Impacto 07

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Capela do Jacu investe no potencial turístico

Na História

O cruzeirense Márcio Tomaz Bastos recebeu das principais autoridades da política, do judiciário e do empresariado as homenagens que o classificam como uma das grandes personalidades da história da advocacia brasileira. Aos 79 anos, Márcio Bastos morreu na quarta-feira (20) vítima de problemas pulmonares. Página 03 As cachoeiras, as piscinas naturais, o clima e a exuberante paisagem da Serra da Mantiqueira motivam a Capela do Jacu, em Lavrinhas a traçar novos rumos e a mudar de perfil. No passado, terra de índios Puris, de grandes cafezais e de fazendas de leite. No futuro, que já começou, a Capela do Jacu entra na rota dos grandes centros de turismo do eixo São Paulo – Rio de Janeiro. Página 08

Na Cadeia

O cruzeirense Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás, foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Duque está no centro do maior escândalo de desvio financeiro da história da Petrobrás. Aos 65 anos, o cruzeirense acumulou valioso patrimônio e contas milionárias no exterior, segundo a polícia. Página 03

N.A. ROCHA – Lar e Construção Cruzeiro, 22 de novembro de 2014 - Ano 1 - nº 07 - Circulação Cruzeiro e Região

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Homem despenca de telhado e morre

O eletricista Raimundo Luiz de Matos, de 52, morreu na madrugada de sexta-feira (21) após cair do telhado de uma construção na Rua São Luiz, no Jardim São José, na manhã do dia anterior. Depois de socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiro, homem foi internado no setor de emergência da Santa Casa, O trabalho é minucioso. Nada pode passar despercebido. Cada traço e cada detalhe histórico são mas não resistiu. O 3º DP, na Vila Ana Rosa, abriu inquérito considerados na oficina de restauração de locomotivas a vapor da ABPF (Associação Brasileira de para apurar as causas do acidente. De família do barro rural Preservação Ferroviária) em Cruzeiro. Quando reconstruídas, as Marias Fumaça geram o fascínio do Brejetuba, Raimundo Luiz de Matos residia na Rua Jandira Tomaz, no Bairro do Pontilhão nos trilhos da história. Página 05

Preso guarda que matou Cavalão

Acusado de envolvimento no assassinato de Ronaldo Rodrigues Freire, o Cavalão, em 2012, foi preso Wagner Rodrigo Freire, de 34 anos. O acusado foi capturado durante blitz da PM na Rua Rodolfo Moreira, no Parque Três Marias. A polícia também constatou que o carro dirigido pelo acusado era clonado. Página 04

Uma cidade sem planejamento “O Plano Diretor do Município e a Lei de Zoneamento urbano são fragmentados e desatualizados. Há muitos anos não se discute a cidade que queremos e a forma de ocupação que desejamos”. O enfoque é do advogado Antônio Claret em sua coluna semanal. Página 02


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O IMPACTO da Notícia

O IMPACTO – HISTÓRIA A História da Água (II)

Alguns anos antes do início da construção da Ferrovia Cruzeiro – Minas, a companhia inglesa The Minas And Rio, concessionária do governo do Império, tratou da estrutura – o chamado canteiro de obras – para estocar materiais e abrigar os operários. Quando a história cita que a obra da nova ferrovia foi inicia em 21 de abril de 1881, é necessário saber que, antes, muito trabalho houve na construção dos prédios do almoxarifado, dos alojamentos e da residência oficial dos engenheiros ingleses. Parte da estrutura a companhia inglesa aproveitou da construção, em 1875, da Ferrovia Rio – São Paulo. Para assegurar o abastecimento de água para o canteiro de obras, a The Minas And Rio construiu reservatórios elevados. Vagões tanques transportavam a água captada em ribeirões nas regiões de Lavrinhas e de Queluz. Da estrutura montada, apenas a residência oficial do engenheiro Herbet Hunt não dependia dos vagões. Construída no topo do morro (hoje chamado de Morro dos Ingleses), a residência contava com sistema próprio, a primeira da região a ter água encanada, aquecida em serpentina e com instalações sanitárias internas. Para chegar ao reservatório da residência, o líquido era captado no Córrego da Granja e bombeado através de “carneiro”, nome dado a um modelo de bomba mecânica sem uso de energia elétrica. Ainda hoje, o “carneiro” é usado em algumas propriedades rurais. Após o término das obras da ferrovia, em meados de 1884, surgiu o Povoado da Estação do Cruzeiro motivado pelo fluxo de trens de passageiros e de cargas entre os três estados. Em menos de cinco anos, o povoado havia ocupado boa parte da área do canteiro de obras da ferrovia. Menos de vinte anos depois, em 1901, ano da transferência da

Casa de herbert Hunt, a primeira da região dotada de água encanada

sede administrativa, o Povoado da Estação do Cruzeiro havia dobrado de tamanho e chegava aos cinco mil habitantes. Como garantir água para todos? Um documento de 1903, da Câmara da Vila do Cruzeiro, revela que o abastecimento ainda dependia de trens tanques da ferrovia. Diariamente, a composição vinda de Minas Gerais reservava um vagão para a distribuição de água aos moradores no pátio da Estação Central. O documento arquivado na Câmara Municipal trata de um requerimento, assinado por seis vereadores, encaminhado à Assembléia Legislativa do Estado com pedido de liberação de 100 contos de reis para a implantação de canalização de água. No requerimento, o argumento revela o rápido crescimento do povoado incentivado pelas duas ferrovias e cita ainda epidemia de febre amarela devido à precária condição sanitária, “que ceifou algumas vidas, sendo preciso o auxílio do Governo para a extinção desse mal”, cita o requerimento datado de 25 de julho de 1903. A liberação dos 100 contos foi fundamental para que o prefeito Coronel José de Castro construísse em 1910 a adutora de quatro polegadas a partir do

Rio Água Limpa, na base do Pico da Gomeira, na Serra da Mantiqueira. Após a obra, José de Castro também investiu na rede de esgoto. Naquele tempo, o perímetro urbano de Cruzeiro formava o quadrilátero entre as ruas 1 e 6, da Othon Barcelos até a ferrovia mineira. Com a explosão de crescimento motivada pela instalação do Frigorífico Cruzeiro a partir da década de 1920, da instalação das Oficinas da Rede, da AGEF e da Rotunda nos anos de 30 e ainda da FNV no início da década de 1940, a cidade voltou a enfrentar a escassez de água. A adutora da Água Limpa já não supria a demanda. Ampliar o sistema de abastecimento, prioridade absoluta da Prefeitura, mobilizou os políticos. Eleito prefeito em 1948, o médico Antônio Pimentel lançou o ousado projeto de captação no Rio Paraíba e fez surgir a maior polêmica da história. Por que captar água no Paraíba se temos água pura e cristalina na serra? Com forte argumento, surgiu a epopéia avelinista, nome dado à corrente política dominada por Tranquelino Avelino de Freitas Júnior, líder político que fez da água seu trampolim e que mudou os rumos da história de Cruzeiro. Assunto para a próxima edição.

Uma cidade sem planejamento O Plano Diretor do Município e a Lei de Zoneamento urbano são fragmentados e desatualizados. Há muitos anos não se discute a cidade que queremos e a forma de ocupação que desejamos, enfim, o que queremos de futuro para nossa cidade e seus habitantes. Ao longo desses muitos anos, conforme o interesse de cada governante e sem que a sociedade fosse consultada, foram votadas diversas modificações na lei, que estão transformando Cruzeiro numa espécie de monstro sem cabeça. Resultado disso é uma cidade totalmente desorganizada, seja na forma com que estão ocupando seus espaços vagos, seja no trânsito, seja na disposição do comércio, na qualidade das construções, etc. Com relação à ocupação, passamos anos tentando obter uma saída para a Dutra e vem uma administração e faz com que Cruzeiro cresça no sentido contrário, pressionando ainda mais o BIOMA Serra da Mantiqueira que assiste cada vez mais próxima a população. Isso contraria

Dr. Antônio Claret

ainda a decisão de desocupação do Entre Rios. Enquanto o Ministério Público tenta afastar a população dos mananciais, a Prefeitura tenta aproximar, num claro retrocesso ambiental. E, pior, a prefeitura autorizou um loteamento ao lado de um distrito industrial e sem tramaneot de esgoto, com o dejetos lançados no córrego da Barrinha. O trânsito de Cruzeiro mais parece uma piada de mal gosto. Mal fiscalizado, mal planejado, com inversões de mãos, proibições e permissão de estacionamento, sem uma ciclovia sequer, sem

Minha namorada estava nua na frente de um espelho e ela não estava feliz com o que via. - Eu estou gorda e feia. Eu realmente preciso de um elogio agora. Ao que eu respondi: - Bem, a sua visão está perfeita! Qual o seu nome? — Abu Adidalah Sarafi. — Sexo? — Quatro vezes por semana. — Não, não! Homem ou mulher? — Homem, mulher... algumas vezes camelo também

qualquer medida tendente a limitar o trânsito de veículos caminhões e de passeio privilegiando o transporte coletivo. Diversos bairros foram inchados sem que houvesse o aumento de serviços públicos municipais. Sobrecarga no esgoto pela construção de condomínios com dispensa de tratamento dos dejetos. Dúvidas sobre a melhor forma de cobertura das ruas, se calçamento com pedra, blocos ou asfaltamento. Isso tende a piorar com o passar dos anos, criando situações cuja reversão poderá extremamente dolorosa e custosa para a população. O pior de tudo é que cassa-se uma prefeita, entra outro, e nada de planejamento, nada de discutir com a sociedade as medidas para dotarmos Cruzeiro de uma planejamento de longo prazo e uma lei de zoneamento decente e moderna. Isso se chama incompetência, falta de respeito para com os habitantes, falta de amor pela cidade e, principalmente, falta de seriedade no trato com a coisa pública.

Diga-me Manoel, tua mulher faz sexo com você por amor ou por interesse? — Olha Joaquim, eu acho que é por amor... — Como é que você sabe? — Porque ela não demonstra nenhum interesse! A mulher avisou ao marido que agora só ia dormir de calcinha preta. O marido perguntou: — Calcinha preta? Ela respondeu: — Pinto morto, perereca de luto!

O advogado, no leito de morte, pede uma Bíblia e começa a lê-la avidamente. Todos se surpreendem com a conversão daquele homem ateu, e uma pessoa pergunta o motivo. O advogado doente responde: — Estou procurando alguma brecha na lei!

A esposa diz: — Tens que dizer ao nosso filho para não casar com aquela Bruxa! O marido responde: — Não digo nada, quando foi a minha vez ninguém me avisou!

EXPEDIENTE Empresa Paulo Antônio de Carvalho CNPJ 28.813.130/0001-50 • Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho • Comercial – Silvana Carvalho • Fotos – Daniella Cruz e Manoel Felipe Rua José Florindo Coelho, 409 - Cruzeiro | SP - Cep.- 7712620 - Telefone – (12) 31 452709

22 de novembro de 2014

Como gerenciar o seu conhecimento Um dos itens que mais atormenta a mente dos jovens é a qualificação profissional. Devemos admitir que até um certo tempo atrás era bem mais fácil administrar a situação. Hoje, vivemos num mundo cheio de incertezas, altamente competitivo e que possui uma demanda acima do normal de profissionais em cada segmento. O que fazer então para não ficar obsoleto e ao mesmo tempo conseguir identificar o que estudar. Uma palavra não pode ficar de fora desta reflexão: foco. Sem o objetivo traçado, a chance de sucesso é menor. O que vejo no dia-a-dia como consultor é que o mercado analisa mais competência do que currículo. É muito comum verificarmos que a multiespecialização hoje está mais do que nunca em alta. Um profissional que tenha uma formação diversificada tem uma visão mais ampla da vida e do contexto. Os especialistas recomendam que o gerenciamento do conhecimento adquirido seja a tônica do seu desenvolvimento. Analise bem o que quer fazer e que competências precisará para atingir o seu objetivo. Agregue valor ao seu perfil. E

Jorge Luiz Conde

procure como num planejamento estratégico diminuir ao máximo seus pontos fracos. Um exemplo básico: Vamos imaginar que uma de suas deficiências seja os números. Mesmo que odeie o cálculo, procure aperfeiçoar seus conhecimentos na área. Quem sabe num futuro próximo poderá surgir uma vaga onde o conhecimento da área de Exatas seja requerido. Tendo competência para tal, suas chances aumentarão e muito! Devemos buscar especialização nas áreas onde poderão surgir as chances que você está interessado. Além do mais, seu currículo será enriquecido enquanto adquire novos conteúdos. Não pare. Não acomode. Busque sempre a cultura. Treine bastante. Só assim você poderá ter mais chances que os outros. Não se contente com o que já tem. Pois pode não ser o bastante em um mês. Mas não esqueça do foco. Sem ele, o seu gerenciamento pode ser estar indo em uma direção diferente daquela planejada. E isto não é bom. Saiba que a humildade para reconhecer as limitações também é fator fundamental. Nunca ache que sabe o

suficiente. Adquira sempre novos conhecimentos. Esta é uma regra básica dos vencedores: sempre correm e treinam mais que os outros. É primordial estar sempre controlando, analisando seu currículo, como se ele fosse sua empresa. Ele é o seu principal ativo. Portanto não se esqueça de corrigir a rota sempre. Só assim você evitará que seu barco profissional fique à deriva nos mares revoltos do mercado atual.

O barulho da carroça Marcelo de Elias

Conheço uma estória mais ou menos assim: "Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque. Ele se deteve em uma clareira e depois de um pequeno tempo me perguntou: - Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos por alguns segundos e respondi: - Ouço o barulho de uma carroça. - Isso mesmo, disse meu pai, é o barulho de uma carroça vazia. Perguntei intrigado: - Como pode saber se a carroça está vazia se ainda não a vimos? - Ora, respondeu meu pai, é muito fácil saber se uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz". Esse pequeno texto nos leva à reflexão: Você já percebeu que quando encontramos uma pessoa que vive tentando se afirmar pelo que diz, que grita a fim de intimidar os outros, que interrompem os demais, que agem com uma grossura inoportuna, e que tentam demonstrar que são donos da verdade e cheios de razão são exatamente as pessoas mais

Marcelo de Elias é palestrante, escritor e consultor especializado em comportamento, estratégia e gestão de pessoas. www.marcelodeelias.com.br

vazias? Isso é natural. Quando não se tem muito conteúdo, tenta-se compensar de outra forma, seja pela mentira, grosseria ou prepotência. Precisamos sim investir em nosso marketing pessoal, porém, se não tivermos bom senso, seremos uma verdadeira mentira, com muito a dizer e pouco a acrescentar. Já percebeu que os verdadeiros

gênios são mais discretos que muitos "barulhentos de plantão"? Isso me faz lembrar aquele ditado: "O vento não precisa soprar para provar sua existência". As pessoas que exalam sucesso, simpatia, competência, sinceridade e autocontrole não precisam provar o que são nem mostrar o quanto sabem. Elas são admiradas e respeitadas naturalmente. Conheço pessoas, infelizmente até mesmo alguns colegas popstars de profissão, que inventam milhões de estórias, falam de clientes que nunca existiram, cursos que nunca fizeram e de eventos que nunca aconteceram. Tudo para tentar mostrar aquilo que não são. Avalie-se. Será que estou promovendo minha imagem da maneira correta ou estou forçando demais? Tenho dado mais ênfase em ouvir as pessoas ou em falar? Minhas conversas giram em torno de mim ou coloco-me no lugar do outro? Tento mostrar que sempre estou com a razão ou reconheço quando erro? Pense nisso, estude, aprenda, mude... Senão corremos o risco de também sermos carroças vazias.

A pedagogia da presença: o início do fim da solidão! Eduardo Ferreira de Castro.

Caros leitores. Vivemos num mundo em que o individualismo impera de maneira cada vez mais acentuada. Vários são os fatores que têm contribuído para essa nova realidade. Ao mesmo tempo em que estamos conectados com o mundo, estamos sofrendo desta profunda solidão, pois nossos relacionamentos, cada vez mais virtuais, nos trazem o distanciamento do outro. É muito comum encontrarmos em diferentes grupos sociais as pessoas próximas fisicamente, porém distantes umas das outras, cada um em seu celular, smartphone, tablet... Enfim, a realidade digital nos coloca diante do mundo e muito longe uns dos outros! Este distanciamento, caros amigos leitores, é percebido com nitidez nas relações que travamos no dia a dia com o nosso “próximo”, que hoje está cada vez mais distante. É fácil perceber numa conversa a fala isolada de seus interlocutores, cada em sua realidade sem se atentar para a fala do outro, como se estivessem desenvolvendo um monólogo e não um diálogo. A situação seria cômica, se não fosse trágica! Não dialogamos mais. Nós, agora, “monologamos”! Falamos sozinhos sobre nossas angústias e compartilhamos nossas alegrias com aquele que, embora pareça estar nos ouvindo, está, na verdade, em seu próprio mundo. E este fenômeno tem se alastrado socialmente. O volume e a rapidez das informações têm sufocado e, ao mesmo tempo, causado um alto nível de ansiedade na população. Esta ansiedade provoca o isolamento, uma vez que traz a sensação de que não há tempo para que todas as demandas apresentadas sejam resolvidas. Se “não há tempo”, não temos condições de dar atenção ao outro, porque estamos muito preocupados em resolver os nossos problemas.

Vejam que lógica perversa! Mas é exatamente esta a realidade em que estamos vivendo. Esta realidade, inevitavelmente, se transporta para nossas instituições de ensino, mesmo porque estão inseridas nesta mesma sociedade, são parte dela. Curioso, que, num rico espaço de convivência, de relacionamentos presencias e não virtuais, o fenômeno do individualismo acentuado também tem se mostrado presente. As pessoas estão próximas, mas estão distantes. Esquisito assim mesmo, mas fato real! Os estudantes com absurdas dificuldades de comunicação entre si e com seus professores. Os professores, por sua vez, tentando encontrar o melhor caminho para se fazerem entender por seus alunos e entre os próprios pares. Os gestores, numa luta inglória, muitas vezes, tentando uma aproximação com as famílias, que também estão em seu próprio mundo, desconectadas, muitas vezes, da realidade de seus filhos nas escolas. A sociedade, também responsável pela educação, perdida neste universo cósmico da rede mundial virtual. Tudo isto revela um enorme desafio. Na sociedade e nas escolas precisamos nos reinventar e encontrar o melhor caminho a ser trilhado para que nossos relacionamentos nos permitam a presença ativa e parceira na vida daquele com quem convivemos no cotidiano. E, na busca de alternativas que permitam superar esta solidão, a educação em tempo integral, tendo como um de seus princípios educativos a pedagogia da presença, nos parece uma alternativa possível. Como nos ensina Antônio Carlos Gomes da Costa, a pedagogia da presença nos permite ajudar os jovens a vencerem suas dificuldades pessoais, permitindo a reconciliação dele consigo mesmo e com os outros. Fazer-se presente na

Especialista em Educação com ênfase em Gestão Educacional. Diretor de Escola e Consultor Educacional.

vida do educando é o dado fundamental da ação educativa dirigida ao adolescente em situação de dificuldade pessoal e social. E como fazer-se presente na vida do educando? Esta tarefa de alto nível de exigência requer a implicação inteira do educador no ato de educar. Sem esse envolvimento, o seu estar-junto-do-educando não terá o menor sentido. É vital que cada educador reorganize- se em seus valores e desnude-se de seus preconceitos, pois somente assim poderá atuar de maneira eficaz e alcançar êxito em sua presença pedagógica na vida do educando. As instituições estão buscando se reinventar, fazendo a sua parte para mudar este contexto de isolamento que o mundo virtual nos tem imposto. Contudo, sozinhas não serão capazes de vencer este desafio. É imprescindível que toda a sociedade se mobilize nesta direção e direcione seus olhares para nossos adolescentes/jovens, a fim de que, num futuro não muito distante tenhamos relacionamentos presenciais que atendam as necessidades básicas da convivência humana e permitam a construção de uma sociedade em que as relações sejam mais humanizadas.


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O IMPACTO da Notícia

22 de novembro de 2014

Márcio Bastos – Um Nome na História

O advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de 79 anos, falecido em São Paulo, no início da manhã de quinta-feira (20), tornou-se um dos cruzeirenses mais ilustres da história da cidade e de grande conceito nacional. Vítima de fibrose pulmonar, Márcio Bastos estava internado no Hospital Sírio Libanês desde terça-feira (18). O corpo foi velado na Assembléia Legislativa e cremado em seguida. Nascido no dia 30 de julho de 1935, era casado com Maria Leonor de Castro Bastos. Ele deixa uma filha, Marcela. Em Cruzeiro, Bastos foi vereador entre 1965 e 1969. Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na turma de 1958, Márcio Thomaz Bastos foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da Justiça (2003 a 2007), durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu nome está na lista dos principais criminalistas do país. Mesmo após deixar o ministério, continuou em evidência no meio jurídico, por atuar em casos de grande repercussão nacional. Thomaz Bastos atuou na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves. Ele também participou do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, no qual defendeu ex-

-dirigentes do Banco Rural, como José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. O advogado atuou ainda na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas. A REPERCUSSÃO O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a esposa dele, Marisa Letícia, declaram pesar pelo falecimento do ex-ministro e advogado Márcio Thomaz Bastos. Em nota, divulgada no site do Instituto Lula, ele destacou que “o Brasil perde um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país”. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fuz também lamenMárcio Bastos em plenário

Ex-presidente Lula

Ana Karin

tou a notícia. "Ele se destacou tanto na vida pública e privada pela sua competência singular, tendo intermediado com extrema sabedoria e felicidade conflitos na arena jurídica sem perder a sua grande característica de ser combativo defensor de seus constituintes", afirmou. "A sua figura representa uma perda irreparável para a democracia brasileira", completou o ministro do Supremo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da qual Thomaz Bastos foi presidente, também divulgou nota. Ao anunciar luto oficial de sete dias, o atual presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que "Márcio será sempre inspiração para a defesa do estado de direito, dos valores constitucionais e dos fundamentos de uma sociedade civilizada". "Um brasileiro exemplar, um advogado correto, um jurista de escola, um homem de família, um amigo e conselheiro. O luto institucional se soma à tristeza pessoal pela irreparável perda deste inigualável presidente de sempre do Conselho Federal da OAB", afirmou Marcus Vinicius. A OAB Nacional, por seu presidente, remeteu moção de pesar a família enlutada. A presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar na manhã de quinta-feira (20). Dilma destacou o criminalista como "grande amigo" e "grande brasileiro". "O país perdeu um grande homem, o Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo", diz trecho da nota.

Governador Alckmin e a esposa Lu

Presidente Dilma

Justiça mantém preso cruzeirense envolvido no escândalo da Petrobrás O cruzeirense Renato Duque, 65 anos, vai permanecer mais tempo preso do que esperava. O juiz federal Sergio Moro decidiu, na terça-feira (18), que a prisão temporária do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e de mais cinco suspeitos apontados na Operação Lava Jato fosse convertida para prisão preventiva. Duque foi preso em Curitiba (PR) na sexta-feira (14) Com a decisão da Justiça Federal do Paraná, a prisão preventiva, ao contrário da temporária de cinco dias,pode se estender por prazo indeterminado durante o processo. Além de Renato Duque, outros cinco acusados permanecem presos e onze foram liberados na terça-feira. Em nota, a defesa do ex-diretor da Petrobras Renato Duque informou que a prisão é “injustificada, uma vez que ele não é acusado de nenhum crime”. Além disso, conforme a nota, o engenheiro já prestou depoimento à Polícia Federal e se colocou à disposição para esclarecer outros fatos envolvendo as investigações sobre a Petrobras.

Para justificar a prisão preventiva de Renato Duque, o juiz Sérgio Moro considerou risco de fuga. Moro aponta que o acusado possui contas bancárias volumosas fora do Brasil e que poderia se tornar foragido. Até o fechamento desta edição, na noite de quinta-feira (20), Renato Duque continuava preso. Lava Jato A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano,

foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Esta última fase da Lava Jato teve como foco alguns executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras, que apenas com a Petrobras mantêm contratos que somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos 85 mandados em cidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Distrito Federal.

Prefeitura apura denúncia de funcionário fantasma no cemitério

A CGM (Controladoria Geral do Município) da Prefeitura de Cruzeiro abriu sindicância para apurar a denúncia de que um servidor público teria recebido salários sem comparecer ao trabalho. O acusado seria concursado da Secretaria de Saúde, mas o ponto de freqüência era atestado como lotado no Cemitério Pio XII. Para o processo de sindicância não ser prejudicado, o servidor e o atual chefe do serviço funerário na cidade, que não tiveram os nomes revelados, foram afastados. Os nomes são mantidos em sigilo "Recebemos a denúncia de que um funcionário do cemitério, que possui cargo de chefia, estava recebendo sem trabalhar. Ele foi indicado no governo anterior e não chegou a frequentar o trabalho. Agora, estamos levantando todos os documentos do cemitério, como as horas extras, as folhas

de registro de ponto, além da verificação nos computadores", diz o diretor da CGM, Wagner Streitenberger. No processo de investigação, o atual chefe do setor foi ouvido pela Controladoria. O teor do depoimento não foi revelado para não atrapalhar o andamento do processo. "O chefe do setor já foi ouvido e se as afirmações que

ele fez forem verídicas o caso será um escândalo", afirma o diretor. "Recebemos algumas denúncias, que além desta sindicância, iremos investigar. No caso do funcionário, se ficar comprovado, vamos solicitar a devolução dos pagamentos e entrar com as penalidades administrativas", completa Wagner Streitenberger.

A Câmara Municipal deverá encaminhar nos próximos dias ao Ministério Público o relatório da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que apontou irregularidades nos repasses financeiros da Prefeitura para a Associação Protetora de Animais. O prefeito Mem exercício teria liberado dinheiro de maneira indevida à entidade, segundo a denúncia. O relatório da CEI foi aprovado por unanimidade há duas semanas. Na segunda-feira (17), por seis votos e três, foi rejeitado o pedido de abertura de processo de cassação de Rafic Simão. Em vez disso, os vereadores decidiram encaminhar denúncia ao MP contra o prefeito. A proposta de cassação, apresentada pelo vereador Antônio Carlos Marciano (PTB), necessitava de sete votos. De acordo com o relatório da CEI, a Prefeitura liberava o dinheiro

mesmo sem a prestação de contas da Associação Protetora de Animais, contrariando parecer do Tribunal de Contas do Estado. Segundo Antônio Carlos Marciano, há provas de depósitos efetuados na conta pessoal do

presidente da entidade, Edson Omar Abílio Ferreira. O montante apurado na investigação das irregularidades não foi revelado. Na época da denúncia, há cerca de dois meses, o prefeito Rafic Simão tratou de nomear Edson Omar para cargo de assessor na estrutura da Prefeitura. Agora, o Ministério Público irá analisar o relatório da CEI e decidir se acata ou não a denúncia. Entenda Em 16 de setembro, o grupo Protetores de Animais de Cruzeiro denunciou supostos maus-tratos no canil municipal do bairro Batedor. De acordo com o grupo, foram encontrados 80 animais machucados e magros. Na época, a prefeitura afirmou que iria investigar o caso. Após conhecimento do caso dos vereadores, a Câmara criou uma CEI para apurar as denúncias.

Acusado de agredir uma mulher de 77 anos, Alexandre de Souza Pinto, de 55 anos, negou as versões. No depoimento na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), no dia 10, Alexandre Pinto confirmou ter discutido com idosa, porém sem ter tocado em seu corpo, assegurou. Outras três pessoas, arroladas como testemunhas, também prestaram depoimento. A DDM aguarda perícia de corpo de delito para concluir o inquérito antes de encaminhá-lo ao Ministério Público. O caso foi registrado no dia 23 de outubro, uma quinta-feira. A mulher contou que estava na calçada, conversando com João Pinto, no momento em que Alexandre se aproximou e passou a ofendê-la. “Sua mentirosa, dá educação para seus netos, tem que assistir Super Nani para ver que tipo de educação deve dar às crianças; caso contrário, que sente e os vigie”, teria afirmado Alexandre. As duas famílias são vizinhas, na Rua Theodoro Quartim Barbosa, região da Praça da Bíblia. As crianças seriam o pivô do caso. Dias antes, elas teriam jogado um molho de chaves no quintal de Alexandre. Durante o desentendimento, segundo os relatos, Alexandre teria segurado com força as mãos da mulher enquanto ditava em voz

alta. Para se livrar, a mulher teria exercido força física além de sua capacidade, o que poderia ter lhe causado contusões atestadas durante exame médico no dia seguinte. Ainda de acordo com a declaração contida no boletim de ocorrência, um motoqueiro teria observado a cena. A OITIVA Duas testemunhas, João Pinto, o pai de Alexandre, e a empregada da família, Maria Benedita, confirmaram a versão do acusado. Testemunha da idosa, Pedro Henrique Oliveira disse não ter visto a agressão física, apenas a maneira ríspida de Alexandre. Pedro Oliveira narrou que, ao passar de moto pela rua, observou o jeito agressivo nos gestos de Alexandre. Naquele momento, o motoqueiro decidiu parar o veículo para repreender Alexandre. “Eu quero saber por que você está falando desse jeito com essa senhora e apontando o dedo para ela”, contou Pedro. Mesmo assim, segundo ele, o acusado continuou em voz alta e a apontar o dedo para a idosa. “O que é isso rapaz? Vai embora, olha a sua idade e a dela”, advertiu o motoqueiro. Em seguida, orientado pelo pai, Alexandre se retirou. “Não peguei, nem apertei as mãos. Tampouco torci os braços dela”, afirmou Alexandre Pinto

no depoimento ouvido pela delegada Nadir May. Num trecho das alegações, Alexandre se defende ao afirmar que “ela começou a gesticular, ficou agitada, nervosa”, justifica o acusado ao confirmar que, naquele momento, a idosa teria se aproximado dele e que sua reação foi a de apontar um dos dedos na direção dela. Para Alexandre, “nenhum gesto seu teria causado as dores que ela informa, muito menos a ferido. Alexandre Dimas de Souza Pinto é advogado, juiz de paz do 1º Cartório Civil e ministro de Eucaristia na Igreja Matriz da Imaculada Conceição. Um dos filhos da idosa revelou que, no decorrer do processo, irá representá-lo ao Poder Judiciário e à Diocese de Lorena.

Câmara envia ao MP relatório de denúncias contra Rafic

Alexandre nega ter agredido idosa durante discussão

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O IMPACTO da Notícia

Jóia Diesel é a grande campeã da IX Copa de Futsal dos Comerciários

A equipe da Jóia Diesel venceu de forma arrebatadora a nona edição da Copa de Futsal dos Comerciários de Cruzeiro e região. Na final, enfrentando a equipe da AMC Cartuchos/Tectron o time da campeão fez o placar de 6 a 3 e dominou a partida, surpreendendo quem esperava um jogo mais equilibrado. Ambos os times chegaram a final com uma campanha com 100% de aproveitamento e liderando suas chaves. A final começou com a equipe da AMC Cartuchos/ Tectron abrindo o placar mas não demorou para a reação do time da Jóia Diesel. Mais experiente e treinado, a equipe da loja de autopeças que fica na rua Engenheiro Antônio Penido (rua 2), envolveu o adversário com muito movimentação e toques rápidos. Com vantagem no placar, administrava a partida e em jogadas de contra-ataque fez o amplo placar. O público esteve presente em

bom número no Ginásio Zé da Bola e vibrava com belas jogadas e golaços. A equipe da AMC Cartuchos/Tectron também merece destaque por sua grande campanha. Na disputa pela terceira colocação, a equipe do Supermercado Dia venceu a Elétrica Paulista/

Máximo e também subiu ao pódio. O artilheiro da competição foi o jogador Thales, que jogou pela equipe da AMC Cartuchos/ Tectron e anotou 11 gols. Thales levou para casa R$ 100,00 como premiação, além de troféu e medalha. O goleiro com menos gols sofri-

dos foi o jogador Thiago do Jóia Diesel. Thiago também conhecido como Piraí é um experiente goleiro e atua profissionalmente na equipe Connectim. Thiago também levou R$ 100,00 como prêmio. O time da Jóia Diesel também levou o prêmio de equipe mais disciplinada e além dos

R$ 500,00 de premiação pelo título ainda levou mais R$ 100,00 de disciplina. O segundo colocado, a equipe da AMC Cartuchos/Tectron ganhou R$ 300,00 e o terceiro colocado, Supermercado Dia, R$ 200,00. Após a final os jogadores ainda participarem de uma grande confraternização com a presença das famílias. O presidente Charles Fernandes destacou o apoio ao esporte como forma de lazer e vida saudável e garantiu um campeonato de 2015 ainda mais forte: "A Copa de Futsal voltou com toda a força. Tivemos um excelente campeonato este ano e em 2015 será ainda melhor. Vamos sempre investir na categoria e trazer lazer e diversão para todos."

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Conheça mais sobre o projeto do Centro de Lazer dos Comerciários

Com a doação da área de 40 mil m2 para o Sincomerciários de Cruzeiro, um antigo sonho da categoria comerciária, a segunda maior categoria de trabalhadores de Cruzeiro irá se realizar: - A construção de um centro de lazer. No final da década de 80 a área já havia sido doada ao sindicato, porém como não houve a construção do centro de lazer, a área voltou para a prefeitura, conforme previsto no projeto de lei à época e procedimento de praxe em doações. Logo no início do mandato do presidente Charles Fernandes em 2011, foi iniciado com a então prefeita Ana Karin a negociação para a cessão de uma área para a construção do centro de lazer. Durante todo o tempo em que esteve no poder, a ex-prefeita mostrava-se apta a realizar a doação porém sem de fato concretizar o projeto de lei. Após a cassação e estabilização no poder do atual prefeito Rafic Zake Simão, o presidente Charles Fernandes voltou à carga

com a assunto esperando do novo mandatário uma postura mais coerente que a ex-prefeita e isto de fato ocorreu. O prefeito Rafic assinou o projeto de lei e o enviou para a câmara que de forma unânime aprovou e após a sanção, a lei 4331/2014 foi publicada, cedendo ao sindicato a área para a construção deste sonho que atenderá os mais de cinco mil comerciários e suas famílias. A doação faz justiça com esta sofrida categoria e reconhece sua importância para a economia local. A mão de obra será de Cruzeiro e os materiais serão comprados aqui neste obra que ficará na casa dos milhões de reais. Este investimento aquecerá a economia e gerará empregos. A Fecomerciários, através do presidente Motta já garantiu o apoio para este tão sonhado empreendimento. Esperamos até o final de 2015 contarmos com mais de 70% da obra concluída podendo realizar boa parte de nossos eventos em

nossa própria área de lazer. O sindicato vem se tornando cada ano mais forte e atuante através da liderança e competência do presidente Charles Fernandes.

POLÍCIA Preso em Taubaté acusado de assassinato em Cruzeiro

A Polícia Militar prendeu em Taubaté, na manhã de segunda-feira (17), Wagner Rodrigo Freire, de 34 anos, acusado de envolvimento no assassinato de Ronaldo Rodrigo Freire, o “Cavalão”. O crime ocorreu nas proximidades do Viaduto dos Trabalhadores, na Rua Othon Barcelos no dia 2 de fevereiro de 2012. Wagner Freire foi preso durante blitz da PM na Rua Rodolfo Moreira, no Parque Três Marias. A polícia também constatou que o carro dirigido pelo acusado era clonado. Wagner foi encaminhado para a Cadeia de Cruzeiro. O delegado Sandro Henrique Franqueira, titular da DIG (Dele-

gacia de Investigações Gerais) de Cruzeiro informou na manhã de quarta-feira (19) que Wagner Freire é um dos três suspeitos de envolvimento no assassinato de “Cavalão”. O trio trabalhava numa empresa de segurança contratada pela MRS Logística, concessionária da Ferrovia Rio – São Paulo, para vigilância do pátio de manobras de trens em Cruzeiro. No momento do crime, os três estariam em expediente de trabalho. Diante das evidências contidas no inquérito policial, o Poder Judiciário expediu o mandado de prisão em 2013. Um dos acusados foi preso no começo

deste ano. Outro continua foragido. Wagner Freire deverá permanecer na cadeia local até a transferência para o CDP de Taubaté, prevista para a próxima semana. Em Taubaté, na manhã de segunda-feira, o veículo dirigido pelo acusado foi parado pela PM. No levantamento de dados, os policiais foram informados do mandado de prisão e constataram que o carro era dublê. Após o registro do caso, Wagner Freire foi removido para Cruzeiro. Dublê ou clonado é a expressão empregada pela polícia quando o veículo, geralmente furtado, circula com placas de outro.

Acusado de embriaguez, um motorista foi detido pela Polícia Militar de Cachoeira Paulista após capotar o carro, atropelar um jovem e bater na parede de uma residência. O nome do acusado não foi revelado. O acidente ocorreu no domingo, às 22 horas, na Estrada Municipal Embaú – Embaú Mirim, na divisa entre Cachoeira e Cruzeiro. O motorista pagou fiança para ser liberado e responderá a processo com base na Lei Seca. A namorada do jovem atropelado escapou do acidente. Momentos antes, ela havia entrado na residência para buscar uma blusa. O motorista teria imprimido velocidade incompatível com as condições de tráfego na estrada

municipal, logo após deixar a pista da Rodovia Estadual Cristiano Alves, ligação Embaú – Piquete. Pouco Adiante, ele perdeu o controle de direção, o carro derrapou e capotou antes

de atingir a vítima e a parede da casa. O jovem foi medicado na Santa Casa de Cruzeiro. Preso em flagrante, o condutor foi levado para a Cadeia de Cachoeira Paulista.

Motorista atropela jovem e bate em casa no Embaú


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Preservação Ferroviária

Oficina da ABPF em Cruzeiro e referência nacional Trem da Serra, em Passa Quatro

Não por acaso que um grupo de ingleses apaixonados por relíquias ferroviárias visitou em setembro a oficina da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) em Cruzeiro. Das mais de 400 registradas no País, apenas cerca de 20 estão em operação. Dessas, a regional de Cruzeiro é apontada como referência nacional. Com atenção milimétrica, os técnicos não descuidam de nenhum detalhe no trabalho de restauro de locomotivas a vapor, chamadas de Maria Fumaça. Assim, de volta aos trilhos, as antigas máquinas retratam todas as características originais de mais de século, de quando saíam das linhas inglesas de montagem. Cruzeiro é rica em patrimônio ferroviário. Na visão dos preservacionistas, a cidade ostenta um verdadeiro museu a céu aberto capaz de reportar a riqueza econômica fomentada pelas ferrovias entre os séculos XIX e XX. As origens e o desenvolvimento da cidade estão nesse cenário. Por conta da localização estratégica, entre os três principais estados brasileiros, Cruzeiro foi

Oficina da ABPF em Cruzeiro

no. Célula mater da cidade, a Estação Central é corroída pelo tempo, a exemplo do Almoxarifado Central e de outros prédios. Do que ainda resta do patrimônio imobiliário, o prédio ocupado pela ABPF, na Rua 2, no centro, é a esperança de revitalização da história ferroviária. O trabalho é lento por ser minucioso, como exige a técnica de restaurações. Recuperar peças ou mesmo fabricá-las e tratar da montagem final são fases de uma linha de

a linha de marcenaria encarregada da restauração de vagões de passageiros. No Sul de Minas, a ABPF opera duas linhas de trens turísticos – Passa Quatro ao Grande Túnel; São Lourenço

governo federal. Primeiro, deixaram de transitar os vagões de passageiros; por fim, os de carga entre as duas regiões. Era o reflexo do desestímulo iniciado em fins dos anos de 70 provocado pela política do governo federal de incentivo ás indústrias automobilísticas. Em 1989, o prefeito Hamilton Mendes convocou antigos homens das ferrovias para lançar o projeto do Trem da Serra, com intuito exploração turístico entre Cruzeiro e Passa Quatro. Após viagens experimentais, a idéia ganhou força. No governo seguinte, de João Bastos, o ferroviário aposentado, Benedito Pereira da Silva, o Pereirinha, fundou a ABPF local e firmou parceria com a Prefeitura para que o Trem da Serra fosse oficializado. Por falta de estrutura financeira, o plano foi interrompido pouco

tura, a ABPF cuidaria dos custos de manutenção do componente rodante (Maria Fumaça e dois vagões) e ainda da reforma da ferrovia. Em 2000, forte tempestade rompeu encosta na serra, impedindo a chegada até o Grande Túnel. O efeito restringiu o passeio até o Km 12 da ferrovia. Fatal a decisão do prefeito Celso Lage, em 2001. Além de não realizar a prometida obra na região afetada pela tempestade, Lage também cancelou o acordo de cooperação financeira. Bastou para sepultar o Trem da Serra. NOVOS RUMOS Portas fechadas em Cruzeiro, Jorge Sanches não demorou a conquistar a confiança na capacidade da ABPF em outras regiões do País, notadamente no Sul de Minas. Com apoio de prefeituras, de empresas e governo federal, a associação de preservação

ressuscitou a Maria Fumaça nos trechos São Lourenço – Carmo de Minas, Passa Quatro – Grande Túnel. Nos finais de semana, as viagens atraem centenas de turistas, gerando empregos e divisas aos municípios. Com a ampliação do leque de atividades, Jorge Sanches ofereceu à ABPF suporte técnico para atuação em todos os segmentos ligados à preservação ferroviária, desde a montagem de locomotivas a vapor, de vagões, de elaboração de projetos até a restauração de ferrovias e de prédios históricos. Para tanto, a associação necessita de parcerias com os governos e empresas privadas dispostas a investir na memória ferroviária. No topo da referência nacional, a ABPF Cruzeiro desenvolve projetos em outros estados, como em Santa Catarina e no Paraná.

Técnico trabalha na restauração da caldeira de Maria Fumaça Estaçao de São Lourenço, restaurada pela ABPF

Locomotiva em fase de acabamento

contemplada com investimentos na construção de prédios de oficinas, de residências, de administração e de estocagem de produtos. Todavia, motivado pelo desestímulo do governo da ditadura militar, a partir do final da década de 1970, boa parte do patrimônio está deteriorada, perto de virar escombros. Nos 14 mil metros do prédio da AGEF, equipamentos ferroviários ao custo de milhões de dólares foram transformados no mais valioso depósito de sucata do mundo. A oficina de locomotivas da Rotunda virou centro cultural. Os mais de 15 mil metros das Oficinas da Rede estão sofrendo com o abando-

produção norteada pelas características físicas e históricas das locomotivas. Nada pode contrastar com as origens de cada Maria Fumaça. A ABPF mantém contatos com especialistas e museus de várias partes do mundo como fundamentais para as pesquisas visando a que a restauração apresente maior precisão histórica possível. A especialização do corpo técnico também é encarada como fundamental para garantir que todas as locomotivas operem com segurança. Na amplitude da ABPF Cruzeiro se incluem as cidades do Sul de Minas. Em São Lourenço, como braço da oficina de Cruzeiro, está

a Soledade de Minas. A associação também desenvolve projetos e oferece consultoria em outras regiões do País. HISTÓRICO No ano de seu centenário, em 1984, a Ferrovia Cruzeiro- Sul de Minas foi desativada pelo

tempo depois. Em 1978, depois de assumir a presidência da associação, o empresário Jorge Sanches firmou com o prefeito Fábio Guimarães novo acordo de cooperação. Com a renda obtida nas viagens e o aporte financeiro da Prefei-

Operários recuperam leito em Passa Quatro

Na cidade referência, o patrimônio ferroviário está abandonado Durante a estada em Cruzeiro, há dois meses, os ingleses devem ter perguntado: “como explicar abandono do patrimônio justamente na cidade que possui referência nacional no setor ferroviário?”. A pergunta considera a importância da ABPF e o histórico de Cruzeiro no setor de produção de componentes ferroviários. Durante a visita em setembro, os ingleses conheceram a Estação Central, a oficina da ABPF e a Amsted-Maxion. Claro, a evidência não seria outra. Na avaliação, incoerência é a conclusão. Por que a ABPF, apesar de manter sede regional em Cruzeiro, não trata do patrimônio ferroviário Local? A associação depende de convênios ou de

acordos de cooperação empresarial, como ocorreu no Sul de Minas e em outras regiões do País. Por sua própria conta, a ABPF está impedida de aplicar investimentos. Em 2006, o prefeito Celso Lage firmou convênio com o governo federal para a restauração de boa parte do patrimônio ferroviário, mas as obras estão paralisadas. A ABPF não participou do convênio. Por essa razão, não pode ser penalizada. Como “santo de casa não faz milagre”, a ABPF Cruzeiro avança seus limites de atuação em outras cidades, em outros estados. Contudo, sua raiz local ainda mantém a esperança de um dia por nos trilhos da cidade uma Maria Fumaça aqui restaurada.

Atendimento e qualidade marcam a tradição da POLYCAR AUTOPEÇAS Quando o cliente entra na POLYCAR, a primeira impressão é a de estar num grupo de amigos. Essa é a tradição da POLYCAR AUTOPEÇAS, do empresário Carlos Ribeiro, o Carlinhos Stokcar. Selecionada, a equipe não esconde a satisfação de oferecer o melhor atendimento. Treinada, a equipe está pronta para orientar e tirar dúvidas acerca dos problemas mecânicos que chegam ao balcão da loja. Conhecimento não falta no momento de oferecer os melhores produtos. Vem gente de todos os lados. Do Sul de Minas, do Vale Histórico ou do Médio Vale, os clientes da POLYCAR chegam com a certeza do melhor atendimento. Se não tem no estoque, não há problema, a peça encomendada logo chega.chega em poucos dias. Além da melhor equipe de vendedores, a POLYCAR também faz a substituição de boa parte de acessórios no estacionamento próprio. Essa é outra vantagem que a loja oferece aos seus clientes. Dessa forma, a POLYCAR consolida a sua posição de liderança no mercado regional de autopeças.

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Cidade ganha mais 200 apartamentos

Em solenidade na manhã de sexta-feira (21), foram entregues as chaves dos 200 apartamentos do Condomínio Eco Vale, construído na região do Distrito Industrial com investimentos dos governos federal e estadual em parceria com a Prefeitura e a construtora Total Engenharia. As famílias beneficiadas foram selecionadas pela Caixa Econômica Federal através de cadastro social. Os apartamentos possuem cerca de 50 metros quadrados, com dois dormitórios, e custam R$ 66 mil. O Eco Vale foi o primeiro condomínio popular construído no Vale do Paraíba com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e do Casa Paulista, programa de habitação do governo estadual. De acordo com o convênio, a União liberou R$ 57 mil e o Estado outros R$ 9 mil para cada unidade. Dentro do Minha Casa Minha Vida, o conjunto habitacional é o terceiro edificado em Cruzeiro nos últimos três anos, totalizando cerca de 600 moradias. Outras 1.200 unidades, entre casas (600) e apartamento (600) deverão ser concluídas em dois anos. Para a arquiteta Cristina Biondi, ex-secretária de Planejamento e Obras da Prefeitura, a qualidade do Eco Vale melhorou em relação aos anteriores. “Há dois anos, quando a prefeita Ana Karin

assinou o convênio do Eco Vale, havia o entendimento de nova estrutura do projeto para que as 200 famílias tivessem melhor qualidade de vida”, explicou Cristina Biondi. Diferente dos outros dois, os apartamentos foram entregues com acabamento de pisos e revestimentos. Cristina também ressaltou a parceria dos governos federal e estadual. “Há o que comemorar porque esse é o primeiro investimento no Vale através do Casa Paulista e do Minha Casa Minha Vida. Quando a Ana Karin conseguiu unir os dois programas, também pode assegurar melhor qualidade nas edificações”, afirmou a arquiteta.

O empreendimento tem 13 blocos de quatro andares, com apartamentos de 49,9 m², com 2 quartos, sala, cozinha, banheiro e sala de serviço. Além disso, o condomínio oferece quadra poliesportiva, salão de festas, área de lazer e playground. O residencial reserva ainda imóveis para pessoas com necessidades especiais. O residencial reserva ainda imóveis para pessoas com necessidades especiais. São cinco unidades no condomínio, que possuem maior área construída para possibilitar o giro de 360º da cadeira de rodas, em todos os cômodos, além de portas e janelas adaptadas.

Embaixada na Gávea A FLACRUZEIRO, torcida organizada do Flamengo na cidade, participou da festa de aniversário do clube, no sábado (15). A festa ocorreu no Centro de Treinamento na Gávea. A organizada de Cruzeiro é classificada como Embaixada, a única do Mengão no Vale do Paraíba Paulista.

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Ingredientes Para a esponja: ■ 10 g de fermento biológico fresco ■ 3 colheres (sopa) de farinha de trigo (48 g) Para a massa: ■ ½ xícara (chá) de suco de laranja (100 ml) ■ 2 ½ colheres (sopa) de adoçante forno e fogão ■ 1 ¾ xícara (chá) de farinha de trigo (210 g) ■ 3 colheres (sopa) de leite em pó sem açúcar e desnatado ■ 1 pitada de sal ■ 1 ovo ■ 2 gemas ■ 4 colheres (sopa) de margarina light ■ raspas da casca de uma laranja ■ 1 colher (chá) de essência de

panetone ■ 1 colher (chá) de glicerina (opcional) ■ 200 grs de Chocolate ao Leite Diet picados Modo de Fazer Faça a esponja: numa tigela misture o fermento, a farinha de trigo e 3 colheres (sopa) de água (45 ml). Deixe fermentar por cerca de 15 minutos, ou até espumar. Coloque a esponja, metade do suco de laranja e o resto dos ingredientes da massa (menos o chocolate) em uma batedeira, ligue-a na velocidade média e bata por cerca de 10 minutos, ou até a massa ficar bem elástica e levemente grudenta. Para adquirir essa textura, adicione o restante do suco de

laranja aos poucos (talvez você não precise acrescentar todo o suco). Transfira a massa para uma forma de papel própria para panetone de 500 g e deixe crescer por aproximadamente 40 minutos . Asse em forno médio pré-aquecido (180°C), por cerca de 35 minutos, ou até sua superfície dourar. Espere esfriar, sirva ou embrulhe para presente. SUGESTÃO, PODE COBRIR COM UMA GANACHE O ganache é uma mistura bem simples de chocolate e creme de leite. Ele pode ser utilizado tanto como recheio quanto como cobertura para os seus panetones Ingredientes ■ 250 grs de chocolate ao leite diet picado ■ 1 caixinha de creme de leite light em temperatura ambiente Modo de fazer Derreta o chocolate picado no microondas ou em banho maria ,depois de derretido adicione aos poucos o creme de leite mexendo ate que forme um creme. Está pronto e só cobrir o panetone, Bom Apetite.


Meu querido cabelo… Por Michella Cruz … Eu sempre gostei demais de você. Cuidei bem, cortei as pontas, fiz máscara, colori, comprei xampú especial, tentei não dormir com você molhado … mas senti uma cosquinha na barriga, uma curiosidade, uma vontade … Não me leve a mal, não é nada pessoal! Continuo te amando do mesmo jeito! Solto, seco ao vento, ondulado depois da trança, liso depois da escova, magoado depois de passar por uns ferros quentes… É quase como se eu tivesse tido essa conversa com meu cabelo antes de passar a tesoura. Não sou de tomar meias decisões… Da primeira vez foi assim, drástico. Tinha 13 anos e um cabelo liso que batia na cintura. Virou chanel. Da segunda vez foi mais estratégico. Fui cortando aos poucos. A desculpa era sempre que no último trabalho tinham

pedido pra deixar mais curto (entregando meu segredo agora…). No começo foi estranho. A idéia era uma, mas a realidade não me satisfazia. Meu cabelo tem muito volume dos lados, então qualquer coisa virava um capacetinho assim que começasse a crescer ou não passasse pelo secador. Mas o leque de referências era enorme, existem mil mulheres lindas e estilosas. E segui experimentando com os cortes até achar aquele que me sentia melhor, que se adaptava ao meu cabelo E ao meu rosto. E Deus mandou a Rihanna pra confirmar o meu fogo de cortar o cabelo a todo custo: lateral mais curta e franja comprida! Hoje em dia, tendo passado por essa experiência, deixo meu cabeleireiro louco. Corto curtinho, moderno, uma vez por ano. E vou ajustando o corte até virar um chanel. Quando canso, corto, adapto, me divirto.

Não existe rosto especifico para mudança. Quando você experimenta, você tenta até se achar, cada caso é um caso. Mas se você tem coragem e se sente bem com a busca pelo próprio estilo, a recompensa é enorme. Se não, nosso querido cabelo sempre à casa torna: Mais saudável, livre de químicas, do jeito que sempre foi. Pronto para crescer enlouquecidamente ou virar o curtindo estiloso.

A união que traz resultados Por Wander Carvalho Bastos

Idealizada no ano 2010, a ASSIRVAP- Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba, nasceu com o intuito de reunir os Presidentes de Sindicatos Rurais para se ter uma força maior quando fosse necessário pleitear algo.Reuníamos a cada 3 meses, e fomos construindo uma amizade e um diálogo importante, pois apesar da distancia entre cidades no Vale ser muito pequena, estávamos separados uns dos outros, cada um lutava sozinho por suas causas em seu município. Buscamos o apoio da FAESP, e a nossa iniciativa foi vista com bons olhos pela direção da casa. O primeiro trabalho realizado foi, após diagnosticarmos uma deficiência no corpo técnico do Escritório de Defesa Animal da região, convidamos para uma reunião os dirigentes da CATI, para resolver esse problema de falta de técnicos, com isso, obtivemos bons resultados, e o mais importante, fomos atendidos pela chefia do órgão. Fizemos também uma reunião a pedido dos produtores de leite da região de Taubaté, para procurar uma solução para enfrentar a alta no preço da cevada, formamos uma comissão com produtores, dirigentes de sindicatos e cooperativas e fomos conversar com os distribuidores de cevada da região. Mas o trabalho que veio a marcar e estruturar politicamente a nossa Associação foi sem dúvida o movimento pela recuperação da cadeia leiteira. Em setembro de 2012, durante uma reunião de diretoria, onde estávamos criando de fato a ASSIRVAP, com estatuto aprovado, documentos assinados, fizemos a transição da diretoria de formação para a 1ª Diretoria eleita, após tratarmos dos assuntos da pauta, o Produtor Rural Thiers Fortes, produtor de leite do município de Taubaté, fazendo uso da palavra, pediu para que alguma coisa fosse feito em prol dos produtores de leite, altos custos e baixa remuneração, traçava um futuro desanimador para a atividade. Marcamos então um encontro com produtores, convidamos todos os sindicatos, associações e cooperativas de laticínios do Vale do Paraíba, convidamos também parlamentares Estaduais e Federais do Vale, para que estivesse presentes ou mandasse seus assessores pois sabíamos que estávamos diante de um grande problema, e precisaríamos de apoio político. No mês de outubro fizemos uma reunião na cidade de Taubaté,

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na sede do Sindicato Rural, com a presença de quase a totalidade dos Sindicatos do Vale, da Cooper, Colacap , Comevap , Cooperativa de Paraíbuna, dirigentes da CATI, Associações de Produtores e um grande número de produtores. Durante a reunião, muitos produtores, dirigentes de Cooperativas, Sindicatos, falaram das dificuldades encontradas no dia a dia da atividade, então a diretoria da ASSIRVAP formulou um documento contendo as reivindicações da classe, e encaminhamos um ofício à FAESP, que prontamente nos atendeu e recebeu as lideranças dos Sindicatos, Cooperativas e um grupo de 40 produtores cooperados da COMEVAP para um conversa em sua Sede.Nesta reunião estava presente o Dep. Junji Abe, pois fora o único parlamentar a mandar seu assessor na reunião de Taubaté, e por ser Produtor Rural, ter sido Presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes e diretor da FAESP, conhece como poucos a dificuldade da classe.Nesta reunião o grupo se fortaleceu, e como havia movimentos semelhantes em vários estados, a Subleitecomissão do leite da Camara dos Deputados realizou a 1ª Conferência Nacional do Leite, onde reuniu-se, produtores, trabalhadores rurais, comércio, indústria, pesquisa e extensão, isto é, toda a cadeia responsável pela produção, industria e comercialização do leite.Nesta conferencia os representantes de São Paulo indicados pela FAESP foram o Sr Pedro Nelson, presidente da mesa diretora do leite da FAESP, e o Dr Wander Bastos, presidente da ASSIRVAP, ambos do Vale do Paraíba, mostrando assim uma valorização da nossa região. Nesta Conferencia foi elaborado um documento com o título de Plano Nacional da política leiteira, com cerca de 120 rei-

vindicações, desde proteção contra a importação desenfreada, passando por isenções de impostos, melhoria e ampliação na Assistência técnica, estímulos para programas de controle sanitário, entre outros. Paralelo a essa conferencia, o Dep Junji Abe, marcou uma audiência com o então Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, onde produtores e dirigentes do Sindicato de Taubaté e da Comevap, os representantes da FAESP,Pedro Nelson e Wander, Fabio Meirelles Filho,vice-presidente da CNA, e os deputados Alceu Moreira,Luiz Carlos Heinze e Junji Abe tivemos a oportunidade de falar entre outros assuntos, sobre a importação do Soro de leite, pois nós produtores sabemos da fraude do longa vida e estávamos muito preocupados, tanto é que alguns meses depois estourou o problema da fraude do leite no Rio Grande do Sul, e recentemente em Santa Catarina. Com a articulação do Dep. Junji Abe e também devido a presença dos produtores em Brasília, a Subleite realizou em Taubaté o 1º encontro de produtores de leite do Vale do Paraíba, e com o apoio da FAESP, com a Presença do Dr Fábio Meirelles, dos Deputados Junji Abe, Celso Maldaner e Alceu Moreira, lideranças de cooperativas, Colacap, Serramar , Comevap e da Cooperativa de Mococa, e Sindicatos Rurais do Vale e um público de cerca de 250 produtores de todo o Vale do Paraíba, uma apresentação do que vem sendo feito pela comissão o quanto podemos ainda avançar, destaque para a união das entidades do Vale que fortaleceu em muito os produtores. Já no ano de 2014, com a presença dos mesmos diregentes e Parlamentares, fizemos o 2º encontro no Município de Guaratinguetá, onde após um balanço das reivindicações atendidas, novas reivindicações foram protocoladas. Ainda em 2014, uma atuação forte na união com os candidatos do setor à Deputados Estaduais e Federais, agora temos como foco, construir uma política pública de segurança para a produção de alimentos com essa crise hídrica que enfrentamos, e participar do Grupo de trabalho que irá elaborar um estudo para a criação de Unidades de Conservação na Mantiqueira, vamos equacionar, Preservação, Proteção e Produção, a tão falada ¨Sustentabilidade¨. WANDER BASTOS – PRESIDENTE ASSIRVAP – Ass. dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba

Gente que faz acontecer Manhã de sexta-feira, primeiro de janeiro de 1993. A programação da Rede Manchete de Televisão é substituída por outra transmissão, a da posse dos eleitos em Cruzeiro no pleito do ano anterior. Qual motivo teria a emissora de alcance nacional na troca de sua grade por reportagem de várias horas numa pequena cidade do interior paulista? Nenhum. A Manchete sequer conhecimento possuía do evento, mas foi através do canal da segunda maior audiência do País naquele ano que Cruzeiro assistiu ao retorno de João Bastos ao comando da cidade. A transmissão clandestina foi arquitetada Mário Jefferson Leite Melo como uma cartada decisiva na tentativa de convencer o prefeito empossado a investir num canal local de televisão. Funcionou. A forte repercussão da reportagem motivou João Bastos a liberar todo o aparato de que Jefferson necessitava. Pouco tempo depois, entrava no ar a TV Cruzeiro, em canal próprio, sem interferir no retransmissor local da Manchete. Jefferson Melo nasceu para ser da comunicação. Depois de gerente da Sucursal do Jornal Valeparaibano em Cruzeiro (1980 a 1982), cuidou de seu próprio jornal local nos anos seguintes. Em 1985, assumiu a gerência da Rádio Cruzeiro (RC Vale) e revolucionou a emissora. Em 1988, participou ativamente da vitoriosa campanha de Hamilton Mendes para a Prefeitura. No ano seguinte, Jefferson fez surgir o embrião da TV local, trabalho em parceria com Luiz Carlos Pinto, o “Pintinho”. Numa sala do prédio da Prefeitura, Jéfferson e Luiz Carlos dirigiam a montagem semanal do telejornal apresentado pelo jornalista Paulo Antônio de Carvalho e com reportagens de Luiz Locateli, para exibição nos finais de semana num telão, na Praça 9 de Julho. A grande aglomeração de pessoas fez do telão de notícias da cidade forte atração na praça nas noites de sábado. No entanto, com a morte de Hamilton Mendes em meados de 1991, o sonho da TV Cruzeiro também parecia sepultado. A TV não figurava na lista de priorida-

Jefferson e a esposa Cláudia

des de Celso Lage, o substituto de Hamilton. Inconformado, Jéfferson Melo deixou a Prefeitura, porém sem abandonar o antigo sonho. Na posse de João Bastos, em janeiro de 1993, Jéfferson sabia da necessidade de emprego de toda ousadia possível para causar impacto. Transmitir ao vivo a demorada solenidade exigiria equipamentos, repórteres, cinegrafistas, pessoal de apoio e muito fôlego. Nada poderia dar errado nas mais de três horas de reportagem. Com equipamentos emprestados de amigos, Jefferson e Luiz Carlos “roubaram” o sinal local da Manchete e obtiveram o êxito na última cartada para a instalação da TV Cruzeiro. Impulsionado pela repercussão, João Bastos liberou os investimentos. Para Jefferson, essencial a emissora não cair no descrédito da chamada “chapa branca”. Democráticos, os telejornais focavam de tudo, mesmo os problemas reclamados pela população. Programas de entrevistas, de palco, infantis, de reportagens especiais e as transmissões ao vivo, notadamente as de carnaval nos clubes e nas ruas, impulsionaram a audiência da TV nos quase quatro anos em que Jefferson se manteve no comando. Com a troca de prefeito em 1997, Jefferson Melo e a esposa Cláudia decidiram seguir para Taubaté, com a cara e a coragem, para conquistar outro sonho, seu próprio canal de televisão. O casal não desconhecia as

barreiras a exigir coragem e determinação. Sem dúvida, o maior desafio de suas vidas, luta de vários anos, superado com muita persistência. Hoje, Jefferson e Cláudia são donos da TV Cidade de Taubaté. Menino peralta, adolescente irreverente, jovem sonhador... Hoje, um senhor repleto de histórias em sua trajetória de vida, com capítulos de derrotas, de lágrimas, porém com balanço altamente positivo de conquistas, acima de tudo um ser humano solidário do tipo que não deixa amigos na beira do caminho. O currículo de Jefferson é repleto de atividades. Seria do estilo faz de tudo, de orientador trabalhista a técnico de transações imobiliária, de movimentos culturais a frentes ambientais, mas sobretudo na área da comunicação., sua grande paixão. Além de popularizar o Valeparaibano no Vale Histórico, de revolucionar a Rádio Cruzeiro, de fundar a TV Cruzeiro e a TV Cidade de Taubaté, Jefferson Melo teve ainda forte atuação na instalação das TVs comunitárias de Pindamonhangaba, de Taubaté e de Jacareí. Também é conselheiro da Fundação Imprensa e da Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público, diretor da Associação Paulista de Vídeo Popular. Jefferson coleciona prêmios e homenagens em concursos culturais e por documentários do Ministério da Cultura, da Petrobrás e do Ministério do Planejamento, do SENAC e governo de São Paulo.


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O IMPACTO da Notícia

Nos cerca de 500 quilômetros de extensão da Serra da Mantiqueira, quis a natureza dar à Capela do Jacu, em Lavrinhas, o privilégio de um dos trechos de maior exuberância. A cadeia de montanhas, além de concentrar alguns dos pontos mais culminantes do País, forma na Capela do Jacu a grande muralha a contrastar com relevos de baixa altitude, possibilitando a contemplação de um quadro de rara beleza. Nesse cenário, moradores e investidores descobrem a vocação de uma região com fortes perspectivas de se tornar uma dos maiores centros turísticos do eixo São Paulo – Rio de Janeiro. A Capela do Jacu segue a tendência apontada num estudo de 1999, elaborado pela Prefeitura de São José dos Campos. Ao definir as vocações do Vale do Paraíba, as projeções reservam para Lavrinhas o avanço turístico baseado em suas belezas naturais. Em trinta anos, a Capela do

Capela do Jacu descobre vocação turística

Jacu seria forte pólo de atração de novos investimentos no setor, revela o estudo regional. Características há de sobra. Passados 14 anos da conclusão do estudo, a Capela já viu muita coisa mudar em seu cenário. Aos poucos, as áreas de pastagens e de cultivo agrícola cedem espaço para condomínios residenciais de luxo, de sítios e de

chácaras. No caminho natural, não vai muito tempo para que novos investimentos ganhem espaço no segmento de hospedarias e de balneários. A tranquilidade, o aspecto bucólico, as incontáveis nascentes, as cachoeiras e as piscinas naturais levam os primeiros investidores a encarar a nova realidade com perspectivas positivas.

Infraestrutura acompanha avanço

O prefeito José Luiz da Cunha (PSDB) afirma não haver dúvidas sobre o futuro da Capela do Jacu. “Temos uma das mais belas paisagens da Serra da Mantiqueira, região dotada de muita água e de rara beleza natural”, revela José Luiz. Para ele, é fundamental que o avanço turismo seja acompanhado da devida infraestrutura como sustentação da qualidade de vida dos moradores e dos

turistas. Cunha inclui no elenco de obras a reconstrução da Estrada Municipal Pinheiros – Capela. “Com verba do governo liberada pelo Geraldo Alckmin, o pavimento asfáltico e o sistema de drenagem da estrada foi todo refeito para dar excelentes qualidades de acesso à Capela”, afirmou ao ressaltar os investimentos da Sabesp na construção da Estação de Tratamento de Esgoto e ainda

a pavimentação com blocos de cimento da estrada Capela – Retiro dos Barbosa. “São obras de estrutura e de saneamento fundamentais. Não se pode falar em crescimento do turismo sem tais investimentos. No que depender do nosso governo, tudo faremos como incentivo ao desenvolvimento turístico da Capela do Jacu e de outras regiões em Lavrinhas”, assegurou José Luiz.

Rancho João Luiz terá Festival Sertanejo

João Luiz não perdeu suas características de homem rural mesmo depois de investir em seu rancho e se tornar empresário do setor de turismo. De jeitão mateiro, de estilo marcante na expressão, sem dispensar o chapéu, João Luiz é de boa conversa e de contos de causos por horas a fio. É do tipo que o turista gosta. Na propriedade, no centro da Capela do Jacu, João Luiz construiu balneário bem ao seu estilo, quase tudo rústico, piscinas de pedras que ele próprio cuidou fazer, do lago e do salão de even-

tos. O projeto também inclui para o futuro a construção de chalés. Na linha de eventos, João Luiz

sempre tem algo de novo. No dia 30 de novembro, a expectativa está no Festival Sertanejo.

Carlos Lopes é sossego, ao mesmo tempo, adrenalina De família tradicional da pecuária regional, Carlos Lopes aproveitou parte da fazenda para implantar pesqueiro. Estava em moda nos anos de 80 a pescaria. Muitos surgiram e logo foram fechados. Carlos Lopes avançou os projetos. Além dos lagos, o empresário construiu piscina, rancho para restaurante, quiosques e passou a investir em eventos 4x4 e de motocicletas. Resultado: o Rancho do Carlos Lopes também está na rota dos grandes na região.

Avenida Theodoro Quartim Barbosa, 695 Cruzeiro /SP - Fone (12) 31 44-8556

22 de novembro de 2014

Pássaro deu nome à Capela

posses, vindo de Cotia (SP), foi um dos primeiros colonizadores, tanto que a ele é atribuída a fundação de Pinheiros e da Capela. Por tradição religiosa ditada pela Igreja Católica, todo aglomerado humano teria, obrigatoriamente, uma igreja ou capela. A construída no local deu nome ao lugarejo, Capela do Jacu. Durante cerca de cem anos, as regiões desmatadas no entorno da capela foram

mantidas cobertas por extensas plantações de café das famílias Novaes e Pinto dos Santos. Na história brasileira, a Capela do Jacu também é citada como o local de uma das primeiras colônias de trabalhadores livres do País. O núcleo foi fundado em 1850 pelo então alferes Manoel de Freitas Novaes, filho de Manoel da Novaes Cruz. A colônia abrangia desde as margens do Rio Jacu até o Ribeirão dos Lopes. Das cinco famílias beneficiadas inicialmente, o número de colonos saltou para cerca de 500, dentre eles negros livres da escravidão, nordestinos e imigrantes europeus. No decorrer do século XX, a partir da decadência do café perto de 1905, a Capela do Jacu substituiu os cafezais pela pecuária leiteira e extração de carvão natural e de minério. No século XXI, a Capela do Jacu desperta para a nova vocação, apostando no forte potencial turístico.

Em todo recanto que se preza, há sempre uma iguaria muito procurada. Há locais, por exemplo, onde o queijo faz sucesso; em outros, a cachaça é a predileta. No Rancho do Zé Neto, o torresminho é o grande atrativo dentre os pratos servidos. O segredo do tempero, do corte e do grau de fritura, Zé Neto não conta. Não dá para sair da Capela do Jacu sem saborear o famoso

prato. Respeitada a proporção, é como ir a Roma e não ver o Papa. Além do inigualável torresminho, o turista também desfrutar de outras porções. O local é tranquilo. Nada de bagunça, de carro com som alto que o Zé Neto põe para correr, literalmente. “Aqui é pra quem gosta de conversar, de apreciar a natureza, não é para tormento. O Rancho do Zé Neto é ponto de parada para a famosa

Cachoeira da Pedreira, piscina natural super procurada por banhistas nos finais de semana. A visão do rancho é privilegiada, de frente para as montanhas da Mantiqueira. Para o topo da propriedade, Zé Neto sonha com pousada. Do alto do morro, bem perto do rancho, a visão é deslumbrante. Olhando ao sul, vê-se várias cidades da região; ao norte, a exuberância da serra.

Pouco depois de Zé João, ainda no início da década de 1980, o radialista José Edson, mineiro de Carmo de Minas, desejava apenas um canto para morar e aproveitar a qualidade de vida da roça. Zé Edson conhecia de rádio. De roça, o pai dele, Joaquim Pereira, conhecia de tudo. Umas vaquinhas, uns cavalinhos e vida sossegada no campo. Nada mais bastava. Zé Edson casou-se com Helen, também de raízes rurais. A beleza do sítio incentivou a construção do primeiro chalé. Aos poucos, surgiu o sugestivo nome de Vale das Orquídeas, com piscina, salão de festas e eventos, lago, chalés e casa para grupos. O forte está nos eventos, casa-

mentos, convenções, festas de época e aniversários. Para todos os estilos, a equipe de Helen ofe-

rece bufê preparado na própria pousada, garçons, segurança e toda a estrutura necessária

Antes da chegada do homem branco e da colonização, até o século XVIII, a região serrana de Lavrinhas era habitada pelos índios Puris. Partiu deles o nome de batismo do rio que brota na região da Gomeira, divisa com Minas Gerais, e segue por quilômetros até desembocar no Rio Paraíba. Jacu, a referência indígena para a ave comum na região da Mata Atlântica. Certamente, por haver grande população da espécie nos arredores do rio, os Puris o batizaram com esse. A colonização da região indígena ocorreu a partir de 1790 aproximadamente, mesma época de Pinheiros. Com a chegada dos primeiros fazendeiros, as terras indígenas perderam suas características primitivas. Os Puris desapareceram, as matas foram substituídas pelas pastagens e cultivo de café. Manoel Novaes da Cruz, homem de grandes

Torresmo do Zé Neto é indispensável

O sítio que virou Pousada e Salão de Festas Vale das Orquídeas

O pioneirismo de Zé João

Com pouco mais de 80 anos de idade, com marcante simplicidade, José João se lembra de cada momento de transformação da Capela do Jacu. Até a década de 1980, pouco se falava sobre turismo na região. Ele próprio confessa que, ao adquirir um terreno de pouco mais de um alqueire, nas margens do Rio do Braço, pensou em apenas um rancho para a família. “Era para final de semana, pra descansar”, afirma. Zé João não se importava coma chegada de pessoas, conhecidas ou não, que pediam para nadar na propriedade. “Eu percebi que, sempre à tarde, essas pessoas estavam com fome e a cerveja havia acabado. Então, coloquei uma geladeira e lanches à disposição e o movimento foi aumentando cada vez mais”, lembra com entusiasmo.

Trinta anos depois, o Rancho do Zé João está na relação dos maiores centros de lazer do Vale do Paraíba, com toda a estrutura necessária em hospedaria,

eventos, restaurante, quiosques, camping e piscinas naturais. “Vem gente de todo lado, desde Taubaté até Resende”, diz Zé João.


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