Boletim Cultural - As Escolhas do N.HIST | Maio 2022

Page 1

BOLETIM CULTURAL AS ESCOLHAS MENSAIS DO N.HIST

hscf.tsih.n@

tp.lnu.hscf@tsihn

TSIH.N - airótsiH ed oelcúN

MAIO 2022

As habituais sugestões de eventos e outras actividades de interesse para os estudantes e entusiastas da História, regressam em Maio. Este mês damos destaque à Sessão de Esclarecimento de Mestrados em História na NOVA FCSH. Fica atent@ a outras surpresas durante este mês e participa nas próximas edições. Contacta o N.HIST através do email, Facebook ou Instagram para sugerir eventos e actividades que queiras ver divulgados na próxima edição, ou responde ao nosso Call por Voluntários para integrares a equipa de redação e edição do boletim. A Equipa de Redacção do Boletim Cultural do N.HIST

EM DESTAQUE

Sessão

de

Esclarecimento

de

Mestrados em História dia 19 e 20 Maio | Presencial e Online Conta com a presença de colegas teus que estão a terminar o Ciclo de estudos e Professores que lecionam no respetivo Mestrado.


PREÇÁRIO

MERCH DE ABRIL TOTE BAG | 4€ PIN | 1.50€ TOTE + TOTE | 7€ COLECÇÃO DE ABRIL* | 5.50€ *TOTE + PIN

PIN DE RESINA CRAVOS PRETOS

PIN DE RESINA

TOTE BAG

CRAVOS VERMELHOS

DISPONÍVEL NA AEFCSH ENCOMENDA ATRAVÉS DO EMAIL DO N.HIST PAGAMENTO ATRAVÉS DE NUMERÁRIO


NESTE DIA 19 MAIO 1917 | REVOLTA DA BATATA Neste dia, 19 de Maio, estalou, em 1917, a “Revolta da Batata”. A entrada de Portugal na I Guerra Mundial de forma beligerante, em 1916, agravou uma situação que já se revelava dramática na sociedade portuguesa. Quando, em meados de Maio, também o preço da batata sobe, inicia-se uma vaga de assaltos e pilhagens a estabelecimentos comerciais pelos mais pobres, nomeadamente em Lisboa e no Porto, cuja dimensão dificultava o abastecimento da sua população em tempos de crise interna e externa, resultando na declaração de estado de sítio, cerca de 40 mortos e mais de 400 presos.

À PORTA DA MORGUE. "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA", N.º 589, 4 DE JUNHO DE 1917, P. 448-449.

29 MAIO 1453 | QUEDA DE CONSTATINOPLA Este acontecimento marcou quer o crepúsculo do Império Romano de Oriente, uma relíquia da Antiguidade que tinha subsistido durante a Época Medieval sob o nome de Império Bizantino. quer o início da Império Otomano na sua plenitude, vindo a durar até 1922. Quando Mehmet II sobe ao trono em 1451, tornou-se evidente a sua ambição pela conquista da capital bizantina, quer por motivos de afirmação do seu poder, quer para afastar a utilização de Constantinopla como base de futuras Cruzadas, afastando assim a cidade de influências ocidentais.

3


CONVERSAS E CONFERÊNCIAS EM ABRIL

A Corte na Península Ibérica (séculos XVI-XIX): figuras, cerimoniais e ritos

XIX Jornadas do Grupo de Estudos Corte e Diplomacia Organização | CH - ULISBOA Data | 9 Maio 2022 Local | via Zoom Hora | 14H00 The English in Spain and Portugal during the later seventeenth century Organização | CHAM - NOVA FCSH, CETAPS - NOVA FCSH Data | 11 Maio 2022 Local | sala A006 Torre A NOVA FCSH Hora | 16H00 Preexistências de Setúbal. A Arqueologia na História da Cidade Organização | Academia Portuguesa da História Data | 18 Abril 2022 Local | via Zoom e na Academia Portuguesa da História Hora | 15H00 O sexo dos arquivos: género e sexualidades, entre o visível e o invisível

Seminário GenLab Organização | IHC - NOVA FCSH, IN2PAST Data | 26 Maio 2022 Local | via Zoom Hora | 13h30 Samba de Guerrilha - Em Conversa Organização | Museu do Aljube Data | 20 e 21 Maio 2022 Local | Auditório do Museu do Aljube Hora | 19H00

4


MUSEUS & EXPOSIÇÕES 25 ABRIL | LÁPIS AZUL: A CENSURA NO ESTADO NOVO NO MUSEU DO VINHO DE ALCOBAÇA

Entre 21 de Abril a 19 de Junho a exposição temporária e itinerante do Museu Nacional da Imprensa vai estar exposta no Museu do Vinho de Alcobaça e apresenta vários documentos ilustrativos da censura que vigorou desde o regime da ditadura militar até ao regime de Marcello Caetano. Esta exposição engloba os vários setores culturais e de informação que foram alvos de censura, desde à Imprensa, à Rádio, ao Teatro, ao Cinema, à Música, à Televisão e à Literatura. Relativamente à Imprensa, o público pode encontrar as várias temáticas censuradas desde a política ao desporto, às questões autárquicas, e por outro lado, uma série de publicações clandestinas.

QUAKE: CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO TERRAMOTO DE LISBOA

Uma estreia na cidade de Lisboa, o museu Quake promete através de uma experiência interativa levar os seus visitantes ao terramoto que devastou a cidade de Lisboa no fatídico dia de 1 de Novembro de 1755. Constituído por dez salas interativas com o recurso a meios audiovisuais, luzes e simuladores que explicam a sociedade portuguesa em

meados

do

século

XVIII,

a

explicação

científica

do

terramoto,

as

suas

consequências, a reconstrução da cidade de Lisboa e, por fim, uma explicação científica do terramoto.

3 5


DESTAQUE MENSAL

DESTAQUE MENSAL Sessões de Esclarecimento Mestrados em História

História Contemporânea Museologia Património Ensino da História História do Império Português Pós Graduação em Arquivistica História Moderna e dos Descobrimentos História Medieval

Conta com a presença de colegas teus que estão a terminar o Ciclo de estudos e

Professores

que

lecionam

respetivo Mestrado.

19 E 20 MAIO

Horários a anunciar em breve!

6

no


DOCUMENTÁRIOS & LEITURAS HISTÓRIA DO TEATR0 DE REVISTA EM PORTUGAL DOCUMENTÁRIO DISPONÍVEL NA RTP PLAY Série documental que conta em 4 episódios a evolução do Teatro de Revista, desde a sua génese, em 1850, até aos dias de hoje. A par, estabelece-se uma relação entre a situação política e social do País e a vida em Lisboa projetadas nos espetáculos. A grande aposta da série é a recriação de vários números teatrais, sendo que os do primeiro episódio têm a particularidade de serem totalmente inéditos, uma vez que não há qualquer registo, ou nada que se pareça da sua encenação.

0 ESPLENDOR E A MISÉRIA DAS ÚLTIMAS CZARINAS DOCUMENTÁRIO DISPONÍVEL NA RTP PLAY De Catarina, a Grande (1729-1796) até a última imperatriz russa, todas as czarinas "russas" foram, de facto, alemãs. Não porque o caminho do amor verdadeiro as conduziu diretamente a Petrogrado, mas resultado do jogo de poder europeu ao mais alto nível. Este documentário revela as histórias dramáticas dessas jovens, divididas entre casamentos estratégicos, o desejo de amor verdadeiro e os grilhões da política de poder europeia.

ATUALIZAR A HISTÓRIA: UMA NOVA VISÃO SOBRE O PASSADO DE PORTUGAL

de Paulo M. Dias e Roger Lee de Jesus Estará a História desatualizada? A resposta a esta questão é sim, se considerarmos a História como conhecimento histórico, como resultado do estudo e da investigação sobre o passado. A análise de novas fontes, perspetivas e abordagens permite redefinir o conhecimento que temos, apesar de muitos mitos e ideias da História de Portugal continuarem a ser repetidos e permanecerem no imaginário popular. Neste sentido, o objetivo deste livro é o de atualizar muitas destas ideias, desmontando, dentro do possível, alguns destes mitos. Tomando por base 29 temas da História de Portugal, desde Viriato até ao legado da memória do império colonial, 28 autores procuraram redefinir aquilo que sabemos sobre estes assuntos. Um livro para quem quer perceber os vários aspetos de uma História longa e complexa, e não tanto os muitos e longos debates académicos que existem sobre cada assunto.

7


CALL PARA TUDO E MAIS ALGUMA COISA A EXPANSÃO PORTUGUESA E A VISÃO FUNDAÇÃO DE UM MUNDO DICOTOMIZADO

DO

“OUTRO”:

A

Identidade e pertença a determinado grupo constituem traços basilares da edificação das sociedades e civilizações humanas. O ser humano ao longo dos séculos organiza-se de acordo com fatores que concediam uma coesão interna aos grupos em que se inseria, fossem estes de índole económica, étnicos ou religiosos. Contudo, essencial para a constituição de uma identidade agregadora de uma multiplicidade de gentes distintas, muitas vezes até díspares nos três fatores supramencionados, é uma identificação comum com aquilo que não são, afirmando-se como diferente ou até contrária a um “outro”. O longo período da Expansão marítima europeia, da qual os portugueses assumem um papel pioneiro, corresponde em igual medida ao acelerar, sem precedentes, do processo generalizado de globalização, de confronto entre culturas e matrizes político-sociais distintas, que até então coabitavam no mesmo globo sem, contudo, compartilharem o mesmo mundo. O caso português concentra em si uma multiplicidade, rica na sua diferença, de particularidades no tocante aos momentos de encontro entre culturas, algo que se atribui desde logo às características singulares da edificação do império português. Uma parte substancial da História europeia encontra-se diretamente ligada ao contacto com civilizações distintas, sendo o exótico e o diferente um lugar-comum de fascínio e interesse por parte dos europeus. O próprio conceito do “Oriente”, que se afirmou como um conceito basilar da Historiografia, revela-nos de que modo os povos ditos ocidentais são agente da construção de objetos múltiplos. A ideia do Oriente surge, portanto, como uma oposição da ideia do Ocidente, com a nuance desta relação se basear largamente em dinâmicas de domínio e subjugação, cristalizando-se um discurso em que o “outro oriental” é retratado enquanto inferior. A Expansão Portuguesa atua como um palco primordial do desenvolvimento deste fenómeno, largamente responsável por ditar as bases de uma visão do mundo dicotomizada, um mundo do Oriente e um mundo do Ocidente, onde o “outro oriental” é regularmente compreendido em função das preconceções do “agente ocidental” onde este último visa em larga medida impor os seus modelos de vivência sobre aquele com o qual contacta, estabelecendo por sua vez uma relação de poder face ao objeto da sua visão subjetiva. O “outro” desconhecido passa agora a um “outro” conhecido, mas ainda largamente incompreendido

DA AUTORIA DE DIOGO FALCATO


L.ESTE A

CASA

DOS

LAS CHICAS DEL CABLE DE RAMÓN CAMPOS E GEMA R. NEIRA

LIVROS

PROIBIDOS

Uma série de profundo cariz histórico, retrata a Espanha no século XX, movida por diversos problemas sociais, económicos e políticos. É a partir da história de quatro Telefonistas, que se compreende o desenvolvimento dos direitos sociais das mulheres e, principalmente, o desenrolar da vida política do Estado espanhol, após a Crise financeira de 1929.

DE OLALLA GARCÍA Publicada em 2019, esta obra de Olalla García relata os obstáculos vividos por Inés Ramírez, uma protagonista condicionada pela sua recente viuvez, no ano de 1572, que se depara com uma cópia de um livro que terá causado várias intrigas. Vemos desde logo, a afirmação de uma mulher nos negócios familiares apesar de limitada pela sociedade devido ao seu sexo. O enredo insere-se num clima de censura por parte da Inquisição no Reinado de Filipe II (D.Filipe I de Portugal). Esta obra destaca a proibição de livros pela Igreja, contando com a participação de diferentes atores profissionais no campo da impressão.

Quatro protagonistas que veem a sua vida a ser levada pelo vento da política espanhola conservadora e católica, quatro mulheres que lutam pela sua emancipação, Las Chicas Del Cable, destaca o sofrimento do intenso patriarcado estabelecido através da vida comum de numerosas Telefonistas, da primeira companhia telefónica de Madrid. Uma série dividida em cinco temporadas, cada uma retratando uma década distinta, a última terminando na Guerra Civil Espanhola, assinalam o lento, mas contínuo, progresso da luta por direitos básicos e intrínsecos ao ser humano. Quatro trabalhadoras que partilham uma vida de constante luta. Será que atingirão a sua emancipação?

É considerado um livro de escrita fluída e descritiva, com várias reviravoltas impressionantes. O leitor é decerto transportado para o século XVI. Um dos elogios feitos ao livro é a capacidade de retratar de uma forma realista o ambiente vivido neste contexto. No entanto, é necessário ter em mente a dimensão ficcional da obra, como as personagens e as suas biografias.

V.ISTE 9 10


CONTEÚDO DIGITAL PORTUGAL 14|18 | ARQUIVO DIGITAL O portal Portugal 14|18 é dedicado ao centenário da Grande Guerra e procura sensibilizar o público em geral para a importância de preservar e salvaguardar a memória da participação portuguesa na guerra e deste património coletivo. Esta plataforma é promovida pelo Instituto de História Contemporânea (IHC) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL e é um espaço de reflexão e partilha do conhecimento e dos legados da I Guerra Mundial.

ESPAÇO LÚDICO

6 . A Batalha de Hastings concretizou a vitória de ... da Normandia em 1066. 1. Guerra que culminou na perda de Olivença. 2. Batalha com derrota francesa que leva Napoleão a mudar a sua estratégia de

invasão da Inglaterra por via marítima. 3. Guerra mais curta que terá durado cerca de 40 minutos e opôs a Grã Bretanha e

o... 4. A Batalha de ... consagrou a vitória portuguesa pelo sucesso da estratégia militar

do condestável. 5. Confronto final, na batalha do .... entre o exército de Marco António e Octávio,

que leva à fuga de Cleópatra e Marco António para o Egipto.

7. Batalha portuguesa do século XII associada a um milagre que justifica a

independência Portuguesa. 8. A Guerra das Rosas opôs a casa de York e de ... 9. Ataque surpresa em ... que definiu a entrada formal dos EUA na II Guerra Mundial. 10. Batalha que marca o ponto de viragem na frente oriental do avanço alemão na

Rússia durante a II Guerra Mundial. 11. Em 657 o exército de Mu'awiya utiliza mensagens do Alcorão nas pontas das lanças

para travar o opositor na Batalha de ....


TORNA-TE UM M MEMBRO ACTIVO NA VIDA DO NÚCLEO DO TEU CURSO

TORNA-TE MEMBRO DO N.HIST

PODES

PREENCHER

FORMULÁRIO NO

DE

N.HIST

DISPONÍVEL DESCRIÇÃO

INSCRIÇÃO

QUE NO DA

O ESTÁ

LINK PÁGINA

DA DE

INSTAGRAM DO NÚCLEO, OU NA

PUBLICAÇÃO

FIXA

DO

FACEBOOK!

Como para ser membro do N.Hist é necessário ser um "aluno da FCSH/UNL que esteja inscrito no curso de História (no 1.º, 2.º ou 3.º Ciclos) , ou que esteja inscrito na mesma Faculdade no 2.º ou 3.º Ciclos, noutros Cursos, e que tenha frequentado um Curso de História (nesta ou noutra Faculdade) durante o 1.º ou 2.º Ciclos" [Estatutos do N.Hist, Ponto 1 do Artigo 9.º] pedimos para: Ou anexar comprovativo de Matrícula [por exemplo um print da Secretaria Virtual/Inforestudante, onde seja visível o Curso em que está incrito] Ou, no caso de ter frequentado o Curso de História noutro ciclo que não o actual, anexar o comprovativo respectivo [por exemplo uma fotocópia do diploma]

DIREITOS DOS MEMBROS

SER ELEITO PARA QUALQUER ÓRGÃO SOCIAL DO N.HIST PARTICIPAR E VOTAR EM REUNIÃO DE ASSEMBLEIA GERAL

DISCUTIR O ORÇAMENTO E RELATÓRIO DE CONTAS PARTICIPAR NAS ACTIVIDADES DO N.HIST VOTAR NAS ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS DO N.HIST


Núcleo de História - N.HIST nhist@fcsh.unl.pt @n.hist.fcsh

BOLETIM CULTURAL

CALL FOR VOLUNTEERS JUNTA-TE À EQUIPA DO BOLETIM CULTURAL DO N.HIST! PROCURAMOS MEMBROS PARA A CONSTRUÇÃO EDITORIAL E DE CONTEÚDOS DO BOLETIM FAZ-NOS CHEGAR AS TUAS REVIEWS DE LIVROS, FILMES OU DOCUMENTÁRIOS SUGERE MUSEUS, EXPOSIÇÕES OU PODCASTS

ENVIA AS TUAS SUGESTÕES PARA O BOLETIM QUE É TAMBÉM TEU!


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.