, em sua estrutura de Governo, buscando contrapor tudo isso como horizonte ao trabalho que vem sendo desenvolvido na Amazônia enquanto Plataforma. A assembleia contou com atividades de discussão por grupos de preferência apostólica, discussão aberta em plenária com perguntas e comentários, síntese do observador convidado - Luiz Felipe B. Lacerda do Observatório Luciano Mendes de Almeida (OLMA), Voz Celebrativa - espaço de ação de graças de representações presentes, momentos de mística com oração pessoal e comunitária, noite cultural, etc. Na oportunidade, foi apresentado também o Marco de Orientação da PAAM. Com o intuito de aproximar, apresentar e favorecer o diálogo entre os envolvidos com a preferência apostólica Amazônia, foram convidados(as) a estarem nesta Assembleia referenciais desde o governo da Província do Brasil. Estiveram presentes: o Provincial - Pe. Renato Eidt, e o Sócio – Ir. Eudson Ramos, além do Secretário para a Justiça Socioambiental e o Delegado de Formação da Província do Brasil e ainda outros convidados que

ajudam no processo de articulação da Plataforma, como: a Conferência dos Provinciais da América Latina - CPAL e Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM. O Pe. Provincial, João Renato Eidt, conta que a seu entender esta Assembleia foi interessante por trazer resultados e frutos de passos importantes na construção do serviço na Amazônia, e diz que: “há uma sinergia, uma serenidade maior de pensarmos conjuntamente a missão dentro da Plataforma e sempre com essa abertura para o projeto possível de organização em nível de PanAmazônia”. O Secretário para a Promoção da Justiça Socioambiental, Pe. José Ivo Folmann percebe que a Amazônia enquanto opção da Província está crescendo e conta que “ela está crescendo em nível de Plataforma Amazônia, mas também em nível do Brasil no que diz respeito a consciência Amazônica” e ainda que “há um crescimento no conceito de Promoção da Justiça ao usar o termo justiça socioambiental, baseado no paradigma da Ecologia integral. Nessa rede de articulação dos processos vividos na Amazônia, Pe. Alfredo Ferro SJ, coordenador do Projeto Panamazônico que tem sede em Letícia, tríplice fronteira Perú - Brasil - Colômbia, destacou que uma das suas missões é a articulação com os jesuítas da Amazônia, por isso considerou importante essa presença na Assembleia, uma vez que “é uma possibilidade de dialogar, conhecer a caminhada da Plataforma e construir juntos uma proposta”. Ele que esteve nas Assembleias anteriores diz poder ver a trajetória do que têm acontecido nos últimos três anos. Este evento contou com a presença de representações leigas das obras e serviços da PAAM, mas

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Encaminhamentos da CPAL pelo Provincial do Brasil

Jesuítas e Leigos(as) da Missão na Amazônia

também dos que somam forças com ela. Izalene Tiene, articuladora dos Seminários e Laudato Si da REPAM na Amazônia Legal mencionou que sai com grande esperança para o trabalho em rede, “essa rede que está sendo construída, que está sendo tecida aqui na Amazônia tem muita participação dos jesuítas e a a REPAM vai também ajudar e ficar mais forte com a presença na Companhia de Jesus”. Concluiu-se o evento com uma missa celebrada por Pe. Ronaldo Colavecchio em

comemoração aos seus 50 anos de sacerdócio, bodas de ouro. Sobre os movimentos que foram e estão sendo feitos no que diz respeito a atender os apelos que Jesuítas e leigos(as) sentem na missão na Amazônia, entre eles o apelo de uma comunicação mais fluida para construir o trabalho em rede de forma mais colaborativa e ajudar nos desafios que surgem, a PAAM conta hoje com uma assessoria de comunicação que traz este informativo como primeiro passo do trabalho.


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Formação de Lideranças em Brasiléia, no Acre No dia 03 de junho, de 07h as 13h, a Paróquia Nossa Senhora das Dores - Brasiléia (AC), promoveu a sua formação mensal para lideranças. Esta é dirigida aos catequistas e monitores das 11colônias (comunidades) urbanas e as 46 rurais. O encontro do mês de junho tratou do estudo do documento 100 da CNBB - Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia - tendo em vista as escolhas das pistas de ação que norteiam a caminhada da Paróquia ao longo deste ano. Neste mesmo encontro também houve a apresentação das Cáritas, como se organiza no Brasil, Região e na Diocese.

Formação de Lideranças

Festividade de Santo Inácio de Loyola Vida de Santo Inácio de Loyola foi encenada por jovens durante missa que celebrou a Festividade do Santo, na Paróquia Santa Luzia em Caladinho, Porto Velho (RO), no dia 31 de julho. Momentos da história de conversão de Santo Inácio, como: a bala de canhão, o tempo de convalescência, a entrega da arma aos pés de Nossa Senhora, foram algumas das cenas interpretadas pelos(as) jovens, em memória ao Santo. Os fiéis puderam contemplar e refletir com bastante atenção. A Celeção Eucarística foi presidida pelo pároco, Pe. Ivo Mueller, SJ.

Cena: Entrega das armas

SARES realiza curso de “Polinizadores Socioambientais” em Manaus O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) em parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, este último com sede em Brasília, realiza o curso de Polinizadores, em Manaus. O objetivo é aprofundar o conhecimento das causas e consequências socioambientais do processo de aquecimento global e das mudanças climáticas. O curso teve seu início no dia 19 de junho e prosseguirá até o mês

de outubro, com encontros semipresenciais na sede do SARES. Os eixos a serem discutidos serão: Biomas, Mudanças Climáticas e Águas. Firmada a parceria em 2016, o SARES foi convidado pelo Fórum, a ser a instituição que multiplicaria o curso no estado do Amazonas. Durante os encontros desse primeiro semestre, que teve como tema os Biomas, os participantes tiveram dinâmica de apresentação, visita a casa de moradores que

residem nas margens do igarapé do Franco, no bairro São Jorge; discussões sobre o tema e produção de um material comunicacional. Os que participam advém de outros organismos que já tem um serviço de conscientização e mobilização socioambiental, como: REPAM - Juventude (Rede, Eclesial Panamazônica), Instituto Sumaúma, CIMI, Casa MAGIS Manaus, Projeto Oca da Juventude e Comunidade São Dimas.

Formação sobre os Biomas

Centro Alterantivo de Cultura - CAC, participa do Seminário Laudato Sí

Colaboradoras do CAC e Comissão REPAM

O Centro Alternativo de Cultura participou do Seminário Laudato Sí, no Castanhal – PA, de 19 a 21 de maio. Seminário promovido pela Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM e Regional Norte 2 da CNBB. A proposta do evento é tecer redes e estabelecer intercâmbios entre os povos da floresta, visando debates para provocar transformação

da realidade local diante dos impactos ambientais que a Amazônia vem sofrendo, bem como seus povos. Participaram, aproximadamente, 150 pessoas. Foram tratadas questões diversas, entre elas: as violências urbanas e do campo, Ecologia integral e Soberania Alimentar, os megaprojetos na Amazônia, o avanço do agronegócio no Pará, a contaminação dos rios, dos alimentos e outras temáticas socioambientais.


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DESTAQUE PASTORAL SIES - SERVIÇO INACIANO DE ESPIRITUALIDADE - MANAUS(AM) O Serviço Inaciano de Espiritualidade (SIES) atualmente é composto por um grupo de 12 pessoas e é coordenado por quatro delas, sendo: Ivone Leitão - coordenadora , Telma Olivera - secretária, Elza Oliveira - Tesoureira e Padre Adilson Almeida SJ, Assessor. O SIES possui uma sala no Espaço Loyola localizado na Av. Leonardo Malcher, 339, Aparecida, Manaus - Am. A sua ação visa ajudar o povo de Deus a serem pessoas e comunidades de oração e discernimento, dóceis à ação do Espírito Santo, capazes de perceber para onde sopra este mesmo Espírito em suas vidas, buscando “sentir e saborear” Deus em todas as coisas. E, também, apoia iniciativas de diálogos com outras espiritualidades e contribue para o resgate da riqueza, da cultura e da religiosidade amazônica, presente em diferentes formas de expressão e crenças populares, com as quais somos chamados a dialogar. Esse serviço congrega religiosos (as) e leigos (as) com a missão de colaborar com a Igreja no seguimento a Jesus, por meio de várias atividades ligadas ao campo da espiritualidade, realizando um serviço de abragência local. O SIES é um serviço que articula

processos e pessoas para difundir os exercícios espirituais de Santo Inácio em sua diversas modalidades, tais como: Retiro de finais de semana: para Paróquias e Áreas Missionárias. Exercícios na Vida Cotidiana (EVC) para quem deseja fazer a experiência dos exercícios inacianos no dia a dia em grupo, sendo acompanhado Quinzenalmente ou mensalmente por um orientador espiritual. Exercícios na Vida Cotidiana - EVC (Cf. EE 19): A quem não for possível afastar-se de suas ocupações, restalhe a opção de fazer o EVC, dedicando todo dia, certo tempo ao exercício de oração, seguindo a mesma ordem dos EE de 30 dias e partilhando periodicamente sua oração com um acompanhante que conheça a metodologia. Exercícios Espirituais em Etapas: para quem se dispõe a participar de retiro de fim de semana ao longo do ano, correspondendo às quatro semanas dos exercícios, espirituais em parceria com a Casa de Retiro Ir. Vicente Cañas.

Tríduo Inaciano 2017

Exercícios curtos ou “leves” (Cf. EE 18): por falta de tempo para se dedicar aos EE ou por falta de capacidade ou de vontade do exercitante, não se devem dar os Exercícios completos a todos. Os Exercícios devem adaptar-se às disposições das pessoas que o fazem, levando em conta a idade, os conhecimentose a capacidade de cada um.

Dia de Oração Acompanhada (DOA): para paróquias, pastorais e movimentos em geral, que queiram vivenciar um dia de espiritualidade no estilo inaciano. Ciclos de Formação: para grupos paroquiais, pastorais e movimentos em geral, que queiram aprofundar a Fé e Vida. Encontros, Jornada de Espiritualidade: para aprofundar o sentido da vida e do homem, na medida em que se deixa invadir pela espiritualidade, que deve levar ao compromisso consigo e com os outros. go e com os outros.

Dia de oração Acompanhada com a turma do EVC

Equipe do SIES


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ESPECIAL

Comunicçã EM C HAV E M ISSIO N Á R I A

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus (cf. Jo, 1, 1). Desde o início, Deus quis comunicar-se com a humanidade, estabelecer relação com ela. Tudo o que foi feito começou com sua Palavra. Palavra que em Jesus se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1, 14). O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil - número 99 nos Documentos da CNBB, publicado em 2014 - sob a perspectiva da “cultura do encontro”, anteriormente, proposta pelo Papa Francisco, aponta para uma comunicação aberta ao diálogo com o mundo, a sociedade e suas tecnologias, oferecendo-nos um “GPS”, um guia confiável que colabora para nos orientar no caminho do anúncio do evangelho. Uma comunicação em chave missionária. Pois, evangelizar é comunicar a Boa Nova, obedecendo ao mandato missionário de Jesus que nos impele a pregar o evangelho em todos os tempos, lugares e cantos da terra e para todos os povos. Uma vez que a igreja é portadora deste anúncio, deve cultivar a cultura do encontro, encarnando-se na realidade. “Do ponto de vista cristão, a comunicação é autêntica quando é encarnada na realidade humana e constrói

proximidade com o outro” (Diretório da Comunicação, n.14). Hoje, deve-se entender que as relações acontecem na sociedade contemporânea num movimento cibercultura, sociotecnocultural, na cibercultura definida como uma cultura incorporada pelas tecnologias digitais, através da revolução cibernética-tecnológica ((ciberespaço) que afetou os aspectos da vida cotidiana, intensificando transformações sociais e novos jeitos de se relacionar uns com os outros, consequências da modernidade, sob aspectos de sociedade em rede. Essas transformações representam desafios, porém também oportunidades para a Igreja, que é impulsionada a agir diferente, integrando a Boa Notícia aos meios de comunicação social. “Por isso, é responsabilidade de todos e de cada um prover o desenvolvimento positivo da comunicação a serviço do bem comum” (Diretório da Comunicação, n.19). Desta maneira, é necessário descortinar o que também é consequência da cultura midiática para oferecer, em profusão, uma comunicação cada vez mais profícua do ponto de vista cristão. A mass media exerce uma forte e ampla influência sobre as pessoas e suas relações,

contudo, em vez dela criar proximidade, pode gerar distanciamento, longe do propósito do anúncio evangélico, pois muitas produções midiáticas banalizam os valores humanos em decorrência do capital financeiro, na desenfreada busca por audiência e notoriedade, sendo muitas vezes uma fonte de discriminação. “Quando os processos de comunicação social se submetem ao sistema econômico e comercial, privilegiam-se o espetáculo e o entretenimento, e a comunicação midiática se reduz à lógica do mercado” (DC, n.25). Concernente a isto, aquilo que elas não evidenciam passa despercebido, como algo sem importância, o que provoca que pessoas e situações fiquem no esquecimento, sendo excluídas. “Assim, indivíduos ou grupos podem ser submetidos a um ‘silêncio social’ ao serem ignorados pelas mídias. A voz do evangelho também pode ser ignorada e reduzida ao silêncio. Daí a importância de anunciar a Palavra e dar voz aos que dela são privados” (Cf. Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Aetatis novae,, n.4). Diante disso, a Igreja deve perscrutar os sinais dos tempos de maneira que possa responder às exi-

gências deles, sabendo que as ações comunicativas permeiam a sociedade de diversos modos e precisam ser postas a serviço de todos, de forma encarnada na realidade. Uma vez que os meios de comunicação podem nos ajudar a favorecer a comunhão e a partilha, no intuito de fortalecer a cultura do encontro dentro da cibercultura, a igreja deve apropriar-se cada vez mais das novas formas, códigos e linguagens, inculturando a mensagem do evangelho, a fim de evangelizar na sociedade contemporânea, com uma comunicação em chave missionária. Ambiência Comunicativa da PAAM A missão da Plataforma Apostólica Amazônia - PAAM é contribuir para a cultura do encontro, superando os desafios que hoje é “descobrir e transmitir a ‘mística’ de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o abraço, apoiar-nos, participar nesta maré um pouco caótic caótica que pode transformar-se numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa peregrinação sagrada. Assim, as maiopossibilidades de comunicação comunicação traduzir-se-ão em novas oportunidades de encontro e solidariedade


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entre todos” (Francisco, Evangelli Gaudium,n.87). Nesta construção de uma cultura do encontro, os meios de comunicação podem colaborar: “A partilha de conhecimentos e experiências, propiciadas pela comunicação, pode gerar extraordinárias oportunidades de desenvolvimento e de colaboração entre os povos” (DC, n.24). Uma comunicação em chave missionária comunica o projeto de vida e amor de Deus pela humanidade inteira “É na experiência da missionariedade que a comunicação da Boa-Nova se torna vida e não repetição; testemunho, e não informação. A mensagem cristã comunica o amor do Criador e do Ressuscitado na palavra e na vida de seus filhos e filhas, ou seja, na vivência e no testemunho da mensagem. A primeira modalidade de comunicação da fé continua sendo o testemunho” (DC, n.57).

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Diante disso, a PAAM impelida a assumir a dimensão profética do anúncio evangélico adaptando-se as novas formas, códigos e linguagens para se comunicar encarnada

como sendo umas das características fundamentais para a ação apostólica: os novos meios e novas linguagens que “correspondem ao constante esforço da Companhia de Jesus em adaptar-se aos diversos ‘tempos, circunstâncias e pessoas’, em vista de encontrar novas mediaA PARTILHA DE ções e novas lógicas que favoreçam CONHECIMENTOS E o anúncio da Boa Nova” (Plano EXPERIÊNCIAS, Apostólico da BRA, p. 20). PROPICIADAS PELA Dada as fragilidades da vida cocomunitária fraterna, no desafio de COMUNICAÇÃO, PODE GERAR EXTRAORDI EXTRAORDINÁRIAS crescer no diálogo de caridade e solidariedade entre as várias obras e OPORTUNIDADES DE serviços da PAAM, uma das mediDESENVOLVIMENTO E DE das necessárias e urgentes, num COLABORAÇÃO ENTRE OS primeiro momento, no que tange aos meios de comunicação, era a criaOS POVOS” (DC, n. 24) ção de um instrumento de aproxina realidade, vem adotando medi- mação do que são e fazem as obras didas que privilegiem aquilo que a e serviços da Companhia de Jesus Província dos Jesuítas do Brasil por na Amazônia, buscando propor um meio do Plano Apostólico da BRA espaço de acolhida, testemunho, elencou no seu modo de proceder partilha e de estar em relação con-

...ENCONTRAR NOVAS MEDIDAS E NOVAS LÓGICAS QUE FAVOREÇAM O ANÚNCIO DA BOA NOVA” (Plano Apostólico da BRA, p.20)

tínua com o(a) outro(a) e em comunhão como seres relacionais, apoiando-se mutuamente, tornando-se próximos uns dos outros, mesmo com as longas distâncias geográficas dentro da Plataforma e os desafios inerentes das missões específicas. Desta forma, então, nasce o Informativo PAAM in foco, para responder aos desafios dos novos tempos que, sobretudo, ajuda a construir um diálogo que favorece a comunhão missionária. Comunhão que promove unidade e constrói proximidade com o(a)outro(a).

CIBERESPAÇO E CIBERCULTURA Um dos fenômenos que vem marcando a sociedade contemporânea é a convergência da cultura e da técnica, aplicada aos diversos setores da vida cotidiana. As codições para o surgimento do Ciberespaço, sem pretensão de ser dado um fator único, é desencadeado por inúmeros processos embrionários como: a fotografia, o telefone, o cinema, o rádio, a televisão, , a expansão comercial da internet que antes era de uso restrito e militar, o surgimento da Web (rede mundial de computadores),etc. O Ciberespaço integra todas as mídias e é responsável por mediar a rede global de comunicação, possibilitando as relalações tecnossociais do universo

virtual. O Ciberespaço é o “espaço de comunicações aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores“(LÉVY, Pierre. p. 92), constituindo-se como uma das principais, se não a maior, fonte de informação da humanidade. O Ciberespaço interliga tudo a todos na rede, mediante a interconexão de diversos dispositivos de comunicação digital: Tablet, Smartphone, etc. "As grandes tecnologias digitais surgiram, então, como a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado de informação e do conhecimento" (LÉVY, 1999, p. 32). O Ciberespaço é um

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

ambiente de relação virtual através do uso dos meios de comunicação, destacando-se a internet que com uma grande infraestrutura técnica possibilitada pelas telecomunicações: cabos, redes, fios e computadores, é capaz de criar outros tantos ambientes como os Fóruns, Chats, Correio Eletrônico e outros mecanismos de interatividade e instaneidade. Para Lévy, o Ciberespaço gera uma ideia de “espaço elástico”, tendo a instantaneidade e a simultaneidade como uma de suas principais características. A rede global de comunicações mediadas, o Ciberespaço, faz surgir o conceito de Cibercultura, “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de ati-

tudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 1999, p. 17). O termo Cibercultura é a junção do prefixo Ciber ( de cibernética) + Cultura (sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade). A Cibercultura instaura novas formas e modalidades de comércio, educação, trabalho, de entretenimento, etc. É todo processo de transformação nas formas de trabalhar, relacionar-se, de ter sociabilidade, realizada a partir da existência do Ciberespaço e de suas características novas (LÉVY, 1999).


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AGENDA

Este é um espaço reservado para as obras e serviços compartilharem seus calendários de atividades, mês a mês. Uma agenda compartilhada oportuniza que outras pessoas possam se planejar para participar de seu evento e colabora para a visão do corpo apostólico em ação na Plataforma Apostólica Amazônia. Um trabalho em rede é uma forma de organização em torno de valores e interesses compartilhados. Então, nada melhor que uma Agenda para começar a se organizar no trabalho em Rede. Recomende!

RECOMENDADA SETEMBRO Terça

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Seminário Socioambiental - CAC - Belém(PA)

CAP’s I - SIES e Outras Obras e Serviços - Manaus (AM)

7,8,9e10 11,18e25

+ INFORMAÇÕES : Centro Alternativo de Cultura(CAC) Fone: (91) 3223-5728 / 3222-0879

13a21

Casa MAGIS Manaus Fone: (92) 99122-6607 E-mail: casamagis.manaus@gmail.com

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Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) Fone: (92) 3345-0614 / 98440-9134 / 99131-6128 E-mail: saressocioambiental@asav.org.br

19e22

Serviço inaciano de espiritualidade (SIES) Fone: (92) 98168-8607 / 99102-6810 E-mail: servico.inaciano.bam@gmail.com

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JUBILEU

60 ANOS DE SACERDÓCIO Pe. Bruno Schizzerotto, SJ 25 de Setembro

Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC) - Parceria Casa MAGIS Manaus (AM)

Curso de Polinizadores - SARES - Manaus (AM)

Retiro de Exercícios Espirituais de 8 dias SIES - Manaus (AM)

Intervenção Socioambiental - Casa MAGIS- Manaus (AM)

Projeto Ajuri de Incidência Política (Encontro com as Instituições) - SARES - Manaus (AM)

Grupo de Animação Vocacional Inaciana (GAVI) Casa MAGIS - Manaus (AM)

50 ANOS DE SACERDÓCIO Pe. Ilário Govoni, SJ 28 de Setembro


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O Informativo PAAM In Foco será uma publicação mensal. Até o dia 10 de cada mês você poderá enviar a sua notícia para entrar na próxima edição. No trabalho em Rede todos colaboram. Mande sua notícia!


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