Nós aqui nº36

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quinta-feira | 30 Março 2017 | ano: 4 | Mensal | n.º 36 Director: Luís Morais Ferreira | Preço 0,01 €

Parque Urbano de Rio Tinto continua a não gerar consenso

Dez milhões de euros para a remoção total do lixo tóxico de S. Pedro da Cova Página 4

19ª edição da Ourindústria começa hoje e termina no dia 2 de Abril

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SOCIEDADE

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Saia de Casa e Cozinhe Connosco!

A turma de Técnico/a Cozinha/Pastelaria 2 da Actual Gest – Pólo de Formação Profissional em Gondomar está a desenvolver o seu projeto final de curso com o tema: Saia de Casa e Cozinhe Connosco, com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e a EDP Solidária e reuniu no passado dia 3 de março cerca de 40 idosos para a apresentação do projeto, seguido de um chá-convívio no restaurante da Escola, tendo-se vivido momentos de alegria, partilha de conhecimentos e conversas agradáveis. O projeto transdisciplinar surgiu na sequência de uma formação monitorizada pela Câmara com o tema: “Capacitar para inovar, ideias para mudar o mundo”. Desde essa altura os formandos tiveram a certeza que o caminho do seu projeto seria a integração da comunidade em risco de exclusão social. O projeto Saia de Casa e Cozinhe connosco visa com-

bater o isolamento da população idosa de Gondomar e valorizar a sua sabedoria e conhecimento da gastronomia local que, numa interação intergeracional, para além da passagem de sabedoria entre os idosos e os formandos do Curso de Técnico/a Cozinha/Pastelaria 2, procura o convívio, proporcionar momentos de alegria e um sentimento de “eu sou útil e vou ensinálos a cozinhar”. Depois da Escola ter inscrito o Projeto desta turma no Programa EDP Solidária, esta selecionou-o para participar do programa “Grandes Manhãs”, do Porto Canal. Assim, no dia 8 de março o Canal televisivo Porto Canal esteve na Actual Gest a filmar e entrevistar os formandos e os idosos que nesse dia prepararam tripas à moda do Porto, Caldo de nabos e húngaros. O Projeto decorrerá até julho e leva à escola todas as quartas feiras (quando os formandos não estão em contexto de trabalho) os idosos da região de Gondo-

mar que estão em casa sós, sem qualquer ocupação, mas ainda com muito para partilhar. Trazem as receitas na memória ou o livro na algibeira e chegam muito cedo às instalações da Escola, prontos para trabalhar. Dos formandos aprendem técnicas de cozinha, a apresentação dos pratos e muito carinho. No final da elaboração das ementas todos se sentam à mesa – os velhos e os novos - e desfrutam dos pra-

tos e de momentos descontraídos com uma boa conversa. No final do projeto será digitada uma coletânea das receitas elaboras e oferecida a todos os participantes num chá-convívio, finalizando o projeto da mesma maneira como começou. Certos porém que cada uma das partes saiu mais enriquecida. ♦ Natália Moura, Actual Gest


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EQUIPAMENTOS

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Futuro Parque Urbano de Rio Tinto continua a não gerar consenso moroso até à concretização do projeto, “no qual foi preciso ultrapassar problemas judiciais existentes e proceder à alteração do Plano Diretor Municipal”. De acordo com o edil gondomarense, o Parque Urbano de Rio Tinto “visa conciliar uma zona de lazer, uma nova ligação à plataforma do Metro, mais estacionamento, um anfiteatro natural que poderá ser usado para futuros eventos, a construção de duas travessias pedonais na ribeira da Castanheira, que sairá valorizada”, enumera Marco Martins, satisfeito por “conseguirmos assim cumprir o objetivo de travar o betão em Rio Tinto, algo que para nós é fundamental”. O projeto do Parque Urbano de Rio Tinto encontra-se, atualmente, numa “fase avançada, sendo que até ao início do verão poderá ser lançada a primeira pedra”, afirma o presidente da Câmara de Gondomar. Segundo Marco Martins, este será apenas um dos vários investimentos da Autarquia em espaços verdes no concelho, num valor que ronda os 20 milhões de euros. Além do Parque Urbano de Rio Tinto, a Câmara de Gondomar pretende construir um parque em Fânzeres, outro no Monte Crasto e, por último, em São CosmeValbom.

O Parque Urbano de Rio Tinto, a nova zona verde que irá surgir junto à Quinta das Freiras, encontra-se já numa fase avançada, estando previsto o arranque da construção deste equipamento de lazer ainda antes do verão. O novo equipamento, que prevê a criação de infraestruturas direcionadas para o lazer em contacto com a natureza, para os desportos radicais, circuitos pedestres, parques infantis e de estacionamento, e espaços para a realização de eventos, será uma forma de dar vida a um terreno há muito abandonado (na área da antiga feira). “Vai ser a grande mudança na zona central da freguesia de Rio Tinto, uma grande alteração no que é o quotidiano, e sobretudo na qualidade de “Projeto medíocre”. “O projeto para o Parvida dos cidadãos”, defende, em entrevista ao que Urbano de Rio Tinto é medíocre e pouco reNós Aqui, Marco Martins, presidente da Câmara alista, pois as soluções técnicas apresentadas não Municipal de Gondomar, recordando o processo são solução para os problemas existentes”, con-

sidera Paulo Silva, do Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT). E deixa várias críticas à futura obra: “No último esboço, não há nenhuma ideia do espaço que será impermeabilizado; que espécies serão plantadas; vai ser asfaltada uma grande área junto à rotunda do Centro de Saúde; e a recuperação do Moinho da Vitória parece ser um devaneio, já que não existe nenhum dado realista sobre o mesmo”. Em entrevista ao Nós Aqui, o membro do MDRT desaprova, por outro lado, a edificação do anfiteatro ao ar livre, previsto para a realização de eventos. “Vai ser um grande ‘mamarracho’, como o do Largo do Souto, que durante a maior parte do ano não terá qualquer utilidade”, antevê, considerando que o único aspeto positivo do projeto é “o corte da rua da Ranha”. Em relação ao próprio rio Tinto, Paulo Silva diz

que, com esta solução, “ficará impossibilitado de ser recuperado no centro da cidade e vai continuar estrategicamente enterrado. Esta foi uma oportunidade perdida! Havia hipótese de ter um projeto arrojado e diferente, que não se irá concretizar”, lamenta. Desvalorizando as fortes críticas do MDRT, Marco Martins apelida-as de “politiquice e desespero, porque tudo o que o Movimento reivindicava está agora a ser concretizado. A solução foi o Marco Martins ser presidente de Câmara!”, remata o edil. Com uma área de 36.500 metros quadrados, este Parque Urbano representa um investimento de 2,6 milhões de euros, suportados na íntegra pela Câmara Municipal de Gondomar.♦ Catarina Madureira


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AMBIENTE

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Dez milhões de euros para a remoção total do lixo tóxico de S. Pedro da Cova

Durante a visita que efectuou recentemente ao território do Parque das Serras do Porto, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, assegurou que será disponibilizada uma verba na ordem dos dez milhões de euros para a remoção das 125 mil toneladas de resíduos industriais perigosos que ainda continuam

enterrados nas escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova. De forma a proceder à retirada final do lixo tóxico desta freguesia, o governante anunciou que já está programada a abertura de um concurso público internacional, que será lançado no próximo mês de Julho. Na conferência de Imprensa improvisada que decorreu junto às antigas minas, o Ministro do Ambiente reconheceu que “como passivo ambiental, este processo é o maior” que tem entre mãos. Matos Fernandes considera também que, para além da remoção das toneladas de resíduos perigosos, “é fundamental retirar 30 centímetros de solo que estão em contacto” com o lixo tóxico. “Neste momento, e com base nas análises que são realizadas em contínuo, a população pode estar tranquila”, garantiu o Ministro do Ambiente, reconhecendo, no entanto, que “é insuportável a presença de 125 mil toneladas de resíduos num espaço que é não só um espaço urbano e uma freguesia com uma história tão forte, mas também uma porta do Parque das Serras do Porto.” Um projecto intermunicipal que envolve os concelhos de Gondomar, Valongo e Paredes. O governante revelou, por outro lado, que o Ministério do Ambiente vai constituir-se assistente no processo-crime no qual o Ministério Público acusa seis indivíduos de deposição ilegal de lixo industrial tóxico em São Pedro da Cova. “Se de facto houver condenação nesse processo-crime, o Ministério do Ambiente quererá ser ressarcido do investimento que vai efectuar aqui através do Fundo Ambiental”, afirmou ainda o Ministro Matos Fernandes.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, mostrou-se bastante satisfeito com a decisão tomada pelo Governo. Isto porque “serão corrigidos dois erros, o da deposição e o da sub-quantificação que ocorreu há cerca de quatro anos quando o Laboratório Nacional de Engenharia Civil estimou por baixo a quantidade de resíduos aqui depositados.” No entender do edil, “terá que existir um apuramento de responsabilidades políticas. Houve políticos locais, regionais e nacionais que foram coniventes com esta situação.” E os mesmos “terão que ser responsabilizados por isso”, exigiu Marco Martins. Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Daniel Vieira, considera que a disponibilização de “uma verba de dez milhões de euros para proceder à remoção total dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova é um passo decisivo para a resolução deste grave problema ambiental.”

“A população está assim mais perto de uma vitória histórica, sem paralelo no nosso país, de remoção de milhares de toneladas de resíduos tóxicos provenientes da siderurgia nacional”, salientou o autarca, que reafirmou que “a Junta de Freguesia tudo continuará a fazer pela total remoção dos resíduos, a requalificação da área afectada e a compensação da freguesia e da população por este grave crime ambiental.” “Não perderemos nenhuma batalha por falta de comparência”, garantiu, a concluir, Daniel Vieira. Já foram retiradas 105 mil toneladas de lixo industrial tóxico, estimando-se que ainda faltam remover 125 mil toneladas. Ou seja, são 230 mil as toneladas de resíduos perigosos depositados nas antigas minas de São Pedro da Cova. Um número que mais que duplica as 88 mil toneladas anunciadas ao longo dos anos ou as 105.600 toneladas inscritas no caderno de encargos do concurso público realizado com vista à primeira remoção, que se desenrolou entre 2014 e 2015.♦ Luís Morais Ferreira


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ENTRETENIMENTO

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“Game Day” atrai centenas de jovens

O primeiro fim-de-semana de março foi a data escolhida para a realização da iniciativa “Game Day”, na sala D’Ouro do Pavilhão Multiusos de Gondomar. Foram muitos os miúdos e graúdos que aproveitaram para usufruir deste “road-show” tecnológico, que colocou à disposição dos visitantes inúmeras consolas e simuladores de condução, de acesso livre e gratuito. Este foi o quarto ano consecutivo que a Câmara Municipal de Gondomar dinamizou o “Game Day”, festival de jogos, consolas e simuladores, um evento de entretenimento e diversão para todas as idades, promovendo a competição, o espírito de equipa e o convívio intergeracional. “O objetivo é oferecer às crianças e aos jovens a ocupação dos tempos livres numa área que assume cada vez maior importância nas suas vidas: a tecnologia”, disse Filipe Cunha, da “E 2 Tech”, empresa que disponibilizou o equipamento para o “Game Day” – mais de 20 consolas e simuladores, para além dos últimos jogos do mercado.

“Tivemos cerca de mil visitantes diários”, adiantou ainda Filipe Cunha, acrescentando que o “Game Day” funciona também “como uma montra dos novos lançamento de jogos no mercado, e assim os jovens podem experimentá-los antes de os comprarem”. E, de facto, centenas de crianças, jovens e adultos tiveram a oportunidade de usufruir de jogos de futebol, de corridas, de aventuras, de lutas e de conhecimento (nas consolas Xbox e PlayStation), praticar desporto, jogar ténis ou conduzir um carro (nas interativas Nintendo Wii e Kinect), ou ainda mostrarem a sua destreza ao volante dos diversos simuladores de corridas de automóveis disponíveis no recinto do Multiusos. Os jogos de ação são os seus preferidos, por isso o pequeno Rodrigo Santos, de 11 anos, quis voltar a visitar a edição deste ano do “Game Day”, para ficar a par dos lançamentos do ano nesta área. “Costumo jogar em casa, mas com regras”, referiu, garantindo que o tempo gasto com videojogos não interfere nos resultados escolares. “Eu só vim trazer o miúdo, porque não percebo nada disto!”, soltou Fernando Sousa, 52 anos, agarrado ao volante de um simulador de carros de corrida. “Resolvi experimentar, mas não me parece que vá ficar viciado neste tipo de jogos”, continuou, frisando que, em casa, “só jogo no telemóvel”. “4 Botics” com projeto pioneiro no país. Paralelamente aos videojogos, esta edição do “Game Day” contou com uma Área Boardgamer, onde estavam disponíveis jogos de tabuleiro para todas as idades.A vertente da robótica também marcou

presença na iniciativa, através da “4 Botics – Centro de Estudos de Robótica e Tecnologia”. Neste espaço, os mais pequenos (e também os adultos) podiam ver, experimentar e aprender com diversos robots e jogos de programação. “Somos uma empresa muito recente, e estar aqui é uma forma de dar a conhecer e divulgar o nosso projeto, que é pioneiro em Portugal”, explicou José Oliveira, responsável técnico da “4 Botics”. De portas abertas desde janeiro, na avenida General Humberto Delgado, em Gondomar, neste espaço a missão é ensinar tecnologias de informação, robótica e programação a crianças desde os seis aos 18 anos. “Lecionamos em três áreas: na robótica (a crianças desde os seis anos, com kits apropriados para as que ainda não sabem ler, programados com códigos de cores, que depois vão evoluindo com a idade), no desenvolvimento de jogos e na programação para telemóveis”, esclareceu José Oliveira. Para tal, na “4 Botics” “contamos com uma equipa

de formação especializada na área, e que está vocacionada para ensinar as tecnologias de informação”, sendo que o primeiro curso, em programação em androide, já arrancou..♦ Catarina Madureira


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OURIVESARIA

Valorizar a ourivesaria portuguesa excelência, o berço da ourivesaria portuguesa. Um saber herdado de geração em geração, que se materializa em peças de delicada beleza e sofisticação.” “Nas mãos de cada artesão lêem-se linhas de sabedoria, experiência e mestria. Um património cultural e humano que torna cada peça única e autêntica”, concluiu José Fernando Moreira. Este certame é, principalmente, destinado aos profissionais do ramo da ourivesaria. No entanto, como forma de divulgação e promoção do evento, no dia 1 de abril, pelas 21h30, realiza-se um Desfile de Jóias; e no dia 2, entre as 14h e as 18h, as portas do Multiusos de Gondomar serão abertas ao público em geral. De referir também que foi criado um espaço recreativo infantil, no qual os pais podem deixar em segurança os seus filhos enquanto visitam Até ao próximo dia 2 de abril, o Multiusos de a feira. A Câmara Municipal de Gondomar, em parceria Gondomar recebe a 19.ª edição da Ourindústria. com o CINDOR – Centro de Formação Profissional Este certame profissional, dedicado aos setores da ourivesaria, relojoaria, máquinas industriais, metrologia calibrada, mobiliário de ourivesaria, informática, designers, estojaria e seguros, conta este ano com a presença de 72 expositores. Segundo José Fernando Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais da Câmara Municipal de Gondomar, a edição deste ano da Ourindústria tem como objetivo “a valorização da arte da ourivesaria portuguesa, das histórias por detrás de cada banca, dos rostos e das técnicas que estão na origem de cada peça de joalharia portuguesa.” O mesmo acredita que este certame será novamente um sucesso. O vereador sublinhou ainda que “Gondomar, com uma história secular ligada à arte do ouro, é, por

da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria, e a AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, promove, uma vez mais, a Ourindústria, que é considerada a mais relevante feira do sector da ourivesaria e relojoaria que se realiza em Portugal.♦ Luís Ferreira

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CULTURA

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Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres

“Conta-me um Conto” premeia jovens autores

Instituído pela Junta de Freguesia de Fânzeres por ocasião do primeiro aniversário da sua elevação a vila, o Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres, de carácter anual, vai já na sua 26ª edição. Tal como nos anos anteriores, o conteúdo temático das obras apresentadas a concurso é livre e o prémio consistirá na edição e publicação em livro da obra premiada. Para além disso, esta edição traz como novidade a atribuição de um prémio monetário no valor de 500 euros ao autor da obra vencedora. “Trata-se de uma forma de dar um novo impulso e mais um estímulo ao Prémio Nacional de Poesia que, conforme fomos percebendo, já se encontrava um pouco desatualizado em alguns aspetos”, referiu, ao Nós Aqui, Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, explicando que apesar desta iniciativa “ser uma referência nesta área, temos registado uma quebra na participação”. Recorde-se que o ano passado o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres não teve vencedor, uma vez que o júri considerou que as obras a concurso não apresentavam qualidade suficiente para a atribuição do prémio. “Foi com tristeza que acatámos essa decisão… Mas este ano, pelas obras já recebidas, acredito que a participação será bastante superior e com boa qualidade”, acredita Daniel Vieira. No ‘campo das letras’, a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova apresenta três iniciativas: o prémio “Conta-me um Conto”, de prosa, e destinado aos mais jovens, o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, e ainda o Concurso de

Quadras Populares ao S. Pedro. “Três propostas que todos os anos lançamos, que procuram estimular, apoiar e criar espaços de participação e de fruição cultural para diferentes públicos, de diferentes faixas etárias”, afirmou ainda o autarca.

Promover e consolidar hábitos de leitura e de escrita criativa entre os mais jovens. Este é o principal objetivo do Prémio “Conta-me Um Conto”, uma iniciativa da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, que preten-

As obras para a 26ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres devem ser enviadas até ao próximo dia 18 de abril. ♦

de ainda aproximar os jovens em idade escolar da cultura, bem como divulgar os seus trabalhos junto do grande público. Esta será a terceira edição do “Conta-me um Conto”, que este ano foi alargado aos alunos do 1.º Ciclo, e ao qual podem concorrer alunos que

Catarina Madureira

frequentem as escolas da União das Freguesias (1º, 2º e 3º Ciclo e Secundário), ou que sejam residentes em Fânzeres e São Pedro da Cova. “Este foi um desafio que lançámos às escolas há três anos, com o intuito de fomentar o gosto pela literatura, neste caso a prosa, junto dos mais jovens”, explicou Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Considerando que a participação no prémio “Conta-me um Conto” tem vindo a aumentar de ano para ano, o autarca destaca o facto desta iniciativa “estimular e aumentar o gosto pela escrita e pela leitura entre os mais novos”. Os contos a concurso terão de ser escritos obrigatoriamente em língua portuguesa, sendo que cada texto apresentado a concurso deverá ter um mínimo de 3.000 caracteres e no máximo 10.000 (contagem Word com espaços). O conteúdo temático das obras apresentadas no prémio “Conta-me um Conto” é livre. O júri atribuirá três prémios para cada ciclo de ensino – vales no valor 150, 100 e 50 euros em material escolar para o primeiro, segundo e terceiro classificados, respetivamente. A entrega de trabalhos deverá ser feita até 21 de abril.♦ Catarina Madureira


SOCIEDADE

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

Formação de Inglês Comercial na ACIG

Com o propósito de, cada vez mais, rentabilizar os espaços disponíveis na Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG), está presentemente a decorrer (numa das salas de formação desta instituição) uma ação dinamizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). O início da referida ação de formação, de Inglês Comercial, foi assinalado no dia 24 de março – sendo que se prolongará até meados de junho. A ACIG tem disponíveis, para organismos “externos”, espaços devidamente adequados para ações de formação, quer teóricas, quer práticas, existindo um total de cinco salas plenamente adequadas e apetrechadas para o efeito. Além, também, de uma sala especificamente direcionada para a formação em Informática. Neste caso, e durante praticamente quatro meses, um dos espaços de formação da ACIG está reservado a 22 formandos adultos (desempregados de longa duração), em ação dinamizada pelo IEFP – Centro de Formação Profissional do Porto. No total, e inserido no currículo de Técnico Co-

mercial, serão 200 horas em quatro módulos distintos: Atendimento, Gestão de Stocks, Vendas e Atendimento no Serviço Pós-Venda.♦

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CULTURA

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“Sganarello, o Cornudo Imaginário” leva gargalhadas ao Auditório As gargalhadas do público presente no Auditório Municipal de Gondomar que assistiu à apresentação desta comédia foram a prova evidente do sucesso de “Sganarello, o Cornudo Imaginário”, peça que fechou o cartaz do 6º Encontro de Teatro Amador “Arte e Ato”, uma iniciativa organizada pela Associação Vai Avante. Com encenação de William Gavião, este espetáculo irá ser repetido no Auditório Municipal de Gondomar no próximo dia 7 de maio, sendo que quem não conseguiu assistir (e rir) às aventuras de Sganarello, terá oportunidade de o fazer nessa data. Refira-se, a título de curiosidade, que Moliére, um dos maiores escritores, ator e dramaturgo francês do século XVII, e considerado um “Para quem acha os chifres a suprema vergo- dos mestres da comédia satírica, morreu em 17 nha, não casar é a única forma de estar seguro”. de fevereiro de 1673, em cena, no espetáculo de Já dizia Molière, autor da peça “Sganarello, ou o traído imaginário”, que o grupo de Teatro Vai Avante adaptou aos tempos modernos e batizou de “Sganarello, o Cornudo Imaginário”. Ao ajudar uma bela donzela aflita de amor que desmaia, Sganarello é apanhado em flagrante pela sua esposa, que pensa que o marido a traiu. Quando o mesmo Sganarello vê um belo rapagão, noivo da bela donzela, a sair da sua casa com a sua mulher, também julga que esta lhe foi infiel. Está criada a grande confusão e mote para esta peça, onde os “cornos” são imaginários, e tudo não passa de enganos sucessivos que arrastam todas as personagens para uma grande barafunda de muitos mal entendidos.

sua autoria, “Sganarello o traído imaginário” onde interpretava o personagem de Sganarello. Foram quatro peças ao longo de quatro meses. Neste caso quatro comédias, que fizeram parte do cartaz da sexta edição do festival “Arte e Ato”. Apesar do balanço “positivo” que faz da iniciativa, Fernando Duarte, presidente da Direção da Associação Social Vai Avante, acredita que “uma peça por mês não é o desejável num encontro de teatro. Pelo menos uma peça por semana faria com que o festival tivesse mais pujança, mais vida”, afirmou ao Nós Aqui. De acordo com Fernando Duarte, “esta aposta no teatro amador é para continuar, concentrando-nos principalmente na qualidade de todas as companhias presentes no festival”, explicou o responsável da Associação Vai Avante. Para além de “Sganarello, o Cornudo Imaginário, o 6º Encontro de Teatro Amador “Arte e Ato” integrou as peças “O Falecido Menéres”, pela Oficina de Teatro Popular da Confederação (no mês de dezembro), o espetáculo “Óculos de Sol”, com autoria e encenação de Laura Ferreira e levado à cena pelo grupo Retorta Teatro (apresentado em janeiro), e “Um Morto muito Vivo”, da responsabilidade do Getepepe – Teatro Perafita, com encenação de Cecília Bento (que subiu ao palco no mês de fevereiro). Todos os espetáculos, realizados no Auditório Municipal de Gondomar, tiveram entrada gratuita até lotação da sala.♦ Catarina Madureira


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Junta de Rio Tinto oferece 500 árvores

Em breve, Rio Tinto vai estar mais verde e mais perto de ser um pomar. No âmbito das comemorações do “Dia do Rio & da Árvore”, a Junta de Freguesia local ofereceu aos rio tintenses 500 árvores de fruto, para serem plantadas nos jardins, quintais e terrenos da freguesia. A entrega das árvores aos cidadãos de Rio Tinto decorreu três dias antes do dia da Árvore, no edifício da Junta de Freguesia. Centenas de pessoas, que tinham feito previamente a inscrição para esta iniciativa, foram receber até três árvores das oito espécies de árvores de fruto disponíveis. “Desde 2014 que comemorámos o Dia do Rio, sempre no primeiro domingo a seguir ao início da Primavera, no âmbito do qual temos realizado limpezas no rio, plantações, entre

outras atividades”, recordou Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, explicando que este ano as comemorações foram alargadas ao “Dia do Rio & da Árvore”. “Decidimos fazer esta oferta para que as pessoas estabeleçam uma ligação de afetividade com as suas árvores: levam-nas para casa, plantam-nas e depois irão colher os seus frutos”, esclareceu. Ameixoeiras, macieiras, pereiras, romãzeiras… Estas foram apenas algumas das oito espécies entregues aos cidadãos de Rio Tinto, que podiam levar um máximo de três árvores para casa. Todos os inscritos deveriam ter mais de 18 anos, ser residentes em Rio Tinto e serem legítimos proprietários ou gestores de um jardim, quintal ou terreno na freguesia. A entrega das árvores foi feita mediante a assinatura de uma Carta de Compromisso, em que os cidadãos se comprometeram a plantar as mesmas no local indicado, durante o mês de março, e a cuidar delas de modo a garantir o seu correto desenvolvimento. Polícias e enfermeiros a plantar árvores. Para além desta iniciativa, a Junta de Freguesia de Rio Tinto assinalou o Dia da Árvore, dia 21 de março, de forma bastante original e diferente do habitual. Em diversos espaços da freguesia foi possível assistir à plantação de árvores realizada por alguns agentes da sociedade civil devidamente identificados. Polícias e bombeiros fardados, médicos e enfermeiros do centro de saúde de bata branca,

pessoal do INEM, entre outros, puseram as mãos na terra e, perante o olhar de inúmeros curiosos, plantaram árvores em diferentes locais da cidade. “Tratou-se de uma novidade, uma ação simbólica, com um efeito e impacto maior junto da população, que pretendeu alertar e sensibilizar para a causa ambiental”, referiu o presidente da Junta de Rio Tinto, que afirmou que a disponibilização de árvores para plantação nas diversas escolas da freguesia, que é já uma tradição, se manteve este ano. “Fizemos também a replantação de árvores em algumas zonas de Rio Tinto”, completou o autarca Nuno Fonseca.♦ Catarina Madureira


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SOCIEDADE

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

Águas de Gondomar assinala 15º aniversário

Há 15 anos que a Águas de Gondomar (AdG) é a entidade que assegura o fornecimento de água para consumo público e o tratamento de águas residuais no concelho. Para assinalar década e meia de existência, a empresa realizou um evento para festejar o seu 15º aniversário, no qual juntou todos os colaboradores da AdG. Esta ocasião foi uma oportunidade para relembrar o impacto positivo que a empresa tem tido nas áreas do ambiente, do desenvolvimento económico e da qualidade de vida, e em particular na melhoria da qualidade da água para consumo dos gondomarenses, que têm em suas casas uma das melhores águas do país, de acordo com um estudo recentemente publicado pela Entidade Reguladora do sector (ERSAR). Desde 2002 que a AdG é a responsável pela exploração do Sistema Municipal de Captação, Abastecimento de Água e Drenagem do concelho de Gondomar, bem como pela recolha e tratamento de águas residuais do município, “cumprindo com as exigências de um regular, contínuo e eficiente funcionamento do serviço público, e promovendo a melhoria da qualidade de vida dos seus clientes”. O contrato de concessão, por 30 anos, foi assinado em janeiro de 2002. De acordo com os dados disponibilizados pela empresa, a taxa de cobertura do sistema de abastecimento de água é de 100 por cento, e o consumo médio diário no início da concessão era de 26.650 metros cúbicos por dia. A capacidade do sistema vai

ser incrementada ao longo dos 30 anos de vigência do contrato, visando a resposta adequada a um consumo médio diário de 43.000 metros cúbicos por dia no final da concessão. Cerca de metade do investimento contido no Plano de Investimentos da AdG destina-se ao sistema de recolha e tratamento de águas residuais. Esse investimento tem como objetivo dotar o concelho de Gondomar de uma cobertura adequada de sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais. Há 15 anos, a AdG assumiu o compromisso de executar um ambicioso plano de modernização e ampliação de infra-estruturas no município gondomarense, tendo investindo até à data cerca de 45 milhões de euros. Orçada em cerca de 60 milhões de euros, a concessão à AdG tem como objectivo “atingir níveis de serviço de acordo com os padrões europeus, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de todos os gondomarenses”. A título de curiosidade, refira-se que o cidadão de Gondomar gasta em média 150 litros de água por dia, dos quais 120 litros são descarregados na rede de esgotos. ♦


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GASTRONOMIA

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

“Estrelas do Douro” vence concurso do Sável e da Lampreia

O restaurante “Estrelas do Douro” fez o pleno e venceu nas duas categorias do concurso do “Sável Frito e da Lampreia à Bordalesa”, integrado na 26ª edição da Festa do Sável e da Lampreia. Dos 24 restaurantes do concelho de Gondomar que participaram na iniciativa, o “Estrelas do Douro” foi a unidade de restauração que confecionou o prato de sável frito e de lampreia à bordalesa que conquistaram mais opiniões positivas do júri do concurso, presidido pelo chef Hélio Loureiro. Agradecendo aos restaurantes que participaram na Festa do Sável e da Lampreia, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, realçou a importância de apostar nas tradições concelhias e nos “pratos nobres” de Gondomar, como é o caso destas duas especialidades. “Basta que sejamos nós, genuínos”, reforçou Marco Martins, após a realização da prova e do anúncio dos vencedores do concurso gastronómico, na Quinta do Passal, em Valbom.

“O caminho do turismo é a autenticidade”, corroborou Hélio Loureiro na ocasião. Para o reconhecido chef, “a gastronomia faz parte de um povo, e sem ela seríamos iguais a tantos outros povos”, deixando por isso um apelo para que os restaurantes pratiquem e apostem na cozinha tradicional e local. Organizada pela Câmara Municipal de Gondomar, a XXVI Festa do Sável e da Lampreia arrancou com a dinamização do fim-de-semana gastronómico que, tal como o ano passado, se realizou junto à Casa Branca de Gramido, mesmo ao lado do rio Douro. Traçando um balanço “francamente positivo” desta iniciativa, o vereador do Turismo da autarquia, Carlos Brás, considera que o sável e a lampreia “são iguarias cada vez mais apreciadas e procuradas”. Relativamente ao fim-de-semana gastronómico, atividade dinamizada junto ao rio Douro e que marcou o arranque da Festa do Sável e da Lampreia, Carlos

Brás explicou que, provavelmente, “terá que ser reagendado para uma data mais tardia no próximo ano”. Isto porque “ainda havia alguma escassez de lampreia nessa altura, o que fez com que o produto tivesse preços menos interessantes”, esclareceu o vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar, recordando que, tanto o sável como a lampreia, “são espécies sazonais que aparecem no rio Douro, mais cuja afluência varia em função das condições climatéricas existentes”. Recorde-se que esta edição do fim-de-semana gastronómico contou com uma novidade. “Proporcionámos a todos os apreciadores do sável e da lampreia que ficassem a conhecer a Rota da Filigrana, através de um workshop realizado na Casa Branca”, recordou Carlos Brás, salientando ainda a “muita adesão” a esta atividade complementar.♦ Catarina Madureira

Classificação final “Sável Frito” 1º Estrelas do Douro 2º Clube dos Caçadores 3º Casa Lindo “Lampreia à Bordalesa 1º Estrelas do Douro 2º Margem Douro 3º Madureira Vera Cruz


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SOCIEDADE

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

Dia Internacional da Mulher celebrado em Gondomar

Inserido nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, a União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, em conjunto com a Associação das Donas de Casa de Gondomar, promoveu um momento especial dedicado a todas as mulheres do concelho. Esta iniciativa, que visou prestar uma homenagem ao sexo feminino em geral, contemplou a distinção de algumas personalidades (todas mulheres) que se distinguiram nas mais variadas áreas da comunidade em que estão inseridas. Perante uma plateia quase exclusivamente feminina, que encheu o auditório da Universidade Sénior de Gondomar, Maribel Gonzalez, presidente da Associação das

Donas de Casa de Gondomar, classificou as associadas desta coletividade como “mulheres empenhadas e sabedoras, interessadas em partilhar vivências e conhecimentos, sempre com boa disposição. Esta é a forma que encontramos para celebrar a cultura, a amizade e, sobretudo, a vida”, destacou. Para Maribel Gonzalez, o importante “é pensar no presente e no agora”, deixando de seguida um elogio à equipa de diretoras da Associação das Donas de Casa de Gondomar, “à qual tenho o orgulho de pertencer. Somos mulheres que choramos, rimos e sonhamos juntas, e deveríamos ser lembradas, amadas e admiradas todos os dias!”.

José Macedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, fez questão de recordar que o Dia Internacional da Mulher é assinalado pelo seu Executivo há 16 anos, “destacando, nesta data, as mulheres de Gondomar, nas pessoas da Associação das Donas de Casa de Gondomar, e através de vós, todas as mulheres que ao longo das suas vidas vêm lutando para ganhar espaços, batalhas e conquistas que lhes permitiram alcançar um lugar de destaque na sociedade”. Apesar de todas as conquistas feitas pelas mulheres ao longo do tempo, José Macedo quis alertar para o facto de ainda haver muito a fazer. “É importante refletirmos sobre as diferenças nos acessos a cargos e funções em relação aos homens, ou às empresas públicas e privadas, apesar de terem o mesmo, ou até mais nível de escolaridade; sobre a violência doméstica de certa forma consentida pelas autoridades e pela sociedade de uma forma geral, sobre a falta de legislação e instrumentos judiciais para uma proteção efetiva e para uma punição mais severa”, enumerou o presidente da União das Freguesias. Em relação às oito mulheres homenageadas nesta sessão, José Macedo explicou que “com a sua conduta e ação contribuíram para mostrar que não existem diferenças ao nível da competência, lutando sempre contra o preconceito – seja sexual, racial, político, cultural ou linguístico”, disse o autarca, considerando que cada uma delas, “nas diferentes áreas de intervenção, consolidou os alicerces sociais e o espirito de solidariedade”.♦ Catarina Madureira

As Mulheres Homenageadas Associativismo – Maribel Gonzalez Falar em associativismo no feminino é falar em Maribel Gonzalez, presidente da Associação das Donas de Casa de Gondomar fundada em 1994, e que há muito reivindica o estatuto de trabalhadora para as donas de casa. Artes – Alzira Braga (título póstumo) Alzira Braga foi e sempre será um nome incontornável na história da arte em Gondomar. Infelizmente a pintura e as artes plásticas ficaram mais pobres com o seu desaparecimento em 2016, no entanto será sempre lembrada com saudade não só pelo seu legado artístico, mas sobretudo pela sua imensa generosidade e simpatia. Cidadania – Grupo de Voluntariado Aproximar De forma livre, desinteressada e responsável, as voluntárias do Grupo Aproximar têm dedicado grande parte do seu tempo a ajudar o próximo e a fazer o bem junto daqueles que mais precisam e a quem a vida tem colocado alguns obstáculos. Desporto – Ana Rita Vigário Vencedora da Taça de Portugal de Ciclocross 2016/2017, o palmarés desportivo de Ana Rita Vigário, ciclista profissional da equipa Maiatos/Reabnorte, é vasto e tem sido conquistado graças ao esforço e dedicação da atleta jovinense. Um nome grande do ciclismo feminino no concelho e além-fronteiras. Emprego e Inclusão Social – Carla Vale Diretora do Centro de Emprego de Gondomar desde 2012, Carla Vale tem conseguido reunir consensos ao nível das instituições locais e centrais no combate àquele que é uma das grandes preocupações da sociedade – o desemprego e, muito concretamente, o desemprego jovem. Uma luta que de forma sustentada e acentuada tem sido ganha. Ciência – Dárida Fernandes Trata a Matemática por “tu” e tem proporcionado a crianças e seniores, nas suas aulas de Jogos de raciocínio, a desmistificarem a ideia de que os números são uma matéria difícil. E tudo isto através do apelo a metodologias didáticas não só ao nível dos exercícios individuais, dos desafios tecnológicos e da vertente mais lúdica. Educação – Esmeralda Pimenta Diretora do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis há quase uma década Esmeralda Pimenta tem conseguido não só aumentar o sucesso escolar dos mais de 2000 alunos que compõem o agrupamento, bem como fomentar a partilha, a parceria entre pais e comunidade escolar e civil, com particular atenção para as várias questões do ambiente, como é exemplo a horta, e que acabam por contribuir também na educação para a cidadania. Ação Social – Elisa Rocha Voluntária nos Capuchinhos a melhor palavra que define Elisa Rocha é: disponibilidade. Uma disponibilidade total, sem hora e dia marcado, para ajudar a cuidar de quem mais precisa. Uma disponibilidade desprendida exercida não só a igreja a que está ligada, mas também com a parceria que tem mantido com a União das Freguesias.


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PASSATEMPO

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OURIVESARIA

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

Candidatura da filigrana a Património da Humanidade

Os municípios de Gondomar e Póvoa de Lanhoso assinaram, no passado dia 22 de março, um protocolo de colaboração e compromisso que visa a “promoção conjunta de uma candidatura a Património da Humanidade”. O documento foi assinado pelos respetivos presidentes de Câmara, Marco Martins e Manuel Baptista, seguindo-se o registo da marca “Filigrana de Portugal” no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que será propriedade de ambos os municípios. Também foi encaminhado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros um pedido de registo da filigrana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, “cujo intuito máximo será depois candidatar este bem a Património Imaterial da Humanidade”. Nesta ocasião, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, sublinhou que “é importante que juntos enfrentemos este desafio para a marca da filigrana, que une os dois concelhos, seja uma marca de Portugal”. Já o seu homólogo da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, destacou a importância desta parceria para os dois concelhos, “pois é um exemplo do que os municípios podem fazer, neste caso, que certifiquem e valorizem aquilo que os une”. O protocolo prevê a “apresentação conjunta de uma candidatura tendente à certificação da Filigrana Portuguesa produzida nos dois concelhos”, a

“inscrição no Património Imaterial” e ainda a “definição em conjunto de uma estratégia de comunicação adequada aos fins em vista”. “A filigrana portuguesa representa a excelência da qualidade de produção manufaturada, reconhecida além-fronteiras, independentemente de ser produzida nos concelhos de Gondomar ou Póvoa de Lanhoso”, assumem aqueles municípios. Para ambos os concelhos, “o mais importante é preservar e valorizar esta arte ancestral para oferecer ao mundo o que de melhor e mais único se produz em Portugal no setor da ourivesaria”, já que “a filigrana portuguesa simboliza a história, a tradição e a herança que fazem parte integrante da nossa identidade cultural”. A filigrana é uma arte milenar, muito meticulosa, exigindo dos artesãos um trabalho de minúcia muito paciente, imaginativo e de grande destreza. Trata-se de uma arte que trabalha finíssimos fios de ouro, prata, subtilmente torcidos, que são depois aplicados a estruturas com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado, dando origem a obras de elevada complexidade, forma e riqueza estética. Os artesãos que trabalham nesta arte/ofício fazem-no, por norma, em pequenos ateliers, produzindo as peças de filigrana mais fina e melhor elaborada em todo o mundo, destinadas maioritariamente à ornamentação pessoal mas também à decoração de interiores.♦


OPINIÃO

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

O «Amor e Luz» Infelizmente já extinta, a Associação Cultural e Recreativa «Amor e Luz» foi uma coletividade com um importante papel na comunidade baguinense. Fundada a 26 de julho de 1944 por um grupo de amigos e conterrâneos, dos quais se destaca Agostinho Ribeiro, António Marques Ribeiro, Agostinho Peixoto e Sebastião Pacheco, entre outros, esta associação tinha a sua Sede na Rua do Crasto, nº 282 e tinha como fins aprovados nos seus estatutos homologados em 18.12.1944, a leitura de jornais, a prática de jogos lícitos, bailes, festas e o teatro. Foi aqui nesta colectividade, que possuía um amplo salão com palco e camarins, que se representaram muitas peças de teatro, sendo também uma das primeiras a adquirir um televisor onde a população assistia em massa a diversos programas, principalmente a jogos de futebol e um bilhar de snooker que movimentava muitos praticantes e permitiu arrecadar receitas para a manutenção das diversas actividades da agremiação. Detentora de um vasto espólio em taças e trofeus que seria interessante saber o seu paradeiro, foi também uma colectividade que promoveu a prática do atletismo, artes marciais (Kung-Fu) e futsal. Embora já não restem muitas «provas» da sua actividade, a verdade é que ainda existem muitos baguinenses que se lembram do «Amor e Luz», de frequentarem as instalações desta colectividade e de nelas terem vivido muitos e bons momentos e, também alguns menos bons, como tudo na vida. Contudo, a memória colectiva baguinense não pode esquecer o trabalho empenhado de muitos directores e sócios que por aqui passaram e a importância que a mesma teve em tempos que os espaços de lazer, desportivos e culturais eram escassos. ♦ Paulo Araújo

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A memória mineira de S. Pedro da Cova permanecerá na história de cada um Há décadas que se discute o futuro do antigo complexo industrial mineiro de São Pedro da Cova. As décadas passam, e a ruína persiste. Não sem beleza, não sem elegância. Da discussão entre a musealização do antigo complexo industrial mineiro; da permanência do antigo cavalete de extração de carvão; ou do desaparecimento destas edificações, a memória e identidade mineira da vila de São Pedro da Cova permanecerá na história de cada um. Oprimido, como o mais baixo da classe social, obstante da importância económica que o minério explorado detinha, São Pedro da Cova e o seu povo, só conheceram a glória após o encerramento da exploração de carvão. As características próprias desta comunidade mineira, isolada, criada pela miscigenação da população pré-existente e indivíduos de outras regiões do país, que, ao acaso, criaram ligações de partilha de valores e vivências comuns, não encerraram com a mina, permanecem, agora assumindo um novo formato. Uma nova imagem mítica do ser “Mineiro” começou a ser criada pelas gerações que não conheceram a “mina”. Uma imagem heróica, de seres carregados de bravura, contrasta com uma agonizante imagem de corpos cobertos de pó negro. Mas, a imagem heróica, conseguida, não sem sacrifício dos mesmos, perpetua nos seus descendentes. E vejam! Vejam no que eles se tornaram. A classe operária, que outrora se uniu em formidáveis lutas, sejam elas devido à precariedade no trabalho laboral ou aos baixos salários, estará orgulhosa de como os seus descendentes encaram as lutas atuais. E muitas são as que nos últimos 40 anos se fizeram e continuarão a fazer! Construíram-nos uma identidade. Vamos lutar por ela! ♦ Micaela Santos Curadora do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova


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OPINIÃO

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

Mas afinal, o Terapeuta da Fala só ensina crianças a falar? (1ª parte)

Como criar uma relação de confiança com o idoso!

Quando a maioria da população é questionada relativamente ao trabalho do Terapeuta da Fala, é frequente obterem-se respostas como “a Terapia da Fala é para as crianças” ou “a Terapia da Fala serve para ensinar as pessoas a falar O mesmo acontece aos termos aplicados para designar este profissional, como Professor ou Fisioterapeuta e, até mesmo, trocarem o termo sessões ou consultas por aulas. De facto, ainda existe um grande desconhecimento dos indivíduos em geral quanto à prática da Terapia da Fala. Deste modo, com este artigo pretende-se desmistificar as ideias erradas ligadas a esta profissão, bem como tentar alertar a população para a importância do Terapeuta da Fala nas suas vidas. Em primeiro lugar é importante frisar que, apesar do próprio nome da profissão induzir em erro, a Terapia da Fala não serve apenas para “ensinar a falar”. Na verdade, em Portugal o Terapeuta da Fala é o profissional de saúde que estuda, avalia, intervém e ajuda a prevenir alterações relacionadas com a comunicação humana e todos os processos e funções a esta associada, atuando também ao nível da deglutição. De uma forma mais clara, as áreas de intervenção da Terapia da Fala são: • A comunicação: sempre que o utente apresente algum tipo de dificuldade de interação, seja ela verbal (como por exemplo a fala ou a escrita) ou não verbal (como no caso da linguagem corporal ou expressão facial); • A articulação: quando ocorrem trocas, distorções ou omissões de sons durante a fala; • A linguagem: nos casos em que existem dificuldades ao nível da compreensão ou da expressão; estas dificuldades podem ser ao nível da linguagem oral ou escrita; • A voz: quando o paciente apresenta algum tipo de alteração vocal, como rouquidão, disfonia (dificuldade em produzir voz) ou afonia (ausência de voz), em situações de aperfeiçoamento ou alteração dos padrões vocais; • A disfluência/gaguez: nas situações em que no discurso do indivíduo se observem bloqueios, omissões, repetições, prolongamentos de sílabas e/ou pausas excessivas; • A motricidade orofacial: sempre que seja necessário estabelecer ou restabelecer as funções estomatognáticas (sucção ou ato de “chuchar”, mastigação, deglutição, fala e respiração); • A deglutição: nos casos em que o utente apresenta engasgos frequentes ou algum tipo de dificuldade no ato de engolir ou mastigar. Tendo em conta os campos de atuação do Terapeuta da Fala, não são só as crianças que necessitam do auxílio desta valência. Na realidade, e como é possível perceber esta atuação é muito mais abrangente, estendendo-se desde o recém-nascido ao idoso.♦

Para intervir com idoso e seus significativos é necessário adoptar estratégias complexas, de forma a ultrapassar a análise simplista “causa-efeito”, tão característica da abordagem linear. A confiança estabelecida entre cuidador e o idoso é a base para o sucesso da intervenção, só assim se consegue abrir caminho para a mudança. Como conquistar a confiança do idoso? - Trabalho próximo das pessoas: implica visitas regulares, promover o contacto, o diálogo; envolver as famílias/amigos. - Trabalho emocional: estabelecer/desenvolver relações interpessoais com o idoso e seus significativos. É fundamental conversar sobre as histórias e biografias destes idosos, conhecer as experiências, ter acesso a recursos que poderão ser utilizados na própria intervenção. - Trabalho flexível: procurar dar resposta às diversas necessidades que o idoso apresenta; personalizar o atendimento, reconhecer a singularidade de cada idoso; promover a articulação constante com redes de apoio formais e informais. A relação cuidador/idoso deverá colocar ênfase nas soluções, no poder de escolha, nas capacidades, no que funciona melhor, em detrimento dos défices/problemas que, constantemente, parecem ser insolúveis. É importante diluir estereótipos/preconceitos e desenvolver as relações de confiança e proximidade entre profissionais, clientes e seus significativos, concedendo voz a todos, considerando todas as opiniões, contribuindo para a criatividade e inovação, potenciando a autonomia e gerando sentimentos de integração, utilidade e satisfação entre todos. ♦

Terapeuta da Fala, Fátima Santos Clínica Rio Tinto

Soraia Salgado Assistente Social da CliniCuidados ®


OPINIÃO

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Um Problema Permanentemente Está a chegar a Qualific@! Adiado A Exponor prepara-se para receber, de 16 a 19 de março de 2017, mais uma edição da Qualific@- Feira de Educação, Forma-

Nos últimos anos, tem decorrido a avaliação de alguns parâmetros relativos ao estado ecológico do rio Tinto. O relatório final da fase de monitorização chegou-nos às mãos recentemente. Os dados revelam “que o rio Tinto se encontra degradado, sofre pressões provocadas pela ocupação das margens por áreas urbanas, industriais e agrícolas, pela presença de problemas a nível das redes de saneamento e das águas pluviais, afluentes com níveis de poluição elevada, pela deterioração das suas margens e pelas estruturas de regularização do seu percurso.” Enfim, um cenário que todos conhecemos, mas que agora é profundamente ilustrado com resultados analíticos claros que não deixam quaisquer dúvidas. O estudo confirma o impacto das descargas das ETARs (Meiral e Freixo) e das descargas de esgo-

tos domésticos na ribeira da Granja. A prometida eliminação destas violentas agressões tarda a sair do papel. Está prometida para breve a eliminação do foco de poluição localizado na ribeira da Granja. Contudo, temos de continuar a esperar. Frequentemente as promessas não resultaram em medidas eficazes e definitivas. A remodelação da ETAR do Meiral foi um bom exemplo dessa prática. Os resultados das análises das amostras recolhidas ainda em Valongo, são reveladores de um problema permanentemente adiado e que não tem merecido praticamente nenhuma atenção da parte das Empresas de Águas e das Câmaras Municipais. O rio Tinto já não nasce bem e ao longo do seu percurso a sua qualidade vai-se degradando. Os resultados não podiam ser mais óbvios. Em todo o seu percurso o rio é, cirurgicamente, agredido por ligações de esgotos diretas ou indiretas (através das linhas de águas pluviais), que não o deixam ter uma vida tranquila e saudável. Os problemas do rio estão diagnosticados e há soluções. Fiscalizar as ligações ilegais ao rio parece não ser uma prioridade. Falta a vontade política para atacar o problema de frente e em ano eleitoral os votos serão uma prioridade. O nosso rio terá mais uma vez que esperar…♦ Paulo Silva Movimento em Defesa do Rio Tinto

ção, Juventude e Emprego. A iniciativa mobiliza mais de 30.000 jovens e abrange várias áreas de interesse, desde a educação, a formação, a juventude e a empregabilidade, passando pelas novas carreiras nos domínios da tecnologia, artes e desporto. Trata-se, no fundo, de um importante momento de networking, potenciando o encontro entre professores e alunos, entre expositores e visitantes, num ambiente muito atrativo e informal, com vantagens para todos: - a participação dos mais novos permite-lhes conhecer ofertas nacionais e internacionais de qualidade; - os pais e encarregados de educação têm a oportunidade de conhecer todo um manancial de rumos profissionais possíveis e ficam mais preparados para apoiar as decisões dos seus educandos; - aos professores e formadores é dada a possibilidade de contactar com escolas, projetos educativos e pedagogias diferentes, sendo que esta edição dará especial enfoque às novas formas de ensino e aos desafios de incorporação da tecnologia na sala de aula e no currículo escolar; - os expositores encontram na Qualific@ uma montra, por excelência, do que melhor fazem. Aliás, disso tomou boa nota o Município de Gondomar, que é já participante regular do certame, concentrando no seu stand a oferta formativa do concelho. A ourivesaria marca aí presença através do CINDOR, como não poderia deixar de ser, sendo que o centro integra também o espaço do IEFP. Fica a dica, pois, para a organização de visitas de estudo pelas escolas ou para um bom programa de fim-de-semana para as famílias! ♦ Eunice Neves Diretora do CINDOR


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DESPORTO

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Filipe Madureira: piloto de ralis e embaixador da CED o que fez com que acabasse por concordar com a participação do filho em provas de competição automóvel.O início na competição automóvel aconteceu em 1997, competindo no seu primeiro rali de iniciados, no qual participaram 43 concorrentes. O piloto gondomarense, sem qualquer tipo de assistência, a não ser o apoio da família e amigos, que custearam a gasolina do carro, classificou-se em 22º lugar da geral e venceu a classe de 1300 cm3. Depois de ter estado ausente do primeiro rali da época anterior, Filipe Madureira encetou uma série de seis pódios em seis provas no Grupo X1, mostrando uma rapidez e regularidade que lhe permitiram sagrar-se campeão. Filipe Madureira, nascido a 24 de novembro de Por isso, Filipe Madureira é o novo Campeão 1974, começou a competir como piloto de au- Regional de Ralis – Norte no Grupo X1, depois tomóveis em 1997, conquistando o seu primeiro de ter subido ao pódio da categoria no Rali Vale grande título em 1999, ano em que se sagrou Campeão Nacional de Ralis – Iniciados. Depois disso, conquistou mais dois títulos de relevo: em 2005, foi Vice-Campeão Nacional de Ralis – Promoção; em 2016, sagrou-se Campeão Regional de Ralis – Norte no Grupo X1. A história deste piloto gondomarense é fácil de contar. Desde criança “envolvido” com os automóveis (o seu pai era proprietário de uma oficina auto, ramo onde sempre trabalhou), conseguiu, em 1996, convencer o seu progenitor, que era contra a sua participação em corridas, a assistir a uma prova de autocross. Dessa forma, Filipe Madureira viu a resistência paternal esbater-se,

do Paiva, em Arouca. O piloto de Gondomar, embaixador da CED - Cidade Europeia do Desporto 2017, regressou aos títulos num final emocionante. O piloto gondomarense há muito perseguia um novo título para a sua carreira e consegui-o, no primeiro fim-de-semana de novembro do ano passado, em Arouca, onde se sagrou Campeão Regional de Ralis – Norte no Grupo X1. Ao volante do pequeno Nissan Micra, o piloto gondomarense sabia que não era o favorito ao título mas manteve a pressão sobre o seu adversário direto e conseguiu mesmo o seu grande objetivo, além de ter sido o primeiro classificado da categoria no Rali Vale do Paiva, sétima e última prova da temporada. “Partíamos como outsiders na luta pelo título bemos da sua desistência quisemos apenas evitar mas atacámos desde o primeiro troço e ganhámos erros e chegar ao final do rali. Este título é muitempo ao nosso adversário direto. Quando sou- to saboroso porque é um prazer guiar um carro como o Nissan Micra no limite. Como o carro não é muito potente, temos que superar todos os limites para andar nos primeiros lugares e isso dá um gozo enorme. Quero dedicar este título aos patrocinadores, pela confiança que demonstraram no projeto, aos nossos amigos e à Cristina Silva porque este é o carro de treinos dela! Uma palavra também para os nossos adversários, até porque muitos deles mostraram sempre um grande espírito de camaradagem. Somos novamente campeões e isso é sempre especial, seja em que campeonato for”, afirmou Filipe Madureira, que em Arouca voltou a ter como navegador Emanuel Gonçalves. Na presente temporada desportiva, Filipe Madureira pretende “montar um projeto mais sério, com um carro mais competitivo. No ano passado, voltámos a dar um excelente retorno aos nossos patrocinadores. Espero que surjam apoios para podermos encarar a corrente época com objetivos mais ambiciosos, até porque teremos um ano importante em Gondomar, com a Cidade Europeia do Desporto, da qual sou um dos seus embaixadores”, concluiu o piloto gondomarense. De referir que, no 12º Rali Gondomar, disputado a 17 e 18 de março, Filipe Madureira pilotou o carro zero, ocupando o lugar de navegador, o vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Carlos Brás.♦


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Taça de Portugal: Sporting de Espinho bate Benfica e conquista troféu

Contra todas as previsões, o Sporting de Espinho conquistou, pela décima segunda vez, a Taça de Portugal de voleibol, ao bater o Benfica, vencedor das últimas duas edições, por 3-0, na final disputada no Pavilhão Multiusos, em Gondomar, cuja prova esteve integrada na Gondomar Cidade Europeia do Desporto 2017. O Benfica era o principal candidato à vitória na “final four” da Taça de Portugal de voleibol, na qual iria discutir o acesso à final com o Castelo da Maia, enquanto Sporting de Espinho e Fonte do Bastardo disputavam a outra meia-final. A ‘final four’ da Taça de Portugal, que decorreu nos passados dias 11 e 12 de março, no Pavilhão Multiusos de Gondomar, juntou os atuais quatro primeiros classificados do Nacional, que tem

como líder invicto, ao fim de 21 jornadas e quando falta apenas disputar uma, o vice-campeão Benfica. A formação ‘encarnada’, que em outubro de 2016 abriu a época com a vitória na Supertaça, com um triunfo por 3-0 frente ao campeão Fonte Bastardo, em Viseu, apresentava um saldo 100% vitorioso face às restantes três equipas finalistas. No ‘mini’ campeonato a quatro à margem do restante Nacional ao longo da presente temporada, o Benfica venceu todos os seis jogos que realizou com Fonte do Bastardo (1-3 fora e 3-0 na Luz), Sporting de Espinho (1-3 fora e 3-1 na Luz) e Castelo da Maia (0-3 fora e 3-1 na Luz). O Sporting de Espinho, segundo classificado da primeira fase do Nacional, com 18 vitórias e três derrotas – duas das quais frente ao Benfica – soma três vitórias frente aos finalistas, duas sobre o Fonte do Bastardo (2-3 fora e 3-2 em casa) e uma sobre o Castelo da Maia (0-3 fora). O Castelo da Maia já venceu esta temporada em casa do Sporting de Espinho, por 3-2, e, mais recentemente, na receção ao Fonte do Bastardo, por uns expressivos 3-0, depois da equipa insular ter vencido os maiatos na ronda inaugural por 3-1. O sorteio da ‘final four’ ditou que o primeiro finalista saísse do encontro entre o Castelo da Maia e o Benfica, com os “encarnados” a superarem os maiatos por 3-2. O outro embate entre Sporting de Espinho e Fonte do Bastardo, que decidia o segundo finalista, terminou com o triunfo (3-0) dos espinhenses.

Os ‘tigres’ impuseram a primeira derrota ao Maia, após o triunfo por 3-0 sobre o Benfica, em Benfica nas competições internas esta tempo- Gondomar.♦ rada, com os parciais 25-18, 25-19, 25-22, em uma hora e 25 minutos. O Sporting de Espinho, que não vencia a prova há nove temporadas, passou a somar 12 títulos da Taça de Portugal, menos quatro do que o Benfica, recordista de troféus. Entretanto, de registar que Miguel Maia, capitão do Sporting de Espinho é, aos 45 anos, um caso raro de longevidade no desporto nacional e somou mais um título ao seu extenso palmarés ao capitanear o Sporting de Espinho na conquista da Taça de Portugal de voleibol. “Regressar às vitórias é importante para um clube histórico como o Sporting de Espinho, líder a nível de títulos em Portugal, e de realçar que ganhámos a uma grande equipa”, disse Miguel


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Quinta-feira, 30 de Março de 2017

CULINÁRIA Atum à Brás Ingredientes:

3 latas de atum em conserva 3 dentes de alho 1 Cebola 1 emb. batata palha 6 ovos azeite salsa q.b. sal e pimenta

Preparação:

1. Num tacho coloca-se um fio de azeite com a cebola e o alho cortados finamente até alourar. 2. Junta-se o atum escorrido do óleo e tempera-se de sal, pimenta e salsa e deixa-se refugar um pouco não deixando pegar. Retire do lume. 3. Fritam-se as Batatas em palitos finos que se vão envolvendo no preparado anterior. 4. Batem-se os ovos com um garfo. 5. Leva-se o preparado do atum novamente ao lume e misturam-se os ovos mexendo sempre. 6. Acompanha com salada de alface.

ANEDOTAS


Ficha Técnica: Fundado em 02/01/2014 Jornal Regional Mensal

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DIVERSOS

Quinta-feira, 30 de Março de 2017

PATRULHA DE GONDOMAR

EDITORIAL

PASSATEMPOS Compilado por Hugo Azevedo, do Centro de Estudo de Matemática de Rio Tinto. Pode consultar as soluções destes passatempos na nossa próxima edição ou na página do Centro de Estudo de Matemática no Facebook.

Fundadores: Luís Morais Ferreira Mário Silva Magalhães

Ao nono dia deste mês, o Centro de Emprego de Gondomar assinalou, com pompa e circunstância, o seu 25º aniversário. Esta instituição, liderada actualmente por Carla Vale, tem trabalhado em conjunto com as empresas, as associações, a Autarquia e com os gondomarenses; contribuindo para a procura de respostas ao nível do Emprego e da Qualificação de Recursos Humanos.♦

Propriedade: Nós Aqui - Palavras e Letras, Lda NIPC: 513 832 726 Registo da ERC: 126451

Neste Sudoku as regras são idênticas: escrever de 1 a 9 em cada linha, em cada coluna e em cada conjunto de quadriculas separadas pelo traço mais grosso.

Director: Luís Morais Ferreira Director Adjunto: Mário Silva Magalhães Editor: Luís Morais Ferreira Carteira Profissional Jornalista nº 7349 Redacção: Luís Ferreira, Mário Magalhães, Angelo Figueiredo, Sara Alvarenga, Luís Morais Ferreira, Catarina Madureira, Mariana Moreira (Edição Facebook), Natália Pereira, Eunice Neves, Marta Macedo e Paulo Silva Sede de redacção: Rua do Repelão, nº 370 - Loja 14 4510-649 Fânzeres Contactos: 919 088 043 - Redacção 939 474 864 - Publicidade geral.nosaqui@gmail.com Impressão: Gráfica de Paredes, Lda Praça Capitão Torres Meireles, 34 4580-873 Paredes Depósito Legal nº: 395663/15 Tiragem: 4.000 mil Exemplares

PRÓXIMA EDIÇÃO

27 de Abril de 2017

Finalmente! É o que se pode dizer sobre a questão dos resíduos industriais perigosos de São Pedro da Cova, provenientes das antigas instalações da exSiderurgia Nacional. Estamos a falar de detritos com teores muito elevados de chumbo, cádmio, arsénio e zinco, conforme atestou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Abril de 2011. Recentemente, durante a visita ao Parque das Serras do Porto, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, confirmou a disponibilização de uma verba na ordem dos dez milhões de euros para a remoção das 125 mil toneladas de detritos tóxicos que ainda estão enterrados nas escombreiras das antigas minas da freguesia. O governante revelou ainda que está prevista a abertura de um concurso público internacional, que será lançado no próximo mês de Julho. São Pedro da Cova vai livrar-se, finalmente, dos resíduos perigosos que há anos demais ‘assombram’ a freguesia? Ou será que não? A minha desconfiança é, no mínimo, aceitável, pois ao longo dos anos fomos assistindo a vários avanços e recuos neste processo devido ‘ao tempo político’. Esperemos que desta vez a remoção total dos resíduos industriais perigosos seja, efectivamente, uma realidade. Até breve caros leitores! Luís Morais Ferreira

Dificuldade: Fácil

Kakuro - Coloque número de 1 a 9 em cada quadrícula de modo a que a soma de todos os números em cada linha ou coluna se iguale ao número da dica associada a ela e que nenhum número esteja duplicado.

Actualmente, em Baguim do Monte, o simples acto de levantar dinheiro numa Caixa Multibanco tornou-se, no mínimo, pouco prático. Isto porque apenas existe uma na freguesia e está instalada no interior de uma grande superfície comercial. Ou seja, fora do horário de funcionamento deste hipermercado é impossível levantar dinheiro em Baguim do Monte.♦

Dificuldade: Médio

Soluções da edição anterior:



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