Guia | Nossa Rede Educação Infantil - Orientações do Projeto Pedagógico para a Educação Infantil de

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PARCERIA TÉCNICA

AVANTE EDUCAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL Gestora institucional Maria Thereza Oliva Marcílio Coordenação Mônica Martins Samia Rita Margarete Moreira Santos Autoria Ana Luiza Oliva Buratto Fabíola Margeritha Costa Bastos Revisão técnica Maria Thereza Oliva Marcílio Mônica Martins Samia Rita Margarete Moreira Santos Grupo de Trabalho Nossa Rede Educação Infantil Adriana Souza da Purificação Alessandra Santos do Nascimento Alessandra Seixas Araújo Alexsandro da Rocha Melo Aline Cristina de J. Santos Aline Maria Santos Ferreira Ana Cristina Couto S. da Silva Ana Paula M. Massarenti Ana Paula Silva Santos Andréa Batista de Oliveira Santana Carla Cristina dos Santos de Jesus Carla Dória F. da Costa Carla Patrícia Teixeira Góes Barbosa Carla Valéria Castro Christianne Barretto Navarro de Brito Carvalho Consuelo Almeida Matos Cristiane Brito Valente Crisvânia Duarte Passos Pinto Daniela de Oliveira Maria Santos Daniela Silva Cruz Denize Reimão de S. Nadyer Elaine Letícia Pinto Cerqueira Neri

Elielza Oliveira Costa de Sousa Evânia Cerqueira da Silva Sodré Gilmária Santos Gleide de Araújo Santos Isa de Jesus Coutinho Islana de Oliveira Silva Ivanei Silva Santos Ivete Rodrigues dos Santos da Silva Jeane Leal da Silva Rodrigues Jussiara Pinheiro Vieira Karla Cristina Brito Chaves Lindalva dos Reis Amorim Maiza Maciel Chaves Marcia Maria Leone Lima Maria Cecília Santana T. Freitas Maria de Fátima Castro Maria Gabriela White Santos Garrido Maria José dos Santos Junqueira Marília Moreira C. Liberato de Mattos Micaela Balsamo de Mello Patrícia Guimarães Paim Plautila Souza Neves Priscila Gonçalves Cerqueira Roberta Messias Costa Roberta P. Souza do Carmo Rúbia Nara A. de Souza Sandra Cristina Santos de Monte Sirlaine Pereira Nascimento dos Santos Solange Mendes Serra Sueli Cristina Gouveia Ferreira Suzana Conceição Dória Telma C. da Cunha Vanessa Maria Magalhães Fonseca Vânia Maria P. de Almeida Wendy Castro Rosa Roman Revisão de estilística e ortográfica Andréa da Silva Oliveira Projeto Gráfico KDA Design Ilustração Luiz Augusto Gouveia Projeto Editorial InVento- Agência de Inovação Fotografias Acervo da Secretaria Municipal da Educação de Salvador Muriqui Ambiental e Imagens Ruth Hirte


CARTA DO SECRETÁRIO

Prezadas/os educadoras e educadores, É com imensa alegria e satisfação que a Secretaria da Educação Municipal (SMED) compartilha com a comunidade educativa os materiais pedagógicos do Projeto Nossa Rede Educação Infantil. Esses materiais foram construídos com as mãos da nossa Rede, e têm como fios e tramas as utopias e o trabalho das/os educadoras/es de Salvador, em favor da reinvenção da escola como espaço de aprendizagem para todas as crianças de zero a cinco anos e onze meses de idade. Assim, chega às suas mãos o Guia Nossa Rede Educação Infantil: Orientações do Projeto Pedagógico para a Educação Infantil de Salvador, para que cada profissional da

Rede possa ter acesso ao conjunto de produtos que compõem esta política pública. Nele, há esclarecimentos sobre cada ação e cada material, sempre respeitando o protagonismo de cada profissional e convocando a todos/as para um uso responsável, coerente e coeso. Os materiais do Nossa Rede Educação Infantil assumem como ponto de partida os conhecimentos teóricos e práticos das/os educadoras/es e as experiências das famílias sobre o cuidar e o educar, e visam subsidiar a atuação dos profissionais da Educação Infantil, considerando a importância de uma prática educativa integrada. Com esse Projeto, a SMED reafirma o compromisso com a Educação Pública Municipal, tendo em vista a construção de um

Guilherme Cortizo Bellintani Secretário Municipal de Educação de Salvador

currículo que garanta às crianças condições de aprendizagem, respeitando-as como sujeitos sociais e de direitos, capazes de pensar e agir de modo participativo, criativo e crítico. Toda essa mudança não se faz sem o empenho, implicação e tomada de decisão de todos os profissionais nas diferentes instâncias: SMED/DIPE, GRE e Unidades Educacionais. Trabalhando em rede, vamos mantendo o diálogo aberto e avançando em direção à excelência na Educação Infantil. Está em nossas mãos a tecitura de cenários pedagógicos comprometidos com a aprendizagem das crianças soteropolitanas.

Desejamos a todos um excelente ciclo pedagógico!


Aprendi a ler, a fazer atividade e a escrever. Eu tambÊm aprendi uma coisa: jogar bola, brincar de pega-pega, esconde-esconde. (Eric, criança da RME/SSA)


SUMÁRIO Este é o Guia Nossa Rede Educação

Apresentação do Programa Nossa Rede Educação Infantil

04

Concepção do Nossa Rede Educação Infantil

05

Histórico da construção do Nossa Rede Educação Infantil

06

Linhas de ação do Nossa Rede Educação Infantil

09

Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador

10

Materiais Pedagógicos

14

Orientações Pedagógicas para Professoras/es da Educação Infantil

16

Álbum de Desenvolvimento e Portfólios

17 18

Sua leitura e consulta permanentes

Pranchas para Profissionais da Creche

promoverão maior compreensão das

Álbuns de Experiências

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intencionalidades e melhores condições para

20

cada instituição, de cada GRE e na

Orientações para a Gestão das Instituições da Educação Infantil: dimensões pedagógicas e administrativas

Secretaria da Educação, promovendo

Kit Família

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sinergia, compromisso e colaboração.

Agendas da Creche e da Pré-Escola

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Infantil: Orientações do Projeto Pedagógico para a Educação Infantil de Salvador. Uma publicação que proporciona uma visão geral desta política pública - suas linhas de ação e concepções -, assim como oferece informações, para que os diversos profissionais que compõem a equipe da Educação Infantil, possam fazer bom uso das ações e produtos que compõe este Projeto, que visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento das crianças, por meio de dispositivos relativos ao desenvolvimento profissional, ao planejamento e à gestão, e o fortalecimento da parceria escola e família.

a concretização das ações no cotidiano de

Lista de livros para compor acervo 23 das instituições de Educação Infantil e catálogo de fornecedores de equipamentos, brinquedos e materiais Formação

26

Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil

30

Ciclo de Monitoramento das Instituições

33

Ciclo de Monitoramento das GRE

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APRESENTAÇÃO

PROGRAMA NOSSA REDE EDUCAÇÃO INFANTIL É preciso toda uma aldeia para educar uma criança! (provérbio africano)

O programa Nossa Rede Educação Infantil é nosso! A estruturação desta política pública envolveu a participação de representantes de todos os

O programa Nossa Rede Educação Infantil convida cada profissional, familiar e cidadão a colaborar para a construção deste projeto coletivo de educação de qualidade para as crianças soteropolitanas.

profissionais da Rede que atuam no segmento – técnicos da Secretaria Municipal de Educação, integrantes das equipes das Gerências Regionais (GRE), gestores, coordenadores, professores, funcionários de apoio –, como também o público beneficiário - familiares e crianças que integram as instituições de Educação Infantil -. 4

Para que possa atingir seu objetivo, de melhorar a qualidade do atendimento das crianças que

“Vamos participar deste momento histórico da Educação de Salvador para que possamos escrever nossos nomes nesse capítulo tão importante e poder dizer que contribuímos para construir uma identidade pedagógica que nos representa”. Gilmária Cunha

frequentam a Educação Infantil Municipal de

Gerente de currículo da Secretaria Municipal da Educação.

Salvador, precisa da participação de TODOS!

A ideia de REDE, supõe a força de cada ponto que une e, neste contexto, pode ser traduzida por palavras como:

ENGAJAMENTO RESPONSABILIDADE

COLABORAÇÃO

PROFISSIONALISMO


APRESENTAÇÃO

CONCEPÇÃO E CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA NOSSA REDE EDUCAÇÃO INFANTIL O Projeto Nossa Rede Educação Infantil foi realizado em regime colaborativo, visando: garantir uma produção sintonizada com as especificidades da Rede promover o reconhecimento e a valorização das práticas existentes fomentar o sentimento de pertença e de coautoria ao Projeto Esta metodologia participativa envolveu desde a visita às várias instituições da Rede, análise do inventário de experiências existentes, até um amplo processo de mobilização dos profissionais, a partir de rodas de conversa, estruturação de um Grupo de Trabalho e mobilização das GRE, com apoio da Secretaria Municipal de Educação.

O processo participativo foi fundamental para fomentar a sinergia. Este processo de mobilização foi intenso e intensivo. Fundamentou-se no conceito de que “mobilizar é um ato de liberdade, de razão, de comunicação e de paixão”. Trata-se de um processo, de uma escolha que pressupõe o compartilhamento de discursos, visões e informações.

Envolveu reuniões, contatos e comunicações frequentes com todos os atores envolvidos. Iniciou-se com as rodas de conversa realizadas com diversos grupos: crianças, professoras/es, coordenadoras/es, gestoras/es, familiares. As primeiras rodas visaram a

Um Grupo de Trabalho – GT, formado por profissionais das mais diversas funções na Rede e nas instituições de Educação Infantil acompanhou todas as rodas de conversa e, com cuidado e responsabilidade, revisou e validou o que foi produzido neste processo.

identificação e definição do conteúdo dos materiais e as segundas rodas se voltaram à análise e crítica dos materiais

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produzido pela equipe técnica da Avante Educação e Mobilização Social, a partir das contribuições dos profissionais da Rede.

"A produção e validação

O processo participativo foi

desses materiais ocorreu

fundamental para fomentar a

com a participação de

sinergia entre atores e

professores, equipe gestora,

materiais e dos materiais

famílias e as próprias

entre si, alimentando o

crianças matriculadas,

sentimento de pertença e de coautoria no Programa.

contemplando a perspectiva da construção colaborativa,

O Programa Nossa Rede

bem como contextualizada

Educação Infantil afirma-se,

com a realidade de

assim, para além de uma

Salvador. Esses aspectos

marca, concretizando-se e fundamentando-se na experiência vivida e no compartilhamento de desafios, conquistas e emoções semeadas ao longo da sua construção.

trazem um diferencial para a educação das crianças matriculadas na Rede." Profª Joelice Braga Diretora pedagógica da SMED


HISTÓRICO

HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA NOSSA REDE EDUCAÇÃO INFANTIL Falar do Nossa Rede Educação Infantil é falar de uma proposta inovadora que mobiliza diversas estratégias para estruturar a política pública municipal para o segmento.

O Programa é resultado da luta de gestoras/es, coordenadoras/es e professoras/es da Educação Infantil, que no seu desejo de avançar, exigiam participação ativa no processo de construção de uma política municipal para a Educação Infantil, bem como respeito ao conhecimento teórico e prático que detinham. Foi do encontro desse desejo, com a sensibilidade e disposição dos dirigentes e

2014 6

Reuniões internas de alinhamento e de planejamento Avante e equipe técnica da SMED; diagnóstico da Rede e coleta de materiais das instituições (inventário).

Negociação da proposta apresentada pela Avante à Secretaria, a partir das demandas apresentadas.

JUL

MAI

JUN

Primeira reunião para formação do Grupo de Trabalho (GT), co-gestor de todas as etapas do Programa, com representantes da Rede Municipal.

SET

AGO

Lançamento do Programa para as lideranças pedagógicas das instituições; reuniões de alinhamento sobre o Programa e elaboração da estruturação dos materiais.

Visitas técnicas às instituições e reuniões de alinhamento para criação do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil. Roda de conversa com crianças sobre a escola que gostariam; reuniões do GT para revisão dos materiais.

DEZ Rodas de conversa com profissionais da Rede para planejamento dos materiais e apresentação da 1ª versão do Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador.

Análise e discussão do Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador com GT; rodas de conversa com os profissionais da Rede para análise crítica do material produzido.

JAN

NOV

OUT

2015

MAR

FEV


HISTÓRICO

com a experiência e expertise da equipe de profissionais associados da Avante – Educação e Mobilização Social, que nasceu o Nossa Rede Educação Infantil, inspirado pelas utopias desses sujeitos em relação à criação de iguais oportunidades de desenvolvimento e de aprendizagem para todas as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de Salvador e urdida no compromisso com uma Educação Infantil de qualidade para todas/os.

Produção dos materiais.

Rodas de conversa com família para análise dos Guias; reunião com equipe técnica da SMED para alinhamento entre Combinado e Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil.

ABR

Reuniões com equipe técnica da SMED para alinhamento sobre o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil e planejamento do material para as famílias.

Apresentação do Plano de Formação para GT e equipe técnica da SMED; roda de conversa com famílias para análise crítica do material; início das ações formativas; reunião com GT para análise e ajustes nos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil.

JUL

MAI

JUN

O Nossa Rede Educação Infantil, parte do histórico da Rede – de suas potencialidades e desafios - e aposta na possibilidade da melhoria da qualidade do atendimento, a partir da ação sinérgica das suas linhas de ação, da mobilização dos profissionais envolvidos e da parceria das famílias.

SET

AGO

Análise e discussão do material de famílias pelo GT e reunião com GT para apresentação do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil.

2016 Ações de implantação do projeto pela SMED, GRE e instituições.

Aplicação piloto do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil em 4 instituições; ações formativas.

JAN

NOV

OUT

Planejamento da testagem do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil; ações formativas.

DEZ

Ações formativas; reuniões com GT, GRE e equipe técnica da SMED para alinhamento Sobre o Sistema de Monitoramento.

FEV

Entrega dos materiais às instituições e evento de mobilização da rede para implantação do programa.

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Atividade é tipo pra você aprender várias coisas sobre o mundo, tipo cobra, macaco, desenho. Tudo que no mundo tem você tem que aprender na escola e na escola os professores ensinam tudo e você quer aprender. (Camile, criança da RME/SSA)


LINHAS DE AÇÃO

LINHAS DE AÇÃO DO PROGRAMA NOSSA REDE O Programa Nossa Rede Educação Infantil é estruturado por 4 linhas de ação, que dão concretude à política municipal, que, por sua vez, visa fortalecer esse segmento - primeira etapa da educação básica -, com vistas à melhoria da qualidade do atendimento às crianças. São elas:

Nossa Rede Educação Infantil

Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador

Materiais Pedagógicos

Estas linhas de ação têm suas especificidades, ao tempo que devem operar de forma sistêmica, pois estão interrelacionadas e cumprem papeis complementares para a execução da política municipal. Para estruturar as linhas de ação, houve: diálogo com as orientações nacionais e municipais para o segmento, escuta atenta às singularidades da rede, incorporação de novos insumos que incidem na melhoria da qualidade, elaboração colaborativa, envolvendo todos os atores, de forma representativa.

Formação dos Profissionais

Sistema de Monitoramento

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“Falar do Nossa Rede Educação Infantil é falar de um sonho que, sonhado junto, tem o condão de vencer as barreiras e se concretizar a cada dia, com a presença e a participação de muitas mãos. As crianças de Salvador merecem esse empenho. Elas são o motivo da nossa luta e vitória!“ Luciene Costa dos Santos Gerente de Gestão Escolar.


REFERENCIAL CURRICULAR MUNICIPAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE SALVADOR

REFERENCIAL CURRICULAR MUNICIPAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE SALVADOR Vem para orientar a Rede acerca das concepções teóricas e práticas.

O Referencial Curricular para a Educação Infantil de Salvador sistematiza as concepções e práticas estruturantes da política pública municipal de Educação Infantil. Sua função é servir como base norteadora e articuladora das ações que ocorrem nas escolas, nas GRE e na Secretaria de Educação.

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Foi construído de forma colaborativa, contando com a participação de representantes da Rede. A elaboração do Referencial foi inspirada nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, 2009). Ele foi construído de forma colaborativa, contando com a participação ativa de representantes da Rede,

que refletiram, analisaram e trouxeram sugestões, desde o momento da sua concepção, até o da revisão final. Revela, portanto, o momento da Rede, suas demandas específicas e sua visão sobre uma educação para a infância, neste contexto sócio histórico e educacional. Elaborado entre os anos de 2014 e 2015, traz a marca de todos que fazem a Educação Infantil na Rede.


REFERENCIAL CURRICULAR MUNICIPAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE SALVADOR

COMO FAZER USO DO REFERENCIAL CURRICULAR Ele deve ser a base para que as Instituições de Educação Infantil construam suas propostas pedagógicas. O Referencial Curricular é um documento norteador, que serve de base para a construção das propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil e também para as rotinas de cada professora/or. Foi referência para a elaboração de todos os materiais que compõem o Nossa Rede Educação Infantil, portanto, sua leitura e apropriação é fundamental para a boa compreensão e implementação dos demais materiais.

O Referencial é a base para analisar criticamente as atividades cotidianas da Instituição. Uma referência curricular não é um texto sagrado, imutável, ao contrário, deve revelar o seu tempo e responder às suas circunstâncias e contingências.

A existência de um Referencial contribui para a consolidação de uma Instituição de Educação Infantil como uma comunidade aprendente, onde os espaços, tempos e as atividades cotidianas são planejados e analisados criticamente.

Sua leitura e apropriação são fundamentais para nos afirmarmos como uma REDE. O Referencial prima pelo protagonismo de cada profissional que atua no segmento, ao tempo que convoca a todos/as para se vincularem à ideia de REDE, o que pressupõe uma ação comprometida com valores, concepções e práticas explicitados no documento curricular. 11

“As múltiplas linguagens da criança, em especial a arte, é um elemento bastante presente no Referencial Curricular para a Educação Infantil de Salvador. O professor precisa ver que, muitas vezes, não é apenas o professor de arte (especialista) que pode estar desenvolvendo a arte. Mas que ele pode favorecer e fazer com que ela esteja presente no cotidiano”. Carla Paiva Gestora do Centro Municipal de Educação Infantil



Minha casa n찾o tem quintal, mas eu desenhei um quintalzinho para poder brincar. (Rede Nacional Primeira Inf창ncia, 2009)


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

MATERIAIS PEDAGÓGICOS Considerando que a educação é dever da família, do Estado e da sociedade (LDB, Art. 2º), o Nossa Rede Educação Infantil se preocupa em alinhar toda a comunidade escolar de Salvador com vistas a uma educação de qualidade das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos de idade.

Para promover esse alinhamento, o Programa oferece materiais específicos para diferentes integrantes da comunidade escolar: crianças, familiares, professoras/es, coordenadoras/es, gestoras/es, funcionárias/os de apoio e representações da comunidade.

Para promover esse alinhamento, o Programa oferece materiais específicos para diferentes

Todos os materiais pedagógicos estão alinhados às orientações nacionais, às teorias e práticas

Conheça os materiais e quem eles beneficiam

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Orientações Pedagógicas para Professoras/es da Pré Escola

Álbum do Desenvolvimento e Portfólios

Pranchas para Profissionais da Creche

Álbuns de experiências da Pré-Escola

TIRE SUAS DÚVIDAS!

De onde vieram esses materiais? Surgiram da necessidade de estruturar materiais para apoiar profissionais da Rede de Salvador. Eles foram elaborados por especialistas da área de Educação Infantil, com a colaboração dos profissionais da Rede


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

reconhecidas por especialistas da

LEGENDA

área e ao Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador. Além disso, como foi elaborado de forma colaborativa,

CRIANÇA

FAMÍLIA

PROFESSORAS/ES

carrega a experiência acumulada dos

EQUIPE PEDAGÓGICA

profissionais da Rede.

Orientações para a Gestão das Instituições da Educação Infantil: dimensões pedagógicas e administrativas

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Kit família (Diários da família e CD)

Agendas: Creche e Pré-Escola

Lista de livros técnicos para compor o acervo da Instituição de Educação Infantil Lista de livros literários para compor o acervo da Instituição de Educação Infantil Catálogo de fornecedores de equipamentos, brinquedos e materiais.

e inspirados por suas práticas exitosas, mapeadas a partir de um inventário e de rodas de conversa com profissionais que atuam no segmento.

Toda a Rede deve utilizar esses materiais? Sim. Esses materiais devem ser fonte de consulta, de planejamento e/ou de registro sobre os processos de aprendizagem e de desenvolvimento das crianças matriculadas na Rede.


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA PROFESSORAS/ES DA PRÉ-ESCOLA

COMPOSIÇÃO:

Volume II: Linguagens Matemática e Artísticas: Visual e Musical, que compõem o Campo de Experiência 'Linguagens Integradas'.

3 volumes impressos 16

O QUE OFERECE:

orienta a estruturação da rotina, dos espaços, materiais e do planejamento, fundamentados nas características das crianças dessa faixa etária e seu processo de desenvolvimento. Cada volume traz orientações sobre Campos de experiências e Linguagens diferentes, além da Avaliação na Educação Infantil, a saber: Volume I: Campos de Experiência: Bem-estar, Autonomia, Identidade e Interações; Brincadeiras e Imaginação; Relação com Natureza, Sociedade e Culturas.

Volume III: Linguagens Verbal e Corporal, do Campo de Experiências Linguagens Integradas e a Avaliação na Educação Infantil. USO:

Professoras/es devem utilizar como fonte de pesquisa/estudo e de inspiração para a elaboração de planejamentos e desenvolvimento de ações.

“O material 'Orientações Pedagógicas' superou minhas expectativas. Conhecia coisa parecida em outro formato e achei excelente flexibilidade do material, facilidade de manuseio e de uso.” Maria Francisca dos Santos Mota Coordenadora da Escola Municipal Maria Rosa Freire

TIRE SUAS DÚVIDAS!

Por que as Orientações Pedagógicas são divididas em 3 volumes? Para facilitar o acesso a todas/os as/os professoras/es dos/as CMEI/escolas.


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

ÁLBUM DE DESENVOLVIMENTO E PORTFÓLIOS COMPOSIÇÃO:

Pastas individuais de registro, organizadas por semestre. Álbum de Desenvolvimento - grupos 0 e 1 Portfólio - grupos 2,3,4 e 5 O QUE OFERECE:

Documenta, ao longo do ano, aspectos do desenvolvimento e algumas aprendizagens de cada bebê/criança. Registram a história e cotidiano do bebê/criança na instituição de Educação Infantil, em casa e em alguns espaços sociais. É um instrumento de avaliação das crianças, na perspectiva de acompanhamento do seu desenvolvimento. USO:

Família, professora/or, em interlocução com os demais profissionais que apoiam seu trabalho e com a própria criança. No caso das crianças, alguns registros são feitos por elas mesmas. Cada bebê/criança deve ter seu Álbum de Desenvolvimento/Portfólio.

“A partir do momento em que lemos o material, nossa imaginação começa a criar asas. A vontade é de colocá-los em prática imediatamente”. Anísia Laura CMEI Álvaro da Franca Rocha, Narandiba

TIRE SUAS DÚVIDAS! Que tipo de registros devem ser feitos? As propostas de registros são diversas. Envolvem textos escritos manualmente, colagens de fotos, desenhos e produções das crianças. Quando devo fazer os registros? Os registros devem ser feitos à medida que o bebê/criança ou o seu grupo for se desenvolvendo, aprendendo, expressando preferências e fazendo descobertas.

No final do semestre os Álbuns/Portfólios de todas os bebês/crianças devem estar igualmente completos? Não. Algumas propostas de registro são comuns a todos do grupo, enquanto outras podem ser inseridas ou retiradas, de acordo com o processo de cada um. Propostas também podem ser usadas mais de uma vez e a sequência dos registros pode variar.

Por que os registros devem ser feitos também por outros profissionais que apoiam o trabalho das professoras/es e pelas famílias? Para que o registro da história e cotidiano seja rico, é importante ter o olhar de diferentes profissionais.Como há registros do cotidiano do bebê/criança em casa e em outros espaços sociais, é preciso chamar as famílias para colaborar.

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MATERIAIS PEDAGÓGICOS

PRANCHAS PARA PROFISSIONAIS DA CRECHE COMPOSIÇÃO:

Apresentação + 24 Pranchas O QUE OFERECE:

Subsídios às/aos professoras/es e demais profissionais para atuarem, direta ou indiretamente, com a criança de 0 a 3 anos e 11meses, abordando 24 temas relevantes para a primeira etapa da Educação Infantil:

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1

organização do tempo e conteúdo

2

equipe

3

espaços e ambientes internos

4

espaços e ambientes externos

5

brinquedos para bebês

6

brinquedos para crianças pequenas

7

anamnese

8

família

9

a importância de escutar as crianças

10

adaptação

11

cuidados corporais na creche

12

identidade, singularidade e inclusão

13

descanso e sono

14

alimentação na creche

15

movimento

16

desfralde

17

conflitos, agressividade e mordidas

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gênero e sexualidade

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linguagens integradas

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linguagem oral

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brincar e imaginar

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contação de histórias

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criança e natureza

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observação e registro

USO:

Professoras/es e demais profissionais devem usar as pranchas como instrumento de fundamentação, orientação e reflexão das suas práticas. Elas também podem ser usadas em grupo como instrumentos de mobilização e alinhamento de ações.

“Ouvi falar muito das pranchas, mas ainda não tinha visto. Estão aprovadíssimos! E estou doida que cheguem logo na escola.” Margarete Melo Sousa Coordenadora do CMEI Waldeck Ornelas

TIRE SUAS DÚVIDAS! As pranchas devem ser usadas seguindo a ordem da sua numeração? Não. Elas podem ser utilizadas de forma independente, de acordo a necessidade de cada instituição.


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

ÁLBUNS DE EXPERÊNCIAS DA PRÉ-ESCOLA COMPOSIÇÃO:

2 exemplares para Grupo 4 e 2 exemplares para Grupo 5, um por semestre. O QUE OFERECE:

Propõe vivências instigantes que contribuam para o desenvolvimento das crianças, sintonizadas aos seus modos singulares de aprender, como: trocar ideias, desenhar, jogar, escrever, ler, cantar, conhecer lugares, histórias, autores, resolver desafios, contar, imaginar, criar e muito mais. USO:

Crianças devem usar este material de forma que se sintam convidadas a explorar ideias, assim como dialogar com seus pares e professora/or sobre temáticas instigantes. Devem se sentir encorajadas a registrar o que pensam e suas formas próprias de resolver problemas. Professoras/es devem usar as propostas do Álbum para planejar situações para que as crianças explorem, confrontem e ampliem suas ideias.

“O que mais me agrada é que estamos construindo algo que tem como base a realidade, seja do país, do estado e do município, seja do conhecimento dos profissionais da Rede, o qual foi aproveitado e está sendo desenvolvido constantemente”. Vanilza Jordão Técnica pedagógica da SMED

TIRE SUAS DÚVIDAS! O que é uma experiência? Dentre tantas coisas que nos passa, a algumas delas atribuímos sentido. Estas podem ser chamadas de experiências. Diz Larrosa* (2002) : “a experiência não é o caminho até um objetivo previsto, até uma meta que se conhece de antemão, mas é uma abertura para o desconhecido, para o que não se pode antecipar nem “préver” nem “pré-dizer”.

de acordo com sua etapa de desenvolvimento. As vivências não são situações de finalização, podem disparar uma investigação mais ampla, serem integradas a projetos ou servirem de inspiração para a criação de novas vivências.

Por que o nome Álbum de Experiências? Porque a ideia de 'experiência' é fundante. Cada criança dará um sentido às vivências propostas e vão interagir com ela de forma singular. Não há um ponto de chegada determinado, nem a criança precisa estar 'pronta'.

Como a criança vai participar da vivência se ela não sabe escrever ou preencher as consignas das propostas do Álbum de Experiências? Não se espera que as crianças aprendam a ler e escrever para 'responder' às consignas, mas que elas possam, ao se envolver com as propostas, ir atribuir sentido a elas, aprender cada vez mais sobre as diversas funções sociais da leitura e da escrita e sobre o próprio sistema.

O Álbum de Experiências é um caderno de tarefas, correto? Não. Ele reúne propostas e vivências para instigar as crianças

Por que o Álbum de Experiências não propõe vivências suficientes para todo o ano letivo? Porque muito mais do que

atividades de suporte de papel, as crianças precisam de experiências corporais, sinestésicas, de observação direta de diversos ambientes e de contato com muitos outros suportes. Tenho que propor as vivências na ordem que elas aparecem no Álbum de Experiências? Não. O Álbum não foi elaborado com uma sequência definida. Ele é um instrumento de apoio, que deve estar a serviço do fluxo de cada turma. Por que as propostas do Álbum de Experiências não contemplam todas as linguagens e todos os aspectos sociais e culturais? Além da diversidade ser muito grande, o suporte de papel nem sempre é a melhor estratégia para estas aprendizagens. Lembre-se que este é um material aberto, para que cada professora/or o amplie.

*LARROSA, Jorge B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, pp. 20-28, jan./abr., 2002

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MATERIAIS PEDAGÓGICOS

ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIMENSÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS Dimensão 4 Gestão Financeira: financiamento e qualidade social da Educação Infantil, FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola e outros programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. USO:

COMPOSIÇÃO:

Álbum seriado O QUE OFERECE:

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Orienta a prática gestora, abordando 20 temas que contribuem para a construção de uma comunidade educativa, engajada e corresponsável pela educação das suas crianças.

A equipe gestora deve utilizar como fonte de pesquisa/estudo e de inspiração para o desenvolvimento de um ambiente educativo, onde todos os profissionais estejam cientes e mobilizados para a implementação de rotinas que atendam às necessidades das crianças e dos profissionais. Também pode utilizá-lo em reuniões, assim como em encontros com professoras/es, funcionárias/os das áreas de apoio, familiares das crianças e representações da comunidade

Dimensão 1 Gestão do Ambiente Físico: o ambiente como parceiro pedagógico, espaços internos, espaços externos e móveis, equipamentos e recursos materiais. Dimensão 2 Gestão de Pessoas e Relações: papeis, atribuições e responsabilidades, condições de trabalho, construção participativa da proposta pedagógica, escuta sensível de pais e funcionários, comunicação com as famílias e participação via conselho escolar. Dimensão 3 Gestão Pedagógica: princípios norteadores da Educação Infantil, o brincar e a brincadeira no ambiente da Educação Infantil, gestão e monitoramento do cotidiano, rotina, formação em serviços para todos os profissionais e legislação.

TIRE SUAS DÚVIDAS!

“Dei sugestões no primeiro momento e hoje estamos analisando o material que está sendo construído. Estou bastante satisfeita com as produções. É o que nós, educadores da Rede Municipal de Salvador, solicitamos por muitos anos.” Cristina Maria de Freitas Coordenadora do CMEI Educar é Viver, de Vista Alegre, no Subúrbio Ferroviário

Por que foi elaborado com o formato de álbum seriado? Para facilitar a visualização, caso a equipe gestora queira fazer uso do material para uma conversa formativa com os funcionários, famílias, etc.


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

KIT FAMÍLIA

USO:

O QUE OFERECE:

Pais, mães, avós, tios/as e responsáveis pelas crianças devem usar o Diário como fonte de informações e de registro de experiências, sentimentos e percepções sobre o bebê/criança. Cada família receberá o Diário correspondente à idade de sua criança e o CD multimídia. Para acessar o conteúdo complementar do CD multimídia, a família deve utilizar um aparelho de DVD ou um computador.

Informações, dicas e orientações sobre desenvolvimento infantil e processos de aprendizagem das crianças de 0 até 5 anos e 11 meses, além de experiências de interação dos adultos com as crianças, dicas de brincadeiras e depoimentos de crianças e de adultos.

A Régua de Crescimento deve ser usada pela família junto com a criança para registrar, ao longo de determinados períodos, o seu crescimento físico. Por isso deve ser deixada em lugar visível e de fácil acesso. O seu bolsão pode ser aproveitado para guardar o Diário e o CD.

COMPOSIÇÃO:

CD Multimídia, Régua de Crescimento e 3 volumes do Diário da Família

“O kit para famílias traz a nossa realidade, na nossa linguagem,ao contrário dos livros, que a gente lê e tem que adaptar. Todos os volumes deste Kit têm propostas para as famílias interagirem com as crianças e têm informações científicas também” Juliana Santos Andrade – mãe

TIRE SUAS DÚVIDAS! Quando a família deve recorrer ao Diário e ao CD multimídia? O Kit Família é da família. Desta forma, os familiares devem consultá-lo no seu dia a dia, sempre que necessitarem e dispuserem de tempo livre. Entretanto, é importante que a equipe da Instituição de Educação Infantil estimule o uso do Kit, mostrando à família a importância

de ela compreender o desenvolvimento infantil e os processos de aprendizagem. Qual é o papel do/a CMEI/ escola em relação a este material? Como dito, estimular a família para que faça bom uso do kit. A entrega deste material pode ser um momento de mobilização, assim como oportunidade para aproximar as famílias do/a CMEI/ escola, visto

que a ideia é que a educação das crianças é um projeto de todos. O material interessa aos profissionais que atuam na Educação Infantil? Sim. É um material que deve ser acessado por todos que atuam com crianças.

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MATERIAIS PEDAGÓGICOS

AGENDAS: CRECHE E PRÉ-ESCOLA

COMPOSIÇÃO:

1 Agenda da Creche para crianças de 0 a 3 anos e 11 meses e 1 agenda da Pré-

AGENDA DA CRECHE

Escola para crianças de 4 a 5 anos e 11 meses.

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O QUE OFERECE:

USO:

Facilita a comunicação entre a família e as/os

A agenda deve acompanhar o/a bebê/criança todos os dias, e deve ser lida pelos adultos em casa ou na instituição de Educação Infantil. Porém, nem todo dia precisa ter algo anotado. Nela devem ser registrados os eventos importantes, que fogem à rotina, e que precisam ser comunicados.

profissionais da Instituição de Educação Infantil, pois oferece espaço para que a instituição, a família e a criança compartilhem fatos ou eventos importantes que ocorreram com o bebê/criança, ao longo no dia a dia.

“As agendas consistem em material de grande utilidade para a comunicação das instituições com a família das crianças, bem como das famílias para as instituições. Esse veículo de comunicação ajudará muito nesse diálogo entre as pessoas que convivem com as crianças.” Patricia Paim Coordenadora pedagógica da Rede/equipe técnica pedagógica da SMED

TIRE SUAS DÚVIDAS! A Agenda tem que ter anotações todos os dias? Não. Ela é um instrumento de comunicação e, como tal, deve ter apontamentos relevantes. No caso da Agenda da Pré-Escola, é importante incorporar na rotina, um momento para a criança

preencher o campo que cabe a ela. Não como uma tarefa, mas como uma estratégia privilegiada de ser escutada pela escola e pela família.

Por que a Agenda da Creche tem muito mais informações préestabelecidas? Porque com os bebês há cuidados relativos à rotina que precisam ser acompanhados de perto, tanto pela Creche quanto pela família. A ideia foi facilitar o fluxo de informação.


MATERIAIS PEDAGÓGICOS

LISTA DE LIVROS PARA COMPOR ACERVO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E CATÁLOGO DE FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS, BRINQUEDOS E MATERIAIS

COMPOSIÇÃO:

PARA QUEM:

lista de 10 livros técnicos para apoio ao

equipes da Secretaria da Educação, GRE e

planejamento dos professores,

equipe pedagógica

coordenadores e gestores – a serem

O QUE OFERECE:

adquiridos;

lista de materiais pedagógicos - convergentes

lista de livros de literatura infantil para uso

com a proposta de Educação Infantil

com bebês (10 títulos), crianças de 2 e3

defendida no Referencial Curricular Municipal

anos (10 títulos) e crianças de 4 e 5 anos

para a Educação Infantil de Salvador e nos

(23 títulos);

materiais de orientação -, relativos às

01 catálogo com sugestões de mais de 35 equipamentos, materiais, brinquedos e DVDs de qualidade para creches e pré-escolas.

diferentes linguagens e aspectos da cultura. USO:

equipe pedagógica e crianças.

TIRE SUAS DÚVIDAS! Somente a Secretaria pode adquirir o material? Não. As instituições que tem recursos próprios podem utilizar essas referências para orientar suas compras. Qual a importância desses materiais para o desenvolvimento do trabalho pedagógico? Fundamentar o planejamento e atuação da/do professora/or e

coordenadora/or. Além disso, na faixa etária da Educação Infantil, os materiais são importantes mediadores e potencializam o desenvolvimento das crianças. Uma educação de qualidade se faz com espaços ricos em possibilidades de investigação e exploração. Todos os materiais necessários a um atendimento de qualidade estão nesta lista?

23 Não. A lista é uma referência para a rede. Os profissionais e responsáveis pela política de Educação Infantil devem, permanentemente, buscar os insumos necessários a um atendimento de qualidade.



Eu sei que pode escrever o que a gente pensa. Pode, não é? (Rede Nacional Primeira Infância, 2009)


FORMAÇÃO

FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS O Nossa Rede Educação Infantil trata-se de uma política pública para esse segmento e como tal requer um processo de formação dos profissionais. Esta é uma estratégia que permite melhor compreensão das intenções e ações, fomenta engajamento e cria condições práticas para a implementação e o acompanhamento da política. O processo de formação permite uma implementação flexível, responsável e coletiva.

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A formação do programa Nossa Rede é processual e está voltada para o engajamento e alinhamento de todos os profissionais da Rede Municipal que atuam na Educação Infantil. Ela está em consonância com os princípios de formação defendidos no Referencial Curricular e, desta maneira, usa estratégias que fomentam a participação, a colaboração, a reflexão e a relação com as práticas pedagógicas.

A opção pela formação de lideranças pedagógicas A formação centrada na escola valoriza a reflexão sobre o contexto como principal elemento formativo e a escola como principal espaço para o desenvolvimento profissional. Assim, é fundamental mobilizar e apoiar as lideranças pedagógicas, em especial os coordenadores, para que estes possam exercer sua função de formadores. Em uma REDE, todos os profissionais precisam se envolver em processos permanentes de desenvolvimento profissional.

Mas, de que formação estamos falando?!

Objetivos da formação: Compreender o que constitui a implantação do Nossa Rede, no segmento Educação Infantil, como política pública, articulando o papel de cada profissional neste processo. Planejar ações para instaurar e acompanhar o processo de implantação do projeto Nossa Rede. Conhecer o Referencial Curricular Municipal da Educação Infantil de Salvador, articulando-o aos diversos produtos do Nossa Rede na Educação Infantil e sua implementação nas instituições que atendem este segmento. Interagir e familiarizar-se com os materiais pedagógicos do Nossa Rede, estabelecendo relação com o Referencial Curricular, refletindo sobre diferentes formas de uso nas instituições, a partir de seus contextos. Conhecer e utilizar o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil, com vistas a criar uma cultura de acompanhamento da qualidade do atendimento prestado. Mobilizar e criar sinergia entre os diferentes profissionais, para a implantação do projeto Nossa Rede, Educação Infantil.

Uma formação: Que considera o saber como uma construção coletiva. Que fomenta o protagonismo dos profissionais, a partir de uma concepção centrada na escola.

Que visa fortalecer as equipes e articular diferentes instâncias da política: secretaria, GRE e escolas.


FORMAÇÃO

“Toda vez que somos provocados, acabamos revisitando aquilo que está acomodado como aprendizagem e acabamos encontrando novos caminhos, tanto na fundamentação teórica como na prática.” Maria Francisca dos Santos Mota Coordenadora do Centro Municipal de Educação Infantil Maria Rosa Freire

Período da formação para processo de implantação Agosto de 2015 a dezembro de 2016. Etapa 1 Exploração: agosto a dezembro de 2015. Busca-se familiarizar as lideranças pedagógicas em relação aos materiais, a partir de momentos de imersão, leitura crítica e planejamento de possibilidades de uso dos materiais e do Referencial Curricular. Paripasso, busca-se realizar a formação e implantação do Sistema de Monitoramento em escolas-piloto, para testagem e posterior implementação em toda a Rede. Etapa 2 Aprofundamento: fevereiro a novembro de 2016. Busca-se aprofundar o conhecimento sobre os materiais, o Referencial Curricular e o Sistema de Monitoramento, bem como realizar uma reflexão sobre as estratégias e resultados da implantação nas instituições, para seu permanente aprimoramento.

Após o período de implantação, a Rede Municipal de Salvador dará continuidade ao processo formativo, desenhando propostas que contemplem as demandas, a partir da escuta dos profissionais envolvidos.

FLEXÍVEL

RESPONSÁVEL

COLETIVA

Para saber mais sobre a concepção de formação defendida na Rede Municipal de Salvador, leia o Referencial Curricular – pp. 21 a 23 e o documento da Rede: Coordenador Pedagógico - caminhos, desafios e apredizagens para prática educativa (2012)

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Tem uns combinados que a gente nรฃo pode bater, xingar, gritar. (Eric, crianรงa da RME/SSA)


SISTEMA DE MONITORAMENTO

SISTEMA DE MONITORAMENTO DO NOSSA REDE EDUCAÇÃO INFANTIL A Rede Municipal de Educação de Salvador, sintonizada com as políticas nacionais, estrutura o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil, como uma das linhas de ação da política municipal para aEducação Infantil.

Trata-se de um Sistema inovador, que tem o apoio de uma plataforma web, e foi elaborado a partir das especificidades da Rede Municipal de Salvador. Mediante geração e compartilhamento de informações atualizadas e sistematizadas, o Sistema possibilita identificar potencialidades no atendimento e agilizar a identificação de demandas e a tomada de decisão, bem como controlar o processo de resolução dos problemas, constituindo-se em um instrumento de gestão. 30

Com o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil, todos os entes da Rede Municipal de Salvador, deste segmento, estarão mais cientes de quais fatores são de sua responsabilidade e da necessidade de articulação que devem manter entre si, contribuindo para o fortalecimento de uma cultura de monitoramento e avaliação.

governamentais têm papel fundamental na melhoria da educação. É por isso que o Sistema de Monitoramento foi elaborado com base nessa lógica de corresponsabilidade. Corresponsabilidade:

instituição + comunidade + órgãos governamentais - Secretaria e Gerências Regionais de Ensino (GRE)

Como o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil foi construído? Assim com em todas as outras Linhas de Ação estruturantes do Nossa Rede Educação Infantil, o Sistema de Monitoramento foi desenvolvido mediante processo participativo e democrático, envolvendo as diversas instâncias e segmentos da Educação Infantil.

O que é um sistema de monitoramento?

Esse processo constou de reuniões e diversas ações de mobilização e participação dialógica com representações da Secretaria Municipal de Educação (SMED), das equipes técnicas das GRE, de coordenadores pedagógicos, gestores, bem como profissionais e comunidade de 4 instituições de Educação Infantil, que atuaram como Grupo de Testagem do Sistema.

Expressa de forma mais específica, processos de acompanhamento, com vistas à identificação de demandas e potencialidades e busca de soluções e encaminhamentos.

Qual a relação do sistema de monitoramento e a avaliação da Educação Infantil descrita no Referencial Curricular para Educação Infantil de Salvador?

O que é o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil?

O termo avaliação, utilizado no Referencial Curricular para a Educação Infantil de Salvador, corresponde ao monitoramento desta ação estruturante.

O Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil é um conjunto de ações que propõe um acompanhamento da qualidade do atendimento prestado na Educação Infantil de forma sistemática e permanente, composto por um ciclo de 4 fases. Quem está envolvido no Sistema? A busca pela qualidade da Educação Infantil não é uma responsabilidade exclusiva da instituição e da comunidade. Os órgãos

Esta avaliação é concebida como indutora de políticas e de ações que contribuam para a melhoria da qualidade do atendimento da Educação infantil. É, portanto, uma avaliação institucional, voltada às dimensões: pedagógica, política e administrativa das instituições de Educação Infantil, em consonância com parâmetros e indicadores nacionais.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

Salvador alinhada!

“Isso vai facilitar muito o nosso trabalho, pois vamos

Ao propor uma autoavaliação baseada nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006), o Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil fortalece sua sintonia com as

parar de ficar apagando incêndio para ter um olhar mais focado naquilo que é urgente”, disse.

políticas nacionais, pois o Plano Nacional de

“Essa ferramenta vai nos

Educação- 2011 a 2021-, META 1 –

possibilitar um olhar mais

estratégia 1.6, prevê a implementação de

cuidadoso, mais atento

uma avaliação nacional da Educação

e assim melhorar o trabalho

Infantil, a fim de fomentar uma cultura de avaliação, necessária para oferecer insumos e acompanhar a qualidade do atendimento

que é feito na Educação Infantil nas nossas unidades“ Aline Maria Santos Ferreira Gestora da Escola Municipal Antonio Carlos Magalhães

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SISTEMA DE MONITORAMENTO

VANTAGENS DO SISTEMA DE MONITORAMENTO PARA:

A Instituição:

A GRE:

permite a construção de um “retrato” da sua situação, otimizando a identificação de potencialidades e demandas;

A Secretaria:

permite a construção de um “retrato” da situação da sua região, otimizando a identificação de potencialidades e demandas gerais;

permite o planejamento focado nas demandas, facilitando a alocação estratégica de investimentos e recursos humanos e materiais;

permite o planejamento focado nas demandas da região, facilitando a alocação estratégica de investimentos e recursos;

cria um canal de comunicação preciso e direto com as GRE e Secretaria, para tratar demandas que não estão sob sua jurisprudência.

permite o acompanhamento contínuo da situação das Instituições da região, potencializando o apoio dado a cada uma delas.

permite a construção de um “retrato” da situação da Rede de Salvador, otimizando a identificação de potencialidades e demandas gerais; permite o acompanhamento contínuo da situação de cada região, potencializando o apoio dado a cada uma delas; cria informações sistematizadas e atualizadas sobre a situação das instituições de Educação Infantil da Rede; por ser um instrumento de gestão, oferece melhores condições para realizar planejamento estratégico e alocação de recursos.

FLUXO DO SISTEMA MONITORAMENTO

1

32

Autoavaliação: avaliam a qualidade do seu atendimento com base em indicadores. Ao final, terão informações sobre aspectos positivos e críticos do atendimento.

4 Avaliação do Processo: analisam sua atuação desde a autoavaliação até a execução do plano de ação. Para fazer essa análise, terão acesso a dados sobre o ciclo que se conclui.

1

INSTITUIÇÕES

2

3 Acompanhamento: implementam o plano de ação criado na fase anterior e passam a acompanhar sua efetividade e registrar os resultados. Ao final, terão um histórico para cada ação planejada e seu status.

Atenção!

Planejamento: planejam como atuar sob as demandas que emergiram na fase anterior, acionando a GRE, para apoiá-las em demandas específicas. Ao final, terão um plano de ação para cada demanda.

4 Avaliação do Processo: analisam sua atuação desde a análise da região até a execução do plano de ação. Para fazer essa análise, terão acesso a dados sobre o ciclo que se conclui.

Análise da Região: analisam a situação da sua região, a partir de dados gerados pelas Instituições. Ao final, saberão os aspectos positivos e críticos do atendimento na sua região.

GERÊNCIAS REGIONAL

3 Acompanhamento: implementam o plano de ação criado na fase anterior e passam a acompanhar sua efetividade e registrar os resultados. Ao final, terão um histórico para cada ação planejada e seu status.

2 Planejamento: recebem das Instituições da sua região demandas específicas que exigem apoio da GRE, para serem solucionadas e planejam como atuar sobre elas. Ao final, terão um plano de ação para cada demanda apresentada.

Os dados gerados no ciclo de monitoramento não se prestam à comparação entre instituições ou GRE. Por isso, dados gerados por uma Instituição são visualizados apenas por ela mesma, pela sua GRE e pela Secretaria da Educação. Dados gerados por uma GRE serão visualizados por ela mesma e pela Secretaria da Educação.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

CICLO DA INSTITUIÇÃO 1 Autoavaliação

4 Avaliação do Processo

2

INSTITUIÇÃO

Planejamento

33

3 Acompanhamento

Conheça melhor cada uma das 4 fases pelas quais as instituições de Educação Infantil devem passar, para monitorar a qualidade do atendimento prestado na Educação Infantil, de forma sistemática e permanente.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

1

CICLO DA INSTITUIÇÃO

AUTOAVALIAÇÃO

O uso dos Indicadores de Qualidade A primeira fase do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil para as Instituições envolve a autoavaliação da qualidade do atendimento que as Instituições da Rede oferecem às crianças, que deve envolver todos os integrantes das comunidades educativas, incluindo as famílias e as GRE.

34

A autoavaliação é feita com base nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil - INDIQUE (MEC, 2009). O INDIQUE Salvador é uma adaptação desse documento para as especificidades da Rede. O documento propõe que a autoavaliação seja feita com base em dimensões, que se subdividem em indicadores e cada indicador se decompõe em fatores de avaliação. Desta forma o grupo que está fazendo a autoavaliação atribui cores para cada fator. 7 dimensões | 27 indicadores | 223 fatores Os fatores de avaliação estão subdivididos em fatores endógenos e exógenos. Essa estratégia garante que demandas que precisam da articulação com outras instâncias e órgãos para serem solucionadas, sejam encaminhadas a esses órgãos. Entenda melhor: Fator endógeno (END) – é aquele que pode ser encaminhado ou resolvido pelos profissionais que atuam na instituição e/ou comunidade. Fator exógeno (EXO) – é aquele que as soluções dependem da articulação ou mesmo da ação específica da GRE, da Secretaria de Educação e/ou do Conselho Municipal de Educação. Muitos deles dialogam com metas estabelecidas no Programa 'Combinado'.

Atribuição das cores: COR VERDE - o processo de melhoria da qualidade já está num bom caminho. Referem-se a ações, atitudes ou situações que existem e estão consolidadas na instituição de Educação Infantil.

COR AMARELA - questões que requerem maior cuidado e atenção. Referem-se às atitudes, práticas ou situações que ocorrem de vez em quando, mas não estão consolidadas.

COR VERMELHA - situações graves e que solicitam providências imediatas. Referem-se às atitudes, situações ou ações que não existem na instituição ou estão muito fragilizadas.

O que é o INDIQUE – Indicadores da Qualidade na Educação Infantil?

É um documento produzido em 2009 pelo Ministério de Educação (MEC), que apresenta indicadores da qualidade na Educação Infantil, sintetizados a partir dos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006). Ele é resultado de um trabalho colaborativo que envolveu diversos grupos em todo o país. “Indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo. Aqui os indicadores apresentam a qualidade da instituição de educação infantil em relação a importantes elementos de sua realidade: as dimensões.” (Indicadores de Qualidade na Educação Infantil, p.15) Os indicadores permitem que se tenha, de forma simples e acessível, um quadro que possibilita identificar potencialidade e desafios da instituição de educação infantil, de forma que todos tomem conhecimento e possam discutir e decidir as prioridades de ação para sua melhoria.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

COMO CONDUZIR A AUTOAVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

PASSO A PASSO PREPARAÇÃO Constituir um grupo para organizar a Autoavaliação (aplicação do INDIQUE Salvador); Mobilizar a comunidade para participar da Autoavaliação: pais e mães, professoras/es, funcionárias/os, conselheiros tutelares e da educação, agentes comunitários de saúde e lideranças da comunidade; Informar, aos participantes mobilizados, sobre os objetivos do Sistema de Monitoramento e sua dinâmica; Informar, aos participantes mobilizados, sobre os objetivos dessa primeira fase, os principais conceitos utilizados e a dinâmica no dia da Autoavaliação, preparando-os para participarem; Definir, junto aos participantes mobilizados, qual será a duração da Autoavaliação, além de data e hora para ela acontecer; Definir, junto aos participantes mobilizados, 01 coordenadora/or e 01 relatora/or para cada um dos 07 grupos de trabalho que serão montados no dia da Autoavaliação, de acordo com os seguintes perfis: Coordenadora/or: deve cuidar para que todas as perguntas sejam respondidas no tempo previsto, buscando chegar, depois da discussão, a consensos, respeitando a atribuição de cores. Relatora/or: responsável por registrar, cuidar da elaboração do quadro com as respostas e expor na plenária o resultado da discussão do grupo.

APLICAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO Pode ser completada em apenas 4 horas. Caberá ao grupo definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer. É muito importante que isto seja negociado e acordado com todos os que participarão para que eles se comprometam com a presença e se sintam responsáveis pelas decisões que serão tomadas. Para aprofundar os conhecimentos sobre os indicadores e seu uso ler a parte preliminar dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil INDIQUE (MEC, 2009). Apresentar aos participantes a proposta com explicações sobre a forma de trabalho com os indicadores e divisão dos grupos (duração média 1h); Subdividir os participantes em sete grupos: cada grupo ficará responsável por discutir uma dimensão. É conveniente que os grupos tenham no máximo vinte pessoas a fim de facilitar a discussão. Se não houver número suficiente de pessoas, um mesmo grupo poderá trabalhar com mais de uma dimensão (duração média 1h); Cada participante e seu respectivo grupo deve receber: caneta/ lápis, cartões com as cores verde, vermelha e amarela, cartolina, hidrocoresverdes, vermelhos e amarelose fita adesiva; O coordenador ajudará o grupo a compreender como se dá o processo de atribuição de cores; O relator ajudará o grupo a elaborar o quadro com as respostas;

Em relação aos fatores que se aplicam especificamente a determinada faixa etária, o grupo só deverá respondê-las se a instituição atender àquela faixa (Ex. bebês e/ou crianças pequenas de 1 e ½ até 3 anos). Essas questões estão devidamente destacadas daquelas questões que se referem a todas as crianças; Reunir os 7 grupos na plenária para que cada relator compartilhe os resultados da discussão no grupo e as cores atribuídas a cada fator. Na plenária, verificar se todos concordam com os resultados trazidos pelos grupos (duração média 1h30min.).

REGISTRO NA PLATAFORMA Web Fazer login na plataforma web do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil e acessar a etapa Autoavaliação, para registrar os resultados definidos pela plenária.

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SISTEMA DE MONITORAMENTO

CICLO DA INSTITUIÇÃO

PLANEJAMENTO A segunda fase do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil para as Instituições refere-se ao planejamento, que se divide em duas etapas:

importância, para serem incluídos no Plano de Ação da instituição.

2 O grupo deve construir um plano de ação para solucionar os fatores prioritários. O plano de ação ajuda a definir e organizar as atividades que serão postas em prática para solucionar as demandas, decidir quem serão as pessoas responsáveis, recursos necessários e prever o tempo para a execução. Ele é feito com base na tabela a seguir:

1 O grupo deve retomar os resultados da fase de autoavaliação, encaminhar para sua GRE os fatores exógenos críticos por meio da plataforma Web do Sistema de Monitoramento e definir coletivamente os fatores endógenos críticos que são prioritários, considerando sua urgência e

DIMENSÃO

INDICADOR

FATOR CRÍTICO

PROBLEMA

AÇÃO/ AÇÕES

RESPONSÁVEL/EIS

RECURSOS NECESSÁRIOS

PRAZO

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O processo de planejamento pode ser completado em apenas um turno de trabalho, ou seja, em 4 horas, e a comunidade que participou da autoavaliação deve novamente ser mobilizada e envolvida. Caberá à instituição de Educação infantil e/ou as escolas que atendem esse segmento, em conjunto com a comunidade que está participando do processo, definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer o encontro para planejamento. É muito importante que isto seja negociado e acordado com todos os que participarão para que eles se comprometam com a presença e se sintam responsáveis pelas decisões que serão tomadas.

Os planos de ação das instituições de Educação Infantil, com base na autoavaliação, visam contribuir para:

a revisão e ratificação das prioridades definidas da fase de autoavaliação.

A identificação de formas de intervenção, prazos e responsáveis pela melhoraria da qualidade do seu atendimento.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

COMO CONDUZIR A ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

PASSO A PASSO PREPARAÇÃO Definir um grupo para conduzir o Planejamento; Fazer login na plataforma Web do Sistema de Monitoramento e acessar a fase Planejamento para ter acesso à lista dos fatores classificados como críticos durante a Autoavaliação (classificados como amarelos ou vermelhos). Os fatores serão exibidos em duas listas: fatores críticos endógenos e fatores críticos exógenos; Seguir as orientações na plataforma Web do Sistema de Monitoramento para encaminhar os fatores críticos exógenos para a sua GRE; Fazer o download dos fatores críticos endógenos para serem apresentados no dia do Planejamento; Mobilizar a comunidade que participou da Autoavaliação para participar do Planejamento; Informar os participantes sobre os objetivos dessa fase, os principais conceitos utilizados e a dinâmica no dia do Planejamento, preparando-os para participarem; Definir junto aos participantes mobilizados qual será a duração do planejamento, além de data e hora para ela acontecer.

ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO Apresentar aos participantes a proposta com explicações sobre as duas etapas e sobre a forma de trabalho com a tabela de plano de ação (duração média 1h); Com a lista dos fatores críticos endógenos, definir, com base na realidade da instituição de educação, quais são os fatores críticos prioritários sobre os quais o grupo vai atuar durante esse ciclo de 1 ano. Muito provavelmente não serão todos os fatores que vão ser escolhidos, pois o grupo deve eleger os prioritários; Preencher a tabela de plano de ação com os fatores críticos escolhidos como prioritários e iniciar o preenchimento dos demais tópicos da tabela, fator por fator: Identificar quais problemas estão fazendo com que os fatores estejam críticos. Identificar ações que deverão ser realizadas para melhorar esse fator. Definir quem serão os responsáveis por conduzir essas ações. Identificar quais recursos– humanos, financeiros, materiais, entre outros – serão necessários para realizar essas ações.

Definir os prazos para concluir as ações: curto prazo até o primeiro momento de atualização do Plano de Ação na plataforma Web do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil – 3 a 4 meses após a aplicação da Autoavaliação. médio prazo até o segundo momento de atualização do Plano de Ação na plataforma Web do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil – 8 a 9 meses após a aplicação da Autoavaliação. longo prazo ultrapassará o ciclo atual e adentrará o próximo.

REGISTRO NA PLATAFORMA Web Fazer login na plataforma web do Sistema de Monitoramento e acessar a fase Planejamento. Selecionar na lista de fatores críticos endógenos aqueles que coletivamente foram definidos como prioritários. Seguir as orientações na plataforma web para registrar o plano de ação construído coletivamente.

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SISTEMA DE MONITORAMENTO

3

CICLO DA INSTITUIÇÃO

ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO

A terceira fase do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil para as Instituições é a implementação do plano de ação criado na fase anterior e o acompanhamento da sua efetividade, assim como o registro dos resultados. Tão importante quanto a avaliação da qualidade da instituição de Educação infantil pela comunidade é o acompanhamento dos resultados na execução do plano de ação. Afinal,

“Achei a ideia excelente. Nós já trabalhávamos com o

considerando a complexidade dos contextos é preciso estar atento para realizar os ajustes necessários e garantir 38

INDIQUE, mas não havia um

o que se deseja atingir.

acompanhamento efetivo

A fase de Acompanhamento se inicia

da GRE. Agora, com o sistema

com a implementação do plano de ação, que deve começar assim que ele for construído. O acompanhamento é feito periodicamente, conforme a Instituição tenha se organizado. Entretanto, ao

de monitoramento haverá uma grande visibilidade e, dentro dos problemas apresentados,

longo de um ano, existirão dois momentos em que todas as instituições serão convocadas a registrar suas situações na plataforma web do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil. Isto vai possibilitar uma visão completa da Rede, periodicamente, para apoiar a gestão municipal na tomada de decisões.

a GRE poderá participar do processo de solução e melhorar a qualidade da Educação Infantil nas nossas unidades escolares” Valdinéia Neves de Carvalho Duarte Gestora da Escola Municipal de Bananeira

“Dificilmente um planejamento termina do mesmo jeito que começa. Há coisas que acontecem como o previsto e outras que nem tanto. Isso não quer dizer que o planejamento não deu certo, mas, sim, que ele exige acompanhamento e avaliação.” Indicadores de Qualidade na Educação Infantil, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2009, p. 28


SISTEMA DE MONITORAMENTO

COMO CONDUZIR O ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

PASSO A PASSO ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO

PREPARAÇÃO Definir um pequeno grupo para acompanhar a implementação do Plano de Ação; Fixar em local visível ao público um painel com a Autoavaliação, contendo os fatores com suas cores, de modo que toda a comunidade possa acompanhar a mudança dos indicadores de qualidade, à medida que o plano de ação for sendo executado.

Realizar reuniões periódicas, para verificar se: as ações estão acontecendo como foram planejadas. Estão ocorrendo no tempo determinado. É preciso replanejar ações que não estão ocorrendo ou que necessitam ser reajustadas. Os fatores críticos estão mudando de cor em relação às cores estabelecidas no momento da Autoavaliação. Há engajamento dos envolvidos. Quando for notificado, por e-mail, de que já está no período de atualizar o Plano de Ação, fazer login na plataforma web do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil e acessar a fase Planejamento para atualizar as informações sobre as ações planejadas.

Dois tipos de atualizações devem ser feitas:

1

2

Atualização de status

Atualização de informações

Em andamento: a ação está sendo executada como previsto.

Na tela “Plano de Ação da plataforma web do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil“ há um espaço chamado “observações”, há um espaço desse para cada ação planejada e lá a instituição pode registrar comentários sobre o andamento das ações, problemas, impedimentos, e dificuldades que estão prejudicando a execução das ações como planejado, mudanças de planos etc.

Concluída: a ação já foi concluída, então espera-se que na próxima Autoavaliação o fator ao qual ela se referia já possa ser classificado com outra cor. Atrasada: a ação está sendo executada, porém fora do tempo previsto. Pendente: a ação não está sendo executada por algum impedimento.

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SISTEMA DE MONITORAMENTO

4

CICLO DA INSTITUIÇÃO

AVALIAÇÃO DO PROCESSO

A quarta fase do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil para as Instituições propõe uma avaliação do ciclo de monitoramento. Este é um momento da Instituição identificar seus avanços e onde se colocam suas potencialidades e fragilidades Institucionais. Para fazer essa avaliação, as instituições terão acesso a dados do ciclo de monitoramento que se finda. A Avaliação do Processo deve 40

ser feita após a última atualização do plano de ação, ou seja, 9 a 10 meses após a Autovaliação. Caberá à

COMO CONDUZIR A AVALIAÇÃO DO PROCESSO

PASSO A PASSO PREPARAÇÃO Definir um grupo para conduzir a Avaliação do Processo (sugerimos que seja o mesmo grupo que realizou a fase de Acompanhamento) Fazer login na plataforma web do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil e acessar o Relatório do Processo para ter acesso a dados de todo o ciclo que se finda: Autoavaliação, Planejamento e Acompanhamento; Mobilizar a comunidade que participou das fases anteriores para participar da Avaliação do Processo; Informar os participantes sobre os objetivos dessa fase, os principais conceitos utilizados e a dinâmica no dia da Avaliação do Processo, preparando-os para participarem; Definir junto aos participantes mobilizados qual será a duração da Avaliação do Processo, além de data e hora para ela acontecer.

instituição de Educação infantil e/ou as escolas que atendem esse segmento, em conjunto com a comunidade que está participando do processo, definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer o encontro para análise do ciclo. É muito importante que isto seja negociado e acordado com todos os que participarão para que eles se comprometam com a presença e se sintam responsáveis pelas decisões que serão tomadas.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO Apresentar aos participantes o Relatório do Processo e analisar seus dados buscando compreender o que provocou aqueles dados e o que eles significam; Construir um documento com uma análise do processo inteiro de monitoramento, registrando as conclusões da discussão em grupo. Esse documento já é um instrumento norteador para o próximo ciclo.

DICA Convide sua GRE para fazer parte da Avaliação do Processo, pois essa pode ser uma boa oportunidade para juntos vocês analisarem o papel que a GRE teve durante esse ciclo que se finda. Também, é importante pedir que nesse momento os profissionais da GRE analisem a atuação da Instituição durante o ciclo, o olhar externo sempre enriquece a análise.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

CICLO DA GERÊNCIA REGIONAL 1 Análise da Região

4 Avaliação do Processo

GERÊNCIA REGIONAL

2 Plano de Ação

41

3 Acompanhamento

A busca pela qualidade da Educação Infantil não é uma responsabilidade exclusiva da instituição e da comunidade. Os órgãos governamentais têm papel fundamental na melhoria da educação. É por isso que o Sistema de Monitoramento foi elaborado com base nessa lógica de corresponsabilidade.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

1

CICLO DA GERÊNCIA REGIONAL

ANÁLISE DA REGIÃO

Esta é a primeira fase do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil para as Gerências Regionais (GRE). Ela consiste em uma análise da região que a GRE abrange, a partir de dados gerados pelas instituições dessa área. Os dados estarão disponíveis, para cada GRE, na plataforma do Sistema de Monitoramento e são um retrato da região, revelando em que aspectos a GRE deve atuar para ajudar as instituições a melhorar a qualidade do atendimento. 42

O processo de Análise da Região pode ser completado em apenas um turno de trabalho, ou seja, em 4 horas. Caberá à GRE definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer. É muito importante que isto seja negociado e acordado com os integrantes da equipe da Regional para que eles se comprometam com a presença e se sintam responsáveis pelas decisões que serão tomadas. As GRE receberão das Instituições da sua região uma lista de fatores avaliados por elas como críticos e que precisam do apoio da GRE para serem solucionados: lista de fatores exógenos. Essa lista estará disponível para a GRE na plataforma do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil.

COMO CONDUZIR A ANÁLISE DA REGIÃO

PASSO A PASSO Definir um grupo para organizar a fase Análise da Região; Mobilizar a equipe da GRE para participar da Análise da Região; Informar aos participantes mobilizados sobre: os objetivos do Sistema de Monitoramento e sua dinâmica, os objetivos dessa primeira fase, os principais conceitos utilizados, e a dinâmica no dia da Análise da Região, preparando-os para participarem. Definir, junto aos participantes mobilizados, qual será a duração da Análise da Região, além de data e hora para ela acontecer; Fazer login na plataforma do Sistema de Monitoramento e acessar a fase Análise da Região, para ter acesso aos dados das instituições que compõem a região; Apresentar os dados aos participantes e analisá-los, buscando compreender o que provocou aqueles dados – análise dos contextos das instituições - e o que eles significam e realizar apontamentos que colaborem na construção do plano de ação. Registrar os principais aspectos da análise, especialmente quais os fatores exógenos mais sérios e/ou urgentes para serem enfrentados/resolvidos.

Lembretes! A Análise da Região é de responsabilidade de toda a equipe da GRE, responsável pela Educação Infantil. Os resultados não se prestam à comparação entre GRE. É fundamental que Análise seja fiel, pois a sinceridade ajuda na resolução dos problemas. Divergências e conflito de opinião existem na sociedade – é importante lidar com eles de forma madura, democrática e profissional, ouvindo e respeitando o que o outro tem a dizer.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

COMPREENDENDO OS DADOS: A AUTOAVALIAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES Os dados disponíveis para as GRE são gerados a partir da realização da autoavaliação e da construção do plano de ação pelas instituições, com base nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil - INDIQUE (MEC, 2009). O INDIQUE Salvador é uma adaptação desse documento INDIQUE para as especificidades da Rede. A Autoavaliação feita pelas instituições identifica os fatores exógenos que estão críticos e precisam de atuação da Gerencia Regional e quais são positivos e não apresentam demandas. Os indicadores estão organizados em dimensões e cada indicador se decompõe em fatores de avaliação. 7 dimensões

27 indicadores

223 fatores

Ex:

As instituições de Educação Infantil convocaram a comunidade escolar e avaliaram a qualidade da Educação Infantil, conforme indicadores de qualidade. Para avaliá-los, cores foram atribuídas a cada um conforme a legenda:

Atribuição das cores: COR VERDE - o processo de melhoria da qualidade já está num bom caminho. Referem-se às ações, atitudes ou situações que existem e estão consolidadas na instituição de Educação Infantil.

COR AMARELA - questões que requerem maior cuidado e atenção. Referem-se às atitudes, práticas ou situações que ocorrem de vez em quando, mas não estão consolidadas.

INDICADOR 5.2 Materiais variados e acessíveis às crianças FATOR DE AVALIAÇÃO 5.2.2 São disponibilizados pela SMED materiais que respondam aos interesses das crianças em quantidade suficiente e para diversos usos (de faz de conta, para o espaço externo, de encaixe, de abrir/fechar, de andar, de empurrar, etc)?

COR VERMELHA - situações graves e que solicitam providências imediatas. Referem-se às atitudes, situações ou ações que não existem na instituição ou estão muito fragilizadas.

O que é o INDIQUE – Indicadores da Qualidade na Educação Infantil? Saiba Mais – sobre o que é o INDIQUE ver p. 34

Como no INDIQUE Salvador, os fatores de avaliação estão divididos em endógenos e exógenos. Essa divisão garante que as GRE reconheçam em quais demandas as Instituições de Educação Infantil precisarão do seu apoio de maneira mais direta. Entenda melhor: Fator endógeno (END) – é aquele que pode ser encaminhado ou resolvido pelos profissionais que atuam na instituição e/ou comunidade. Fator exógeno (EXO) – é aquele que soluções dependem da articulação ou mesmo da ação específica da GRE, da Secretaria de Educação e/ou do Conselho Municipal de Educação. Muitos deles dialogam com metas estabelecidas no Programa 'Combinado'.

desse Guia.

Por que ter um plano de ação só para a Educação Infantil? Porque existem especificidades deste segmento que são consideradas nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil – INDIQUE (2009) e precisam estar contempladas em articulação com as ações mais gerais do Programa Combinado, que busca promover uma melhoria sistêmica na Rede Municipal de Salvador.

43


SISTEMA DE MONITORAMENTO

2

CICLO DA GERÊNCIA REGIONAL

PLANO DE AÇÃO DA GRE

COMO CONDUZIR O PLANO DE AÇÃO DA GRE

PASSO A PASSO PREPARAÇÃO O mesmo grupo responsável pela condução da Análise da Região deverá conduzir o Plano de Ação; Todos que participaram da Análise da Região devem novamente ser mobilizados e envolvidos;

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Caberá à GRE definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer o encontro para planejamento. É muito importante que isto seja negociado e acordado com todos os que participarão, para que eles se comprometam com a presença e se sintam responsáveis pelas decisões que serão tomadas;

DIMENSÃO

INDICADOR

FATOR CRÍTICO

Informar aos participantes sobre os objetivos dessa fase, os principais conceitos utilizados e a dinâmica no dia do Planejamento, preparandoos para participarem; Fazer login na plataforma do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil e acessar a fase Planejamento para ter acesso à lista dos fatores classificados como críticos pelas Instituições (fatores classificados como amarelos ou vermelhos); Fazer o download dos fatores críticos para serem apresentados no dia do Planejamento;

PROBLEMA

AÇÃO/ AÇÕES

Construir um plano de ação para solucionar os fatores listados; Cada GRE terá o seu Plano de Ação; Como ferramenta de gestão, o Plano ajuda a definir e organizar as atividades que serão postas em prática para solucionar as demandas, a decidir quem serão as pessoas responsáveis, recursos necessários e a prever o tempo para a execução Ele é feito com base na tabela a seguir:

RESPONSÁVEL/EIS

RECURSOS NECESSÁRIOS

PRAZO


SISTEMA DE MONITORAMENTO

Apresentar a tabela aos participantes e preenchê-la com os fatores críticos da lista; Seguir as orientações na plataforma para registrar o plano de ação construído coletivamente.; Neste processo o grupo deverá: identificar quais problemas está fazendo com que o fator esteja crítico. Identificar ações que deverão ser realizadas para melhorar esse fator. Definir quem serão os responsáveis por conduzir o encaminhamento e resolução das ações. Identificar quais recursos – humanos, financeiros, materiais, entre outros – serão necessários para realizar essas ações. Definir os prazos para concluir as ações:

curto prazo até o primeiro momento de atualização do Plano de Ação na plataforma – 3 a 4 meses após a aplicação da Autoavaliação

médio prazo até o segundo momento de atualização do Plano de Ação no software – 8 a 9 meses após a aplicação da Autoavaliação

longo prazo ultrapassará o ciclo atual e adentrará o próximo

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SISTEMA DE MONITORAMENTO

3

CICLO DA GERÊNCIA REGIONAL

ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO

Na terceira fase do Sistema de Monitoramento da Qualidade da Educação Infantil da Rede Municipal de Salvador as Gerências Regionais implementam o plano de ação criado na fase anterior e passam a acompanhar sua efetividade e registrar os resultados no software.

Tão importante quanto o planejamento, é o acompanhamento dos

“Este Sistema de Monitoramento

resultados na implementação

é relevante e estratégico para

do Plano de Ação. 46

Afinal, considerando a complexidade

garantir a qualidade do

dos contextos, é preciso atenção

atendimento às crianças

para realizar os ajustes necessários e

matriculadas na Rede Municipal

garantir o que se deseja atingir. A fase de Acompanhamento se

de Ensino de Salvador.

inicia com a implementação do

Deve servir como provocação

plano de ação e deve começar

para a busca de soluções dos

assim que ele for construído. O acompanhamento é feito

possíveis problemas enfrentados

periodicamente, conforme a GRE

pelas Instituições de Educação

tenha se organizado. Entretanto, existirão dois momentos em que

Infantil, assim como deve ser

todas as GRE serão convocadas a

usado como parâmetro para a

registrar seu status na plataforma

articulação, o aprimoramento e

do Sistema de Monitoramento.

o desenvolvimento de políticas Os planos de ação, continuamente atualizados, possibilitarão uma visão completa da Rede, periodicamente, para apoiar a gestão municipal na tomada de decisões.

de atendimento, superando o modo tradicional de promover as políticas de infância”. Solange Mendes Serra Supervisora do Programa Nossa Rede Educação Infantil - SMED


SISTEMA DE MONITORAMENTO

COMO CONDUZIR O ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO DA GRE

PASSO A PASSO PREPARAÇÃO Os fatores críticos estão

Definir o grupo que

mudando de cor em relação

acompanhará a implementação

às cores iniciais.

do Plano de Ação;

Há engajamento dos

Realizar reuniões periódicas,

envolvido.

para verificar se; as ações estão acontecendo como foram planejadas. Estão ocorrendo no tempo determinado. É preciso replanejar ações que não estão ocorrendo ou que necessitam ser reajustadas.

Quando for notificado, por e-mail, de que já está no período de atualizar o Plano de Ação, fazer login na plataforma do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil e acessar a fase Planejamento para atualizar as informações sobre as ações planejadas.

47

Dois tipos de atualizações devem ser feitas:

1

2

Atualização de status

Atualização de informações

Em andamento: a ação está sendo executada como previsto.

Na tela “Plano de Ação“ da plataforma do Sistema de Monitoramento, há um espaço chamado “observações“. Nele existe um local de apontamentos para cada ação planejada e lá os responsáveis pelo acompanhamento podem registrar comentários sobre o andamento das ações, problemas, impedimentos e dificuldades que estão prejudicando a execução das ações como planejado, mudanças de planos, ou alguma dica ou solução encontrada que possa servir de aprendizagem para a equipe etc

Concluída: a ação já foi concluída, então espera-se que na próxima Autoavaliação o fator ao qual ela se referia já possa ser classificado com outra cor. Atrasada: a ação está sendo executada, porém fora do tempo previsto. Pendente: a ação não está sendo executada por algum impedimento.


SISTEMA DE MONITORAMENTO

4

CICLO DA GERÊNCIA REGIONAL

AVALIAÇÃO DO PROCESSO

A quarta fase do Sistema de Monitoramento do Nossa Rede Educação Infantil para as Gerências Regionais propõe uma avaliação do processo de monitoramento. Este é um momento da GRE identificar seus avanços e onde se localizam suas potencialidades e fragilidades. Para fazer essa avaliação, as GRE terão acesso aos dados do ciclo de acompanhamento do Plano de Ação. 48

A Avaliação do Processo deve ser feita após a última atualização do plano de ação, ou seja, 9 a 10 meses após a Análise da Região. Caberá à Regional definir qual o melhor turno e dia da semana em que deverá ocorrer o encontro para

COMO CONDUZIR A AVALIAÇÃO DO PROCESSO

PASSO A PASSO Sugere-se que o grupo responsável pelo processo de acompanhamento do Plano de Ação conduza a Avaliação; Fazer login na plataforma do Sistema de Monitoramento da Educação Infantil e acessar o Relatório do Ciclo para ter acesso a dados de todo o ciclo que se finda; Mobilizar a equipe da GRE que participou das fases anteriores para participar da Avaliação; Informar os participantes sobre os objetivos dessa fase, os principais conceitos utilizados e a dinâmica no dia da Avaliação, preparando-os para participarem; Definir junto aos participantes mobilizados qual será a duração do encontro, além de data para ele acontecer; Apresentar aos participantes os resultados do processo de Acompanhamento do Plano de Ação, buscando compreender o que provocou aqueles resultados e o que eles significam; Construir um documento de Avaliação do Processo, registrando as conclusões da discussão em grupo. Esse documento já é um instrumento norteador – de planejamento - para o próximo ciclo.

esse momento de avaliação.

DICA Convide algumas instituições da sua região para fazer parte da Análise do Ciclo, pois essa pode ser uma boa oportunidade para juntos vocês analisarem a atuação que a GRE teve durante esse ciclo que se finda. Afinal, o olhar externo sempre enriquece a análise.


Eu gosto de contar a história só olhando a figura. Eu não conto sempre igual. Eu invento. Mas, se você lê, tem que ser igual. (Rede Nacional Primeira Infância, 2009)





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