5ª Edição Jornal Fiodeback

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Quarta-feira, 20 de março de 2013, Nº5

Cambada

Conversas Informais

Futebol robótico: um verdadeiro desafio para a área da robótica cooperativa

Programa de Mobilidade

Ensaio Autobiográfico Prof. Susana Sargento

Atualiza-te Agora podes ter o teu Tamagotchi no teu Android

Conhece a Finlândia


EDITORIAL Caros colegas ET’s,

Depois de uns meses de intenso estudo para os exames da Época Normal e de Recurso, cujos resultados espero que tenham correspondido ao vosso esforço e às vossas expetativas, já nos encontramos quase a meio do segundo semestre, novamente mergulhados Ana Afonso numa fase de muito trabalho. Apesar das variadas ocupações que Coordenadora NEEET-AAUAV todos temos, não devemos ignorar que a vida académica nos proporciona um conjunto de atividades desportivas, culturais e pedagógicas, capazes de nos fornecerem aprendizagens e competências indispensáveis para a nossa formação pessoal e profissional. Este semestre o trabalho do NEEETAAUAv iniciou-se com as Conversas Informais, uma atividade de foro pedagógico, que teve por objetivo informar e esclarecer cada um de nós, sobre o nosso curso e as suas potencialidades. Seguiu-se a realização da festa

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Mega Rebel X que foi um sucesso dada a forte adesão evidenciada. O Núcleo em parceria com Professora Susana Sargento organizou uma visita ao Instituto de Telecomunicações, permitindo que os alunos observassem os laboratórios e as diversas investigações tecnológicas que aí se desenvolvem. O NEEET-AAUAv marcou presença no FORM@TE’13 que consiste num fim-de-semana de formação para os dirigentes e coordenações de núcleos da AAUAv. A discussão incidiu sobre vários temas ligados à atividade associativa na Universidade de Aveiro, com especial destaque para as problemáticas da ação social, promoção do desporto, promoção da cultura e projeto associativo. Para este semestre o núcleo está a organizar o Segundo Ciclo de Conferências – “Trabalha Para o Teu Emprego”. Vamos também apoiar a presença dos nossos colegas no Concurso de DJ’s

(CoDJ’s) organizado pela AAUAv. Realizar-se-ão outras atividades, umas com cariz mais lúdico, outras mais cultural, pedagógico e formativo. Nesta quinta edição do Jornal Fiodeback destaca-se de imediato a mudança de imagem do nosso jornal e claro do logótipo do núcleo, em decorrência da mudança de imagem da Associação Académica. Damos a conhecer o projeto da CAMBADA sobre o Futebol Robótico; um pequeno compêndio das Conversas Informais; a biografia da professora Susana Sargento, e um destino de Erasmus, desta vez a Finlândia, um país muito diferente do nosso sob todos os aspectos, entre muitas outras notícias e curiosidades. Resta-me desejar-vos a continuação de um excelente semestre e conto com a vossa participação nas nossas atividades! Saudações Académicas, Ana Afonso

VOLTÍMETRO Aveiro é cada vez mais conhecida, infelizmente, como a ‘Capital dos buracos’, grande parte das estradas do distrito carecem de condições mínimas para a circulação automó-vel e esse fenómeno já se alastrou aos acessos à nossa Universidade. Vários movimentos tem surgido na procura de uma solução para este inquietante problema, mas os esforços até agora têm sido em vão. Assim, esta bela cidade, com as vias em péssimo estado torna-se incirculavel. Ficha Técnica: Jornal Oficial do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações de Associação Académica da Universidade de Aveiro Propriedade: Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NEEET-AAUAv) Morada: Universidade de Aveiro - DETI Sala 120, Campus Universitário de Santiago 3810-193, Aveiro E-mail: neeet@aauav.pt

A Universidade de Aveiro recebeu, no dia 6 de fevereiro, uma reunião conjunta entre o Ministro da Educação, Reitores e Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades públicas portuguesas. O encontro foi uma iniciativa do Professor Doutor, Manuel António Assunção, Reitor da UA, em articulação com o Conselho de Reitores, teve como pano de fundo o debate sobre as orientações estratégicas para o futuro do Ensino Superior em Portugal.

Site: neeetaauav.com Equipa Editorial: Andreia Costa João Andrade Gonçalo Gomes Rita Ribeiro José Dias Colaboração: Prof. António Neves Tiago Almeida Coordenação do NEEET-AAUAv Prof. Susana Sargento Design e Paginação: Andreia Costa

No dia 30 de janeiro realizou-se, no grande auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro, a tomada de posse de cerca de 341 universitários aveirenses. A AAUAV está de parabéns pelo trabalho realizado até ao momento nas suas variáveis vertentes, fruto do árduo trabalho dos seus dirigentes, bem como de todos os estudantes em redor, que contribuem para o crescimento da mesma. Uma nova imagem foi também apresentada, imagem essa que procura cada vez mais fortalecer a ligação de todas as estruturas e membros da nossa grandiosa academia. Revisão: Ana Afonso Tiragem: 300 exemplares 1. O NEEET-AAUAv não é responsável pelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinados são da autoria da equipa editorial. 2. A colaboração do Jornal Fiodeback está aberta a toda a Comunidade Académica. Distribuição gratuita!


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ENSAIO AUTOBIOGRÁFICO Dr. SUSANA SARGENTO NOME: Susana Sargento NATURALIDADE: Mira, Coimbra

Susana Sargento é natural de Mira, distrito de Coimbra. A sua vida académica começou logo de uma forma um pouco diferente do normal pelo facto de ter iniciado a primária assim que fez 5 anos. Os seus pais, professores do ensino secundário, tinham uma vida muito nómada, de escola em escola, o que fez com que, assim que conseguiram estabilizar na terra Natal (apenas durante 1 ano!) tenham optado por colocá-la na escola primária em vez de em ‘mais um’ infantário.

dade trouxe alguns ‘desgostos’ para os pais e restante família. Primeiro, a Susana devia ir para medicina. O facto de nem conseguir ver sangue era algo que se resolveria com a experiência. Depois houve uma grande tentativa de sensibilização para arquitectura e economia. Mas não, essas áreas não despertavam o seu interesse. Não havia dúvidas de que teria de ser Engenharia, pois matemática ou física não tinham muitas opções além do ensino. Foi assim que escolheu Engenharia Electrónica e de TelecoA sua apetência para as municações, pois a área das áreas ligadas às ciências, telecomunicações também em detrimento das letras, a fascinava, embora à data foi notória desde o início. não tivesse grande conhecA matemática e a física imento na área. sempre se tornaram áreas de conhecimento naturais A Licenciatura correu que não colocavam muito muito bem a todos os esforço na sua compreen- níveis, ainda melhor do são e ultrapassagem dos que se esperava no início. seus desafios. Obteve alguns prémios, como o de melhor aluno A entrada para a Universi- da UA, no 3º ano, melhor

aluno que finalizou EET em 1996/1997, e um prémio oferecido pela Ordem dos Engenheiros em 1998 para o melhor estudante nacional licenciado em 1996/1997 na área de Engenharia de Telecomunicações.

Grupo de Sistemas de Banda Larga sob orientação do Prof. Rui Valadas, atualmente Prof. Catedrático no IST. O trabalho de investigação estava a correr bem, mas a Susana precisava de mais… Precisava de uma experiência de investigação fora do país. Foi assim que passou parte dos anos de 2000 e 2001 em Pittsburgh na Carnegie Mellon University e em Houston na Rice University. Foram uns meses fantásticos a todos os níveis, mas principalmente ao nível do conhecimento de Na altura da conclusão novas culturas. Os da Licenciatura as dúvidas melhores amigos, de iraeram muitas. Ir para uma nianos a indianos, mosEmpresa para Lisboa era traram com muita amizade algo que não a fascinava, que se pode aprender principalmente por ainda imenso com todas as culse sentir muito nova para turas. sair de Aveiro. É verdade que, após 5 anos intensos No final do Doutoramento, em Aveiro, é muito difícil em Setembro de 2002, insair. Acabou por se decidir tegrou o Departamento de por uma das propostas que Ciência de Computadores obteve na Universidade, da Faculdade de Ciências para fazer investigação no da Universidade do Porto,


Página 04 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 com a missão de iniciar um grupo de investigação na área de Redes de Comunicações, e coordenar esta área ao nível das disciplinas desse departamento. Foi um grande desafio para uma recém-doutorada, mas foi determinante para a sua evolução como Docente e Investigadora, pois teve de iniciar um grupo de investigação (o qual ainda hoje se mantém), e tomar todas as decisões ao nível da docência de redes, assim como a coordenação da concepção de todas as disciplinas nesta área. No entanto, em fevereiro de 2004 voltou para Aveiro, por razões pessoais, agora como docente no DETI. A Susana reiniciou a sua atividade de investigação no DETI e IT como continuação do trabalho que estava a desenvolver no Porto e, embora tenha começado a desenvolver este trabalho integrada num grupo já existente, rapidamente ganhou a sua autonomia e criou um grupo de investigação, hoje designado de “Networks Architectures and Protocols” (http://nap.av.it.pt). Este grupo é composto por mais de 30 elementos com uma excelente interação, e tem estado envolvido em múltiplos projetos de investigação, internacionais (Europeus e com os USA) e nacionais (com outras instituições de ensino e investigação e com Empresas). A interação com as Empresas é um fator determinante deste grupo, tendo atualmente 5 Doutorandos e 2 Mestrandos de Empresas (PT Inovação e NSN). As áreas onde tem desenvolvido investigação estão muito focadas nas

novas tecnologias de comunicação e nas redes de Internet do Futuro, onde a mobilidade, qualidade de serviço, virtualização, controlo e gestão da rede, têm uma importância muito preponderante. Embora sejam endereçadas as redes com fios, as redes sem fios têm tido um papel muito importante neste grupo, como as redes WiFi, celulares, de curto alcance, e mais recentemente, as redes veiculares. Resultante do trabalho nestas áreas publicou mais de 200 artigos científicos.

cionais e internacionais, é avaliadora de artigos das maiores conferências e revistas internacionais, sendo editora de edições especiais de algumas dessas revistas. Participa também em Júris académicos a nível nacional e internacional. A Susana tem ainda colaborado com a Comissão Europeia como membro do painel de avaliação de propostas e projetos Europeus, assim como tem colaborado com algumas Universidades europeias nos seus concursos de docentes. Mas, como é impossível parar, no último ano a Susana abarcou um novo desafio. Em conjunto com o seu colega João Barros da Univer- sidade do Porto, e a Robin Chase e Roy Russel (exCEO e ex-CTO da ZipCar recentemente adquirida pela

Ao nível da parte docente, a Susana tem estado envolvida maioritariamente em disciplinas de redes de comunicações dos vários cursos do DETI, mas tem também contribuído momentaneamente nas disciplinas da área de informática e de sistemas digitais. É sem dúvida uma parte do seu trabalho muito motivante, principalmente quando sente o gosto dos alunos pelas matérias, aquele brilho nos olhos de quem finalmente percebe como funcionam as redes de comunicação. Além das atividades letivas e de investigação, a Susana tem participado na organização de eventos na-

Avis), fundaram uma empresa que se propõe construir redes entre veículos, a Veniam’Works. A ideia de criar esta empresa surgiu de um projeto de investigação, levado a cabo pelas Universidades do Porto e de Aveiro e o Instituto de Telecomunicações, em conjunto com outros parceiros. Apesar de ter menos de um ano de atividade, a Veniam’Works já ganhou o prémio da Track de Transportes e Energias do MIT Ventures Competition, e tem um conjunto de parcerias muito importante. O que os moveu foi todo o desafio, mas muito mais importante, a vontade de criar condições para (à semelhança de muitos outros) colocar Portugal no grupo da frente da investigação e desenvolvimento industrial e assim dar um pequeno contributo para o relançamento económico do nosso país.


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FUTEBOL ROBÓTICO: UM VERDADEIRO DESAFIO PARA A ÁREA DA ROBÓTICA COOPERATIVA De modo a superar grandes obstáculos que afetam as tarefas diárias as pessoas aprenderam que o trabalho cooperativo é uma ferramenta poderosa, e muitos dos trabalhos feitos hoje em dia têm de ser realizados por equipas em vez de trabalhadores únicos. Contudo não é apenas o número de trabalhadores que dita o sucesso da operação, é também a sua capacidade de comunicarem entre si e coordenarem os seus esforços.

senvolver melhores algoritmos e melhores equipamentos. Nesta área, a competição internacional RoboCup atua como um catalisador para encorajar as equipas a mostrar todos os anos o seu trabalho e inovações em áreas específicas como: futebol robótico, desafios em ambiente doméstico, simulação de salvamentos entre outros. Ao começar com um desafio específico num ambiente controlado, e aumentando a sua complexidade anualmente, a competição Com o aumento da dis- proporciona aos investigaponibilidade de robôs em dores um desafio de cada diferentes áreas da ativi- vez em vez de múltiplos dade humana, é natural problemas de uma só vez, que estes comecem a imi- o que iria aumentar o grau tar o comportamento hu- de dificuldade exponenmano, tornando-se mais cialmente. independentes e capazes. Progressos nas tecnolo- Tendo a intenção de pargias de comunicação sem ticipar nestes desafios, a fios permitem a equipas Universidade de Aveiro de robôs partilhar infor- criou a equipa CAMBADA mação em tempo real e co- (acrónimo para Cooperaordenarem-se, enquanto tive Autonomous Mobile a criação de baterias com Robots with Advanced maior capacidade e com- Distributed Architecture), ponentes mais pequenos uma equipa de futebol tornam possível a con- robótico que participa na ceção de robôs simples e competição RoboCup Midmóveis para uso domés- dle Size League (MSL). tico. O modelo de coordenação Como a tecnologia ainda da equipa CAMBADA não está num nível que as baseia-se na partilha de pessoas possam confiar informação do estado do completamente em robôs mundo entre todos os para realizar as suas tare- robôs, usando para isto as fas diárias, tem de existir suas capacidades de comuoutra razão que encoraje nicação e base de dados em os investigadores a de- tempo real. A arquitetura

de decisões é baseada em Papéis (Roles), que tornam possível a execução de tarefas de alto-nível. Cada Papel é formado por uma combinação de Comportamentos que compõem tarefas de alto-nível. Este texto introduz a importância dos Papéis na arquitetura de software da equipa CAMBADA, assim como a sua influência no Desafio Técnico da competição RoboCup 2012 Middle Size League, onde a equipa conquistou o primeiro lugar. Coordenação entre robôs Os robôs da equipa CAMBADA seguem uma abordagem distribuída, tanto na sua arquitetura de hardware como de software. O hardware está distribuído em três camadas, o que facilita a substituição e manutenção de peças. A arquitetura de software é constituída por 5 processos executados concorrentemente, e estes comunicam através de uma base de dados em tempo real, Real Time Database (RTDB), que está fisicamente implementada em memória partilhada por todos os elementos da equipa. Uma ilustração da arquitetura de software pode ser vista na Fig 1.

Fig 1 - Arquitetura de Software Sendo responsável pela comunicação interna dos 5 processos, a RTDB é um dos componentes mais importantes da arquitetura de software. Esta contem variáveis de estado essenciais divididas em duas secções, uma local que armazena informação necessária aos processos locais e que não é suposta ser partilhada entre robôs, e uma secção partilhada que está dividida entre todos os agentes em funcionamento e contém subsecções de informação relativa ao mundo real segundo percebido por cada agente. Cada agente transmite a sua secção partilhada, mantendo assim a RTDB atualizada com informação válida. Para além disto a comunicação é feita através de tecnologia sem fios através de Wifi. A escolha de fazer com que os robôs comuniquem por Wifi surgiu como sendo a melhor solução, já que esta tecnologia já provou ser robusta e adaptável a vá-


Página 06 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 rias situações, além disto existe uma grande número de equipamentos que a suportam.

lado. Cada equipa tem três oportunidades de completar o desafio, e a pontuação final é a soma das três rondas. Estão envolvidas penalizações, por exemplo: os robôs não podem passar a linha de meio campo, a bola não pode sair fora do procedimento necessário campo, e o robôs não popara completar o desafio: Fig 2 - Triangulação de dem tocar nos obstácuDelaunay (DT) los, entre outras. A equipa • Robô B procura a começa com 6 pontos em No futebol real, a principal bola (1º passo) cada ronda, e cada penali• Robô B passa a bola entidade responsável pela zação subtrai um ponto do coordenação da equipa é ao robô A (2º passo) total, tornando possível Robô A recebe a uma pontuação máxima de o treinador. Nesta versão • do futebol também existe bola, executa um drible 18 pontos. um treinador, que pode ser durante 3 metros e no final um computador fora do passa a bola ao robô C (3º Para este desafio foram campo que toma decisões passo) criados três novos Papéis, Robô C recebe a Role A, Role B e Role C. indiretamente. Por exem- • plo, não é possível que o bola, dribla durante 2 me- Foram dadas instruções treinador ordene dire- tros e depois remata para muito específicas a cada tamente um robô a tomar a baliza predefinida onde o agente, e a capacidade de uma ação, este apenas guarda-redes se encontra comunicarem entre si foi pode influenciar a decisão (4º passo) essencial para avançar final que o próprio agente tem de tomar. A função do treinador é, por exemplo, mudar a formação através do DT de acordo com informações reunidas pelos jogadores.

A capacidade que cada robô tem de comunicar com ao resto da equipa as suas informações é um recurso importante na tomada de decisões, já que cada robô é capaz de decidir que Papel é que vai assumir, sabendo quais os Papéis dos seus colegas. Isto perfaz outra característica importante da arquitetura de software, uma Arquitetura Dinâmica baseada em Papéis com Formação. Existem duas situações importantes durante os jogos, jogo livre e bolas paradas. Durante o jogo livre são usados dois Papéis: o Atacante que vai ser o robô mais próximo da bola, e os Centrais que assumem uma posição defensiva atrás do atacante. Nas bolas paradas é usada uma combinação de dois Papeis, o Passador que realiza o passe, e o Recetor que recebe e domina a bola. Em ambas as situações existe sempre um robô encarregado de desempenhar o papel de Guarda-Redes. O desafio técnico Para além dos Papeis dinâmicos, existe também uma formação dinâmica. Usando a Triangulação de Delaunay (DT), cada robô é capaz de escolher a melhor posição para onde se deve deslocar de acordo com a posição da bola. Com esta característica é possível ao treinador posicionar taticamente todos os robôs num espaço contínuo.

O RoboCup é uma competição que envolve muitas ligas e competições. Este trabalho foca-se no Desafio Técnico do RoboCup 2012 MSL. Este desafio é diferente todos os anos, e na última edição este era composto por três robôs ativos, um guardaredes estacionário no centro da baliza e pelo menos três obstáculos sensivelmente do mesmo tamanho que um robô desta liga. A seguir é mostrado um esquema simplificado do

Fig 3 - Posição dos jogadores

nas várias fases do procedimento, especialmente quando os robôs decidem Na figura 3 podemos ver criar uma linha de passe a ilustração do desafio. desobstruída entre eles, de A posição dos robôs, ex- maneira a que a bola não ceto do guarda-redes, são atinga nenhum obstáculo e aleatórias assim como a saia fora do campo. posição da bola e obstáculos. As setas representam os passes ou movimen- Resultados tações executadas pelos robôs, e estão numeradas Ao criar desafios com três de forma a criar uma se- rondas e pontuação acuquência. Os robôs também mulada, a organização do se encontram identifica- RoboCup estava a tentar dos com uma letra ao seu premiar consistência, por


Página 07 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 exemplo 1 boa prova e 2 más iriam gerar apenas um terço da pontuação perfeita, isto para garantir que as equipas eram capazes de replicar os resultados quantas vezes fossem necessárias, e não apenas uma única vez afortunada. Ao criar um método de comunicação através de variáveis partilhadas por intermédio da RTDB, os robôs da equipa CAMBADA poderão coordenar os seus passes e avisar os colegas de equipa quando era a vez destes de atuar. Outras equipas usaram a posição da bola no campo e a sua distância relativa para calcular em que fase estariam e qual seria a próxima, por exemplo se a bola estiver na metade predefinida do campo provavelmente é a vez do robô A atuar, e se estiver na outra metade será a vez do robô B ou C dependendo de qual estiver mais perto da bola. Este procedimento é muito mais arriscado e dá lugar ao aparecimento de muitos erros.

foi alvo de falhas. Contudo, uma programação conservativa permitiu à equipa completar as três rondas com algum sucesso, completando o desafio duas vezes, e numa terceira a bola saiu de campo depois de atingir um obstáculo. A equipa terminou assim o desafio com no primeiro lugar.

tação, tanto em desafios familiares como os jogos de futebol, nestes desafios técnicos únicos, mas também outros que abrangem uma área completamente diferente como é o caso do CAMBADA@Home.

Estamos num ponto em que os robôs têm as ferramentas necessárias para partilhar o seu conhecimento de uma maneira efiConclusão ciente, contudo usar esta informação para tomar deA capacidade de interco- cisões otimizadas é o vermunicação através da Real dadeiro desafio. Time Database, o sistema de Papéis dinâmicos e o Como trabalho futuro eposicionamento através da xistem dois objetivos que Triangulação de Delaunay iriam melhorar imenso provaram ser as maiores o comportamento e coovantagens que a equipa peração. O primeiro seria CAMBADA tem para su- permitir ao treinador deperar os desafios propos- cidir a melhor formação de tos. Da mesma forma a sua acordo com o conhecimenarquitetura distribuída to que os jogadores partipermitiu uma rápida adap- lham, e possibilitar que

esta fosse alterada durante o jogo. Neste momento existe uma formação estática atribuída no início de cada parte do jogo. O outro objetivo seria a coordenação de passes entre robôs de uma maneira mais dinâmica. Atualmente o destino do passe é dado pela posição atual do robô que estiver no papel recetor, mas o jogo seria muito mais interessante e dinâmico se os robôs tivessem a capacidade de realizar passes em desmarcação, onde dois jogadores determinam a posição do recetor antes de ele lá estar.

A equipa CAMBADA foi confrontada com sérias dificuldades relacionadas com o sistema de visão durante a competição, assim como outras equipas, já que as condições de iluminação não eram indicadas, e durante toda a competição o sistema de controlo da bola também

Queres dar a conhecer aos teus colegas o projeto que estás a desenvolver? Queres ver um artigo teu publicado na próxima edição do Fiodeback? Pretendes tornar pública uma teoria nova em que estás a trabalhar? Vem fazer parte do Fiodeback, o jornal de todos nós. Envia-nos as tuas sugestões e artigos para neeet@aauav.pt


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CONVERSAS INFORMAIS “O ESTADO DA NAÇÃO ET”

Foi no passado dia 20 de fevereiro que se deu início à primeira sessão de Conversas Informais, O Estado da Nação ET, organizada pela secção Pedagógica do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NEEET-AAUAv). Para essa primeira sessão contamos com a presença do Prof. Dr. Pedro Fonseca como moderador da conversa, o relato do aluno do 3º ano João Moreira, com a experiência do programa de mobilidade Erasmus do aluno finalista Bruno Cruz e ainda com o relato de 4 ex-alunos, sobre a mudança da vida académica para a vida empresarial, com a Mestre Sara Lopes, o Mestre João Benzinho, o Mestre Renato Resende e ainda com o Dr. Pedro Cruz. Nesta

conversa

foram

abordados temas que vão desde a organização do estudo, do tempo despendido para o mesmo e na melhor forma de conjugação do tempo caso se esteja envolvido em alguma bolsa de investigação, o que segundo o aluno João Moreira, a melhor forma é acompanhar a matéria desde o início e ao primeiro obstáculo que surja, resolvelo. Em relação à bolsa de investigação, sugeriu que os alunos adotassem métodos de trabalho de forma a desenvolver, o mais possível, o projeto logo no início do semestre para evitar uma sobrecarga na época de exames. É do conhecimento de todos os alunos universitários que vivenciamos uma mudança drástica com a passagem do ensino secundário para o ensino superior, sendo bastante difícil para alguns alunos

conseguirem fazer todas as cadeiras do 1º ano. Para conseguirmos terminar esse primeiro ano com sucesso temos de adotar métodos de trabalho e conseguir atingir os objetivos a que nos propusemos e é prova disso o aluno Bruno Cruz pois apesar de não ter começado bem no primeiro ano conseguiu recuperar e hoje é aluno finalista com sucesso. Salientou ainda a importância das soft skills, do saber falar e argumetar,

saber viver a vida académica e a importância de fazer parte de projetos associativos para um importante amadurecimento dos estudantes. Quanto ao programa de mobilidade Erasmus vivenciado por 5 dos oradores presentes nas conversas, foi unânime por todos que era uma oportunidade única para enriquecer quer a nível pessoal quer a nível profissional.


Página 09 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 Passando agora para as opiniões dos ex-alunos de MIEET que já se encontram no mercado de trabalho foram abordados temas que vão desde uma entrevista de emprego até mesmo à vida laboral. Foi concluído pelo Mes-

tre João Benzinho, que se encontra neste momento a trabalhar na Empresa Vodafone Portugal, que o processo de entrada numa grande empresa não é tão assustador como os alunos normalmente antecipam, concluindo que temos de ir mentalizados da grande diferença que se vai sentir do tipo e métodos de trabalho de uma empresa em relação ao que acontecia na Universidade. Em contrapartida é extremamente gratificante estarmos a fazer o que gostamos e sermos recompensados por isso, ou monetariamente ou com a subida de posto dentro da empresa. Disse também que apesar da vasta oferta de emprego na nossa área, temos de nos mentalizar que a possibilidade de sairmos da nossa zona de conforto é elevada, uma vez que, tomando como exemplo a Vodafone Portugal, esta dá

preferência aos estudantes de Lisboa. Acabando por concluir que apesar dessa dificuldade, os métodos de trabalho e de aprendizagem de estudo que o nosso curso exige, permitiram-lhe chegar onde está hoje.

A Mestre Sara Lopes apresentou-nos uma perspetiva profissional diferente pois optou por participar no programa Inov Contacto em que foi destacada para Sillicon Valley, na Cisco Systems. Garantiu que na empresa em que esteve a trabalhar não existia tanto uma preocupação com o percurso académico mas sim com a capacidade

de cumprir o trabalho que lhe era proposto. Acabou por salientar a importância das soft skills pois permite-nos ser mais confiantes no nosso trabalho, comunicar de forma eficaz, fazer uma melhor gestão do tempo e aprender a definir prioridades o que nos permite fazer um melhor trabalho dentro da empresa. O Mestre Renato Resende apresentou-nos as suas experiências vividas no seu percurso profissional, primeiro na Wavecom e atualmente na EDPRenováveis. O tema da dissertação e os projetos académicos em que os alunos se envolvem, na sua perspetiva, não é muito relavente, pois as necessidades dos empregadores é que controlam os postos de trabalho existentes, e com fequência os alunos trabalham em áreas muito distintas da sua especialização na Universidade. Por último, com a experiência do Doutor Pedro Cruz, ficamos com uma visão sobre o mercado de

trabalho para um Doutor, o que provavelmente para alguns alunos não correspondeu às expectativas que tinham. Em Portugal, as oportunidades para um doutor são escassas mas a nível internacional a visão é completamente diferente. Mantém a sua mente aberta a novos horizontes, uma vez que o seu estatuto o pode levar a cargos de nivéis de maior importância com melhor reembolso monetário. Não fecha a porta a ir trabalhar fora do país, mas a por motivos familiares é uma questão que pondera. No seu relato falou da importância da média final de curso e concluíu que alguns alunos valorizam demasiado esse parâmetro, o que na sua opinião não o deviam fazer uma vez que já comprovou que alunos com média inferior, em alguns casos, foram mais bem sucedidos profissionalmente do que alunos com média superior.


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ENTREVISTA A TIAGO ALVES

Como surgiu a entrada no associativismo? Vontade de participar civicamente, na construção de uma sociedade melhor, mas, especialmente, de contribuir para uma melhor Universidade de Aveiro foram fatores fundamentais na promoção deste interesse pelo associativismo estudantil. De membro do meu núcleo de curso a colaborador da direção nos CNU’s de Aveiro, algumas foram as experiências que foram alimentando a vontade de fazer mais. Contudo, acreditava que podíamos fazer diferente, que poderíamos colocar a AAUAv no quotidiano estudantil. E assim ganha rosto um novo movimento politico. Uma equipa demasiado jovem, mas com muita vontade de mudar. Construía-se assim um movimento que ganhava abrangência, força e consistência. Equipa que viria a ganhar as eleições. E assim entro pela primeira vez para uma direção da

AAUAv, como Presidente dessa equipa. Qual foi o teu primeiro pensamento quando foste eleito? Todo o processo de definição e construção do projeto candidato aos órgãos sociais da AAUAv em 2010, exigiu um enorme envolvimento de toda a equipa que compunha a denominada por lista Q “ligate a nós”. Apesar de assente num forte compromisso de todo o movimento que tive oportunidade de liderar, sabíamos que vencer as eleições e assim quebrar uma continuidade era uma tarefa extremamente difícil, mas um passo essencial para poder mostrar que conseguíamos fazer diferente. O que tornou aquele momento num misto de sensações enorme. Orgulho e felicidade pela oportunidade que os estudantes da UA me estava a dar, mas também um sentimento de enorme responsabilidade pelo significado que tinha aquela prova de

confiança. Sabíamos que difícil. Liderar este pronão podíamos falhar! jeto foi, sem dúvida, uma enorme escola de vida. É difícil ser-se presidente da Associação Quais os principais proAcadémica? jetos que desenvolveste Liderar uma estrutura na AAUAv? como a AAUAv é, sem Mais do que projetos dúvida, um projeto alta- quisemos construir definir mente desafiante. Uma um trajeto, uma visão, uma instituição que tem como linha estratégica para toda missão representar ins- a estrutura. Potenciar o titucionalmente todos Projeto Associativo dos esos estudantes que esco- tudantes da UA, centralilheram a Universidade de zando a participação estuAveiro para prosseguirem dantil na legitima a sua formação. Uma ins- representante dos estituição que movimenta 3 tudantes da nossa Unimilhões de euros, uma in- versidade, na AAUAv. stituição com 300 dirigen- Desenhando assim, uma tes, 12 funcionários e mais instituição fundamental de uma centena de presta- capaz de agregar todas as dores de serviços. Uma sensibilidades e de alberinstituição que intervêm gar as diferentes vontanas mais diversas áreas de des e perspetivas dos seus interesse da comunidade membros, sustentada por universitária, áreas essas estruturas cada vez mais que vão desde a cultura e sólidas, os núcleos. Uma o desporto à pe-dagogia, instituição que garante empregabilidade e em- uma uniformização no que preendedorismo e inter- respeita aos princípios venção cívica e social. No democráticos de intervenfundo uma instituição que ção, liberdade, transpapode ser comparada a uma rência, prestação e certiempresa de média dimen- ficação de contas e acima são mas sem fins lucra- de tudo uma igualdade de tivos, onde os estudantes oportunidades para a parsão o centro da sua missão. ticipação dos estudantes. Tudo isto conjugado com Toda esta visão estrutural uma equipa de voluntários, refletiu numa revolução onde a sua dedicação asso- gráfica da instituição, a ciativa choca, diretamente, construção de uma nova com os seus objetivos cur- identidade gráfica. Projeto riculares, em que a pro- este que demonstra tudo teção desta equipa de aquilo que ambicionamos voluntários está basica- para a instituição, uma esmente ao encargo do seu trutura abrangente, plural, agregado familiar, torna como uma enorme diversitoda esta missão estimu- dade e singularidade denlante mas ao mesmo tempo tro de um projeto comum a


Página 11 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 todos os estudantes. Foi, certamente, esta visão estrutural e de união associativa na UA, que mais marcou os mandatos em que tive oportunidade de liderar os destinos da Associação Académica. Contudo, este período fica também marcado pela alteração do conceito do Projeto “Aveiro é Nosso”, uma marca alicerçada numa nova forma de comunicar que reflete a cultura da Academia Aveirense. Neste novo conceito encontramse diferentes dimensões que atribuem a este projeto um carácter transversal. Desde a dimensão social, cultural, desportiva e comercial (única vertente que se mantém da origem do projeto, onde se enquadram os descontos em parceiros e cartões de sócio, que voltamos a entregar ao fim de mais de 6 anos de inexistência) são as diferentes formas da sua aplicação. No Plano Desportivo, iniciamos a discussão para a definição de uma visão clara e abrangente sobre o desporto na UA, avançando com projetos fundamentais como a reforço da competição interna (Taça UA), apresentação de uma proposta de estatuto de estudante atleta, bem como de um plano de certificação e creditação das ACD’s. Reconstruir e Reorganizar administrativa e financeiramente a AAUAv, consolidar os procedimentos internos de gestão, recuperar financeiramente a instituição, bem como aumentar e mo-dernizar os serviços da estrutura (ex: alteração do Bar do Estudante), foram objetivos prioritários e fundamentais para a saúde financeira

Voltarias a fazer o mesmo? Incluindo as candidaturas a presidente? Certamente que sim! Passar pela Associação Académica foi uma oportunidade única. O associativismo é uma excelente experiência, uma escola de crescimento e aprendizagem. A atividade extracurricular deveria ser mais reconhecida, o seu papel na formação dos estudantes Qual foi a maior decisão enquanto indivíduos é funque tiveste de tomar nos damental para o percurso 3 mandatos? de qualquer profissional. Muitas são as decisões que um Presidente de uma ins- Qual a importância da tituição como a AAUAv Associação Académica tem que tomar. Liderar um na UA? projeto desta dimensão No contexto da Universiexige tomadas de posição dade de Aveiro a AAUAv constantes. Algumas delas intervêm nos mais variaextremamente complica- díssimos âmbitos. O seu das pelo grau de importân- envolvimento sente-se em cia que têm para a estrutu- inúmeras estruturas, nas ra e, consequentemente, mais diversificadas áreas para os estudantes. Mas de interesse. Desde a Pedadestacava, uma das de- gogia e Acão Social ao Descisões que mais me custou porto e Cultura, muitas tomar. Quando assumi- são as missões e sensibilimos o comando da AAUAv, dades abrangidas por esta deparámo-nos com uma estrutura. instituição financeira- Enquanto estrutura repremente frágil. Recupera-la sentativa dos estudantes, financeiramente seria en- atores fundamentais do tão um dos nosso maiores “ser” da Universidade, é desafios. Vimo-nos, assim, missão da AAUAv conobrigados a reduzir um tribuir e intervir em todas conjunto de custos fixos as matérias que envolvam que colocavam em causa estudantes. Os estudantes a saúde financeira da in- têm sempre que demonsstituição. Desde rendas trar a sua posição sobre e alugueres a gastos com todos os temas da Univerpessoal, muitos foram os sidade, e a AAUAv, fazendo cortes. Sem dúvida, que uso da sua missão enquandispensar funcionários, to sua representante legítipessoas que dependiam ma, corporiza este papel e daquela atividade para toma as devidas posições. subsistir, foram decisões Por outro lado devemos extremamente compli- demonstrar o sentido inscadas, mas que acreditá- titucional para com a vamos necessárias para Instituição que nos acoo cumprir um objetivo na lheu para prosseguimos os altura fundamental. nossos estudos, e a melhor forma que temos de o fazer é manter uma postura proda estrutura. Por último, destacava os anos de intenso envolvimento na discussão do Ensino Superior Português e da Universidade, em que salientava o reforço do Fundo Social, onde a AAUAv teve um papel fundamental desde a discussão do reforço, à definição da distribuição do montante.

activa e colaborativa melhorando-a continuamente. Como é que olhas para a AAUAv no momento da tua saída? A Associação Académica de hoje é completamente diferente daquilo que era há 3 anos atrás. Apesar de já o ser na altura, hoje respira-se uma instituição global e abrangente, desde os estudantes, aos núcleos e órgãos sociais, todos se sentem parte de um mesmo projeto, intervêm nele, sentem a sua responsabilidade e a sua dinâmica. A instituição cresceu a vários níveis, aumentou a sua base de ação. Hoje ser parte de um núcleo é um motivo de orgulho, os cursos sentem a necessidade de se constituírem no seio da AAUAv, reativamse antigos costumes da Acade-mia. Talvez tenha sido esta a maior das mudanças efetuadas, o sentimento de uma instituição na qual todos temos o dever de intervir, uma instituição de e para todos. Digo a maior porque mudou efetivamente o quotidiano dos estudantes na academia. Mas não cresceu apenas por aqui. Tornou-se uma instituição melhor preparada para os desafios constantes, para um futuro incerto e para o qual nos devemos alinhar. . Acre-dito que a AAUAv de hoje tem tudo para se demarcar de uma comum Associação de Estudantes, e ser verdadeiramente um ator privilegiado de intervenção e colaboração em vastos sectores da sociedade, setores estes de onde os estudantes, enquanto atores do futuro, não se devem alhear.


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SERVIÇO DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO


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DIÁRIO DE UM ESTUDANTE EM ERASMUS

Cidade - Tampere, Finlândia Relato de Francisco Ruivo

vizinhos com boas ligações em termos de transportes o que facilita o turismo para os estrangeiros que estão cá a viver/estudar.

Escolha do país:

Custo de vida:

A escolha da Finlândia foi uma escolha relativamente fácil. Os países nórdicos sempre me interessaram dada a sua organização social,a economia e a capacidade de adaptação às condições que os seus habitantes mostram. Algo que pesou na minha escolha em vir para Tampere foi a forte componente industrial que envolve a Universidade (p.e. atrás da Universidade é a sede de desenvolvimento da Nokia.).A localização também favoreceu a minha escolha: a Finlândia (Suomi como aqui se diz) é um país quase diametralmente oposto a Portugal com uma série de países

Este é um dos pontos mais complicados da minha estadia por estas terras frias. As primeiras incursões aos supermercados foram uma grande aventura! Primeiro por falta do domínio do finlandês o que fez com que em vez de comprar leite comprasse umas espécies de natas que um colega nosso aí da Universidade, mas de outro departamento ainda ferveu na esperança de se conseguir beber (tentativa falhada). Em segundo o preço das coisas. A Finlândia é um país com um nível de vida superior ao de Portugal mas passado uma ou duas semanas aprende-se onde estão os produtos com melhor

rácio qualidade/preço e acaba-se por não se gastar tanto quanto se pensava num primeiro momento. Há artigos que se conseguem comparar a Portugal, por exemplo 1 litro de leite que é produzido cá custa cerca de 70 cêntimos mas quando se fala de vegetais ou carne vermelha (a maioria tem que ser importado) o preço já fica 2,3,4 vezes maior (para não falar do peixe fresco). Nas cantinas da universidade (existe uma por departamento) os preços são semelhantes à UA: uma refeição completa a preço de estudante são 2,60€ e estão abertas aos almoços de segunda a sábado. Quanto ao álcool é um produto altamente taxado na Finlândia. Para bebidas com mais de 6% de álcool há uma cadeia de lojas especiais: Alko (nome sugestivo). Uma garrafa de vinho custa sempre, pelo menos 6€ e uma garrafa de bebida branca de um litro nunca menos de 15€. Nos bares e discotecas, depende da noite mas preços como 5€ por um shot continuam a assutar-me. Para contornar esta situação o conceito de “pre-party” torna-se obrigatório e é dos momentos sociais mais ativos de um estudante Erasmus por aqui. Todas as residências têm uma sala de convívio que normalmente é fretada para este efeito, outras vezes os estudantes abrem as portas de casa e deixam en-

trar 40-50 pessoas de uma vez. Assim, sair à noite sai apenas um pouquinho mais caro que em Portugal! Vida académica: A este nível muitas diferenças podem ser destacadas. Em primeiro lugar a que mais me marcou foi que na maior parte das disciplinas as teóricas são dadas pelo Professor responsável enquanto que as práticas e teórico-práticas são os seus assitentes, ou seja, alunos que estão a iniciar o doutoramento ou que estão a acabar o mestrado. Isso é uma grande vantagem porque os assistentes têm maior disponibilidade que os professores e eles próprios fazem com que a relação assistente aluno não se torne demasiado formal! Outra diferença é que ainda não encontrei aulas obrigatórias (embora saiba de algumas disciplinas que as tenham) e normalmente existe um sistema de bonificação (carrot points) para quem as vai assistir. O método de aprendizegem passa muito por self-studying orientado a problemas propostos pelos professores, muita revisão de artigos e projetos semestrais (normalmente divididos em sub-projetos) com a criação de produtos finais com documentação e testes extensivos. A Tampere University of Technology (TUT) tem


Página 14 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013 condições excelentes! Sempre quente (grande parte das pessoas anda de t-shirt dentro dos edifícios), laboratórios com equipamentos de ponta e muito importante: muitos sofás onde os estudantes convivem e às vezes tiram um siesta (o sítio preferido para isso é na biblioteca porque é onde são mais confortáveis e há mais silêncio). As aulas são todas em Inglês visto que a grande maioria dos alunos TUT são internacionais ( a maior parte proveniente da Ásia e Rússia). Lazer e viagens: Em termos de lazer Tampere é a cidade ideal na Finlândia visto que é a cidade, por três anos consecutivos, eleita pelos finlandeses como a melhor para viver no país. Há sempre eventos a acontecer e em termos de espaços

de entertenimento há para todos os gostos. Inclusivé existe um parque de diversões aqui (só que está fechado durante o Inverno). Tampere é uma cidade de dimensões pequenas, mas como em todos os lugares na Finlândia é rodeada pela Natureza. É sempre agradável passear pelos bosques à beira dos lagos (a Finlândia tem 187 888 lagos) onde muitos escolhem fazer jogging (mesmo com temperaturas negativas! ). Viajar é algo fácil para fazer, os transportes funcionam muito bem e o cartão de estudante garante 50% de desconto. Num dia, consegue-se ir até à Estónia de barco e voltar. Viagem que muitos finlandeses e não só, aproveitam para reabastecer o stock de álcool pois lá os preços são muito baixos. Como a Finlândia é

um país em que faz algum frio e as horas de “luz” são bastante reduzidas durante o Inverno a qualidade de vida indoor é muito boa. Por exemplo, a residência onde moro tem ginásio e sauna ao dispor de quem quiser usar. Fazer parte do programa Erasmus é uma experiência incrível! Para além de ser uma oportunidade única a nível académico é muito concretizante a nível pessoal. Todos estamos aqui em pé de igualdade: longe de casa, numa cultura (e clima) completamente diferentes e prontos a absorver todas as experiência.

Isso permite que se criem laços de amizade que tenho a certeza que vão ficar para a vida mesmo que depois destes meses centenas ou milhres de quilómetros nos separem durante a maior parte do ano. Aprende-se a respeitar os outros culturalmente e tem-se a possibilidade de aprender sobre muitos outros países. No fundo é uma maneira muito confortável e informal de sair da “zona de conforto”. Se estavam a pensar vir fazer Erasmus para Tampere espero que depois do que leram não continue a ser só uma ideia! “Kiitos ja näkemiin!”.


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A VOZ DOS ET’S

Jornal FiodeBack (JF): O que achas da nova imagem da AAUAv e da sua integração com os Núcleos, serviços e atividades? “Confesso que à primeira vista a nova imagem da AAUAv não me despertou qualquer tipo de reação específica. No entanto, acho notória a integração que há com os vários núcleos. Falando em particular do NEETAAUAv, penso que tem um potencial incrível, intervindo na pedagogia, no apoio social e participando na construção diária da universidade de Aveiro. Gostaria que continuassem a realizar os mais diversos eventos e atividades continuando a despertar o interesse da comunidade académica.” Estudante do 1º Ano, Maria Brandão

JF: Como classificas Aveiro como cidade para viver? Achas que esta se encontra bem guarnecida para as principais necessidades dos jovens e estudantes que nela residem? “A meu ver a cidade de Aveiro só é digna desse título graças à própria Universidade. Aveiro foi promovida de aldeia a cidade aquando da sua construção e, como tal, obtivemos um aglomerado de edifícios que tem como coração a UA. É fácil de ver que Aveiro se adaptou com facilidade e rapidez a esta nova mentalidade. Como exemplo disso temos os inúmeros senhorios que adaptaram as suas casas a estudantes universitários, as lojas de fotocópias em cada esquina, e até mesmo os descontos feitos a estudantes por quase todos os comerciantes. Vivemos numa cidade que cresceu em torno da Universidade ao longo dos últimos anos, e é, por isso, natural que hoje em dia seja um exemplo de cidade dedicada especialmente ao estudante universitário.” Estudante do 2º Ano, Diogo Batista

JF: Qual o teu balanço dos 3 anos do Tiago Alves à frente da AAUAv? “Para mim falar de Tiago Alves é falar da AAUAv e do trabalho que desenvolveram ao longo destes 3 ultimos anos. Só recentemente com o surgimento do nosso núcleo de curso é que me apercebi do quão distante o nosso curso estava da AAUAv e o que realmente perdia com isso. Já que em muitas situações é através do núcleo que tomamos conhecimento de eventos organizados pela AAUAv como por exemplo a Semana do Emprego, Taça-UA, Corrida de Bateiras, etc. Nesse sentido acho que o Tiago Alves como presidente teve o importantissimo papel de promover o surgimento de mais núcleos quer de curso, quer desportivo-culturais. Assim alcançando um maior número de estudantes defendendo os seus interesses e representando-os.” Estudante do 3º Ano, André Ferreira

JF: Cada vez mais se vêem raparigas a apostar no JF: Pensas ficar em Portugal, ou o estrangeiro é a ramo da engenharia para futura formação académimais forte opção para o teu futuro profissional? ca, e o nosso curso não foge à regra. No teu entender Porquê? como explicas este fenómeno? “Uma formação academica é sempre um grande investimento e cada vez é mais dificil fazer render esse investimento devido aos tempos de crise e desemprego que hoje se vivem. Assim muitas jovens estudantes tentam encontrar no curso de ET, devido ao seu prestigio e empregabilidade, uma solução para este problema. Atualmente também é muito comum, desde cedo, as crianças passarem horas em frente a uma televisão ou a um computador e deixarem-se fascinar pela tecnologia, isto leva a que mais tarde essa área tenha muitos admiradores. Estes dois aspectos fazem com que haja cada vez mais engenheiras entre nós, o que tende a ser muito benéfico para a academia devido às novas ideias que elas conseguem incutir, bem como a beleza que trazem ao nosso departamento.”

“Na minha opinião trabalhar no estrangeiro apresenta-se como uma excelente opção. Aprender e viver numa nova realidade contribui muito para o nosso desenvolvimento enquanto trabalhadores, para um dia mais tarde voltar ao nosso país com novas ideias que dinamizem os ramos das áreas tecnológicas. Claro que o fator económico também tem um grande peso numa decisão deste género. Portugal está um pouco parado a nível económico, o que não motiva nem atraí os novos jovens trabalhadores. Estas experiências também possibilitam criar novos contatos e ligações que podem ajudar a evoluir muitas coisas em Portugal. Mas tudo depende da vontade de cada pessoa em tentar novas aventuras equacionando todas as possibilidades, dentro e fora de Portugal.

Estudante do 4º Ano, David Breda

Estudante do 5º Ano, Nuno Vicente


Página 16 // Jornal Fiodeback // 20-03-2013

ATUALIZA-TE Google quer carros autónomos entre três a cinco anos A Google lança a perspetiva mais otimista, até hoje, na área dos veículos automáticos pela mão de Anthony Levandowski, responsável pela área de condução autónoma da Google, que pretende implantar no mercado o seu carro autónomo num prazo de três a cinco anos. Mas claro, a principal dificuldade parece ser mesmo convencer as autoridades e as empresas seguradoras da sua segurança. De acordo com a Google, este tipo de veículos vai ser mais seguro que o habitual. No entanto, há cenários onde demasiada tecnologia pode ser uma causa de acidentes em vez de um mecanismo de segurança.

Nvidia Tegra É uma série de sistemas integrados, que incorporam todos os elementos de um computador, ou outro sistema electrónico, em apenas um chip. O processador Tegra inclui desta forma um CPU com arquitectura ARM, northbridge, southbridge e controlador de memória num único pacote. O que destaca esta série de processadores é o seu baixo consumo de energia e a sua performance na re-

produção de áudio e vídeo. O mais recente Tegra 4 (codename “Wayne”, uma referência ao herói de BD, Batman) anunciado a 6 de janeiro de 2013, apresenta um CPU quad-core, que inclui um outro processador (invisível para o SO), que consome 1/5 de energia para efetuar tarefas de segundo plano. Os gráficos apontam para que seja 20x mais rápido que o Tegra 2 e 6x mais rápido que o Tegra 3. Poderemos encontrá-lo em aparelhos móveis em agosto deste ano.

em que alguns jogos irão requerer instalação, à semelhança do que acontece nos PC’s, mas que esta se pode desenrolar durante o jogo, não havendo então o tão moroso compasso de espera. Há também informações de uma política anti-jogos usados, bem como constante ligação à internet para o combate à pirataria. Dos fãs da Xbox já é sabido que as apresentações das novas consolas da Microsoft acontecem na E3, que já não está a grande distância, o que deixa então ainda algum tempo para a especulação cada vez mais precisa, ou não, sobre a natureza exata da nova Xbox. Aquela que ainda não tem nome nem imagem oficial, pelo menos por parte da Microsoft, tem agora uma Para quando a nova data prevista para o seu Xbox? lançamento apontada pelos críticos para ainda anQuando a indústria parecia tes do final do ano. estar adormecida surgem datas e nomes para a nova “Xbox 720”, ou mais conhecida por Project Durango. Os rumores começaram quando algumas editoras vieram anunciar que iriam lançar os seus jogos na corrente e na nova geração de sistemas. Com isto, veio também, a pressão imposta Tamagotchi no teu Anpela Sony com a notícia do droid lançamento da Playstation 4. Ideia que tomou forma O animal de estimação virmuito rapidamente e veio tual dos anos 90 voltou! O surpreender os consumi- popular porta-chaves oval, dores, e tem como previsto já por muitos esquecido, o seu lançamento para ou- mas que fez as delícias tubro deste ano. de muita gente, renasceu Outros rumores apontam numa aplicação gratuita para um novo conceito para o sistema Android, no mundo das consolas, que permite replicar tudo

o que se conseguia fazer num dos “bichos” origiais. Tinha horas para ser alimentado, passeado e até para se limpar a “casa de banho”, os três botões sem qualquer descrição estão na mesma presentes nesta aplicação e até os sons e alertas são idênticos aos originais. A aplicação estreia ainda um novo modo de visualização, o app view, que permite trocar a vista dos três botões por ícones táteis. A Namco Bandai, que foi quem preparou a versão para Android, deixa rumores de que pode estar a ser desenvolvida uma aplicação para iOS.


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Telemóveis com siste- serão postos à venda em ma Ubuntu Outubro, de acordo com afirmações de ShuttleEm Outubro serão postos worth ao Wall Street Jourà venda smartphones equ- nal. ipados com uma versão de Ubuntu, um sistema operativo Linux que ganhou reconhecimento em alguns círculos. O sistema para smartphones já tinha sido anunciado e, em Janeiro, a empresa divulgou que uma versão de Ubuntu para os telemóveis Galaxy Nexus, da Samsung, Cadeira de rodas inovaestará disponível ainda dora neste mês para os que se quiserem aventurar e ten- Daniel Correia, João Batar a instalação por conta tista e Ricardo Pereira, própria, bem como para estudantes do Mestrado os criadores de aplicações Integrado em Engenharia que queiram começar a Mecânica da Universidade trabalhar no sistema. Os de Aveiro (UA), venceram equipamentos já com o o Prémio Ser Capaz - Insistema pré-instalado só vestigação e Tecnologia

2012, promovido pela Associação Salvador, com o projeto “Cadeira de Rodas Elevatória”. O projeto consiste no desenvolvimento de uma cadeira de rodas que, sem qualquer fonte de energia externa, permite ao utilizador elevar-se o suficiente para, por exemplo, alcançar um balcão ou um multibanco.

REBEL X

FORME-TE

No passado dia 27 de fevereiro realizou-se mais uma festa de sucesso organizada pelo NEEET-AAUAv, inspirada na tão conhecida Rebel Bingo. Contamos com a presença das DJ’s Marta Ruby e Joana Best, com o DJ Tiago Gamelas e ainda com DJ Bacelo para animarem a noite. Não percam as próximas festas.

Nos dias 1, 2 e 3 de Março ocorreu a 2ª edição do Formate na cidade de Braga. Encontro este que é organizado pela associação académica da Universidade de Aveiro e tem como principal objetivo debater linhas estratégicas. Foram abordados temas como a pedagogia, cultura, desporto, nova imagem da Associação Académica e seus Núcleo de Estudantes e tambem da marca Aveiro é Nosso.

bluetooth e GSM. Vai permitir a actualização de equipamentos, como os telemóveis, para novos tipos de comunicações sem fios, sem que seja necessário substituir o aparelho. Um aspecto que está a ser trabalhado no protótipo é o da eficiência energética, dado que as velocidades de comunicação mais elevadas aumentam o consumo dos aparelhos.

Chip desenvolvido no DETI Este chip integra as funcionalidades de wi-fi,


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NOTÍCIAS

Estás neste momento a olhar para este artigo e deves estar a pensar “mas quem são estes?” E tens toda a razão, por isso vamos apresentar-nos. Somos a Mão Académica – AAUAV, um grupo de estudantes da Universidade que nos juntámos para ajudar colegas nossos, que nos dias que correm infelizmente é lhes difícil continuar a estudar e aqueles que continuam passam por enormes dificuldades. Como tu sabes, ao contrário do que muita gente pensa, as propinas não são o encargo maior que um colega nosso enfrenta. Por isso é que queremos atuar em quatro grandes áreas, tais como, material escolar, deslocações, alimentação e alojamento. Somos um grupo com uma atitude informal, pois achamos que o formalismo é o que muitas vezes afasta os nossos colegas de pedir ajuda. Ainda estás a ler? Então dá-nos a oportunidade para dar os parabéns e um

enorme obrigado ao teu sem nos apercebermos, núcleo (NEEET-AAUAv), temos mesmo ao nosso pois os teus colegas desde lado um colega nosso que precisa, agora cabe a nós os primeiros momentos sabermos se queremos asque nos estão ajudar, para sobiar e continuar a andar conseguirmos alcançar os ou realmente ajudá-lo. nossos objetivos. Se calhar até tu que estás a ler Caso tu ainda estejas a ler neste momento, já foste este artigo (obrigado por um dos que nos doou li- nos estares a dar um pouco vros e divulgou o nosso do teu tempo) e sejas um projeto. Se foste um des- daqueles colegas nossos ses queremos te agrade- que neste momento está cer, pois a nossa existência com dificuldades em connão faz qualquer sentido se tinuar a estudar ou penpessoas como tu não nos sas mesmo em abandonar, ajudarem. Caso ainda não vem falar connosco. Somos tenhas ajudado e tenhas teus colegas e uma coisa te vontade relembro-te que garantimos, iremos fazer está a decorrer uma cam- tudo o que está ao nosso panha de recolha de livros alcance para te ajudar. no teu departamento. Por Hoje ajudamos-te, amanhã isso se tiveres um livro que quem sabe não és tu que já não uses ou já não preci- nos está a ajudar a nós. ses, entrega aos teus cole- Não podíamos deixar de gas do NEEET-AAUAv que falar em ti, que estás neste eles depois encaminham momento no NEEETpara nós. Se quiseres par- AAUAv. A ajuda que nos ticipar mais ativamente, estás a dar é fundamenenvia-nos um email para tal para nós, pois dá-nos mao.academica@aauav.pt, motivação e faz-nos ver que teremos todo o gosto que estamos no caminho em receber-te. Por vezes certo e mais colegas nos-

sos pensam como nós. Hoje em dia é raro vermos alguém ajudar sem nada em troca, mas no vosso caso é mesmo isso que está acontecer. Têm sido fantásticos para nós e queremos vos dizer que em tudo o que precisarem podem contar connosco. Grandes oportunidades para ajudar os outros raramente aparecem, mas pequenas delas nos rodeiam todos os dias. É com enorme satisfação que a Mão Académica pode dizer que o NEEET- AAUAv nos está a ajudar a agarrar essas oportunidades, ajuda-nos tu também!

Santiago Figueira Coordenador Mão Académica – AAUAv (www.facebook.com/mao. academica)


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PASSATEMPOS SUDOKU

LABIRINTO

SOLUÇÕES

PALAVRAS CRUZADAS


Caros colegas, Depois de uma época de exames exigente, inicia-se ago-ra mais uma nova etapa do nosso percurso académico. Inicia-se agora o segundo semestre deste ano letivo. O segundo semestre implica o regresso às aulas e uma maior presença na Universidade. Mas, a presença dos estudantes na Universidade não deve ser apenas nas salas de aula. Deve ser também nos espaços que promovam o convívio, o lazer, o debate, a reflexão, o crescimento pessoal e social, o desenvolvimento de competências transversais, a originalidade, a irreverência ou a criatividade. Nesta tipologia de espaços enquadra-se a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Quando falo na AAUAv, não me refiro apenas à direção mas também (e sobretudo) aos mais de quarenta núcleos ativos existentes. Falar na AAUAv é falar também no NEEET. O NEEET é parte integrante desta grande instituição e apesar da sua juventude (pouco mais de um ano) tem demonstrado grande proatividade em prol dos estudantes deste curso e permitir-lhes que desenvolvam todas as características acima referidas. Porém, para que tal seja possível, é necessário participação e envolvimento de todos vós. A participação e o envolvimento dos estudantes são fundamentais para uma vida académica mais rica, mais preenchida, mais vivida, com mais aprendizagem e mais sucesso. Viver a vida académica intensamente, com participação e envolvência, não é só tirar boas notas mas participar e desfrutar das atividades e iniciativas realizadas pela AAUAv, a defensora e legítima representante dos teus interesses. Só com participação e envolvimento em atividades extracurriculares podemos melhorar as nossas soft skills, as nossas competências transversais. Tal melhoria é extramente importante no contexto atual e as empresas valorizam cada vez mais este tipo de competências. A competitividade na procura de emprego é hoje elevadíssima e não se pode comparar aquela que existia no tempo dos nossos pais. É imperativo termos um currículo diferenciador. Neste sentido, a AAUAv é com certeza uma mais-valia para o percurso académico dos Estudantes da Universidade de Aveiro. É uma maisvalia para os estudantes de MIEET. Deste modo, não deixes de participar e envolver nas atividades extracurriculares. Não deixes de viver arduamente a tua vida académica. Participa ativamente nas atividades da tua Associação, da nossa Associação que é a AAUAv, porque a AAUAv somos nós! Tiago Almeida Presidente da Direcção da AAUAv


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