Revista Península

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Ano I – N0 1 – Julho de 2009 www.penisulanet.com.br

Revista

Península este exemplar é seu

Meio Ambiente Qualidade de vida tem nome e endereço

Saúde Vitalidade e muita disposição na melhor idade

Península

O melhor lugar do mundo é aqui



Editorial valorização do espaço está por todo canto. Detalhes, escolhas, cuidado com o todo e suas partes. Quem escolhe este espaço, na verdade, escolhe muito mais do que uma nova moradia, mas uma forma diferenciada de viver e contribuir para a casa maior, o planeta Terra. Essa concepção de valorização do verde, da preservação do meio ambiente vem desde o primeiro Projeto Península, e lá se vão quase duas décadas. De lá prá cá, o que era projeto ganhou forma, contornos e a multiplicação é visível. As crianças que aqui circulam, além de brincar também aprendem, e educação ambiental pra eles é lugar comum, é arroz com feijão, é o que deveria ser para todo mundo. Isso é apenas uma pequena pincelada de uma tela linda e imensa.

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E nessa tela, a mão do artista (de quem vive ou trabalha nesse espaço) descobre novas nuances, novas formas de se comunicar, interagir e criar mecanismos de crescimento e da melhoria da qualidade de vida. Tudo é pensado para que haja sintonia entre todos os envolvidos e que a vida flua com total harmonia e equilíbrio. A Revista Península chega até você para ser mais uma ferramenta de interação. Contamos com a sua participação, sugestão, críticas. Contamos com as suas pinceladas para melhorarmos a nossa comunicação. Acreditamos que esse quadro, pintado a muitas mãos, tem o céu como moldura e o verde como condutor, e no meio disso tudo, estamos eu e você. Gente que vive e acredita que o melhor lugar do mundo é aqui. ASSAPE

Presidente Carlos Felipe de Andrade Carvalho Vice-Presidente Sergio Lopes Gerente Administrativo/Financeiro Jorge Leone Gerente de Relacionamento Cláudia Capitulino www.peninsulanet.com.br revistapeninsula@peninusalanet.com.br 21 3325 0342

Revista Península é uma publicação da Editora Util Comunicação & Design Editora Responsável Tereza Dalmacio terezadalmacio@utilcd.com.br Colaboradores Eliane Nóbrega | Karen Montenegro Fotografia Fábio Vilas | Thiago Esteves Revisão Giselle Martins Design e Projeto Gráfico Rafael Carvalho rac.rio@gmail.com Estrada da Barra da Tijuca, 3886 – Sala 222 Itanhangá Barra da Tijuca – RJ contato@utilcd.com.br | utilcomunicacao.blogspot.com 21 3471 6799 | 7898 7386 | 7858 1702

REVISTA PENÍNSULA JULHO 2009

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Sumário

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18 6. Entrevista | Carlos Felipe de Andrade Carvalho 8. Entrevista | Sergio Lopes 12. Programe-se 13. Retrospectiva | Festas e muita descontração 16. Porta-retrato | Fotos lindas de se ver 18. É de Casa | A arte de Ique 22. Meio Ambiente | Bromélias, fatos e mitos 24. Turismo | Buenos Aires 27. Aprendendo com a Natureza 28. Entrevista | Carlos Fernando de Carvalho 31. Dia dos Namorados | O amor está no ar 32. Terceira Idade | Saúde e disposição 4

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ARMAZÉM SALA DE ESTAR

Armazém ocê sabia que, mais de 500 anos depois do descobrimento do Brasil, a mais antiga das práticas comerciais, o escambo, ganha força novamente no mercado? Segundo o International Reciprocal Trade Association (IRTA), a troca de produtos e serviços movimenta, informalmente, quase 800 milhões de dólares por ano no país. E nós vamos aumentar, mesmo que timidamente, essa cifra. Esse espaço aqui é o seu Armazém, para venda ou troca de objetos entre os moradores da Penín-

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sula e também para os pararceiros que prestam serviços os aqui.Vamos funcionar como mo um pequeno classificado. o. Anuncie o seu produto ou serviço. Faça um bom neegócio sem sair de casa. a. Maiores informações pelo o telefone 3325 0342 ou u pelo e-mail revistapeninsu-la@peninsulanet.com.br.

Revista Pe Pení níns n ula é um veícu ulo d dee comunicaçã ção o cr criado para você,, mo mora rado d r, e por issso mes e mo, é fundamen enta tall a su sua participação paraa o su s cesso deste lanç nçam amen ento. Sugira temas as,, no noss envie sugestão de pa pauutas, mande a foto que ue qquer ver publicad ada, a, ppar arttici c pe, interaja, escrev evaa pr praa gente. Essa sala de eesttar é para receebe berr vo você cê e saber o que go gost staaria de encontrarr na ssua ua Revista Península.. Ap Apon o te o tema, e nós ós vvam amos buscar as informa maçõ ções e que você deseeja ja..

Até o próximo encontrro, e com a sua participaçção. REVISTA PENÍNSULA JULHO 2009

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ENTREVISTA DR.CARLOS FELIPE DE ANDRADE CARVALHO

Dr. Carlos Felipe Presidente da ASSAPE

DR. CARLOS FELIPE DE ANDRADE CARVALHO, VICEPRESIDENTE DA CARVALHO HOSKEN, PRESIDENTE DA ASSAPE, FOI UM DOS CONDUTORES DA TRANSIÇÃO SCAP PARA ASSAPE. PARTICIPA ATIVAMENTE DA VIDA DA PENÍNSULA E DE TODAS AS DECISÕES TOMADAS PARA O CRESCIMENTO E MELHORIA DO ESPAÇO. VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE ESSE PERÍODO, SOBRE O TRABALHO DA ASSAPE E SOBRE O PONTO DE VISTA DE QUEM ESTÁ LIGADO À VIDA E A TODA CONSTRUÇÃO DESSE ESPAÇO PRIVILEGIADO.

Revista Península: Como os incorporadores veem a participação do morador em todo o processo de condução da administração ASSAPE? Carlos Felipe: A participação dos moradores e a conscientização dos mesmos em manter e melhorar tudo que foi criado e investido pelos incorporadores no período de desenvolvimento do projeto são fundamentais. Tudo que foi realizado foi com o objetivo de dar mais qualidade de vida aos moradores da Península, a perpetuação do projeto será de responsabilidade dos moradores que estarão à frente da gestão da ASSAPE, pois em um determinado momento, os incorporadores não mais serão associados e a Peninsula será gerida 100% por aqueles que escolherem essa região para viver. É com muita satisfação que nós incorporadores temos percebido que os moradores da Península têm buscado investir mais os recursos oriundos da arrecadação em melhorias nas suas dependências, como por exemplo, o Sítio do Matoso, um projeto infantil de conscientização ambiental que, com certeza, será um sucesso. Os moradores que trarão as novas necessidades à ASSAPE são aqueles que estão envolvidos no dia-a-dia da vida comunitária da Península, eles que poderão demonstrar melhor que nós, incorporadores, suas reais necessidades. Novas demandas surgirão e isso significa que o projeto associativo é um sucesso, pois as demandas traduzem a satisfação pelos objetivos já conquistados e a vontade de novas conquistas de qualidade de vida. Revista Península: A voz do morador é fundamental

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para o direcionamento dessa mesma administração? Carlos Felipe: A ASSAPE é uma associação democrática, os votos dos moradores vão definir aqueles que vão estar à frente da administração da ASSAPE, se houver insatisfação tudo será decidido de forma democrática. Os moradores elencarão os projetos que serão levados para votação através das comissões. Revista Península: Quais foram os maiores ganhos para Península com a criação da Associação dos Amigos da Península? Carlos Felipe: A antiga SCAP era uma associação de incorporadores na verdade. Através dela, nós uníamos recursos, de acordo com a participação associativa de cada um, para investir em melhorias dentro da Península. Foi através da SCAP que foi possível viabilizar a construção dos parques, das portarias, fazer a manutenção da trilha ecológica, entre outras muitas iniciativas, e deixar a Península fisicamente preparada para receber os compradores. Na época da SCAP, os moradores não participavam das decisões associativas e também não contribuíam financeiramente para sua manutenção. Foi após o surgimento da ASSAPE, que os moradores passaram finalmente a participar de todas as decisões dentro da associação e a contribuir financeiramente para as decisões tomadas, além de já arcarem junto com os incorporadores os custos de manutenção de toda área. A ASSAPE foi o marco inicial para que a Península seguisse sua trajetória natural, foi o primeiro passo de uma


ENTREVISTA DR.CARLOS FELIPE DE ANDRADE CARVALHO

criança que só tende a crescer. E logicamente, os ganhos foram inestimáveis, a participação dos moradores já fez nascer novos projetos como a criação da balsa que irá até o Parque Melo Barreto, facilitando o acesso ao Barra Shopping, o Sítio do Matoso já citado acima, entre outras ideias que, com certeza, se tornaram realidade e melhorarão ainda mais a qualidade de vida de seus associados. Revista Península: Qual o papel da Península como modelo de sustentabilidade para a engenharia nacional? Carlos Felipe: A Península é um empreendimento diferenciado, a começar por suas dimensões. Imagine uma área do tamanho do Leblon (zona sul da cidade) onde toda sua área pública (parques, trilhas, ruas) é gerida com a participação dos seus moradores que cuidam desde a limpeza das ruas, até a sua própria segurança interna. É um projeto que vai gerar uma nova concepção de qualidade de vida, é difícil repetir o feito realizado na Península, porque se necessita de um item básico que hoje está em falta nos grandes centros urbanos, a matéria- prima, ou seja, o terreno disponível para viabilizar um projeto dessa magnitude. Outra coisa que viabiliza esse projeto é sua taxa de ocupação, pois caso fosse um empreendimento de casas ou prédios mais baixos, a cota associativa seria muito alta e provavelmente inviabilizaria os investimentos e a manutenção de todo o empreendimento. Um grande diferencial também é o fato da região ser literalmente uma Península e cercada por uma das lagoas mais bonitas do Brasil. Todos esses fatos contribuem para que o empreendimento seja um modelo de sustentabilidade, porém de difícil repetição. Acredito, que a Península será um exemplo para outros bairros no Brasil, principalmente no que diz respeito à criação de associações civis como a ASSAPE para tornar possível a perpetuação do projeto e a manutenção da qualidade de vida. A grande vantagem foi que a Península já nasceu com a Associação constituída, e esse será o seu maior legado para fins de modelo de sustentabilidade.

Revista Península: Como você vê a Península daqui a 10 ou 20 anos? O que você diria para os que estão chegando hoje a esse oásis carioca? Carlos Felipe: A Barra hoje é o maior polo de desenvolvimento do Rio de Janeiro, que é a segunda cidade mais importante do país. A ocupação da Barra cresce baseada em um plano diretor, o que em outras regiões da cidade não foi feito. Dessa forma, toda a Barra da Tijuca cresce de forma ordenada. Hoje essa região representa uma das maiores arrecadações de IPTU da cidade, diante disso, ela passa a ser a “menina dos olhos” do Poder Público. Com todos esses fatos e diante das áreas ainda remanescentes de ocupação na nossa região, a perspectiva é que os investimentos públicos em segurança, transporte e saneamento só aumentem na região, como realmente tem ocorrido nos últimos anos. Além do mais, a Península vem sendo ocupada com empreendimentos de altíssimo nível, todas as novidades em tecnologia para projetos imobiliários da cidade vêm sendo construídas nesse bairro, uma renda mensal por família considerável, e a ASSAPE constituída e consolidada só vão fazer dessa região uma das mais desejadas da cidade. Para aqueles novos moradores da Península, eu diria para buscarem informações sobre a ASSAPE e seus objetivos estatutários e projetos em andamento. Diria também para se conscientizarem da importância da vida comunitária para a valorização do patrimônio , para participar ativamente do dia-a-dia da ASSAPE e para escolher com responsabilidade aqueles que vão representar seus condomínios como Conselheiros Comunitários na gestão da ASSAPE. E finalmente, diria que a contribuição associativa é o passaporte para a qualidade vida tão almejada. Para finalizar, eu gostaria de dizer que me sinto honrado de ocupar o cargo de Presidente da ASSAPE e ajudar na construção desse sonho junto com os moradores que é a construção de um lugar ideal para se viver. São os moradores da Península que viabilizaram esse projeto e que se dedicam com seu tempo e recursos a transformar a Península em um dos espaços urbanos mais respeitados e desejados da cidade.

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ENTREVISTA SERGIO LOPES

Sergio Lopes Vice-Presidente da ASSAPE

“A ASSAPE, ASSOCIAÇÃO AMIGOS DA PENÍNSULA, É MUITO MAIS DO QUE UMA CASINHA AMARELA, CHARMOSA E CERCADA PELO VERDE, É UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO, ABERTO A TODOS. É A EXTENSÃO DA CASA DE CADA CONDÔMINO E O TRABALHO DE MUITA GENTE. UM LUGAR ONDE A PORTA ESTÁ SEMPRE ABERTA PARA VOCÊ QUE QUER PARTICIPAR E AJUDAR A TORNAR A NOSSA ÁREA AINDA MAIS SEGURA, BONITA E AGRADÁVEL. AQUI, NÃO SÓ A GRAMA DO VIZINHO É MAIS VERDE, MAS O JARDIM DE TODOS”. Assim começamos a entrevista com o Vice-Presidente da ASSAPE, Sergio Lopes. Um depoimento apaixonante de quem vive a Península desde 2004. Que, lá atrás, no início de tudo, já se empenhava em trabalhar, construir, dividir tarefas e trazer cada um para o centro da discussão. Morador do Paradiso há 5 anos, foi eleito síndico do seu prédio por várias vezes.Vamos conhecer mais do homem, do empresário e do trabalho que ele realiza em prol de toda uma comunidade. Revista Península: O que move você a dedicar tempo, trabalho e tanta energia a Península, essa área de 750 mil m2, equivalente ao bairro do Leblon, com apenas cerca de 8% de construções residenciais, 2 imensos parques e 5 jardins temáticos? Sergio Lopes: Apreço. Essa palavra define bem o que sinto por todo esse espaço. Foi por querer ver isso aqui sempre melhor, crescendo de forma sustentável, que sempre levei a minha contribuição para realizar esta tarefa de ajudar a administrar a Península. Não recebo salário por esse meu trabalho, nenhum dinheiro. Mas sou remunerado sim, com a satisfação que sinto em saber que colaboro para a melhoria de vida da minha e de todas as famílias que aqui residem. Não pense que a jornada é suave. Há muito suor colocado aqui, muito trabalho duro. Às vezes, muita incompreensão também, mas tudo vale a pena quando

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os objetivos são alcançados. Sou apenas um elo nessa corrente imensa. Tem muita gente boa envolvida em todo esse processo. Revista Península: Mas antes de você apresentar todo esse grupo, vamos contar para o nosso leitor o nascedouro disso tudo? Sergio Lopes: Inicialmente a administração era feita pela SCAP – Sociedade Civil Amigos da Península - criada e administrada pelas construtoras. Essa entidade, que representava a todos, tinha total poder de tomada de decisões. Esse formato era mais ágil, rápido, mas os moradores não podiam cobrar nada, porque quem pagava a conta eram as próprias construtoras. Mas também sabíamos que, em algum momento, o condômino iria assumir essa conta, era apenas uma questão de tempo. E havia um desejo latente, o morador queria participar da vida da Península, colocar a sua voz também ali. Revista Península: E essa transição da SCAP para ASSAPE como foi? Sergio Lopes: Longa. Durou cerca de 1 ano. Mas tudo foi feito com muita tranquilidade, discussão e com a participação de todos os síndicos (representantes dos moradores), de moradores convidados e dos incorporadores. Nos reuníamos duas vezes por semana. Para se ter uma ideia, o estatuto foi alterado


ENTREVISTA SERGIO LOPES

16 vezes. Cada item foi visto e revisto até chegar a um consenso. Com o documento final pronto, ficou decidido que a presidência seria exercida pelos incorporadores por dois mandatos, e coube ao Dr. Carlos Felipe Andrade de Carvalho, Vice-Presidente da Carvalho Hosken, o cargo. E ainda ficou decidido que o Vice-Presidente da ASSAPE seria de fato o responsável pelas necessidades da comunidade. Importante dizer também que ficou acordado com os incorporadores, no processo de transição, que embora possuíssem mais votos, os interesses da comunidade seriam respeitados e eles votariam com a maioria. Revista Península: E como você foi escolhido o Vice-Presidente da ASSAPE, o responsável direto pela administração da área? Sergio Lopes: Pelo voto. Foi realizada uma eleição entre todos os síndicos e fui eleito pela maioria absoluta. Na nossa chapa elegeramse ainda o Presidente do Conselho, Márcio Câmara, e demais Conselheiros. Revista Península: E essa administração como funciona? Sergio Lopes: Eu sempre aprendi o seguinte: eu não sou dono de nada e muito menos da razão. Acredito em dividir tarefas e responsabilidades. Assim fiz e faço como síndico, e da mesma forma ajo na ASSAPE. Quando mudei para o Paradiso e fui eleito síndico, acabei criando uma forma de trabalhar mais participativa e transparente. Se algum vizinho chegava pra mim reclamando, por exemplo, que o andar dele estava sujo, pedia para ele olhar o andar abaixo e o acima dele. Problema constatado, o reclamante passava a fiscalizar essa área e a trazer o problema e a solução para o grupo. Assim fiz com diversos setores, jardinagem, segurança, e os moradores se

conscientizaram em se engajar nas tarefas de cuidar das áreas comuns do seu condomínio. Da mesma maneira que o síndico precisa da participação de todos, a ASSAPE necessita também. Revista Península: E como é essa administração na ASSAPE? Sergio Lopes: Esse modelo de administração participativa é algo que trago na minha vida profissional também. Sou empresário, e desde 1982, trabalho com projetos de meio ambiente. Além disso, sou Conselheiro Ambiental da FIRJAN -Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - e da Prefeitura, Presidente do Sindicato das Empresas de Meio Ambiente e Presidente das Empresas Transportadoras de Resíduos. É preciso delegar, atrair colaboradores, dividir o trabalho e dar espaço a quem entende de cada área. A ASSAPE funciona assim. Revista Península: Antes de darmos continuidade à administração da ASSAPE, surgiu uma dúvida. Com todo esse seu know how na área ambiental, a empresa que cuida dessa parte na Península é sua? Sergio Lopes: Muito bom esse esclarecimento. Claro que não. Minha vida profissional não cabe dentro da Península. Se busco e cobro sempre credibilidade e transparência, sou o primeiro a agir assim. Não misturo as coisas de forma alguma. Sergio empresário, lá fora, e aqui, o condômino que ajuda a melhorar o espaço em que vive com mais milhares de pessoas. Aqui trabalho de forma partilhada, com diversos outros moradores, em prol do todo. Revista Península: Vamos colocar essa forma

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administrativa para que o leitor entenda todo o processo. Foram criadas várias comissões para que o trabalho seja conduzido com eficiência e de forma participativa. Quais são essas comissões e como funcionam? Sergio Lopes: Chamo esse modelo de Gestão de Responsabilidade Compartilhada. Criamos várias comissões: Transporte, Segurança, Manutenção e Conservação, Futebol, Tênis, Festa Junina e Meio Ambiente. E elas são fundamentais para o nosso dia-a-dia. Funcionam como os olhos da comunidade, apresentam propostas, soluções para serem deliberadas pelos conselheiros comunitários, e hoje são responsáveis por várias soluções importantes dentro da Península. Revista Península: Como é escolhido o responsável por cada comissão? Sergio Lopes: Nos nossos e-mails e informativos, convidamos o morador a participar das comissões. Basta ele procurar o seu Conselheiro Comunitário, Síndico ou a Administração do seu prédio, para checar se já existe alguma outra pessoa do seu prédio na comissão que queira participar. Feita essa checagem, é enviada uma solicitação formal a ASSAPE, para apresentarmos as comissões que já estão em andamento. O processo pode até ser um pouco lento, mas nos garante fidelidade, transparência e credibilidade. Revista Península: Quais os principais projetos que estão em andamento no momento? Sergio Lopes: TRANSPORTE – implantamos novos ônibus, mais confortáveis, com 52% a mais de assentos e com o mesmo custo da empresa anterior. O roteiro do ônibus do morador foi ampliado, agora ele vai até o Rio Design e retorna perto do Quebra-Mar, via Avenida das Américas, e sem aumento do custo. Ainda estamos em fase de ajuste, com algumas reclamações ainda, mas trabalhando para solucionar todos os problemas e atender a

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CONSELHEIROS Nadim Cassar Netto Marcella de Almeida Castro Balieiro José Antônio da Rosa Sérgio Lopes Sandra Cristina Apolinário Danilo Soares Pereira Dias Rodrigo Carvalho de Sant’Anna Marco Antonio Beraldo Carlos Gustavo Ribeiro Luis de Paoli Carlos Fialho Gilson Nunes Amélia Nunes S. Jardim

CONDOMÍNIOS INSTALADOS Monet Excellence Bernini Paradiso Green (Bay/Star) Green (Lake/Garden) Via Bella Península Life Península Style Mandarim | Atmosfera Quintas da Península Aquarela Royal Green

CONSELHO FISCAL Márcio Santiago Câmara João Carrolo Adelir de Paiva Mello Márcia de Luca Ana Beatriz Moraes

CONDOMÍNIO | EMPRESA Green Bay Carvalho Hosken Península Life RJZ/Cyrela RJZ/Cyrela

SUPLENTES Cristiana A. S. Soares Luiz Antônio A. C. Lamboglia Mauro Salles Tupinamba Márcio Grossman Jorge Lima

Quintas do Lago Paradiso Green Garden RJZ/Cyrela Carvalho Hosken

COMISSÃO DE SEGURANÇA Albino Andrade Gilson Pereira Nunes Luis Antônio P. Lamboglia Luis H. M. de Paoli Robert Forster Sandra Cristina Dias Apolinário Johanne P. G. Van Deursen Dang Koon Kuen Agostinho Biancamano José Antonio da Rosa Márcio Santiago Câmara

EDIFÍCIO Mondex Flex Emerald Paradiso Mandarim Quintas do Mar Green Bay Paradiso Aquamarine Ambiance Ludovisi Green Bay

COMISSÃO DE TRANSPORTE Albino Andrade Eduardo Cassiano Luis H. M. de Paoli Rogério Moço Sandra Cristina Dias Apolinário José Édio Bezerra Gomes Luiz Felipe Cantanhe de Donati José Mauro Cordeiro Lucia de Veiga Nuzman Danny Guedes Gisele Saleg Rafael Aguieiras Espírito Santo

EDIFÍCIO Mondex Flex Barberini Mandarim Via Vita Green Bay Quintas do Sol Paradiso Style Style Mandarim Verveine Quintas do Bosque

COMISSÃO DE MAN. E CONSERVAÇÃO Armando Correia da Fonseca Mário Renato Rezende Martins Luis Eduardo Albuquerque de Vasconcelos Flávio Luis Coradini

EDIFÍCIO Península Life Green Lake Paradiso Via Natura

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE Marcelo Macedo Marcella de Almeida C. Balieiro Mirian Helene Andrieta Ismael Garcia Estrada Dang Koon Kuen José Édio Bezerra Gomes Sandra Cristina Dias Apolinário Lucia de Veiga Nuzman

EDIFÍCIO Península Life Exclusive Green Star Aquamarine Aquamarine Quintas do Sol Green Bay Style

COMISSÃO DE FESTA JUNINA Maria Cecília R. Ruivo Célia de Castro Ana Cristina Patrícia de Moraes Rocha

EDIFÍCIO Barberini Unique Paradiso Via Vita

COMISSÃO DE TÊNIS Tomaz Pelozi Renato Ribeiro Paulo Roberto Migueles Maximino Marandino Ismail Bahia Walter Luiz B. Queiroz Dirceu de castro Thiego Nunes André Gustavo Dobrões Agenor Pitta Lima Medeiro

EDIFÍCIO Barberini Quintas do Lago Quintas do Bosque Poeme Poeme Via Vita Unique Emerald Turmaline Ambiance

COMISSÃO DE FUTEBOL Cássio René Morgado Menezes Biosca Luis Cláudio Ferreira Nasil Caldas da Silva Pedro Porfírio Rodrigo Carvalho de Sant’Anna Luiz Thiago Montanha Marcelo José Tompson Angelo Ferreira de Oliveira

EDIFÍCIO Green Garden Green Lake Mandarim Península Style Via Natura Mandarim Quintas do Bosque Green Lake

COMISSÃO DE FUTEBOL Cássio René Morgado Menezes Biosca Luis Cláudio Ferreira Nasil Caldas da Silva Pedro Porfírio Rodrigo Carvalho de Sant’Anna Luiz Thiago Montanha Marcelo José Tompson Angelo Ferreira de Oliveira

EDIFÍCIO Green Garden Green Lake Mandarim Península Style Via Natura Mandarim Quintas do Bosque Green Lake

COMISSÃO DE VOLEI José Édio Bezerra Gomes Walter Luíz Queiroz Leonardo Zylberman

EDIFÍCIO Quintas do Sol Via Vita Ambiance


ENTREVISTA SERGIO LOPES

“É preciso garantir a transparência e a legalidade...” comunidade como ela deseja e precisa. ACESSO – o sistema de acesso a Península foi modificado para um novo sistema totalmente diferenciado e mais seguro. O custo da implantação correu pelas construtoras sem gerar ônus para o condômino. LAZER E EDUCAÇÃO – estamos em fase de projeto e de início da construção do SÍTIO DO MATOSO. Será construída uma casa na árvore (na verdade, uma casa construída em torno da árvore para evitar a agressão à flora), que funcionará como um local de convivência para as crianças com educação ambiental e horta orgânica. O recurso que será utilizado nessa empreitada é resultado da economia financeira da gestão e aprovado por unanimidade pela AGO. COMUNICAÇÃO – a criação desta Revista, que tem como objetivo estreitar o canal de comunicação entre você e a ASSAPE. Aqui terá sempre informação sobre a Administração, os projetos que estão em andamento e você ainda poderá participar com sugestões de pautas e comentários. A revista será mensal e ainda oferecerá sugestões de lazer, serviços e entrevistas com pessoas da comunidade. Já o site, está passando por reformulação para ser tornar uma ferramenta mais ágil e completa. Passará a ser um portal com vários serviços e facilidades para a sua interação com a Administração do local onde mora. São muitos projetos para o crescimento ordenado e sustentável da Península. Vamos ter a nossa própria sementeira, a implantação da travessia para o Barra Shopping via balsa, tudo isso está em andamento e sendo bem planejado para chegar até você com toda eficiência e segurança. Informaremos cada passo em cada edição da nossa Revista. Saiba que a ASSAPE trabalha para que o nosso espaço seja cada dia mais diferenciado, que valorize a qualidade de vida e contribua para o bem-estar de crianças, jovens e adultos. Além dos moradores (Comissões e Conselhos), que doam o seu tempo para todos e sem remuneração, apenas pelo desejo de contribuir e pelo amor ao espaço em que mora, um outro time afi-

nado com as ideias e com o modelo administrativo está pronto para atendê-lo: Jorge Leone (Gerente Administrativo e Financeiro), Claudia Capitulino (Gerente de Relacionamento), Alessandro, Adriana, Aline, Ana Caroline, Zé Alberto, Priscila, Paula, Rogério, Vladimir, Mario e Wagner, estão lá, diariamente, prontos, solícitos, aptos a servir você. Participe, marque presença, faça parte desse trabalho de proteção, manutenção e preservação da Península. Revista Península: Como funciona o caixa, o controle de gasto e a aprovação dos projetos? E quem tem direito a voto? Sergio Lopes: Sabemos que quando há entrada de dinheiro, a vigilância e o controle precisam ser dobrados. Vou tentar, de forma sucinta, dizer como é todo esse processo. Primeiramente, esclareço aqui que todos pagam valores iguais. É como se fosse um clube e, como exige a nova lei da sociedade civil, cada unidade tem direito a 1 voto. Os terrenos também pagam e votam pelo número de residências que ali serão construídas. Esse é um ponto. O outro é a aplicação dos recursos. Em consequência da administração participativa e bem planejada, realizamos economia financeira importante. O que foi economizado será investido no bem comum, com a aprovação das Comissões e dos Conselhos Comunitários. Muitas vezes pode parecer que há uma certa morosidade na implantação das melhorias e na criação de novos projetos, mas esse tempo é fundamental para que possamos garantir não só a implantação, mas a transparência e a legalidade. Nada é feito sem a aprovação das Comissões e do Conselho, que representam aqui o seu desejo também. Espero ter tirado a sua dúvida e me coloco a disposição para sugestões, críticas, parcerias nesse trabalho imenso de manter a Península com qualidade, excelência de serviços, agregando sempre mais valores para toda a nossa comunidade. Parece jargão político, mas é a mais pura realidade: Juntos, somos muito mais fortes!

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Tel.: 2421-3535 / 9995-3535 | E-mail: sap@kartodromopremium.com.br | Website: http://kartodromopremium.com.br | Horário: Diariamente, 17-24h |


RETROSPECTIVA FESTAS E MUITA DESCONTRAÇÃO

Retrospectiva APROVEITAMOS O LANÇAMENTO DA NOSSA REVISTA PARA RECORDAR CADA EVENTO SOCIAL OU ESPORTIVO. ESSA RETROSPECTIVA É COMO UM ÁLBUM DE FAMÍLIA. FOTOS, FESTAS, ALEGRIA, DESCONTRAÇÃO. SENTIMENTOS E EMOÇÕES QUE MARCARAM AS COMEMORAÇÕES NA PENÍNSULA DO FINAL DE 2008 ATÉ AGORA. AQUI VOCÊ VAI SE VER, RELEMBRAR COM SAUDADE DO NATAL, DO CARNAVAL , DAS COLÔNIAS DE FÉRIAS, DA PÁSCOA, DAS ATIVIDADES FÍSICAS E PERCEBER COMO A ASSAPE TRABALHA E PENSA EM VOCÊ O TEMPO TODO. EMOCIONE-SE, RIA, RECORDE, DIVIRTA-SE COM CADA ATIVIDADE.

NATAL COM SABOR DE SOLIDARIEDADE 21 de dezembro de 2008 Na semana do Natal, no dia 21 de dezembro, crianças e familiares receberam a visita do bom velhinho. Papai Noel desembarcou na Península trazendo muita emoção, alegria, e a solidariedade deu o tom da festa. Cerca de 400 pessoas participaram da festa. “Muito gratificante saber que, mesmo num momento de total descontração, de fraternidade, nós, moradores da Península, contribuímos também para a saúde de muitas outras crianças”. Opinião da jovem Ana Lúcia, no momento da entrega de latas de leite. Assim como Ana, muitas outras pessoas fizeram as suas doações. Resultado: foram arrecadadas cerca de mil latas de leite. Alimentação infantil garantida, hora de comemorar. O Vice-Presidente da ASSAPE, Sergio Lopes, e membros da comissão fizeram a premiação do evento.Vários outros brindes foram sorteados. E a comunidade aplaudiu o trabalho e os esforços de toda a equipe da Associação Amigos da Península.

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RETROSPECTIVA FESTAS E MUITA DESCONTRAÇÃO

COLÔNIA DE FÉRIAS DO MATOSO

BAILE INFANTIL

Janeiro de 2009

15 de fevereiro de 2009

A turma miúda correu, brincou, aprendeu e se divertiu nas duas edições da “Colônia de Férias do Matoso”, que foram realizadas no início do ano. Entre os dias 11/01/2009 e 18/01/2009 ocorreu a primeira Colônia de Férias do Matoso. Com uma programação divertida e educativa que contava com brincadeiras, gincanas, oficinas e passeios, a colônia alcançou o número de 69 inscritos, já em sua primeira edição. Para dar oportunidade a todos, inclusive às crianças que estavam viajando, foi feita em seguida a segunda edição da colônia entre os dias 26/01/2009 e 01/02/2009. A segunda contou com 49 inscritos e levou às crianças mais diversão e cultura. Entre as brincadeiras estavam: oficina de pipas, pintura, corte e colagem, esportes, show de mágica, entre outros.

E rolou a festa! No dia 15 de fevereiro, o Carnaval tomou conta da Península e o Green Park foi o palco da folia. Os heróis da garotada marcaram presença e deram o tom da festa, entre eles, o Batman, o Super Homem, as princesas e diversos monstros. O desfile de fantasias também foi marcado pela beleza e pela criatividade. A ASSAPE premiou os ganhadores e presenteou os pequenos. Cerca de 500 pessoas prestigiaram o evento.

MANHÃ ZEN 15 de março de 2009 Meditação, tai chi chuan, alongamento, yoga.. Inspira, expira. A ASSAPE promoveu mais um evento que mobilizou moradores e foi um grande sucesso: a manhã zen. Profissionais especializados ofereceram uma série de atividades físicas, além de massagem relaxante e um café da manhã regado a muito equilíbrio e sabor. O resultado você pode conferir nos rostos tranqquilos e sorridentes dos participantes. 14

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PÁSCOA 12 de abril de 2009 A “Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Willi Wonka, invadiu a Península para a alegria da turma miúda e de todos os presentes. Os famosos Lupa-Lupa correram, agitaram e despertaram o sorriso e a alegria de todos. Brincadeiras, muito chocolate, mais brincadeiras, outras tantas carinhas de coelhinhos, um domingo mágico, organizado pela ASSAPE e curtido por você.

DIA DAS MÃES 15 de março de 2009 Mães e filhos aproveitaram o dia com muita diversão. A ASSAPE organizou a festa com primor e o carinho de sempre. As mães tiveram um delicioso café da manhã, receberam massagem, praticaram yoga, ganharam presentes e flores e ainda voltaram para casa muito mais bonitas, graças aos cuidados do cabeleireiro Beto Galvão, do Werner Coiffeur e toda a sua equipe. Uma manhã especial para aquela que cuida, educa, ama e se mantém maravilhosa para ela mesma e toda a família.

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PORTA-RETRATO FOTOS LINDAS DE SE VER

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PORTA-RETRATO FOTOS LINDAS DE SE VER

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É DE CASA A ARTE DE IQUE

É de Casa //texto por Tereza Dalmacio

NESTE ESPAÇO, VOCÊ VAI SEMPRE ENCONTRAR UMA CARA CONHECIDA, PODE SER O SEU VIZINHO, ALGUÉM QUE TENHA UM TRABALHO RELEVANTE, QUE SE DESTAQUE EM SUA ATIVIDADE E QUE RESIDE AQUI NA PENÍNSULA. E QUEM ESTREIA O É DE CASA É UM SUJEITO QUE, SE VOCÊ NÃO O CONHECE PESSOALMENTE, OU PELO SEU NOME, COM CERTEZA JÁ RIU DAS SUAS PIADAS, DE UMA FORMA OU DE OUTRA. Riscos, rabiscos, pincéis, tintas, textos, massa, barro... matéria-prima que constrói, dá a cor, cria a imagem desse carioca de 47 anos que escolheu a arte como parceira de vida, e vive um longo e feliz casamento. Jornalista, cartunista, escultor e roteirista. Chargista do Jornal do Brasil há mais de duas décadas. Autor roteirista da TV Globo, atualmente escreve o programa Zorra Total. Dois livros publicados. Dois prêmios Esso de Jornalismo. Duas esculturas suas no Rio de Janeiro. Ique é isso tudo e também o seu vizinho, morador da Península, espaço cercado pelo verde, que serve de inspiração, refúgio, porto seguro. Revista Península: Ique, vamos começar pelo princípio, na verdade, pelo nascimento. Nome de Batismo? IQUE: Victor Henrique Woitschach. Eu nasci em Campo Grande, MS e saí de lá rumo ao Rio de Janeiro aos 20 anos. Revista Península: E como surgiu o apelido? IQUE: Esse era meu apelido de infância. Quando comecei, aos quinze anos, no jornal Diário da Serra, em Campo Grande, eu assinava com meu primeiro nome. Mas como era o final da ditadura, e no interior do país a repressão ainda era muito forte, sem contar com o coronelismo regional, que não admitia que nenhum tipo de crítica ou irreverência questionasse seus mandos e desmandos, eu tive que usar um pseudônimo que dificultasse meu reconhecimento. Na verdade, aos 19 anos eu fiz concurso

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e me tornei funcionário público estadual, fazendo as charges da primeira página do jornal de maior oposição na região. Qualquer associação do chargista ao funcionário da Secretaria de Educação seria fatal. Pelo bem da verdade, não adiantou muito, mas pelo menos me deu um pseudônimo que funcionou como nome artístico e é de fácil lembrança. Revista Península: Conta pra gente como você descobriu essa veia artística, como foi o início da sua carreira, quais os grandes incentivadores? IQUE: Eu nunca me imaginei fazendo outra coisa na vida. Desde criança, desenhava muito e me dedicava tecnicamente ao desenho. Tratava aquilo como algo muito sério. Sofri críticas da família, muito conservadora, e só recebi incentivo dos estranhos. Professores me presenteavam com livros, revistas e com oportunidades pra desenvolver minha arte. Minha inspiração maior era um americano chamado David Levine, que revolucionou o traço no mundo quando usou a “hachura” para enriquecer os desenhos num momento em que a impressão de jornais e revistas não ofereciam recursos de meio tom, luz e sombra. Chegando ao Rio de Janeiro, trabalhei na DEMUZA quando os trapalhões se separaram e iniciaram carreira solo. Com Dedé, Mussum e Zacarias, fiz meu primeiro trabalho de peso para um filme: “Atrapalhando a Suate”. Quando finalmente cheguei à grande imprensa, mais precisamente no Jornal do Brasil, tive no cartunista Lan a figura do mentor. Mais do que um pai pra mim, naquele


É DE CASA A ARTE DE IQUE

“Escolhi a Península por achar que o projeto é inovador, e vai me garantir mais segurança, e qualidade de vida”. momento, ele teve a sensibilidade de reconhecer em mim o jovem talento que chegava na redação e que não podia ser desperdiçado. Com isso, me abriu todas as portas possíveis e imagináveis. Devo muito ao meu mestre LAN. Revista Península: Você acredita que, de modo geral, a crise política e financeira, os grandes escândalos pelo Brasil afora, a corrupção desenfreada, tudo isso é fonte inesgotável de piadas para os humoristas? IQUE: Infelizmente é. Mas disso jamais nos livraremos por sermos humanos e convivermos em sociedade. Uma sociedade cada vez mais adoecida e sem referencial ético. O papel do humorista gráfico, de imprensa é muito importante. Na verdade somos jornalistas que desenham, que fazem suas crônicas diárias através de imagens. Revista Península: O mensalão, dinheiro na cueca, os grandes escândalos do governo Lula renderam charges engraçadíssimas.Você mesmo criou várias. Fala de uma delas em especial? IQUE: Mais do que charges engraçadas, elas estão sempre carregadas de muita crítica e de uma preocupação jornalística responsável. Nosso trabalho vai até onde a fotografia não pode ir.Temos a licença poética de poder criar, em desenhos, situações que correspondem à realidade, expondo, de maneira irreverente e contundente, as víceras do poder e suas mazelas, mas que carregam essa realidade de irreverência. Nós somos os instrumentos da voz popular. Nesta charge, em que eu coloco no chuveiro quase todos os membros do PT envolvidos no escândalo do mensalão, me permito usar uma pequena legenda como a cereja do bolo pra reforçar a situação delicada em que eles se encontram: Alguém tem que se sacrificar e pegar o sabonete, que é o mensalão, que caiu. A metáfora visual fala por si só. Revista Península: Dois prêmios Esso de Jornalismo*, um reconhecimento ímpar pelo seu trabalho. Quais foram os trabalhos premiados e quando?

IQUE: Tive dois trabalhos premiados num momento muito importante de minha carreira, em 1990 e 1991. A charge política não era incluída no Prêmio por não ser considerada jornalismo, como a diagramação e o fotojornalismo. Eu ganhei os dois primeiros anos, e fim. A categoria acabou logo em seguida, me deixando como o único profissional do mercado a ter recebido tal honraria na história da imprensa brasileira. Os dois trabalhos foram sobre o governo Collor. Um no início, mostrando o filhinho de papai ganhando o Palácio do Planalto de brinquedo no Natal, e a outra demonstrando todo o seu poder.Obrigando o velho medalhão Leonel Brizola a “comer em sua mão” pra conseguir a verba pleiteada para a construção da linha vermelha no Rio. Revista Península: Dois livros de charges publicados. Fala um pouco sobre esses dois trabalhos. IQUE: Os livros são duas coletâneas dos meus melhores momentos no governo Sarney e no governo FHC. O primeiro, intitulado “Brasileiras e Brasileiros”, com charges ainda em bico de pena, publicadas exclusivamente pelo Jornal do Brasil. O segundo já com trabalhos em cor, a lápis de cor e ecoline, publicados na primeira página do Estadão de S. Paulo. Esse livro teve uma tiragem recorde de 120.000 exemplares, pois foi solicitado pelo departamento de marketing da empresa pra ser o brinde promocional pela renovação de assinaturas de toda a carteira do jornal. Sucesso inesperado. Revista Península: É mais fácil ou apenas diferente criar charges hoje? A ilustração digital facilita muito o trabalho ou ainda é o talento que comanda o show? IQUE: A criacão é e sempre será a mesma. Obviamente ela é quem orienta uma série de prioridades e escolhas, mas o talento, a técnica apurada, a sensibilidade artística sempre comandam o show. Obviamente que a ilustração digital, a pintura digital oferece uma facilidade incrível. Não poderia ser

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diferente. Se é uma tecnologia avançada, teria que trazer inovações e vantagens técnicas que o trabalho convencional não oferece. E a maior vantagem é a velocidade na execução dos trabalhos, na assepsia, na praticidade. Com um laptop na praia, em qualquer lugar desse nosso litoral fantástico, você pode fazer uma pintura digital, virtual riquíssima. Mas sem tecnicamente saber como se faz no papel, não adianta pegar o computador e achar que todas as ferramentas, filtros que simulam quase todas as situações reais, vão fazer o trabalho pra você. E pior, você vai ter que se readaptar ao comportamento do computador. O maior exemplo que dou é o do vídeo game que simula corridas de carro. Por melhor motorista que você seja, pilotando um simulador de corrida, você bate o tempo todo. O mesmo vai acontecer desenhando no computador. Pelo menos até você se adaptar ao “drive” da caneta virtual que se usa pra desenhar. Sem talento não dá. A grande maioria dos trabalhos que tenho publicado em jornais, revistas, programações visuais, cenários e animações para TV e cinema, são virtuais. São criados e executados diretamente no computador, sem nenhuma participação do lápis e do papel. Essas três caricaturas acima foram totalmente desenhadas no computador, mais precisamente, usando o Photoshop e um Tablet Wacom. Na verdade, são pinturas digitais, que nenhuma ferramenta de “default” vai produzir. Revista Península: Há quem diga que o problema das novas tecnologias não está na ferramenta,mas em profissionais que manipulam a imagem com filtros e acabam tomando o espaço daqueles que realmente estudam a imagem, rabiscam, desenham. Você concorda com isso? IQUE: Quem manipula as imagens usando os filtros da ferramenta não é o profissional. É o oportunista que acha que o computador e a tecnologia vão realizar aquilo que ele não fazia antes por não ter conhecimento técnico, por não ter talento. Na verdade, o mercado se prostituiu e a disseminação de pseudos profissionais prejudicou muito no iní-

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cio, na chegada dessas novidades. Agora, a seleção natural tratou de eliminar os Fakes. Revista Península: Quem caminha por Ipanema e passa pelas ruas Visconde de Pirajá e Garcia d’Ávila esbarra com um trabalho seu que ganhou grande repercussão na mídia. A escultura do Corneteiro do Exército Luís Lopes, pivô de uma grande confusão na Batalha dos Pirajás, em 1822. Ao receber ordens para soar na corneta o toque de retirada, sabe- se lá por que emitiu o som de ataque. A tropa brasileira avançou, assustando o exército luso, que bateu em retirada. O corneteiro acabou sendo, sem querer, uma espécie de general do embate vencido na Bahia. Conta pra gente como foi desenvolver e criar essa peça? IQUE: Foi uma encomenda direta do prefeito Cesar Maia. Ele conhecia a história irreverente do corneteiro atrapalhado, e me pediu que criasse uma charge tridimensional daquela história, como se a notícia da vitória do exército brasileiro em Pirajá tivesse acontecido naquele instante. Luiz Lopes o corneteiro, com um toque de corneta, enganou os rebeldes tocando “avançar degolando o inimigo”, enquanto estava encurralado com seus companheiros, à beira da morte. Pensando estarem cercados, os rebeldes bateram em retirada dando a vitória e consolidando definitivamente a independência de nosso país. Revista Península: Este trabalho é um filho querido? Você sempre passa por lá para lamber a cria? E qual e a outra escultura que você tem no Rio de Janeiro? IQUE: Visito sempre meu filho de bronze que mora ali em Ipanema. Faço a manutenção anual por minha conta pra que a peça esteja sempre reluzente, pra retribuir o carinho que recebe, não só dos cariocas, mas de todos os turistas que passam ali para visitar e interagir com ela. Tenho outra peça na bolsa de arte do Rio de Janeiro, também em Ipanema. Foi uma homenagem em vida que amigos íntimos fizeram ao


Coimbra, famoso “marchand” carioca, em reconhecimento ao seu trabalho. A peça é em bronze, mas consegui salvar o molde de argila do busto e pude presenteá-lo também. Tenho dois projetos em andamento. A escultura do João Saldanha, que vai ficar num espaço nobre dentro do Maracanã, e a homenagem ao velho guerreiro, o Chacrinha. Ele revolucionou a TV brasileira e ainda não tem uma escultura com o humor e a irreverência merecidos. Pra esta peça, eu já tenho inclusive o estudo pequeno em bronze. O que falta ainda é o patrocinador e o espaço para colocá-la. Quem sabe eu não consigo que isso tudo aconteça aqui, dentro da Península? Adoraria ter uma peça minha, desta importância, aqui nos jardins desse lugar maravilhoso, que agora é o quintal de minha casa. Revista Península: E como é escrever o Zorra Total? Como é esse bastidor do humor brasileiro? IQUE: Escrever o Zorra Total é um prazer, uma diversão acima de tudo. É pra mim uma conquista pessoal, de complemento profissional. É um exercício ao roteiro, que nesse caso, é pra televisão, mas que tem muita técnica semelhante a do cinema. Tenho um sonho de escrever um programa de televisão, um filme, e um longa de animação. E toda a experiência adquirida nesses mais de 30 anos de profissão tem contribuído muito pra queimar etapas e me dar muito prazer profissional. Minhas charges não têm legendas, eu não escrevo. Chegou um momento em minha vida, em que senti falta do texto como expressão, e o roteiro foi o melhor caminho. Descobri, no decorrer do processo, que se você escreve um roteiro, mas não consegue visualizar a imagem do que escreveu, este roteiro simplesmente não funciona, não presta. Quer dizer, na charge, eu sempre fui fundo na essência do roteiro, que é a imagem falando sozinha, sem precisar de explicações. A passagem pra esse mundo foi natural e tranquila. O roteirista tem um papel

fundamental em todo produto áudio-visual. Revista Península: Dois prêmios Esso. Dois livros publicados. Duas esculturas. TV, Jornal, revista, vários trabalhos. O que você deseja mais? Qual o sonho que ainda não realizou? IQUE: Realmente a vida me deu muitas alternativas e acabei experimentando quase todas. Como chargista eu tenho um desejo claro de parar a qualquer momento. É um trabalho muito estressante, exaustivo, que exige atenção constante e já estou cansado da rotina desgastante da profissão. A televisão ainda me fascina muito e sei que tenho muitas coisas importantes a realizar. Isso me estimula e me dá energia pra continuar investindo nesta área. Mas o meu maior sonho para o futuro é poder me dedicar à pintura e à escultura como realização de artista, e como meio de vida, pretendo ter minha grife, onde os mais de 10.000 desenhos realizados durantes esses mais de 30 anos, pudessem ser aproveitados e consumidos como obras de arte, como moda, como objetos de decoração. Se isso tudo acontecesse, eu poderia dedicar uma parte de meu tempo pra realizar uma obra social importante, passando toda a minha arte e técnica pra crianças que jamais teriam ou terão acesso a elas. Assim como acontece com as escolinhas de futebol, de tênis, de surf e outras. Além do desenho, pintura, escultura, artes digitais, design, escola, lazer, cultura e desenvolvimento emocional, disponibilizar minha arte para formar artistas completos com bagagem pra competir inclusive no mercado internacional. Revista Península: Para concluir, o Ique por Ique? IQUE: Eu sou muito simples. Amo minha família e meus amigos, consciente do que eles representam no meu equilíbrio emocional e profissional. Quero um mundo melhor para todos e acho que a verdade é absoluta e o caráter fundamental.

*O Prêmio Esso de Jornalismo é um programa institucional da Esso Brasileira de Petróleo que, desde 1955, promove o reconhecimento do mérito dos profissionais de imprensa através da indicação e da escolha dos melhores trabalhos publicados em jornais e revistas, segundo o julgamento de comissões independentes formadas exclusivamente por jornalistas e especialistas da área de Comunicação. REVISTA PENÍNSULA JULHO 2009

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MEIO AMBIENTE BROMÉLIAS, FATOS E MITOS

Bromélias, fatos e mitos //texto por Eliane Nóbrega

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MEIO AMBIENTE BROMÉLIAS, FATOS E MITOS

os jardins e parques da Península, elas são uma das estrelas. As bromélias encantam por sua beleza, cor e diversidade, mas também podem trazer preocupações quando se pensa na água que se acumula entre suas folhas. Durante o surto da dengue que o Rio viveu no ano passado, elas se tornaram uma das vilãs e muitas chegaram a ser queimadas pela cidade. No entanto, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (IOC) desmistifica essa teoria e prova que as espécies da família das Bromeliáceas não são uma ameaça. A pesquisa, realizada em 2007 pela Fiocruz, revela que apenas 0,07% e 0,18% de um total de 2.816 formas imaturas de mosquitos coletadas nas bromélias durante o período de um ano correspondiam ao Aedes aegypt, sugerindo que as bromélias não constituem um problema epidemiológico como foco de propagação ou persistência desses vetores. O biólogo Cláudio Pereira, responsável por cerca de 100 mil exemplares de bromélias que se espalham por todas as áreas da Península, explica quais são os cuidados tomados no manejo com esta espécie. “As bromélias não constituem um foco potencial para a proliferação da espécie causadora da dengue. Constantemente realizamos observações das espécies, pois temos uma empresa especializada que realiza um levantamento em 50 pontos de coleta às margens da Lagoa da Tijuca, mantendo um controle preventivo da população de insetos hematófagos (parasita que se alimenta de sangue)”, afirma Cláudio da empresa Plantare Jardins Comércio e Serviços Ltda. O especialista e Ph. D. em Biologia Animal revela ainda os procedimentos adotados para

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mantê-las sempre saudáveis. “As bromélias não são um foco em potencial, porém podem servir como local para desenvolvimento de outras larvas, como do Culex sp. Assim sendo, o controle de mosquitos se faz com o uso de inseticidas de origem biológica e larvicidas com o mesmo princípio. Este tratamento é constante, em toda a Península.Temos também um efetivo de cerca de 80 funcionários trabalhando, direta ou indiretamente, entre manutenção, limpeza e segurança nos jardins que possuem um número imenso de bromélias e nunca registramos casos de dengue entre os mesmos, nem em momentos de grande alarde da mídia sobre os casos do Rio”, revela o biólogo. Nos momentos de lazer pelos parques e na trilha ecológica, os moradores e visitantes podem conhecer de perto algumas espécies de bromélias como Aechmea blanchetiana, Neoregelia cruenta, Neoregelia johannis e Bromelia antiacantha, entre outras. Cláudio destaca que todas as espécies são naturais da região, exceto Aechmea blanchetiana. A família das Bromeliáceas abriga mais de 3 mil espécies e milhares de híbridos, só no Brasil, existem mais de 1.500 espécies. Em nossos jardins, praticamente todas são nativas das Américas, sendo que o abacaxi é a mais popular delas. Para quem cultiva bromélias em casa, o biólogo indica alguns cuidados: “No caso de bromélias em apartamentos, o ideal é trocar uma vez por semana a água dos copos ou, caso isto não seja possível, introduzir nos mesmos uma colher de chá de borra de café a cada 30 dias, ou ainda, borrifá-las com um preparado à base de fumo de rolo a cada 15 dias, visando a evitar a ovoposição de outros mosquitos”, completa o especialista.

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TURISMO BUENOS AIRES

A charmosa Buenos Aires //texto por Verônica Nicoletti //fotos www.sxc.hu

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TURISMO BUENOS AIRES

UM DOS DESTINOS MAIS CHARMOSOS E REQUISITADOS DA AMÉRICA DO SUL, BUENOS AIRES, TEM A SIMPATIA DOS BRASILEIROS. MESMO QUE, POR DIVERSAS VEZES, FAÇAMOS COMENTÁRIOS E PIADAS SOBRE NOSSOS IRMÃOS PORTENHOS, AMAMOS BUENOS AIRES!!

uenos Aires não dorme, disponibiliza atrações diurnas e noturnas para todos os gostos, um paraíso cosmopolita de cultura, gastronomia e vida. Durante o dia, podemos visitar museus, parques, praças, bairros, prédios históricos, monumentos e passar por pontos turísticos como a Plaza de Mayo. Lá, está a Casa Rosada (palácio do governo), de onde é possível ver também o Obelisco, na avenida 9 de Julho, e a Catedral Metropolitana, construções que contam muito da história política desse país. Também não podemos deixar de visitar o Teatro Colón, as Galerias Pacífico, o Congresso Nacional, o Palácio de Justiça e o Luna Park, passeios obrigatórios para tentar entender a história argentina. A noite oferece infinitas opções como sair para jantar e, depois, ir a uma ou a várias boates animadíssimas, ou mesmo bater perna e curtir Porto Madero, o maior polo de diversão portenha, que inclusive, já tirou o posto da Recoleta. Há dezenas de restaurantes, cinemas, casas noturnas, passeios, hotéis, 11 lanchonetes e cafés, 01 museu, o Iate Clube, e uma bela vista do rio De La Plata e da cidade de Buenos Aires. Em Porto Madero, também é possível ir ao Cassino, apesar de eles serem proibidos, seus donos o instalaram dentro de um navio em Porto Madero. Assim ele não fica sediado no ter-

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TURISMO BUENOS AIRES

ritório de Buenos Aires, e só responde às leis marítimas, que permitem o jogo. Quando falamos em Buenos Aires, naturalmente, nos vêm em mente alguns pontos que não saem de moda: a Calle Florida, rua de pedestres por excelência de Buenos Aires, quase obrigatória para qualquer visitante que deseja comprar artigos em couro e peles. As Galerías Pacífico (Florida e Av. Córdoba, Centro) um edifício da belle époque portenha. Era uma antiga galeria de arte e hoje é um dos shoppings mais procurados pelos turistas. Bonito por fora e por dentro, suas paredes e cúpulas foram pinceladas por importantes artistas argentinos. Quanto às lojas, são, certamente, de excelente nível, incluindo nomes como Cacharel ou Yves Saint Laurent. Destaque também para as várias casas especializadas em artigos de couro. Outro exemplo é a feira de San Telmo, na Plaza Dorrego (Defensa e Humberto Primo). Todos os domingos, a partir das 10 da manhã, a praça cede lugar à mais famosa feira de antiguidades, a feria de San Telmo, que reúne, desde simples bijuterias e roupas de época até gramofones, relógios e telefones antigos. Geralmente, há artistas de rua fazendo alguma apresentação ou dançando tango. Durante a semana, os cafés que ficam ao redor da praça colocam suas mesas ao sol, criando um ambiente muito agradável. Outra visita que vale a pena, apesar de parecer mórbida, é o cemitério da Recoleta, um dos mais bonitos e mais visitados do mundo. Suas tumbas guardam os restos de famílias tradicionais argentinas, além de grandes personagens históricos como Evita que, apesar de protestos por suas origens humildes, conseguiu ser enterrada lá e, hoje, repousa na cripta da família Duarte. A tumba é modesta, mas muitíssimo procurada. Para quem gosta de comprar, mas não pode ou não quer gastar muito, uma excelente opção é avenida Santa Fé, do cruzamento com a avenida 9 de Julho em diante, tem uma grande variedade de lojas de roupa social e esportiva, de excelente qualidade e preços bem mais atrativos que os da Calle Florida. Não dá para perder!

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Para finalizar essa nossa viagem, recomendamos fazer, pelo menos uma vez por dia, um dos mais tradicionais, agradáveis e relaxantes passeios desta cidade: tomar um café ou outra coisa qualquer em um dos tradicionais cafés da cidade, observando o movimento e o ambiente que se cria nesses estabelecimentos quase sagrados para os portenhos. É uma delícia! Café Tortoni (Av. de Mayo 829, Centro) O café mais famoso e tradicional de Buenos Aires é pura elegância. Outrora, lugar de peregrinação de homens da literatura e da política, conserva a mesma estrutura e a decoração de décadas atrás. Em suas mesas, pode-se jogar xadrez e, no salão de fundo, sinuca. Todas as noites, há apresentações de tango. Café Las Violetas (Av. Rivadavia 3899, Almagro) Um lugar emblemático da belle époque portenha, recentemente reciclado. Com suas janelas e portas de vidros curvos, seus vitrais franceses e seus pisos de mármore italiano, é o ambiente ideal para saborear tentadores doces e chás. La Biela (Av. Quintana 596, Recoleta) Um lugar frequentado por gente abastada, alguns artistas e políticos. Fica em frente à praça central da Recoleta, com mesinhas na calçada. Boas bebidas, drinks e doces. Também servem comidas rápidas. La Paz (Av. Corrientes 1593, Centro) É um café famoso por ter sido o centro de reunião dos intelectuais portenhos na década de 70. Passou por uma remodelação para adequar-se aos gostos atuais. Richmond (Florida 468, Centro) É um café clássico da Buenos Aires dos anos 50, decorado com poltronas de couro, colunas, vidros e espelhos. No subsolo funciona um salão de jogos. Petit Colón (Libertad 505, Centro) Um lugar formal e elegante, frequentado, de dia, pelos advogados e funcionários do poder judiciário e, de noite, pelos espectadores do Teatro Colón.


O Di Dia Munddia iall ddoo Mei e o Ambiiennte che heg ego gou para r os morado d re comoo car co res da res d Penníns a in i ho h , caririn ínsuulaa inhho da d mãe ã natur ure ez z a, qu q u ue e co c om m t odda cand recceebe re n d ur b u a crriaanççad r a d do mmuunndo d adaa, bririn rinccou ou, mosttro rouu, aprressento t u o ve lúddi lú verdde de dic ica ca e divver d f or ertitida. E paara ert ma ra abr brillhaannttarr ainnda d mais aiis a feest lugaar a umma manhhã eennso lu sta, sta a, o fririo de du laaraadaa.

A ASSAPE mais uma vez promoveu um “dia família”: pais, mães, avós, muitas crianças puderam aprender como cultivar alimentos orgânicos, os pequenos se divertiram em diversas atividades e colocaram no papel, desenho de flores e árvores. A NATUREZA É FONTE DE INSPIRAÇÃO

Enquanto os pequeninos aproveitaram o dia com muita tinta e brincadeiras, a turminha maior escreveu a sua visão sobre a preservação do meio ambiente e participou do concurso de redação. O tema: Eu posso mudar o mundo com as minhas mãos.

O concurso foi dividido por faixas etárias: dos 6 aos 9 anos e dos 10 aos 15 anos, e a avaliação será feita com base em dois critérios: a melhor proposta para transformar o mundo e criatividade. A comissão julgadora é formada pela coordenadora da Comissão de Meio Ambiente, Marcella Castro, e pelo biólogo, Cláudio Henrique. Foram entregues cerca de 20 redações e sairá um vencedor de cada categoria. Para o ganhador da turma mais nova, o prêmio será um I music show, para amplificar o som do Ipod, já para a turma mais velha, um notebook. Confira na próxima edição os nomes dos ganhadores. Agora é torcer e aguardar o resultado. Até lá.

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ENTREVISTA CARLOS FERNANDO DE CARVALHO

PENÍNSULA, MODELO DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL //texto por Karen Montenegro

PALAVRAS COMO PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, SUSTENTABILIDADE DO PLANETA E ECOLOGIA NÃO SAEM DA MÍDIA, DAS PALESTRAS EDUCACIONAIS. HÁ UMA PREOCUPAÇÃO MUNDIAL COM O PLANETA DIANTE DA AGRESSÃO DOS ÚLTIMOS SÉCULOS. MAS O QUE É NOVIDADE OU MODISMO, PARA MUITOS, É PAUTA DE TRABALHO ANTIGA E QUE, HOJE, JÁ APRESENTA RESULTADOS POSITIVOS. E ESSE CRESCIMENTO CONSCIENTE E SUSTENTÁVEL FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO ENGENHEIRO CARLOS FERNANDO DE CARVALHO. Aos 81 anos, o presidente da Carvalho Hosken Engenharia e Construções, é a voz e o comando da empresa que fundou há mais de meio século, em 1951. Reciclagem, controle da emissão de gás carbônico, energias alternativas e eco-empreendimentos estão na sua rotina de vida há muito tempo. Revista Península: Na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, dois empreendimentos da Carvalho Hosken, Rio 2 e Península, são exemplos de um modelo, relativamente recente, de ocupação imobiliária. Qual o diferencial desses dois empreendimentos quando pensamos em responsabilidade social? Carlos Fernando de Carvalho: Em razão das suas dimensões, não podemos falar em Rio 2 e Península como meros “empreendimentos imobiliários”. Na verdade, são dois bairros dentro da Barra com características diferenciadas, mas ambos com muita consciência ambiental. Em Rio 2, por exemplo, podemos ver seus imensos jardins projetados por Burle Marx, as fachadas ecológicas com floreiras nas varandas e imensas áreas verdes entre condomínios. A Península, por sua vez, já é uma imensa evolu-

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ção ecológica. Ela é o primeiro bairro ecológico do Brasil. Sua consciência ambiental começa pelo seu perímetro urbano, que acolhe uma trilha ecológica com 4 quilômetros de extensão com vegetações de mangue e restinga recuperadas pela Carvalho Hosken ao longo dos últimos 30 anos. Ali, ainda podemos ver toda fauna e flora nativas da região. Com 750 mil m², uma área equivalente ao Leblon, mas só com 8% desta área ocupada pelos edifícios, a Península ainda possui dois imensos parques e cinco jardins temáticos. Além de ser, hoje, o maior parque de esculturas ao ar livre do país, com obras de arte de artistas renomados como Franz Wissmann, Ascânio MMM e Caciporé Torres, dentre outros. Revista Península: Este diferencial atrai o cliente, que cada vez mais busca qualidade de vida. Na hora de construir, esse diferencial onera muito o orçamento para quem quer morar em um espaço ecologicamente correto? Carlos Fernando de Carvalho: Infelizmente, no Brasil ainda não temos incentivos reais, ou tecnologias construtivas avançadas, a ponto de tornar estas questões menos onerosas. Entretanto, na


ENTREVISTA CARLOS FERNANDO DE CARVALHO

maioria das vezes, o que fazemos é tão somente preservar o natural. A natureza já nos forneceu o melhor, caberá a nós, portanto, apenas preservar ou, em última análise, resgatar o que ela já nos havia dado. Neste caso, claro, gasta-se um pouco mais no desenvolvimento urbano. Porém, entendemos que empreendimentos e bairros com estes diferenciais tendem a se valorizar muito ao longo do tempo fazendo com que o investimento, tanto de quem construiu como de quem comprou, seja rentável. Por outro lado, em nosso caso, especificamente, não nos preocupamos apenas com o retorno financeiro, mas também, com o legado ecológico e cultural que estamos deixando.

malha lagunar completamente poluída. Uma foto de 1999 mostra as Lagoas de Marapendi, da Tijuca e de Jacarepaguá, com uma coloração escura. Percebe-se que, já naquele momento, havia um grande assoreamento. Então o trabalho começou exatamente em melhorar essa situação. Por quê? Na verdade, porque parte dos terrenos em questão são da Carvalho e se não houvesse uma qualidade ambiental nessas áreas, estaríamos desvalorizando todo o nosso patrimônio. Então, a necessidade de agregar valor a essas áreas nos motivou a tratar melhor do meio ambiente. Por isso que talvez a Carvalho tenha sido, das construtoras, a que primeiro se preocupou com essa questão ambiental.

Revista Península: Para planejar e executar todos esses projetos e manter o compromisso com a sustentabilidade, a Carvalho Hosken conta com o apoio de uma equipe formada por biólogos, paisagistas, professores, engenheiros e técnicos. Esse é um diferencial da empresa. Quando começou o trabalho da Carvalho Hosken com esse enfoque ecológico?

Revista Península: A ocupação reduzida, como no caso da Península, que é de apenas 8% de uma área de 750 mil m², tem a ver também com a preocupação com a emissão de CO2?

Carlos Fernando de Carvalho: A Carvalho Hosken entende que a parceria é a mola mestra para o desenvolvimento sustentável. Por isso, ela desenvolve parcerias não só com profissionais da área ambiental, mas também com o poder público. O início de tudo foi a Península, quando todos estes profissionais recuperaram toda a vegetação de parte das margens da Lagoa da Tijuca, que, há 30 anos, sofria com as ocupações irregulares. Essa ocupação irregular às margens dos leitos dos rios acabou resultando em uma

Carlos Fernando de Carvalho: A emissão de CO2, na verdade, já está mais do que controlada com a criação do cinturão verde e de toda a vegetação ao redor da Península. A ocupação de 8% está muito aquém da capacidade do cinturão. E isso foi considerado. Até mesmo o tipo de árvore plantada foi pensado para que houvesse esse controle ambiental. Revista Península: Houve uma preocupação em como a ocupação, ainda que pequena, iria interferir na área? Carlos Fernando de Carvalho: Sim. Primei-

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ENTREVISTA CARLOS FERNANDO DE CARVALHO

ro tem a própria legislação ambiental, que exige que tudo aquilo seja preservado. É uma área de preservação ambiental. De nossa parte, depois que recuperamos todo esse ecossistema, existe a preocupação em preservar, manter. Atualmente, temos uma equipe formada por oito pessoas que é responsável pela manutenção dessa área. Também criamos associações de moradores, como a Associação dos Amigos da Península que preserva, que cuida, que policia. Os moradores hoje têm um carinho muito grande pelo que receberam. Afinal, é muito interessante você comprar um apartamento e morar, de repente, num santuário ecológico. Revista Península: A expectativa foi atingida? O alto investimento de recuperação e construção teve o retorno esperado?

Carlos Fernando de Carvalho: A vida é feita de desafios. Uns maiores, outros menores. O desenvolvimento do Centro Metropolitano é um imenso desafio, não só para a Carvalho Hosken, que, em parceria com a RJZ Cyrela, está desenvolvendo um imenso complexo onde trabalho, lazer e moradia estarão juntos num mesmo lugar, mas principalmente para o Estado e Município, que precisam vencer as barreiras do transporte e do saneamento básico. Estes sim, grandes desafios. Revista Península: E o que já está sendo feito para colocar em prática o plano de desenvolvimento do Centro Metropolitano da Barra?

Carlos Fernando de Carvalho: Sem dúvida. E, veja, nós contratamos todos estes profissionais há trinta anos, ou seja, era investimento. A Península tem cinco anos. O primeiro lançamento só ocorreu em 2003. Até 2003, foi trabalho, preocupação, recuperação, preservação, todo um processo. E, na verdade, parte desse investimento se perdeu. Se eu tivesse que repassar esse custo para a venda eu teria que pedir muito.

Carlos Fernando de Carvalho: Começamos a construir uma testada com um imenso jardim onde fontes de água ajudarão a quebrar a alta insolação comum em nossa cidade. Em paralelo, dois projetos estão em estudo e devem ser iniciados em meados do próximo ano. Em um deles tratamse de edifícios corporativos que abrigarão grandes empresas. O outro diz respeito a um shopping com 45 mil m², onde existirão grandes âncoras, lojas e complexos de diversão e lazer.

Revista Península: Ao mesmo tempo, o restante do investimento retornou com essa vitrine em que se transformou o empreendimento, a Península, certo?

Revista Península: O senhor é um exemplo de empreendedor ousado e de sucesso que enxerga à frente. Que conselho daria para quem também quer construir, realizar e crescer economicamente?

Carlos Fernando de Carvalho: Sem dúvida. A Península já ganhou prêmios na Alemanha e na Espanha. Agora é que começamos a dar o devido valor a esse trabalho. Antes nos diziam que estávamos lançando pérolas aos porcos, que estávamos enxugando gelo. Mas nós sempre acreditamos que isso um dia seria reconhecido.

Carlos Fernando de Carvalho: Ao invés de olhar para o próprio pé, dimensionando o tamanho do passo que vamos dar, devemos manter sempre o olhar no futuro buscando oportunidades, avaliando as demandas, sobretudo, respeitando o universo, a natureza e o homem. Não há mais espaço para o exclusivista, ou individualista, que não raciocina na primeira pessoa do plural. Somos uma coisa só. O sucesso é a consequência de um presente sólido e consciente.

Revista Península: O desenvolvimento do Centro Metropolitano da Barra - a área entre a

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Vila do Pan-Americano e o Autódromo de Jacarepaguá é um desafio?

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DIA DOS NAMORADOS O AMOR ESTÁ NO AR

UM CANTINHO E UM VIOLÃO... Assim começou a noite de sexta-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados, na Península. Diversos casais comemoraram a data ouvindo música romântica, fazendo declarações de amor em público e dançando de rostinho colado.

A festa, regada a vinho e muita animação, teve como palco o stand do Font Vielle, onde um grupo de quase 100 pessoas dançou, riu e brincou.

Houve aqueles que celebraram o amor com a expressão máxima desse sentimento. Pai, mãe e filha, dividiram o momento em família. A ASSAPE, que promoveu a festa, também sorteou um micro system e distribuiu presentes de pelúcia para quem fez a declaração mais apaixonante.

E se o amor foi o tempero desse encontro, uma gota da poesia, de quem viveu esse sentimento maior, em verso e prosa...

“Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure”. (Vinícius de Moraes)

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TERCEIRA IDADE SAÚDE E DISPOSIÇÃO

Saúde na melhor idade //texto por Tereza Dalmacio //fotos por Thiago Esteves

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fato que fazer exercício físico virou a grande apologia do mundo moderno. A humanidade está trocando o sedentarismo pela atividade: malhar, malhar, malhar. E o resultado dessa transformação é vista em todo mundo, estamos ganhando mais qualidade de vida e vivendo mais. Mudança essa que provoca outras mudanças, na saúde, na economia, nos relacionamentos, na forma de planejar a vida. Aquela imagem do vovô e da vovó do século passado ganha outra conotação. A turma da terceira idade está dentro das academias se exercitando com seus filhos e netos. Viaja, dança, se diverte. Resultado da soma de três fatores: alimentação saudável, exercício físico e avanços da medicina. Aqui na Península, é oferecida uma área privilegiada para diversas atividades físicas, é comum vermos senhores e senhoras caminhando, correndo, andando de bicicleta, praticando diferentes esportes. Um show de saúde e disposição. Você deve estar imaginando um grupo entre 60 e 70 anos, não é mesmo? É verdade, há essa faixa etária circulando pelas áreas externas da Península, com tênis, roupas de ginástica e distribuindo vitalidade. Mas há gente com idade muito mais avançada, como o professor Dr. Rolando Resendes Costa, 94 anos, e muita energia para gastar, segundo ele mesmo. Quase um século de existência. Praticou atividade física durante toda a vida e sempre se alimentou de forma saudável, dando prioridade para as frutas, verduras e carne magra. Aí fica fácil de entender aquela frase – a vida é feita de escolhas – e você é o resultado disso. O professor Rolando, como gosta de ser chamado, é português, desembarcou no Brasil em 1954. Mas antes de chegar a terras brasileiras, casou-se

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em Coimbra com uma colega do curso de medicina, viveram juntos por poucos anos. Ela faleceu. Já no Brasil, casou-se novamente, agora, com Dona Matilde, viúva, com um filho, com quem viveu 44 anos. O casal não teve filhos, mas ele ajudou a criar o filho dela, o Marcelino. Dona Matilde faleceu em 1998 e, hoje, professor Rolando vive com esse filho que a vida lhe presenteou. Na juventude, o professor praticou boxe e jogou muito basquete para manter a forma. Entre outras atividades, foi diretor do Hospital Beneficência Portuguesa em Niterói, mais conhecido como Hospital Santa Cruz. Mas depois de tanto trabalho, esse senhor quase centenário, morador do Paradiso, caminha diariamente, corre e joga damas com os amigos. No cardápio, culinária leve e saudável. Um exemplo seguido de perto por outro morador, o senhor Manoel dos Santos Martins, de 69 anos, também português, que desembarcou no país em 1954 e aqui construiu a sua vida como comerciante. Divorciado, pai de 3 filhos e avô de 4 netos. Seu Manoel precisa se exercitar por recomendações médicas e o professor Rolando é um grande incentivador. Diz que o amigo não gosta muito, mas ele não o deixa parar. Disse ainda que Manoel é um garoto e que precisa malhar muito. Dois portugueses que chegaram ao Brasil, coincidentemente no mesmo ano, e vieram se encontrar aqui na Península. Um de 94 anos, completados no dia 21 de abril, o outro com 69. Dois amigos, dois homens que buscam na atividade física mais qualidade de vida, e esse companheirismo que faz da velhice uma fase a mais da vida, como outra qualquer, para ser vivida com muita intensidade e bastante alegria.

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SAÚDE ESPORTE EM FAMÍLIA

Esporte em família. Já pensou nisso? //texto por Eda Fagundes

alar sobre os benefícios proporcionados pela prática de esportes é totalmente desnecessário graças à ampla consciência já desenvolvida sobre isso. Não há mais dúvida de que a atividade física promove saúde física e psíquica às pessoas. Sem falar nas sensações prazerosas e de vivacidade que o movimento proporciona imediatamente.

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de proporcionar. Comumente ouvimos pais reclamarem que os adolescentes não querem mais ficar com eles, que agora só existem os amigos e blá...blá...blá... Que tal trocar o lamento por ações que possam efetivamente unir todos, inclusive os amigos, em situações de divertimento? Para tal, a prática de esportes e lazer ao ar livre, de modo geral, opera maravilhas.

E a prática de esportes em família? Ainda pouco praticada por aqui, mas amplamente consolidada em outros países, é inegavelmente grande agente de integração entre pais, filhos e irmãos. As atividades em comum levam os membros da família a se relacionarem em situações totalmente diferentes das do dia-a-dia. Os papéis de pai e mãe, geralmente associados à imposição de regras e rotinas, desaparecem e cedem lugar a parceiros de time ou de objetivos. Uns torcem pelos outros, aprendem a lidar com o fato de nem sempre os pais serem “melhores” ou “saberem mais que os filhos”.

Não estou restringindo o esporte a preparações profissionais ou na forma de aulas formais. Aproveitar os finais de semana para usufruir da natureza e de jogos, pelo simples prazer da convivência já está valendo. Portanto, chega de preguiça. Basta estabelecer o dia para começar, contagiar a família com a ideia e começar a colocar em prática. Em muito pouco tempo, vão perceber que os canais de comunicação estão mais abertos e os mecanismos das relações mais leves e saudáveis. Já pensaram na grande oportunidade de vivenciarem e estabelecerem padrões de ética e cidadania?

Precisamos sempre tomar cuidado para não restringirmos a interação familiar ao dia-a-dia. Fazer programas juntos abre portas de intimidade e de cumplicidade que milhões de horas de sermão não são capazes

Aproveite o que tiver a seu dispor. Não desperdice essa prática que pode trazer grandes transformações e grandes momentos para todos. Boa Sorte!

Eda Fagundes é psicóloga clínica. Atua há 23 anos na área de terapia individual, de casal e de família no RJ.

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