Faro Obreiro nº9

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Vozeiro da Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular de Vigo

NÚMERO 9 · JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO DE 2014

SUMÁRIO

Entrevista a Pablo Touza Conversamos com o ativista da Plataforma Cidadá que Voltem Para Casa! Página 2

Volta subir preço do transporte Abel Cabalhero autoriza um novo incremento no preço do serviço público de transporte. Página 3

Ante a sua destruiçom, defendamos a sanidade pública!

Solidariedade com a Venezuela

As políticas do reacionário Partido Popular, bem seja desde Madrid ou desde a sucursal do Hórreo, em prol da privatizaçom da sanidade, estám a provocar umha acelerada perda dum dos direitos mais básicos em matéria de saúde pública. Realmente, estám agravando a situaçom a limites alarmantes dentro do contexto da crise do capitalismo que padecemos.

Menos dinheiro para cultura

Primeiro foi o co-pagamento nos medicamentos ou a retirada do cartom sanitário a imigrantes ou pessoas emigradas por um período longo de tempo ao nom poderem obter um trabalho digno no nosso país devido as constantes políticas de barbárie que o PP executa, seguindo os ditames do Capital. Para a classe dominante a crise do seu sistema é umha oportunidade para realizar suculentos negócios e incrementar os seus benefícios. A sua voragem nom tem limites e nom é novo que para manter os seus privilégios botem das suas casas a trabalhadores e trabalhadoras, esmaguem línguas e culturas, reprimam direitos e liberdades fundamentais, convertam a sua democracia num Estado policial ou, como neste caso, encetem o caminho da privatizaçom da nossa sanidade, pondo em risco o nosso direito à saúde pública, universal e gratuita. Em Vigo, a dívida e o agravamento dos problemas da área sanitária venhem de há tempo. Se bem nunca houvo vontade política por parte dos títeres da política burguesa, já

no ano 2000 houvo que invertir 3 milhons de euros para reformar a fachada do Hospital Xeral, construído em 1989. E a Plataforma Galega em Defesa da Sanidade Pública também denunciava, um ano depois, a fragmentaçom e a desordem que os responsáveis desta casta política estavam provocando para na área sanitária viguesa, tanto no Meixoeiro, como no Xeral e mais as vagas concertadas do hospital privado Povisa. Em 2005, com o bipartido BNG-PSOE na Junta e Corina Porro, do Partido Popular, na alcaldia de Vigo, existírom umha série de reunions destinadas a criar um anexo ao hospital Meixoeiro para incrementar o número de camas em 200. Mas a inversom do que hoje é conhecido como o futuro hospital de Valadares foi finalmente realizada com os recursos do povo trabalhador galego para umha gestom totalmente privatizada.

de privatizaçom, que se agudizárom em dezembro do ano passado precarizando a totalidade dos serviços sanitários. Zonas cobertas com cubos para as goteiras, toalhas nas janelas para evitar correntes, humidade, água desde o segundo até o sexto andar, fachadas pretas, etc. Umha situaçom que se corresponde com o aumento da miséria noutros ámbitos sociais provocada pola minoria burguesa e as suas políticas em contra do povo trabalhador. E nem só. Recentemente saiu à luz a manobra do governo espanholista de Feijó de querer deslocar perto de 300.000 a Compostela e ao conjunto da área sanitária do norte da Galiza.

A dia de hoje, os cortes, privatizaçons e as políticas reacionárias do PP no contexto desta crise capitalista provocam o feche de 36 camas no hospital Meixoeiro, a falta de inversom para a reforma das fachadas pendente desde há 5 anos, etc… enquanto o novo hospital pagado com os nossos recursos para o seu negócio, que devia finalizar em 2013 segundo palavras de Feijó, segue sem rematar.

As razons que dá a Junta nom podem estar mais longe da realidade, ficando em absurdas escusas. Pretendem rebaixar as listas de espera em meio milhar, mas o próprio SERGAS admitiu que essa quantidade era falsa e que essa decisom nom era, de facto, soluçom nengumha. Estes deslocamentos só suporám 8,5% dos doentes destinados a Cirugia Plástica, Pediátrica, Torácica e Cardíaca, ainda que esta última já leva trasladando pacientes desde o 2012. Ainda mais, as cifras que maneja o SERGAS falam de que esta manobra só deixará sítio livre para 4% das 3.471 pessoas que esperam intervençons, dum total de 12.734 em toda a área.

Pola sua banda, o Hospital com mais capacidade, o Xeral, sofre graves deterioros por falta de inversom pública e aprofundamento das políticas

A soluçom nom passa polo deslocamento à área sanitária do norte da Galiza, onde o tempo de espera também é elevado, por volta dos 81,

6 dias. Tampouco se trata de equilibrar povoaçons nem de localismos absurdos que luitam e jogam com a saúde da gente. O problema radica nas políticas de privatizaçom da sanidade promovidas polo PP que estám a precarizar serviços sanitários a um ritmo alarmante. É por isto que, dada esta situaçom irresistível, a mobilizaçom do povo trabalhador vigués debe ser massiva, como bem o demonstrou na passada manifestaçom realizada o 13 de fevereiro. A resposta debe ser a luita continuada na defesa dos nossos direitos e nada se pode esperar da atuaçom oportunista e localista do alcaide Abel Caballero, pois também é responsável da entrega da nossa sanidade pública a maos privadas. A alternativa é o combate nas ruas, a defesa intransigente dumha sanidade pública, universal, gratuita e galega. A construçom de centros de saúde nas paróquias periféricas, a abertura de mais hospitais públicos para dar cobertura a quem o precise sem necessidade de deslocamento a outros pontos do país, a eliminaçom de subvençons a hospitais privados e a recuperaçom da nossa soberania e independência do nosso país para gerir os nossos recursos sanitários a nível nacional e garantir os direitos da populaçom das diferentes áreas sanitárias.

Concentraçom para mostrar solidariedade do povo galego com o processo bolivariano ante a ofensiva imperialistas. Página 3

Governo municipal, autonómico e espanhol voltam reduzir os orçamentos destinados à atividade cultural. Página 3

Solidariedade com Carlos e Serafim Maciças mobilizaçons de apoio aos dous sindicalistas condenados a prisom por participar numha greve. Página 3

Vitória contra a repressom Três militantes da esquerda independentista ganham recurso contra umha condena por tentar pintar um mural. Página 3

Plataforma de Desempregad@s Anxo Vila explica-nos as principais linhas de actuaçom da Plataforma de Desempregad@s constituída recentemente na nossa comarca de Vigo. Página 4


FARO OBREIRO · NÚMERO 9 · JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO DE 2014

ENTREVISTA

“Cada vez é mais a gente que nom traga com as mentiras que justificam as medidas de exceçom aos nossos presos e presas” Faro Obreiro entrevista Pablo Touza, da Plataforma Cidadá Que Voltem para Casa! Como se formou a Plataforma Cidadá Que Voltem para Casa(QVPC) e quais som as suas principais reivindicaçons? A Plataforma Cidadá Que Voltem para Casa cria-se no 2005, coincidindo com as detençons de Ugio Caamanho e Giana Rodrigues. Nesse intre, vê-se a necessidade dumha estrutura que sociabilizará a situaçom dos presos independentistas galegos. O cumprimento dos seus dereitos mais elementais, o fim da dispersom e o apoio aos familiares fôrom outros puntos táticos da Plataforma Cidadá. Quase 9 anos despois do começo da nossa andaina, com gente nova, as nossas reivindicaçons seguem a ser as mesmas,e podem-se resumir em: 1. A derrogaçom da legislaçom antiterrorista, que provoca o desamparo judicial e a vulnabilidade das pessoas detidas. 2. A posta en marcha de todos aqueles mecanismos jurisdicionais e protocolos que garantam a integridade física e psicológica das pessoas durante as detençons. 3. A derrogaçom da jurisdiçom excecional da Audiência Nacional e o julgamento das pessoas processadas por um tribunal territorial ordinário. 4. A desativaçom da legislaçom de exceçom imprópira dum Estado democrático, com o fim de evitar o uso sistemático da prisom preventiva, do 1º grau penal e mais do regime FIES. 5. O traslado dos presos e presas políticas galegas a um centro penal situado na Galiza, rematando deste jeito com a medida ilegal da dispersom e evitando o seu desarraigamento social e cultural. 6. Umhas condiçons de vida dignas e humanitárias dentro das prisons Como está atualmente a situaçom dos pres@s polític@s galeg@s? Na atualidade, há seis presos independentistas galegos repartidos en diferentes prisons do Estado espanhol a centos de quilómetros

da sua terra. Tres deles, Eduardo Vigo(C.P. Masilla de Mulas-León a 385qm), Roberto Fialhega (prisom de Estremera a 685qm)e Antom Santos(C.P.prisión de Aranjuez a 570qm), fôrom julgados junto com Maria Osório - atualmente em liberdade à espera de regressar a prisom no caso de que a condena se faga firme - no pasado mes de junho e condenados a penas de 18 e 10 anos respetivamente. Nom obstante, estas condenas nom som firmes. Por outra banda, Xurxo Rodrigues(C.P. A Lama), Carlos Calvo(C.P. Topas-Salamanca a 440qm), e Adriám Mosqueira(C-P. Villabona a 325qm), estám em prisom preventiva à espera de julgamento desde há máis dum ano. Como sabedes, Xurxo foi trasladado recentemente à prisom d`A Lama, ponhendo assim fim a um ano e meio de dispersom penitenciária trás ser atendido o recurso apresentado pola família e os advogados. Recentemente, já se tinha ganhado um recurso similar com o ex-preso independentista Telmo Varela, ainda que neste caso foi-lhe reconhecido o direito a permanecer na prisom mais próxima ao seu domicílio quando já estava na rua. Todos eles se atopam sob o grau especial e ilegal denominado FIES3, (aplicado a pres@s polític@s, ainda que neguem a sua existência),que supom umha cadeia dentro da cadeia. 21 horas de cela, 2 cartas e 8 chamadas à semana, 3 visitas através dum cristal de 40 minutos e um vis-à-vis familiar de duas horas ao mes, com todas as comunicaçons intervidas. A isto há que somar o déficit alimentário comum à própria cadeia, pouca ou inexistente calefaçom, dificuldades para cursar os seus estudos... Há algum julgamento mais à vista? Os três que estám à espera de julgamento já tenhem data marcada para a sua celebraçom. O primeiro será os dias 3, 4 e 5 de marzo (14 meses depois da sua detençom), em que se julgará ao Adriám Mosqueira e para o que a fiscalia pede 18 anos de prisom. Pola sua banda, Carlos Calvo e Xurxo Rodrigues, passarám pola Audiência Nacional en maio (ano e meio depois da sua detençom). Probavelmente seja em junho quando

julguem de novo ao Xurxo por outra causa, e a Héctor Naya (atualmente en liberdade à espera de julgamento), ainda que nom há data marcada. Que sensaçom tedes desde a Plataforma da resposta popular à solidariedade com os presos independentistas? Podemos valorar como mui positiva a resposta solidária que esta dando o povo galego frente o aumento de presos independentistas na cadeias espanholas. Longe de atemorizar-se, o povo galego está sabendo responder de forma unida à problemática dos presos independentistas. Cada vez mais setores, digamos, soberanistas, sejam de âmbito político, sindical, social ou estudantil, estám-se a somar à causa. A marcha às cadeias deste ano é um bom exemplo de como esta solidariedade está a aumentar. Cada vez é mais a gente que nom traga com as mentiras que justificam as medidas de exceçom aplicadas aos nossos presos, e este berro de denúncia cada vez mais forte tem que converter-se num auténtico clamor de todo um povo contra a dispersom e polo respeito aos direitos fundamentais dos presos galegos. Ao vosso modo de ver, existe um aumento da repressom ou umha estratégia repressiva por parte do Estado contra o povo trabalhador galego? Como asociación únicamente em prol da defesa dos direitos humanos dos presos independentistas galegos non temos feita nengumha reflexom coletiva sobre esta questom. Sim temos analisado e vemos claramente umha tentativa de criminalizaçom da solidariedade, seja mediante julgamentos por mostrar fotos dos presos, havendo sentenças que amparam o direito a levá-las, seja por determinados comentários nas redes sociais ou em forma de acosso e intimidaçom em atos de solidariedade e denúncia ou nas vistas aos presos. Que balanço realizades da VIII Marcha às cadeias que tivo lugar 18 de janeiro? O balanço é mui poisitivo. Nesta VIII Marcha às cadeias, lográrom-se três factos. O primeiro foi conseguir que todos os setores do soberanismo

apoiaram esta causa, e nom só isso, mas pessoas fora desse âmbito também se unírom, pois esta causa esta por acima de estratégias ou diferenças políticas. Centros sociais mobilizados, sindicatos, organizaçons políticas e juvenis...sem dúvida que depois das identificaçons de todas as asistentes à mesma, dérom-se conta que os ideólogos da dispersom tenhem um problema, e chama-se fracasso. Fracasso na tentativa de isolar os presos do seu entorno social. O único que conseguírom foi aumentar em número e pluralidade a causa d@s pres@s polític@s galeg@s, neste sentido, a dispersom está a fracassar. O segundo foi conseguir visitar todas as cadeias onde se encontravam os presos independentistas, cousa que desde que se multiplicou o número de presos fora imposível. Para lográ-lo, marcamos duas rutas e assim conseguimos levar a nossa solidariedade a todas as cadeias. O terceiro logro foi que demos duplicado os asistentes à marcha respeito das ediçons anteriores, demonstrando assim que a nossa solidariedade está viva e conta com o apoio de centos de pessoas. Non é fácil mobilizar 100 pessoas para fazer mais de 1000 quilómetros en doze horas, e nós conseguimo-lo. A marcha foi autosuficiente em termos económicos graças a centos de solidárias que, pudendo ir ou nom, pagárom o seu bono ou contribuírom botando umha mao no trabalho da logística.Nom temos mais que palavras de agradecimento para todas elas. Por último, que atividades leva realizado a Plataforma QVPC em prol da solidariedade com os nossos companheiros e companheiras? Tedes algumha a meio ou longo praço?

As últimas atividades fôrom a apresentaçom em sociedade da associaçom e o manifesto a atualizado, contando com o apoio de todas as organizaçons nacionalistas e independentistas, assim como de vários sindicatos.Também através do BNG se apresentárom moçons em cada concelho onde há presos, com umha concentraçom, polo natal, diante dos concelhos às que assistírom umha média de 50 pessoas. Como saberedes, já foi debatida e aprovada umha com os votos favoráveis do próprio BNG e Anova no Concelho de Teu, onde nasceu Antom Santos, solicitando ao governo do Estado o traslado de Antom à Galiza e o respeito escrupuloso dos seus direitos fundamentais. Proximamente debaterám-se no resto de concelhos. No de Compostela foi denegado o debate que de forma urgente fora solicitado polo grupo municipal do BNG de Compostela, com os votos em contra do grupo popular e a abstençom dos socialistas, isto é, os partidos da dispersom. No mes de janeiro celebramos a tradicional Festa pola Liberdade. Todo isto, acompanhado por diversas reunions com vários partidos e organizaçons de ámbito social, que terám continuidade nos próximos meses. Nos próximos meses lançaremos umha campanha de sócias e colaboradoras, assim que permanecer bem atentos/as aos debates das moçons, que virám acompanhados dalgumha mobilizaçom que iremos anunciando. A longo praço estenderemos a camapanha de denúncia a nível nacional e internacional na medida em que se vaiam somando mais colaboradoras e solidárias.


FARO OBREIRO · NÚMERO 9 · JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO DE 2014

Abel Caballero volta aumentar o preço do transporte público O representante da direita representada polo PSOE na nossa cidade, Abel Caballero, semelha nom ficar satisfeito com a suba que realizou das taxas municipais, mas volta aumentar o preço do bilhete do transporte público, em maos da já eterna concessionária Vitrasa. Concretamente, Abel Caballero autoriza umha suba no bilhete de 8 céntimos, passando o seu preço ordinário de 1,24 a 1,32 euros. Preço que desde que ele é alcaide aumentou de forma continuada. Por sefosse pouco, noutro fervor localista e excludente que carateriza Abel Caballero, o aumento irá seguido dumha reformulaçom na adquisiçom do cartom verde. Este só poderá ser utilizado para os empadronados em Vigo, obviando assim a realidade deste cidade, que acolhe a milhares de trabalhadores e trabalhadoras da comarca mas com residência fora. Umha cruel discriminaçom e divisom para os viageiros/as que utilizam diariamente este transporte. Os preços dos cartons verdes normais, para o estudantado e para

pensionistas ficará congelado. Medida claramente insuficiente pois segue a ser realmente ofensivo o mantimento destes preços em relaçom a um transporte público ineficaz, precário e formulado com o único propósito do lucro empresarial e nom ao serviço do povo trabalhador viguês. O estudantado universitário da residência do CUVI seguirá a pagar o mesmo serviço de linhas insuficientes para ir fazer a compra ou deslocar-se a lugares de ócio até a cidade. As paróquias da periferia seguirám abandonadas enquanto as

freqüências de Vitrasa só som abundantes na zona centro para umha maior faturaçom. A única alternativa passa pola municipalizaçom do transporte público, tal como desde NÓS-Unidade Popular levamos afirmando há tempo mediante a nossa campanha “Há que municipalizar o transporte público”. Alternativa que recentemente acolheu o BNG e polo que mostramos a nossa satisfaçom.

NÓS-UP participamos na concentraçom solidária com a Venezuela revolucionária Quarta-feira 19 de fevereiro decorreu em Vigo umha concentraçom sob a legenda “Galiza com a Venezuela bolivariana e chavista. O fascismo nom passará” convocada pola AGARB perante os intentos de desestabilizaçom da direita proimperialista do governo de Nicolás Maduro.

e solidárias cantárom o nosso hino nacional. E é que contra os planos de derrocamento da revoluçom por parte da

direita fascista venezuelana, a Galiza rebelde e combativa sempre defenderá a legitimidade da revoluçom chavista e bolivariana.

NÓS-Unidade Popular presente nas mobilizaçons em solidariedade com os dous trabalhadores condenados a 3 anos de prisom Espanha e o Capital querem condenar a quem luita e combate polos seus direitos de classe frente a ofensiva da burguesia capitalista que nom vai mudar nem um centímetro as suas políticas de miséria para a classe trabalhadora e de aniquilaçom da nossa naçom chamada Galiza.

9 e 20 de fevereiro tivérom lugar umha mobilizaçom e umha concentraçom respetivamente, concovadas polos sindicatos maioritários CIG, CC.OO e UGT, para exercer solidariedade e reclamar a absolviçom

Após quase dous anos de perseguiçom política, três militantes da esquerda independentista da comarca de Vigo fôrom absolvidas por um delito de faltas por “danos por desluzimento” trás iniciar um caleado numha parede da rua Pároco José Otero. O controlo da atividade agitativa da esquerda independentista por parte das forças repressivas contrasta com a impunidade para as organizaçons reacionárias e machistas para desenvolverem as suas campanhas, tal e como se pode observar nas ruas da cidade com pintagens antiabortistas.

No juízo realizado no mês de maio de 2013 no Julgado de Instruçom nº 4 de Vigo, as três companheiras apresentárom um recurso de prescriçom da causa, que a fiscalia nom aceitou e na que a juíza condenou o pagamento e reparaçom de dous murais da cidade por valor de 901,83 euros mais seis dias de arresto domiciliário para cada umha de elas. Após a condena apresentárom recurso na Audiência Provincial reconhecendo esta que o suposto “delito” estava prescrito, ficando por tanto absolvidas as três militantes feministas e independentistas.

Abel Caballero, Junta e governo espanhol reduzem orçamento em cultura

NÓS-Unidade Popular mostrou a sua solidariedade internacionalista com o processo revolucionário na Venezuela Bolivariana participando na concentraçom. O ato rematou com a leitura do manifesto “Galiza com a Venezuela Bolivariana e Chavista” por parte do presidente da AGARB, Xavier Moreda. Finalmente, às portas do Consulado da República Bolivariana de Venezuela na Galiza os solidários

Nova vitória da esquerda independentista em Vigo ante a perseguiçom política da polícia espanhola e local

de Carlos e Serafim, dous trabalhadores e sindicalistas condenados a 3 anos de prisom por defender os seus direitos numha greve do setor do transporte em 2008.

Estamos ante umha sentença política que quer castigar dous companheiros, dous trabalhadores que nom se resignam a ficar parados enquanto o sistema capitalista da burguesia rouba e saqueia a maioria social galega.

Por quinto ano consecutivo, amparando-se numha crise que provocárom aqueles para quem realmente governam, a exposiçom cultural os museus de Vigo na nossa cidade obterám menos recursos económicos para a sua atividade. Estamos perante umha clara mostra de precarizaçom dos serviços culturais da nossa cidade. Como mostra, podemos constatar que O Marco tinha umha quantidade no ano da sua abertura (2002) de 2,2 milhons de euros. Esta quantidade orçamento continua em descenso desde 2008 porque as instituiçons, já sejam a nível local, nacional ou estatal, nom apostam por estas atividades. Assim, após a desapariçom do dinheiro por parte da Deputaçom e de Caixanova, o Concelho reduziu de 805.000 a 605.000 euros, a Junta de 378.000 a 100.000 e o Ministério espanhol de Cultura de 150.000 a 48.000 euros.

Assim, semelha que Abel Caballero prefere seguir com o seu plano de urbanismo para favorecer a burguesia, com a realizaçom de macro-urbanizaçons, enquanto bota a gente das suas casas apoiando a gestom dos bancos, privatiza serviços e empresas municipais, ameaça com expropriar montes dos comuneiros e comuneiras sem respeitar a vontade popular e agora pretende esnaquizar os poucos espaços culturais que possuímos.


// Vozeiro da Assembleia Comarcal de Vigo de NÓS-Unidade Popular // Correio eletrónico: vigo@nosgaliza.org Web: www.nosgaliza.org // Twitter: @nosgaliza // Facebook: http://www.facebook.com/pages/NÓS-Unidade-Popular/254570641316 Sede Comarcal: Rouxinol 16, rés-do-chao (36205 - VIGO) // Telefone: 637 18 78 51 // Encerramento da ediçom: 21 de abril de 2014 // Depósito legal: FARO OBREIRO e NÓS-Unidade Popular nom partilham necessariamente a opiniom dos artigos assinados // Permite-se a reproduçom total ou parcial dos artigos

Sobre a Plataforma de Desempregado@s ANXO VILA // Membro da Plataforma de Desempregados/as

A Plataforma de desempregados/as constituiu-se recentemente. Desde o nosso trabalho, fazemos um chamamento a todas as pessoas que estejam em situaçom de desemprego, com a finalidade de fazer-lhes ver a necessidade de organizar-se e luitar por um posto de trabalho digno no nosso país, pois a situaçom à que nos conduz o Capital é já insofrível. Com mais de 50.000 desempregados/as na comarca de Vigo, muitas famílias se atopam em risco de exclusom social ou de extrema pobreza, sendo também despejadas das suas casas. É de aqui que parte as nossas reivindicaçons e objetivos. Procuramos que o direito ao trabalho seja real e nom papel molhado como na constituiçom espanhola, que o nosso salário seja justo e digno e sempre dentro do nosso ámbito como naçom, sempre desde e para a Galiza, para o seu povo trabalhador. Como plataforma constituída em

assembleia e com o apoio da CIG, consideramos prioritário denunciar e combater sem trégua a reforma laboral do PP, assim como os Expedientes de Regulaçom de Emprego (E.R.E.). Estas medidas só som políticas que beneficiam à minoria social, às multinacionais, ao conjunto do patronato e às empresas privadas, provocando despedimentos massivos com cargos aos orçamentos do Estado espanhol, motivando assim numerosos casos de corrupçom como os que estamos a observar diariamente.

4. Retorno à propriedade pública das empresas privatizadas que sejam rentáveis.

Com o propósito de combater estas políticas exercidas nesta crise capitalista, propomos:

1. Jornada laboral de 35 horas

1. O cessamento de todo tipo de ajudas aos bancos e ao capital privado, assim como a devoluçom de todo o dinheiro público que se invertiu nos resgates financeiros da burguesia.

3. Proibiçom das horas extra

2. Reposiçom ao Estado de todos os bens e dinheiro roubados polos partidos políticos do sistema, os seus assessores e demais cargos públicos imputados em casos de corrupçom. 3. Recuperaçom e nacionalizaçom das grandes fortunas agochadas em paraísos fiscais. Eliminaçom absoluta da amnistia fiscal.

Por outra banda, a Plataforma de desempregados/as consideramos que para criar e distribuir racionalmente o emprego, devem reativar-se os convénios coletivos setoriais, no marco dumhas relaçons laborais adaptadas às caraterísticas socioeconómicas do nosso país. Deste jeito, para a criaçom de emprego reivindicamos:

2. Jubilaçom aos 60 anos

4. Ilegalizaçom das Empresas de Trabalho Temporal ( E.T.T.) e rematar assim com os contratos lixo, precários e temporários,

isto é, rematar com a precariedade laboral. Finalmente, a Plataforma luitará sempre em prol das pessoas que sejam despedidas e as suas famílias condenadas à miséria, para garantir a satisfaçom das necessidades mínimas para viver dignamente. 1. Atençom especial aos jovens e mulheres trabalhadoras por serem os mais afetados/as polo desemprego. 2. Paralisaçom das hipotecas e nom pagamento das taxas municipais durante o período de desemprego. 3. Cartons gratuitos para o transporte público, assim como descontos de 50% para comprar alimentos e produtos de primeira necessidade.

4. Preferência nas bolsas e ajudas de todo tipo para os nossos filhos e filhas. 5. Renda básica para as desempregadas/os de longa duraçom e em permanente risco de exclusom social e pobreza. 6. Educaçom gratuita e pública 7. Sanidade gratuita, pública e de qualidade. A Plataforma de desempregados/as consideramos que temos que organizar-nos e luitar todos e todas juntas para poder viver com dignidade e conseguir umha sociedade mais justa e igualitária.


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