Puerilismos (protótipo ilustrativo)

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Puerilismos

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Puerilismos NAVE Histórias 2014

1ª Edição


Dados Internacinais de Catalogação na Publicação - CIP L000 Tissot, Leonardo. Puerilismos. / Leonardo Tissot. Prefácio de Karla Nazareth. - Pelotas: NAVE Histórias, 2014. 240 p. ISBN 000-00-00000-00-0 1. Biografia. 2. Infância. 3. Memória I. Título. Puerilismos. CDU 000 CDD 000

Catalogação elaborada por João Silva

Produção NAVE Histórias www.navehistorias.com

Imagens Acervo pessoal Shutterstock

Edição Leonardo Tissot

Projeto Gráfico e Diagramação Karla Nazareth

Texto Leonardo Tissot

Impressão Gráfica XXXX

Revisão João Silva

É proibida a comercialização deste livro. Todos os direitos, informações e imagens são do acervo e responsabilidade da família Simões.


Às memórias da infância


Prefácio Meu superpoder O sabor impossível Cinco anos para dizer “não” Meu amigo lobisomem O Ricardo Teixeira do botão Vais casar virgem? Boca lambuzada e cara de colono Esconde-esconde Um choque de vampirismo A minha grande invenção As moedas do orelhão O queijo falso

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´ o Prefaci Pueril. Imaturo. Tolo. Você já se sentiu assim, a gente sabe. E, convenhamos – você já foi assim. Quando jovem, talvez. Quando criança, com certeza. E quando bebê, bem… Pergunte para seus pais e eles lhe responderão com um olhar. Quantas histórias e aventuras incríveis você viveu naquela época, não? Muito mais do que hoje, definitivamente. Ou já esqueceu? Pois estamos aqui para ajudá-lo a lembrar. O dicionário Houaiss classifica “puerilismo” como um termo da psiquiatria, qualificando-o – até com um certo tom condenatório, nos parece – como “a regressão mental do adulto”. E completam: “que se caracteriza por atitudes, linguagem, atividades e interesses infantis”. Como se ter interesses adultos fosse lá grande coisa.

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meu superpoder

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E

ra uma noite qualquer, lá por 1986 ou 1987. Eu havia ido à escola, meus pais tinham trabalhado o dia inteiro, e estávamos em nosso apartamento após a jornada de todos os dias.

Mais especificamente, eu e minha mãe estávamos na cozinha e, por algum motivo, eu – uma criança quieta e patologicamente comportada – estava chorando e reclamando de alguma coisa. Provavelmente eu queria mais um copo de refrigerante ou mais uma porção de iogurte de morango, mas ela havia decidido que eu já tinha bebido o suficiente.

Foi quando, num momento único da minha infância, me pareceu uma boa ideia gritar para demonstrar o quanto eu queria – e, mais do que isso, precisava daquelas guloseimas. No instante em que o berro saído de minhas cordas vocais de seis anos de idade ganhou o ambiente, todas as luzes do apartamento se apagaram. Momentos depois, minha mãe falou: — Ó, viu o que acontece quando tu te comporta assim? No instante em que o berro saído de minhas cordas vocais de seis anos de idade ganhou o ambiente, todas as luzes do apartamento se apagaram. Talvez você não faça ideia do quanto uma criança se sinta após uma experiência como essa. Mas, por um bom tempo, ainda segui acreditando que sim, eu era capaz de

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