Festival Silêncio 2017 - Programa

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28 SET — 01 OUT, 2017

CAIS DO SODRE, LISBOA FESTIVALSILENCIO. COM


FESTIVAL SILÊNCIO 2017 Direcção e Gestão de Projecto Gonçalo Riscado Direção de Projecto e Programação Alexandre Cortez Coordenação de Projecto e Programação Marta Gamito Programação de Música Pedro Azevedo Direcção de Produção Débora Marques Assistente de Produção Rita Queiroga, Hugo Baptista, Natacha Rodrigues, Sara Pita, Patrícia Gomes, Ana Rosa Figueiredo Direcção de Conteúdos Ana Viotti Assistentes de Conteúdos Raquel Candeias, Mónica Marques Direcção de Comunicação Beatriz Vasconcelos Assistente de Comunicação Inês Henriques Assessoria de Imprensa Cristina Carvalho Estagiários de Produção Inês Balixa, Marta Faustino, Rita Draiblate, Tânia Sousa, Alexandra Tavares Coordenação Técnica João Hora (Lourisom) Coordenação Técnica do Palco Jardim Paulo Abelho (ETIC) Coordenação de Voluntariado Projecto Marginal

ÍNDICE Ciclo Maria Gabriela Llansol p. 6

Ciclo Voz p. 10

Performance p. 17

Exposições p. 23

Agenda (destacável) Conversas p. 25

Cinema p. 29

RÁDIO SILÊNCIO Direcção Criativa Pedro Coquenão Produção: Sara Cunha e Sílvia Costa Coordenação Técnica Paulo Abelho (ETIC) Equipa de Reportagem e Jornalistas Bruno Martins e Catarina Limão Design & Paginação Anett Krase Impressão Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas S.A. Tiragem 25 000 Exemplares Tipografia JeanLuc by Atelier Carvalho Bernau carvalho-bernau.com www.festivalsilencio.com festivalsilencio@ctlisbon.com facebook.com/Festivalsilencio/ T. 213430107

Música p. 31

Oficinas e Passatempos p. 35

Residência Artística Casa-Palavra p. 37

Agenda Editoras p. 38

Agenda Palavrinhas p. 42


FESTIVAL SILÊNCIO 2017

FESTIVAL SILÊNCIO 2017 EDITORIAL O Festival Silêncio é a celebração da palavra! O Festival Silêncio é um festival transdisciplinar e participativo que celebra a palavra como veículo de conhecimento e como unidade de criação, com o objectivo de estimular, inspirar e valorizar a criação artística, a reflexão e a participação cultural. A palavra como símbolo de comunicação e de expressão representa também as relações entre os indivíduos e a comunidade. O Festival é por isso uma festa local que procura criar pontes de diálogo, de expressão e de conhecimento entre todos os que habitam, visitam, se encontram ou simplesmente passam no bairro do Cais do Sodré. Por isso, ao mesmo tempo que é concebido e organizado com uma importante rede de parcerias de natureza institucional, artística e cultural, a sua realização só é possível com o envolvimento da comunidade e dos espaços habitados do bairro. Só assim, o Festival cumpre o desígnio de ser a festa da palavra e de desenvolver um programa em que todos têm uma palavra a dizer. Esta rede de parcerias e as sinergias criadas tornam o festival um polo de visibilidade e dinamização de projectos e ideias e um ponto de encontro entre todos os participantes, visitantes e curiosos. Em 2017, o Festival Silêncio regressa ao Cais do Sodré e prolonga a festa da palavra até à Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul para apresentar um programa que se descobre nas fachadas, nas montras, nas galerias, nos cafés, nos clubes, no jardim, na praça. Durante quatro dias revelamos a palavra através da música, cinema, literatura, exposições, poesia, teatro, performances, debates e conferências. O Ciclo Autor convida a descobrir o universo da escritora Maria Gabriela Llansol. Com curadoria do Espaço Llansol, este ciclo celebra a obra da autora, dando-a a conhecer através de um conjunto de propostas que dialogam sobre e com a sua escrita. O Ciclo Palavra oferece um programa que reclama a Voz enquanto expressão e urgência, enquanto símbolo de opressão e espaço de resistência. Dedicamos ainda uma secção da programação à edição literária independente. As editoras Abysmo, Artefacto, a tua mãe*, Douda Correria/Mia Soave, Do Lado Esquerdo, Flop, não edições, Dois Dias edições, Triciclo, Snob e a revista Cidade Nua estarão presentes durante os quatro dias do festival com diversas propostas e iniciativas. Este programa tem o apoio da Snob/Cossoul (Livraria), a quem nos juntámos para organizar uma Feira do Livro dedicada aos livros de alfarrábio, aos editores independentes e aos autores representados nesta edição do festival. A agenda Palavrinhas oferece um conjunto de espectáculos e actividades para os mais pequenos. Entre concertos, teatro, oficinas, marionetas, jogos e brincadeiras, as crianças têm também uma importante palavra a dizer. No entanto, a principal novidade desta edição é a Rádio Silêncio. Com direcção artística de Pedro Coquenão, este é um novo projecto que finalmente sai da gaveta para o ar. A emissão cobre todo o tempo e espaço do festival. São quatro dias de emissão e um raio de alcance que chega também a bairros do outro lado da cidade e até do planeta, através da sua emissão online. A Rádio Silêncio é uma rádio local, aberta e dirigida à comunidade e assume-se como espaço complementar de criação, experimentação e programação do próprio festival. Participar, descobrir e sintonizar é literalmente o repto desta edição do Festival Silêncio. Bem-vindos à Festa da Palavra!

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O que é o texto em face do silêncio? O seu receptáculo. - Maria Gabriela LLansol


CICLO MARIA GABRIELA LLANSOL

© Alvaro Rosendo

É pelo mistério e pelo fascínio que este ano dedicamos o Ciclo Autor a Maria Gabriela Llansol. Com curadoria do Espaço Llansol, este ciclo celebra a obra da autora, dando-a a conhecer através de um conjunto de iniciativas que dialogam sobre e, principalmente, com a sua escrita: uma escrita que, morando “nas margens da língua”, atrai e seduz novos modos de ler. As propostas deste ciclo são um testemunho dessa invenção e desdobram-se num programa que integra performances, exposições, conversas, leituras, cinema, oficinas e actividades para os mais novos.

MARIA GABRIELA LLANSOL: CARTOGRAFIAS DO FULGOR JOÃO BARRENTO E MARIA ETELVINA SANTOS, CURADORES A escrita de Maria Gabriela Llansol representa um caso único, e de certo modo paradoxal, na literatura portuguesa do último meio século. Vista muitas vezes como hermética, a sua Obra é de facto um território aberto e hostil a todas as ortodoxias, uma experiência absolutamente singular que resultou num texto verdadeiramente novo – mas sem quaisquer pretensões de vanguardismo. É tão-somente uma forma de escrita que mostra como a experiência do real se transfigura em realidade (nova) no texto: “eu não espero para escrever, nem deixo de escrever para passar pela experiência que produz a escrita; tudo é simultâneo e tem as mesmas raízes, escrever é o duplo de viver” – e vice-versa: a escrita é aqui uma pulsão vital. A prosa inclassificável de Llansol vive, ao mesmo tempo, da transparência da linguagem e de um efeito de estranheza que pede ao leitor novos modos de ler, a percepção de uma subtil gramática do sensível, de uma relação especial entre o visível e o invisível, da predisposição para aceitar a potência do corpo que age/escreve, da recusa de toda a metafísica em favor de um hiper-realismo da matéria do mundo, animada por uma energia vital de onde tudo nasce – também a escrita, ela própria sentida como “um vivo no meio do vivo”. É talvez por tudo isto que a Obra desde sempre revelou ser um território seminal, aberto ao diálogo com todas as formas de arte e de intervenção como as que o Festival Silêncio exemplarmente documenta.

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CICLO MARIA GABRIELA LLANSOL

CONVERSAS

PALAVRA-VOZ-SILÊNCIO EM MARIA GABRIELA LLANSOL COM: JOÃO BARRENTO, MARIA ETELVINA SANTOS, CRISTIANA VASCONCELOS RODRIGUES

Esta conversa procurará abrir algumas perspectivas sobre a Obra e o universo de Maria Gabriela Llansol. A tríade Silêncio-Palavra-Voz será a porta de entrada para chegar ao cerne dos textos de Llansol: o modo singular e único do seu trabalho com a linguagem, quase sempre organizada numa partitura multifacetada que abarca, com os seus ritmos e as suas modulações, todas as zonas do real. E em que os espaços de silêncio têm tanto peso como as vozes múltiplas que as palavras nos deixam ouvir. 30 DE SETEMBRO | 16H | RUA DA BOAVISTA, 9, 50MIN

OFICINAS E PASSATEMPOS

ENSAIOS DE LEITURA © Alvaro Rosendo

Infantil | 6-10 anos

PERFORMANCE

COM: ANABELA FARINHA E ISABEL SANTIAGO

Esta é uma oficina e sessão de Filosofia para os mais pequenos, que parte da leitura encenada de dois pequenos excertos de "Um Beijo Dado Mais Tarde", de Maria Gabriela LLansol. Depois, a chave da leitura é ensaiada a partir de um caderno de desenhos originais da autoria de Teresa Projecto. Nesta sessão, conduzida por Anabela Farinha e Isabel Santiago, aprende-se a ler e a escrever pela imagem para que esta faça nascer a frase.

LEITURAS: PALAVRA-VOZ-SILÊNCIO EM MARIA GABRIELA LLANSOL

1 DE OUTUBRO | 15H | RUA DAS GAIVOTAS, 9, 60MIN

Leituras encenadas

OFICINAS E PASSATEMPOS

INTERPRETAÇÃO: DANIELA GONÇALVES E EMANUEL SOUSA (PONTO TEATRO)

OH OH OH, A CASA DA AVÓ – ATELIER DE LEITURA E DESENHO

Com base numa selecção de textos feita pelo Espaço Llansol, os actores Daniela Gonçalves e Emanuel Sousa (Ponto Teatro) interpretam a Palavra-Voz-Silêncio em Maria Gabriela Llansol, numa sessão que inicia com uma breve gravação da voz de Llansol e que encerra dando voz à música, com a audição de uma peça breve de João Madureira («Inscrição», para flauta de bisel, escrita a partir de Amar um Cão). 30 DE SETEMBRO | 17H | RUA DA BOAVISTA, 9, 30MIN

MÚSICA

BACH, LUZ DO BARROCO “O trabalho de Bach é impedir que o espaço fuja. Que fuja para o neutro.” – Maria Gabriela LLansol INTERPRETAÇÃO: VERA PROKIC

A pianista Vera Prokic apresenta no Festival Silêncio um concerto solo para Maria Gabriela Llansol, com peças de Johann Sebastian Bach, compositor que LLansol tanto amava e figura tão convocada nos seus textos. Serão interpretadas a “Suite Francesa Nº 1 em Dó Maior, BWV 1066” e o “Concerto Italiano em Fá Maior, BWV 971”. 30 DE SETEMBRO | 19H | PIANO AQUÁRIO, 35MIN

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Infantil | 5-10 anos COM: ALBERTINA PENA E CELESTE PEDRO

Em 1975, Maria Gabriela Llansol escreve com as crianças da Escola La Maison, na Bélgica, a história intitulada Oh, oh, oh, la maison d'en heaut, que gerou também uma série de setenta desenhos feitos pelas crianças e que se conservam no Espaço Llansol. É a partir destes desenhos e da história, na sua versão portuguesa que Albertina Pena e Celeste Pedro coordenam esta oficina de leitura e de desenho dirigida aos mais novos. 1 DE OUTUBRO | 15H30 | LIVRARIA-BAR MENINA E MOÇA, 90MIN


CICLO MARIA GABRIELA LLANSOL

EXPOSIÇÕES

CENAS FULGOR

EXPOSIÇÕES

RUMOR COLECTIVO HUMOR

COLECTIVA: AUGUSTO JOAQUIM, DUARTE BELO, ILDA DAVID, PEDRO PROENÇA, RUI CHAFES, TERESA HUERTAS

“Os meus textos (...) são tecnicamente construídos sobre o que chamei cenas fulgor porque o que me aparece como real é feito de cenas, e porque surgem com um carácter irrecusável de evidência.” – Maria Gabriela Llansol A cena fulgor, a presença que se faz imagem, apela e opera sobre quem lê e sobre ele abre-se a múltiplas e infinitas figuras. A palavra vibrante e a força imagética do texto llansoliano tem originado frequentes diálogos com as artes plásticas e são vários os artistas com obra criada a partir do texto e do espaço de vida/escrita da autora. Esta exposição é um testemunho desse diálogo visual e material e apresenta um conjunto de nomes e obras que, revisitando o universo singular de Llansol, lhe atribuem novos modos de ver.

O colectivo Humor Líquido traz ao Festival Silêncio um conjunto de trabalhos originais de Anabela Mota, Catarina Domingues, Marta Castelo, Sara Belo e Teresa Projecto, que resultam de um diálogo a várias vozes com o texto de Maria Gabriela Llansol. "Em suma, o não-dito expressa-se soberanamente e pisa todas as coisas banais que encontra a voz estranha que me escreve: sem rumor, não há amor balbuciam todas as imagens que a seguem. Compreendeis, agora, por que a imagem que vai à frente tirou da cama (eram cinco horas da manhã) a voz estranha que me escreve?" - Maria Gabriela Llansol EM PERMANÊNCIA, 12H-20H | RUA DA BOAVISTA, 9

EM PERMANÊNCIA, 12H-20H | RUA DA BOAVISTA, 9

EXPOSIÇÕES

QUANDO A MÚSICA CIRCULA AUTORIA: CÁTIA SÁ PEREIRA

Instalação do registo vídeo da performance "Quando a música circula - ensaios de leitura" de Cátia Sá Pereira, que pretende desafiar o texto lido a ser cantado formando um arquivo de fragmentos, figuras sónicas, mantras. EM PERMANÊNCIA, 28, 29, 30 SET 12H-02H, 01 OUT 16H-24H | LIVRARIA-BAR, MENINA E MOÇA

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CICLO MARIA GABRIELA LLANSOL

CINEMA

SOBRE LLANSOL: AO LUGAR DE HERBAIS REALIZAÇÃO: DANIEL RIBEIRO | PORTUGAL (2012) | DUR. 31', APRESENTAÇÃO: JOÃO BARRENTO

CINEMA

FILMAR PARA CONHECER

Exibição do documentário do brasileiro Daniel Ribeiro Duarte sobre os lugares de vida e de escrita de Maria Gabriela Llansol. Através do espólio da casa de Sintra, este documentário traça um percurso entre Portugal e o Lugar de Herbais, na Bélgica, onde Llansol vive e escreve durante os últimos anos do exílio, desenvolvendo o grande projecto «Lisboaleipzig» e expandindo como nunca antes o seu mundo figural. Um passeio entre fotografias, textos e objectos, com apresentação de João Barrento. 30 DE SETEMBRO | 18H30 | RUA DA BOAVISTA, 9

Participativo FILHOS DE LUMIÈRE

Apresentação do resultado da oficina intergeracional de iniciação ao cinema "Filmar para Conhecer", desenvolvida pelos Filhos de Lumière. Esta oficina de carácter prático tem como objectivo escrever, filmar e montar uma curta metragem que resulte do imaginário pensado em conjunto. Neste caso, a abordagem dos participantes ao processo de criação cinematográfica fez-se pela aproximação de dois universos: o universo de Maria Gabriela Llansol e o universo do bairro do Cais do Sodré e dos lugares de eleição de cada um. 1 DE OUTUBRO | 18H30 | RUA DA BOAVISTA, 9, 60MIN

CINEMA

ESCOLHA DE LLANSOL: A FESTA DE BABETTE REALIZAÇÃO: GABRIEL AXEL | DINAMARCA (1987) DUR. 102'

O filme de Gabriel Axel, “Festa de Babette” (1987) integra o imaginário de referências da escritora Maria Gabriela Llansol e é por isso uma escolha natural neste programa: "________ hoje, 24 de Janeiro de 1988, vi, em Lovaina, um filme inesquecível de Gabriel Axel, Le festin de Babette, sobre a última ceia." – Maria Gabriela Llansol “Festa de Babette” (1987) é passado no século XIX e aborda a história de uma refugiada francesa, vítima da Guerra Franco-Prussiana, que é acolhida numa comunidade religiosa situ ada numa aldeia dinamarquesa para servir as filhas do falecido pastor Babette. 1 DE OUTUBRO | 21H | RUA DA BOAVISTA, 9

MÚSICA

CORO FEMININO DE LISBOA “A música é mais secreta do que a linguagem e sumamente secreto é o lugar para onde desejo ir." - Maria Gabriela Llansol No canto, a voz oferece-se ao mesmo tempo ao texto e à música. O Coro Feminino de Lisboa traz ao Festival Silêncio um concerto a capella, que será um encontro com uma banda sonora de Maria Gabriela Llansol, uma autora em formato canção. Para este concerto, foi feita uma selecção eclética de músicas mencionadas no espólio da autora, com especial destaque para uma nova composição de João Madureira, criada para esta ocasião. 1 DE OUTUBRO | 19H30 | RUA DAS GAIVOTAS 6, 30MIN

CONVERSA

APRESENTAÇÃO DA COLECÇÃO "RIO DE ESCRITA" EDITORA: MARIPOSA AZUAL COM: HELENA VIEIRA, JOÃO BARRENTO E MARIA ETELVINA SANTOS

Uma conversa ilustrada pelos dez títulos que constituem a colecção "Rio da Escrita que a Mariposa Azual tem vindo a publicar em colaboração com o Espaço Llansol, desde 2008. Dedicada aos estudos, ensaios, reflexões, filmes, composições musicais e plásticas, inspirados na escrita de Maria Gabriela Llansol. 28 DE SETEMBRO | 20H | RUA DA BOAVISTA, 9 | DUR. 30'

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CICLO MARIA GABRIELA LLANSOL

PERFORMANCE

O PRINCÍPIO DE __________ CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: MIGUEL BONNEVILLE

"Mim é ambíguo, cavalheiro, sempre achei." - Maria Gabriela Llansol O Princípio de ___________ é uma criação de Miguel Bonneville para o Festival Silêncio, a partir da sua leitura de Maria Gabriela Llansol. Esta é uma performance que idealmente não teria princípio nem fim. É o conteúdo de uma cassete encontrada, já velha, distorcida, mas suficientemente intacta para que se consiga compreender o que nela foi gravado, e o que nela ainda é dito. Mas o fragmento de alguma coisa, com o tempo, transforma-se sempre noutra coisa. O conteúdo repete-se sem parar como eu, cavalheiro - até se degradar. 29 DE SETEMBRO | 19H | RUA DA BOAVISTA, 9, 150MIN, M/12

PERFORMANCE

CÉU-DA-BOCA CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: CÁTIA SÁ PEREIRA

A convite do Festival Silêncio, Cátia Sá retoma a premissa da performance "Quando a Música Circula — ensaios de leitura" de 2011, que ensaiava modos de leitura a partir da obra de Maria Gabriela Llansol. A proposta agora com "céu-da-boca" agudiza o desafio das margens entre o dizer e o canto, desfazendo a leitura como meio de transmissão de sentidos lineares, mais como abertura ao som do texto, como um dia no princípio: o som inventava as palavras.

PERFORMANCE

AMAR UM CÃO Infantil

29 DE SETEMBRO | 22H | MALT, 25MIN

INTERPRETAÇÃO: MARTA BERNARDES

PERFORMANCE

ROCHEDO CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: RITA ROBERTO E PEDRO FERREIRA

Rochedo é uma nova criação de Rita Roberto e Pedro Ferreira, um diálogo com Maria Gabriela Llansol, especialmente pensado para esta edição do festival. Uma sala obscurecida onde há uma superfície e um volume que sobressai; há movimento e vozes. Inexplicável rochedo espalha-se sem evento, exposto ao sol, e estremece. Um manto rodeado, aqui e ali murmúrios e silvos.

Marta Bernardes lê “Amar um Cão”, o texto de Hélia Correia, escrito para os mais pequenos em sobreimpressão com o texto homónimo de Llansol. Marta Bernardes traz para esta sessão a companhia da Sol, uma surpresa para complementar uma leitura que entra pelo imaginário das crianças também através do sentir. Esta é uma sessão com cheirinho a jardim, acompanhada pela própria Hélia Correia. Vamos ouvir, imaginar, tocar e cheirar o mundo sensorial que a história propõe e que o cão Jade escuta: «Nomeio-lhe a tília, a erva cidreira, a lucialima, o pessegueiro de jardim, o loureiro, sementeira das plantas aromáticas da Provença, o linho, a salsa, os coentros, a arruda, meio da terra formada por bancos de pedras circulares ________ o alecrim, a sálvia, as chagas, o rosmaninho. Leio alto para as plantas...» 1 DE OUTUBRO | 17H | RUA DA BOAVISTA, 9, 60MIN

1 DE OUTUBRO | 16H | RUA DAS GAIVOTAS 6, 40MIN, M/12

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(...) à nossa volta há vários sons de mudo e de mundo mudo e de mundo - Maria Gabriela LLansol


CICLO VOZ Este ciclo apresenta um conjunto de propostas que desafiam ou refletem sobre a polissemia da palavra Voz, numa tentativa de desdobramento artístico dos vários conceitos nela encerrados: voz enquanto urgência e voz enquanto expressão. VOZ ENQUANTO URGÊNCIA As Conferências do Silêncio convidam o filósofo camaronês Achille Mbembe, a investigadora Paula Meneses e as investigadoras e performers Jota Mombaça e Rita Natálio para dar voz às Vozes do Sul. Com curadoria de Marta Lança, interessa-nos ouvir as vozes que o pensam e o reinvindicam enquanto símbolo de opressão e espaço de resistência. E porque vivemos um período em que o medo e a incerteza são alertas quotidianos, a jornalista Sofia Lorena conduz uma conversa com Rui Tavares, em que reflectimos sobre a Voz da História para melhor distinguirmos os gritos do presente. O Ciclo Documentos traz-nos um confronto crítico com a nossa própria Voz através de uma selecção de cinema documental que pretende instigar abordagens distintas à voz enquanto expressão social e política e enquanto expressão humana e colectiva. Damos também lugar à noção de voz como instrumento e mecanismo de dissolução da verdade na instalação “Dá Deus Vozes a Quem Não Tem Lentes (ou simplesmente X)” e perante o nevoeiro que perpassa os factos e a realidade, na performance “Wordcoin”, damos a urgência da voz à palavra e ao discurso. VOZ ENQUANTO EXPRESSÃO Enquanto expressão, a voz é-nos trazida num recital popular que dá voz às vozes silenciosas da comunidade, numa proposta intergeracional que comunica a fala das pessoas que habitam o bairro a partir do texto de Maria Gabriela Llansol. Vamos ouvir também vozes da poesia. Poesia enquanto forma de luta, poesia enquanto cadência, ritmo, poesia enquanto expressão universal. A voz do nosso imaginário colectivo e simbólico é-nos trazida pelo Teatro do Calafrio numa polifonia de vozes que nos traz a poesia e a sabedoria que habitam dizeres, anedotas, trava-línguas e adivinhas populares. Também pelo Teatro do Calafrio vem-nos a voz enquanto mecanismo orgânico gerador de múltiplos sentidos com a livre improvisação do espectáculo “Ó!”.

CONFERÊNCIAS DO SILÊNCIO A VOZ DA HISTÓRIA COM: RUI TAVARES E SOFIA LORENA

A História é voz, são vozes. É eco e é memória. O historiador estará, sem dúvida, entre os seus ouvintes mais sérios e treinados. E se é o historiador quem escuta a voz da história, será que é pela sua voz que a história fala? Parte da sua vida é ouvir a história para compreender as suas vozes e a ele se reclamam ferramentaspara melhor vivermos o presente, melhor interpretarmos a actualidade e melhor analisarmos o futuro. Numa altura em que o medo do amanhã é um alerta quotidiano, não estará a razão do medo na voz do historiador? É esta a questão que serve de ponto de partida para esta conversa. 30 DE SETEMBRO | 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO, 60MIN

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CICLO VOZ

CONFERÊNCIAS DO SILÊNCIO VOZES DO SUL

VOZES DO SUL POLÍTICAS DE INIMIZADE

CURADORIA: MARTA LANÇA

COM ACHILLE MBEMBE | MODERADOR: MAMADOU BA

Mais do que pensar a invenção do Sul, interessa-nos ouvir as vozes que o pensam e o reinvindicam enquanto símbolo de opressão e espaço de resistência, potenciando uma teoria crítica que resgate o real das grandes narrativas políticas e subverta o lugar de subalteridade. O ciclo Vozes do Sul convida o filósofo Achille Mbembe a falar sobre a noção de inimigo, o Estado securitárico, a redefinição do humano a partir do livro "Políticas da Inimizade" numa conversa conduzida pelo ativista anti-racista Mamadou Ba. Para questionar o lugar de fala do Sul e subverter o lugar de subalternidade das vozes silenciadas convidámos a investigadora Paula Meneses e as investigadoras e performers Rita Natálio e Jota Mombaça.

O filósofo camaronês Achille Mbembe vem ao Festival Silêncio para uma conferência pública conduzida pelo ativista anti-racismo Mamadou Ba. Sob o pretexto de defender os “nossos”, um certo estilo de vida, as democracias resvalam em ditaduras. Mbembe confronta-nos com as consequências deste paradigma, de todos contra todos, a naturalização da guerra, a relação entre violência e lei, norma e exceção. Mas também o funcionamento da hostilidade e do medo, dos “medos racistas” ao medo “visceral”, profundamente ancorado na história da Europa e do colonialismo e as formas que estes assumem nas sociedades contemporâneas. Tudo isto numa linha de continuidade histórica do horror, dos colonialismos aos fascismos. 30 DE SETEMBRO | 18H | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO

VOZES DO SUL – LUGAR DE FALA COM: JOTA MOMBAÇA, RITA NATÁLIO E MARIA PAULA MENESES

Podem as vozes violentadas e “historicamente interrompidas” desautorizar a própria fala? A partir dos actuais trânsitos de capital económico, cultural e ecológico, pensemos nas vozes que subvertem a dominação encontrando pontos de contacto.

Jota Mombaça aborda o problema de escuta no lugar de fala para evidenciar que antes de um silêncio subalterno, temos o encontro de vozes inscritas pela subalternidade, com uma tendência estruturante à não-escuta como política ética e cognitiva dominante. Problematiza ainda o uso estratégico da categoria Lugar de Fala nos ativismos contemporâneos, especialmente nas políticas de autorização discursiva que tem ordenado a produção, circulação, difusão e legitimação de vozes e sentidos no mundo.

1 DE OUTUBRO | 18H | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO, 60MIN

Rita Natálio pensa o Misantropoceno no lugar de Antropoceno - aliança entre crise climática e capitalismo planetário. Tem-se pressuposto a responsabilidade universal da humanidade enquanto espécie no desconcerto ecológico e reivindicado uma ação coletiva face à urgência climática. Porém, a ideia da “humanidade como um todo” que poderá fazer sucumbir o planeta e que deve ser travada por "todos", é constituída em cima de fortes ações de “misantropia” e desigualdade (colonialismo, racismo, extrativismo, capitalismo, sexismo) que aparecem muitas vezes ocultas neste modelo de ecologia política, ao mesmo tempo apocalíptico e salvacionista. Maria Paula Meneses interroga a nossa comunicação, reconhecendo a nossa existência, por saberes transmitidos que não a fala. Poderá a leitura de como preparamos a comida, do saber aí contido, contribuir para ampliar a tradução intercultural, para uma ecologia de sabores e saberes? Até que ponto as receitas de cozinha, essencialmente orais, nos permitem denunciar a permanência de situações de opressão sexista e colonial-capitalista?

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CICLO VOZ

DOCUMENTOS Documentos é uma mostra de três documentários que pretende confrontar abordagens distintas que nos aproximam, de certa forma da Voz do silêncio e da exclusão. E porque no decorrer da história e dos dias, há várias gritos mudos e vozes silenciadas, esta selecção de filmes que aqui apresentamos pretende trazer ao debate e à reflexão realidades muito diferentes, com a intenção de instigar um confronto crítico com a nossa própria Voz.

CINEMA

INDEPENDÊNCIA MÁRIO BASTOS | ANGOLA (2015) | DUR. 110' ESCOLHA DE MARTA LANÇA

“Finalmente um filme que contrapõe as visões unilaterais da guerra, ora colonial para uns, ora de libertação para outros. Independência foi pensado e realizado por angolanos, num longo processo de recolha de depoimentos de intervenientes directos ou indirectos na guerra, dentro e fora de Angola. Este filme marca uma viragem na produção de discurso da História e da cultura visual, sendo Imprescindível trazê-lo à discussão em Portugal onde a violência colonial é escamoteada e a realidade da guerra silenciada, sobretudo no que toca às consequências para as sociedades africanas.” - Marta Lança

CINEMA

HUMAN

29 DE SETEMBRO | 16H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/14

YANN ARTHUS BERTRAND | FRANÇA (2015) | DUR. 191'

Human é uma colecção de histórias e imagens do nosso mundo que vai ao cerne do que significa ser humano. Yann Arthus-Bertrand, fotógrafo, realizador e ecologista francês, percorreu o mundo para ouvir as vozes de 2000 pessoas de 60 países e tentar encontrar uma resposta para a pergunta "O que nos torna humanos?". Este é um confronto com a voz do outro, uma experiência sensível sobre nós, indivíduo e comunidade. 30 DE SETEMBRO | 17H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/15

CINEMA

THE DESTRUCTION OF MEMORY EXPOSIÇÕES

DÁ DEUS VOZES A QUEM NÃO TEM LENTES (OU SIMPLESMENTE X) JOÃO MARIA VIOTTI

Dá Deus Vozes a Quem Não Tem Lentes foi o ponto de partida para um trabalho que propõe a noção de voz como um dos mecanismos utilizados para dissolver a verdade inalcançável da linguagem.

TIM SLADE | UK (2016) | DUR. 81'

Neste ultimo século, a destruição de património cultural produziu resultados catastróficos por todo mundo: berços da civilização, milénios de cultura totalmente devastados, não havendo sinais de um abrandamento. A necessidade de proteger, salvar e reconstruir move-se passo a passo com a destruição. Mais do que politicas e legislação, heróis individuais batalham para salvar a identidade cultural do mundo, para salvar o registo de quem somos enquanto humanos. 1 DE OUTUBRO | 17H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/14

Vinde ver a metade que se Vê, até porque esta é também a metade de você. Mise-en-scéne voyeurista num jogo de cortinados que escondem e revelam e em que primeiro ouvimos e só depois conseguimos ver. Um maravilhoso segredo a ser desvendado. EM PERMANÊNCIA | BEXI ART & DESIGN, 28 E 29 SET 10H-19H, 30 SET E 01 OUT 15H-20H

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CICLO VOZ

PERFORMANCE

VOZES DO MUNDO A Poesia é talvez a mais universal e ancestral forma de expressão artística da humanidade e, nestas quatro sessões integradas no ciclo Voz, iremos dar voz aos poetas e à poesia na sua língua original, mas também em versão traduzida. Será assim uma viagem pela poesia do Canadá, Itália, Croácia e Irlanda dita por convidados oriundos destes países.

CANADÁ LES LECTEURS: SYLVIE POTVIN E LEONOR MONCADA 29 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM, 50MIN

CROÁCIA SILVESTAR VRLJIC E TOMICA BAJSIĆ 29 DE SETEMBRO | 18H30 | A VIAGEM, 50MIN

PERFORMANCE

WORDCOIN

Silvestar Vrljic e Tomica Bajsić estão no Festival Silêncio a convite da Casa Fernando Pessoa. No dia 29 de Setembro às 18h30, poderá encontrá-los na Casa Fernando Pessoa, numa sessão sobre poesia, edição e tradução na Croácia moderada por João Luís Barreto Guimarães.

ITÁLIA

CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: DIOGO CRUZ

PAOLA D’AGOSTINO E ANDREA RAGUSA

Numa irónica rendição à noção de valor da nossa sociedade, Wordcoin tem como objectivo mostrar o quão valiosa é a nossa liberdade de expressão e o quão pobre se torna um humano sem ela. Diogo Cruz propõe a implementação de uma nova moeda, que dará um valor literal ao discurso de cada um, criando um "Banco d’Argumentação", com o qual o cliente-espectador terá a oportunidade de confiar as suas palavras a uma instituição que as poderá guardar, investir e comercializar, dando a exposição merecida e objectiva às ideias de cada um.

29 DE SETEMBRO | 20H | A VIAGEM, 50MIN

IRLANDA BARTHOLOMEW RYAN E AMANDA BOOTH 30 DE SETEMBRO | 20H | A VIAGEM, 50MIN

30 DE SETEMBRO | 16H | COA, 120MIN

MARATONA DE POESIA COM: ALEXANDRE BORGES, ANA ÁGUA, ANTÓNIO SARAIVA, DANIEL DA ROCHA LEITE, FERNANDO PINTO DO AMARAL, FRANCISCO ROSA, HELENA NOGUEIRA PINTO, INÊS LAGO, JOSÉ ANJOS, LEO LEONEL, LUÍS CARMELO, MC SANTIAGO, MIA QUADROS, NUNO MIGUEL GUEDES, PAULA CORTES, RICARDO BELO DE MORAIS, RINI LUYKS, RITA BALDAYA, RITA TELHADA, SALOMÉ ABREU, SUSANA SIMÕES, VALÉRIO ROMÃO

MÚSICA

Ó! COLECTIVO DE MÚSICA IMPROVISADA AMÉRICO RODRIGUES, JOSÉ TAVARES ROGÉRIO PIRES PALCO DO JARDIM

Ó! é um colectivo de músicos de sensibilidades díspares, que se dedica à livre improvisação. Usando linguagens aparentemente inconciliáveis, os do Ó! vêm ao Festival Silêncio, em formato trio, procurar uma multiplicidade de sentidos e vozes, marcada pelo risco e pela ousadia. 29 DE SETEMBRO | 17H | JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

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A Poesia quer-se na rua, por isso o Palco da Rua Cor-de-Rosa organiza uma maratona de poesia portuguesa na voz de actores, performers, poetas e outros amantes da palavra dita. 28 DE SETEMBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 120MIN


CICLO VOZ

PERFORMANCE

RECITAL POPULAR II AS VOZES SILENCIOSAS MARGARIDA MESTRE (RE-ESCRITA DOS TEXTOS, ORIENTAÇÃO VOCAL DOS GRUPOS, CONCEPÇÃO CÉNICA E ORQUESTRAÇÃO GERAL), JOÃO MADEIRA (MUSICA ORIGINAL E CONTRABAIXO AO VIVO)

CONTOS E TROVÕES, REZAS E GALINÁCEOS CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: AMÉRICO RODRIGUES, CÉSAR PRATA E SUZETE MARQUES, PRODUÇÃO: TEATRO DO CALAFRIO

Este espectáculo traz-nos uma polifonia de vozes, que vão além das vozes que o contam para nos devolver e envolver nas vozes de um imaginário popular e simbólico, que é saber e transmissão colectivas e é, por isso, um espectáculo para todos: netos, filhos, avós, primos e amigos. Porque não temos memória de galinha, o Teatro do Calafrio saiu da casca e vem ao Festival Silêncio contar histórias antigas de galináceos: galos, galinhas, pintos… e outras aves de capoeira (até um canário e uma águia!) são convocadas para abrirmos o bico para dizer adivinhas, anedotas, trava-línguas. E até vamos rezar para afastar trovoadas! Rezamos… com galos e galinhas, claro! Naturalmente, vamos olhar para trás! E, assim, chegaremos ao ovo! Ou será à galinha? 30 DE SETEMBRO | 16H | PENSÃO AMOR, 60MIN

Imaginar um grupo de pessoas cujas bocas se abrem para cantar. Imaginar que dessas bocas saem orquestras de palavras, pedaços de frases, seres que viajam no espaço como imagens e nos povoam os ouvidos e a mente numa dança de sentidos vários, excitantes, misteriosos, provocadores. Imaginar também que conseguimos ouvir vozes distantes, daqueles que não conseguiram vir, cantando suaves frases que abraçam estes seres falados e alados por outras vozes deixados. Um trabalho de Margarida Mestre com a comunidade local a partir do texto de Maria Gabriela Llansol. 30 DE SETEMBRO | 19H | RUA DAS GAIVOTAS 6, 60MIN

PERFORMANCE

ROSA LUXEMBURGO COM: PAULA CORTES, MIA QUADROS, MC SANTIAGO E RITA TELHADA (VOZES), FRANCISCO RAMOS, FERNANDO SÁ, JOÃO PAULO GASPAR, TIAGO ROSA (MÚSICOS)

Rosa Luxemburgo é um ensemble que reúne um quarteto de cordas e quatro vozes femininas, que trazem ao Festival Silêncio a voz da poesia enquanto forma de luta pela igualdade de direitos, aspiração incontroversa de todas as mulheres a uma sociedade justa e livre. 29 DE SETEMBRO | 19H | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

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PERFORMANCE EXPOSIÇÕES CONVERSAS CINEMA MÚSICA OFICINAS E PASSATEMPOS RESIDÊNCIA 16


PERFORMANCE

OS MENINOS IMPOSSÍVEIS Lançamento / Infantil

AUTOR: JOÃO PEDRO GOMES, EDITORAS: DOUDA CORRERIA

Lançamento do 1º livro da colecção Puto Xarila livro Meninos Impossíveis de João Pedro Gomes, com apresentação/performance de Lígia Soares. 1 DE OUTUBRO | 17H | GIVLOWE, 60MIN

CONTOS EM SOMBRAS Infantil ALGAZARRA MARIONETAS

© João Pedro Gomes

Os contos de Hans Christian Andersen: "A Princesa e a Ervilha", "A Polegarzinha" e "O Soldadinho de Chumbo", apresentadas em marionetas de sombras num espectáculo lúdico e colorido que nos transporta para o mundo imaginário das estórias de encantar. Atenção! São as marionetas de sombras dos Algazarra. 30 DE SETEMBRO | 15H30 | RUA DAS GAIVOTAS 6, 35MIN

TOBIAS & TOMÉ Infantil

BIBLIOTECA ITINERANTE

ALGAZARRA MARIONETAS

Infantil

Tobias & Tomé é um espetáculo de teatro inspirado no musical “O Carnaval dos Animais”, de Camille Saint-Saëns. Conta-nos a história de dois porquinhos, que querem fazer uma festa e para isso convidaram outros animais como um Leão, uma tartaruga, um cisne, peixes e borboletas. Marionetas que veremos em cena ao som de muita música. 1 DE OUTUBRO | 16H | PENSÃO AMOR, 30MIN

ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS

Durante os quatro dias de Festival Silêncio, a Biblioteca Itinerante, instala-se na Praça de São Paulo, criando uma sala de estar a céu aberto para toda a família, um espaço para estar, criar, partilhar e brincar: cantos de leitura para miúdos e graúdos, áreas para jogos e brincadeiras e até uma bebeteca móvel.

Performance / Infantil HORA DA ESTRELA COM: THOMAS BAKK Sessão de leituras dramatizadas de textos e poesias de Maria Gabriela Llansol por Thomas Bakk. 28 E 30 SET, 17H, 29 SET, 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO, 40MIN, M/10 Infantil CHAPÉUS NA RUA COM: RICARDO PAZ Espetáculo de mastro chinês por Ricardo Paz centrado em cenas quotidianas do fazer, do dizer, do ouvir, do gritar, do fugir ou ficar, do odiar e amar. 30 SET | 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO, 50MIN Infantil O GUARDA MÚSICAS COM: JOANA RITA E OTTO PEREIRA Guarda-Música é uma sessão poética de contos com acompanhamento musical, com Joana Rita e Otto Pereira, que conta a história do maestro Peter, da boneca Kalinka e do seu guarda-chuva mágico. 01 OUT | 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO, 40MIN Infantil FALAR EM SILÊNCIO CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: TIAGO FONSECA "Falar em Silêncio" é uma performance de Tiago Fonseca na qual apresenta "Outono": um espetáculo de malabarismo com chapéus, acrobática e clown. A palavra, um boneco e um malabarista juntos transformam o espaço público num mundo mágico. 01 OUT | 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO, 40MIN

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PERFORMANCE

POESIA E MÚSICA PALCO DA RUA COR-DE-ROSA

CORDAS VOCAIS ALEXANDRE CORTEZ, TÓ TRIPS E BRUNO SILVA

CONTOS DO GIN TÓNICO MIGUEL SOPAS

BELOS, RECATADOS E DO BAR

Cordas Vocais é um trio de instrumentos de cordas que explora o diálogo entre a viola d'arco, a guitarra eléctrica e o baixo frethless para a criação de paisagens sonoras que resultam de uma teia de cumplicidades entre estas três sonoridades, o silêncio e a poesia da música.

Mário Henrique Leiria, autor surrealista português, escritor e poeta, panfletário iconoclasta e marginal, é o autor dos "Contos do Gin Tónico", um clássico da literatura surrealista, cujo universo onírico, pleno de humor e non-sense é-nos trazido nesta leitura encenada por Miguel Sopas.

1 DE OUTUBRO | 18H15 |

1 DE OUTUBRO | 19H |

Pode um poema ser punk? Uma leitura de poesia ser hardcore? Para responder as estas dúvidas transversais à humanidade, José Anjos, Cláudia R. Sampaio, António de Castro Caeiro e Valério Romão reuniram-se à volta de umas cervejas e escolheram os poetas e os poemas mais abrasivos que conhecem para, com a guitarra do Pedro de Moura, irem ao osso do poema.

PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

1 DE OUTUBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

CLÁUDIA R. SAMPAIO, JOSÉ ANJOS, VALÉRIO ROMÃO, ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO

LOVE IS A DOG FROM HELL –

LA STRADA – POESIA E CINEMA

CHARLES BUKOWSKI

RINI & BASTOLINI E ANA TERESA SANTOS

VÍTOR RUA E BÁRBARA DO CANTO LAGIDO

Performance que junta a música de Vítor Rua à voz de Bárbara do Canto Lagido para construir uma narrativa poética e musical, a partir do texto de Charles Bukowski. 30 DE SETEMBRO | 18H15 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

Nesta performance criada para o Festival Silêncio o desafio passa por mostrar a importância que a música e a poesia têm no imaginário da sétima arte. Sem tela ou projecção, a imagem surge pela poesia e pela música do cinema de alguns dos mais importantes realizadores europeus dos anos 60, 70 e 80 do séc. XX. A música de Rini & Bastolini, especialistas na matéria, será acompanhada pela voz da actriz Ana Teresa Santos. 29 DE SETEMBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

A FLOR DO LÁCIO ANDRÉ GAGO, CARLOS MIL-HOMENS, JOÃO PENEDO, PEDRO DIAS

PINK STREET BLUES (POETAS BEAT GENERATION)

A Flor do Lácio é um espectáculo de música e poesia que nos traz canções bem conhecidas do público, textos e poemas que as inspiraram, para celebrar, através da poesia e dos cancioneiros brasileiro e português, a língua portuguesa, património comum e embarcadiço cultivado em todas as latitudes do mundo. 29 DE SETEMBRO | 18H15 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

TIAGO GOMES, FLAK E RODRIGO AMADO.

A Beat Generation foi um movimento literário e artístico iniciado por um grupo de jovens intelectuais americanos, que marcou a contra-cultura dos anos 50. A cultura beat caracterizou-se pela busca da espiritualidade, pela rejeição do materialismo e pelas representações explícitas da condição humana. O movimento ficou ainda conhecido pela experimentação das drogas, pela invenção do psicadelismo e pela defesa da liberdade sexual. E é a partir deste universo que os músicos Flak (guitarra) e Rodrigo Amado (saxofone) criam paisagens sonoras para a leitura de textos iconográficos do movimento pela voz de Tiago Gomes. 30 DE SETEMBRO | 19H | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

ROSA LUXEMBURGO – POESIA NO FEMININO

PRETO NO SILÊNCIO PRETO AKA CHULLAGE

Ver página 15

Preto Aka Chullage, diseur, rapper e produtor tem-nos habituado às suas palavras cáusticas no palco do spoken word e às cadências menos formais e mais desenquadradas num Hip Hop só seu. Agora, Preto vem ao Silêncio disparar palavras e samples, acompanhado por Mick Trovoada nas percussões e DJ Tayob nos pratos e teclas.

29 DE SETEMBRO | 19H | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

30 DE SETEMBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA, 45MIN

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PERFORMANCE

5˚ ANIVERSÁRIO DO LADO ESQUERDO COM: MARIA SOUSA, LEONOR CASTRO NUNES, PATRÍCIA BALTAZAR, CLÁUDIA R. SAMPAIO, MARCOS FOZ, PEDRO SANTO TIRSO, RUI PEDRO GONÇALVES, FILIPE HOMEM FONSECA, CLÁUDIO HENRIQUES E WAGNER BORGES. CONCERTO: PHOTOMATON

O 5º aniversário da editora do lado esquerdo é assinalado no Festival Silêncio com leituras por diversos autores e alguns leitores convidados e um showcase dos Photomaton com canções inspiradas em poemas publicados pela editora. 30 DE SETEMBRO | 17H | COSSOUL, 90MIN

OCUPAÇÃO DE TEXTOS LIVRES CONCEITO: FILIPE FICTÍCIO, TRUPE E TEXTOS: ANA FERREIRA, FILIPE FICTÍCIO, RUI TEIGÃO E SÓNIA OLIVEIRA

Leituras instantâneas. Aqui quebra-se o silêncio de forma dramática. Procuram-se leitores para uma experiência colectiva. Simultânea. De descoberta de um texto. Nesta actividade, o desafio é não apenas a ler o texto, mas ocupá-lo, habitá-lo. Pretendem-se leituras NÃO encenadas, um diferente modo de abordar textos dramáticos. 12 Lugares disponíveis para cada sessão sujeito a inscrição prévia. 30 DE SETEMBRO | 16H | ARCO DA VELHA, 40MIN, M/16

MEDLEY COM: MATTIA DENISSE, SUSANA GAUDÊNCIO COM HÉLIA CORREIA, NUNO NABAIS E ÁLVARO DOMINGUES, VITOR SILVA TAVARES, RUI DE ALMEIDA PAIVA, JOANA BÉRTHOLO E SOFIA GONÇALVES, JOSÉ MARIA VIEIRA MENDES, STEFAN THEMERSON, PAUL VALÉRY, RENÉ DAUMAL.

A Dois Dias edições junta no Festival Silêncio todos os seus autores, vivos e mortos, para uma leitura encenada em torno do catálogo completo da editora. No final, pode ser que se entreveja uma linha editorial.

LANÇAMENTOS EDITORA DOUDA CORRERIA ROSAS AUTOR: DULCE MARIA CARDOSO Lançamento do livro “Rosas”, de Dulce Maria Cardoso. Com capa e ilustrações de Alice Geirinhas, as leituras serão feitas pela autora e pelas actrizes Isabel Abreu e Mónica Calle. 29 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE, 60MIN CANTO NONO, 3a EDIÇÃO AUTOR: NUNO MOURA Lançamento da 3a edição do livro “Canto Nono” de Nuno Moura, com a leitura integral do texto pelo próprio Nuno Moura. 29 DE SETEMBRO | 21H | GIVLOWE, 60MIN CONTEMSPOILERS AUTOR: LUCA ARGEL Lançamento/concerto do livro/cd “Contemspoilers” e “Livro de Reclamações” de Luca Argel, com apoio do Festival Silêncio. Lançados conjuntamente pela Mia Soave, estas duas novas edições (uma em formato-livro, outra em formato-disco) são a materialização de poemas que até então não tinham encontrado o caminho para o suporte físico. 30 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE, 60MIN SENHOR ROUBADO, 2a EDIÇÃO AUTOR: RAQUEL NOBRE GUERRA Lançamento da 2a edição do livro “Senhor Roubado”, de Raquel Nobre Guerra, com leituras pela autora, acompanhada ao clarinete por Ricardo Ribeiro. 30 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE, 60MIN CLORÂNTIDA AUTOR: ROSALINA MARSHALL Lançamento da 2a edição do livro “Clorântida” de Rosalina Marshall, lido e apresentado pela autora. 1 DE OUTUBRO | 19H | GIVLOWE, 60MIN

29 DE SETEMBRO | 19H45 | COSSOUL, 45MIN

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PERFORMANCE

O MUNDO NÃO SE FEZ PARA PENSARMOS NELE | REVISTAS LITERÁRIAS Com coordenação de Luís Carmelo, a terceira edição de "O Mundo Não se Fez Para Pensarmos Nele" é dedicada às Revistas Literárias, em parceria com "Os Poetas do Povo" e a “EC.ON-Escola de Escritas”. As Revistas Literárias de carácter independente sempre foram um barómetro da produção literária nas áreas do ensaio, crítica, ficção e poesia. São um testemunho de uma determinada época, um retrato do pulsar e das tensões sociais e culturais, manifestando ideais, estilos, críticas e opiniões. São também um veículo de correntes estético-literárias, apresentando uma visão analítica da produção nacional e internacional.

ORPHEU (1915)

PRESENÇA

RAQUEL NOBRE GUERRA, LUÍS CARMELO, NUNO MIGUEL GUEDES

ERNESTO RODRIGUES, LUÍS CARMELO, JOSÉ ANJOS

A “Orpheu - Revista Trimestral de Literatura”, publicada em Lisboa em 1915, teve apenas dois números. A sua influência foi duradoura e é hoje referenciada como introdutora em Portugal do movimento modernista.

Fundada por João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca e José Régio, a “Presença - Folha de Arte e Crítica” foi lançada em Coimbra, em 1927. Até ao último número (54), colaboraram vários nomes, entre eles os “presencistas” Adolfo Casais Monteiro, Miguel Torga, Arpad Szenes, Vieira da Silva, Mário Eloy.

30 DE SETEMBRO | 17H | TOKYO, 120MIN

(1927-1940)

29 DE SETEMBRO | 17H | TOKYO, 120MIN

PORTUGAL FUTURISTA (1917)

PIRÂMIDE (1959-1960)

FERNANDO CABRAL MARTINS, LUÍS CARMELO, NUNO MIGUEL GUEDES

A revista “Portugal Futurista” teve apenas um número publicado em Novembro de 1917, tendo sido apreendida na sequência de uma denúncia da "linguagem despejada" do texto "Saltimbancos", de Almada Negreiros. 30 DE SETEMBRO | 19H | TOKYO, 120MIN

ANTÓNIO CÂNDIDO FRANCO, LUÍS CARMELO, JOSÉ ANJOS

A “Pirâmide”, cadernos de publicação não periódica, foi publicada entre 1959 e 1960, num total de 3 números. Revista surrealista e principal órgão do grupo do Café Gelo, a "Pirâmide" foi lançada por Carlos Loures e Máximo Lisboa e contou com notáveis colaboradores, como Antonin Artaud, Herberto Hélder, Luiz Pacheco e Mário Cesariny. 29 DE SETEMBRO | 19H | TOKYO, 120MIN

FICÇÕES (2000-2008) ERNESTO RODRIGUES, LUÍS CARMELO, JOSÉ ANJOS

A revista Ficções, editada pela Tinta Permanente e com 16 números publicados entre 2000 e 2008, tinha por objectivo a divulgação do conto universal e local. Publicava textos clássicos (contos), textos inéditos de autores estrangeiros, encomendava inéditos a autores portugueses consagrados e dava a conhecer inéditos de novos autores. 1 OUTUBRO | 17H | TOKYO, 120MIN

TELHADOS DE VIDRO (2003-) JAIME ROCHA, LUÍS CARMELO

A revista “Telhados de Vidro” foi criada em 2003 pelo poeta Manuel de Freitas e Inês Dias e publicada pela editora Averno. Tem publicado poesia, ensaios e traduções de alguns dos grandes nomes da poesia contemporânea nacional. 1 OUTUBRO | 19H | TOKYO, 120MIN

VÃO DE ESCADA

CANTOS CURTOS

GONÇALO WADINGTON, ORGANIZAÇÃO DE VASCO GATO

Gonçalo Waddington traz-nos as suas leituras do momento ou da vida, dando-as a conhecer em voz própria num pequeno trânsito pelos espaços da Cossoul, numa edição especial que o Vão de Escada traz ao Festival Silêncio.

Cantos curtos são sessões de leitura acompanhadas ao piano. Pequenas histórias, contos deslumbrantes, prosa poética, tudo é permitido. O essencial está no ar, na atmosfera, na forma de narrar, no estilo dos autores e de quem lhes dá voz.

28 DE SETEMBRO | 19H | COSSOUL, 45MIN

29 E 30 DE SETEMBRO | 22H | A VIAGEM, 50MIN

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PERFORMANCE

CONSULTÓRIO POÉTICO-SENTIMENTAL Participativo ESCALEIRAS & ARREMESSOS

O grupo Escaleiras & Arremessos traz-nos ao Silêncio um Consultório Poético-Sentimental onde o público é convocado para exorcizar os seus fantasmas sentimentais. Durante dois dias, instalam-se de armas e bagagens na Pensão Amor, e com o auxílio dos poderes sobrenaturais da poesia vão curar amarrações ou traições amorosas, infidelidades permanentes, amantes desnaturados e outras maleitas sexuais. Certezas do passado, verdades do presente e mistérios do futuro serão aqui desvendados com a certeza de que, com o poder da palavra, não há mal que não tenha cura. “Se a sua vida é um drama, não se deixe entristecer, os seus males venha tratar, não se vai arrepender.” 29 DE SETEMBRO | 18H | PENSÃO AMOR, 180MIN, M/16

Ciclo MGL (ver página 9) O PRINCÍPIO DE ___________ Miguel Bonneville 29 DE SETEMBRO | 19H | RUA DA BOAVISTA, 9 Ciclo MGL / leituras encenadas (ver página 6) LEITURAS: PALAVRA-VOZ-SILÊNCIO EM MARIA GABRIELA LLANSOL Daniela Gonçalves e Emanuel Sousa 30 DE SETEMBRO | 17H30 | RUA DA BOAVISTA, 9 Ciclo Voz / participativo (ver página 15) RECITAL POPULAR II Margarida Mestre 30 DE SETEMBRO | 19H | RUA DA BOAVISTA, 9 Ciclo Voz (ver página 14) WORDCOIN Diogo Cruz 1 DE OUTUBRO | 16H | JERONYMO CAFÉ Ciclo Voz (ver página 14) VOZES DO MUNDO - CANADÁ: LES LECTEURS Sylvie Potvin e Leonor Moncada 29 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM Ciclo Voz (ver página 14) VOZES DO MUNDO - CROÁCIA Silvestar Vrljic e Tomic Bajsić 30 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM Ciclo Voz (ver página 14) VOZES DO MUNDO - IRLANDA Bartholomew Ryan e Amanda Booth 29 DE SETEMBRO | 20H | A VIAGEM

PALESTRA SOBRE O ___________ CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: ANA VILELA DA COSTA

"Para obter o valor de um som, de um movimento, meçam a partir do zero. (Prestem atenção àquilo que é, só pelo que é)." Palestra sobre o ______ é uma performance meta-teatral (e musical) a partir da Lecture on Nothing, de John Cage. Os textos e as palestras de John Cage constituem um instrumento fundamental para a compreensão da sua obra. São também uma notável ferramenta para questionar e abordar questões permanentes da criação artística: estrutura, forma e conteúdo. O inato e o cultural. O aleatório e a construção. 1 DE OUTUBRO | 17H | COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO, 15MIN, M/12

ECOS Peça distinguida com o prémio FATAL 2017

Ciclo Voz (ver página 14) VOZES DO MUNDO - ITÁLIA Paola D’Agostino e Andrea Ragusa 30 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM Ciclo Voz (ver página 15) CONTOS E TROVÕES, REZAS E GALINÁCEOS, TEATRO DO CALAFRIO 30 DE SETEMBRO | 16H | PENSÃO AMOR Ciclo Voz (ver página 14) MARATONA DE POESIA (Vários) 28 DE SETEMBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA Ciclo MGL (ver página 9) ROCHEDO Rita Roberto e Pedro Ferreira 28 DE SETEMBRO | 17H30 | PALCO DA RUA COR-DE-ROSA Ciclo MGL (ver página 9) AMAR UM CÃO Marta Bernardes 1 DE OUTUBRO | 19H | RUA DA BOAVISTA, 9

DIRECÇÃO: HUGO GAMA, CO-CRIAÇÃO E ELENCO: FRANCISCO MARTINS; ILPO LALLI; INÊS SOARES; JOANA GONÇALVES; JOANA MORAIS; JOÃO TAVARES; MAFALDA FALCÃO; MARIA CAROLINA ROSA; MAXMILIAN MARTAU; PATRÍCIA BOTELHO; RITA VALENTIM; LUÍS MARTINS; JOANA BORDALO; TIAGO BARRENTO, PRODUÇÃO: ULTIMACTO

Convite para uma experiência niilista. Senão vejamos: Um lugar imaginário povoado pelas mais extraordinárias figuras. Todas elas carregam consigo uma bagagem, a sua fiel companheira por infindáveis aventuras, algo que se desprende de si mesmas: um livro, um colar, uma máscara, uma história, um passado. Não se sabe de nada. São levadas por um desejo irresistível de se encontrarem a si próprias, ou a uma outra resposta mais além. Um raio atinge-as no peito. Iluminam-se. Saem para o mundo. Modificadas pela experiência singular da qual foram a seta e o alvo. A escuridão instala-se. Os viajantes do tempo regressam a casa. O ciclo completa-se e a peça termina... por hoje. Amanhã veremos. 28 DE SETEMBRO | 21H | RUA DAS GAIVOTAS 6, 100 min, M/12

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PERFORMANCE

PERFORMANCES ABYSMO NO PRECÍPICIO ERA O VERBO Lançamento AUTORES: ANDRÉ GAGO, ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO, CARTOS BARRETTO, JOSÉ ANJOS

Subitamente, a leveza inteira do som na ponta dos dedos que empurram o vento de verão. Dentro da casa de noite, a Lua ergue um caracol como um morcego que paira sobre a cidade respirando os sons da sua melancolia e dos seus amores impossíveis. Até que o corpo cai na sua própria respiração como um poema ouvido em língua estrangeira. Tudo começou com a proposta de juntar quatro autores e os seus ofícios — Carlos Barretto (músico e compositor) António de Castro Caeiro (filósofo e tradutor), André Gago (actor e escritor) e José Anjos (músico e poeta) — com um objectivo: o precipício enquanto exercício de contemplação e linguagem — porque caímos juntos; caímos em pensamento e no pensamento uns dos outros, na celebração da vida e dos afectos. Porque o poema é só a face visível do problema. 30 DE SETEMBRO | 18H30 | MUSICBOX, 45MIN, M/15

TTTA – TOMARA TU TER UMA TIA ASSIM AUTORIA: LUÍS CARMELO, JOÃO PAULO COTRIM E JOÃO MAIO PINTO

Três amigos gostam de poesia, gostam de a saborear em voz alta. Um dos amigos gosta também de a ler com viola eléctrica. Os três amigos gostam da Natália Correia. Os três amigos gostam muito da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica por ela organizada. Os três amigos juntam-se e vão lê-la em voz alta e à viola. 1 DE OUTUBRO | 21H45 | ROTERDÃO, 45MIN, M/16

SLAM LX Poetry Slam

MÁ RAÇA TORNEIO DE POESIA

No princípio foram as imagens de Alex Gozblau, que ilustravam canções que não existiam, a suscitar poemas, de João Paulo Cotrim, que invocaram personagens. Depois o conjunto de «Má Raça» fez-se livro, que tocou Filipe Raposo que resolveu colori-las com sons. 1 DE OUTUBRO | 18H30 | ROTERDÃO, 35MIN, M/15

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O Poetry Slam nos dias de hoje é um movimento dedicado à promoção da poesia, na sua vertente performativa e falada, em que a palavra dita é usada como rastilho para a interacção com o público e o estímulo da criatividade. Pensar a palavra como performance, a poesia como acto de exploração linguística e a sintaxe como instrumento musical, são as ferramentas usadas pelos slammers, para quem a palavra, dita e escrita, é matéria-prima. O Slam Lx, iniciativa que acontece desde a 1ª edição do Festival Silêncio, acontece no bar Jamaica, em três diferentes sessões: um workshop, um torneio com os participantes do workshop e uma final com os vencedores das várias sessões realizadas este ano nos Poetas do Povo. (ver pagina 35)

TORNEIO Torneio de poetry slam em que participam os inscritos no workshop. Oito concorrentes, duas eliminatórias e uma final de onde sairá o vencedor. 30 DE SETEMBRO | 20H | JAMAICA, 90MIN

FINAL LX SLAM Torneio final em que participam os vencedores dos diversos eventos Slam Lx realizados nos Poetas do Povo desde a última edição do Festival Silêncio. Apresentado por Filipe Homem Fonseca, desta final sairá um vencedor a quem será atribuído um prémio surpresa. 1 DE OUTUBRO | 18H | JAMAICA, 90MIN


EXPOSIÇÕES

INSTALAÇÃO PÚBLICA

JARDIM DAS PALAVRAS participativa

CRIAÇÃO E PRODUÇÃO: ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS

Com o apoio da EGEAC, o Jardim das Palavras é uma parceria do Festival Silêncio com a Associação Ensaios e Diálogos e instala-se no Jardim da Praça D. Luís I, para construir um espaço que remete para um mundo lúdico e colorido, onde a festa da palavra se revela num trajecto interactivo de brincadeiras, instalações, jogos e criação. Meio é Mensagem, Caça Palavras em Linha, Mil Poemas ou Falar-Ouvir são apenas algumas das estruturas e instalações que trazem ao jardim a festa da palavra. EM PERMANÊNCIA | JARDIM DOM LUÍS

ILUSTRAÇÃO

TRICICLO: EXPOSIÇÃO DE PRINTS Ilustração / Triciclo A Triciclo é uma editora que publica zines, livros infantis, jogos e tem uma revista homónima. Ao Festival Silêncio traz uma exposição de prints impressos em serigrafia e risografia, uma máquina de impressão japonesa criada em 1986, que imprime a duas cores. EM PERMANÊNCIA | PÁTIO DO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

Exposições (ver página 7) CENAS FULGOR Augusto Joaquim, Duarte Belo, Ilda David, Pedro Proença, Rui Chafes, Teresa Huertas EM PERMANÊNCIA | RUA DA BOAVISTA, 9 Ciclo MGL / colectiva / (ver página 7) RUMOR (Colectivo Humor Líquido ) EM PERMANÊNCIA | RUA DA BOAVISTA, 9

Ciclo MGL (ver página 7) QUANDO A MÚSICA CIRCULA Cátia Sá Pereira EM PERMANÊNCIA | LIVRARIA-BAR MENINA E MOÇA Ciclo Voz (ver página 13) DÁ DEUS VOZES A QUEM NÃO LENTES (OU SIMPLESMENTE X) João Maria Viotti EM PERMANÊNCIA

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EXPOSIÇÕES

INSTALAÇÃO

INSTALAÇÃO

PALAVRAS À JANELA

CONFESSIONÁRIO

participativo

participativo

INSTALAÇÃO COLECTIVA

ARQUIVO DOS DIÁRIOS

O Festival Silêncio voltou a lançar o desafio para pôr o bairro a falar. A comunidade aceitou e, durante os quatro dias de festival, janelas, varandas e varandins do Cais do Sodré apresentam uma instalação que parte da partilha, da vontade e do diálogo entre o bairro e a cidade. Instalações isoladas ou mensagens colectivas que constroem um percurso pelas ideias, pensamentos, gostos e imaginário colectivo do Cais do Sodré.

Confessionário é uma instalação em construção. Em parceria com O Arquivo dos Diários, este é um projecto de arte pública que nos convida a partilhar segredos. Vamos transformar paredes em páginas gigantes de um diário colectivo. Queremos que as memórias pessoais se tornem de todos.

EM PERMANÊNCIA

EM PERMANÊNCIA

ILUSTRAÇÃO

IN VITRO THE LISBON STUDIO

Nesta era do Fake, da alienação mediática, do pós-verdade, da auto bajulação dos selfies, um grupo de ilustradores expressa a sua VOZ nas montras do Largo de São Paulo. Múltiplas vozes, múltiplas cores e traços sobre o tom em uníssono do The Lisbon Studio, um colectivo de ilustradores e autores de banda desenhada, que conta com mais de uma década de existência. EM PERMANÊNCIA

EXPOSIÇÕES

FADA DO LAR fotografia VITORINO CORAGEM

Esta exposição é o resultado de um desafio de criação que o Festival Silêncio apresentou ao fotógrafo Vitorino Coragem e que parte da ideia de uma conversa a duas vozes entre o fotógrafo e a poeta, num diálogo que parte da ideia de silêncio como o espaço da palavra. As palavras escondem-se em todo o lado, assolam-nos mesmo quando não as vemos nem ouvimos. A imagem de um objecto pode despertar a libido, acender o corpo, completar a palavra. Em que espaço se desloca um poeta até ao poema? Que corpo tem entre os seus objectos diários? Vitorino Coragem explora o lado doméstico de Cláudia R. Sampaio e a relação mais íntima e fetichista entre a poeta, o seu apartamento, o corpo e a palavra.

INTERVENÇÕES GRÁFICAS

EM VOZ ALTA JORGE SLVA, JOSÉ TEÓFILO DUARTE, RUI GARRIDO | EDITORA ABYSMO

EM PERMANÊNCIA | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/18

Sendo a Abysmo uma editora em permanente relação com a imagem e que procura esticar ao máximo os limites do livro como objecto concreto, desafiámos três dos designers com quem trabalhamos (Jorge Silva, José Teófilo Duarte, Rui Garrido) a usar o papel para dizer a voz: em cartazes, em mupis, em folhetos.

© Vitorino Coragem

EM PERMANÊNCIA | ROTERDÃO

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AGENDA


SI CARLO

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14

A VIAGEM TRAVESSA DA RIBEIRA NOVA, 30

ÂNGULO RUA DE SÃO PAULO, 79

ARCO DA VELHA RUA DE SÃO PAULO, 184/186

ATARI BABY RUA DE SÃO PAULO, 120-124

BEXI ART & DESIGN RUA DOM LUIS I, N˚ 20 A E B LOJA

BRANCO SOBRE BRANCO SHOWROOM & CONCEPT ATELIER RUA DE SÃO PAULO, 98-102

CAFÉ TATI RUA DA RIBEIRA NOVA, 36

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INDUSTRIAL INSTITUTO TR. DR. DO

JAMAICA RUA NOVA DO CARVALHO, 6

GIVLOWE PRAÇA DE SÃO PAULO, 13-15

GELATO DAVVERO PRAÇA DE SÃO PAULO, 1

FILHO DA MÃE CASA LISBOA, RUA DA BOAVISTA, 10

FARMÁCIA CENTRAL RUA DE SÃO PAULO, 108

COPENHAGEN RUA DE SÃO PAULO, 8-10

COA - CAFÉ DA ORDEM DOS ARQUITETOS RUA DA RIBEIRA NOVA, 50

CASTRO BEER RUA DE SÃO PAULO, 121

O ARÃ DE B CON O G LAR

A MARIA NÃO DEIXA RUA DA BOAVISTA, 28

A DOM AVENID

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RUA DOM LUIS I

AVENIDA 24 DE JULHO

MUSICBOX RUA NOVA DO CARVALHO, 24

MIA VINTAGE PRAÇA DE SÃO PAULO, 8-9

MEZ CAIS PRAÇA DE SÃO PAULO 4 -6

LOUNGE RUA DA MOEDA, 1

LOJA DO MUSEU DO ARROZ (LOJA DA COMPORTA) PRAÇA DE SÃO PAULO, 11

LIVRARIA-BAR MENINA E MOÇA RUA NOVA DO CARVALHO, 40-42

LATITUDE 38 TRAVESSA DO CARVALHO, 33

JARDIM DOM LUÍS PRAÇA DOM LUÍS I

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R. DA B OAVIST A

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JARDIM DOM LUÍS

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CASA-PALAVRA RUA DA BOAVISTA,46, 3˚

PRAÇA DE SÃO PAULO PRAÇA DE SÃO PAULO

PIANO AQUÁRIO RUA DA RIBEIRA NOVA, 14

PENSÃO AMOR RUA DO ALECRIM 19

PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA RUA DAS GAIVOTAS, 8

PALCO DA RUA COR-DE-ROSA RUA NOVA DO CARVALHO

ORIGEM - COZINHA SAUDÁVEL RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL, 7

O BOM, O MAU E O VILÃO RUA DO ALECRIM, 21

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S. P AU LO

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PR AÇ SÃO A PAU LO 31

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CAIS DO SODRÉ

TOKYO RUA NOVA DO CARVALHO, 12 VERSO BRANCO RUA DA BOAVISTA, 132-134

40

COSSOUL - SALA RAÚL SOLNADO AVENIDA DOM CARLOS I, 61, 1˚ANDAR

COSSOUL - BAR AVENIDA DOM CARLOS I, 61, 1˚ANDAR

SABOTAGE RUA DE SÃO PAULO, 16

RUA DAS GAIVOTAS 6 RUA DAS GAIVOTAS, 6

RUA DA BOAVISTA, 9 RUA DA BOAVISTA,9

ROTERDÃO RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30

MERCADO DA RIBEIRA

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R. N OV AD OC ARV ALH O

R. D E

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TR. DA R IBE IRA NO VA

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LOCAIS DE EVENTOS

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CONVERSAS

CONVERSAS DO SILÊNCIO

© Daniel Rego

CURADORIA: MIGUEL SOMSEN

CIDADE NUA: LANÇAMENTO REVISTA N˚4 Lançamento REVISTA CIDADE NUA

Lançamento da Revista nº4 onde participam, entre outros, Hélder Macedo, Luís Carmelo, António Saraiva, Valério Romão, Daniel da Rocha Leite, António Briro Guterres, Cláudia R. Sampaio, André Gago e António de Castro Caeiro. Inauguração da exposição de fotografias (Vitorino Coragem) e ilustrações (Francesco Cortez Pinto) publicadas nas revistas. 28 DE SETEMBRO | 22H | A VIAGEM, 90MIN

Este ano, as Conversas do Silêncio vão fazer barulho e vão trabalhar o barulho que nos rodeia. Como? Interpretando de forma imediata e espontânea os acontecimentos que se irão realizar na cidade nessa semana. A nossa proposta de Conversas do Silêncio pretende portanto reagir ao momento em que a actualidade for, digamos, actual. Vamos tentar interpretar o ruído no momento em que o som emitido começa a incomodar e a dividir as opiniões. Porque essa é a única forma de garantirmos que a discussão continua a ser de domínio público e chegado ao coração. Para Conversas do Silêncio propomos três conversas públicas e provocadoras em que o anfitrião Miguel Somsen convida dois intervenientes para falar sobre esta pornografia da palavra e da opinião que tanto polariza o país. As nossas conversas serão assim determinadas por várias actualidades. Uma delas, a nova edição da Moda Lisboa, Luz, que se inicia no dia 5 de Outubro no Pavilhão Carlos Lopes e que, apesar de já ter 25 anos de vida, continua a dividir os lisboetas e a criar opinião. Depois, o derby Sporting x FC Porto que vai ser jogado nesse fim-de-semana e que, naturalmente, irá concentrar muitas das atenções e convocar os habituais opinion makers de bancada. Finalmente as Eleições Autárquicas a realizar no país a 1 de Outubro e que poderão determinar um corte radical ou evolução da continuidade na forma como olhamos para o turismo em Lisboa. Quem não tem uma opinião sobre o assunto? Quando dizemos pública isso significa que também queremos derrubar a quinta parede que tantas vezes divide estes debates, convocando assim a palavra do público que queira participar na conversa connosco. Porque nem sempre o contrário de silêncio é ruído.

CONVERSAS DO SILÊNCIO: LISBOA ESTÁ NA MODA. E A MODA ESTÁ EM LISBOA? 29 DE SETEMBRO | 20H | LOUNGE, 60MIN

© Francesco Cortez Pinto

CONVERSAS DO SILÊNCIO: FUTEBOL SÃO OS GRANDES. MAS O RESTO É CARNE PARA CANHÃO? 30 DE SETEMBRO | 20H | LOUNGE, 60MIN CONVERSAS DO SILÊNCIO: LISBOA HOJE. TURISMO É IGUAL A TERRORISMO? 1 DE OUTUBRO | 20H | LOUNGE, 60MIN

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CONVERSAS

CONVERSA

APRESENTAÇÃO

CONVERSA CIDADE NUA: A CULTURA DAS CIDADES

DE BOCA EM BOCA ANEXO / ARQUIVO 237

A partir de uma colaboração com o Festival Silêncio, o Anexo criou uma atividade para o público sobre a memória e os ofícios do Cais do Sodré. Assim, surgiu o projeto De Boca em Boca. Será lançada uma publicação que reúne essas histórias e ilustrações das mesmas. Contadores de histórias e ilustradores serão convidados a conversar sobre as histórias e memórias recolhidas no Cais do Sodré.

COM: ANTÓNIO SARAIVA, ANTÓNIO BRITO GUTERRES E ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO, ORG. REVISTA CIDADE NUA

As cidades enquanto ‘organismos vivos’ crescem, ampliam-se, modificam-se, estando sujeitas em diferentes níveis à erosão provocada pela passagem do tempo. Cada cidade assume-se como uma importante matéria de estudo para a compreensão da própria história da humanidade. Esta conversa aborda questões de ordem sociológica, geográfica, urbanística, artística e filosófica, introduzindo também ao tema uma possível definição do “ADN” de Lisboa, esse código genético que também revela a identidade das comunidades que habitam a cidade e que nos permite penetrar num espaço, a que podemos designar cultura das cidades.

30 DE SETEMBRO | 15H30 | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO

CONFERÊNCIA

1 DE OUTUBRO | 15H | A VIAGEM, 90MIN

REALISMO MÁGICO?

© Francesco Cortez Pinto

COM: ROSA AZEVEDO, EDITORA: SNOB

LANÇAMENTO

MORRER NA AMÉRICA AUTOR: PEDRO NEVES MARQUES, EDITORA: ABYSMO

Tendo por mote «Tecnologia e pobreza numa paisagem artificial» no livro Morrer na América, reúnem-se cinco histórias escritas por Pedro Neves Marques, entre 2013 e 2016. "Cheguei à América na semana em que a cidade de Nova Iorque foi atingida pelo furacão Sandy. a chuva fustigava a fachada das Nações Unidas e, com o frio, congelava como uma segunda pele sobre os vidros. nas ruas, os movimentos sociais estavam em depressão; os ativistas endividados, sem seguro de saúde, sem segurança social. no interior do país, o movimento libertário prometia uma insurreição, armas eram impressas em plástico transgénico e os ambientalistas eram criminalizados e perseguidos. Para lá dos milharais, mais a sul, no Golfo do México, um mar de petróleo exibia as mutações das espécies, a humana incluída." 29 DE SETEMBRO | 18H30 | ROTERDÃO, 40MIN, M/15

LANÇAMENTO

COLECÇÃO “MÃO DITA” AUTOR: VÁRIOS, EDITORA: ABYSMO

"Mão Dita" é uma nova colecção de poesia que procura registar e estimular não apenas o que de novo se vai escrevendo, mas também recuperando algumas das vozes mais ou menos esquecidas, mais ou menos ignoradas. Nenhum tema ou estilo lhe será alheio. 28 DE SETEMBRO | 18H30 | ROTERDÃO, 60MIN, M/15

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O realismo mágico nasceu na América de língua espanhola. Disseminou-se como a terra que era a raiz daqueles poetas, alimento e textura da literatura hispano-americana. Depois veio a Europa, o Ocidente, as traduções, o reconhecimento de que é uma das mais fortes e originais literaturas do mundo. No entanto, ficou sempre uma marca única e que a distingue de qualquer outra geografia, uma marca que alia a magia à identidade. Nesta conferência damos os primeiros passos pelo sul da América e visitamos alguns dos seus autores. 1 DE OUTUBRO | 17H30 | COSSOUL - BAR, 60MIN, M/5

LANÇAMENTOS MARIPOZA AZUAL ANA HATHERLY:ANAGRAMA Apresentação: Fernando Aguiar e Manuel Portela, Leituras: António Poppe 29 DE SETEMBRO | 18H | CAFÉ TATI SEBASTIÃO Autor: Rosalina Marshal, Leituras: Rosalina Marshal 30 DE SETEMBRO | 18H | CAFÉ TATI PEQUENA EUROPA Autor: Mafalda Ivo Cruz, Apresentação: Helena Vieira, Leituras: Marta Bernardes 30 DE SETEMBRO | 18H30 | CAFÉ TATI

APRESENTAÇÃO "AGUARRÁS" AUTOR: DANIEL DA ROCHA LEITE

Uma experiência de múltiplos significados. Camadas que se desdobram em mais camadas e sentidos. Eis o que, dentre tantos outros atributos, pode-se dizer deste livro. Linguagem insensata. Insubmissa. Palavra que não se dobra à domesticação. 29 DE SETEMBRO | 17H30 | A VIAGEM, 30MIN


CONVERSAS

LANÇAMENTO DE “PLANTAS HUMANAS”

LANÇAMENTO DE “TEATRO VERTICAL”

AUTOR: RITA NATÁLIO, EDITORA: NÃO EDIÇÕES

AUTOR: MANUEL ALBERTO VIEIRA, EDITORA: SNOB

“Teatro Vertical” foi escrito por Manuel Alberto Vieira e tem ilustrações de Sebastião Peixoto. É um livro de contos que usam da palavra exacta para contar histórias que nunca terminam, com personagens ambíguas e sem fim, num ambiente que só pode ter lugar na mente de cada leitor. Um livro secreto, discreto e poderoso. O lançamento conta com a presença do autor e do ilustrador. Conta também com uma exposição das ilustrações presentes no livro.

"Escrevi PLANTAS HUMANAS sabendo que os livros são "peles de imagens tirados de árvores mortas", como diria o xamã Yanomami David Kopenawa. Toda a escrita comporta uma tortura vegetal. Neste livro, parti de uma experiência escrita sobre uma possível inteligência distribuída entre os seres sobre estes factos: escrever com as plantas e não para as plantas sobre crise climática, ecocídio, estética ambiental e a alteração de formas de representação e convocação da natureza na poesia." – Rita Natálio “Plantas Humanas”, de Rita Natálio, é o #8 da colecção Mutatis-mutandis da não edições e é lançado no Festival Silêncio, com a presença da autora, do artista Mattia Denisse (desenhos e capa) e do editor, João Concha.

30 DE SETEMBRO | 18H45 | COSSOUL - BAR, 45MIN, M/16

29 DE SETEMBRO | 18H30 | COSSOUL - BAR, 60MIN

145 POEMAS Pré-lançamento AUTOR: KONSTANTINOS KAVÁFIS, EDITORA: FLOP

© Mattia Denisse

A Flop vem ao Festival Silêncio anunciar a segunda edição do seu catálogo: “145 Poemas”, de Konstantínos Kaváfis, uma edição bilingue com tradução, apresentação e notas de Manuel Resende. E fá-lo em dois momentos. Num primeiro momento, Manuel Resende estará à conversa com o encenador Jorge Silva Melo a propósito de Kaváfis, do trabalho de tradução a partir do grego e do imaginário poético do autor. Num segundo momento, o livro anuncia-se pelo actor José Luís Costa, através de uma leitura encenada de alguns dos 145 poemas de Kaváfis. E porque o livro ainda não existe fisicamente, será distribuído um micro-livro, que a Flop preparou de forma artesanal, apenas com um poema do autor.

LANÇAMENTOS a tua mãe* SOFT SPLIT, AUTOR: SZILVIA MOLNAR DO QUE SE CONCLUI QUE, AUTOR: MARTA NAVARRO

A tua mãe* traz ao Festival Silêncio dois lançamentos: do livro fictício de Szilvia Molnar, “Soft Split”, que conta com a presença da tradutora e editora Joana Neves, mas que só existirá depois de ser lançado; e o lançamento de “Do Que Se Conclui Que” de Marta Navarro, um lançamento vídeo, em forma de booktrailler. 29 DE SETEMBRO | 20H45 | COSSOUL, 60MIN, M/6

APRESENTAÇÃO E LEITURA DE POETAS IRLANDESES E NORTE-AMERICANOS EDITORA: ARTEFACTO

Apresentação e leitura de poetas irlandeses e norte-americanos, por Sara M. Felício e Paulo Tavares, a partir dos livros “Estradas Secundárias: doze poetas irlandeses” (tradução, organização e prefácio de Hugo Pinto Santos) e “Uma fonte no quintal”, de Eric Weinstein, Jeremy Schmall, Katherine Larson, Stephen Motika e Tracy K. Smith (tradução de Hugo Pinto Santos, Ricardo Marques e Sara M. Felício), ambos publicados pela editora Artefacto. 28 DE SETEMBRO | 21H | COSSOUL, 40MIN

30 DE SETEMBRO | 21H15 | COSSOUL - BAR, 120MIN

Ciclo Voz / Conferências do Silêncio (ver página 11) A VOZ DA HISTÓRIA Rui Tavares e Nicolau Santos 29 DE SETEMBRO | 18H | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO Ciclo Voz / Conferências do Silêncio/ Vozes do Sul (ver página 12) VOZES DO SUL: POLÍTICAS DE INIMIZADE Achille Mbembe, moderador: Mamadou Ba 30 DE SETEMBRO | 18H | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO Ciclo Voz / Conferências do Silêncio/ Vozes do Sul (ver página 12) VOZES DO SUL: LUGAR DE FALA Jota Mombaça, Rita Natálio e Paula Meneses 1 DE OUTUBRO | 18H | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO Ciclo MGL (ver página 6) PALAVRA-VOZ-SILÊNCIO EM MARIA GABRIELA LLANSOL João Barrento, Maria Etelvina Santos, Cristiana Vasconcelos Rodrigues 30 DE SETEMBRO | 16H | RUA DA BOAVISTA, 9 Ciclo MGL (ver página 8) APRESENTAÇÃO DA COLECÇÃO "RIO DE ESCRITA" Helena Vieira, João Barrento e Maria Etelvina Santos 28 DE SETEMBRO | 20H | RUA DA BOAVISTA, 9

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RÁDIO SILÊNCIO 99.0 FM

RÁDIO SILÊNCIO DE 28.09 A 01.10

99.0 EM

uma

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rádio

que

não

é

um

festival


CINEMA

POETRY FILM

ISTO NÃO É UM FILME. É UM POEMA

"Isto Não É Um Filme. É Um Poema" é um ciclo de Poetry Film organizado por Alexandre Braga e pelo Festival Silêncio desde 2015 que inclui uma secção de competição nacional e internacional. Os filmes em competição são uma manifestação de linguagem poética audiovisual, que utiliza a narrativa cinematográfica para se afirmar como mensagem. Este ciclo de Poetry Film é o resultado natural de um trabalho iniciado em 2011, com a criação do Filmagens, o primeiro concurso Internacional de Poetry Film realizado em Portugal. SESSÕES: 30MIN, M/16

MOSTRA NACIONAL 1

MOSTRA INTERNACIONAL 1

MOSTRA INTERNACIONAL 3

MOSTRA INTERNACIONAL 4

29 DE SETEMBRO | 19H |

29 DE SETEMBRO | 20H |

30 DE SETEMBRO | 20H |

30 DE SETEMBRO | 20H30 |

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

Zootrópico, André Torres | Portugal | 14’18”

And the Poster Reads: ACTIVE SHOOTER EVENT, Cheryl Gross | EUA | 6’45”

Variations, Martin Kleín | Uruguai | 6’40”

Four Years from Now, Walking With My Daughter, Stevie Ronnie | Inglaterra | 1’29”

A Ideia Geral da Revolução, Paulo Lima | Portugal | 2’ Cigarettes, Bruna Carvalho | Portugal | 3’43” With Luggage, Paulo Martinho | Portugal | 2’31” O Flanela Avulso, Ricardo Andrade | Portugal | 1’13” Running Man, Pedro Nunes | Portugal | 5’07”

Two Story Train, Martha Collought | EUA | 1’45” Kaspar Hauser Song, Susanne Wiegner | Alemanha | 3’15” Something Sharp, Hanna Ojala | Finlândia | 1’23” Smart User, Kuesti Fraun | Alemanha | 45” Seventh Window, Shuhei Hatano | Japão | 1’48” Unshot, Caroline Rumley | EUA | 1’45” It Hurts, Cindy St Onge | EUA | 2’24” It hurts so much to have a good memory, Britanny Spencer | Chile | 2’10”

Words, James Pomeroy | Canadá | 2’16” “Words” é uma materialização gráfica do texto que é o poema “Words”.

Fucking Him, C.O. Moed e Adrian Garcia Gomez | Israel | 1’ 42”

The Afternoon, Charles Olsen | Espanha | 1’

No poema dela, Virna Teixeira | Inglaterra | 50”

Water, Diana Taylor | Inglaterra | 2’20

Cultural Flotsam, Valerie LeBlanc | Canadá | 1’59”

Spree, Martin Kelly e Ian McBryde | Austrália | 1’34”

Nocturne I, Nicolás Grande | Argentina | 1’59”

Qué Palabra, Eduardo Yagüe | Suécia | 1’34”

Playground, Amber Agha | Inglaterra | 1’11

Vaccine, Kate Sween | Inglaterra | 3’49”

Rain Frog Promise, Meriel Lland | Inglaterra | 3’39”

Never Nowhere, Mathilde Veyrunes | França | 8’

From Arctica, Alaistar Cook e Stevie Ronnie | Inglaterra | 2’52”

Work/Flow, Elena Nox | Japão | 1’52”

Adondar a Língua, Celia Parra | Espanha | 2’34”

Transluciferação, Galvanda Galvão | Brasil | 3’46”

Mining the Mother Lode, H. Paula Moon | EUA | 8’21”

Anatomy, Marie Craven | Austrália | 1’52” Mostra Nacional 1 -With Luggage

UMA CONVERSA COM MANUEL VILARINHO -

MOSTRA NACIONAL 2

MOSTRA INTERNACIONAL 2

30 DE SETEMBRO | 19H |

29 DE SETEMBRO | 20H30 |

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

Stage, Marta Tavares | Portugal | 10’15”

Ufunet, Naz Önen | Turquia | 5’44”

25.min, João Meirinhos | Portugal | 4’15”

No One’s Dog, Santiago Parres | Espanha | 4’14”

Dia, Rita Quelhas | Portugal | 5’38”

Standard Time, Lena Reinhold | Alemanha | 3’

A Montanha, Pedro Caldeira | Portugal | 2’42”

The Eternal Footman, Jack Cochran e Palmela Falkenberg | EUA | 54”

Estamos a afogar-nos e ninguém vê, Vírginia Barbosa | Portugal | 1’46”

White, Riccardo Rizzo | Itália | 6’40”

ISTO NÃO É UM FILME. É UM POEMA –

/\, Teresa Nunes | Portugal | 3’05”

You Won’t Come Back, Hernán Talavera | Espanha | 3’30”

COMPETIÇÃO FINAL

Já Vais, Delfina Marques | Portugal | 5’03”

West of Dalabrog, Susannah Ramsay | Escócia | 3’31”

1 DE OUTUBRO | 20H30 | COSSOUL,

Oracle of a found shoe, Anzhela Bogachenko | Ucrânia | 1’50”

Mostra Internacional 1 - Unshot

RETROSPECTIVA COMENTADA Curadoria: Alexandre Braga Retrospectiva da obra de Manuel Vilarinho comentada por Alexandre Braga. 1 DE OUTUBRO | 19H | COSSOUL, Mostra Internacional 2 - Oracle of a found shoe

SALA RAÚL SOLNADO, 60MIN, M/16

SALA RAÚL SOLNADO, 40MIN, M/16 Mostra Internacional 4 -Fucking Him

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CINEMA

RUÍNAS, MANUEL MOZOS

CICLO FILMIN

2009 | PORTUGAL | 60’

Palavras que não trazem significados, imagens que falam sem abrir a boca é o ponto de partida para este ciclo de cinema que o Festival Silêncio apresenta em parceria com o Filmin Portugal, que se associou ao festival para trabalhar numa selecção de filmes que exploram dentro do cinema a desconexão entre imagem e som e a sua própria independência como elementos comunicativos.

Ruínas, de Manuel Mozos, uma ideia poética, sobre o que foi e e ainda é parte da história do nosso país. Fragmentos de espaços abandonados, lugares esquecidos, obsoletos, inóspitos, vazios. Memórias de nós todos. 30 DE SETEMBRO | 19H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/14

CURTAS EM SILÊNCIO Quatro Curtas-Metragens do Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde, que reflectem através de diferentes abordagens os conceitos de silêncio e de ausência de palavra.

EXODUS Nicolas Provost 17' STROKKUR João Salaviza 7' UNDISCLOSED RECIPIENTS Sandro Aguilar 25'

1 DE OUTUBRO | 20H |

NOITE SEM DISTÂNCIA -

O BOM, O MAU E O VILÃO, 72MIN, M/14

Lois Patiño 24'

L’ECLISSE, MICHELANGELO ANTONIONI 1962 | ITÁLIA | 121’

Após terminar um relacionamento frustrado com o seu namorado, Vittoria vai visitar a sua mãe à Bolsa de Valores e conhece Piero, um jovem vivaz, mas fútil e materialista. Os dois começam um relacionamento fadado ao fracasso. Antonioni consegue usar a arquitectura da cidade para expressar o vazio existente entre as personagens. 29 DE SETEMBRO | 19H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/14

A TRIBO, JÖRG IHLE 2014 | UCRÂNIA | 126’

Num colégio interno para surdos-mudos há toda uma hierarquia de crime e corrupção, com roubo e prostituição à mistura, a que o jovem Sergey (Grigoriy Fesenko) é exposto quando chega e no qual tenta encontrar o seu lugar. Através de diálogos gestuais, esta curta usa o som e a imagem para nos contar uma história no mínimo, diferente. 28 DE SETEMBRO | 19H30 | O BOM, O MAU E O VILÃO, M/14

Ciclo Voz (ver página 13) DOCUMENTOS: INDEPENDÊNCIA MÁRIO BASTOS (2015 | ANGOLA | 150’/ Documentário) 29 DE SETEMBRO | 18H | O BOM, O MAU E O VILÃO

Ciclo Voz (ver página 14) DOCUMENTOS: THE DESTRUCTION OF MEMORY TIM SLADE (2016) | UK | DUR. 81' 1 DE OUTUBRO | 18H | O BOM, O MAU E O VILÃO

Ciclo MGL (ver página 8) ESCOLHAS DE LLANSOL: A FESTA DE BABETTE GABRIEL AXEL (1987| FRANÇA | DINAMARCA | 102’) 1 DE OUTUBRO| 21H | RUA DA BOAVISTA, 9

Ciclo Voz (ver página 13) DOCUMENTOS: HUMAN YANN ARTHUS-BERTRAND (2015 | FRANÇA | 191’/ Documentário) 30 DE SETEMBRO | 18H | O BOM, O MAU E O VILÃO

Ciclo MGL (ver página 8) SOBRE LLANSOL - AO LUGAR DE HERBAIS DANIEL RIBEIRO 29 DE SETEMBRO | 18H30 | RUA DA BOAVISTA, 9

Ciclo MGL / Participativo (ver página 8) FILMAR PARA CONHECER – APRESENTAÇÃO FILHOS DE LUMIÈRE 1 DE OUTUBRO| 18H30 | RUA DA BOAVISTA, 9

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MÚSICA

OS VELHOS TAMBÉM QUEREM VIVER PEDRO LUCAS, CARLÃO, CARLOS GUERREIRO, CARLOS BARRETO E GOSPEL SISTERS (SELMA UAMUSSE, MANUELA OLIVEIRA E JOANA ALEGRE)

Os velhos também querem viver, também se sentem nesse direito. Os velhos, os novos, aqueles de meia-idade, os emigrantes, os locais, os pobres, os ricos, os de classe média. Os pretos, os ciganos, os brancos, os inválidos, os de baixa, os sãos, os mais ou menos sãos, os que partiram uma perna ontem, os empreendedores, os trabalhadores, os imigrantes, os yuppies, os hippies e os hipsters. Os comunistas, os neo-liberais, os sociais-democratas, os religiosos, os pouco crentes, os vazios, os cheios de fé, os com fome de tudo e os que não andam à procuram de nada. Todos se sentem no direito de viver, quiçá até do impropério de procurar uma certa felicidade. Numa terra de encontros haverá também muitos embates, bastantes choques. A globalização permitiu-nos chegar mais perto do “outro”, de o encontrar, de o ver, de o cheirar melhor, mas trouxe-nos também uma nova geografia de clivagens sociais que ainda andamos todos a tentar perceber. Como é que vivemos todos neste espaço? “Os Velhos Também Querem Viver” é um concerto criado a partir do livro homónimo de Gonçalo M. Tavares e do texto original da tragédia “Alceste” de Eurípedes, em que o livro do escritor português se baseia. Um pai que se recusa a dar a vida pelo filho que por sua vez terá de ver a própria mulher a fazer esse sacrifício por ele. O velho sente-se ainda no direito de viver e o novo vai acusá-lo de egoísmo infértil: todos querem viver. O espectáculo contará com direcção musical de Pedro Lucas, em guitarra eléctrica também, composição coral de Rui Souza, e a participação de Carlos Nobre (Carlão) e Carlos Guerreiro na voz, de um côro de luxo com as vozes de Selma Uamusse, Manuela Oliveira e Joana Alegre (Gospel Sisters) e com o contrabaixista Carlos Barretto. 28 DE SETEMBRO | 21H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

CONJUNTO CONTRATEMPO

ERMO Lançamento “Lo-Fi Moda” Ermo tocam pela primeira vez em Lisboa o disco “Lo-Fi Moda” (2017), registo que corre sérios riscos de estar lá no topo do top do ano. Os tempos de intervenção envoltos de self-made-pop que marcaram o disco de estreia estão menos presentes neste Lo FI Moda que ao mesmo tempo ganha mais espaço para explorar outras electrónicas derivadoras do dubstep. A lírica está também mais apurada, pois como todos sabemos as pizzas sabem sempre melhor no dia seguinte. 29 DE SETEMBRO | 22H30 | MUSICBOX, 60MIN, M/16

A última vez que partilharam o mesmo palco foi em 1994, na Suiça. 2017 é o ano do regresso do Conjunto Contratempo, grande impulsionador do FunaCola, estilo musical que funde Funaná com Coladeira. Voltam agora a Lisboa, cidade que os viu surgir nos anos 80, com recordações dos bailes aos domingos, num saudoso tempo em que tocavam em farras que duravam em média 5h. No Festival Silêncio, e com um limite mais apertado de tempo, prometem reviver esses bailes. Da formação original, Zé Lino é a voz principal e viola ritmo, Pascoal no baixo, Manelinho nas teclas e Zé Rui aka Zé di Pitéu na guitarra solo. Mas agora conte-se com a estreia na bateria de Vitor Semedo do conjunto Mistiçu. 30 DE SETEMBRO | 19H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

COLO ANA DEUS, CONCERTO DOUDA CORRERIA/MIASOAVE

A Editora Douda Correria/Mia Soave traz ao Festival Silêncio o concerto de Ana Deus, Colo. Colo é um solo. A voz sobre imagens e sons de vídeo. Entre a brincadeira e o choro. Quando não há mais ninguém, mas ainda assim há muitos restos. 29 DE SETEMBRO | 23H | GIVLOWE, 60MIN

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MÚSICA

LUCA ARGEL

OS BAMBI

Conjugando o repertório de seu último disco, "Bandeira", com os poemas-canções de "Livro de Reclamações", que acaba de ser editado em CD, o concerto de Luca Argel procura o equilíbrio entre a aspereza de sua palavra escrita e a doçura da palavra cantada. Sobe ao palco acompanhado da guitarra, numa actuação onde prevalece a atmosfera do samba, seu género musical de eleição, e tudo o que este possui de simplicidade na comunicação, e sofisticação nas ideias.

CONCERTO DOUDA CORRERIA/MIA SOAVE

PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

© Joana lima Rocha

30 DE SETEMBRO | 17H |

Semi canto-vivo e dum-dum ogival. Ou canto-vivo: tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais nítida. Muito usado em palco e prático por provocar menor número de "engasgos" com a parábola. Ponta oca, capaz de aumentar de diâmetro ao atingir um alvo humano (expansivo) em acto de adoração. Os Bambi dão voz musicada aos textos de Nuno Moura, acompanhado por Pedro Serpa no saxofone e José Luís Costas nos cordofones. 30 DE SETEMBRO | 23H | GIVLOWE, 60MIN

BATE PAPO: CACHUPA PSICADÉLICA E TOMÁS WALLENSTEIN Para bom entendedor meia palavra basta, mas aqui é preciso uma canção inteira para se fazer ouvir. Tal como noutras edições, O Festival Silêncio junta dois artistas em palco para bater um papo como se estivessem numa conversa de café. Palavra puxa palavra, conversa puxa conversa e é despreocupadamente que o diálogo musical vai surgindo à nossa frente - só não queremos respostas curtas. Este ano, há um tête-à-tête, que não é mais que música para os nossos ouvidos. Tomás Wallenstein e Cachupa Psicadélica afinam palavras e guitarras para um despique à moda antiga. No Palco Jardim não haverá barreiras para géneros, músicas, idiomas ou vontade, ficando a cargo do coração a resposta-canção que lhes parecer mais adequada.

NERVE NERVE é Tiago Gonçalves, rapper e produtor, tendo iniciado o seu percurso editorial aos 18 anos. Depois do seu álbum de estreia “Eu Não das Palavras Troco a Ordem” (2008), regressou em 2014 com “Palha, Paus e Pérolas 2005-2012". Desde então tem marcado presença nas listas de melhores do ano de hip hop, lançando novos trabalhos a cada dois anos. 29 DE SETEMBRO | 19H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

1 DE OUTUBRO | 19H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

JOANA GUERRA CONCERTO DOUDA CORRERIA/MIA SOAVE

Saber cuidar e tratar é uma arte e o valor terapêutico é popularmente reconhecido. Num mini-concerto de piano solo, tocado num dos únicos pianos-aquários do país, Pedro Azevedo junta nomes como Rachmaninov e Chopin.

Joana Guerra é uma cantautora violoncelista cuja música balança entre a canção e a experimentação acústica. Ao segundo disco, o encantamento trazido pelo trabalho de estreia renova-se. “Cavalos Vapor” (2016) forma uma narrativa entre o galopante e as lamúrias de cordas a rasgar. Descrita por A. M. Silva como uma "compositora com um ADN único", as composições de Joana Guerra aproximam-se do onírico, cruzando o clássico com a vanguarda.

29 DE SETEMBRO | 19H30 | PIANO AQUÁRIO, 35MIN

1 DE OUTUBRO | 21H | GIVLOWE, 60MIN

NO MEIO DA MEDICINA E DA MÚSICA PEDRO AZEVEDO

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MÚSICA

CONJUNTO CORONA

LAVOISIER

Conjunto Corona é a maturação non-sense de dois artistas sem limites: dB e Logos, duas distintas personagens do Hip-hop nacional que uniram ideias em comum. Depois de dois álbuns editados em 2014 e 2015 (“Lo-Fi Hipster Sheat” e “Lo-Fi Hipster Trip”, respectivamente), o Conjunto Corona está de volta com o seu terceiro disco em 3 anos: “Cimo de Vila Velvet Cantina” (2016), um álbum híbrido que navega entre os universos do hip-hop e do rock psicadélico. Ao Festival Silêncio trazem este novo capítulo da habitual narrativa musical com lugar na tão portuense Rua de Cimo de Vila, reconhecida pelos seus distintos clubes nocturnos de diversão.

Lançamento “É TEU” Não há um par tão criativo que desenhe diálogos líricos com a mesma mestria. Uma beleza que percorre os coros e a palavra. Patrícia Relvas e Roberto Afonso juntos formam o Lavoisier. Ao Festival Silêncio vêm apresentar o seu primeiro disco de originais: “É TEU”, um trabalho que conta estórias através de melodias, actos e pensamentos comuns, com letras e composição criadas da química transformada que é só deles. Por lá encontramos poetas mortos, desconhecidos vários, carnes inalcançáveis e a energia de um objecto com vida própria. Os timbres entrelaçam-se como a paixão que põem na verdade da sua música. Se por um lado o dedilhar da guitarra nos transporta para as ruas da tradição da música popular, pelo outro, a dimensão sónica que criam os vários espaços de toda a atmosfera do disco, levam-nos para um universo único da música portuguesa. O single “Opinião” é a primeira entrada neste universo. 30 DE SETEMBRO | 22H30 | MUSICBOX, 60MIN, M/16

© Renato Santos

© Francisco Lobo

29 DE SETEMBRO | 21H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS

DUQUESA Duquesa é um jovem feito homem, dos melhores escritores de música pop do pedaço português. “Norte Litoral” (provavelmente disco do ano) nasce em Barcelos e vem desaguar ao Festival Silêncio carregado com as referências actuais de Mac deMarco, Destroyer ou Ariel Pink mas nunca esquecendo que Dire Straits, Dream Syndicate ou Sting nos deram - lá no tempo passado e nos fizeram tão felizes. 1 DE OUTUBRO | 17H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS

BRUNO PERNADAS © Miguel Refresco

Pernadas é tão imprevisível quanto a sua música. Um caos organizado de géneros que seguem à boleia de um dos compositores mais prolíferos da dita música moderna. Só em 2016 lançou “Worst summer ever” e “Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them”, sempre com o selo da muito recomendável Pataca Discos. As referências à multicuturalidade alfacinha estão bem presentes mas é também fácil esticar a corda ao Krautrock, Lounge Oriental e demais exotismo pouco acessíveis na internet.

ÁGUA E SAL: CAPICUA

30 DE SETEMBRO | 21H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

© André Guiomar

E PEDRO GERALDES Concerto de Água e Sal é um espetáculo original de palavra dita com textos de vários autores, selecionados e adaptados por Capicua para declamar com composição de Pedro Geraldes. Centrado na presença da água no quotidiano e no modo como as suas diferentes dimensões (mar, rio, chuva, névoa, etc.) influenciam a nossa vida individual e os espaços coletivos, Água e Sal é o concerto a ser apresentado no Palco Jardim do Festival Silêncio, com uma base musical eletrónica, com guitarras tocadas ao vivo. 1 DE OUTUBRO | 21H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS, 60MIN

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MÚSICA

GUI CALEGARI

MONDAY

E A BANDA DE MONSTROS E OUTROS BICHOS

Monday é o nome do novo projeto liderado por Cat Falcão, metade do duo Golden Slumbers. «Yo-yo», o primeiro tema de avanço, bem como o resto daquilo que será o disco de estreia deste projecto, cuja data de lançamento está previsto para o início de 2018, foi produzido por António Vasconcelos Dias (Benjamim, Julie and the Carjackers, TAPE JUNk) e gravado no estúdio Vale de Lobos. A banda que acompanha a Cat é composta por António Vasconcelos Dias na guitarra, Nuno Simões no baixo, Sérgio Nascimento na bateria e Zé Guilherme Vasconcelos Dias nas teclas.

Infantil

"História do Menino que Virou Bicho" é um concerto-história rock ‘n’ roll com canções de grandes feras ou pequenas criaturas, que vivem no CD “Histórias de monstros e outros bichos” (2016). Medo de monstro? Talvez isso possa ser uma grande invenção ou brincadeira de alguém. E por falar nisso, vamos brincar e mandar os medos embora? Um espectáculo interactivo repleto de teatralidade, por Gui Calegari e Banda de Monstros e Outros Bichos.

29 DE SETEMBRO | 23H25 | SABOTAGE, 45MIN, M/16

A SHOT IN THE DARK: BOWIE, SMITH & COHEN Numa parceria com o Festival Silêncio o clube Roterdão apresenta um ciclo dedicado à obra de três dos maiores vultos da música pop do séc XX. Três Dj set's que irão abordar o legado destes artistas mas também todo o universo musical do seu tempo. Três noites para dançar no Silêncio.

1 DE OUTUBRO | 17H30 | MUSICBOX, 45MIN, M/4

SESSÕES: THE MAN WHO SOLD THE WORLD (DAVID BOWIE), ROTERDÃO / 28 SET, 23H REFLECTIONS FOR THE FUTURE (PATTI SMITH), ROTERDÃO / 29 SET, 23H SONGS OF LOVE AND HATE (LEONARD COHEN), ROTERDÃO / 30 SET, 23H

© Thaneressa Lima

UMA SAÍDA À NOITE COM OS DUROS

BICHO DE 7 CABEÇAS

Uma saída à noite com os duros - a edição portuguesa “A Night Out With the Hard Ones” é o nome de uma festa dedicada a todas as derivações do disco sound, conduzida pelos anfitriões Trol2000 e Mário Valente. Para esta edição especial integrada no Festival Silêncio, vão construir uma banda sonora centrada no boogie, italo, pop, funk e disco cantado em português. 30 DE SETEMBRO | 23H | LOUNGE, M/18

GONÇALO PRAZERES (SAXOFONE E COMPOSIÇÃO), GONÇALO MARQUES (TROMPETE), HUGO ANTUNES (CONTRABAIXO), JOÃO LENCASTRE (BATERIA)

FADISTAS DO POVO

Este quarteto, liderado pelo saxofonista e compositor Gonçalo Prazeres, assenta num caminho artístico arriscado, que costuma complicar o que é aparentemente simples - por isso se chama Bicho de 7 Cabeças. As músicas são como telas que orientam a improvisação colectiva, tornando-se cada uma um quadro musical em constante alteração. Bicho de 7 Cabeças estreia-se no Festival Silêncio, onde o amor pela expressão, pelo ritmo, por saborear o momento e pela arte é partilhado entre a palavra e a música.

O espetáculo Fadistas do Povo parte do projecto de residências artísticas de fado que acontece há quase seis anos no Povo e que tem levado novos intérpretes a descobrirem a sua personalidade artística e a desenvolverem um repertório. Nestas noites especiais, os fadistas estão lado a lado com músicos de diferentes quadrantes, de forma a partilhar experiências, ideias e técnicas e a valorizar as letras, a dimensão poética e as histórias contadas nas canções. No Festival Silêncio, os Fadistas do Povo percorrem vários espaços do Cais do Sodré, fazendo circular a palavra cantada numa experiência de descoberta para público e artistas.

28 DE SETEMBRO | 22H | COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO, 75MIN

RITA SÓ Rita Só é portuguesa mas vive em Berlim há vários anos onde construiu uma sólida reputação como dj com a dupla Undo the Taboo, projecto que divide com Eli Pavel da essencial loja Oye Records. Coleccionadora incansável de música africana, com destaque para os ritmos de Angola e Cabo Verde, vem apresentar um dj set especial onde a língua portuguesa vai estar sempre presente na pista. 29 DE SETEMBRO | 23H | LOUNGE

29 E 30 DE SETEMBRO | 18H30 | CAFÉ TATI, ÂNGULO, A MARIA NÃO DEIXA, LATITUDE 38, 60MIN

Ciclo Voz (ver página 14) Ó! Américo Rodrigues, José Tavares, Rogério Pires 29 DE SETEMBRO | 17H | PALCO DO JARDIM DOM LUÍS Ciclo MGL (ver página 8) O CORO FEMININO DE LISBOA 1 DE OUTUBRO | 19H30 | RUA DAS GAIVOTAS, 6 Ciclo MGL (ver página 6) BACH, LUZ DO BARROCO Vera Prokic 30 DE SETEMBRO | 19H | PIANO AQUÁRIO

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OFICINAS E PASSATEMPOS

BIBLIOTECA ITINERANTE Infantil

CONCEPÇÃO E PRODUÇÃO: ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS

Durante os quatro dias de Festival Silêncio, a Biblioteca Itinerante, instala-se na Praça de São Paulo, criando uma sala de estar a céu aberto para toda a família, um espaço para estar, criar, partilhar e brincar: cantos de leitura para miúdos e graúdos, áreas para jogos e brincadeiras e até uma bebeteca móvel.

Infantil / JOGOS CRIATIVOS / ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS Jogos Criativos é um mix de jogos tradicionais, artes manuais e literatura que permitem um momento divertido de partilha e brincadeira no meio do burburinho da cidade. 28, 29 DE SETEMBRO E 1 DE OUTUBRO | 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO

MARIONETAS DE SOMBRAS Infantil / Workshop ALGAZARRA MARIONETAS

Os ateliês de construção de Marionetas têm um objectivo lúdico e didáctico. Neste ateliê, vamos partir da história "A Princesa e a Ervilha" contada com marionetas de sombras através de um ecrã, para desafiar os participantes a construírem, eles próprios, personagens para que uma outra história possa ser apresentada, num estímulo à criatividade, sensibilidade e espontaneidade das crianças. 30 DE SETEMBRO | 16H30 | RUA DAS GAIVOTAS 6, 60MIN

OFICINA ABERTA DE GRAVURA EDITORA: TRICICLO

Durante os três dias de participação no Festival Silêncio, a Editora Triciclo terá sempre presente uma oficina aberta de gravura. Qualquer visitante do festival poderá experimentar técnicas de gravura e levar a impressão para casa.

Infantil / BEBETECA ITINERANTE - ESPAÇOS DE LEITURA/MESAS DE JOGOS/ BEBÉTECA ITINERANTE / ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS Durante os quatro dias do Festival Silêncio, a Biblioteca Itinerante, instala-se na Praça São Paulo criando espaços de leitura para miúdos e graúdos, áreas para jogos e brincadeiras e até uma bebéteca móvel. Um espaço para estar, criar, partilhar e brincar. 28 DE SETEMBRO | A PARTIR 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO Infantil / WORKSHOP DE CONSTRUÇÃO - A BIBLIOTECA QUE FICA / ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS Através da partilha de livros e leituras, a Oficina do Gato Morto, convida os moradores e os visitantes do Cais do Sodré a partilhar ideias para pensar uma instalação urbana de produção colectiva que vem dar casa ao imaginário literário. 30 DE SETEMBRO | 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO Infantil / CONTOS PARA PÚBLICO PEQUENO / ASSOCIAÇÃO ENSAIOS E DIÁLOGOS Oficina coordenada por Patrícia Freire, com leitura dramatizada do livro "Trocoscópio" seguida de uma atividade plástica para toda a família. 29 DE SETEMBRO | 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO Infantil / BIBLIOTECA ITINERANTE: PALAVRA CONTADA / CAROLINA BARREIROS A Palavra Contada é uma atividade participativa, que conjuga um conto e um momento de escrita criativa. Partindo do livro "A Grande Fábrica de Palavras", convidam-se os pequenos e graúdos para um exercício de escrita criativa e uma conversa sobre o valor das palavras. 28 DE SETEMBRO | 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO

EM PERMANÊNCIA | 15H-20H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

OFICINA COCOROCOCÓ Infantil EDITORA: TRICICLO

Auuuuuú! Ploc! Ploc! A torneira está mal fechada!? Vamos brincar com as onomatopeias! Nesta oficina vamos imaginar sons e ilustrar as coisas e os espaços que os emitem. Através da gravura em EVA vamos construir um jogo de memória ilustrado para crianças e adultos. O rádio a tocar, a porta a bater... Vira o cartão! Tens memória para adivinhar? 1 DE OUTUBRO | 16H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

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OFICINAS E PASSATEMPOS

PASSEIO LITERÁRIO: O SENTIMENTO DE UM OCIDENTAL Visita Guiada AUTORIA: ANDRÉ GAGO E LUÍS CARMELO

Passeio Nocturno por Raúl Rodrigues

SLAM LX Workshop desenvolvido pelo letrista e jornalista Nuno Miguel Guedes que tem como objectivo orientar os participantes na escrita para performance bem como explicar algumas das técnicas de declamação de poesia em público. Pretende-se, assim, estimular os participantes no campo da expressão estética, aliando dados técnicos, empíricos e de natureza especificamente literária.

“O Sentimento de um Ocidental”, título do singular poema de Cesário Verde é o mote para um passeio literário que o Festival Silêncio, em parceria com a EC.ON - Escola de Escritas, promove no Cais do Sodré. Ao longo de uma hora e meia esta visita, conduzida pelo olisipógrafo Raul Henriques e com a participação do actor André Gago, irá levar-nos aos mais iconográficos lugares deste bairro que foi tema e inspiração para muitos escritores e poetas portugueses. Inscreva-se e disfrute de uma misteriosa viagem à memória de uma Lisboa soturna e melancólica.

29 DE SETEMBRO | 18H | JAMAICA, 120MIN

29 DE SETEMBRO | 22H-23H | PRAÇA SÃO PAULO, M/12

Poetry Slam / Workshop COM: NUNO MIGUEL GUEDES

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Infantil (ver página 23) JARDIM DAS PALAVRAS Associação Ensaios e Diálogos e MD Produções EM PERMANÊNCIA | JARDIM DOM LUÍS Ciclo MGL / Infantil (ver página 6) OH OH OH, A CASA DA AVÓ – ATELIER DE LEITURA E DESENHO Albertina Pena, Joana T. Silva e Celeste Pedros 1 DE OUTUBRO | 15H30 | LIVRARIA-BAR MENINA E MOÇA Ciclo MGL / Infantil (ver página 6) ENSAIOS DE LEITURA Anabela Farinha 30 SET E 01 OUT | 15H | RUA DA BOAVISTA, 9


RESIDÊNCIA-ARTÍSTICA

© Ana Viotti

BRUNO HUMBERTO

CASA-PALAVRA ARTISTAS EM RESIDÊNCIA: BRUNO HUMBERTO, RUI DE ALMEIDA PAIVA, ANTÓNIO POPPE E SARA ORSI

O Festival Silêncio, em parceria com a Casa Fernando Pessoa e a Fundação José Saramago, lançou a proposta a um grupo de quatro artistas e intérpretes de diferentes disciplinas artísticas: habitarem um apartamento durante um mês e transformá-lo em casa-palavra, uma residência multidisciplinar, uma casa partilhada que convida à colaboração e ao diálogo artístico. António Poppe, Bruno Humberto, Rui de Almeida Paiva e Sara Orsi aceitaram o desafio. Tendo como ponto de partida o fragmento "casa-palavra" o escritor Gonçalo M. Tavares, a casa, em pleno Cais do Sodré torna-se espaço comum desencadeador de processos e exercícios criativos imprevistos. Pretende-se potenciar um trabalho de reflexão colaborativa que resulte na criação de uma obra ou de um espetáculo original, individual ou colectivo. Da Residência Casa-Palavra sairá um livro de artista a quatro mãos, que será simultaneamente um objecto artístico e um registo gráfico do processo de pesquisa e criação comum. Durante o festival, entre os dias 28 de Setembro e 1 de Outubro, os artista abrem a casa ao público. Estamos todos convidados a visitar os artistas em casa para assistir a apresentações e a encontros informais que são parte do processos criativos em curso. O que nos espera na casa-palavra só saberemos quando entrarmos no 3ºD do nº 46 da Rua da Boavista. Não é preciso bater à porta. Olhemos para a relação entre linguagem e pensamento. "As palavras", escreve Bachelard em A Poética do Espaço – são casas "com porão e sótão. O sentido comum reside no rés-do-chão, sempre pronto para o 'comércio exterior', no mesmo nível do outro, desse transeunte que nunca é um sonhador". A linguagem é, de facto, dupla, e a palavra comércio é aqui relevante. Há, sem dúvida, palavras de que necessitamos para um comércio exterior, de sobrevivência, comércio de cidade. A Bachelard agrada a imagem das palavras enquanto casas, com vários pisos: "Subir a escada na casa da palavra é, de degrau em degrau, abstrair. Descer ao porão é sonhar."

Performer, encenador, compositor. Encenou The Camus Incident, performance site-specific finalista do Oxford Samuel Becket Theatre Trust Award, o solo Holding Nothing, a peça no tecido urbano Land (em circulação), A Morte da Audiência, entre outros. Humberto dá formação em site-specific e landscape performance. Escreve e colabora com a revista de arte contemporânea Wrong Wrong e faz parte da banda Orchestra Elastique.

RUI DE AMEIDA PAIVA Tem criado textos para teatro, dança e cinema. Livros publicados: A Mala Rápida do Senhor Parado (2010); Quem viaja encontra os segredos antigos mas perde os sapatos novos (2014); Efeito Kuleshov, com Joana Bértholo e Sofia Gonçalves (2014); Ministério da Educação (2015); O Ploc do Pollock (2016). Produziu o material literário do livro Duplo Vê - O Tautólogo (2017), do artista Mattia Denisse.

ANTÓNIO POPPE António Poppe nasceu em Lisboa. Estudou no Ar.Co., no Royal College of Arts em Londres e na School of the Art Intitute of Chicago, onde realizou o Mestrado em Arte Performativa e Cinema. Publicou quatro livros: Torre de Juan Abad (Assirio&Alvim), Livro da Luz (Documenta), medicin. e come coral (Douda Correria). Ensina desenho e meditação, tendo ultimamente realizado exposições e recitais de poesia na Galeria ZDB (Lisboa), CIAJG (Guimarães) e na Galeria 111 (Lisboa).

SARA ORSI Sara Orsi tem vindo a desenvolver o seu trabalho a partir da utilização da tecnologia digital como meio para expressar as suas investigações nas áreas dos novos media e dos estudos culturais. Exerce também actividade enquanto web-designer e web-developer e é co-fundadora do Arquivo 237. Licenciou-se em Arquitectura pela FAUP e realizou o mestrado em Design de Comunicação e Novos Media na FBAUL.

O tratamento da linguagem - ou do raciocínio - deve considerar o desnivelamento do corpo (do utilizador da linguagem). Devemos olhar para a linguagem como se olha para um objecto – para uma mesa, por exemplo - e ver, por vezes, a linguagem de baixo para cima, de modo respeitoso, de cima para baixo, de modo altivo; observar depois um perfil da palavra, depois o outro; ver os sapatos da palavra e o seu chapéu, a sua nuca e o seu rosto. Porque pensar também é mudar de posição relativamente à própria linguagem. Não olhar sempre da mesma maneira para as palavras. – Gonçalo M. Tavares, em "Atlas do Corpo e da Imaginação"

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AGENDA EDITORAS DOUDA CORRERIA/ MIA SOAVE Nascida em 2013, a Douda Correria tem uma linha editorial muito ténue, tão ténue que quase não se vê, uma linha que mais do que se ver pressente-se nos títulos que por paixão vai dando à estampa. No seu labirinto de afectos encontram-se autores de várias línguas, sendo o que de mais belo há neles a capacidade de inventar sua própria linguagem sem menosprezar a dos outros. É possível que nada disto faça sentido, é até desejável que nada disto faça sentido. Um cavalo alucinado também não faz sentido, no entanto galga e prossegue sob a espora. Nascida em 2010, a Mia Soave edita sempre um livro com um cd, juntando a música à palavra, um poeta a um ou mais músicos. É a irmã mais velha da Douda Correria.

Performance / lançamento (ver página 19) CONTEMSPOILERS (Luca Argel) 30 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE

Conversas / lançamento (ver página 19) CLORÂNTIDA (Rosalina Marshall) 1 DE OUTUBRO | 19H | GIVLOWE

Performance / lançamento / infantil (ver página 17) OS MENINOS IMPOSSÍVEIS (João Pedro Gomes) 1 DE OUTUBRO | 17H | GIVLOWE

Música (ver página 31) COLO (Ana Deus) 29 DE SETEMBRO | 23H | GIVLOWE

Conversas / lançamento (ver página 19) ROSAS (Dulce Maria Cardoso) 29 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE

Música (ver página 32) JOANA GUERRA 1 DE OUTUBRO | 21H | GIVLOWE

Conversas / lançamento (ver página 19) SENHOR ROUBADO, 2a EDIÇÃO (Raquel Nobre Guerra) 30 DE SETEMBRO | 19H | GIVLOWE

Música (ver página 32) OS BAMBI (Pedra Serpa, Nuno Moura, José Luís Costa) 30 DE SETEMBRO | 23H | GIVLOWE

Conversas / lançamento (ver página 19) CANTO NONO, 3a EDIÇÃO (Nuno Moura) 29 DE SETEMBRO | 21H | GIVLOWE

ABYSMO A abysmo nasceu em 2011 a partir de duas ou três tropeços: a literatura que interessa é toda feita de casos difíceis, de desafios criativos que vão muito para além do contar histórias; o objecto-livro está longe de ter esgotado a sua capacidade de mobilizar leitores; vive-se, entre nós, um momento único (não são todos?) de produção nas letras, mas também nas imagens, por exemplo nas ilustrações, e faz sentido conjugar todas as linguagens. Quase 100 títulos depois, em cada edição o logotipo da abysmo muda, por vida do trabalhos dos inúmeros designers e ilustradores, e nesse pequeno sinal se revela uma filosofia assente na curiosidade, em todos os géneros, da prosa à poesia, do teatro ao ensaio. Não é independente. Não é alternativa. Não é marginal. É uma editora de casos particulares

Performance ABYSMO SPEED DATE (Luca Argel) 30 DE SETEMBRO | 21H30 | ROTERDÃO

Conversas / lançamento (ver página 26) COLECÇÃO “MÃO DITA” (Nuno Moura) 29 DE SETEMBRO | 18H30 | ROTERDÃO

Exposições / intervenções gráficas (ver página 24) EM VOZ ALTA EM PERMANÊNCIA | ROTERDÃO

Conversas / lançamento (ver página 26) MORRER NA AMÉRICA (Pedro Neves Marques) 28 DE SETEMBRO | 18H30 | ROTERDÃO

Performance (ver página 22) MÁ RAÇA 1 DE OUTUBRO | 18H30 | ROTERDÃO

Performance (ver página 22) NO PRECIPÍCIO ERA O VERBO (António de Castro Caeiro, André Gago, José Anjos, Carlos Barretto, André da Loba) 30 DE SETEMBRO | 18H30 | MUSICBOX

ARTEFACTO

FLOP

NÃO EDIÇÕES

Nascida em 2010, a Artefacto é um projecto de publicação de livros de poesia, de teatro e de ficção curta. É a vertente editorial da Cossoul.

A Flop propõe-se publicar apenas, e sem concessões, altíssima literatura; o que torna claro o nome e certo o colapso financeiro.

A não (edições) é um projecto de edição independente fundado em 2013 por João Concha, dedicando-se à publicação de poesia, tradução de poesia, teatro e livros ilustrados.

Conversas (ver página 27) APRESENTAÇÃO E LEITURA DE POETAS IRLANDESES E NORTE-AMERICANOS (Sara M. Felício e Paulo Tavares) 28 DE SETEMBRO | 21H | COSSOUL BAR

Performance / pré-lançamento (ver página 27) 145 POEMAS (Manuel Resende) 30 DE SETEMBRO | 21H15 | COSSOUL BAR

Conversas / lançamento (ver página 27) PLANTAS HUMANAS (Rita Natálio) 30 DE SETEMBRO | 18H30 | RUA DA BOAVISTA, 9

Performance (ver página 22) TTTA - TOMARA TU TER UMA TIA ASSIM (Raquel Nobre Guerra) 1 DE OUTUBRO | 21H30 | ROTERDÃO

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AGENDA EDITORAS

CIDADE NUA

DOIS DIAS

ANEXO/ ARQUIVO 237

“Cidade Nua” é um projecto editorial em formato revista, inteiramente dedicado à Palavra e à Poesia. Nesta edição do Festival Silêncio, a Cidade Nua habita o espaço 'Bar A Viagem' com uma programação dedicada à ao lançamento do nº 4 da revista, que contempla conversas, leituras encenadas, microfone aberto ao público, performances de spoken word, música e exposições.

A DOIS DIAS tem por interesses as tangentes entre arte e literatura. Desenvolve os seus próprios modelos de edição e pensa o livro como valor acrescentado ao “texto”. Nasce da resiliência de dois leitores-editores – Rui de Almeida Paiva e Sofia Gonçalves — que em diálogo com outros leitores-escritores-autores investem na exploração das dinâmicas editoriais nas suas múltiplas dimensões.

O ANEXO é um projecto educativo do Arquivo 237. Surge a partir da necessidade de criar novas plataformas de aprendizagem não formal, um espaço para o diálogo, partilha de ideias e experiências, que contribua para formar novas redes de pessoas, testar novas metodologias e gerar novas dinâmicas, sempre de um modo experimental e com margem para erro.

Performance (ver página 19) MEDLEY 29 DE SETEMBRO | 19H45 | COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

Conversas / lançamento (ver página 26) DE BOCA EM BOCA 30 DE SETEMBRO | 15H30 | PALCO DA PRAÇA DE SÃO PAULO

TRICICLO

SNOB

A Triciclo é uma micro-editora de zines infantis, com sede em Lisboa. Publica zines, livros de artista infantis, jogos e uma revista homónima. É um projecto dos ilustradores Ana Braga, Inês Machado e Tiago Guerreiro.

A Snob é uma livraria independente, que concentra a sua actividade na internet e em feiras do livro um pouco por todo o país, temáticas ou não, para além da ocupação de alguns espaços nomeadamente em Braga, Porto e Guimarães e, agora, Lisboa. Desde 2016 que também edita livros procurando trazer ao público livros que tinham um espaço vazio à sua espera.

E de repente a palavra entrou na cidade. Esta Cidade Nua nasce, de forma natural, das energias que foram trazidas pelos Poetas do Povo. Mas quer ir mais longe. Mas é outra coisa. Publicamos autores novos, consagrados, por revelar. Damos notícias de tudo o que esteja ligado à palavra e modo de usar e que caiba nesta concepção de beleza próxima. Neste número quatro temos poemas inéditos, contos, revelações, perfis, imagens belíssimas. Queremos juntar forma e substância. Queremos mostrar, despertar inquietações, subverter com um sorriso. Queremos ser, queremos praticar. A Cidade Nua quer ser um dos belos lugares onde nos poderemos perder. Venham. Conversas / lançamento (ver página 25) LANÇAMENTO REVISTA N˚4 28 DE SETEMBRO | 22H | A VIAGEM Oficina / participativo MICROFONE ABERTO 29 E 30 DE SETEMBRO | 16H | A VIAGEM Performance (ver página 20) CANTOS CURTOS 29 E 30 DE SETEMBRO | 22H | A VIAGEM Conversas / lançamento (ver página 26) APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE POESIA 'AGUARRÁS' (Daniel da Rocha Leite) 29 DE SETEMBRO | 17H30 | A VIAGEM Conversas (ver página 26) CONVERSA 'CIDADE NUA: A CULTURA DAS CIDADES' (António Saraiva, António Brito Guterres e António de Castro Caeiro) 1 DE OUTUBRO | 15H | A VIAGEM Ciclo Voz / Performance (ver página 14) CICLO VOZES DO MUNDO: CANADÁ: LES LECTEURS (Sylvie Potvin e Leonor Moncada) 29 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM CROÁCIA (Silvestar Vrljic e Tomic Bajsić) 30 DE SETEMBRO | 18H | A VIAGEM IRLANDA (Bartholomew Ryan e Amanda Booth) 29 DE SETEMBRO | 20H | A VIAGEM ITÁLIA (Paola D’Agostino e Andrea Ragusa) 30 DE SETEMBRO | 20H | A VIAGEM

Oficina (ver página 36) OFICINA ABERTA DE GRAVURA EM PERMANÊNCIA | 15H-20H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS Oficina / infantil (ver página 35) OFICINA COCOROCOCÓ 1 DE OUTUBRO | 16H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS Exposição / Ilustração (ver página 23) TRICICLO: EXPOSIÇÃO DE PRINTS (Vários) EM PERMANÊNCIA | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

Conversas / lançamento (ver página 27) TEATRO VERTICAL (MANUEL ALBERTO VIEIRA) 29 DE SETEMBRO | 18H45 | COSSOUL BAR Conferência (ver página 26) REALISMO MÁGICO LITERATURA HISPANO-AMERICANA 1 DE OUTUBRO | 17H30 | COSSOUL BAR

DO LADO ESQUERDO

A TUA MÃE *

A editora Do Lado Esquerdo é uma pequena editora de poesia. Do seu catálogo constam 29 livros e 5 plaquetes de nomes tão díspares como Adolfo Luxuria Canibal, José Carlos Soares, Jesus Jiménez Domínguez, Miguel Martins e Rui Knopfli. Acredita em tiragens únicas.

A Editora a tua mãe* foi criada em 2013 com o intuito de dar a conhecer o que se anda a fazer e a escrever, em áreas que vão da poesia à ilustração passando pela ficção e ensaio. A editora tem no seu catálogo nomes como Marta Navarro, João Silveira ou Paola d’Agostino.

Performance / sessão de leituras (ver página 19) 5˚ ANIVERSÁRIO DO LADO ESQUERDO 30 DE SETEMBRO | 17H | COSSOUL, SALA RAÚL SOLNADO

Conversas / lançamento fictício (ver página 27) SOFT SLIP (Szilvia Molnar) Conversas / Booktrailer – lançamento (ver página 27) DO QUE SE CONCLUI QUE (Marta Navarro) 29 DE SETEMBRO | 20H45 | COSSOUL BAR

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FEIRA DO LIVRO COSSOUL -BAR 28 SET E 01 OUT, 16H-20H / 29 SET E 30 SET, 16H-02H00

Nesta edição, o Festival Silêncio dedica uma secção da programação à edição literária independente. Este programa tem o apoio da Livraria Snob/Cossoul, a quem nos juntámos para organizar uma Feira do Livro dedicada aos livros de alfarrábio, aos editores independentes e aos autores representados nesta edição do festival. Abysmo, Antígona, Artefacto, a tua mãe*, Douda Correria/Mia Soave, Do Lado Esquerdo, Flop, não edições, Dois Dias edições, Língua Morta, Mariposa Azual, Revista Cidade Nua, Triciclo, Snob e muitos mais...



AGENDA PALAVRINHAS

28

DE SETEMBRO

OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: JOGOS CRIATIVOS Associação Ensaios e Diálogos 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO PERFORMANCE: INFANTIL (ver página 17) BIBLIOTECA ITINERANTE: HORA DA ESTRELA Thomas Bakk 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: PALAVRA CONTADA Carolina Barreiros 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO

29

DE SETEMBRO

OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: JOGOS CRIATIVOS Associação Ensaios e Diálogos 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 38) BIBLIOTECA ITINERANTE: CONTOS PARA PÚBLICO PEQUENO Associação Ensaios e Diálogos 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO PERFORMANCE: INFANTIL (ver página 17) BIBLIOTECA ITINERANTE: HORA DA ESTRELA Thomas Bakk 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO

30

DE SETEMBRO

OFICINAS E PASSATEMPOS: CICLO MGL / INFANTIL (ver página 16) ENSAIOS DE LEITURA Anabela Farinha e Isabel Santiag 15H | RUA DA BOAVISTA, 9

OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: WORKSHOP DE CONSTRUÇÃO - A BIBLIOTECA QUE FICA Associação Ensaios e Diálogos 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO PERFORMANCE: CICLO VOZ / INFANTIL (ver página 15) CONTOS E TROVÕES, REZAS E GALINÁCEOS Teatro do Calafrio 16H | PENSÃO AMOR OFICINAS E PASSATEMPOS: WORKSHOP / INFANTIL (ver página 35) MARIONETAS DE SOMBRA Algazarra Marionetas 16H30 | RUA DAS GAIVOTAS 6 PERFORMANCE: INFANTIL (ver página 17) BIBLIOTECA ITINERANTE: HORA DA ESTRELA Thomas Bakk 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO PERFORMANCE: INFANTIL (ver página 17) BIBLIOTECA ITINERANTE: CHAPÉUS NA RUA Lisbon Busking Festival 19H | PRAÇA DE SÃO PAULO

01

DE OUTUBRO

OFICINAS E PASSATEMPOS: CICLO MGL / INFANTIL (ver página 16) ENSAIOS DE LEITURA Anabela Farinha e Isabel Santiag 15H | RUA DA BOAVISTA, 9

OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 17) TOBIAS & TOMÉ Algazarra Marionetas 16H | PENSÃO AMOR LANCAMENTO / INFANTIL (ver página 17) OS MENINOS IMPOSSÍVEIS João Pedro Gomes 16H | GIVLOWE INFANTIL (ver página 17) BIBLIOTECA ITINERANTE: O GUARDA MÚSICAS Contos com Violino 17H | PRAÇA DE SÃO PAULO

EM PERMANÊNCIA OFICINAS E PASSATEMPOS: INSTALAÇÃO PÚBLICA PARTICIPATIVA (ver página 23) JARDIM DAS PALAVRAS Associação Ensaios e Diálogos JARDIM DOM LUÍS OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: ESPAÇOS DE LEITURA/ MESAS DE JOGOS/BEBÉTECA ITINERANTE Associação Ensaios e Diálogos A PARTIR DAS 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO OFICINAS E PASSATEMPOS: EDITORAS TRICICLO (ver página 36) OFICINA ABERTA DE GRAVURA 15H-20H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS EXPOSIÇÔES: EDITORAS TRICICLO (ver página 36) OFICINA ABERTA DE GRAVURA Vários PÁTIO DO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

OFICINAS E PASSATEMPOS: CICLO MGL / INFANTIL (ver página 6) OH OH OH, A CASA DA AVÓ – ATELIER DE LEITURA E DESENHO Albertina Pena, Joana T. Silva e Celeste Pedro 15H30 | LIVRARIA-BAR MENINA E MOÇA OFICINAS E PASSATEMPOS: INFANTIL (ver página 35) BIBLIOTECA ITINERANTE: JOGOS CRIATIVOS Associação Ensaios e Diálogos 16H | PRAÇA DE SÃO PAULO OFICINAS E PASSATEMPOS: EDITORAS TRICICLO / INFANTIL (ver página 35) OFICINA COCOROCOCÓ 16H | PÁTIO PÓLO CULTURAL GAIVOTAS

PERFORMANCE: INFANTIL (ver página 17) CONTOS EM SOMBRAS Algazarra Marionetas 15H30 | RUA DAS GAIVOTAS 6

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PROJETO E PRODUÇÃO

APOIOS INSTITUCIONAIS

PARCEIROS ESTRATÉGICOS

PARCEIROS DE PRODUÇÃO

PARCEIROS MEDIA

PARCEIROS DE PROGRAMAÇÃO Buala, Lounge, Sabotage, Piano Aquário, Menina e Moça, Musicbox, Sociedade Guilherme Cossoul, Snob/Livraria da Cossoul, Povo, Filmin, Filhos do Lumiére PARCEIROS DE ACOLHIMENTO A Maria não deixa, A Rosinha de São Paulo, A Tabacaria, A Viagem, Adelino Costa e Filho, Lda, Água de Beber, Ângulo, Arco da Velha, Arquivo Geral, Atari Baby, Atlântica, Cafetaria Atmosferas - ETIC, Barbecue Inn & Shawarma Kebab, BDO, BEXI Art&Design, Branco sobre Branco - showroom & concept atelier, Brilhipotência, Build My Bike, Cacita Café, Jeronymo, Café Tati, Cantinho do Prazer, Casa Cid, Castro Beer, COA - Café da Ordem dos Arquitetos, Copenhagen, Duplex, Duques do Cais, Espumantaria do Cais, ETIC, Euromoda, Farmácia Açoreana, Farmácia Central, Filart, Filho da Mãe, Gelato Davvero, Ginásio Multiusos de São Paulo, GivLowe, Groovie Records, J. Garraio e Ca, Lda, Jamaica, Jardim Dom Luís, La Puttana, Las Ficheras, Latitude 38, Le Frique, Lisbon Bike Rentals, Livraria-Bar Menina e Moça, Loja do Museu do Arroz (Loja da Comporta), Lounge, Malt, Maria Santo Photography, Melfa, Ménage, Mercearia Tosca, Méson Andaluz, Mez Cais, Mia Vintage, MOTO, Musicbox, NoMad Spot, NOTO, O Bom, o Mau e o Vilão, O Brasão, O Gaiteiro, O Salão - Oficina, Optitrade Importação e Exportação de Artigos de Decoração, Lda, Origem - Cozinha Saudável, Ourivesaria Paulista, Pachamamma, Palácio do Kebab, Pastelaria 4 Estações, Pastelaria Conde Barão, Pastelaria Paulista, Pastelaria Popular da Bica, Pensão Amor, Pequena Galeria, Piano Aquário, Pólo Cultural Gaivotas | Boavista, Povo, Quero-te no Cais, Quiosque de Lisboa, Rent Experience, Residências da Boavista, Restaurante Água no Bico, Restaurante Bacalhau, Ripompe, Rive Rouge, Roterdão, Rua da Boavista, 9, Rua das Gaivotas 6, Sabotage, Salva Vidas, Second Home, Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, Sucolento, Taberna Tosca, The Wine Cellar ,Tirza Bar, Tokyo, Topo Clube, Verso Branco, Viking, Wetani


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