Meu Itinerário Espiritual, vol 2 - Plinio Corrêa de Oliveira

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disso? Essa pergunta nos interessa muito, tomando em consideração que quase todos nós somos Terceiros Carmelitas288. Quando a Sagrada Imagem veio pela primeira vez ao Brasil e foi revestida com o hábito do Carmo, ela estava como que risonha, como quem estivesse contente daquele traje carmelita, por estabelecer mais uma vinculação entre a imagem e nós, pelo fato de nós termos essa devoção carmelitana e só não serem terceiros do Carmo aqueles que não puderam ser. Do contrário, todos seríamos Terceiros do Carmo. Essa vinculação profética com Santo Elias agradou Nossa Senhora e Ela tomou uma atitude de como quem diz: “Meus filhos, com a invocação do Carmo, vendo-me invocada assim, vendo-me ligada a vós pelo vínculo profético, pelo vínculo carmelitano, eu me alegro e eu sorrio para vós, eu vos serei propícia”289. Entusiasmo pelo Profeta Elias e o zelo pela causa de Deus Tudo de Elias me entusiasma, mas de um entusiasmo reparador, porque sempre que vejo alguma coisa que é caracteristicamente dele, sinto um alívio pela confirmação de que aquilo é verdadeiramente da Igreja. Sendo verdadeiramente da Igreja, representa verdadeiramente a Deus. A imagem que devemos fazer de Deus, portanto de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos santos, dos serafins colocados in excelsis, deve incluir esses traços para nos dar uma verdadeira imagem da santidade perfeita, seráfica.

* Quando fui prior da Ordem Terceira do Carmo, o cerimonial exigia que, ao entrar na igreja – todos com o hábito de Terceiros Carmelitas – fôssemos em cortejo pelo pátio interno do convento, passássemos em frente ao presbitério, ganhássemos a ala da Epístola, fôssemos até diante do altar-mor, caminhássemos pelo centro e ocupássemos os nossos lugares. Um dia, embalado pelo costume e pelo ritmo desse cerimonial, fui seguindo esse percurso sem maior atenção. De repente vejo, na parede que corresponde ao fundo da nave esquerda da igreja290, uma pintura-mural representando um profeta com quem Deus fala e que lhe pergunta: “O que 288 SD 13/5/65 289 SD 14/5/73 290 CM 2/5/93 3ª PARTE – A INTUIÇÃO DE UMA MISSÃO UNIVERSAL ... 117


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“As vozes não mentiram”

12min
pages 238-254

A graça de Genazzano

7min
pages 234-237

O temor martirizante de não estar correspondendo ao chamado de Nossa Senhora

5min
pages 228-230

A paternidade espiritual do fundador

8min
pages 222-227

O receio de ter seguido uma via não desejada por Nossa Senhora

6min
pages 231-233

Consagração a Nossa Senhora nas mãos do fundador Adendo do compilador

3min
pages 220-221

Os discípulos devem discernir o “unum” do espírito do fundador

8min
pages 215-219

O fundador deve ser um símbolo vivo de sua obra

3min
pages 213-214

Pela originalidade de seu carisma, o fundador tem que ser seu próprio formador

5min
pages 210-212

O modo de fazer a ação de graças após a recepção da Sagrada Comunhão

6min
pages 206-209

A desconfiança e a severidade em relação a si mesmo

5min
pages 186-188

O espírito de sacrifício até o holocausto e o desejo de reparação

7min
pages 189-192

a combatividade contra-revolucionárias

16min
pages 177-185

O modo de rezar e pedir

1min
page 201

A atitude diante de Deus e de Nossa Senhora

8min
pages 202-205

O amigo da Cruz que se prepara para carregá-la prevendo a dor

9min
pages 193-197

O senso da honra católica

5min
pages 174-176

A reversibilidade do “tal enquanto tal”

5min
pages 171-173

A procura do sublime e do sacral

13min
pages 164-170

O espírito aristocrático

3min
pages 147-148

A “luz primordial” resumitiva

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pages 160-161

A combatividade cavalheiresca

6min
pages 149-152

Os componentes essenciais desse “unum”

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pages 139-140

A castidade

1min
page 146

A robustez da Fé

9min
pages 141-145

A pedra angular do amor à grandeza

5min
pages 157-159

A identificação com a Contra-Revolução

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pages 134-137

O “unum” da alma de quem foi chamado a simbolizar a Contra-Revolução

1min
page 138

Papel do filão “eliático” na história

3min
pages 125-126

O reconhecimento do caráter profético dessa missão

8min
pages 127-131

“Pater et dux” dos contra-revolucionários

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pages 123-124

Entusiasmo pelo Profeta Elias e o zelo pela causa de Deus

10min
pages 118-122

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

1min
page 117

O receio de ter que assumir a liderança da Contra-Revolução

1min
page 111

Uma vocação contra-revolucionária

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O lírio nascido do lodo, durante a noite e sob a tempestade

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pages 104-107

O anseio por um líder contra-revolucionário

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pages 109-110

Novamente escrúpulos e a provação axiológica

5min
pages 101-103

A pior provação: ser perseguido por aqueles mesmos que se quis servir

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pages 98-100

O “grupinho do Plinio”: Jó em cima do monturo

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A degringolada como vingança pelo livro “Em Defesa da Ação Católica”

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pages 94-96

da Ação Católica de São Paulo

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pages 92-93

O encontro do equilíbrio

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page 89

Um lenitivo: a leitura do “Livro da Confiança”

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pages 84-88

Um novo e elevado patamar após a leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção” e a consagração a Nossa Senhora como escravo de amor

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pages 69-73

Firma-se o ideal de dedicação integral pela opção do celibato – Choque com um veio de mediocridade no seio das Congregações Marianas

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pages 74-77

O combate ao orgulho

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pages 66-68

Os frutos da leitura do livro “A alma de todo apostolado”

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pages 63-65

Um quiproquó a partir da leitura da “História de uma alma”

2min
page 83

A leitura da “História de uma alma” e a aspiração à santidade

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pages 61-62

A provação de crer-se obrigado a abandonar, por obediência ao Papa, as convicções monárquicas e ter que aliar-se à República

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pages 55-58

Algumas consolações que sustentaram Dr. Plinio nesta travessia

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page 28

com a superficialidade e a brincadeira

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pages 17-19

A ruptura definitiva com o mundo revolucionário

9min
pages 38-42

Algumas renúncias fundamentais

1min
page 46

A terrível cruz da incompreensão e do isolamento total

12min
pages 20-26

A ascese para afirmar sua varonilidade sem transformar-se num “Esaú”

2min
page 27

Desenvolvimento da vida de piedade

4min
pages 44-45
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