Cartilha para pais de adolescentes

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Drogas: Cartilha para pais de adolescentes



Drogas: Cartilha para pais de adolescentes


Presidenta da República Dilma Rousseff

Vice-Presidente da República Michel Temer

Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo

Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas Vitore André Zílio Maximiano


Ministério da Justiça Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

Drogas: Cartilha para pais de adolescentes

2ª ed6 ição - 6 6 ª reimpressão 4 Brasília, DF - 2013


Conteúdo e Texto original Beatriz H. Carlini, MPH, PhD Adaptação para esta edição Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Copyright © 2011 Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Disponível em: www.senad.gov.br Tiragem: 100.000 exemplares Impresso no Brasil 2ª Edição - 6 6 ª6reimpressão Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Endereço para correspondência: Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, 2º andar, sala 205. Brasília DF. CEP 70064-900

3URMHWR *Ui¿FR Lew Lara Ilustração Toninho Euzébio Diagramação 3RQWR 'RLV 'HVLJQ *Ui¿FR Bruno Soares

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

362.29 B823d Brasil. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Drogas : cartilha para pais de adolescentes / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas ; conteúdo e texto original : Beatriz H. Carlini. – 2. ed. 6. reimpr. – Brasília : Ministério da Justiça, 2013. 44 p. : il., color. – (Série Por dentro do assunto)

1. Toxicologia. 2.Toxicomania. 3. Educação do adolescente. I. Carlini, Beatriz H. II. Título. III. Série. CDD

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Ministério da Justiça


Apresentação Os novos tempos de governo, marcados pela ĂŞnfase na participação social e na organização da sociedade, valorizam a descentralização das açþes relacionadas Ă prevenção do uso de drogas e Ă atenção e reinserção social de usuĂĄrios e dependentes. No desenvolvimento de seu papel de coordenação e articulação de açþes voltadas a esses temas, a Secretaria Nacional de PolĂ­ticas sobre Drogas apresenta a SĂŠrie “Por Dentro do Assuntoâ€?, com o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a S~EOLFRV HVSHFtÂżFRV Esta sĂŠrie, construĂ­da com base nas necessidades expressas por mĂşltiplos setores da população e em conhecimenWRV FLHQWtÂżFRV DWXDOL]DGRV SURFXUD DSUHVHQWDU DV TXHVW}HV GH forma leve, informal e interativa com os leitores.

$ LQLFLDWLYD p QRUWHDGD SHOD FUHQoD GH TXH R HQFDPLQKD-

mento dos temas de interesse social só serå efetivo com a aliança entre as açþes do poder público e a sabedoria e o empenho de cada pessoa e de cada comunidade. Acreditamos estar, dessa forma, contribuindo com a nossa parte.

Secretaria Nacional de PolĂ­ticas sobre Drogas


Cartilha para pais de adolescentes Quando tudo vai bem QD YLGD GRV VHXV ÂżOKRV DV SHVVRDV GL]HP TXH vocĂŞ teve muita sorte. Quando alguma coisa sai errada, acusam vocĂŞ de ter falhado como pai ou mĂŁe. Simplistas e injusWDV HVVDV QRo}HV VmR IUHTXHQWHV Muitos pais tendem a nĂŁo valorizar o esforço LPHQVR TXH ID]HP SDUD TXH VHXV ÂżOKRV VHMDP sadios fĂ­sica e emocionalmente, sentem culSD H DQJ~VWLD TXDQGR DOJR QmR YDL H[DWDPHQte como gostariam e se perguntam “onde IRL TXH HX HUUHL"´ Quando o problema com os ÂżOKRV HQYROYH R FRQVXPR GH GURgas as coisas parecem ainda mais difĂ­ceis. A preocupação dos pais pode ser tĂŁo 6 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


LQWHQVD TXH FRPR QR ¿OPH ³2 ELFKR GH VHWH FDEHoDV´ D WHQWDWLYD GH DMXGDU R ¿OKR H UHGLPLU D FXOSD WUDQVIRUPD XP SUREOHPD possivelmente passageiro e de solução possível, numa tragÊdia TXH DIHWD YLROHQWDPHQWH D YLGD GD IDPtOLD H GR MRYHP Essa cartilha visa orientar pais de adolescentes e oferecer informaçþes e orientaçþes para ajudå-los a transformar a energia muitas vezes consumida pela ansiedade, em iniciativas SURGXWLYDV TXH FRQWULEXDP SDUD TXH RV ULVFRV GH VHXV ¿OKRV WHrem problemas com bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas sejam minimizadas.

$V RULHQWDo}HV DTXL FRQWLGDV VmR LQVXÂżFLHQWHV FDVR VHX

ÂżOKR RX VXD ÂżOKD Mi HVWHMDP HQIUHQWDQGR SUREOHPDV FRP R FRQsumo de ĂĄlcool e outras drogas. Nesse caso, ĂŠ necessĂĄrio buscar ajuda especializada. O conteĂşdo das orientaçþes preventivas desta cartilha foi GLYLGLGR HP TXDWUR SDUWHV XPD PDLV JHUDO FRP DOJXPDV VXJHVW}HV VREUH FRPR FRQYHUVDU D UHVSHLWR GH OLPLWHV FRP VHXV ÂżOKRV DV RXWUDV WUrV WUDWDP GH VLWXDo}HV TXH RFRUUHP IUHTXHQWHPHQWH QD FRQYLYrQFLD HQWUH SDLV H ÂżOKRV DGROHVFHQWHV FRPR SRU H[HPplo: as relaçþes com as “mĂĄs companhiasâ€?, as conversas sobre GURJDV DV UHDo}HV GRV SDLV TXDQGR HQFRQWUDP GURJDV QR TXDUWR GR D ÂżOKR D HQWUH RXWUDV

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8 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


Tentando acertar: o tom, a hora e o local das conversas... Nossos filhos mudam tanto e tรฃo rรกpido e surpreendenWHPHQWH TXH p GLItFLO DFRPSDQKi ORV 4XDQWRV SDLV Mi FKHJDram em casa com uma boneca nova para a filha e descobrem TXH R TXH HOD TXHULD PHVPR HUD R &' GH XPD EDQGD TXH TXDVH QHQKXP DGXOWR FRQKHFH" 2X FRQYLGDUDP R ILOKR SDUD YHU R ~OWLPR GHVHQKR GD 'LVQH\ H DFDEDUDP SHUFHEHQGR TXH HOH TXHULD DVVLVWLU XP ILOPH GH DomR"

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(VVH SURFHVVR QmR p PXLWR GLIHUHQWH TXDQGR VH WUDWD

de comportamentos de risco, como o consumo de bebidas, de FLJDUURV GH RXWUDV GURJDV $TXHOD FULDQoD TXH RGLDYD FKHLUR de cigarros, pode virar um adolescente atraรญdo pela imagem WUDQVJUHVVRUD GR MRYHP IXPDQWH 2 ILOKR TXH GLOLJHQWHPHQte, amarrava o cinto de seguranรงa tรฃo logo subisse no carro, pode parar de usรก-lo, e, alรฉm disso, associar algumas cervejas ao hรกbito de dirigir.

$ WHQGrQFLD PDLV IUHTXHQWH GRV SDLV DR SHUFHEHUHP

todas essas mudanรงas, รฉ tentar conversar, expressando preocupaรงรตes, definindo regras e impondo limites.

1R HQWDQWR SDUHFH TXH R SDVVDWHPSR IDYRULWR GH QRV-

VRV ILOKRV DGROHVFHQWHV RX TXDVH DGROHVFHQWHV p GLVFRUGDU GH TXDOTXHU FRLVD TXH GL]HPRV $ FRPXQLFDomR FRP DGROHVFHQWHV VREUH TXDOTXHU DVVXQWR WRUQD VH XP GHVDILR XPD DUWH SULQFLSDOPHQWH TXDQGR HVVH DGROHVFHQWH p VHX ILOKR

10 Sรฉrie: Por Dentro do Assunto


$ UHDomR GH QRVVRV ILOKRV TXDQGR WHQWDPRV FRQYHUVDU

ĂŠ, em geral, pouco encorajadora: ficam impacientes, sonolentos, mudam de assunto, irritam-se (“vocĂŞ nĂŁo entende, nĂŁo ĂŠ QDGD GLVVR´ 1RV GLDV HP TXH HVWmR GH ERP KXPRU WDOYH] nos brindem com comentĂĄrios como “tĂĄ bom mĂŁe, jĂĄ sei, vocĂŞ Mi IDORX PLO YH]HV´ ÂłWi ERP SDL DJRUD SRVVR VDLU"´

6HUi TXH YDOH D SHQD" $OpP GH SURYRFDU GHVkQLPR H

IUXVWUDomR QRV DGXOWRV D VHQVDomR TXH HVVH WLSR GH FRQYHUVD suscita ĂŠ de total perda de tempo.

$V SHVTXLVDV QR HQWDQWR GL]HP TXH YDOH D SHQD FRQ-

YHUVDU 1RVVR GHVkQLPR HPERUD FRPSUHHQVtYHO QmR GHYH nos impedir de continuar tentando. Entre um comentĂĄrio impaciente e um bocejo, nossos filhos estĂŁo nos ouvindo e nossas mensagens estĂŁo sendo assimiladas e levadas em conta. Por isso, acertar o tom, o horĂĄrio e o local das conversas ĂŠ tĂŁo importante.

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12 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


O tom das conversas Evite expressar raiva Comportamento de adolescente, muitas vezes, irrita. Då YRQWDGH GH VDLU SHUJXQWDQGR ³TXHP YRFr DFKD TXH p"´ ³DFKD TXH HX WHQKR FDUD GH SDOKDoR"´ ³TXDQGR YDL XVDU D HGXFDomR TXH UHFHEHX"´ 4XHP Mi SHUGHX D SDFLrQFLD H DWp VDLX JULWDQGR VDEH FRPR LVVR DOLYLD D WHQVmR PHVPR TXH GHSRLV UHFRQKHoD TXH H[DJHURX Mas, se o objetivo Ê estabelecer algum canal de comuniFDomR UHDO FRP VHX ¿OKR RX ¿OKD HVVH WLSR GH DERUGDJHP Vy YDL piorar a situação. Eles, provavelmente, se distanciarão ainda mais, RPLWLUmR VHXV SUREOHPDV H VH WUDQFDUmR DLQGD PDLV QR TXDUWR Se o objetivo Ê abrir os canais de comunicação com seu ¿OKR UHFRQKHoD VXD UDLYD H LUULWDomR PDV SHQVH HP RXWUDV IRUPDV GH DOLYLi OD FRQYHUVH FRP RXWURV SDLV TXH HVWmR HQIUHQWDQGR GHVD¿RV VHPHOKDQWHV HVFUHYD VHXV VHQWLPHQWRV SDUD OHU mais tarde, saia para dar uma arejada...

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&RQYLGH VHX ÀOKR D UHà HWLU VREUH D VLWXDomR

$OpP GH PDQWHU D FDOPD WHQWH DEULU HVSDoR SDUD UHĂ€H-

xĂŁo. Seja franco e honesto, mas nĂŁo raivoso. Expresse preocupaçþes e mĂĄgoa, se for o caso. Transmita seus sentimentos H FRQYLGH R D UHĂ€HWLU Gr HVSDoR SDUD TXH HOH VH H[SUHVVH Gr WHPSR SDUD TXH HOH SHQVH ÂłYRFr TXHU SHQVDU QLVVR TXH HX WH IDOHL H FRQYHUVDU PDLV WDUGH"´ 'HSRLV D JHQWH FRQYHUVD GH QRYR sobre isso, pois eu gostaria muito de saber sua opiniĂŁoâ€?).

NĂŁo humilhe, nĂŁo rotule, nĂŁo use sarcasmo

3HVVRDV H[SRVWDV DR ULGtFXOR H j KXPLOKDomR ID]HP TXDO-

TXHU FRLVD SDUD QmR VHUHP H[SRVWDV GH QRYR 1mR KXPLOKH VHX 14 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


ÂżOKR FRP FRPHQWiULRV TXH R GHVYDORUL]HP GHVFRQVLGHUHP VHX ponto de vista ou diminuam seu orgulho prĂłprio. Esse tipo de DERUGDJHP p UHFHLWD FHUWD SDUD TXH VHX ÂżOKR HYLWH FRQYHUVDU FRP YRFr GH QRYR JXDUGH PiJRD VLQWD VH GHVTXDOLÂżFDGR ComentĂĄrios do tipo “sĂł podia ser vocĂŞ mesmoâ€? ou “vocĂŞ Vy PH WUD] GHVJRVWR´ PHVPR TXH VHMDP VLQFHURV GD VXD SDUWH devem ser evitados. Esse tipo de rotulação provoca pouca vontade GH PXGDU QDTXHOH TXH HVWi VHQGR FULWLFDGR ÂłVH PHXV SDLV DFKDP TXH HX Vy WUDJR GHVJRVWR PHVPR SRU TXH WHQWDU PHOKRUDU" (X QmR vou conseguir mesmo.â€?).

6DUFDVPR H KXPLOKDomR VmR DUPDV SHULJRVDV TXH SR-

dem ferir, de modo profundo, a auto-estima dos adolescentes.

Estabeleça limites e expresse suas razĂľes ComentĂĄrios vagos do tipo “vocĂŞ vai se ver comigo, caso faça isso de novoâ€? podem gerar um certo receio, mas tendem a QmR VHU PXLWR HIHWLYRV TXDQGR QRVVRV ÂżOKRV ÂżFDP PDLV YHOKRV Deixe claro seus valores e expectativas em relação ao FRPSRUWDPHQWR GRV VHXV ÂżOKRV ÂłQD QRVVD FDVD QmR VH IXPD´ e expresse as razĂľes (de curto prazo) de seus valores (“eu nĂŁo TXHUR ÂżOKR PHX FRP GHQWHV DPDUHORV PDX KiOLWR URXSD IHGLGD´ p PHOKRU GR TXH GL]HU ÂłIXPDU YDL WH PDWDU GH FkQFHU TXDQGR vocĂŞ chegar nos seus 50 anosâ€?).

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Horårio Do ponto de vista de adulto, dez horas da manhã de doPLQJR SRGH SDUHFHU R PRPHQWR LGHDO SDUD FRQYHUVDU FRP R ¿OKR 0DV TXDVH FRP FHUWH]D QmR VHUi R PHOKRU PRPHQWR GR SRQWR de vista do adolescente. Em geral, essa faixa etåria Ê marcada por uma mudança de ritmo de sono, com tendência a adormeFHU H DFRUGDU WDUGH 0HVPR TXH LVVR QmR VHMD SRVVtYHO WRGRV RV GLDV QR ¿P GH VHPDQD HVVH ULWPR SUHGRPLQD

3URFXUH VHQWLU TXDQGR XP PRPHQWR p DGHTXDGR SDUD

conversar, sem muita formalidade. Mas tambĂŠm nĂŁo adie demais, esperando a situação “idealâ€?. Negocie horĂĄrio, pergunte TXDQGR QmR Yi VLPSOHVPHQWH LPSRQGR ÂłSUHFLVR FRQYHUVDU DJRUD SDUH WXGR TXH HVWi ID]HQGR´ 2EYLDPHQWH WDPEpP QmR p SUHFLVR DFHLWDU DV FRQGLo}HV TXH HOH D WHQWDU LPSRU ÂłVy SRVVR

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conversar depois da meia-noiteâ€?), mas usar o bom-senso para estabelecer condiçþes razoĂĄveis para os dois.

7HQWH WDPEpP JDUDQWLU XP DPELHQWH QR TXDO YRFrV WHUmR

privacidade para conversar e nĂŁo sejam interrompidos.

Local Sentar no sofĂĄ e comunicar-se “olho no olhoâ€? ĂŠ como, geUDOPHQWH XP DGXOWR LPDJLQD XPD FRQYHUVD VREUH XP WySLFR TXH envolve coisas sĂŠrias e sentimentos. NĂŁo raro, no entanto, as conversas sĂŁo muito mais francas e produtivas se usarmos locais e situaçþes alternativos. Sair para dar uma caminhada, conversar num passeio ou durante um programa de televisĂŁo, pode, eventualmente, funcionar melhor. Para QyV SRGH SDUHFHU TXH HVWDPRV WHQWDQGR HYLWDU D FRQYHUVD PDV para o adolescente pode ser uma maneira de deixĂĄ-lo mais Ă vontade, de dar espaço para ele(a) evitar o olhar, para poder expresVDU VHQWLPHQWRV PDLV GHOLFDGRV 2 EDUXOKR PHVPR TXH GD 79 SRGH SUHHQFKHU PRPHQWRV GH VLOrQFLR TXH VHMDP GLItFHLV GH OLGDU AlĂŠm disso, as interaçþes pessoais nas novas geraçþes tĂŞm sido cada vez mais combinadas com algo a mais (mĂşsica alta, internet, vĂ­deo). Ficar sentado no sofĂĄ parece ser coisa “do tempo antigoâ€?. AlĂŠm disso, sentar com ele numa sala silenciosa, olhando-o seriaPHQWH QRV ROKRV SRGH VXJHULU D HOH TXH ÂłOi YHP EURQFD ´ (VVH FHQiULR SRGH LQWLPLGDU VHX ÂżOKR H DWUDSDOKDU D FRQYHUVD 17 Cartilha para pais de adolescentes


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O conteĂşdo de nossas açþes e conversas As mĂĄs companhias Durante a adolescĂŞncia, a famĂ­lia passa a ser uma refeUrQFLD PHQRV LPSRUWDQWH QR GLD D GLD GR TXH RV DPLJRV 0XLWRV SDLV VH DVVXVWDP FRP LVVR VHUi TXH XPD ÂłWXUPLQKD GD SHVDGD´ vai colocar a perder todos esses anos de educação moral sĂłlida, GH DIHWR DEXQGDQWH H GH SURWHomR YLJLODQWH OHYDQGR VHXV ÂżOKRV j GHOLQTXrQFLD H jV GURJDV" É importante tecermos algumas consideraçþes sobre o IDQWDVPD GDV ÂłPiV FRPSDQKLDV´ TXH WmR IUHTXHQWHPHQWH URQGD VXDV QRLWHV GH LQV{QLD DTXHODV LQWHUPLQiYHLV QRLWHV HP TXH vocĂŞs esperam “os meninosâ€? chegarem da festa). É humano e compreensĂ­vel sentir tentação de simplesPHQWH SURLELU VHX ÂżOKR RX ÂżOKD GH VDLU FRP DOJXP DGROHVFHQWH TXH VH FRPSRUWH GH PRGR GHVYLDQWH SDUD VHXV FULWpULRV 0DV esse gesto deve ser reservado realmente para situaçþes extremas, e muito bem pensado, pois pode ter um efeito diferente do GHVHMDGR e PXLWR SURYiYHO TXH D SDUWLU GHVVD UHFRPHQGDomR RX SURLELomR R DGROHVFHQWH ÂżTXH UHVVHQWLGR UHEHOH VH FRQWUD VXD GHFLVmR H DXPHQWH D FRQH[mR FRP HVVH DPLJR TXH WHP conduta inapropriada. Neste caso, a chamada “mĂĄ companhiaâ€? passa ser muito mais poderosa e sedutora.

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Uma outra alternativa ĂŠ expressar, claramente, seu desagrado com a amizade, oferecer exemplos concretos erecentes TXH LOXVWUHP HVVH VHX VHQWLPHQWR H WHQWDU QHJRFLDU DOJXQV OLPLWHV GH FRQYLYrQFLD HQWUH VHX ÂżOKR ÂżOKD H DV SHVVRDV FRP FXMDV atitudes vocĂŞ nĂŁo concorda. Evitar ser irĂ´nico e demonstrar conÂżDQoD QD FDSDFLGDGH GH ID]HU HVFROKDV GH VHX ÂżOKR WDPEpP pode ajudar muito. ÂŹV YH]HV WHPRV GLÂżFXOGDGH GH DFHLWDU FHUWRV FRPSRUWDPHQWRV PDLV SHOR HVWHUHyWLSR TXH D VRFLHGDGH FRQVWUXLX VREUH HOHV GR TXH SHOD VXD UHDO QRFLYLGDGH e QHFHVViULR H[SORUDU PHOKRU VHXV VHQWLPHQWRV VREUH R TXH HVWi VHQGR WmR LQF{PRGR QHVVD UHODomR GH DPL]DGH GH VHX ÂżOKR D JHQWH VH FKRFD FRP um determinado modo de vestir, o cabelo pintado de verde, o ÂłSLHUFLQJ´ 4XH WDO FRQYLGDU HVVD ÂżJXULQKD HVWUDQKD SDUD DOPRçar ou jantar na sua casa, e tentar vĂŞ-la com um olhar menos crĂ­WLFR" 0XLWDV YH]HV SRU WUiV GH XPD LPDJHP DJUHVVLYD H[LVWH XP DGROHVFHQWH GRFH FRP FRQĂ€LWRV QRUPDLV GD LGDGH H ID]HQGR do seu corpo uma vitrina de sua transição para o mundo adulto.

Alarmismo 9RFr YLYH GL]HQGR SDUD RV VHXV ÂżOKRV TXH D HSLGHPLD GH GURJDV QR %UDVLO HVWi FDGD YH] PDLV VpULD" 1mR SHUGH D RSRUWXQLGDGH GH OKHV GDU DUWLJRV GH MRUQDLV TXH DÂżUPDP TXH VmR SRXFRV RV MRYHQV TXH DLQGD HVFDSDP GH XVDU GURJDV" (VVH HQIRTXH PHVPR FDUUHJDGR GH ERDV LQWHQo}HV QHP VHPSUH p R PDLV DGHTXDGR O ser humano, particularmente durante a adolescĂŞncia, 20 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


procura, constantemente, aprender e assimilar as regras de FRPSRUWDPHQWR GR VHX JUXSR VRFLDO H HWiULR H TXHU VH FRPSRUWDU GH DFRUGR FRP DV QRUPDV GR JUXSR D TXH SHUWHQFH O fato de a grande maioria dos jovens nĂŁo usar drogas e relativamente poucos fumarem ou beberem exageradamente VmR IDWRV TXH VH FODUDPHQWH GLYXOJDGRV WrP R SRGHU GH GHVHQFRUDMDU RV MRYHQV D FRQVXPLUHP VXEVWkQFLDV $ WHQGrQFLD humana ĂŠ a de se conformar com o padrĂŁo de conduta de seu grupo de referĂŞncia. 3HVTXLVDV UHFHQWHV YrP GHWHFWDQGR TXH RV MRYHQV TXH DEXVDP GH iOFRRO DFKDP TXH WRGR R PXQGR DJH FRPR HOHV 6XD SHUFHSomR GR TXH VHMD R FRPSRUWDPHQWR GD PDLRULD GDV SHVVRas de sua idade, sexo e realidade social ĂŠ distorcida. Quando convidados a estimar o consumo tĂ­pico de pessoas de sua convivĂŞncia, os bebedores abusivos tendem a superestimar o uso PRGHUDGR GH EHELGDV H[SUHVVDQGR D RSLQLmR GH TXH ÂłTXDVH WRGR R PXQGR VH FRPSRUWD GR PHVPR MHLWR TXH HX´ Com base nesses dados, ĂŠ possĂ­vel organizar campaQKDV HGXFDWLYDV TXH FRUULMDP D SHUFHSomR GLVWRUFLGD GH TXH ÂłWRGR PXQGR HVWi XVDQGR GH TXH VmR UDURV RV FDVRV GH TXHP ÂżFD VyEULR QXPD IHVWD H GH TXH WRGR PXQGR EHEH SDUD FRQVHguir dançarâ€?. Os resultados dessa inversĂŁo de abordagem tĂŞm sido positivos. (VFODUHFHU TXH VRPHQWH XPD PLQRULD EHEH GHPDLV IXPD ou usa outras drogas pode ser ferramenta Ăştil para desencorajar a experimentação, alĂŠm de ser o mais correto, do ponto de vista das estatĂ­sticas brasileiras. 21 Cartilha para pais de adolescentes


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Amedrontar pode ser sedutor

1RV DQRV TXDQGR R XVR GH GURJDV FRPHoRX D VH

transformar num problema de saúde pública, a primeira reação GH DGXOWRV SUHRFXSDGRV FRP D TXHVWmR IRL EDVWDQWH QDWXUDO YDPRV H[SOLFDU SDUD RV QRVVRV MRYHQV TXH DV GURJDV PDWDP HQORXTXHFHP DOHLMDP GHL[DP DV SHVVRDV VH[XDOPHQWH LQFDSDFLtadas. Passou-se, dessa forma, a usar a tÊcnica da prevenção pelo amedrontamento. Por meio dela, descrevem-se os efeitos das diversas drogas com bastante exagero, generaliza-se, apresentando como certos e inevitåveis alguns riscos aos usuårios, fala-se de completa mudança de personalidade, assegura-se a PRUWH SRU RYHUGRVH 2EMHWLYR" *HUDU PHGR H DVVLP DIDVWDU RV adolescentes do uso de drogas.

$ DYDOLDomR GHVVH WLSR GH HVWUDWpJLD SUHYHQWLYD TXH VRD

PXLWDV YH]HV WmR UD]RiYHO DRV QRVVRV RXYLGRV PRVWUD TXH esse tipo de mensagem incentiva a experimentação e o uso de GURJDV 2V UHVXOWDGRV GHVVD DERUGDJHP VmR RSRVWRV DR TXH VH planejava por vårios motivos:

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a) as mensagens assustadoras caem como uma luva para DGROHVFHQWHV TXH HVWmR H[HUFHQGR R GLUHLWR GH VHU R TXH VmR SHVVRDV HP EXVFD GH VXDV SUySULDV LGHQWLGDGHV TXH SDUD isso, precisam se contrapor ao mundo e aos valores adultos, SUDWLFDQGR DWRV TXH HVWHV FRQVLGHUDP DUULVFDGRV RX LQDSURSULDGRV b) por meio de conversas com amigos, ou atĂŠ pela experiĂŞnFLD SUySULD DTXHOHV MRYHQV PDLV DWUDtGRV SRU XVDU GURJDV Mi DSUHQGHUDP QD SUiWLFD TXH QmR p WRGR PXQGR TXH HQORXTXHFH PRUUH RX ÂżFD VH[XDOPHQWH LQFDSDFLWDGR SRU XVDU VXEVWkQFLDV 1D YHUGDGH p PXLWR SURYiYHO TXH HOHV FRQKHoDP PXLWD JHQWH TXH XVD DOJXPDV GURJDV H TXH QmR DSUHVHQWD SUREOHmas evidentes de saĂşde fĂ­sica ou mental. Ao se insistir numa PHQVDJHP TXH QmR DGPLWH SRVVLELOLGDGHV PDV Vy D FHUWH]D de um destino trĂĄgico, acabamos desacreditados.

Caminho sem volta tem volta?

$ PDLRULD GRV DUWLJRV GH MRUQDLV SDQĂ€HWRV OLYURV SURSD-

gandas e cartilhas de prevenção no Brasil conta - nas mais diferentes formas e versþes - uma única e mesma estória. Ela Ê mais ou menos assim:

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Fulano experimentou maconha sĂł por curiosidade, no “embalo da turmaâ€?. Depois disso foi querendo usar cada vez mais e mais, sempre achando que quando quisesse parar era “sĂł pararâ€?. AtĂŠ que resolveu experimentar outras drogas e sempre achando que quando quisesse iria mudar de vida - foi se afastando do estudo, da famĂ­lia, trocou de namorada. Hoje estĂĄ completamente dependente de cocaĂ­na ou crack. JĂĄ tentou se tratar vĂĄrias vezes, mas sempre recai rapidamente e agora ĂŠ apenas um espectro patĂŠtico daquilo que um dia poderia ter sido.

9RFrV SDLV GH DGROHVFHQWHV IUHTXHQWHPHQWH UHIRUoDP RX

YHLFXODP HVVH PHVPR WLSR GH PHQVDJHP D¿QDO WRGR R PXQGR conhece ou jå ouviu falar em um caso semelhante ao descrito. Mas vårios especialistas na årea da prevenção, de diIHUHQWHV SDtVHV FRQVLGHUDP TXH HVVDV GHVFULo}HV WUiJLFDV (embora algumas vezes verdadeiras) devem ser evitadas ao måximo.

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Aqui vão alguns dos argumentos que sustentam tal posição:

D 2 MRYHP TXH Mi XVD DOJXPD GURJD LOHJDO H TXH HVWi LQFRmodado com seu comportamento, vai ficar desestimulado a procurar ajuda. Esse tipo de abordagem passa a nĂ­tida LPSUHVVmR GH TXH EDVWD XP SULPHLUR XVR GH GURJDV SDUD YLUDU XP FDVR SHUGLGR 3DUD TXH VH ODQoDU D XPD EDWDOKD LPSRVVtYHO"

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b) Os indivĂ­duos nĂŁo usuĂĄrios de drogas ilegais, ou seja, a ampla maioria, tendem a ter um olhar mais preconceituoso FRP DTXHOHV TXH DSUHVHQWDP FRPSRUWDPHQWR GLIHUHQWH GR GHOHV QHVVD iUHD 6H DOJXpP TXH HODV FRQKHFHP XVD GURJDV PDV QmR p GHSHQGHQWH H VH Gi EHP FRP D IDPtOLD p SRUTXH “ainda nĂŁo chegou nesse pontoâ€?, mas ĂŠ, inevitavelmente, um caso perdido. Por isso ĂŠ melhor nĂŁo conviver, nĂŁo acreditar na sua mudança. Mesmo involuntariamente, os nĂŁo usuĂĄrios de drogas (ilegais) contribuem para um fenĂ´meno muito forte e bastante estudado pela Psicologia Social: a teoria da “proIHFLD DXWR UHDOL]DGRUD´ (VWD WHRULD GL] TXH D VRFLHGDGH WHP R SRGHU GH WUDQVIRUPDU LQGLYtGXRV QDTXLOR TXH VRFLDOPHQWH VH DFUHGLWD TXH HOHV WrP TXH VHU 3RU H[HPSOR GH WDQWR VH DFUHGLWDU TXH R IXODQR ÂłPDFRQKHLUR´ YDL DFDEDU QD VDUMHWD HOH acaba mesmo sendo empurrado para ela.

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c) Finalmente, a descriรงรฃo insistente de casos como o descriWR DFLPD SDVVDQGR D LPSUHVVmR GH TXH WRGR PXQGR TXH H[SHULPHQWD GURJDV YDL DFDEDU YLUDQGR GHSHQGHQWH QmR UHร HWH D WUDMHWyULD PDLV IUHTXHQWH GRV XVXiULRV 6RPHQWH XPD SDUFHOD SHTXHQD GRV TXH H[SHULPHQWDP GURJDV YmR SHUFRUUHU trajetรณria tรฃo trรกgica. Assustar jovens contando esses casos, PXLWDV YH]HV UHDLV PDV IHOL]PHQWH QmR WmR IUHTXHQWHV DFDED contribuindo para desmoralizar mensagens preventivas mais SHUWLQHQWHV 2 H[DJHUR DFDED JHUDQGR GHVFRQยฟDQoD QRV DGROHVFHQWHV DOpP GD TXH QDWXUDOPHQWH HOHV Mi DSUHVHQWDP

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Coisa de quem nĂŁo tem o que fazer...

&RP WDQWR PHGR GH TXH R ÂżOKR ÂżTXH FRP PXLWR WHPSR OL-

vre e vire um “inĂştilâ€?, muitos pais tentam enfrentar o problema de XP MHLWR QHP VHPSUH HÂżFLHQWH S}HP R ÂżOKR QR ,QJOrV MXG{ QDWDomR UHIRUoR HVFRODU JUXSR GH WHDWUR )D] VH TXDOTXHU FRLVD SDUD QmR GHL[DU RV ÂżOKRV QD VLWXDomR TXH PDLV DWHUURUL]D DOJXQV pais: desocupados. 30 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


Esse tipo de atitude nem sempre ajuda muito. Estudos TXH FRPSDUDP MRYHQV ORWDGRV GH DWLYLGDGHV H[WUDFXUULFXODUHV FRP DTXHOHV UHODWLYDPHQWH PHQRV RFXSDGRV QmR YrP HQFRQWUDQGR GLIHUHQoDV VLJQL¿FDWLYDV QR XVR GH GURJDV HQWUH RV GRLV grupos. Em outras palavras: a pura e simples falta de tempo QmR SDUHFH VHU VX¿FLHQWH SDUD HYLWDU TXH MRYHQV VH HQYROYDP QD EXVFD GH VXEVWkQFLDV TXH PXGHP VXD SHUFHSomR GD UHDOLGDGH Pode ainda dar origem a outra complicação: o estresse provocado pelo excesso de atividades supervisionadas pode tornar-se XP IDWRU GH ULVFR SDUD D SURFXUD GH GURJDV TXH RIHUHoDP UHOD[Dmento de modo råpido, embora perigoso.

(VSHFLDOLVWDV QD iUHD GH SUHYHQomR YrP VXJHULQGR TXH

o critĂŠrio de ocupar o tempo livre - determinado em geral pela angĂşstia dos adultos - seja substituĂ­do pelo critĂŠrio do interesVH H GHVHMR TXH GLIHUHQWHV DWLYLGDGHV H[WUDFXUULFXODUHV SRVVDP despertar no jovem. As atividades extracurriculares podem cumprir o papel de oferecer alternativas sadias Ă busca natural de novidades e muGDQoDV TXH RV DGROHVFHQWHV UHTXLVLWDP 0DV SDUD WDO p SUHFLVR TXH HOHV WHQKDP YR] H HVFROKDP R TXH YmR ID]HU Se o curso de teatro ou bateria ĂŠ assim tĂŁo importante para ele, talvez possa ser combinado (ao invĂŠs de substituĂ­do) SHOR FXUVR GH ,QJOrV TXH RV SDLV DFKDP LPSRUWDQWH e XPD TXHVtĂŁo de negociar. 31 Cartilha para pais de adolescentes


32 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


7DOYH] FDLED WDPEpP DSUHQGHU D WROHUDU TXH VHX ÂżOKR WH-

nha tempo livre. Não fazer nada, segundo a sua percepção, talYH] VLJQL¿TXH YHU R SURJUDPD GH 79 SUHIHULGR ¿FDU QD ,QWHUQHW WHOHIRQDU SDUD RV DPLJRV FRP IUHTXrQFLD GHVIUXWDQGR GH XP OD]HU TXDVH LQRIHQVLYR H OHJtWLPR

DiĂĄlogo, exemplo e expressĂŁo de amor

1D WHQWDWLYD GH GLDORJDU FRP R ÂżOKR VREUH D IRUPD GH RFX-

SDU R WHPSR OLYUH VHPSUH p SRVVtYHO GLVFXWLU DOWHUQDWLYDV TXH LQFRUSRUHP YDORUHV QRV TXDLV DFUHGLWDPRV Grupos de jovens, atividades voluntĂĄrias e engajamento HP SURMHWRV FRPXQLWiULRV VmR Do}HV TXH SHUPLWHP DRV DGROHVcentes desenvolver o sentimento de pertencer a um grupo, melhorar a auto-estima e realizar um trabalho Ăştil para a sociedade.

2 DGROHVFHQWH WHP XP LGHDOLVPR QDWXUDO TXH SRGH VHU

orientado para esse tipo de atividade. É necessårio, no entanto, respeitar suas decisþes e não criar atritos caso ele não opte por XPD DWLYLGDGH TXH MXOJDPRV RSRUWXQD

$FLPD GH WXGR QD VXD UHODomR FRP RV ÂżOKRV p LPSRUWDQWH

assumir uma atitude honesta e coerente. Os pais tĂŞm suas limitao}HV H QmR p QHFHVViULR TXH HVWHMDP R WHPSR WRGR H[SRQGR DV 0DV WDPEpP QmR DGLDQWD ÂżQJLU TXH QmR VH EHEH QXQFD RX PHVPR TXH QmR VH IXPD VH HVWH IRU R FDVR 33 Cartilha para pais de adolescentes


6HUYLU GH H[HPSOR QmR VLJQLÂżFD QmR WHU FRPSRUWDPHQWRV

D VHUHP UHYLVWRV PDV PRVWUDU D GLVSRVLomR GH PXGDU H D GLÂżFXOGDGH TXH PXLWDV YH]HV VmR HQIUHQWDGDV SDUD ID]r OR Assim como o adolescente, ĂŠ necessĂĄrio preservar sua intimidade e liberdade. É preciso saber expressar, seja num momento de colocar limites e marcar posição, seja numa conversa difĂ­cil ou delicada, VHMD DLQGD QD EXVFD GH FDPLQKRV R TXDQWR YRFrV DPDP VHXV ÂżOKRV H R TXDQWR TXHUHP H OXWDP SHOD IHOLFLGDGH GHOHV

34 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


Recursos comunitårios Apresentamos, abaixo, algumas indicaçþes de instituio}HV S~EOLFDV SULYDGDV H yUJmRV QmR JRYHUQDPHQWDLV GDV TXDLV YRFr SRGHUi GLVSRU QD VXD FLGDGH RX UHJLmR FDVR TXHLUD REWHU maiores informaçþes sobre o assunto abordado nesta cartilha.

Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas - SENAD ‡ SENAD Esplanada dos MinistÊrios, Bloco T, Anexo II, 2º andar, sala 205. Brasília DF. CEP 70064-900 www.senad.gov.br ‡ Central de Atendimento VIVA VOZ 132

‡ ObservatĂłrio Brasileiro de Informaçþes Sobre Drogas - OBID www.obid.senad.gov.br No ObservatĂłrio Brasileiro de informaçþes sobre Drogas (OBID) vocĂŞ vai encontrar muitas informaçþes importantes: contatos GH ORFDLV SDUD WUDWDPHQWR HP WRGR R SDtV LQVWLWXLo}HV TXH ID]HP prevenção, grupos de ajuda-mĂştua e outros recursos comunitĂĄrios. SĂŁo disponibilizadas, ainda, informaçþes atualizadas sobre drogas, cursos, palestras e eventos. 35 Cartilha para pais de adolescentes


'HQWUR GR 2%,' Ki GRLV VLWHV HVSHFtÂżFRV YROWDGRV SDUD RV jovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco, alĂŠm de uma relação de links para outros sites TXH LUmR DPSOLDU R VHX FRQKHFLPHQWR ‡ Mundo Jovem ZZZ RELG VHQDG JRY EU SRUWDLV PXQGRMRYHP ‡ Jovem sem Tabaco ZZZ RELG VHQDG JRY EU SRUWDLV MRYHPVHPWDEDFR

Outras ReferĂŞncias ‡ MinistĂŠrio da SaĂşde www.saude.gov.br 'LVTXH 6D~GH ‡ Centros de Atenção Psicossocial - CAPS www.saude.gov.br 'LVTXH 6D~GH ‡ Programa Nacional de DST e AIDS www.aids.gov.br ‡ Secretaria Nacional da Juventude- SNJ Contatos: juventudenacional@planalto.gov.br Tel.: (61) 3411-1160 ‡ Conselhos Estaduais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu estado consulte o site: www.obid.senad.gov.br ‡ Conselhos Municipais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu municĂ­pio consulte o site: www.obid.senad.gov.br 36 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


‡ Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA ZZZ SUHVLGHQFLD JRY EU VHGK

Grupos de auto-ajuda ‡ AlcoĂłlicos AnĂ´nimos - AA www.alcoolicosanonimos.org.br Central de Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333 &DL[D 3RVWDO &(3 6mR 3DXOR ‡ AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos de alcoĂłlicos) www.al-anon.org.br ‡ Amor-exigente (Para pais e familiares de usuĂĄrios de drogas) www.amorexigente.org.br ‡ Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos para familiares e amigos de usuĂĄrios de drogas) www.naranon.org.br ‡ NarcĂłticos AnĂ´nimos - NA www.na.org.br ‡ Associação Brasileira de Terapia ComunitĂĄria ABRATECOM www.abratecom.org.br ‡ Pastoral da Sobriedade www.sobriedade.org.br

37 Cartilha para pais de adolescentes


Leituras que ajudam Série de publicações disponibilizadas pela Senad: As publicações listadas abaixo são distribuídas gratuitamente e enviadas pelos Correios. Podem ser solicitadas no site da SENAD (www.senad.gov.br RX SHOR WHOHIRQH GR VHUYLoR 9,9$ 92= (VWmR também disponíveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) para download. Cartilhas da Série Por Dentro do Assunto. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2013 Glossário de Álcool e Drogas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010 Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas. Leitura recomendada para alunos a partir do 7º ano do ensino fundamental. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas CEBRID, 2013

38 Série: Por Dentro do Assunto


Outras referĂŞncias de leituras ‡ AdolescĂŞncia e drogas. Ilana Pinsky, Marco AntĂ´nio Bessa (orgs). SĂŁo Paulo: Contexto, 2004. ‡ Anjos caĂ­dos - Como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente. Içami Tiba. SĂŁo Paulo: Gente, 1999. ‡ A SaĂşde mental do jovem brasileiro. Bacy Fleitlich-Bilyk, Enio Roberto de Andrade, Sandra 6FLYROHWWR 9DQHVVD 'HQW]LHQ 3LQ]RQ 6mR 3DXOR (GLo}HV Inteligentes, 2004. ‡ 'HVDÂżR GD FRQYLYrQFLD 3DLV H )LOKRV /tGLD 5RVHQEHUJ $UDWDQJ\ 6mR 3DXOR *HQWH ‡ Depois Daquela Viagem: DiĂĄrio de Bordo de uma Jovem que Aprendeu a Viver com Aids. 9DOHULD 3LDVVD 3ROL]]L 6mR 3DXOR ĂˆWLFD ‡ Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas. /tGLD 5RVHQEHUJ $UDWDQJ\ 6mR 3DXOR 2OKR 'Âś ĂˆJXD ‡ Drogas - mitos e verdades. %HDWUL] &DUOLQL &RWULP 6mR 3DXOR ĂˆWLFD ‡ Drogas, Prevenção e Tratamento - O que vocĂŞ queria saber sobre drogas e nĂŁo tinha a quem perguntar. Daniela Maluf e cols. SĂŁo Paulo: Cia Editora, 2002.

39 Cartilha para pais de adolescentes


‡ Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituĂ­da. Kai Herman. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. ‡ Esmeralda - Por que nĂŁo dancei. Esmeralda do Carmo Ortiz. SĂŁo Paulo: Editora Senac, 2001. ‡ Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com Ă lcool e Outras Drogas - Coleção Guia para FamĂ­lia. v.1. 6HOPD GH /RXUGHV %RUGLQ 0DULQH 0H\HU 6pUJLR 1LFDVWUL (OOHQ Burd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. SĂŁo Paulo: Atheneu, 2004 ‡ Liberdade ĂŠ poder decidir. 0DULD GH /XUGHV =HPHO H 0DULD (OLVD GH /DPER\ SĂŁo Paulo: FTD, 2000. ‡ Obrigado por nĂŁo fumar: o cigarro nĂŁo ĂŠ sublime. 6pUJLR +RQRUDWR GRV 6DQWRV 5LR GH -DQHLUR (G 6HQDF 5LR ‡ O que ĂŠ toxicomania. -DQGLUD 0DVXU 6mR 3DXOR %UDVLOLHQVH ‡ O Vencedor. )UHL %HWWR 6mR 3DXOR ĂˆWLFD ‡ Pais e Filhos - companheiros de Viagem. Roberto Shinyashiki. SĂŁo Paulo: Gente, 1992. ‡ Satisfaçam minha curiosidade - Drogas. Susana Leote. SĂŁo Paulo: Impala Editores, 2003. ‡ Tabebuias: ou HistĂłrias Reais daqueles que se livraram das drogas na Fazenda da Esperança. Christiane Suplicy Teixeira. SĂŁo Paulo: Cidade Nova, 2001. 40 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


Filmes sobre o tema ‡ 28 dias, 2000. Direção: Betty Thomas ‡ A corrente do bem, 2000. Direção: Mini Leder ‡ Bicho de sete cabeças, 2000. Direção: LaĂ­s Bodanzky ‡ DiĂĄrio de um adolescente, 1995. Direção: Scott Kalvert ‡ Despedida em Las Vegas, 1996. Direção: Mike Figgis ‡ Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituĂ­da, Direção: Uli Edel. ‡ Ironweed, Direção: Hector Babenco ‡ La Luna, 1979. Direção: Bernardo Bertolucci ‡ Maria cheia de graça, 2004. Direção: Joshua Marston ‡ Meu nome nĂŁo ĂŠ Johnny, Direção: Mauro Lima ‡ NotĂ­cias de uma guerra particular, 1999. Direção: JoĂŁo Moreira Salles e KĂĄtia Lund ‡ O Casamento de Rachel, Direção: Jonathan Demme 41 Cartilha para pais de adolescentes


‡ O Informante, 1999. Direção: Michael Mann ‡ Por volta da meia noite, Direção: Bertrand Tavernier ‡ Quando um homem ama uma mulher, 1994. Direção: Luis Mandoki ‡ Ray, 2004. Direção: Taylor Hackford ‡ RĂŠquiem para um sonho, 2000. Direção: Darren Aronofsky ‡ Todos os coraçþes do mundo, 1995. Direção: Murillo Salles

42 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto



O QUE É O VIVAVOZ ? 2 9,9$92= p XPD FHQWUDO WHOHI{QLFD GH RULHQWDo}HV H LQIRUPDo}HV VREUH D prevenção do uso indevido de drogas. O telefonema ĂŠ gratuito e o atendiPHQWR p VLJLORVR $ SHVVRD QmR SUHFLVD VH LGHQWLÂżFDU

É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE ‡ O atendimento ĂŠ realizado por consultores capacitados e supervisionados SRU SURÂżVVLRQDLV PHVWUHV H GRXWRUHV GD iUHD GD VD~GH ‡ 2V SURÂżVVLRQDLV LQGLFDP ORFDLV SDUD WUDWDPHQWR ‡ Oferecem aconselhamento por meio de intervenção breve para pessoas TXH XVDP GURJDV H VHXV IDPLOLDUHV ‡ 3UHVWDP LQIRUPDo}HV FLHQWtÂżFDV VREUH GURJDV 2 9,9$92= p UHVXOWDGR GH XPD SDUFHULD HQWUH D 6HFUHWDULD 1DFLRQDO GH 3RlĂ­ticas sobre Drogas - SENAD, a Universidade Federal de CiĂŞncias de SaĂşde de Porto Alegre e o Programa Nacional de Segurança PĂşblica com Cidadania (PRONASCI), do MinistĂŠrio da Justiça.

44 SĂŠrie: Por Dentro do Assunto


DROGAS Cartilha para pais de crianças Cartilha para pais de adolescentes Cartilha para educadores Cartilha sobre tabaco Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes Cartilha mudando comportamentos Cartilha ålcool e jovens


Venda Proibida


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