SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Subsecretaria de Gestão Educacional Departamento de Gestão Escolar Divisão Distrital Zonal Leste II Alameda Cosme Ferreira, nº 5.978 - Zumbi II Telefone: (92) 3249-3549
AS TIC´S AJUDANDO NA VALORIZAÇÃO DE NARRATIVAS DE VIDA.
MANAUS, 2017
Conhecendo a Esc. Cleonice Menezes A Escola Cleonice Menezes Fernandes passou a funcionar através da Lei 371/96 dia 26 de Agosto de 1996 a partir da necessidade de se ter uma escola que atendesse à necessidade da comunidade do João Paulo II. Atualmente, atende alunos do Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, Educação Especial, EJA 1º e 2º segmento, Programa Acelera e SE LIGA.
Imagem 1- Frente da Escola
Fonte: Google Maps, 2017.
DADOS DO PROJETO Escola: Cleonice Menezes Fernandes Coordenadora: Alessandra Tomé Campos Professora envolvida no Projeto: Iara Turma: 1ª fase- 3º Segmento. Imagem 2- Turma: 1ª fase- 3º Segmento
Fonte: CAMPOS, 2017.
RESUMO O Projeto “As TIC´s ajudando na valorização de narrativas de vida” tem como objetivo principal valorizar as narrativas de vida por meio do uso das tecnologias da informação e comunicação fazendo uso da proposta do Ensino Híbrido de rotação por estações. Coadunando para o alcance desse objetivo, desenvolveu-se a proposta do Ensino Híbrido por rotações utilizando espaços diferenciados de aprendizagem (refeitório e Telecentro) no intuito de tornar as aulas mais atraentes e dinâmicas, realizaram-se rodas de conversa proporcionando um ambiente de diálogo e valorização das narrativas de vida, produziram-se livros digitais na Plataforma ISSUU, além de promover a inclusão digital por meio do uso espaço do Telecentro. No decorrer do projeto foram utilizados recursos diversos, tais como data-show, computador, vídeos, músicas, papel ofício, lápis de cor e celular.Dentre os resultados alcançados pudemos perceber a prática pedagógica foi enriquecida, a auto-estima dos estudantes foi elevada por meio do reconhecimento da importância das suas história de vida, houve melhoria na produção escrita e também promoveu a inclusão digital.
OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Valorizar as narrativas de vida por meio do uso das tecnologias da informação e comunicação fazendo uso da proposta do Ensino Híbrido de rotação por estações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Desenvolver a proposta do Ensino Híbrido de Estações por rotação utilizando espaços diferenciados de aprendizagem (Sala de aula, Refeitório e Telecentro) no intuito de tornar as aulas mais atraentes e dinâmicas; Promover um ambiente de diálogo e valorização das narrativas de vida; Contribuir para a melhoria das produções escritas; Produzir e divulgar os livros digitais na Plataforma ISSUU; Promover a inclusão digital.
DESENVOLVENDO O PROJETO METODOLOGIA Para o desenvolvimento do projeto buscamos desenvolver a proposta do Ensino Híbrido conforme apresentado por Ramos, Souza e Alves (2014) Ensino Híbrido ou também chamado Blended Learning, onde blend em língua inglesa significa combinar, misturar, pode ser entendido como um modelo de ensino e aprendizagem que combina o ensino presencial (tradicional) e o ensino on-line (e-learning). O termo blended learning ou blearning está associado a uma proposta que visa atender as demandas dos estudantes do século XXI. Assemelha-se a uma convergência do ensino virtual com o presencial e não uma oposição, onde a aprendizagem não está mais restrita ao espaço e tempo da sala de aula [...]
Uma das possiblidades de trabalhar com o Ensino Híbrido é a proposta de Rotação por Estações a qual consiste em fazer com os alunos se revezem na utilização de diferentes espaços de aprendizagem e recursos diversos.
[...] O modelo de Rotação por Estações de Trabalho ( RET) do inglês Station Rotation Model é uma categoria dentro do modelo de rotação.[...]Nele, os alunos aprendem dentro de um curso, ou de uma disciplina revezando modalidades de ensino, seja on-line ou presencial, e esse revezamento dependerá de qual categoria de rotação está sendo implementada. Na categoria do modelo RET, o revezamento é realizado dentro de estações de trabalho que podem ser definidas como pontos específicos de uma sala de aula ou de qualquer outro espaço escolhido para sua implementação.( STAKER; HORN, 2012).
Na realização deste projeto foram proposta as seguintes estações: Depoimento, Texto e Telecentro. As atividades das Estação Depoimento e Estação Texto foram desenvolvidas de maneira paralela, a dalizadas em cada estação estão descritas abaixo:
ESTAÇÃO DEPOIMENTO Número de aulas previstas: 05 aulas (2 horas e meia cada aula) Números de participantes: até 10 alunos (2 grupos) Responsável pela Execução: Coordenadora de Telecentro Local: Telecentro Escolham um redator para o grupo
Exibição do filme: Vida de Maria. Disponível em https://goo.gl/JGAKcL Assistam ao vídeo e discutam com o grupo as partes do filme que foram consideradas mais relevantes. O redator do grupo faz anotações durante a discussão para exposição futura. Figura 3- Filme Vida de Maria
Fonte: Disponível em < https://goo.gl/JGAKcL>
ESTAÇÃO TEXTO Número de aulas previstas: 05 aulas ( 2 horas e meia cada aula) Números de participantes: até 10 alunos ( 2 grupos) Responsável pela Execução: Coordenadora de Telecentro Local: Professora Iara Leia o texto “A casa Florida”. Após a leitura, reflitam: E como era a sua a casa na infância? O que mais lhe marcou neste período? Que lembranças vocês trazem deste período? E como foi a adolescência? A fase adulta? Que fatos da sua vida o fazem sentir triste ou alegre? Como você acha que a sua história de vida pode contribuir para a vida de outras pessoas? Registre a sua história de vida através da escrita de um de texto.
Figura 4- Alunos fazendo o registro de suas histórias de vida
Fonte: CAMPOS, 2017
SOCIALIZAÇÃO ( EXPOSIÇÃO DOS RELATOS DA ESTAÇÃO DEPOIMENTO) Número de aulas previstas: 05 aulas ( 2 horas e meia cada aula) Números de participantes: 4 grupos ( Em média 5alunos por grupo) Responsável pela Execução: Coordenadora de Telecentro e Professora Local: Sala de aula
ESTAÇÃO INCLUSÃO DIGITAL Nesta etapa os alunos terão que realizar a digitação dos textos produzidos na Estação Texto. Inicialmente, são dadas aulas de digitação básica, pois muitos nunca tiveram acesso ao computador. Criação e Publicação do Livro Digital na Plataforma ISSUU. Disponível em <https://issuu.com/>
Figura 7- Alunos fazendo a digitação das histórias de vida no Telecentro
Fonte: CAMPOS, 2017
SOBRE O LIVRO DIGITAL ISSUU O ISSUU é um recurso on-line destinado a todos aqueles que desejem carregar um documento na plataforma para apreciar a leitura com o aspecto de uma revista virtual. Esta, aliás, é a característica que proporciona uma experiência muito agradável visualmente, como se a pessoa estivesse folheando uma revista. Para visualizar as publicações não é necessário registrar-se. Entretanto, caso você queria publicar, deve se cadastrar.
Nossas vidas,
Nossas histรณrias
A casa bela Eu nasci no bairro de Petrópolis na Capital de Manaus. Morava numa casa com telhado e de alvenaria. Tinha quatro quartos, janelas, duas portas, ela era pequena, tinha dois quartos, uma cozinha, uma sala, dos lados da casa tinham flores pequenas, no quinta da casa tinham dois pés de fruta grandes, uma era de cacau e abacate, minha mãe criava galinhas e patos e trabalhava muito. Todo dia de manhã nós merendávamos, eu ia para a escola, minha mãe ia para o trabalho. Quando eu saía da escola, ela esta lá me esperando e nós íamos juntas para casa. Na minha casa morava quatro pessoas. Eram a minha mãe, meu irmão, minha irmã e eu. Eles se chamam Sabrina Rego da Rocha, Saulo da Silva Rego, Eronilda da Silva Rego e eu Estefane Carolina da Silva Rego. Eu brincava na sala com várias bonecas quem me deu foi minha mãe. A minha boneca era perfeita , gostava muito dela até hoje eu com vinte anos tenho a melhor boneca. Eu era muito feliz, adorava minha família, a minha casa era melhor da rua onde morava, adorava o quintal as flores, as galinhas, os patos e o bairro maravilhoso. Esteffane Carolina da S. Rego
A minha vida Eu nasci na capital do Amazonas. Morava em uma casa de madeira na rua 40 B, Quadra 131, Bairro Amazonino Mendes, como minha avó. Eu gostava muito de morar lá porque tinha muita galinha. Na casa da minha avó tinha dois quartos, uma cozinha, uma sala, uma garagem, um pé de abacate e um pé de caju onde eu gostava de brincar de carrinho. Anos depois, fui morar no estado do Pará, lá conheci uma menina que se chamava Adriana. Eita! Foi amor à primeira vista! A gente era muito feliz! Passou o tempo, a minha mãe nos separou porque éramos muito. Voltei para Manaus e encontrei ela outra vez, agora com dezesseis anos e eu com dezessete anos, começamos a namorar e passamos a morar juntos. Minha mãe me ajudou muito porque eu não trabalhava só fazia uns bicos. Agora tenho minha família, a minha própria e um lindo filho que amo muito. Wellyton A. Oliveira
Boa noite, bom dia ou boa tarde.
Eu, Leandro tenho uma imensa honra de compartilhar um pouco da minha vida para minha querida professora que não mede esforços para me ensinar junto com meus colegas de sala todas as noites. Venho através destas palavras querida professora eu me lembro de quando eu era criança e morava numa casa de madeira feita por meu querido pai. A casa tinha naquela época um banheiro, a cozinha, a sala de jantar, um corredor, dois quartos, uma sala de arquiteto do meu pai. A casa também era rodeada de um passeio, ou seja, uma varanda na frente da casa. Tinha um gramado, plantas como cajá, pampola, goiaba, mamoeiro, bananeira. Nós tínhamos também uma movelaria ao lado de casa. Criávamos porcos, galinhas de dar inveja aos meus vizinhos que quando ia em casa , conversa com meus pais, eu escutava os vizinhos falar muito nessa casa, muitas pessoas desejavam ter, ou seja, a casa era muito cobiçada. Passando algum tempo, eu fui crescendo e conhecendo um pouco mais da vida. Todas as tardes lá pelas 16:30, eu pedia dos meus pais para deixarem eu jogar bola no campo que ficava na outra rua, atrás de
casa, numa emissora que naquela época era Rede Manchete e depois virou Rede Vida de Tefé Se eu não me engano no ano de 1990 a minha mãe foi na escola estadual Santa Teresa. Vi o esforço dos meus pais querendo que eu estudasse para ser alguém na vida. Eu sai de casa para a escola, mas não entrava na sala de aula. Até que cresci mais um pouco, fui sabendo como a vida é. Vi meus pais sofrendo na roça, no rio pescando fazendo de tudo para quando nós crescêssemos, fôssemos alguém como advogados, carpinteiro, jogador de futebol ou empresários. No ano de 1994, eu vim para Manaus estudar e ajudar meus avós. A minha avó me matriculou na Escola Estadual Carvalho Leal. Eu ajudava meus avós a colocar a banca de café, eles vendiam para ajudar na casa. Quando eu chegava da escola ia ajudar a fazer outras coisas como moer macaxeira para fazer salgados, já pra venda da tarde. Fui campeão artilheiro mais de duas ou três vezes. Tudo aconteceu na minha vida. Saindo do campo para casa, no bairro de Petrópolis, na rua Arnoldo Carpinteiro Peres, ao chegar em frente de casa, vi um carro parar perto de mim. O desconhecido me cumprimentou e falou que estava assistindo o jogo, falou que eu jogava muito e me fez uma proposta para jogar na escola de futebol do Flamengo, no Rio de Janeiro. Respondi a ele que sim, mas é que eu tinha um problema: eu morava com meus avós e eu era menor na época. Como o homem era desconhecido, se identificou para minha família, mas não deixaram eu viajar. Aí vi o sonho dos meus pais ir embora, não gosto nem de me lembrar porque eu fico revoltado com essa decisão dos meus avós que não deixaram eu jogar no Rio de Janeiro pelo Clube do Flamengo. Leandro de Ricardo
A casa da rua setembro
Eu nasci numa casa de tijolos, com telhas de brasilit, no bairro do Armando Mendes, na cidade de Manaus, Amazonas, na rua sete, número 20, era a casa da minha avó e do meu avô. Na casa tinha dois quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Moravam quatro pessoas nela. Depois que eu fiz seis anos, fui morar com eles no interior de Manaus, em São Gabriel da Cachoeira, nós vivíamos de caça e pescaria. Depois que eu fiz nove anos fui morar minha mãe e com ela eu aprendi a ser uma dona de casa. Com catorze anos, eu arrumei um namorado e viajei para conhecer a família dele no interior de Autazes e acabei engravidando com meus catorzes anos de idade. Tive uma filha muito linda que hoje tem nove anos de idade que se chama Emly Jamily. Quando eu fiz dezesseis anos, fiquei viúva e tive que terminar de criar minha filha sozinha e com ajuda da minha mãe. Após quatro anos engravidei do meu segundo filho, quando eu tinha vinte anos de um rapaz que me abandonou grávida. Quando eu entrei nos oitavo mês, meu segundo marido me assumiu, a mim e aos meus dois filhos.
Hoje estamos cinco anos casado e temos uma filha de um ano e três meses que se chama Rayssa Estefany e o Eryck Kauê que hoje tem cinco anos. Atualmente, sou muito feliz como a família que tenho. Amo meus filhos de montão. Estou voltando à escola novamente, eu e meu esposo que está cursando comigo a 3ª fase. Esse ano conquistamos do sonho da nossa casa própria. Eu fui muito feliz quando morava na casa dos avós na Rua Sete. Érica Sales dos Santos
Minha casa Eu nasci em Manaus, Amazonas no dia 26 de maio de 2001. Quando tinha sete anos, morava no bairro do Terra Nova numa casa de alvenaria com meus avós, tinha dois quartos, uma cozinha, uma sala e um banheiro. Quando completei meus oito anos foi morar com minha mãe em uma casa alugada ao lado da casa da minha avó. Era uma casa de madeira tinha um só quarto eu e meus dois irmãos dormíamos no chão. Eu gostava muito daquela casa. Quando eu completei dez anos, minha mãe ficou grávida. Era um menino. Quando ele nasceu, fiquei muito feliz. Brincávamos muito, não saía mais para a rua, gostava muito de brincar com meu irmão. Agora, estou morando na minha casa, eu e minha avó somos muito unidos e felizes. Eduardo Encarnação.
A casa do meu pai
Eu nasci na comunidade de Barra Mansa no Município de Alenquer no Estado do Pará. Morávamos eu, meu pai, minha mãe, meus nove irmãos. A casa era feita de barro e coberta de palha. Tinha quatro cômodos: um quarto, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Essa casa era no sítio que era muito grande e tinha vários pés de frutas de todos os tipos. O rio passa bem em frente da casa onde eu e meus irmãos tomávamos banho, pescávamos e minhas irmãs e minha mãe lavavam a roupa. Na comunidade tinha campo de futebol onde eu e meus irmãos, jogávamos bola. Tinha a sede do clube onde dançávamos e nos divertíamos. Com meus vinte e seis anos, viajei para Manaus em busca de melhoria de vida. Morei alugado durante onze anos e comecei a trabalhar numa fábrica como auxiliar de produção.
Hoje, sou soldador. Conheci uma pessoa com quem me envolvi e tive minha primeira filha que nasceu com problema de saúde. Ela tem hidrocefalia e hoje ela tem nove anos de idade e se chama Gabriely. Depois, conheci minha esposa minha esposa que hoje estamos casados há cinco anos. Com ela tive a minha segunda filha que se chama Rayssa Estefane, ela tem um ano e três meses. Esse ano conquistei o sonho da casa própria, voltei a estudar, eu e minha esposa. Nosso objetivo é terminar nossos estudos e nos preparamos para o mercado de trabalho para dar o melhor para minha família. Raimundo Guimarães dos Santos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FAVA, Rui. Educação 3.01ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. MENDONÇA, Andréa P. Tendências e inovações no Ensino.Curitiba, PR: CRV,2015. Pesquisa: Sites: http://porvir.org/5-sites-gratuitos-ensinam-criar-livros-digitais/ https://caldogrosso.wordpress.com/portfolio-2/resultado-final/